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Capa
Contra capa
Folha de rosto
Direitos Autorais
Epígrafo
Dedicatória
DRAMATIS PERSONAE
Parte Um
Parte Dois
Parte Três
Parte Quatro
Parte Cinco
Parte Seis
Créditos
Agradecimentos
Obras do Autor
Sobre o Autor
Dedicado à Christopher Lee
DRAMATIS PERSONAE
DROIDES
LEP-10019: Droide LEP de Dookan..
D-4: Feminino. Droide de Protocolo Rabugenta.
DROIDE TÁTICO.
DROIDE GARÇONETE.
DROIDE DE SEGURANÇA.
DROIDE DE BATALHA.
DROIDE EXECUTOR.
DROIDE POLICIAL.
DROIDE MÉDICO.
DROIDE ATENDENTE.
PAPÉIS MENORES
HOLOGRAMA DO LOCUTOR DA CELEBRAÇÃO.
PARS-VALO: Iniciante.
DOOKAN:(NARRAÇÃO)
Eu concordei com relutância, deixando Sifo-Dyas me arrastar mais para
dentro da multidão. Sem saber que, a não muito longe dali, a nobreza
honrou as festividades com a sua presença.
HOLOGRAMA DE ANUNCIANTE:
Povo da galáxia, bem-vindo à Carannia! Aqui você descobrirá tudo o que a
Orla Exterior tem a oferecer. Inovação, exploração, uma grande fronteira os
aguarda! Mundos de oportunidades e aventuras. Tudo ao seu alcance por
hiper rotas seguras e confiáveis...
Chegamos ao Conde Gora, o governante de Serenno, que está passando
pela celebração rodeado pela sua comitiva.
GORA:
(BUFOU) – Hipercaminhos seguros e confiáveis? Que monte de cuspe de
Sith.
ANYA:
– Gora, por favor! As crianças!
GORA:
– E o que com eles? Não acredito que a Assembléia me convenceu a fazer
isso. É um insulto, é isso o que é. Um maldito insulto.
D-4:
– Na verdade, Conde Gora, a celebração é uma oportunidade única na vida
para Serenno.
GORA:
– Anya, lembre a sua droide de protocolo para não me dar lições, a não ser
que queira ser derretida com o próximo lote de zersium de Malvern.
ANYA:
– Dee-Four, talvez seja melhor você fechar o seu vocabulador.
D-4:
– Mas, Condessa Anya, eu só queria lembrar a sua graça que...
GORA:
– Eu ainda a ouço falar...
ANYA:
– Por favor, Dee-Four. A última coisa que precisamos é perder a paciência
novamente. Talvez você possa ir cuidar das crianças?
D-4:
– As crianças...? Condessa, estou programada para diplomacia e etiqueta.
ANYA:
– E, portanto, você é a babá perfeita para o Ramil e a Jenza.
(QUATORZE ANOS DE IDADE)
RAMIL:
– Mãe, eu não sou um bebê!
D-4:
(BUFOU) – Ah! Isso é uma questão de opinião.
RAMIL:
Oh, vou enfia-lano acoplamento de recarga.
D-4:
– Condessa! Você ouviu o que ele disse?
ANYA:
(SUSPIRANDO) – Sim, sim! Ramil, não há necessidade de ser rude...
(COM ELA) Você não é o seu pai.
GORA:
– O que foi isso?
ANYA:
– Nada, querido! Eu só conversei com as crianças.
(ONZE ANOS DE IDADE)
JENZA:
– Posso fazer um passeio, mãe?
ANYA:
– Sozinha não, Jenza. Você já sabe.
JENZA:
– Mas...!
ANYA:
– Mas nada. Dee-Four ficará com você.
RAMIL:
– Isso é tão humilhante!
ANYA:
– Você sempre pode ir à Assembléia para ouvir o discurso de seu pai?
JENZA:
– Na verdade, a Dee-Four será uma ótima companhia. (PONTUOU) Não
será, Ramil?
RAMIL:
– Eu acho... Nesse caso, vamos lá, cabeça de parafuso. Vamos dar uma
volta.
D-4:
– Mas devo protestar. Meus deveres...
ANYA:
(CHAMANDO DE VOLTA ENQUANTO CAMINHA PRA FORA) –É
para cuidar das crianças. Divirtam-se!.
D-4:
(CHAMANDO POR ELA) – Condessa... Condessa, sério! (FALANDO
COM ELA MESMA) Isso é demais. Estou prestes a... (PERCEBEU QUE
AS CRIANÇAS SE FORAM) Onde eles estão? Para onde foram eles?
(CHAMANDO) Senhora Jenza.
CENA 5. EXTERIOR NA CELEBRAÇÃO. AS CRIANÇAS.
(CONTINUAÇÃO)
Ambiente de antes.
FEIRANTE #1:
–Teste sua força contra o raio do trator... apenas 3 créditos. (AVISTOU
JENZA) E você, mocinha, se sente forte hoje, certo?
JENZA:
(INSEGURANÇA) – Não, obrigado.
Ela se apressou.
FEIRANTE #1:
(CHAMANDO ELA) – Vamos lá, tente! Você nunca sabe...
JENZA:
– Sério, eu estou bem, obrigada.
Ela esbarra em um alienígena que responde com raiva em Huttese.
ALIEN:
– Chuba! Doompasha lo! [Ei! Cuidado!]
JENZA:
–Oh, desculpe, eu não queria esbarrar em você.
ALIEN:
– Oosa do nawee, eh? [Você usa seus olhos, né?]
Ela sai correndo.
JENZA:
– Sinto muito.
Ela vagueia por um minuto, totalmente perdida.
JENZA:
– Talvez não tenha sido uma boa ideia.
Ela ativou um comunicador.
JENZA:
–Ramil? Ramil, onde você está?
(NO COMUNICADOR)
RAMIL:
– O que você quer?
JENZA:
– Cadê você?
(COMUNICADOR)
RAMIL:
– No caminho para o pavilhão dos droides, por quê?
JENZA:
–Eu... pensei que, afinal, eu poderia ir com você. Você podia me esperar?
RAMIL:(COMUNICADOR)
– Ha! Eu sabia que você ficaria assustada sozinha. (ZOANDO) Talvez você
possa pedir proteção aos Jedi?
JENZA:
– Não seja um javali-verruga.
(COMUNICADOR)
RAMIL:
– Cadê você?
JENZA:
– Eu não sei. Haviam jogos e...
Alguém esbarra nela.
(CONT.)
JENZA:
(REAÇÃO) –Tantas pessoas.
RAMIL:(COMUNICADOR)
– Ok, espere aí. Mas você estará me devendo, está me ouvindo?
JENZA:
– Sim, eu...
Alguém passa por ela, bruscamente.
JENZA:
(GRITA) – Ei!
RAMIL: (COMUNICADOR)
– O que aconteceu, Jenza?
JENZA:
– Alguém roubou a minha bolsa!
(COMUNICADOR)
RAMIL:
– O que? Quem?
JENZA:
– Um pequeno e magro Hoopaloo. Posso vê-lo. (ELA COMEÇA A
CORRER, IRROPENDO PELAS PESSOAS) Desculpe! Deixe-me passar!
RAMIL:(COMUNICADOR)
– Jenza, não. Não o siga. Pode ser perigoso. Jen!
Jenza tropeça.
JENZA:
(SUSPIRO)
E há uma batida enquanto o comunicador se quebra, cortando
comunicação com Ramil.
JENZA:
– Oh não!
Ela corre atrás do ladrão, clicando no botão do comunicador
repetidamente.
JENZA:
– Ramil? Ramil, você pode me ouvir?
