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1º Semestre

Introdução

Atividade:
Nome e origem dos Alunos:
- Fazer um texto relatando a origem do seu nome, o local de onde veio, a família.

Explicação:

Enxergamos a vida com os olhos que nos são “emprestados” por nossa família,
nossa cidade, escola, amigos, enfim, pelo lugar onde nascemos e fomos criados. Assim,
a grande certeza que temos é: o que somos hoje é fruto da nossa história e tudo que
advêm dela.
O lugar onde nascemos, as pessoas que nós conhecemos, principalmente no
núcleo familiar, seja ele formado de diversas formas, define quem somos e o que
pensamos, também constroem nosso olhar de mundo, nossos valores, medos, buscas,
desejos e anseios. Nós somos onde nossos pés estão fincados.
Lá recebemos um nome que nos concede localizar diante do mundo e nos
mostra que somos alguém, com significado, com uma história, não somos coisa, mais
uma PESSOA.

- Ser PESSOA significa que sou merecedor de respeito, que possuo direitos e deveres e,
principalmente, que tenho um lugar no mundo e, por isso, mereço ser ouvido.

- Ser PESSOA é poder andar de cabeça erguida independentemente de minha origem,


do lugar que moro, classe social, ideologia, raça e gênero.

- Ser PESSOA é ter direito de me expressar, de viver meus valores e desejos, sendo
respeitado por isso.

- Ser PESSOA é poder me orgulhar da minha origem, do lugar de onde vim, do que sou
e principalmente do que quero ser.

- Ser PESSOA é ter direito de optar por aquilo que considero melhor para mim, de
estudar, trabalhar, sorrir, divertir, enfim, SER FELIZ.

Aula:
O que é filosofia?
Filo – Amigo Sofia – Sabedoria

Amigo da Sabedoria

“A verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo”


Merleau-Ponty
A partir disso refletimos:
Pergunta: O que nos diferencia dos animais?

O que nos diferencia dos animais é a capacidade de pensar, nós seres humanos, não
somos somente instinto, mas consciência.
Os animais são treinados, não refletem, apenas agem, as pessoas tem consciência para
saber o que estão fazendo, mas, podem ser condicionados.

“Uma vida que não é examinada, não merece ser vivida” – Sócrates.

Nós damos sentido/significado ao mundo.

Texto:
Amala e Kamala (p. 03 – Livro: Filosofando) – Na Índia, onde os casos de meninos-lobo
foram relativamente numerosos, descobriram-se, em 1920, duas crianças, Amala e
Kamala, vivendo no meio de uma família de lobos. A primeira tinha um ano e meio e
veio a morrer um ano mais tarde. Kamala, de oito anos de idade, viveu até 1929. Não
tinham nada de humano e seu comportamento era exatamente semelhante àquele de
seus irmãos lobos. Elas caminhavam de quatro patas apoiando-se sobre os joelhos e
cotovelos para os pequenos trajetos e sobre as mãos e os pés para os pequenos
trajetos e sobre as mãos e os pés para os trajetos longos e rápidos. Eram incapazes de
permanecer em pé. Só se alimentavam de carne crua ou podre, comiam e bebiam
como os animais, lançando a cabeça para frente e lambendo os líquidos. Na instituição
onde foram recolhidas, passavam o dia acabrunhadas e prostradas numa sombra,
eram ativas e ruidosas durante a noite, procurando fugir e uivando como lobos. Nunca
choraram ou riram. Kamala viveu durante oito anos na instituição que a acolheu,
humanizando-se lentamente. Ela necessitou de seis anos para aprender a andar e
pouco antes de morrer só tinha um vocabulário de cinquenta palavras. Atitudes
afetivas foram aparecendo aos poucos. Ela chorou pela primeira vez por ocasião da
morte de Amala e se apegou lentamente às pessoas que cuidaram dela e às outras
crianças com as quais conviveu. A sua inteligência permitiu-lhe comunicar-se com
outros por gestos, inicialmente, e depois por palavras de um vocabulário rudimentar,
aprendendo a executar ordens simples.

Qual/is a conclusão ou conclusões podemos tirar do texto?

Atividade Humana (2 grandes exemplos):


A linguagem: Símbolo
O trabalho: modificar o ambiente (produz o mundo e a si mesmo)

Essa é a proposta do semestre: pensar, linguagem, trabalho.

“Todos os homens são filósofos, enquanto pensam (...) enquanto refletem sobre a
cultura, a linguagem e o mundo que recebem ao nascer (...) assumindo-o não de
maneira pronta e passada, mas de maneira crítica e responsável”. Gramsci.
Cultura e Humanização

(lousa) – A cultura é o conjunto de símbolos elaborados por um povo em determinado


tempo e lugar como são muitos símbolos, as culturas são múltiplas. É a capacidade do
homem de produzir sua própria história.
A cultura vem em signos, desde crianças, aprendemos um jeito de falar, andar, brincar,
correr.

- Pense o que foi cultural que você recebeu de seus pais.


- Quais as visões de homem possuímos?
- Quais as visões de mulher possuímos?

Atividade - Texto:
Espelho: Dividir a sala em grupos 4 a 5 pessoas:
1- O que se vê no espelho?
2- Como e para quê o espelho é utilizado?
3- Como eles se enxergavam?
Respostas:
1- Quando vemos as cores na realidade vemos o reflexo da luz. Espelho não deixa a luz
ultrapassá-lo, é opaco.
2- Re-fletir – Na Idade Média era símbolo de Deus, aquele que reflete sem deixar ser
refletido
3 – Cada pessoa enxerga a vida com os olhos que tem.

- Texto de Platão (pág. 14): “Pois nada mais faço do que persuadir a todos, jovens e
anciãos, a não se preocuparem com si mesmos ou com suas posses, mas acima de tudo
e principalmente a se preocuparem com o mais profundo aperfeiçoamento da alma.
Digo a vocês que a virtude não é dada pela riqueza, mas que, de fato, a virtude gera
riqueza e também todos os bens dos homens, públicos e também privados”.

Comparação (Colocar mais 3):

Reflexão do Espelho Reflexão Intelectual


O espelho reflete minha imagem O pensamento reflete o que acredito

Atividade: Escolha uma comparação e redija um texto de 15 linhas.


- Interlocutor imaginário;
- Escolha uma comparação;

Frase: “Se querem enfrentar o mal, enfrentem o mal da indiferença”.

Sequência do Pensamento:
Espelho – Me vejo;
Pensamento – Estou gordo;
Sentimento – Rejeição, tristeza, angústia
Consequência: que pode ser a depressão
Hoje há dificuldade de se olhar, ver o que realmente é, sem máscaras. Há pessoas que
deixaram de se olhar (se cuidar, se amar, se respeitar).

Olhar sobre a Vida


Texto: “Ver, vendo”
- Ler em grupos de 4 a 5: O que o texto quer transmitir? O que significa ver?

Explicação:
- Há diferença entre ver, olhar e observar.
- Martin Buber: o olhar como espelho da alma.
- Singularidade do Ser humano

Devemos olhar no espelho e ter a capacidade de se estranhar. Por que estou assim?
Por que estou me vestindo dessa forma? Por que aumentaram tantas rusgas? Por que
estou melhor, mais bonita?

Texto:

Os olhos são apenas espelhos da vida ...

Alguém, muito desanimado, entrou numa igreja e em determinado momento disse


para Deus:

"Senhor, aqui estou porque em igrejas não há espelhos, pois nunca me senti satisfeito
com minha aparência".

