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Introdução
Atividade:
Nome e origem dos Alunos:
- Fazer um texto relatando a origem do seu nome, o local de onde veio, a família.
Explicação:
Enxergamos a vida com os olhos que nos são “emprestados” por nossa família,
nossa cidade, escola, amigos, enfim, pelo lugar onde nascemos e fomos criados. Assim,
a grande certeza que temos é: o que somos hoje é fruto da nossa história e tudo que
advêm dela.
O lugar onde nascemos, as pessoas que nós conhecemos, principalmente no
núcleo familiar, seja ele formado de diversas formas, define quem somos e o que
pensamos, também constroem nosso olhar de mundo, nossos valores, medos, buscas,
desejos e anseios. Nós somos onde nossos pés estão fincados.
Lá recebemos um nome que nos concede localizar diante do mundo e nos
mostra que somos alguém, com significado, com uma história, não somos coisa, mais
uma PESSOA.
- Ser PESSOA significa que sou merecedor de respeito, que possuo direitos e deveres e,
principalmente, que tenho um lugar no mundo e, por isso, mereço ser ouvido.
- Ser PESSOA é ter direito de me expressar, de viver meus valores e desejos, sendo
respeitado por isso.
- Ser PESSOA é poder me orgulhar da minha origem, do lugar de onde vim, do que sou
e principalmente do que quero ser.
- Ser PESSOA é ter direito de optar por aquilo que considero melhor para mim, de
estudar, trabalhar, sorrir, divertir, enfim, SER FELIZ.
Aula:
O que é filosofia?
Filo – Amigo Sofia – Sabedoria
Amigo da Sabedoria
O que nos diferencia dos animais é a capacidade de pensar, nós seres humanos, não
somos somente instinto, mas consciência.
Os animais são treinados, não refletem, apenas agem, as pessoas tem consciência para
saber o que estão fazendo, mas, podem ser condicionados.
“Uma vida que não é examinada, não merece ser vivida” – Sócrates.
Texto:
Amala e Kamala (p. 03 – Livro: Filosofando) – Na Índia, onde os casos de meninos-lobo
foram relativamente numerosos, descobriram-se, em 1920, duas crianças, Amala e
Kamala, vivendo no meio de uma família de lobos. A primeira tinha um ano e meio e
veio a morrer um ano mais tarde. Kamala, de oito anos de idade, viveu até 1929. Não
tinham nada de humano e seu comportamento era exatamente semelhante àquele de
seus irmãos lobos. Elas caminhavam de quatro patas apoiando-se sobre os joelhos e
cotovelos para os pequenos trajetos e sobre as mãos e os pés para os pequenos
trajetos e sobre as mãos e os pés para os trajetos longos e rápidos. Eram incapazes de
permanecer em pé. Só se alimentavam de carne crua ou podre, comiam e bebiam
como os animais, lançando a cabeça para frente e lambendo os líquidos. Na instituição
onde foram recolhidas, passavam o dia acabrunhadas e prostradas numa sombra,
eram ativas e ruidosas durante a noite, procurando fugir e uivando como lobos. Nunca
choraram ou riram. Kamala viveu durante oito anos na instituição que a acolheu,
humanizando-se lentamente. Ela necessitou de seis anos para aprender a andar e
pouco antes de morrer só tinha um vocabulário de cinquenta palavras. Atitudes
afetivas foram aparecendo aos poucos. Ela chorou pela primeira vez por ocasião da
morte de Amala e se apegou lentamente às pessoas que cuidaram dela e às outras
crianças com as quais conviveu. A sua inteligência permitiu-lhe comunicar-se com
outros por gestos, inicialmente, e depois por palavras de um vocabulário rudimentar,
aprendendo a executar ordens simples.
“Todos os homens são filósofos, enquanto pensam (...) enquanto refletem sobre a
cultura, a linguagem e o mundo que recebem ao nascer (...) assumindo-o não de
maneira pronta e passada, mas de maneira crítica e responsável”. Gramsci.
Cultura e Humanização
Atividade - Texto:
Espelho: Dividir a sala em grupos 4 a 5 pessoas:
1- O que se vê no espelho?
2- Como e para quê o espelho é utilizado?
3- Como eles se enxergavam?
Respostas:
1- Quando vemos as cores na realidade vemos o reflexo da luz. Espelho não deixa a luz
ultrapassá-lo, é opaco.
2- Re-fletir – Na Idade Média era símbolo de Deus, aquele que reflete sem deixar ser
refletido
3 – Cada pessoa enxerga a vida com os olhos que tem.
- Texto de Platão (pág. 14): “Pois nada mais faço do que persuadir a todos, jovens e
anciãos, a não se preocuparem com si mesmos ou com suas posses, mas acima de tudo
e principalmente a se preocuparem com o mais profundo aperfeiçoamento da alma.
Digo a vocês que a virtude não é dada pela riqueza, mas que, de fato, a virtude gera
riqueza e também todos os bens dos homens, públicos e também privados”.
Sequência do Pensamento:
Espelho – Me vejo;
Pensamento – Estou gordo;
Sentimento – Rejeição, tristeza, angústia
Consequência: que pode ser a depressão
Hoje há dificuldade de se olhar, ver o que realmente é, sem máscaras. Há pessoas que
deixaram de se olhar (se cuidar, se amar, se respeitar).
Explicação:
- Há diferença entre ver, olhar e observar.
- Martin Buber: o olhar como espelho da alma.
- Singularidade do Ser humano
Devemos olhar no espelho e ter a capacidade de se estranhar. Por que estou assim?
Por que estou me vestindo dessa forma? Por que aumentaram tantas rusgas? Por que
estou melhor, mais bonita?
Texto:
"Senhor, aqui estou porque em igrejas não há espelhos, pois nunca me senti satisfeito
com minha aparência".
Subitamente uma folha de papel caiu aos seus pés, vinda do alto do templo. Atônito,
ele a apanhou e nela viu a seguinte mensagem:
Minha criatura, nenhuma das minhas obras veio ou ficou sem beleza, pois a feiúra é
invenção dos homens e não minha.
Não importa se um corpo é gordo ou magro: Ele é o templo do espírito e este é eterno.
Não importa se braços são longos ou curtos: sua função é o desempenho do trabalho
honesto.
Não importa se as mãos são delicadas ou grosseiras: sua função é dar e receber o Bem.
Não importa a aparência dos pés: sua função é tomar o rumo do Amor e da
Humildade.
Não importa o tipo de cabelo, e se ele existe ou não numa cabeça: o que importa são
os pensamentos que por ela passam.
Não importa a forma ou a cor dos olhos: o que importa é que eles vejam o valor da
Vida.
Não importa um formato de nariz: o que importa é inspirar e expirar a Fé.
Não importa se a boca é graciosa ou sem atrativos: o que importa são as palavras que
saem dela.
Ainda atônito, esse alguém dirigiu-se para a porta de saída, que tinha algumas partes
de vidro.
Havia esse lembrete na porta aderido: "Veja com bons olhos seu reflexo neste vidro e
lembre-se de tudo que deixei escrito. Observe que não há uma única linha sobre Mim
que afirme que sou bonito"
"Amamos as pessoas não pela beleza que existe nelas, mas pela beleza nossa que nelas
aparece refletida. Por isto, somos mendigos de olhares. Olhos são espelhos..."
(Rubens Alves)
Empirismo e Racionalismo
Perguntas:
1- O que é percepção?
2- O que é uma idéia?
3- O que é conhecimento?
4 – Como é possível conhecer?
5 – O que é experiência?
Empirismo: homem como tabula rasa (lousa limpa), experiência vem da convivência do
mundo (não inato).
Racionalismo: nós que damos sentido as coisas. Tudo pode ser explicado, investigado
e dissecado. É lógico e discursivo.
- Filosofia também tem sua história: desafios, receios, erros, entre outros.
Explicação:
Filosofia Antiga:
Século VI a. C. até século VII d. C.
Esse período foi marcado pelo pensamento vindo da Grécia, Império Romano, Norte
da África. Foi um momento marcado por grandes sábios, pessoas que dedicavam suas
vidas a refletirem sua a filosofia, origem e destino da humanidade.
(Obs.: Os mestres eram seguidos, os discípulos escolhiam, diferentemente de Jesus, Ele
escolhia os seus e para seguir há exigências – Lucas 9, 51 – 62).
Concepções de Homem:
- Antiga – Filósofo;
- Medieval – Mártires;
- Moderna – Herói (pátria);
- Contemporânea (Pós – Moderna) – Celebridade – Fluidez nos relacionamentos
Estado
Atividade:
Após esse momento levar um edital de serviço público para as pessoas terem contato,
continuar com a pergunta:
Lousa: o servidor público possui algumas garantias, como estabilidade, facilidades em
financiamentos, aposentadoria, entre outros. Como dever, atender bem o público
destinado, porém, caso for ofendido, terá a lei a seu favor, já que ofensa a um servidor
público em exercício é crime.
