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A INERRÂNCIA DAS ESCRITURAS


Mateus 5.17-20

INTRODUÇÃO
É necessário que se diga, que a inerrância não é uma teoria a respeito da Bíblia ou,
uma filosofia moderna, inventada pelos fundamentalistas ou conservadores.

Cremos que, quando asseveramos com vigor a inerrância total das Escrituras,
estamos apenas dizendo o que a Escritura reivindica para si mesma; desta forma, não
estamos primeiramente defendendo a inerrância; estamos, sim, afirmando a inerrância
da Bíblia como uma doutrina que faz parte da essência do evangelho, que deve ser
pregado em toda a sua extensão (At 20.27; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.20-21).

Ensinamos a inerrância bíblica porque esta é uma doutrina Bíblica (Jo 10.35; 17.17; 2
Co 6.7; Cl 1.5; 2 Tm 2.15; Tg 1.18) e, também, porque é uma decorrência lógica do
fato de que o Deus que "expirou" as Escrituras (2 Tm 3.16), não mente, não muda,
nem falha. (Tt 1.2; Tg 1.17).

1. DEFINIÇÃO DE INERRÂNCIA
Tomemos aqui, a definição apresentada por Paul D. Feinberg:

"A inerrância é o ponto de vista de que, quando todos os fatos


forem conhecidos, demonstrarão que a Bíblia, nos seus
autógrafos originais e corretamente interpretada, é inteiramente
verdadeira, e nunca falsa, em tudo quanto afirma, quer no
tocante à doutrina e a ética, quer no tocante às ciências
sociais, físicas ou biológicas".

2. IMPLICAÇÕES DA DOUTRINA DA INERRÂNCIA BÍBLICA


2.1. A inerrância só se estende aos autógrafos originais, não às transcrições e
traduções. Isto indica que nenhuma versão, texto, ou tradução pode alegar para si,
baseada em critérios subjetivos, a autoridade final, em detrimento de outros.

2.2. A inerrância não significa a santificação e infalibilidade dos escritores sagrados


ou, daqueles que tiveram as suas palavras registradas na Bíblia. O registro é
inerrante; não o homem.

2.3. Apesar da Bíblia não ter como propósito o ensino de biologia, botânica,
astronomia, etc., o que eia diz é verdade do ponto de vista fenomenológico.

2.4. Que tudo o que foi registrado corresponde perfeitamente aquilo que Deus quis
que fosse escrito.

2.5. A inerrância corre a favor da história; com isso, queremos dizer que os problemas
que podem ser levantados hoje, como foram ontem, terão através das pesquisas e das
descobertas arqueológicas, biológicas, históricas, etc., a sua explicação amanhã; isto,
se de fato as alegadas verdades científicas permanecerem como tais. Qualquer tipo
de conhecimento parte de Deus, que é a sua fonte inesgotável; portanto podemos
concluir:

2.5.1. Deus é a fonte de todo conhecimento, inclusive o científico; logo

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2.5.2. Toda verdade é verdade de Deus, não podendo haver contradição em Deus
mesmo;

2.5.3. A ciência e a fé não se contradizem; o mesmo doador da fé (Ef 2.8) é o criador


das verdades científicas; logo, quando ambas parecem contraditórias, é porque ou há
uma compreensão errada da fé ou, a ciência não é ciência.

2.6. A inerrância se aplica à Bíblia, não às teologias supostamente bíblicas.

2.7. Que as escrituras conduzem o pecador eleito infalivelmente à oferta redentora de


Deus (Is 55.11; Hb 4.2). A Palavra de Deus, torna o homem sábio para a salvação (2
Tm 3.15).

2.8. A Bíblia expõe com clareza e fidelidade o ser de Deus revelado, sua vontade e
propósito, sendo um guia seguro, suficiente e infalível para a vida da Igreja (2 Tm 3.16;
Ap 22.18-20). Por isso, para Jesus e os apóstolos, a palavra da Escritura era sempre
decisória e final (Mt 4.4,7,10; Rm 12.19; 1 Pe 1.16).

3. A BÍBLIA DA TESTEMUNHO DA SUA INSPIRAÇÃO E INERRÂNCIA


A Bíblia autentica-se a si mesma como o registro inspirado e inerrante da revelação de
Deus. Vejamos alguns textos bíblicos:

3.1. Os profetas
Os profetas são descritos como aqueles através dos quais Deus fala (Ex 7.1; Dt
18.15). Dirigiam-se ao povo dizendo: "Assim diz o Senhor..." (Ez 31.1; Os 1.1; Jr27.1;
20.7-9).

3.2. Os apóstolos
Os apóstolos falavam com a convicção de que estavam pregando e ensinando a
palavra inspirada de Deus (1 Co 2.4- 13; 7.10; 1 Ts2.13;2Ts 3:14), colocando os
escritos do Novo Testamento no mesmo nível do Antigo Testamento (1 Tm 5.18; Dt
25.4; Lc 10.7; 2 Pe 3.16).

3.3. Jesus
Jesus apelava às Escrituras como verdade final. (Mt 4.4,7,10; 11.10; 19.4; 21.16,42;
22.29; Mc 10.5-9; Lc. 19.46; 24.25-27, 44-47).

3.4. A bíblia através de afirmações diretas


Mt 5.18; Lc. 16.17,29,31; Jo 10.35, At. 1.16; 4.24-26; 28.25; Rm 15.4; 2 Tm. 3.16; Hb.
1.1,2; 3.7-11; 10.15-17; 2 Pe 1.20.

CONCLUSÃO
A Bíblia fornece argumentos racionais que demonstram a sua inspiração e inerrância;
todavia, os homens só poderão ter esta convicção mediante o testemunho interno do
Espírito Santo (SI. 119: 18); os discípulos de Cristo, só entenderam as Escrituras
quando o próprio Jesus lhes abriu o entendimento (Lc. 24.45).

O cristão sincero deve aprender a subordinar a sua inteligência à sabedoria de Deus


revelada nas Escrituras e, guardar no coração a palavra de Deus (SI. 119.11).

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