Subitamente uma folha de papel caiu aos seus pés, vinda do alto do templo. Atônito,
ele a apanhou e nela viu a seguinte mensagem:

Minha criatura, nenhuma das minhas obras veio ou ficou sem beleza, pois a feiúra é
invenção dos homens e não minha.

Não importa se um corpo é gordo ou magro: Ele é o templo do espírito e este é eterno.

Não importa se braços são longos ou curtos: sua função é o desempenho do trabalho
honesto.

Não importa se as mãos são delicadas ou grosseiras: sua função é dar e receber o Bem.

Não importa a aparência dos pés: sua função é tomar o rumo do Amor e da
Humildade.

Não importa o tipo de cabelo, e se ele existe ou não numa cabeça: o que importa são
os pensamentos que por ela passam.

Não importa a forma ou a cor dos olhos: o que importa é que eles vejam o valor da
Vida.
Não importa um formato de nariz: o que importa é inspirar e expirar a Fé.

Não importa se a boca é graciosa ou sem atrativos: o que importa são as palavras que
saem dela.

Ainda atônito, esse alguém dirigiu-se para a porta de saída, que tinha algumas partes
de vidro.

Nesse exato momento sentiu que toda sua vida se modificaria.

Havia esse lembrete na porta aderido: "Veja com bons olhos seu reflexo neste vidro e
lembre-se de tudo que deixei escrito. Observe que não há uma única linha sobre Mim
que afirme que sou bonito"

"Amamos as pessoas não pela beleza que existe nelas, mas pela beleza nossa que nelas
aparece refletida. Por isto, somos mendigos de olhares. Olhos são espelhos..."

(Rubens Alves)

Empirismo e Racionalismo

Atividade: lembre e escreva a primeira coisa da sua infância;

Perguntas:
1- O que é percepção?
2- O que é uma idéia?
3- O que é conhecimento?
4 – Como é possível conhecer?
5 – O que é experiência?

Empirismo: homem como tabula rasa (lousa limpa), experiência vem da convivência do
mundo (não inato).

Racionalismo: nós que damos sentido as coisas. Tudo pode ser explicado, investigado
e dissecado. É lógico e discursivo.

Atividade: Fazer colagem sobre natureza e paisagem.


- O que mais gosta (praia, água, árvores)
- Será que nossos filhos terão essa oportunidade?

Explicação: Na Idade Média o homem contemplava a natureza, pois nela refletia o


Criador, Deus. Tudo era venerado, preservado, querido.
Descartes com seu pensamento relata que as coisas existem para servir o ser humano,
por isso, deve ser conhecido, explorado, utilizado. Por isso, temos o que está
acontecendo hoje.
História da Filosofia
Atividade:
1- O que é história?
2- Como você vê a sua história?
3- Algo (animal, livro, música, objeto) que simboliza você?

- Filosofia também tem sua história: desafios, receios, erros, entre outros.

Explicação:

Filosofia Antiga:
Século VI a. C. até século VII d. C.
Esse período foi marcado pelo pensamento vindo da Grécia, Império Romano, Norte
da África. Foi um momento marcado por grandes sábios, pessoas que dedicavam suas
vidas a refletirem sua a filosofia, origem e destino da humanidade.
(Obs.: Os mestres eram seguidos, os discípulos escolhiam, diferentemente de Jesus, Ele
escolhia os seus e para seguir há exigências – Lucas 9, 51 – 62).

Filosofia Medieval: VIII a XIV –


O período medieval foi marcado pelo Pensamento Cristão. Tudo girava em torno de
Deus, nada poderia sair desse círculo. O auge era se tornar monge e freira, pois eram
que refletia sobre Deus e a humanidade.

Filosofia Moderna: XIV a XVIII –


O período moderno foi marcado por grandes descobertas, pólvora, energia elétrica,
entre outros, como também, pelas grandes navegações, com a vinda dos europeus
para o continente americano, índia, entre outros. A filosofia girava em torno da razão,
sai o foco de Deus e vai para o homem e sua racionalidade, tudo deveria ser
pesquisado, explorado, analisado.

Filosofia Contemporânea: XVIII –


Período marcado pela Revolução Francesa e Industrial. Grandes sonhos foram
propostos a humanidade, as pessoas entraram no mercado de trabalho em grande
escala. Após as duas grandes guerras, surgiram pensamentos como existencialismo e
fenomenologia, que não há sonhos comuns.

Concepções de Homem:
- Antiga – Filósofo;
- Medieval – Mártires;
- Moderna – Herói (pátria);
- Contemporânea (Pós – Moderna) – Celebridade – Fluidez nos relacionamentos

Confiou em Deus (Inquisição), Confiou no homem (2 grandes guerras), agora


Ceticismo.

Texto: “Soneto de Fidelidade” – Vinícius de Moraes


- O que o autor quer passar?
- Como você pensa que deve ser os relacionamentos?
- Leia a última estrofe: o que ela quer dizer?

Estado

Atividade:

1- O que é um servidor público?


2- Você ou alguém da sua família já foi atendido por um servidor público? Como foi
atendido?
3- Você gostaria de ser um servidor público? Por quê?

Após esse momento levar um edital de serviço público para as pessoas terem contato,
continuar com a pergunta:
Lousa: o servidor público possui algumas garantias, como estabilidade, facilidades em
financiamentos, aposentadoria, entre outros. Como dever, atender bem o público
destinado, porém, caso for ofendido, terá a lei a seu favor, já que ofensa a um servidor
público em exercício é crime.
Isso é trabalhar para o Estado/Governo, mas o que é o governo/estado?

Fazer um desenho de um corpo humano no chão para divisão das partes do corpo.
Platão: para ele, o homem teria uma alma dividida em 3 partes. Da mesma forma, a
cidade também deveria ser tripartida, conforme funções bem definidas, para as quais
os indivíduos fossem escolhidos pelas suas capacidades, surgidas no processo de
educação. Essas 3 partes seriam:

Partes da alma Função Classes da Cidade Função

Responsável pelo Responsáveis por


Parte racional Magistrados e
uso da razão dos governar com
Cabeça governantes
homens. sabedoria.

Parte irracional: Responsáveis por


Responsável pelos
Irascível: Guerreiros proteger a cidade
impulsos e afetos.
Tronco com fortaleza.
Responsáveis por
Parte irracional: Responsável pelas Artesãos, prover as
Concupiscente: necessidades agricultores e necessidades da
Pés básicas. comerciantes. cidade com
empenho.

Nesse sistema, as pessoas sabem o seu lugar pela educação e também evitam a
corrupção pela educação.

Atividade (pág. 14 segundo livro):


Tirar cópias do texto de Thomas Hobbes - Leviatã para ler em grupo (3 a 4)
Cada grupo ficará com um texto e depois apresenta.

Pensando em Estado e como viver em sociedade, o que os textos querem dizer?

COLOCAR A PASSAGEM BÍBLICA DO POVO DE ISRAEL QUERENDO UM REI.


Direitos Humanos

1- Você já teve ou tem algum direito ferido?


2- Quais as conclusões podem ser tiradas do texto?

Lousa: Direitos Humanos são direitos que possuímos pelo simples fato de que somos
humanos. Direitos guardam e tem relação com a nossa necessidade básica:
Subsistência, proteção, afeto, compreensão, participação, lazer, criação, identidade e
liberdade são necessidade básicas.

Texto: “Brasileiro Rodrigo Gularte é executado na Indonésia”

1- O que pensa desse acontecimento?


2- Você acredita que algum direito foi ferido? Qual?
3- Há algo diferente que poderia ser feito?
2º Semestre

Introdução

Aula:
O que é filosofia?
Filo – Amigo Sofia – Sabedoria

Amigo da Sabedoria

“A verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo”


Merleau-Ponty

Texto: “Ser feliz é....”