Isso é trabalhar para o Estado/Governo, mas o que é o governo/estado?
Fazer um desenho de um corpo humano no chão para divisão das partes do corpo.
Platão: para ele, o homem teria uma alma dividida em 3 partes. Da mesma forma, a
cidade também deveria ser tripartida, conforme funções bem definidas, para as quais
os indivíduos fossem escolhidos pelas suas capacidades, surgidas no processo de
educação. Essas 3 partes seriam:
Nesse sistema, as pessoas sabem o seu lugar pela educação e também evitam a
corrupção pela educação.
Lousa: Direitos Humanos são direitos que possuímos pelo simples fato de que somos
humanos. Direitos guardam e tem relação com a nossa necessidade básica:
Subsistência, proteção, afeto, compreensão, participação, lazer, criação, identidade e
liberdade são necessidade básicas.
Introdução
Aula:
O que é filosofia?
Filo – Amigo Sofia – Sabedoria
Amigo da Sabedoria
Proposta Semestral:
Método Avaliativo:
- Procedimental: caderno, frequência as aulas, participação.
- Conceitual: avaliação (1 a 2)
- Atitudinal: celular, concentração, banheiro, conversas.
Lousa e Explicação: como provar que existo – o ato de pensar é uma certeza. Se tudo é
uma ilusão, pensar é uma certeza.
As ideias de Descartes
Por meio do método de investigação cartesiano, fundamentado no modelo
matemático de demonstração, Descartes afirma que o conhecimento verdadeiro, não
perpassa a experiência sensível, mas é produto da razão. Aquele se apresenta ao
espírito de forma clara e distinta, após passar pelo crivo da dúvida.
Lousa: Assim, Descartes divide esse pensar em 5 pontos, que ele chama de:
Atividades do Intelecto:
- Razão: Lógica. Por meio da razão, que é lógica, nós temos a regra para os cálculos em
nosso pensamento;
- Percepção: Exame das Sensações. É o exame das sensações, entendemos o que nos
revela os sentidos;
- Juízo: Atividade de Escolha, avaliação e decisão. Atividade intelectual de escolha,
avaliação e decisão;
- Imaginação: ao imaginarmos um mundo que não existe, poderíamos julgar o mundo
que existe. A imaginação pode libertar a pessoa do momento do mundo;
- Memória: reviver algo. Possibilidade de revivermos o que aconteceu ou o que
aprendemos. Nosso corpo guarda o passado e, por isso, lembrar é reviver.
Ética e Moral
Perguntas:
Moral: define o que é bom e mau, antes das ações. São as normas e regras.
MORAL ÉTICA
Não passar sinal vermelho. Ambulância
Não mentir Salvar uma vida.
Não roubar Extrema necessidade.
Liberdade
1- O que é Liberdade?
2- Você se considera livre? Por quê?
3- Qual símbolo, animal, objeto ou frase que para você simboliza a liberdade.
Segundo Marx, cada pessoa também é responsável por aquilo que está ocorrendo na
sociedade, é uma questão política. Enfim, a tríade
Texto: “Édipo”.
A história de Édipo
Édipo nasceu em Tebas e era descendente de seu mítico fundador, Cadmos.
Seu avô foi Labdacos (o "coxo") e seu pai foi Laios (o "canhoto"). Laios casou-se com
Jocasta e teriam sido felizes como reis de Tebas se não fosse um problema: não
conseguiam ter filhos. Por essa razão, muitos religiosos, foram consultar o Oráculo de
Delfos.
No templo, a pitonisa délfica revelou que teriam um filho dentro de pouco
tempo, mas que ele estava destinado a matar o pai e casar-se com a mãe.
Eles se alegraram pelo filho. Quando ele nasceu, Laios lembrou-se do oráculo e
mandou os servos matarem o bebê. Levaram-no para uma a floresta, furaram-lhe os
pés e o amarraram de ponta cabeça em uma árvore para ser devorado pelos animais
selvagens.
Passaram por ali uns pastores de Corinto e o levaram. Deram-no aos reis de
Corinto, que também sofriam por não ter um filho. O rei e a rainha adotaram-no como
se fosse seu, e lhe deram o nome de Édipo, que quer dizer "pés furados".
Quando cresceu, Édipo começou a sentir-se diferente dos seus concidadãos e
foi consultar o Oráculo de Delfos. Aí soube que estava destinado a matar o próprio pai
e a casar-se com a mãe. Horrorizado, decidiu não voltar a Corinto, Pegou o carro e foi
para bem longe.