Com mais cliques, ela percebe que a unidade está quebrada.
JENZA:
– Oooh... não! A Mãe vai me matar. (GRITA ATRÁS DO LADRÃO) Volte
aqui!
CENA 10. EXTERIOR NO PARQUE DE DIVERSÕES. ATRÁS DAS
BARRACAS
VENTRESS:(NARRAÇÃO)
Dookan ficou em silêncio, perdido em suas memórias. Ele nunca pareceu
tão velho, tão... humano.
KY NAREC:(FANTASMA)
– Esta é sua chance, Ventress. Você pode matá-lo.
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
Eu ignorei a voz, não é real. Em vez disso, foquei no holograma,
imaginando uma tala magnética presa a perna do garoto.
VENTRESS:
– Seus ferimentos…
VENTRESS:(NARRAÇÃO)
Dookan se endireitou, ajustando uma manga já maculada. Sua mandíbula
aperta sob a barba branca e arrumada. Seu olhar, mais uma vez é como aço.
DOOKAN:
–Elas curaram... As maravilhas da medicina moderna. Yoda me visitou na
enfermaria. Ele pediu desculpas, disse que estava errado em me levar para
Serenno.
VENTRESS:
– Mas o dano foi feito.
DOOKAN:
–Antes do festival, eu nunca tinha pensado na minha família. Eu sabia que
ela estava, em algum lugar, lá fora, nas estrelas. Mas o que isso importava
para mim? A única família que ele precisava estava dentro dos muros do
Templo.
Mas agora... agora tudo havia mudado.
CENA 14. INTERIOR. TEMPLOJEDI. TRIBUNA DE
TREINAMENTO DOS INICIADOS.
DOOKAN:
– Minha irmã. (SE AGITA)
(NARRAÇÃO)
VENTRESS:
Dookan levanta a mão, usando a Força para desligar o holograma.
Isso chia.
DOOKAN:
– Nós nos comunicamos por anos, enviando mensagens de ida e volta
através das estrelas.
VENTRESS:
– Usando holomensagens. Isso era permitido?
DOOKAN:
– Não. Mas isso não nos impediu. Eu não fazia ideia de que ela guardava as
gravações. Não até que finalmente cheguei em casa.
VENTRESS:
– Onde ela está agora?
DOOKAN:
– Se foi. Eles a tiraram de mim. Eu tenho muitos inimigos, Ventress. Coisas
que eles poderiam fazer para descobrir os meus segredos. A tortura que eles
podem infligir...
VENTRESS:
– Mas não os jedi, eles não torturam.
DOOKAN:
– Você tem certeza?
VENTRESS:
– Eles não agem assim.
VENTRESS:(NARRAÇÃO)
Isso o diverte, um sorriso puxa a sua boca, mas não tem calor. Este é o
Dookan que eu conheco, a máscara está de volta em seu lugar.
DOOKAN:
– Foi isso que ele te disse? Seu Mestre, Ky Narec, sobre os Jedi que o
abandonaram em Rattatak?
VENTRESS:(NARRAÇÃO)
Sinto que uma presença está agitada no fundo da minha consciência...
(FANTASMA)
KY NAREC:
– Não o escute, pequenina.
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
Dookan continua, sem perceber a voz na minha cabeça.
DOOKAN:
– Os Jedi poderiam tê-lo resgatado a qualquer momento que quisessem,
mas, em vez disso, deixaram-no apodrecer lá.
(FANTASMA)
KY NAREC:
– Não foi assim que aconteceu!
DOOKAN:
– Eles sabiam que ele tinha tomado uma Padawan.
VENTRESS:
– O que?
DOOKAN:
– Eles poderiam ter vindo atrás de você quando ele deu seu último suspiro.
Eles poderiam tê-la salvado. Mas eles não o fizeram. Eles deixaram você,
deixaram você morrer naquele planeta abandonado pela Força. Rejeitando
você, assim como eles o rejeitaram.
KY NAREC: (FANTASMA)
– Isso tudo é mentira!
VENTRESS:
– Eu... (PEGANDO FÔLEGO)
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
Eu me forcei a me acalmar, bloqueando a reação indignada de Ky às
reivindicações de Dookan.
VENTRESS:
– O que você quer de mim?
DOOKAN:
– Eu quero que você encontre minha irmã.
VENTRESS:
– Poderia estar em qualquer lugar.
DOOKAN:
– Não. Ainda está em Serenno, eu posso senti-la.
VENTRESS:
– Então, por que você não a encontra?
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
Raios crepitam entre os dedos de Dookan. Dou um passo involuntário para
trás. Novamente, Dookan sorri, satisfeito.
DOOKAN:
– Esse disco foi recuperado em Carannia, no distrito de Trannon.
VENTRESS:
– Perto do espaçoporto.
DOOKAN:
(ACHANDO GRAÇA) – Você fez a lição de casa.
KY NAREC: (FANTASMA)
É sempre sábio ter uma rota de fuga.
Dookan lança mais discos de dados na mesa em frente a Ventress.
DOOKAN:
– Aqui tem mais gravações. Você pode estudá-las.
VENTRESS:
– Para te conhecer melhor?
DOOKAN:
– Para conhecê-la. Não me falhe, Ventress. Você sabe o que acontecerá se o
fizer.
CENA 16. EXT. DIRIGÍVEL DE DOOKAN. A VENTOCORREDOR.
NO DECK.
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
Dookan insiste que eu leve a Ventocorredor. Isso me dará a oportunidade de
estudar os hologramas, ele disse. Além de ver o reino do jeito que ele o vê,
de cima.
Estremeço, minha respiração faz nuvens nessa alta altitude. Quem tem um
dirigível? Como o castelo, é bastante impressionante. Seu casco esculpido
em madeira polida com vigas tão claras que você se esforça para verificar
se há vidro nos caixilhos. Mas, apesar de todos os seus refinamentos,
Dookan obviamente se importa pouco com luxo. O castelo, o dirigível... É
tudo um espetáculo, como as suas capas e botas engraxadas.
Não, Dookan gosta da Ventocorredor porque é silencioso. Sem propulsores,
sem repulsores. Você nunca saberia que estava vindo até que soasse as suas
armas.
Esse é o Dookan, o verdadeiro Dookan.
Ele não pertence aqui. Não realmente. Ele é um homem que interpreta um
rei, mas com que propósito? Suas crenças Sith? Ele já tem poder, ele já tem
riqueza. Do que mais ele precisa?
KY NAREC: (FANTASMA)
– Do que alguns de nós precisa?
VENTRESS:
(SUSPIRA) – Vá embora!
(FANTASMA)
KY NAREC:
– É uma visão magnífica, certo? Olhe para todos aqueles pássaros. São
lindos.
VENTRESS:
– Você não está realmente aqui. Você não é real.
(FANTASMA)
KY NAREC:
– Eu não sou? Você sabe, essa é a única coisa que eu perdi em Rattatak.
VENTRESS:
– O que?
KY NAREC: (FANTASMA)
– Os pássaros. Eu costumava alimentá-los no campo de treinamento em
Coruscant. Pardais, tentilhões coroados... Você deveria tê-los visto
flutuando na Grande Árvore. Tantas cores, indo daqui para lá.
VENTRESS:
– Não se preocupe. Você também os alimentou em Rattatak. Ou pelo menos
a sua carne fez isso .
KY NAREC: (FANTASMA)
– Isso não é verdade. Você tinha me cremado.
VENTRESS:
– Você estava lá, você me viu fazer isso?
KY NAREC:(FANTASMA)
– Você acha que eu perderia o meu próprio funeral? Eu estava com você. Eu
vi você chorar.
VENTRESS:
– Você estava morto.
KY NAREC:(FANTASMA)
– Eu vi tudo.
VENTRESS:
– É por isso que você está aqui. Para me julgar, me fazer sofrer?
(FANTASMA)
KY NAREC:
– Não. Eu nunca faria isso.
VENTRESS:
– Por que não? É o que eu mereço, não é isso que você pensa?
(FANTASMA)
KY NAREC:
– Por que você se vingou, por que desistiu de tudo o que eu te ensinei?
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
Eu não tinha que ouvir isso. Olho em volta do convés, chamando o
astromech cromado.
VENTRESS:
–Droide, onde posso encontrar um holocomunicador?
O astromech assobia de volta.
VENTRESS:
– Na cabine particular do conde. Eu tenho acesso?
O astromech bipa.
VENTRESS:
– Que generoso da sua parte. Me leve lá.
O astromech dispara, Ventress o segue.
CENA 17. INTERIOR. A VENTOCORREDOR. CABINE DE DOOKAN.
VENTRESS:(NARRAÇÃO)
Um droide servo entra suavemente na cabine, sua bandeja está cheia de
frutas e queijo. O Mestre está obviamente satisfeito com seu rato, ou pelo
menos ele sabe que precisa manter suas forças dela.
Eu sinalizo para o robô deixar a comida na mesa. Pego algumas uvas
enquanto continuo a ver a gravação. Estou gostando deste Sifo-Dyas. Não
só ele parece ser o único disposto a enfrentar Dookan, mas ele tem uma veia
rebelde tão grande que você poderia voar em um encouraçado por ele.
Não que Dookan tenha ficado impressionado quando acordou no meio da
noite…
CENA 20. INTERIOR. DORMITÓRIOS. À NOITE.
SIFO-DYAS:
DOOKAN:
– Você tem certeza que a Quist ainda não acordou? Arath diz que ela nunca
dorme.
SIFO-DYAS:
– Arath é um idiota. Não há ninguém aqui além de ratos rastejantes. Shh
shh! Por aqui.
Eles rastejam em torno de um canto.
SIFO-DYAS:
– Lá! O que você vê?
DOOKAN:
– Uma janela vidro-policromado...
SIFO-DYAS:
– E o que está diferente nisso?
DOOKAN:
– Eu não sei. Nada.
SIFO-DYAS:
– Você tem certeza?
DOOKAN:
(PERCEBENDO) – Está em uma parede interna.
SIFO-DYAS:
– Ah, exatamente! Então, como o luar entra por ele?
DOOKAN:
– É falso!
SIFO-DYAS:
– Existem iluminadores atrás do vidro. Não é uma janela, é uma porta.
DOOKAN:
–Que leva à coleção.
SIFO-DYAS:
– De acordo com o diário de Teradine.
Um ranger de dedos contra o vidro enquanto o Dookan verifica a janela.
DOOKAN:
– Mas como se abre isso?
Sifo-Dyas vasculha em suas vestes.
SIFO-DYAS:
– Com isso.
Ele tira um pequeno tubo.
DOOKAN:
– Um tubo de areia?
Sifo-Dyas desenrosca a tampa.
SIFO-DYAS:
– Eu peguei quando o Odell não estava olhando.
DOOKAN:
– E o que devemos fazer com ele?
Há um barulho repentino de perto. Um arranhão de uma cadeira.
DOOKAN:
– O que foi isso?
SIFO-DYAS:
– Rápido, volte aqui!
Eles se escondem e ouvimos eles nervosos respirando fundo enquanto
esperam. Um droide passa rápido, e nós escutamos a seus servos-motores
zumbindo e pés pesados enquanto deixa o Arquivo.
DOOKAN:
(QUANDO SE FOI) – Passou perto.
SIFO-DYAS:
– É apenas um droide de manutenção.
Eles voltam para a janela.
DOOKAN:
– O que significa que ele provavelmente voltará. Sifo, devemos voltar para
o dormitório.
SIFO-DYAS:
– Você não pode. Eu preciso de você para esta parte.
DOOKAN:
– Eu? Por que?
SIFO-DYAS:
– Lembra-se da levitação. Quando Yoda nos ensinou a focar em pequenas
partículas.
DOOKAN:
– A meditação da Areia Movediça. O que tem a ver?
SIFO-DYAS:
– Bem, você foi o melhor da turma.
DOOKAN:
– Mas como isso vai nos ajudar?
SIFO-DYAS:
– A porta possui uma fechadura magnética. Se você deslizar a areia entre a
moldura e a parede, a conexão será interrompida.
DOOKAN:
– Não pode ser assim tão fácil.
SIFO-DYAS:
– Pff, você não acha que pode fazer isso?
DOOKAN:
(SUSPIRANDO) – Segure o tubo.
SIFO-DYAS:
– Eu sabia que você não me decepcionaria.
DOOKAN:
– Cale a boca! E deixe-me me concentrar.
Dookan regula sua respiração.
JOVEM DOOKAN:(HOLO-NARRAÇÃO)
Eu levantei minha mão, a areia mexeu no recipiente.
DOOKAN:
– Eu senti a Força em tudo, fluindo através de mim. Fluindo através da
areia.
O som da areia a raspar no recipiente.
JOVEM DOOKAN:(HOLO-NARRAÇÃO)
JOVEM DOOKAN:(HOLO-NARRAÇÃO)
O corredor levava a um cofre cheio de armários, com relíquias do passado
suspensas em almofadas repulsivas, algumas atrás de vidro, outras
protegidas por campos de força crepitando.
SIFO-DYAS:
– Isso é incrível. Veja todas essas coisas.
DOOKAN:
– Mestre Yoda nos disse que o holocron era o único artefato Sith que
sobreviveu à guerra.
SIFO-DYAS:
– Mestre Yoda mentiu. E não é só Sith, olha isso. Os Feiticeiros de Tund. A
Yacombe. De onde veio tudo isto?
DOOKAN:
– Sifo, está aqui.
Ele corre para um armário.
DOOKAN:
(LENDO) – O sabre de Darth Krawl.
SIFO-DYAS:
– Hummm.
DOOKAN:
– O que quis dizer com... Hummm?
SIFO-DYAS:
– Ah, eu pensei que seria mais pontudo.
Dookan dá alguns passos.
DOOKAN:
– Ei, olha isso.
SIFO-DYAS:
– Sério? É isso que você quer ver? Você tem tudo isso. Pergaminhos, armas
e qualquer que seja a máscara assustadora. E quer ver um pedaço de metal
velho?
DOOKAN:
– Tem algo nele... Algo que eu senti antes.
SIFO-DYAS:
– Doo, veja isso. Eu acho que é uma parang*.
Dookan começa a ouvir um barulho dentro de sua mente um rugido como
ele ouviu na sala de reunião em Serenno. Baixo. sinistro.
* - Um parang era uma arma de lâmina pesada, às vezes feita de vidro ,
usada por várias seitas dos antigos Sith.
DOOKAN:
(ESTREMECE)
SIFO-DYAS:
– Dookan?
DOOKAN:
– Você não consegue ouvir?
SIFO-DYAS:
– Ouviu o que?
DOOKAN:
– O grito da besta.
SIFO-DYAS:
– Certo, muito engraçado. Chega de piadas. Este lugar já é bastante
assustador por si só.
O rosnado se intensifica.
DOOKAN:
– Está chegando.
SIFO-DYAS:
– O que?
DOOKAN:
– Está vindo por nós! Está vindo por mim!
SIFO-DYAS:
– Tudo bem, agora você está me assustando... Vamos ver outra coisa, sim?
O rosnado se torna um rugido.
JOVEM DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
E então estava na minha frente, Jenza. Mostrando as presas e abrindo as
asas, a mesma criatura que você me mostrou na Salão da Assembleia. A
Tirra'Taka. Não sei explicar como, mas pude vê-la, sentir sua respiração
contra a minha pele. Seus espinhos enrolados, ela estava pronta para atacar,
pronta pra nos separar.
DOOKAN:
(ASSUSTADO) – Não!
SIFO-DYAS:
– Doo, acalme-se.
DOOKAN:
– Pra trás!
SIFO-DYAS:
– Dookan, não há nada lá.
DOOKAN:
– Você não pode vê-lo? Por que você não pode vê-lo?
Sifo-Dyas vai agarrar a Dookan, enquanto... na frente do jovem Jedi... o
monstro se prepara para atacar.
DOOKAN:
(CHORA DE MEDO)
JOVEM DOOKAN:(HOLO-NARRAÇÃO)
Eu empurrei com a Força, todos os Arquivos foram quebrados
imediatamente. Sifo-Dyas foi jogado para trás, colidindo com uma parede
enquanto artefatos caíam no chão.
SIFO-DYAS:
(GEME)
Os alarmes disparam.
SIFO-DYAS:
(GEME) – Uh! Ah! Porque você fez isso?
DOOKAN:
– Foi embora. A criatura
SIFO-DYAS:
– Que criatura?
DOOKAN:
Você não pode vê-la?
SIFO-DYAS:
– Eu não sei do que você está falando. (ESTREMECE)
O Dookan mexe-se, corre para o amigo, e o vidro estala debaixo dos seus
pés.
DOOKAN:
– Você está bem?
SIFO-DYAS:
(CHORAMINGANDO) – Ah! Meu braço, eu não consigo movê-lo.
DOOKAN:
– Ah, isso não parece bom.
Perto de uma porta se abre. Há passos de corrida, um sabre de luz
zumbindo.
QUIST: (APARECE EM CENA)
– Quem está aí?
DOOKAN:
– Oh não!
QUIST:
– Apareça.
DOOKAN:
– Bibliotecária Quist, estamos aqui. Meu amigo! Está ferido.
QUIST:
– Younglings? Oh, o que aconteceu aqui?
CENA 23. INTERIOR. TEMPLO JEDI. INFERMARIA.
Isso foi uma boa pergunta, e eu lutei para responder, mesmo quando Yoda e
Braylon nos confrontava na enfermaria do Templo.
YODA:
– Explicar-se, você deve.
DOOKAN:
– Lamentamos muito.
BRAYLON:
– Quer dizer, que lamentam por terem sido apanhados.
SIFO-DYAS:
(ESTREMECEU DE DOR)
YODA:
– O médico trabalhar, vamos deixar. Curar os seus ossos, a tala de bacta vai.
Não a nossa confiança em vocês.
SIFO-DYAS:
– Não foi culpa de Dookan.
BRAYLON:
– Não? Não foi ele quem destruiu a coleção?
DOOKAN:
– Não sei o que aconteceu. Eu estava olhando os artefatos, e então...
BRAYLON:
(INTERROMPENDO) – E então você jogou seu amigo através de um
armário...
YODA:
– Humm... O legado de Teradine ainda vivo está. Destruir este diário, nós
devemos .
SIFO-DYAS:
– Vocês vão nos expulsar?
BRAYLON:
– Não me tente.
YODA:
– Punidos, vocês devem ser. O infortúnio trouxeram, vocês para o Clã
Falcão-morcego. E sobre vocês mesmos.
DOOKAN:
– Nunca mais faremos nada assim.
SIFO-DYAS:
– Prometemos.
As portas se abrem e Lene entra.
LENE:
– Mestre Yoda.
DOOKAN: (NARRAÇÃO)
Nós olhamos para cima, as portas da enfermaria se abriram para deixar
passar um Altiri de pele roxa. A cabeça estava raspada, um único fio de
cabelo enrolado em volta da orelha direita.
LENE:
– Ouvi dizer que houve um distúrbio nos Arquivos.
YODA:
– Mestra Kostana.
BRAYLON:
– Eu não sabia que você havia retornado.
LENE:
– Não antes do tempo, ao que parece. Alguma coisa foi danificada?
BRAYLON:
– Nada que não possamos incinerar.
LENE:
– Incinerar! Vocês não podem estar falando sério.
BRAYLON:
– Lene, pela última vez. Realmente não há motivo para alarme. Eles eram
apenas alguns Iniciados, se metendo em problemas. De novo!
LENE:
– Como eles entraram?
YODA:
– Através da janela de Kaneer.
LENE:
– Nos Arquivos? Não tinha sido bloqueada?
BRAYLON:
– Obviamente não.
YODA:
– Dissemos a mesma coisa depois que você e Braylon a quebraram.
DOOKAN:
– Você fez isso, mestra Braylon?
BRAYLON:
– Isso foi há muito tempo.
LENE:
– E esses são os culpados, eu acho. Eles provocaram uma boa tempestade
lá.
YODA:
– Poderoso na Força, Dookan é.
LENE:
– Eu posso perceber isso. Diga-me, Dookan, o que você viu?
YODA:
– Agora não é a hora.
LENE:
– Sério? É claro que o garoto perturbou alguma coisa lá em baixo, devemos
entender o que era.
DOOKAN:
– Não me lembro. Eu tentei, mas...
SIFO-DYAS:
(ABORRECIDO) – Eu estava vendo uma coisa. Depois a parede e então
bati nela.
DOOKAN:
(AO SIFO) – Sinto muito.
BRAYLON:
– Vocês terão que perdoar a Mestra Kostana, Iniciados. Ela tem um
interesse particular em crenças esotéricas e trivialidades arcaicas.
LENE:
– Não há nada trivial no lado Sombrio, Yula.
DOOKAN:
– Aquilo, o que era? Do lado Sombrio?
YODA:
– Prontos para esse teste não estão. Perigosos esses artefatos são.
BRAYLON:
– Por esse motivo, eles estão em um cofre.
YODA:
– Seu castigo cumprido será.
JOVEM DOOKAN:(HOLO-NARRAÇÃO)
E nós o fizemos. Debruçados sobre os monitores dos arquivos, sob o olhar
atento da Restelly Quist...
CENA 24. INTERIOR. ARQUIVOS JEDI.
DOOKAN:
– Por que eu deixei você me convencer a fazer isso?
SIFO-DYAS:
– Eu não fiz isso, você veio por vontade própria e depois me jogou através
de um armário.
DOOKAN:
– Como está seu braço?
SIFO-DYAS:
– Melhorando. Lentamente.
QUIST:
– Shh! Foi conversa o suficiente.
DOOKAN:
– Sim, Bibliotecária Quist.
SIFO-DYAS:
– Desculpe, Bibliotecária Quist.
DOOKAN:
– Três dias de tradução de tratados agrícolas. Nenhum artefato vale isso. Se
algum dia eu me encontrar com Klias Teradine...
SIFO-DYAS:
– Quem sabia que muito se podia dizer sobre a rotação de culturas?
Lene Kostana entra no Arquivo por trás deles.
(LONGE DA CENA)
QUIST:
– Mestra Kostana, é bom ver você.
LENE:(LONGE DA CENA)
– E a você também, Bibliotecária-Chefe.
SIFO-DYAS:
(SUSSURRANDO) – Doo, é ela. A Altiri.
(LONGE DA CENA)
LENE:
– Gostaria de saber se você pode me ajudar a encontrar isso?
(LONGE DA CENA)
QUIST:
– As Areias de Elath? Nossa. Ninguém pede isso há décadas.
(LONGE DA CENA)
LENE:
– Você sabe onde está?