- Quais ensinamentos podem-se tirar desse texto?


- Como está sua “empresa”?
- Qual frase você mais gostou?
- O que busco nesse semestre?

Proposta Semestral:

Descartes (1596 – 1650)


Atividades do Intelecto:
Ética e Moral
Liberdade
Autonomia
Introdução à teoria do Indivíduo
Tornar-se Indivíduo (43)
Alienação Moral
Envelhecimento

Método Avaliativo:
- Procedimental: caderno, frequência as aulas, participação.
- Conceitual: avaliação (1 a 2)
- Atitudinal: celular, concentração, banheiro, conversas.

Descartes (1596 – 1650)


Atividade:

1- Prove que você existe?


2 – Prove que você não é um sonho?
3- Prove que tudo o que você está vivendo hoje não é uma lembrança, pois você não é
uma pessoa idosa lembrando do seu passado.
Aqui estamos conversando sobre um filósofo:
René Descartes (1596-1650) nasceu no dia 31 de março em La Haye, antiga província
de Touraine, hoje Descartes, na França. Foi filósofo, físico e matemático. Autor da frase
"Penso, Logo Existo". É considerado o criador do pensamento que deu origem à
Filosofia Moderna. Sua preocupação era com a ordem e a clareza. Propôs fazer uma
filosofia que nunca acreditasse no falso, que fosse fundamentada única e
exclusivamente na verdade. Uma nova visão da natureza que acaba com o significado
moral e religioso dos fenômenos naturais. Determinava que a ciência deve ser prática
e não especulativa. René Descartes morre de pneumonia no dia 11 de fevereiro de
1650.

Lousa e Explicação: como provar que existo – o ato de pensar é uma certeza. Se tudo é
uma ilusão, pensar é uma certeza.

As ideias de Descartes
Por meio do método de investigação cartesiano, fundamentado no modelo
matemático de demonstração, Descartes afirma que o conhecimento verdadeiro, não
perpassa a experiência sensível, mas é produto da razão. Aquele se apresenta ao
espírito de forma clara e distinta, após passar pelo crivo da dúvida.

Será que haveria algum modo de duvidar que 2 + 2 são 4?

Não esqueçamos que estamos utilizando a dúvida exagerada (dúvida hiperbólica) e


nesse sentido qualquer coisa é válida. Descartes imagina: e se existisse um Deus
enganador que fizesse com que nos enganemos todas as vezes que somamos 2 e 2?
Desse modo, realmente nem na Matemática poderíamos confiar.

Lousa: Assim, Descartes divide esse pensar em 5 pontos, que ele chama de:

Atividades do Intelecto:
- Razão: Lógica. Por meio da razão, que é lógica, nós temos a regra para os cálculos em
nosso pensamento;
- Percepção: Exame das Sensações. É o exame das sensações, entendemos o que nos
revela os sentidos;
- Juízo: Atividade de Escolha, avaliação e decisão. Atividade intelectual de escolha,
avaliação e decisão;
- Imaginação: ao imaginarmos um mundo que não existe, poderíamos julgar o mundo
que existe. A imaginação pode libertar a pessoa do momento do mundo;
- Memória: reviver algo. Possibilidade de revivermos o que aconteceu ou o que
aprendemos. Nosso corpo guarda o passado e, por isso, lembrar é reviver.

Atividade: Futebol / Paquera e Entrevista de Emprego (Entregar para nota)

Ética e Moral

- Descreva no caderno a diferença entre Ética e Moral?


- Ler texto: pág. 16 – passar as perguntas que estão no caderno do aluno

“Uma empregada doméstica, de 32 anos, foi espancada e roubada, na manhã do dia


24 de junho de 2007, quando saía do seu trabalho. Os espancadores eram cinco jovens
ricos, todos estudantes. Eles não apresentavam sinais de ter ingerido álcool ou
qualquer substância química. A mulher relatou à polícia que, por volta das 6h30, estava
em um ponto de ônibus, perto do apartamento onde trabalho e mora, para ir à uma
consulta médica. De repente, saindo de um automóvel, os cinco jovens começaram a
xingá-la e chutá-la na cabeça e na barriga. Depois, roubaram sua bolsa, com seus
documentos, 47 reais e um celular, que nem tinha sido completamente pago. Após a
agressão, ela voltou ao prédio em busca de ajuda. Um taxista, que estava próximo ao
local do crime, anotou a placa do carro e notificou a polícia, que prendeu os jovens os
agressores confessaram o crime, mas nada falaram sobre os motivos que levaram a
cometer o ato de crueldade”.

Perguntas:

- Como avaliar, segundo a ética, a agressão cometida pelos cinco jovens?


- Como considerar a atitude do taxista no episódio ao alertar a polícia? Você seguiria
seu exemplo ou iria embora do crime?

Ética: quer refletir normas e valores adotados historicamente, que estabelecem


normas de agir. Como agir em uma determinada situação. É o bom e o mau diante das
circunstâncias.

Moral: define o que é bom e mau, antes das ações. São as normas e regras.

MORAL ÉTICA
Não passar sinal vermelho. Ambulância
Não mentir Salvar uma vida.
Não roubar Extrema necessidade.

Diferenças de critérios éticos de alguns pensadores:


Filósofo Bem Mal
Sócrates Conhecimento Ignorância
Aristóteles Felicidade Desequilíbrio
Epicuro Prazer Dor

Liberdade
1- O que é Liberdade?
2- Você se considera livre? Por quê?
3- Qual símbolo, animal, objeto ou frase que para você simboliza a liberdade.

Ler abaixo para suscitar o tema:


Liberdade é tida pela nossa constituição como direito inviolável.

Na filosofia há 4 pensamentos sobre liberdade:

1- Libertarismo: Ser livre é agir voluntariamente, sem consideração do externo. Minha


liberdade é autodeterminada. O primeiro a falar é Aristóteles. A crítica é que ela exclui
os fatores externos que auxiliam e até conduzem nossas escolhas. Ex.: moradores de
rua, pessoas que pegam comida no lixo.

2- Determinismo: Tudo está sujeito há leis necessárias e invariáveis (Comte, Taine).


Não há escolhas. São as circunstâncias que produzem os nossos atos. São
manifestados de 2 formas:
- Fatalismo: destino predeterminado e inevitável;
- Doutrina da providência: Deus como responsável pelos acontecimentos.

3- Concepção Dialética: Homem é um conjunto de relações sociais. As pessoas são


produtos e conseqüência dessas relações. “As circunstâncias fazem os homens como
os homens fazem as circunstâncias”. Algumas situações fogem do nosso controle, mas
sou livre para me posicionar contra elas (Ex. aquecimento global).

Segundo Marx, cada pessoa também é responsável por aquilo que está ocorrendo na
sociedade, é uma questão política. Enfim, a tríade

4- Fenomenologia: a fenomenologia, em relação à ideia de imanência, o homem


encontra-se no mundo com um corpo, uma família, uma sociedade e características
psicológicas que não foram escolhidas por ele. Por outro lado, em contato com esse
mundo, a consciência é capaz de projetar em si a possibilidade de existência de outras
condições; quer dizer, a consciência, como diz Sartre, é capaz de olhar para as
condições do presente e vislumbrar, a partir delas, uma possibilidade futura, tal é o
movimento da consciência que é chamado de transcendência. “Primeiro o homem
existe, encontra a si mesmo no mundo, e somente depois se define”, tal é seu
argumento contra a ideia de que existe uma “essência que define a existência.” E, mais
“o homem está condenado a ser livre”.

Há pessoas que pensam o contrário: afirmam que há condicionamentos, mas há


também liberdade.

Texto: “Édipo”.

A história de Édipo
Édipo nasceu em Tebas e era descendente de seu mítico fundador, Cadmos.
Seu avô foi Labdacos (o "coxo") e seu pai foi Laios (o "canhoto"). Laios casou-se com
Jocasta e teriam sido felizes como reis de Tebas se não fosse um problema: não
conseguiam ter filhos. Por essa razão, muitos religiosos, foram consultar o Oráculo de
Delfos.
No templo, a pitonisa délfica revelou que teriam um filho dentro de pouco
tempo, mas que ele estava destinado a matar o pai e casar-se com a mãe.
Eles se alegraram pelo filho. Quando ele nasceu, Laios lembrou-se do oráculo e
mandou os servos matarem o bebê. Levaram-no para uma a floresta, furaram-lhe os
pés e o amarraram de ponta cabeça em uma árvore para ser devorado pelos animais
selvagens.
Passaram por ali uns pastores de Corinto e o levaram. Deram-no aos reis de
Corinto, que também sofriam por não ter um filho. O rei e a rainha adotaram-no como
se fosse seu, e lhe deram o nome de Édipo, que quer dizer "pés furados".
Quando cresceu, Édipo começou a sentir-se diferente dos seus concidadãos e
foi consultar o Oráculo de Delfos. Aí soube que estava destinado a matar o próprio pai
e a casar-se com a mãe. Horrorizado, decidiu não voltar a Corinto, Pegou o carro e foi
para bem longe.
Em uma estrada estreita, nas montanhas, encontrou um carro maior na direção
contrária. Tentou desviar-se, mas os carros acabaram chocando-se de raspão. O
cocheiro do outro carro xingou Édipo que, revoltado, o matou. Então o patrão do
cocheiro avançou sobre Édipo, que o matou também. E continuou a viagem.
Chegou a Tebas e encontrou a cidade consternada por dois problemas: o rei
tinha morrido e um monstro, a Esfinge, estabelecera-se na porta da cidade propondo
um enigma. Como ninguém sabia responder, a Esfinge ia matando um por um. Jocasta
tinha oferecido sua mão a quem livrasse a cidade desse monstro.
Édipo foi enfrentar a Esfinge. Era um ser estranho, com corpo de leão, patas de
boi, asas de águia e rosto humano. Seu enigma: O que é que tem quatro pés de
manhã, dois ao meio dia e três à tarde?
Édipo respondeu que era o homem, porque engatinha quando criança, passa a
vida andando sobre dois pés, mas, velho, tem que recorrer a uma bengala. A Esfinge
matou-se e Édipo, casando-se com Jocasta, tornou-se o rei de Tebas. Tiveram quatro
filhos. Os gêmeos Eteócles e Poliníces, Antígona e Ismênia. Foram felizes durante
muitos anos. Mas, depois, uma peste assolou a cidade.
Édipo quis ir consultar Delfos, mas foi aconselhado a chamar Tirésias, um
velhinho cego e sábio que vivia em Tebas. Este revelou que a causa era o assassino de
Laios, que continuava na cidade. Édipo prometeu prendê-lo e matá-lo, mas o sábio
revelou que ele mesmo era o assassino, porque Laios era o dono do carro que ele
enfrentara.
Jocasta, envergonhada, suicidou-se. Édipo furou os próprios olhos e renunciou
ao trono. Cego, precisou ser guiado por Antígona para ir a Delfos. Aí soube que devia ir
a um bosque sagrado, em Colonos, perto de Atenas. Ajudado por Teseu, rei de Atenas,
chegou lá. Encontrou um lago, onde tomou banho, e uma caverna, onde penetrou
depois de mudar de roupa. Entrou na eternidade.

1- Édipo foi livre? Por quê?


2- O que é liberdade para você?
3- Você acredita que como Édipo o seu destino está traçado? Se sim, qual o seu destino?
Se não, o que quer construir?)

Será que existe limites para a liberdade?

Os limites – o que não se As possibilidades – o que


Condições
consegue fazer? se consegue fazer?
Idade
Saúde
Lugar que você mora
Sua condição econômica
Trabalho
Estudos

Texto: “Dessa forma, os homens são o que fazem no decorrer de suas vidas. É por
intermédio da liberdade de escolha que os homens se fazem. Admitir a liberdade como
base da existência humana significa que devemos atuar no sentido de realizar o nosso
projeto de vida, significa não assumir um papel social determinado de antemão por
outro, significa, por fim, assumir a responsabilidade pelas escolhas que fazemos e,
assim, ser responsável pelo que você é”.

Texto: “Abrigo Subterrâneo”

Ninguém é livre sozinho: é a liberdade do outro que garante a minha liberdade.

“Se você pudesse voltar no tempo, quais mudanças imprimiria em sua vida?”

Na Lousa:

- “A mais profunda liberdade é poder escolher o que somos e não apenas o que
fazemos”;
- “Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram
de mim”.
- “É a liberdade dos outros que garante a nossa liberdade”.
A partir das 3 frases e do exercício de limitação escolher uma frase e fazer um
trabalho para entregar.

Autonomia
Princípio da Liberdade

Autonomia: habilidade de controlar, lidar e tomar decisões pessoais sobre como se


deve viver diariamente, de acordo com suas próprias regras e preferências.

Música: Pitt

Perguntas:
Por que a música fala que somos robôs?
Você já foi influenciado a comprar algo que não tinha muita necessidade? Você acha
que sua liberdade foi afetada?
Fale uma propaganda que influencia você?

Kant: ser capaz de pensarmos por nós mesmos e aprender com nossos erros.

Autonomia – Vontade pura, seguir sua própria lei, não seguir interesse externo.
X
Heteronomia – a nossa vontade deve submeter: educação, constituição, etc.

Texto – Autonomia - Kant.

Perguntas – A partir do pensamento Autonomia e Heteronomia, o que o texto quer


dizer?

Conceito de Maslow – As pessoas agem conforme buscam e necessitam.


Introdução à teoria do Indivíduo (43)

Perguntas:
1 – O que diferencia você de seus colegas de classe? Você identifica algumas
características que o distinguem de seu grupo de colegas e amigos? Quais são?

2 – O que aproxima você de seus colegas? Você identifica algumas características que
são comuns a você e seus colegas e amigos? Quais são?

Isso é individualidade.

O que levou o homem a viver em sociedade? Sair do estado da natureza.

Estado da Natureza (John Locke): os homens eram livres, não dependiam um do outro,
todos em paz. Mas, quando alguém quer submeter o outro à sua vontade, instala o
estado de guerra. Por isso, criam-se os governos e as suas leis para preservar a vida e a
liberdade.
Mas, os homens podem ser revoltar contra os governos?

Atividade de preferência para Nota (página 46)

Imaginem participando de uma excursão alguns anos antes. O avião em que viajavam
teve de fazer pouso forçado em uma ilha deserta e eles sobreviveram apenas com a
roupa do corpo. Durante anos, brigaram por alimentos, água e relacionamentos
amorosos. Enfim, depois de perderem a esperança de ser resgatados, resolveram viver
em paz, em busca da felicidade comum.
Mas e agora? Será necessário fazer acordos e regras. Resolva com seu colega:

- partilha de alimento, água, terra para o plantio, pesca e caça.


- casas (madeira, folhas de árvores, cipós para amarração)
- família, educação dos filhos, casamento e separação.
- crimes, roubos, homicídios, mentiras, julgamento
- trabalho, comércio, troca de valor.

