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Custos e Preços
Introdução
Sistemas de Custeio:
O Sistema de Custeio ABC pode ser uma ferramenta que permite melhor
visualização dos custos por meio da análise das atividades executadas dentro da
empresa e suas respectivas relações com os produtos e a necessidade de uma
definição das atividades relevantes dentro dos departamentos, dos direcionadores
de custos de recursos que irão alocar os diversos custos incorridos às atividades.
Sistemas de Custeio – introdução
Veremos que o ABC propõe o uso do rastreamento por meio dos direcionadores
de custos, sendo dois tipos de direcionadores: os de recursos para as atividades e
o de atividades aos produtos. O intuito é a redução na arbitrariedade dos critérios
de rateio, já que o ABC é visto como uma ferramenta importante para a gestão da
empresa, contudo sua metodologia ainda possui a necessidade de ratear por ainda
conter certo grau de subjetividade.
Sistemas de Custeio
A título de exemplo, segue comparação entre o rateio (do custeio por absorção) e o
rastreamento (do custeio baseado em atividades):
Rateio Rastreamento
Ocorre quando não for Ocorre quando não for
possível a alocação direta ou possível a alocação direita
o rastreamento
Definido de forma arbitrária e Definido por meio de
subjetiva pesquisas e estudos
Não representa a verdadeira Identifica relação de causa e
relação entre custo e atividade efeito: relação mais verdadeira
Recursos Produtos
ABC:
Atividades
Vai um zoom
Direcionadores de custos de atividades
Produtos ou serviços
Sistemas de Custeio – apuração dos custos das atividades
Recursos
Atividades
Produtos ou serviços
Sistemas de Custeio – apuração dos custos das atividades
Não existe uma lista de direcionadores que as empresas devem utilizar, mas elas
podem estudar aqueles que permitem alocar os custos aos produtos de modo que
representa o valor mais próximo da realidade. A título de exemplo, têm-se os
seguintes direcionadores:
EXEMPLOS DE DIRECIONADORES
Número de inspeções
Número de recebimentos
Número de requisições
Tempo de processamento
Tempo de armazenamento
Número de chamadas
Sistemas de Custeio – apuração dos custos das atividades
Por meio dos direcionadores de tipo 1, os produtos, por sua vez, consomem as
atividades cujos custos anteriormente atribuídos passam agora para os produtos
direcionadores de tipo 2.
1. Atividades da unidade de produto: são realizadas cada vez que uma unidade
é produzida.
2. Atividades de lotes: são realizadas cada vez que se lida com um lote ou ele
é processado, independentemente do número de unidades nele contido.
A partir da premissa de que são as atividades que consomem recursos e essas são
consumidas por produtos e outros objetos de custo, Hansen & Moween (2001)
explicam as seis etapas essenciais para o projeto de implantação de um sistema ABC:
O gestor da empresa nos informou que tudo que foi produzido foi vendido. Além
disso, fomos informados de que a empresa possui dois departamentos de produção:
Departamentos de produção
Corte e costura
Compras
Sistemas de Custeio – exemplo: Fashion SA
Passos Tarefas
Departamentos Atividades
TOTAL 36.000
Sistemas de Custeio – exemplo: Fashion SA
Custo de comprar
150 x 48,571 = 7.286 200 x 48,571 = 9.714 17.000
materiais
Cortar e costurar
Custo total 19.000
Direcionadores: tempo de corte e costura
Camisetas Calças TOTAL
Tempo de corte e costura 2.160 2.600 4.760
Direcionador unitário 19.000/4.760 = 3,992
Custo de cortar e costurar 2.160 x 3,992 =8.622 2.600 x 3,992 =10.378 19.000
Sistemas de Custeio – exemplo: Fashion SA
a) As despesas de marketing.
b) As consumidas por atividades primárias ou outras secundárias.
c) As quais são consumidas por um objeto de custo.
d) As despesas que geram lucro.
e) As despesas com o pessoal de marketing.