Em uma estrada estreita, nas montanhas, encontrou um carro maior na direção
contrária. Tentou desviar-se, mas os carros acabaram chocando-se de raspão. O
cocheiro do outro carro xingou Édipo que, revoltado, o matou. Então o patrão do
cocheiro avançou sobre Édipo, que o matou também. E continuou a viagem.
Chegou a Tebas e encontrou a cidade consternada por dois problemas: o rei
tinha morrido e um monstro, a Esfinge, estabelecera-se na porta da cidade propondo
um enigma. Como ninguém sabia responder, a Esfinge ia matando um por um. Jocasta
tinha oferecido sua mão a quem livrasse a cidade desse monstro.
Édipo foi enfrentar a Esfinge. Era um ser estranho, com corpo de leão, patas de
boi, asas de águia e rosto humano. Seu enigma: O que é que tem quatro pés de
manhã, dois ao meio dia e três à tarde?
Édipo respondeu que era o homem, porque engatinha quando criança, passa a
vida andando sobre dois pés, mas, velho, tem que recorrer a uma bengala. A Esfinge
matou-se e Édipo, casando-se com Jocasta, tornou-se o rei de Tebas. Tiveram quatro
filhos. Os gêmeos Eteócles e Poliníces, Antígona e Ismênia. Foram felizes durante
muitos anos. Mas, depois, uma peste assolou a cidade.
Édipo quis ir consultar Delfos, mas foi aconselhado a chamar Tirésias, um
velhinho cego e sábio que vivia em Tebas. Este revelou que a causa era o assassino de
Laios, que continuava na cidade. Édipo prometeu prendê-lo e matá-lo, mas o sábio
revelou que ele mesmo era o assassino, porque Laios era o dono do carro que ele
enfrentara.
Jocasta, envergonhada, suicidou-se. Édipo furou os próprios olhos e renunciou
ao trono. Cego, precisou ser guiado por Antígona para ir a Delfos. Aí soube que devia ir
a um bosque sagrado, em Colonos, perto de Atenas. Ajudado por Teseu, rei de Atenas,
chegou lá. Encontrou um lago, onde tomou banho, e uma caverna, onde penetrou
depois de mudar de roupa. Entrou na eternidade.
Texto: “Dessa forma, os homens são o que fazem no decorrer de suas vidas. É por
intermédio da liberdade de escolha que os homens se fazem. Admitir a liberdade como
base da existência humana significa que devemos atuar no sentido de realizar o nosso
projeto de vida, significa não assumir um papel social determinado de antemão por
outro, significa, por fim, assumir a responsabilidade pelas escolhas que fazemos e,
assim, ser responsável pelo que você é”.
“Se você pudesse voltar no tempo, quais mudanças imprimiria em sua vida?”
Na Lousa:
- “A mais profunda liberdade é poder escolher o que somos e não apenas o que
fazemos”;
- “Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram
de mim”.
- “É a liberdade dos outros que garante a nossa liberdade”.
A partir das 3 frases e do exercício de limitação escolher uma frase e fazer um
trabalho para entregar.
Autonomia
Princípio da Liberdade
Música: Pitt
Perguntas:
Por que a música fala que somos robôs?
Você já foi influenciado a comprar algo que não tinha muita necessidade? Você acha
que sua liberdade foi afetada?
Fale uma propaganda que influencia você?
Kant: ser capaz de pensarmos por nós mesmos e aprender com nossos erros.
Autonomia – Vontade pura, seguir sua própria lei, não seguir interesse externo.
X
Heteronomia – a nossa vontade deve submeter: educação, constituição, etc.
Perguntas:
1 – O que diferencia você de seus colegas de classe? Você identifica algumas
características que o distinguem de seu grupo de colegas e amigos? Quais são?
2 – O que aproxima você de seus colegas? Você identifica algumas características que
são comuns a você e seus colegas e amigos? Quais são?
Isso é individualidade.
Estado da Natureza (John Locke): os homens eram livres, não dependiam um do outro,
todos em paz. Mas, quando alguém quer submeter o outro à sua vontade, instala o
estado de guerra. Por isso, criam-se os governos e as suas leis para preservar a vida e a
liberdade.
Mas, os homens podem ser revoltar contra os governos?
Imaginem participando de uma excursão alguns anos antes. O avião em que viajavam
teve de fazer pouso forçado em uma ilha deserta e eles sobreviveram apenas com a
roupa do corpo. Durante anos, brigaram por alimentos, água e relacionamentos
amorosos. Enfim, depois de perderem a esperança de ser resgatados, resolveram viver
em paz, em busca da felicidade comum.