Utilitarismo (Jeremy Bentham): o homem é um ser que necessita vivenciar seus


desejos e o prazer, fim último. Em sociedade o prazer é relacionado.

Viver suas paixões e desejos.

Exercício 49 – Qual o seu desejo?


Tornar-se Indivíduo (52)

Lousa:

Como nós pensamos o indivíduo?

O indivíduo possui 2 dimensões: ser membro de uma sociedade qualquer e, em


sentido moral, um ser independente e autônomo. A primeira preocupação de Ricoeur
é como, de modo geral, nos individualizamos. Ponto de partilha

1- Linguagem: pois é por meio dela que dizemos o mundo. A linguagem é


manifestação da interpretação do mundo. E ela é capaz de dizer o individuo por meio
de 3 formas: descrições definidas, por nomes próprios e por indicadores.
- Descrições definidas: por exemplo – a menina que sempre compra chocolate
(categoria).
- Nomes Próprios: designação específica e permanente.
- Indicadores: pronomes pessoais (eu e tu), pronomes demonstrativos (isto e aquilo),
advérbios de lugar (aqui, acolá, além), advérbios de tempo (agora, tempo, ontem,
amanhã).

Texto: Aniversário (Fernando Pessoa) – objetivo de verificar lugares que visitou,


momentos, situações, lugares que gostaria de voltar, os que não gostaria, momento
que gostaria de vivenciar, outros que não.

Testamento: (Talvez usar como teste)

Texto: Michel Foucault (pág. 53)


Explicação: A forma como nos vemos vem não de dentro, não de uma essência, mas
externo. Nós nos constituímos não apenas nas palavras, mas por ações fundidas a
palavras que, de modo geral, vêm ditadas pela sociedade, ou melhor, pelas
instituições. Não somos fruto das teorias, somos fruto de práticas, ainda que algumas
teorias nos influenciem. De onde vieram? E a partir da onde?
No século XVIII – como as prisões, hospitais, quartéis, fábricas e escolas.

1- Distribuição:
Construindo cercas e muros.
Separar os grupos.
Um lugar funcional para que possam ser vigiados.
Separar segundo as hierarquias (série, classes, perigos)

2- Controle do tempo:
Horários: chegar, descansar, sair, trabalhar, dormir, acordar, tomar remédio.
Marcando o tempo de sua ação
Disciplinando o corpo inteiro: para que tudo seja bem feito
Adaptando o corpo aos objetos: para ficar em pé, sentado.

3- Controle das gêneses:


Aprendizes dos veteranos
O de melhor desempenho e aquele que precisa melhorar
Testes para medir habilidade
Atividades conforme a pessoa, conhecimento, idade.

4- Recursos de um bom adestramento:


Vigilância: corrigir e punir
Sanção normalizadora
Exame
Documentação – Histórico

Perguntas – Reflexão: Você percebe isso na prática religiosa, esportiva, escolar, Forças
Armadas. Como as famílias são formadas?

Alienação Moral

Na lousa: como agem as pessoas, de modo geral, e como elas deveriam agir?

Dividir em grupo, cada um com tema específico:

- Família;

- Entre amigos;

- Em relação ao lazer;
- Em relação ao trabalho;

- Em relação às outras pessoas;

Lousa: A linguagem nos precede, nós recebemos o que somos não por nós mesmos,
mas a partir do local onde fomos criados. Somos fruto do mundo que nos cerca,
queiramos ou não. Aprendemos a linguagem desse mundo através de outras pessoas,
como nossos pais e professores. Dessa forma, a troca de sentidos é o que nos faz
humanos. Ao reconhecer que outras pessoas são capazes de das sentido, elas deixam
apenas de ser coisas e tornam-se o outro, parte do nosso “eu”, assim como nós nos
tornamos parte deles. No entanto, o outro é para nós um profundo e infinito mistério
e cada pessoa do mundo pode nos levar a lugares jamais pensados.
Por isso, é preciso viver para o outro, pois assim o desenvolvimento do nosso “eu” será
cada vez maior. Viver para o outro é a melhor maneira de viver para si, pois os outros
são a maior parte de nós mesmos. Os outros são as pessoas de quem gostamos ou de
quem não gostamos. Estranhos ou conhecidos. Os outros nos dão mais expressividade,
mais linguagem.

Atividade da página: Produza um pequeno texto a respeito do que umas das seguintes
pessoas devem esperar de você:
- de um estranho que anda na rua;
- de uma pessoa da família dele;
- de alguém que você magoou;
- de alguém que magoou você;
- de alguém que você não gosta;
- de alguém que você ama.

Continuação: Solicitar que façam ao contrário.

O Envelhecimento
Escrever na lousa (pág. 10 – Caderno do Professor) – Em que momento consideramos
uma pessoa idosa? De que modo tratamos uma pessoa quando a consideramos idosa?
As pessoas idosas demandam um tratamento especial?
Explicação (pág. 12 – Caderno do Professor) – Simone de Beauvoir procurou refletir
sobre a exclusão dos idosos em sua sociedade, mas do ponto de vista de quem sabia
que iria se tornar um deles, como quem pensava o próprio destino. Percebe-se que os
jovens tratam o idoso como uma espécie de ser inferior, tirando dele suas
responsabilidades ou encarando-o como culpado por sobrecarga de compromissos que
imputa a filhos ou netos. Dessa forma, essa pessoa fica a margem da sociedade, pois
muitas vezes é considerado uma espécie de objeto incômodo, inútil, e quase tudo que
se deseja é poder tratá-lo como quantia desprezível.
O idoso é ser humano, portanto, cidadão, merecedor de direitos sociais, e para que
isso pudesse valer, foi feito o Estatuto de Idoso.

Texto: sobre o Estatuto

Perguntas: como você se planeja no seu período de velhice? O que quer fazer? Como
quer viver?

Texto: “Carta de Leila Lopes”

Perguntas:

1 – Olhando a carta deixada por Leila Lopes, mesmo não a conhecendo, como você
imagina que foi sua vida?

2 – O que pensa da atitude dela? Quais eram seus medos?

3 – Você, o que pensa para o futuro? Como quer envelhecer?

Texto: “O vaso com rachaduras”


3º Bimestre

O que é filosofia?
Filo – Amigo Sofia – Sabedoria

Amigo da Sabedoria

“A verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo”


Merleau-Ponty

Proposta do Semestre:

Preconceito em relação à Filosofia


Cidadania
Característica da Filosofia
Compreensão do Homem
Filosofia e Religião
Homem como ser político
Desigualdade
Tolerância
Felicidade

Método Avaliativo:
- Procedimental: caderno, frequência as aulas, participação.
- Conceitual: avaliação (1 a 2)
- Atitudinal: celular, concentração, banheiro, conversas.

Texto: “Quase....”

- Quais ensinamentos podem-se tirar desse texto?


- Quais são os meus “quases”?
- O que busco nesse semestre?

Preconceitos em relação a Filosofia

Arquétipos: Modelos.

Levar várias imagens e solicitar que vejam as profissões.

Coloque o que vem na mente de como deve ser a pessoa:

1 – Mulher bonita;
2- Médico;
3- Pessoas trabalhando em uma roça;
4- Homem rico;
5- Homem pobre;
6- Jogador de futebol;
7- Engenheiro;
8- Assaltante;
9- Filósofo;

Arquétipos são modelos construídos ao longo da história. Eles acontecem através do


convívio do ser humano e são capazes de “rotular” comportamentos e pessoas.
Atualmente os arquétipos e modelos receberam uma força muito grande para a sua
construção e consolidação, que são os meios de comunicação. O grande perigo dos
modelos e arquétipos, é a construção do preconceito que são capazes de aprisionar as
pessoas em conceitos pré-estabelecidos.

“Não deixe ninguém destruir seus sonhos, mas não os realize pisando nas pessoas”
(Katy Perry)

Texto: “Filosofia e sua importância para a nossa vida” – 3 a 3 analisar o texto.

Ler junto o texto: “Alegoria da Caverna de Platão” – Analisar a foto e verificar os


arquétipos que podemos vencer.

“Nunca deixe ninguém dizer que você não pode fazer alguma coisa. Se você tem um
sonho, tem que correr atrás dele. As pessoas não conseguem vencer e, dizem que você
também não vai vencer. Se quer alguma coisa, corra atrás”. Texto tirado do filme “Em
busca da Felicidade”.

Exercício da Cidadania

Colocar frases na lousa pulando uma linha:

- O essencial é invisível aos olhos.


- A justiça tarda, mas não falha.
- É preferível a democracia à ditadura.
- A felicidade não se compra.
- As aparências enganam.
- Todos somos iguais perante a lei.
- A liberdade exige responsabilidade.
- O amor é lindo.

O que cada frase quer dizer?

Nessas frases há conceitos filosóficos. Mas qual a diferença dessas frases para o
pensamento filosófico? Primeiramente, quando olhamos essas frases lembra-se de um
grande pensador chamado Gramsci. Segundo ele o senso comum é o conjunto de
valores, crenças, opiniões, preferências, que constitui a nossa visão de mundo e que
orienta nossas ações e escolhas cotidianas. Em geral, é assimilado sem critica, sem
questionamento. O “bom senso”, por sua vez, coincide com a filosofia, há uma reflexão
sobre a opinião dada, há consciência e um agir em função dela. Assim, nas muitas
frases que falamos no dia-a-dia há conceitos filosóficos.

Dessa forma, descreva o que é bom senso e o que é senso comum.


Se conselho fosse bom não se dava graça. (Senso Comum)
É só dormir que passa. (Senso Comum)
Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. (Bom senso)
Quem brinca com fogo, acaba se queimando (Bom senso)
Quem espera sempre alcança. (Senso Comum)
Pense duas vezes antes de agir. (Bom senso)
Devagar se vai longe. (Bom senso)
Quem semeia vento, colhe tempestade (Bom senso)
Só casar que passa. (Senso Comum)
Quem com ferro fere com ferro será ferido (Bom senso).

Características da Filosofia
Radical: chegar às raízes.
Rigorosa: coerência e sistemática, conclusões válidas e bem estruturadas.
Conjunto: visando a totalidade.

Na lousa:

“A filosofia é uma ‘reflexão’ (radical, rigorosa e de conjunto) sobre os problemas que a


realidade apresenta”. Saviani

“Os verdadeiros filósofos são ‘amadores do espetáculo da verdade’. Platão.

Compreensão de Homem (34)

Pergunta – Lousa: o que é o homem? Qual a importância do ser humano para o


mundo?

Dinâmica: através de recortes de jornais e revistas colocarem imagens que


representam o ser humano. Explicar.

Ler: Também como vocês há filósofos que possuem visão sobre o ser humano, para
Descartes o homem é aquele que detém um corpo e por causa disso sente dor, fome,
sede, porém, tem que ser senhor dele. Já Pascal tem uma visão romântica do ser
humano e afirma: “Afinal que é o homem dentro da natureza? Nada, em relação ao
infinito; tudo em relação ao nada; um intermediário entre tudo e o nada” (Caderno do
Professor- 37)
Lousa: E hoje? Atualmente a imagem do homem está nebulosa e opaca, muitas vezes
com representações que não nos representa. O homem não sabe o que é ser, porém, a
mulher através da sua luta conseguiu ter uma identidade.

Filosofia e Religião (45)

Convidar os alunos a pensarem sobre o texto que será lido e qual seria o discurso
religioso e o discurso filosófico sobre o mesmo caso.

Ler: Em 29 de setembro de 2006, um Boeing da companhia aérea Gol foi atingido em


pleno vôo por outro avião bem menor, modelo Legacy. Os ocupantes do Legacy nada
sofreram e a queda do Boeing da Gol provocou a morte de 154 pessoas.

Sagrado: é o sagrado – encantamento do mundo.

Religião (religare):
religio – prefixo (outra vez)
ligare – (ligar, unir)
rito – demonstração do sagrado.

Filosofia – reflexão.
Radical: chegar às raízes.
Rigorosa: coerência e sistemática, conclusões válidas e bem estruturadas.
Conjunto: visando a totalidade.

Deus e a razão (Volume 1 – pág 51)

Atividade:
Prove racionalmente que existe um Deus.
Argumentos racionais (pensar).
Argumentos emocionais (sentir).

Já teve dificuldade de querer provar algo para alguém e não conseguiu?

Platão: Demiurgo – que organizou o mundo (copiou)

Aristóteles: Primeiro motor, todo movimento é gerado, mas necessitou alguém que
fosse o movimento puro: ato puro.

Plotino: Uno, fonte de tudo o que existe, gerado. Tudo que existe precisa da Luz, sem
ela as coisas não existem. A Luz é o UNO, o que se distancia dela está no sombrio.

Filosofia Cristã: tudo que existe veio de Deus

Texto: “Top 10 maiores religiões do mundo”

Atividade: Descreva a sua religião (pensamento, regras, moral)


A existência de Deus pode ser provada pela razão?

- Todos os povos têm religião; a existência de uma divindade é um consenso universal


(consensus gentis);

- O mundo tem uma ordem e deve haver uma inteligência ordenadora de todas as
coisas (São Tomás);

- Tudo tem uma causa. Tudo o que foi causado pode causar outras coisas. Deve haver
algo que causa as coisas, mas não foi causado por ninguém. Deus é a causa não
causada (Aristóteles);

- Todas as coisas estão em movimento e movimentam outras coisas. O movimento é a


passagem do que é (ato) para aquilo que pode vir a ser (potência). Deve haver um ser
que movimenta as outras coisas, mas não é movimentado por nada, o primeiro motor
– ou o motor imóvel (Aristóteles);

- Tudo o que é alguma coisa participa de outra melhor. Por exemplo, algo quente
participa do fogo. Cada ser tem um grau de perfeição, como o fogo o objeto quente. O
limite máximo da perfeição é Deus; acima Dele não há nada melhor (São Tomás);

- Prova de Tomás de Aquino – cada ser precisa de algum outro para existir, esse ser é
chamado de ser possível. Por exemplo, para existir, uma criança precisa de um pai e
de uma mãe. O pai e a mãe precisam de outros seres; estes, de outros, e assim por
diante. Todas as coisas do mundo precisam ser de outro para existir. Mas há um ser
que não precisa de ninguém para existir; a ele chama-se de ser necessário. Se todos os
seres do mundo precisam de outro para existir, deve haver, portanto, um ser que dê a
existência ao mundo e ao mesmo tempo não precise de nada para existir; esse ser
necessário é Deus;

- Prova de Santo Anselmo – aquilo a respeito do que não conseguimos pensar nada de
maior não pode estar apenas no intelecto. Afinal, o intelecto não ultrapassa essa idéia
nem a contém. Então, se o intelecto não ultrapassa essa idéia, quer dizer que ela
também está fora dele, na realidade. Como um copo que transborda com a água, há
água dentro e fora do copo. Deus é o ser que nós não conseguimos pensar nada maior.
Por isso, ele não pode ser apenas uma idéia; ele é uma realidade.

Montesquieu: estado laico. Educação ignorar a religião.

Como devemos agir com pessoas que possuem opiniões diferentes da nossa?