Resposta
a) As despesas de marketing.
b) As consumidas por atividades primárias ou outras secundárias.
c) As quais são consumidas por um objeto de custo.
d) As despesas que geram lucro.
e) As despesas com o pessoal de marketing.
Agenda
Para Martins (2009), o ABC possibilita a análise de custos sob duas visões:
A visão econômica de custeio é uma visão vertical, que apropria os custos aos
objetos de custeio pelas atividades realizadas em cada departamento.
Para Martins (2009), a grande crítica ao uso do ABC está no problema do rateio
dos custos fixos. O uso do ABC identifica o custo das atividades e dos processos,
possibilitando uma visão muito mais adequada para a análise da relação
custo/benefício de cada uma das atividades e dos processos.
Vantagens
Desvantagens:
É dispendioso;
Custo ideal;
Custo estimado;
Custo corrente.
Custos para controle
Custo ideal
Custo estimado
Custo corrente
Considerado como prático e teórico, considera os fatores que a empresa tem, que
existem ineficiências, sendo que algumas podem ser sanadas, considera
melhorias e que é o método que pode mais se aproximar da realidade da empresa,
portanto, é o mais usado pelas empresas.
Essa divisão permite que os gestores analisem e controlem melhor a variação total,
já que podem verificar a sua origem. Poderíamos propor o seguinte esquema:
Custos para controle – custo padrão
Variação Total =
Variação de Preço + Variação de Consumo
[(PR x QR) – (PP x QR)] + [(PP x QR) – (PP x QP)]
Em que:
PR = Preço Real
PP = Preço Padrão
QR = Quantidade Real
QP = Quantidade Padrão.
Custos para controle – custo padrão
Essas organizações podem utilizar a chamada folha de custo padrão, em que estão
estabelecidos detalhadamente para cada produto: os padrões de materiais, mão de
obra e custo indireto e que mune o gerente de uma grande quantidade de
informações pertinentes aos insumos necessários à produção de uma unidade e
seus respectivos custos. São três as principais categorias de custo padrão:
Agora, nosso objetivo é fazer com que você conheça os principais aspectos da
forma de apuração de custos, pois se entende como função de acumulação de
custos qualquer segmento da entidade em que se deseje apurar custos.
Custo ($)
Custo fixo
Volume de atividade
Custos fixos – revisão
Então, se o aluguel da área de produção for, por exemplo, de R$ 500, esse valor
não varia com a unidade produzida, nem tende a variar no curto prazo, como dois
meses, três ou mais.
Custo ($)
Figura 5 – comportamento
dos custos variáveis Custo variável
Volume de atividade
Custos
Se a Soneca produzir, por exemplo, 1.000 unidades, seus custos fixos serão de
R$ 20.000,00 mensais; se a Soneca produzir 500 unidades também; a mesma
coisa se ela não produzir em determinado período.
Os custos variáveis possuem comportamento diferente. Eles variam conforme a
produção, ou seja, quanto mais se produzir, mais será consumido. No caso da
Soneca, vamos imaginar a produção de zero, 100, 500 e 1.200 unidades.
O comportamento dos custos variáveis será:
Comportamento dos custos variáveis
Travesseiros vendidos Custo variável total
0 un R$ 0
100 un R$ 800
500 un R$ 4.000
1.200 un R$ 9.600
Custo total
$ Custos
Variáveis
Figura 26 – Comportamento do Custo Total
Fonte: Martins (2009, p. 255).
Fixos
Volume de atividade
Conceito de ponto de equilíbrio
PE
Volume
Conceito de ponto de equilíbrio
Assim, podemos afirmar que esse ponto é definido tanto em unidades (volume)
quanto em valores monetários, no caso em reais (R$). Considere, por exemplo, uma
empresa com esta situação:
Qual será o volume mínimo que essa empresa deveria produzir (e vender) para
que ela não tenha prejuízo? Em outras palavras, calcule o Ponto de Equilíbrio (PE).
Resolução:
No ponto de equilíbrio, temos que as receitas totais são equivalentes aos custos e às
despesas totais. Considerando “Q” como quantidade, temos: