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A análise custo-benefício (ACB) é uma abordagem sistemática para estimar as forças e as fraquezas

de alternativas que satisfaçam as transações, as atividades ou os requisitos funcionais de um negócio


ou de uma atividade. É uma técnica que é usada para determinar as opções que fornecem a melhor
abordagem para a adoção e a prática em termos de ganhos de trabalho, de tempo e de custos, etc.
[1] A ACB é também definida como um processo sistemático para calcular e comparar os benefícios
e custos de um projeto, decisão ou política pública (doravante designados por "projeto").

Em termos gerais, a ACB tem duas finalidades:

Determinar se é acertado tomar uma decisão ou levar a cabo um investimento


(justificação/viabilidade),
Proporcionar uma base para comparação de projetos. Passa por comparar o custo total esperado de
cada opção com os benefícios esperados totais, para concluir se os benefícios ultrapassam os custos
e por que montante.
A ACB está relacionada, mas é distinta da análise custo-eficácia. Na ACB, os benefícios e os custos
são expressos em termos monetários e são ajustados pelo valor temporal do dinheiro, para que
todos os fluxos de benefícios e fluxos dos custos do projeto ao longo do tempo (que tendem a
ocorrer em pontos diferentes no tempo) sejam expressos numa base comum em termos do seu
"valor atual líquido."

São relacionadas, mas ligeiramente diferentes, as seguintes técnicas: análise custo-eficácia (cost-
effectiveness analysis), análise custo-utilidade (cost–utility analysis), análise risco–benefício (risk–
benefit analysis), análise do impacto económico (economic impact analysis), análise do impacto
fiscal (fiscal impact analysis) e análise do retorno social do investimento (social return on investment
(SROI) analysis).

A seguir está uma lista dos passos que uma análise de custo-benefício genérica engloba.[4]

Listar os projectos/programas alternativos.


Listar as partes interessadas ou intervenientes (stakeholders).
Selecionar as medidas e quantificar todos os elementos dos custos e dos proveitos.
Prever os custos e os proveitos ao longo do período de tempo relevante.
Converter todos os custos e proveitos em unidades monetárias comuns.
Aplicar a taxa de atualização ou de desconto.
Calcular valor atual líquido das opções do projeto.
Executar uma análise de sensibilidade.
Adoptar e implementar a escolha recomendada.

A ACB genericamente tenta colocar todos os custos e benefícios relevantes numa plataforma
temporal comum usando cálculos do valor temporal do dinheiro. Isto é feito normalmente
convertendo os fluxos futuros esperados dos custos e proveitos num montante de valor actual
utilizando uma taxa de actualização/desconto. Estudos empíricos sugerem que, na realidade, as
pessoas também descontam assim o futuro.[6]

A escolha da taxa de atualização/desconto é subjetiva. Uma taxa menor valoriza as futuras gerações
num nível igual ao da geração atual. Maiores taxas (por exemplo, uma taxa de rendibilidade de
mercado) reflete a posição dos seres humanos de valorizar mais o dinheiro que recebem hoje do que
o dinheiro que recebem no futuro. A escolha tem uma grande diferença na avaliação de
intervenções com efeitos a longo prazo. Uma questão é o enigma do prémio de rendibilidade das
acções (equity premium puzzle), por a rendibilidade de longo prazo das acções ser bastante mais
elevada do que deveria ser. Se assim é, então indiscutivelmente as taxas de retorno de mercado não
devem ser usadas para determinar uma taxa de atualização/desconto, porque ao fazê-lo haveria o
efeito de subvalorização do futuro distante (por exemplo, das alterações climáticas).[7]

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