QUIST: (LONGE DA CENA)
– Sim, sim. Pode levar algum tempo, só isso.
LENE: (LONGE DA CENA)
– Eu posso esperar. Obrigado, Restelly. O que eu faria sem você?
(LONGE DA CENA)
QUIST:
– Encontrar alguém para lisonjear? Volto em seguida.
Mancando. Lene se aproxima dos meninos.
LENE:
– É bom ver vocês dois trabalhando duro. O que fizeram ao velho duende?
DOOKAN:
– Você não pode falar assim sobre o Mestre Yoda.
LENE:
– É uma expressão de amor. Mas preciso reconhecer a sua lealdade. Vamos
ver o que eles têm?
Ela pega os pergaminhos.
LENE:
(RISADA) – Papiros de Lothal? Eles ainda mandam os Iniciados
traduzirem isto?
SIFO-DYAS:
– Você quer dizer que eles já foram decifrados antes?
LENE:
– Só toda vez que alguém sai da linha. Yula e eu levamos pelo menos três
meses. Boa sorte.
Ela passa os papéis de volta para Sifo-Dyas.
SIFO-DYAS:
– O-obrigado.
Lene vai embora, chamando eles de volta.
LENE:
– Diga a Restelly que pegarei o livro mais tarde. Eu tenho que ver um
homem sobre uma comissão.
SIFO-DYAS:
(CHAMANDO ELA) – C-certo.
DOOKAN:
– O que foi isso?
SIFO-DYAS:
– Não faço ideia. Ela é estranha, isso é...
Ele encontra algo nos papéis.
SIFO-DYAS:
– Espera aí... o que é isso?
DOOKAN:
– O que é o quê?
SIFO-DYAS:
– Um fragmento de um livro. Kostana deve ter...
Ele folheia as páginas.
SIFO-DYAS:
– Uau!
DOOKAN:
– O que é isso? Sifo, deixa eu ver.
SIFO-DYAS:
– Veja.
Dookan pega e olha as páginas.
DOOKAN:
(LENDO) –Silooth… tuk’ata… veergundark… krastenane…
SIFO-DYAS:
– Você sabe o que são, certo?
DOOKAN:
– Hediondos, pelo aspecto dessas coisas.
SIFO-DYAS:
– Eles são ferasSithde guerra.
Ele pega o livro de volta.
DOOKAN:
– Sith? Tem certeza?
SIFO-DYAS:
– Sim. Bestiário de Darth Coldoth... vê?
DOOKAN:
– Ah, e o que Kostana está fazendo com os textos Sith?
Quist retorna.
DOOKAN:
– Quist retornou. Esconda isso.
Sifo-Dyas os enfia embaixo dos papéis. Quist caminha até eles.
QUIST:
– Onde está a Mestra Kostana?
SIFO-DYAS:
– Eh, ela... ela disse que voltaria mais tarde.
DOOKAN:
– Pelo livro dela.
SIFO-DYAS:
(RAPIDAMENTE) – Esse que você foi procurar.
QUIST:
– Hummm... vocês dois voltem ao trabalho.
A bibliotecária se afasta.
QUIST: (LONGE DA CENA)
– Existem muitos outros documentos de onde esses vieram.
SIFO-DYAS:
(VOZ BAIXA) – Como se não soubéssemos.
DOOKAN:
– O que você vai fazer?
SIFO-DYAS:
– Sobre o quê?
DOOKAN:
– Sobre o Bestiário.
SIFO-DYAS:
– O que você acha? Ler ele.
DOOKAN:
– Mas não devemos contar a alguém?
SIFO-DYAS:
– Não.
(HOLO-NARRAÇÃO)
JOVEM DOOKAN:
Mas eu não poderia deixá-la ir, Jenza. Algo não estava certo sobre a Mestra
Kostana. E era meu dever como Jedi é investigá-la.
CENA 25. EXT. TEMPLO JEDI. PINÁCULO PRINCIPAL. TERRAÇO
DE CONTEMPLAÇÃO. NOITE.
VENTRESS:(NARRAÇÃO)
E então começou. Dookan preenchia mensagem após mensagem com
notícias sobre Lene Kostana, de suas visitas cada vez mais frequentes ao
Templo. De seu trabalho, de suas teorias, até da sua maldita convor.
O jovem Iniciado encontrou uma heroína para ele.
Ela coloca outro disco no leitor.
(FANTASMA)
KY NAREC:
– Você poderia parar, sabia? Você não descobriu o suficiente para completar
a sua missão?
VENTRESS:
– Eu sempre concluo que é só o começo.
KY NAREC:(FANTASMA)
– Você tem certeza de que é tudo? Talvez eu estivesse errado em mantê-la
em Rattatak. Talvez você devesse ter sido treinada no Templo com o seu
próprio clã. É por isso que você está tão... fascinada?
(NARRAÇÃO)
VENTRESS:
Eu o ignorei, continuando com os discos. Ele está dizendo bobagem. Mas
não consigo deixar de sentir um entusiasmo quando chego ao que é
obviamente um dos dias mais importantes na vida de um jovem Iniciado, o
culminar de anos de trabalho duro...
Um holograma é ativado.
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
Dookan está mais velho de novo, apenas por um ano ou mais. Mas seus
olhos não perderam nada de sua fome, de sua ambição.
DOOKAN: (DEZESSEIS ANOS DE IDADE, HOLO-NARRAÇÃO)
Me desculpe, por não estar em contato, irmã. Eu tenho me preparado para o
torneio. É amanhã, na Galeria de Treinamento. Não durmo há dias,
pensando em tudo. Há rumores de que alguns dos Mestres estão prontos
para pegar os seus Padawans, e que irão assistir aos duelos. Se isso for
verdade... e Lene estiver lá... você acha que ela vai me escolher?
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
Eu quero tirar sarro dele, zombar de seu entusiasmo juvenil. Mas Ky está
certo, por mais difícil que seja admitir. Mesmo que eu tente, não posso
deixar de imaginar como seria se eu mesma estivesse naquela câmara. Com
formigamento da pele em antecipação, esperando para ver o que o futuro
reserva...
CENA 27. INTERIOR. TEMPLO JEDI. FORA DA GALERIA DE
TREINAMENTO.
SINUBE:
– Jovens, pela ansiedade em seus rostos, vejo que já sabem por que estão
aqui hoje.
BRAYLON:
– Um duelo cerimonial de sabres de luz para demonstrar sua aptidão na
Força.
SINUBE:
– Uma tradição antiga, mas que muda todos os anos. Como ensinado pelo
Mestre Radhorm, torneios passados ocorreram debaixo d'água...
BRAYLON:
– Ou em gravidade zero.
SINUBE:
– Vocês se lembram do ano em que mantivemos em uma simulação de
furacão? Isso foi emocionante.
BRAYLON:
– Sim, obrigado, mestre Sinube. Neste ano, como sempre, buscamos a
orientação da Força. Vocês ficarão felizes em saber que o concurso deve ser
mantido em terra firme.
SIFO-DYAS:
– Graças às estrelas.
BRAYLON:
– No entanto, vocês todos serão vendados.
SIFO-DYAS:
– Oh não!
DOOKAN:
– Shhh.
BRAYLON:
– Seus olhos podem enganá-los. Como Jedi, devem confiar em suas
percepções, devem confiar na Força.
SINUBE:
– Um benefício adicional das viseiras protetoras é que elas não serão
capazes de deixar ver seu Mestre em potencial estudando cada um de seus
movimentos.
DOOKAN:
– Então é verdade.
ZANG:
(SUSSURRANDO) – Sem pressão nisso.