O homem como ser Político

Reflita politicamente esses acontecimentos do nosso dia-a-dia:


1- O voto não deveria ser obrigatório, porque eu nem gosto de política; por que tenho
que votar?

2- O Exame nacional do ensino médio (ENEM) e uma política pública que pode ajudar
na mudança dos sistemas de ingresso ao ensino superior.

3- O sistema de cotas de afrodescendentes em cargos e universidades públicas é uma


política correta de inserção dos negros na sociedade e, com isso, na luta contra a
discriminação e desigualdade.

Colocar na lousa (pág. 54 – Caderno do Professor): a origem da palavra política vem de


polittique e politikós que significa a arte de governar a cidade. Para Platão e Aristóteles
a palavra política está associada a arte vida da cidade.
Já Hannah Arendt afirma que a política (politikon) é a qualidade de organização
da pólis e nem todo homem se organiza como na pólis grega. Portanto, a origem da
palavra política (politikon), para Arendt, deriva dessa ideia que está ligada à
pluralidade e à garantia da liberdade dos indivíduos para que atuem no campo das
decisões políticas. Ligado a idéia de religião. Ao contrário de Aristoteles que não
considerava os escravos e os bárbaros.
Nicolau Maquiavel (1469-1527) é considerado o fundador da ciência política. Isso
significa que Maquiavel foi o primeiro a pensar a política como categoria autônoma,
como uma área da ação humana que possui suas próprias regras, que é independente
da religião, da ética e da ordem natural. É na disputa pelo poder que uma ética
própria da ação política vai se constituindo. A ética e os valores morais que guiam as
ações particulares não devem se misturar às ações no campo da política. É na disputa
pelo poder que uma ética própria da política se constitui. No caso do contexto
histórico de Maquiavel, as regras das ações políticas eram fundamentadas na
sustentação do poder a qualquer custo, de modo que o governante pudesse usar
todos os recursos possíveis para dar segurança ao seu povo e para manter a soberania
da nação.
Ele reflete os motivos ou as atitudes para que O Principe (César Bórgia) possa
permanecer no poder, se precisar mudar a palavra, da violência e do mal, quando
necessário.
Para Platão e Aristóteles ética e política são indissolúveis. São os valores morais
daqueles que governam que irão determinar a qualidade administrativa de um
governo. A pessoa deve ser ético e com moral imprescindível na sua vida pessoal,
para ganhar o céu e conduzir tal prática para sua vida publica (Tomas de Aquino). Já
para o povo não cabe questionar, pois o Rei é um pai e se precisar precisa castigar.
Para Montesquieu, somente o poder pode brecar o poder;
Vamos agora acompanhar algumas atividades que fazem referência a algumas ideias
de Montesquieu. No Caderno do Aluno da 1ª série, volume 3, por exemplo, há um
quadro que sintetiza o que discutimos há pouco em relação aos tipos de governo.
Vejamos:

Tipos de governo A quem pertence a soberania Princípios

Republicano O poder soberano é dividido por todos ou por uma parte da sociedade. Virtude

Monárquico O poder soberano está em uma só pessoa, que obedece a leis imutáveis. Honra
Tipos de governo A quem pertence a soberania Princípios

Despótico O poder soberano está em uma só pessoa, que obedece apenas à própria vontade. Medo

Atividade: divisão em grupos ou fileiras (5 pessoas serão eleitores) – os grupos


proporão um nome para o partido, propostas para saúde, educação e lazer. E,
principalmente, quais os recursos para fazê-lo.

Desigualdade

- Explicar Rousseau

(Lousa) – A sociedade propriamente dita, existiria uma situação em que os homens


viviam de maneira muito simples ou até mesmo rústica. Rousseau denomina este
momento de Estado da Natureza. As necessidades sociais eram muito básicas e
facilmente podiam ser atendidas. Comer, beber, talvez dançar e manter certas crenças
de caráter religioso...nada muito difícil de satisfazer. Os homens viviam em
comunidades, não havendo espaço para egoísmo, a vaidade ou mesmo para o
individualismo. Mas, em um determinado momento, alguém pode ter cercado uma
certa quantidade de terra, impondo-se enquanto senhor e proprietário, ao mesmo
tempo em que os outros homens, por covardia ou qualquer outro motivo, não
resistiram e se submeteram a tal situação.
A partir desse instante se instaurou, sob o fundamento da sociedade privada, uma
crescente desigualdade entre os homens. Tal desigualdade, que teve no início um
caráter puramente material, com o passar do tempo atingiu também as
potencialidades e capacidades humanas. Os homens tornaram-se desiguais do ponto
de vista da riqueza e da capacidade, em função do egoísmo, da vaidade e do orgulho;
elementos esses derivados, ou ao menos “alimentados” pela existência da propriedade
privada.
Para Rousseau, portanto, o fundamento da civilização é a propriedade privada, que,
por sua vez, instaura a desigualdade dos talentos e das potencialidades.

Dinâmica: entregar uma bexiga para cada pessoa, cada um enche (ou folha de sulfite)
- Alguns eu tiro;
- Outro estouro.
0 que sinto?

Lousa: origem da desigualdade vem da propriedade.


- Homem livre, vivia para sua subsistência.
- Criou a propriedade e estado familiar surge a desigualdade.

Desigualdade Natural # Desigualdade Convencional

Atividades: Pintura de Portinari – Retirantes 1944


O que você analisa da pintura?
Leia a charge: qual a visão de desigualdade que possui?

Texto: Mito de Sisifo


Tolerância

Perguntas: O que você não tolera em hipótese alguma?


- Como você acha que está a convivência entre as pessoas?
- Você já sofreu alguma intolerância? Qual e por quê?