Mas e agora? Será necessário fazer acordos e regras. Resolva com seu colega:
Lousa:
1- Distribuição:
Construindo cercas e muros.
Separar os grupos.
Um lugar funcional para que possam ser vigiados.
Separar segundo as hierarquias (série, classes, perigos)
2- Controle do tempo:
Horários: chegar, descansar, sair, trabalhar, dormir, acordar, tomar remédio.
Marcando o tempo de sua ação
Disciplinando o corpo inteiro: para que tudo seja bem feito
Adaptando o corpo aos objetos: para ficar em pé, sentado.
Perguntas – Reflexão: Você percebe isso na prática religiosa, esportiva, escolar, Forças
Armadas. Como as famílias são formadas?
Alienação Moral
Na lousa: como agem as pessoas, de modo geral, e como elas deveriam agir?
- Família;
- Entre amigos;
- Em relação ao lazer;
- Em relação ao trabalho;
Lousa: A linguagem nos precede, nós recebemos o que somos não por nós mesmos,
mas a partir do local onde fomos criados. Somos fruto do mundo que nos cerca,
queiramos ou não. Aprendemos a linguagem desse mundo através de outras pessoas,
como nossos pais e professores. Dessa forma, a troca de sentidos é o que nos faz
humanos. Ao reconhecer que outras pessoas são capazes de das sentido, elas deixam
apenas de ser coisas e tornam-se o outro, parte do nosso “eu”, assim como nós nos
tornamos parte deles. No entanto, o outro é para nós um profundo e infinito mistério
e cada pessoa do mundo pode nos levar a lugares jamais pensados.
Por isso, é preciso viver para o outro, pois assim o desenvolvimento do nosso “eu” será
cada vez maior. Viver para o outro é a melhor maneira de viver para si, pois os outros
são a maior parte de nós mesmos. Os outros são as pessoas de quem gostamos ou de
quem não gostamos. Estranhos ou conhecidos. Os outros nos dão mais expressividade,
mais linguagem.
Atividade da página: Produza um pequeno texto a respeito do que umas das seguintes
pessoas devem esperar de você:
- de um estranho que anda na rua;
- de uma pessoa da família dele;
- de alguém que você magoou;
- de alguém que magoou você;
- de alguém que você não gosta;
- de alguém que você ama.
O Envelhecimento
Escrever na lousa (pág. 10 – Caderno do Professor) – Em que momento consideramos
uma pessoa idosa? De que modo tratamos uma pessoa quando a consideramos idosa?
As pessoas idosas demandam um tratamento especial?
Explicação (pág. 12 – Caderno do Professor) – Simone de Beauvoir procurou refletir
sobre a exclusão dos idosos em sua sociedade, mas do ponto de vista de quem sabia
que iria se tornar um deles, como quem pensava o próprio destino. Percebe-se que os
jovens tratam o idoso como uma espécie de ser inferior, tirando dele suas
responsabilidades ou encarando-o como culpado por sobrecarga de compromissos que
imputa a filhos ou netos. Dessa forma, essa pessoa fica a margem da sociedade, pois
muitas vezes é considerado uma espécie de objeto incômodo, inútil, e quase tudo que
se deseja é poder tratá-lo como quantia desprezível.
O idoso é ser humano, portanto, cidadão, merecedor de direitos sociais, e para que
isso pudesse valer, foi feito o Estatuto de Idoso.
Perguntas: como você se planeja no seu período de velhice? O que quer fazer? Como
quer viver?
Perguntas:
1 – Olhando a carta deixada por Leila Lopes, mesmo não a conhecendo, como você
imagina que foi sua vida?
O que é filosofia?
Filo – Amigo Sofia – Sabedoria
Amigo da Sabedoria
Proposta do Semestre:
Método Avaliativo:
- Procedimental: caderno, frequência as aulas, participação.
- Conceitual: avaliação (1 a 2)
- Atitudinal: celular, concentração, banheiro, conversas.
Texto: “Quase....”
Arquétipos: Modelos.
1 – Mulher bonita;
2- Médico;
3- Pessoas trabalhando em uma roça;
4- Homem rico;
5- Homem pobre;
6- Jogador de futebol;
7- Engenheiro;
8- Assaltante;
9- Filósofo;
“Não deixe ninguém destruir seus sonhos, mas não os realize pisando nas pessoas”
(Katy Perry)
“Nunca deixe ninguém dizer que você não pode fazer alguma coisa. Se você tem um
sonho, tem que correr atrás dele. As pessoas não conseguem vencer e, dizem que você
também não vai vencer. Se quer alguma coisa, corra atrás”. Texto tirado do filme “Em
busca da Felicidade”.