YODA:
– Interferir, o conselho não irá. Entre um Mestre e um Padawan, é sagrado o
vínculo. Guiar a todos, a Força irá. Foco, todos devem ter.
Yoda bate no chão com sua bengala.
YODA:
– Que tenha início o torneio!
VENTRESS:(NARRAÇÃO)
Eu escuto como Dookan descreve a espera com seus companheiros
Iniciados, amontoados em grupos ao redor das paredes. Ele pinta um retrato
tão vívido, que posso me ver ao lado dele, movendo-se nervosamente
enquanto continuo tentando desesperadamente parecer despreocupada...
Os Iniciados se reúnem ao redor das paredes.
SIFO-DYAS:
(GEME) – Ah, eu me sinto doente.
DOOKAN:
– Você ficará bem.
SIFO-DYAS:
– Enfim, quem você está procurando?
ARATH:
– Você não consegue adivinhar? A Mestra Kostana, abençoado seja o nome
dela.
DOOKAN:
(EMPURROU-O) – Cale a boca, Arath!
ARATH:
– Ei!
SIFO-DYAS:
– Calma, vocês dois.
DOOKAN:
– Eu pensei que ela estaria aqui.
SIFO-DYAS:
– Talvez ela não queira um Padawan.
SINUBE: (LONGE DA CENA)
– Os lutadores serão escolhidos pela Força.
Braylon pega uma pequena pedra redonda de um grande recipiente na
frente dela.
(LONGE DA CENA)
BRAYLON:
– O nome de cada iniciado está inscrito em uma dessas Pedras de Vagni.
Ela joga de volta no recipiente.
(LONGE DA CENA)
BRAYLON:
– Vamos pegar um aleatoriamente, apenas usando a Força. Venha pra frente
quando o seu nome for chamado.
As pedras rodopiam no recipiente, agitando-se como se estivessem sendo
mexidas.
SINUBE: (LONGE DA CENA)
– O primeiro lutador é...
ARATH:
– Deixe-me ver!
DOOKAN:
– Não me empurre!
As pedras param de se mexer quando uma é escolhida.
SINUBE:
– Iniciado Dookan.
ZANG:
– Ah! Você é o primeiro
SIFO-DYAS:
– Parabéns, eu acho.
BRAYLON:
– E seu oponente será...
As pedras começam a se agitar novamente.
DOOKAN:
– Por favor, que seja o Arath. Por favor, que seja o Arath.
As pedras param.
BRAYLON:
– Iniciado Sifo-Dyas.
SIFO-DYAS:
– É uma piada. Não tenho chance contra você.
DOOKAN:
– Claro que tem.
YODA: (LONGE DA CENA)
–Para a frente, os combatentes virão.
SIFO-DYAS:
– Apenas me prometa que não será fácil para mim. Eu não preciso de
favores.
DOOKAN:
–Não se preocupe. Eu não vou entregar nada. Que o melhor homem ganhe.
SIFO-DYAS:
– É isso que me preocupa.
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
Dookan descreve como eles entraram na arena. Os dois se virando um para
o outro, as mãos apoiadas no punho. Eu posso imaginar o que estava
passando pela mente de Dookan quando ele tentou se concentrar, seus olhos
percorrendo a galeria, procurando a mulher em que ele depositara suas
esperanças. Como o seu coração teria afundado quando ele percebeu que
ela não estava lá, como ele se forçaria a se concentrar, olhando
profundamente nos olhos de Sifo-Dyas.
E eles dizem que os Sith são cruéis. Pondo uma criança contra seu amigo e
espere que ele a veja como uma honra. Assim como Narec recebeu o seu
exílio em Rattatak.
Os Jedi são tolos, todos e cada um deles.
YODA:
– Mestres Sinube e Braylon... apliquem as viseiras protetoras.
Sinube caminha até Dookan.
SINUBE:
(VOZ BAIXA) – Não precisa se preocupar, Dookan. Você sempre foi o
meu melhor aluno.
DOOKAN:
– Mas Sifo...
SINUBE:
– Ah, ah, ah. Nada disso. Os Jedi devem se preocupar apenas com a
vontade da Força. Lembre-se do que o Mestre Niobaya escreveu.
DOOKAN:
– “Não deixe o apego obscurecer a sua visão, não de posses...”
SINUBE:
– “Ou pessoas.”
DOOKAN:
– “Somente existe a força.”
SINUBE:
– Somente a Força. Certo, continue.
Ele desliza os óculos de proteção sobre os olhos de Dookan.
SINUBE:
– Pronto. Consegue ver alguma coisa?
DOOKAN:
– N-não. Absolutamente nada.
SINUBE:
– Excelente. Confie em seus sentimentos, Dookan. Eu tenho fé em você.
Sinube manca para longe.
BRAYLON:
– Concorrentes, prepare-se para o conflito!
Os dois meninos acendem seus sabres, Ventress narra isso.
VENTRESS:(NARRAÇÃO)
Eu fecho meus olhos enquanto Dookan descreve a batalha. Me vendo em
vez disso. Sentindo a energia atravessar o punho do meu sabre antes que a
lâmina ganhe vida, meu oponente fez o mesmo. Com os pés afastados,
segurando o sabre em uma posição baixa, sua lâmina emite um vibrante
zumbido de energia.
Eu teria feito o mesmo que ele? As estratégias passam pela minha mente.
Todo sentimento é amplificado, toda emoção intensificada. As batidas do
meu coração, o frio do suor escorrendo pelas minhas costas.
Quem fará o primeiro movimento? Quem assumirá o controle? Lembrando
as lições de cem sessões de treinamento, repetição e disciplina, lembrando-
se de que o torneio é cerimonial e que seus socos devem ser medidos. Não
pode haver feridos, nenhum golpe mortal. Você deve desarmar, e não
incapacitar.
Eu poderia ter feito isso, eu deveria ter feito.
YODA:
– Que comece o torneio!
Em "Comece", Yoda bateu com o bastão pesadamente no chão.
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
As palavras de Dookan estão intoxicantes agora. Enquanto estou sentada
aqui, cercada por seus troféus, não estou mais ouvindo a sua narrativa, estou
vivenciando-a, vivendo cada momento do duelo, Dookan atacando
primeiro, a reunião dos sabres de luz dos Iniciados acompanhada pelo forte
sabor do plasma crepitante. Sifo-Dyas se jogando para trás, chutando o
pulso de Dookan, quase arrancando o sabre de luz de seus dedos. Ele
cambaleia para trás, encontrando a lâmina de Sifo-Dyas enquanto o seu
oponente gira. Dookan bloqueia a cada golpe, um braço dobrado
ordenadamente atrás das costas, olhos fechados atrás da viseira. Sifo-Dyas
o empurra e investe, cada ataque é uma história por si só, revelando suas
táticas, expondo suas fraquezas.
Sifo-Dyas pula sobre a cabeça de Dookan... É o momento que Dookan está
esperando. Ele corta acima, não para arremessar seu oponente, mas para
forçar Sifo-Dyas a se torcer no ar para evitar a lâmina zumbido. O garoto
cai desajeitadamente, o tornozelo se dobrando embaixo dele. Ele cai no
chão, com o seu sabre de luz apagado deslizando nos azulejos antigos.
Este é o momento da vitória.
ARATH:
(GRITANDO DAS LATERAIS) – O que você está esperando? Finalize-o!
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
Se eu estivesse lá, teria gritado o mesmo. E, no entanto, o grito de Arath dá
a Dookan um momento para parar. Ele percebe que Sifo-Dyas está a sua
frente, esparramado no chão, esperando que ele peça para ele se render.
Em vez disso, Dookan se estende com a Força, fazendo com que o sabre de
luz de Sifo-Dyas deslize de volta para sua mão.
