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Fabiana
Tramontin
Bonho
Desenvolvimento de
um sistema ABC
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar o desenvolvimento de um sistema ABC,
seus objetivos e conceitos. Além disso, os acumuladores, que são os
direcionadores de custos, os quais as atividades são alocadas, também
serão abordados.
Este capítulo ainda apresentará a gestão estratégia de custos, uma
ferramenta para fins gerenciais que permite uma análise de custos sob
uma visão mais ampla, tornando os elementos estratégicos mais consis-
tentes, explícitos e formais.
O sistema ABC
O sistema ABC (custeio com base em atividades, do inglês activity basead
costing) foi desenvolvido como uma metodologia para melhorar a forma de
alocação de custos e despesas indiretas fixas, atendendo também às necessida-
des de informações gerenciais nas empresas referentes a custos dos produtos,
serviços, clientes e canais de distribuição.
2 Desenvolvimento de um sistema ABC
O sistema ABC surgiu com a função de reduzir as distorções causadas pela arbitrariedade
do rateio dos custos indiretos de fabricação. Como também poderá ser aplicado aos
custos diretos, principalmente na mão de obra, no caso dos custos diretos não haverá
diferenças significativas na sua aplicação quanto aos sistemas tradicionais, pois ele fará
essa alocação como os demais custeios.
O sistema ABC é uma metodologia que nasceu nos Estados Unidos, em meados da
década de 1980, e foi desenvolvida e criada basicamente por Devlim, Cooper e Kaplan,
procurando reduzir, sensivelmente, as distorções provocadas pelo rateio arbitrário
dos custos indiretos.
https://goo.gl/V8rNz6
Definição de acumuladores
Os acumuladores, ou direcionadores de custos, são o fator que determina
o custo de uma atividade. Como as atividades exigem recursos para serem
realizadas, deduz-se que o direcionador é a verdadeira causa dos custos.
No sistema ABC, as atividades funcionam como acumuladores de
custos e correspondem ao processo que, de forma adequada, combina os
recursos necessários para a produção de bens e serviços a serem ofertados
e esses custos estão relacionados a uma única medida de atividade no
sistema ABC. A medida de atividade é uma base de alocação dos custos,
na qual se utiliza o termo direcionador de custo como meio de direcionar
o custo que é alocado.
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Infraestrutura
Gestão de Recursos Humanos
Desenvolvimento Tecnológico
Margens
Aquisição/Compras
Atividades Primárias
Porter (1992) explica que existem dois tipos básicos de vantagem com-
petitiva: o menor custo e a diferenciação. O menor custo é a capacidade de
uma empresa projetar, produzir e comercializar um produto comparável com
mais eficiência do que seus competidores. A diferenciação é a capacidade
de proporcionar, ao comprador, valor excepcional e superior, em termos de
qualidade, e características especiais ou serviços de assistência.
A análise de direcionadores de custos tem o objetivo de estabelecer os
fatores que verdadeiramente gerem os custos. Os direcionadores estruturais
são divididos em dois e estão relacionados com os recursos existentes e as
alternativas de aplicação desses recursos, como a tecnologia, a economia de
escala, etc. Os direcionadores de execução são a habilidade de a empresa
concretizar com êxito o posicionamento de custo planejado, encontrando,
para isso, as medidas de rendimento que pretendem analisar a realização do
custo e a capacidade de execução, como envolvimento da força de trabalho,
eficiência do leiaute das instalações, entre outros.
Desenvolvimento de um sistema ABC 9
CREPALDI, S. A. Contabilidade gerencial: teoria e prática. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
406 p.
FERREIRA, R. J. Contabilidade de custos: teoria e questões comentadas. 5. ed. Rio de
Janeiro: Ferreira, 2009. 192 p.
GARRISON, R. H.; NOREEN, E. W.; BREWER, P. Contabilidade gerencial. 14. ed. Porto
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tripod.com/ezine/custos.zip>. Acesso em: 6 abr. 2018.
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Leituras recomendadas
CRUZ, J. A. W. Gestão de custos: perspectivas e funcionalidades. Curitiba: InterSaberes,
2012. 164 p.
LEONE. G. S. G.; LEONE, R. J. G. Curso de contabilidade de custos: contém critério do
custeio ABC, aplicação de métodos quantitativos. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 480 p.
LUNKES, R. J. Contabilidade gerencial: um enfoque na tomada de decisão. Florianopólis:
Visual Books, 2007. 234 p.
SAKURAI, M. Gerenciamento integrado de custos. São Paulo: Atlas, 1997. 279 p.
SOUZA, L. E. Fundamentos de contabilidade gerencial: um instrumento para agregar
valor. Curitiba: Juruá, 2008. 332 p.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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