Exercício da Cidadania
Nessas frases há conceitos filosóficos. Mas qual a diferença dessas frases para o
pensamento filosófico? Primeiramente, quando olhamos essas frases lembra-se de um
grande pensador chamado Gramsci. Segundo ele o senso comum é o conjunto de
valores, crenças, opiniões, preferências, que constitui a nossa visão de mundo e que
orienta nossas ações e escolhas cotidianas. Em geral, é assimilado sem critica, sem
questionamento. O “bom senso”, por sua vez, coincide com a filosofia, há uma reflexão
sobre a opinião dada, há consciência e um agir em função dela. Assim, nas muitas
frases que falamos no dia-a-dia há conceitos filosóficos.
Características da Filosofia
Radical: chegar às raízes.
Rigorosa: coerência e sistemática, conclusões válidas e bem estruturadas.
Conjunto: visando a totalidade.
Na lousa:
Ler: Também como vocês há filósofos que possuem visão sobre o ser humano, para
Descartes o homem é aquele que detém um corpo e por causa disso sente dor, fome,
sede, porém, tem que ser senhor dele. Já Pascal tem uma visão romântica do ser
humano e afirma: “Afinal que é o homem dentro da natureza? Nada, em relação ao
infinito; tudo em relação ao nada; um intermediário entre tudo e o nada” (Caderno do
Professor- 37)
Lousa: E hoje? Atualmente a imagem do homem está nebulosa e opaca, muitas vezes
com representações que não nos representa. O homem não sabe o que é ser, porém, a
mulher através da sua luta conseguiu ter uma identidade.
Convidar os alunos a pensarem sobre o texto que será lido e qual seria o discurso
religioso e o discurso filosófico sobre o mesmo caso.
Religião (religare):
religio – prefixo (outra vez)
ligare – (ligar, unir)
rito – demonstração do sagrado.
Filosofia – reflexão.
Radical: chegar às raízes.
Rigorosa: coerência e sistemática, conclusões válidas e bem estruturadas.
Conjunto: visando a totalidade.
Atividade:
Prove racionalmente que existe um Deus.
Argumentos racionais (pensar).
Argumentos emocionais (sentir).
Aristóteles: Primeiro motor, todo movimento é gerado, mas necessitou alguém que
fosse o movimento puro: ato puro.
Plotino: Uno, fonte de tudo o que existe, gerado. Tudo que existe precisa da Luz, sem
ela as coisas não existem. A Luz é o UNO, o que se distancia dela está no sombrio.
- O mundo tem uma ordem e deve haver uma inteligência ordenadora de todas as
coisas (São Tomás);
- Tudo tem uma causa. Tudo o que foi causado pode causar outras coisas. Deve haver
algo que causa as coisas, mas não foi causado por ninguém. Deus é a causa não
causada (Aristóteles);
- Tudo o que é alguma coisa participa de outra melhor. Por exemplo, algo quente
participa do fogo. Cada ser tem um grau de perfeição, como o fogo o objeto quente. O
limite máximo da perfeição é Deus; acima Dele não há nada melhor (São Tomás);
- Prova de Tomás de Aquino – cada ser precisa de algum outro para existir, esse ser é
chamado de ser possível. Por exemplo, para existir, uma criança precisa de um pai e
de uma mãe. O pai e a mãe precisam de outros seres; estes, de outros, e assim por
diante. Todas as coisas do mundo precisam ser de outro para existir. Mas há um ser
que não precisa de ninguém para existir; a ele chama-se de ser necessário. Se todos os
seres do mundo precisam de outro para existir, deve haver, portanto, um ser que dê a
existência ao mundo e ao mesmo tempo não precise de nada para existir; esse ser
necessário é Deus;
- Prova de Santo Anselmo – aquilo a respeito do que não conseguimos pensar nada de
maior não pode estar apenas no intelecto. Afinal, o intelecto não ultrapassa essa idéia
nem a contém. Então, se o intelecto não ultrapassa essa idéia, quer dizer que ela
também está fora dele, na realidade. Como um copo que transborda com a água, há
água dentro e fora do copo. Deus é o ser que nós não conseguimos pensar nada maior.
Por isso, ele não pode ser apenas uma idéia; ele é uma realidade.
Como devemos agir com pessoas que possuem opiniões diferentes da nossa?
2- O Exame nacional do ensino médio (ENEM) e uma política pública que pode ajudar
na mudança dos sistemas de ingresso ao ensino superior.