DOOKAN:
– Pegue, levante-se!
SIFO-DYAS:
– Doo?
DOOKAN:
– Nós vamos terminar isso juntos.
O sabre de luz de Sifo-Dyas reacende e ele pula.
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
E foi o que eles fizeram, completando o duelo na frente de seu clã. Sem
reter ou entregar a vantagem. Soa como uma tela brilhante. E quando
terminam, com cabelos ensopados de suor e sabres cruzados entre si, a
galeria explode em aplausos.
O clã aplaude, gritando enquanto os sabres de luz são desligados.
SIFO-DYAS:
– Nós conseguimos! Nós conseguimos!
DOOKAN:
– Sifo, atrás do Yoda... Ela... ela está aqui, deve ter visto tudo.
SIFO-DYAS:
(RINDO) – Ele deve ter visto você, você quer dizer.... (SE AGITA)
Obrigado.
DOOKAN:
– Por quê?
SIFO-DYAS:
– Você sabe. Poderia ter me finalizado naquele momento, como Arath disse.
DOOKAN:
– Desde quando eu o ouço?
BRAYLON: (LONGE DA CENA)
– Silêncio, silêncio. Nós devemos nos preparar para o próximo duelo. Por
favor, fiquem calados.
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
Dookan descreve os duelos de cada um de seus companheiros de clã com
uma precisão insuportável. Fascinado, mesmo em tenra idade, com forma e
técnica. Não preciso ouvir tudo, avanço o arquivo até chegar no momento
em que Dookan estava esperando. A mesma galeria em um dia diferente.
Os mesmos Mestres que estão na frente dos mesmos pupilos, a expectativa
na sala no auge em todos os tempos...
BRAYLON:
– Chegou o momento, Iniciados. Pedirei a cada um dos Mestres que
escolham o seu Padawan. Este é um momento solene, mas também de
alegria. Vocês estão prestes a embarcar na próxima etapa de sua viagem.
Que a Força nos guie a todos.
SIFO-DYAS:
(SUSSURRANDO) – É isso, Doo.
DOOKAN:
– Shhh!
SIFO-DYAS:
– Eu não posso, isso é muito emocionante.
BRAYLON:
– Quem fará a primeira declaração?
SINUBE:
– Eu vou. Por vontade da Força, escolhi Zang Arrara, como meu Padawan.
ZANG:
(SUSPIRO) – Será uma honra treinar com você, Mestre.
BRAYLON:
– Há mais alguém?
LENE:
– Sim, eu gostaria de solicitar um Padawan.
DOOKAN:
(PARA SI MESMO) – A Força estará comigo. A Força estará comigo.
Os younglings tagarelam animados.
LENE: (CONT.)
– Eu escolho...
ARATH:
(RISINHO) – Olhe para Dookan. Todo... trêmulo.
DOOKAN:
– Sério, pare de tirar sarro de mim ou eu irei...
LENE:
–…Sifo-Dyas.
DOOKAN:
O que?
LENE:
– Venha Padawan, venha comigo.
SIFO-DYAS:
(BAIXO, PARA DOOKAN) – Dookan... me desculpe.
DOOKAN:
– Está tudo bem. (NÃO, MAS ELE NÃO QUER QUE SEU AMIGO
SAIBA) Parabéns. Vai, vai.
Sifo-Dyas se aproxima de Lene.
SIFO-DYAS:
– Obrigado, Mestra.
ARATH:
(SE INCLINANDO PARA DOOKAN) – Auuu, alguém vai chorar?
LENE:
– E você, Mestra Braylon?
BRAYLON:
– Não vou escolher um Padawan este ano. Mas se há mais alguém?
YODA:
– Sim. Escolhi.
Um zumbido animado vai ao redor da galeria.
SINUBE:
– O grande Mestre terá um Padawan. Esta é uma honra incomum.
YODA:
– Dookan, eu escolho. Meu Padawan, ele será.
DOOKAN:
(CHOCADO) – Muito brigado, Mestre.
YODA:
– Árduo, o treinamento será. Muito eu espero de você.
DOOKAN:
– E eu não vou decepcioná-lo. Eu prometo.
YODA:
– Uma promessa que você não deve fazer para mim, meu jovem Padawan,
mas para si mesmo. A Força irá guiá-lo. Sim, a Força nos guiará a todos.
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
Mas a Força teve pouco a ver com júbilo na voz de Dookan, quando ele
falou com sua irmã mais tarde naquela noite...
CENA 29. INTERIOR. A VENTOCORREDOR. CABINE DE DOOKAN.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Você deveria ter visto o rosto de Arath, Jenza. Eles nem chamaram o nome
dele. Yoda disse que não estava pronto, que continuaria treinando como
Iniciado por mais um ano. Mais um ano!
Sei que está errado da minha parte, mas não consigo deixar de pensar que
ele conseguiu o que merecia.
VENTRESS:
Foi aí que a compaixão Jedi veio.
Ela desliga o holograma, trocando por outro disco no leitor.
KY NARAC: (FANTASMA)
–Mais?
VENTRESS:
– Uma garota não pode estar curiosa?
DOOKAN:(HOLO-NARRAÇÃO)
– Yoda me disse que nosso treinamento será adiado...
VENTRESS:
– Não...
A gravação avança. Ela clica no botão.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
– ...ocupado com as negociações com...
VENTRESS:
– Não.
Ela avança rapidamente novamente.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
– E é isso, Jenza.
VENTRESS:
– Ah, isso parece mais promissor.
DOOKAN:(HOLO-NARRAÇÃO)
Yoda me pediu para encontrá-lo no Jardim de Treinamento. Meu
aprendizado começa hoje...
CENA 30. EXT. TEMPLO JEDI. CAMPO DE TREINAMENTO.
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
DOOKAN:
– Mestre Yoda?
DOOKAN:(HOLO-NARRAÇÃO)
Eu vou para o Jardim de Treinamento, na hora marcada, para encontrar
Yoda sentado de pernas cruzadas no chão. Apenas meditando.
DOOKAN:
– Sinto muito, Mestre, mas pensei que poderíamos começar hoje.
Nada além do canto dos pássaros.
DOOKAN:
– Estou ansioso para começar meu treinamento.
Nada.
DOOKAN:
– Eu tenho muito a aprender, Mestre Yoda.
Nada.
DOOKAN:
– Mestre Yoda.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Era o mesmo que ontem, e no dia anterior. Seria o mesmo se ele falasse
com as estátuas dos Quatro Fundadores.
Mais uma vez, ouvimos Dookan se aproximar em outro dia, seu passo um
pouco mais brusco e, quando ele fala, seu tom é um pouco mais frustrado.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
E então hoje ele estava flutuando! A um metro do chão! Ainda com os
olhos fechados. Ainda não se mexendo. Sem conversar.
DOOKAN:
– Mestre? Eu te desagradei de alguma forma? Eu fiz algo errado? Por que
não fala comigo?(SE AGITA) Mestre, por favor!
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Está tudo bem com o Sifo-Dyas, esta semana eu o vi todos os dias na
galeria de treinamento, praticando com Lene. Também Zang, esta manhã
estava fazendo rituais calmantes no átrio. Rituais tranquilizadores! Mestre
Sinube estava lá com ela, conversando com ela, encorajando-a, como ela
deveria fazer. Mas não Yoda.
Ouvimos o golpe da prática solitária de sabre de luz, Dookan se exibindo
na frente de seu professor meditando.
DOOKAN:
(COM ESFORÇO DOS MOVIMENTOS) – Olha, mestre!
(HOLO-NARRAÇÃO)
DOOKAN:
– Nunca Yoda.