Texto:
A palavra tolerância provem do latim tolerantia, que por sua vez procede
de tolero, e significa suportar um peso ou a constância em suportar algo. Hoje em dia,
pode ser considerada uma virtude e se apresenta como algo positivo. Esta é uma
atitude social ou individual que nos leva não somente a reconhecer nos demais o
direito a ter opiniões diferentes, mas também de as difundir e manifestar pública ou
privadamente.
Tomás de Aquino diz que a tolerância é o mesmo que a paciência. E a paciência
é justamente o bom humor ou o amor que nos faz suportar as coisas ruins ou
desagradáveis. Por isso, quem é forte é paciente, mas não, vice-versa. Pois a paciência
é parte da fortaleza.
A diferença de abordagem, seja ela histórica ou dentro dos diferentes campos
das ciências particulares, nos permite observar que dentro das humanidades, a
tolerância diz respeito ao ser humano ou a sociedade. No final do séc. XVI, muito se
falou de tolerância religiosa, eclesiástica ou teológica. Hoje em dia também se tolera -
pacientemente - em pontos que não são essenciais de uma determinada doutrina
mesmo que seja em detrimento da mesma, mas para uma melhor convivência social.
Dentro das leis físicas, o universo tende a se desorganizar. Por outro lado, tudo
que está vivo, tende a se organizar. Mas o homem, sendo livre, pode "ajudar" a
desorganizar o mundo. Como num processo de tentativa e erro, as pessoas buscam
soluções para viver consigo mesmo e com as demais. Às vezes parece que temos na
mão um saco cheio de bolas, que tentamos arremessar e colocá-las dentro de um
buraco distante. De modo simplista, dizemos que podemos acertar ou não, mas na
prática, as coisas não ocorrem bem assim. O acerto aparece como uma vitória. Foram
centenas de arremessos, e um acerto! Tolerar é aceitar os limites, é na realidade ser
paciente. A paciência é justamente aceitar o desagradável, com bom humor.
Também na literatura universal, existem alguns provérbios que nos recordam a
tolerância. Tolérance n’est pas quittance, que poderíamos traduzir por: "Tolerância não
é liberdade total...". Numa pequena cidade do interior, um deficiente físico, sem
pernas, perambulava pela cidade com auxílio das duas mãos e o apoio do tronco.
Durante anos, no seu trajeto, era debochado por um homem que dizia: - Vai gastar o...
Um dia ele perdeu a paciência e matou o importunador. Na justiça, o aleijado foi
duramente atacado, e tido como assassino cruel. O advogado, ao iniciar a defesa, falou
durante dez minutos elogiando a qualidade de cada membro do júri, até que o juiz
interrompeu: - Se o senhor não iniciar a defesa, não permitirei que prossiga.
Sabiamente, o advogado respondeu: - Meritíssimo, se o senhor não aguentou dez
minutos de elogios, imagine a situação do réu que suportou anos de insultos... Nestes
casos, pode valer o provérbio: "Não seja intolerante a menos que você se confronte
com a intolerância".
Quanto à tolerância, costumamos atuar, como diz o provérbio, "com dois pesos
e duas medidas": tendemos a ser muito complacentes com os desvios de nossa
conduta (e isto quando os reconhecemos...) e implacáveis com os outros: não lhes
damos o tempo necessário para mudar. De fato, abandonar um mau costume e atuar
de modo completamente oposto é uma tarefa que exige esforço e pode durar meses
ou anos... E, quanto aos outros, exigimos que tudo ocorra no mesmo instante,
esquecendo que as coisas têm seu ritmo natural. Um feijão demora para germinar,
crescer, florir, dar a vagem... e nós às vezes somos semelhantes às crianças, que
deixam o feijão no algodão do pires com água, e no dia seguinte se decepcionam com
a ausência de vagens. Para viver, deixar viver.
O que leva duas pessoas a entrarem em discórdia? A invasão do direito alheio,
o ultrapassar o limite de tolerância, a incapacidade de compreensão mútua ou própria,
a falta de empatia, a nossa própria natureza, o nosso temperamento. Somos limitados,
e isto se manifesta também no modo tosco com que nos relacionamos muitas vezes
com as pessoas.
A distância que existe entre as pessoas, em parte é criada por cada um. Às
vezes percebemos que com alguns, já num primeiro momento, se consegue chegar
perto, e falar sem gritar ou mandar mensageiros, mas nem sempre é assim. É preciso
usar a inteligência, para encontrar o caminho da comunicação entre as pessoas.
Inteligência e vontade de querer se comunicar... ou não.

Atividade: os alunos vão a lousa e começam um desenho – traço, os outros vão


completando até formar um desenho.
- A nossa vida se completa com o outro
- Não impor o nosso desenho.
- Isso é conviver

Felicidade
Estoicismo e Epicurismo

Perguntas: (Colocar pág. 52 – Caderno do Professor)

1- O que é felicidade para você? Apresente uma definição.

2- O que preciso para ser feliz no mundo de hoje?

3- Você se considera feliz? Por quê?

4- As frases a seguir traduzem pensamentos do senso comum a respeito da felicidade.


Comente-as, posicionado-se em relação a elas e justificando seus argumentos.

a- Felicidade não existe. Só existem momentos felizes.


b- O dinheiro não traz felicidade.
c- A felicidade está dentro de cada um de nós.
A felicidade é uma reflexão profunda dos gregos e da filosofia, principalmente, quando
o homem foi conviver na polis. O primeiro grego a pensar foram os estóicos.

Lousa: frase de Reinhold Niebuhr – pág. 54 - Caderno do Professor.

“Concede-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso
modificar, coragem para modificar as que eu posso e sabedoria para distinguir umas
das outras”

Perguntas:
1 – Há coisas que não podemos modificar e há coisas que podemos? Quais são elas?

2- O que significa aceitar com serenidade as coisas que não podemos modificar?

Lousa: Estoicismo
O nome estóico (IV a. C.) vem de “pórtico”. Para eles existe uma Razão Divina (o Logos,
Deus) que rege todo o universo, imprimindo-lhe uma ordem necessária (isto é, que
não pode ser de outro jeito) e perfeita.
Antes, trata-se de um deus imanente, ou seja, inseparavelmente integrado ao mundo
físico e material. É a doutrina do panteísmo. Em outras palavras, as coisas são (e não
poderiam deixar de ser) como a Razão Divina quer que elas sejam.
Mas, se tudo é necessário, como fica a liberdade humana? Para os estóicos a
verdadeira liberdade, aquela praticada pelos sábios, consiste em adequar a vontade ao
Destino, desejando aquilo que ele prepara para cada um.
A felicidade para o estoicismo, consiste também em buscar o bem, isto é, a virtude, a
evitar o mal, ou seja, o vício. Bem e mal, portanto, são entendidos em seu sentido,
puramente moral.
Além disso, como diz Epicteto, a felicidade também está ligada à nossa capacidade de
discernir entre as coisas que dependem de nós e as que não dependem, buscando
apenas as primeiras e permanecendo indiferentes em relação às segundas.
Fora do nosso controle, entretanto, estão coisas como o tipo de corpo que temos, se
nascemos ricos ou se enriquecemos de repente, a maneira como somos vistos pelos
outros ou qual é a nossa posição na sociedade. Devemos lembrar que essas coisas são
externas e, portanto, não dependem de nós. Tentar controlar ou mudar o que não
podemos só resulta em aflição e angústia.
A felicidade, segundo os estóicos, exige também que adotemos uma atitude de apatia
em relação às paixões, pois essas, em geral, são causa de perturbação e infelicidade
para nossa alma. Sentimentos como medo, dor, piedade, inveja, ciúme, aflição,
ansiedade, cobiça, raiva, amor (especialmente quando não correspondido), ódio,
volúpia, entre outros, nos aprisionam, nos atribulam e nos impedem de ter paz de
espírito.

Perguntas:

1- Você tem medo da morte? E de Deus? Discuta com seus colegas e justifique,
individualmente, anotando suas ideias a seguir.
2- Caso tenha esses modelos, acredita que eles sejam obstáculos à sua felicidade? Por
quê? O que pensam os colegas sobre esses medos?

3- Para você, que papel tem o prazer na conquista da felicidade?

Lousa: Epicurismo
Uma de suas principais preocupações era com a questão da felicidade. Em primeiro
lugar, é preciso afastar as falsas opiniões que, em geral, temos sobre os deuses e que
nos levam a temê-los, pois esse temor também é causa de infelicidade. Por isso, não
há motivos para temê-los. Pela mesma razão, preces, sacrifícios e louvores são inúteis
e desnecessários.
Em segundo lugar, temos de nos libertar do medo da morte, outro obstáculo para a
felicidade. É tolice angustiarmos pela espera da morte.
Em terceiro lugar, Epicuro recomenda que não acreditemos no destino e na sorte, o
que vai acontecer no futuro é uma construção de cada um e não sorte ou destino.
Entretanto, essa construção sofre influência alheia e nem sempre o que se planeja se
concretiza. Logo, é algo que nos pertence e ao mesmo tempo não.
Conhecer bem os nossos desejos e direcionar nossas escolhas, para Epicuro, a principal
finalidade da vida humana é o prazer (Entendido como estado de conforto e
tranqüilidade). Devemos aprender a extrair prazer daquilo que temos, ou das coisas
simples da vida, em vez de sofrer pela falta daquilo que não podemos ter. É o que
Epicuro chama de autossuficiência.

Texto: A dimensão social da Felicidade

Cortar em Tirinhas e cada grupo entender a sua frase e completar o total.

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