Republicano O poder soberano é dividido por todos ou por uma parte da sociedade. Virtude
Monárquico O poder soberano está em uma só pessoa, que obedece a leis imutáveis. Honra
Tipos de governo A quem pertence a soberania Princípios
Despótico O poder soberano está em uma só pessoa, que obedece apenas à própria vontade. Medo
Desigualdade
- Explicar Rousseau
Dinâmica: entregar uma bexiga para cada pessoa, cada um enche (ou folha de sulfite)
- Alguns eu tiro;
- Outro estouro.
0 que sinto?
Texto:
A palavra tolerância provem do latim tolerantia, que por sua vez procede
de tolero, e significa suportar um peso ou a constância em suportar algo. Hoje em dia,
pode ser considerada uma virtude e se apresenta como algo positivo. Esta é uma
atitude social ou individual que nos leva não somente a reconhecer nos demais o
direito a ter opiniões diferentes, mas também de as difundir e manifestar pública ou
privadamente.
Tomás de Aquino diz que a tolerância é o mesmo que a paciência. E a paciência
é justamente o bom humor ou o amor que nos faz suportar as coisas ruins ou
desagradáveis. Por isso, quem é forte é paciente, mas não, vice-versa. Pois a paciência
é parte da fortaleza.
A diferença de abordagem, seja ela histórica ou dentro dos diferentes campos
das ciências particulares, nos permite observar que dentro das humanidades, a
tolerância diz respeito ao ser humano ou a sociedade. No final do séc. XVI, muito se
falou de tolerância religiosa, eclesiástica ou teológica. Hoje em dia também se tolera -
pacientemente - em pontos que não são essenciais de uma determinada doutrina
mesmo que seja em detrimento da mesma, mas para uma melhor convivência social.
Dentro das leis físicas, o universo tende a se desorganizar. Por outro lado, tudo
que está vivo, tende a se organizar. Mas o homem, sendo livre, pode "ajudar" a
desorganizar o mundo. Como num processo de tentativa e erro, as pessoas buscam
soluções para viver consigo mesmo e com as demais. Às vezes parece que temos na
mão um saco cheio de bolas, que tentamos arremessar e colocá-las dentro de um
buraco distante. De modo simplista, dizemos que podemos acertar ou não, mas na
prática, as coisas não ocorrem bem assim. O acerto aparece como uma vitória. Foram
centenas de arremessos, e um acerto! Tolerar é aceitar os limites, é na realidade ser
paciente. A paciência é justamente aceitar o desagradável, com bom humor.
Também na literatura universal, existem alguns provérbios que nos recordam a
tolerância. Tolérance n’est pas quittance, que poderíamos traduzir por: "Tolerância não
é liberdade total...". Numa pequena cidade do interior, um deficiente físico, sem
pernas, perambulava pela cidade com auxílio das duas mãos e o apoio do tronco.
Durante anos, no seu trajeto, era debochado por um homem que dizia: - Vai gastar o...
Um dia ele perdeu a paciência e matou o importunador. Na justiça, o aleijado foi
duramente atacado, e tido como assassino cruel. O advogado, ao iniciar a defesa, falou
durante dez minutos elogiando a qualidade de cada membro do júri, até que o juiz
interrompeu: - Se o senhor não iniciar a defesa, não permitirei que prossiga.
Sabiamente, o advogado respondeu: - Meritíssimo, se o senhor não aguentou dez
minutos de elogios, imagine a situação do réu que suportou anos de insultos... Nestes
casos, pode valer o provérbio: "Não seja intolerante a menos que você se confronte
com a intolerância".
Quanto à tolerância, costumamos atuar, como diz o provérbio, "com dois pesos
e duas medidas": tendemos a ser muito complacentes com os desvios de nossa
conduta (e isto quando os reconhecemos...) e implacáveis com os outros: não lhes
damos o tempo necessário para mudar. De fato, abandonar um mau costume e atuar
de modo completamente oposto é uma tarefa que exige esforço e pode durar meses
ou anos... E, quanto aos outros, exigimos que tudo ocorra no mesmo instante,
esquecendo que as coisas têm seu ritmo natural. Um feijão demora para germinar,
crescer, florir, dar a vagem... e nós às vezes somos semelhantes às crianças, que
deixam o feijão no algodão do pires com água, e no dia seguinte se decepcionam com
a ausência de vagens. Para viver, deixar viver.
O que leva duas pessoas a entrarem em discórdia? A invasão do direito alheio,
o ultrapassar o limite de tolerância, a incapacidade de compreensão mútua ou própria,
a falta de empatia, a nossa própria natureza, o nosso temperamento. Somos limitados,
e isto se manifesta também no modo tosco com que nos relacionamos muitas vezes
com as pessoas.
A distância que existe entre as pessoas, em parte é criada por cada um. Às
vezes percebemos que com alguns, já num primeiro momento, se consegue chegar
perto, e falar sem gritar ou mandar mensageiros, mas nem sempre é assim. É preciso
usar a inteligência, para encontrar o caminho da comunicação entre as pessoas.
Inteligência e vontade de querer se comunicar... ou não.
Felicidade
Estoicismo e Epicurismo
“Concede-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso
modificar, coragem para modificar as que eu posso e sabedoria para distinguir umas
das outras”
Perguntas:
1 – Há coisas que não podemos modificar e há coisas que podemos? Quais são elas?
2- O que significa aceitar com serenidade as coisas que não podemos modificar?
Lousa: Estoicismo
O nome estóico (IV a. C.) vem de “pórtico”. Para eles existe uma Razão Divina (o Logos,
Deus) que rege todo o universo, imprimindo-lhe uma ordem necessária (isto é, que
não pode ser de outro jeito) e perfeita.
Antes, trata-se de um deus imanente, ou seja, inseparavelmente integrado ao mundo
físico e material. É a doutrina do panteísmo. Em outras palavras, as coisas são (e não
poderiam deixar de ser) como a Razão Divina quer que elas sejam.
Mas, se tudo é necessário, como fica a liberdade humana? Para os estóicos a
verdadeira liberdade, aquela praticada pelos sábios, consiste em adequar a vontade ao
Destino, desejando aquilo que ele prepara para cada um.
A felicidade para o estoicismo, consiste também em buscar o bem, isto é, a virtude, a
evitar o mal, ou seja, o vício. Bem e mal, portanto, são entendidos em seu sentido,
puramente moral.
Além disso, como diz Epicteto, a felicidade também está ligada à nossa capacidade de
discernir entre as coisas que dependem de nós e as que não dependem, buscando
apenas as primeiras e permanecendo indiferentes em relação às segundas.
Fora do nosso controle, entretanto, estão coisas como o tipo de corpo que temos, se
nascemos ricos ou se enriquecemos de repente, a maneira como somos vistos pelos
outros ou qual é a nossa posição na sociedade. Devemos lembrar que essas coisas são
externas e, portanto, não dependem de nós. Tentar controlar ou mudar o que não
podemos só resulta em aflição e angústia.
A felicidade, segundo os estóicos, exige também que adotemos uma atitude de apatia
em relação às paixões, pois essas, em geral, são causa de perturbação e infelicidade
para nossa alma. Sentimentos como medo, dor, piedade, inveja, ciúme, aflição,
ansiedade, cobiça, raiva, amor (especialmente quando não correspondido), ódio,
volúpia, entre outros, nos aprisionam, nos atribulam e nos impedem de ter paz de
espírito.
Perguntas:
1- Você tem medo da morte? E de Deus? Discuta com seus colegas e justifique,
individualmente, anotando suas ideias a seguir.
2- Caso tenha esses modelos, acredita que eles sejam obstáculos à sua felicidade? Por
quê? O que pensam os colegas sobre esses medos?
Lousa: Epicurismo
Uma de suas principais preocupações era com a questão da felicidade. Em primeiro
lugar, é preciso afastar as falsas opiniões que, em geral, temos sobre os deuses e que
nos levam a temê-los, pois esse temor também é causa de infelicidade. Por isso, não
há motivos para temê-los. Pela mesma razão, preces, sacrifícios e louvores são inúteis
e desnecessários.
Em segundo lugar, temos de nos libertar do medo da morte, outro obstáculo para a
felicidade. É tolice angustiarmos pela espera da morte.
Em terceiro lugar, Epicuro recomenda que não acreditemos no destino e na sorte, o
que vai acontecer no futuro é uma construção de cada um e não sorte ou destino.
Entretanto, essa construção sofre influência alheia e nem sempre o que se planeja se
concretiza. Logo, é algo que nos pertence e ao mesmo tempo não.
Conhecer bem os nossos desejos e direcionar nossas escolhas, para Epicuro, a principal
finalidade da vida humana é o prazer (Entendido como estado de conforto e
tranqüilidade). Devemos aprender a extrair prazer daquilo que temos, ou das coisas
simples da vida, em vez de sofrer pela falta daquilo que não podemos ter. É o que
Epicuro chama de autossuficiência.