Mais golpes.
DOOKAN:
– Eu tenho praticado.
E mais.
DOOKAN:
– Eu aperfeiçoei a postura preventiva. Você viu? Você viu?
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Ele se senta e medita e ele nem reconhece minha presença!
Outro dia. Mais passos. Com raiva agora. A voz de Dookan levantou
quando ele avançou.
DOOKAN:
– Por que você está fazendo isso? Por que você me escolheu?
Mais avanço rápido.
DOOKAN:(HOLO-NARRAÇÃO)
Eu não sei o que fazer. Devo falar com a Braylon? Devo ir ao Conselho?
Não está certo, Jenza. Não é justo. O próprio Sinube disse que eu era o
melhor aluno dele, o melhor! É assim que trata o melhor?
DOOKAN:
(GRITANDO) – Por que você não me responde ?!
Outro holograma de Dookan se abre.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Já tive o suficiente, Jenza. Já faz quase um mês. Conversei com Lene, pedi
conselhos, mas ela me disse que não era apropriado que ela interferisse.
Não era apropriado, desde quando isso a impediu? Mas não vou mais
aguentar. Oh não. Yoda disse que, no dia do torneio, ele disse que o vínculo
entre o Mestre e Padawan era sagrado. E é assim que ele me trata. Como
ele... como ele me insulta! Ele exige respeito, oh como ele exige respeito!
Mas ele não dá, ele não ganha. Eu vou te mostrar, Jenza. Se ele não me
ensinar, vou mostrar o que posso fazer.
De volta ao jardim de treinamento. A mesma atmosfera. A brisa. Os
pássaros. Dookan marcha para cima.
DOOKAN:
– Estou pronto para a minha lição, Mestre. Olhe.
Mais avanço rápido.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Eu fiz isso. Assim como eu disse que faria. Eu marchei até a frente dele e
me conectei a Força.
DOOKAN:
(GRUNHIDOS DE ESFORÇO)
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Eu levantei tudo ao nosso redor, pedras, folhas, flores. Eu até levantei um
pouco de terra das raízes da Grande Árvore, moldando-a como aprendemos
na aula de Força-escultura do Mestre Veleckra. Um icosaedro perfeito, feito
de terra. Você sabe o quão difícil é fazer isso? E ele ainda... e ainda me
ignorou! Poderia ter rido na minha cara.
Eu não aguentava mais. Eu tive que mostrar a ele, tive que fazê-lo abrir os
olhos.
Eu deixei tudo cair e me concentrei na árvore. Eles dizem que ela é velha,
ainda mais velha que o Yoda, mas eu sabia que ela chamaria a sua atenção.
Imaginei que minha mão, enorme e forte se fechando em torno daquele
tronco retorcido, a casca áspera sob meus dedos. Eu podia sentir a Força
atravessando o sábio borrachudo, irradiando-se para fora, varrendo o
zigurate, por todo o distrito. Yoda ama aquela velha árvore. Enquanto
crescia, eu o vi parado em sua base dia após dia, olhando seus galhos
retorcidos. Eu senti a conexão entre os dois, ambos incrivelmente velhos.
Agora eu veria a árvore de uma maneira diferente. Ele abriria os olhos
quando o levantasse do chão com raízes e tudo tão fácil como se ele
arrancasse um novo broto de sua panela. Ele lembraria por que ele me
escolheu. Ele lembraria do meu poder na Força.
DOOKAN:
(BARULHOS DE ESFORÇO)
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Eu puxei, lembrando das próprias palavras de Yoda como meu guia. A
única diferença estava na minha mente. A única diferença estava na minha
mente.
Os galhos começaram a tremer, algumas folhas caíram no chão. Eu
mostraria a ele, mostraria a ele de uma vez por todas que eu estava pronto.
Os barulhos do esforço tornam-se um rugido quase bestial, que é a
primeira intenção e depois a frustração.
Dookan teve que parar. Mantemos o silêncio por um momento enquanto ele
respira pesadamente, as folhas continuam a cair.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Eu não poderia fazer isso, era demais.
Dookan cai no chão.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Eu sentei, ereto, na frente dele. Esgotado de corpo e espírito.
DOOKAN:
(RESPIRANDO FUNDO, TENTANDO NÃO CHORAR)
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Eu tinha falhado. Eu não era forte o suficiente.
E, no entanto, quando olhei para cima, os olhos de Yoda estavam abertos e
eles estavam olhando para mim.
YODA:
– Você está pronto, meu Padawan? Pronto para aprender o que você não
sabe?
DOOKAN:(HOLO-NARRAÇÃO)
E finalmente eu entendi.
DOOKAN:
–Sim, Mestre. Sim estou.
YODA:
– Então, começar devemos.
CENA 33. INTERIOR. A VENTOCORREDOR. CABINE DE DOOKAN.
(FANTASMA)
KY NAREC:
– Uma boa lição.
VENTRESS:
– Como se você soubesse.
KY NAREC:(FANTASMA)
– Eu poderia dizer o mesmo de você, sentada lá. Você esqueceu facilmente
as lições que eu lhe ensinei?
VENTRESS:
– Você não me ensinou nada, porque você não é real.
(FANTASMA)
KY NAREC:
– Você nunca perde uma oportunidade... mantenha seus sentidos abertos...
VENTRESS:
(IRRITÁVEL) – Do que você está falando?
KY NAREC: (FANTASMA)
– Você quer aprender sobre Dookan, mas não consegue ver o que está
embaixo do seu nariz. Onde você está sentada, Asajj? De quem é a mesa?
Quais os segredos estão escondidos?
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
Eu olhei para a mesa de madeira, os arquivos arrumados ordenadamente.
VENTRESS:
– Eles estão à mostra.
KY NAREC:(FANTASMA)
– Sim, eles estão.
VENTRESS:
– Então, o que eu deveria estar procurando?
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
Gavetas... a mesa tem gavetas, eu nem pensei em olhar para elas. Ky está
certa. Ele pode ser uma ficção chata, mas ele tem razão. Se eu realmente
quero conhecer meu novo Mestre, talvez deva mostrar um pouco mais de...
iniciativa.
Eu conecto a Força, deixando minha mão ser guiada para as gavetas à
direita... a terceira abaixo. Está fechada, não é surpresa, mas as trancas
podem ser quebradas.
Ouvimos Ventress quebrar a fechadura usando a Força. A gaveta se abre.
VENTRESS:(NARRAÇÃO)
Um datapad. Antigo pela aparência do design. Bem usado. Eu levanto,
ativando a tela, ouvindo o dispositivo cantarolar para a vida.
Emite um bipe enquanto ela percorre o datapad encadernado em couro.
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
Um datapad, antigo julgando pelo design, desgastado. Eu o levantei
ativando a tela, ouvi o zumbido que ele fez quando ganhou vida. Não pode
ser. Por que ele deixaria aqui em sua aeronave? Folheio o conteúdo para ter
certeza, e sim, é. É o diário de Dookan, escrito durante o treinamento, uma
crônica de suas lições com Yoda. Muito tempo depois, o Mestre Jedi tentou
ensinar-lhe humildade. Viagens para Mantooine, Lahsbane e Kashyyyk.
Encontros diplomáticos, resgates, missões de caridade e até uma ocasião em
que a dupla libertou todo um sistema solar do encantamento de uma rainha
necrótica.
KY NAREC: (FANTASMA)
– Valeu a pena procurar.
VENTRESS:
– Para ver como um verdadeiro Mestre opera? Sim.
KY NAREC:(FANTASMA)
– Ai. Se eu não estivesse morto...
Há um zumbido na porta.
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
Eu desativo o dispositivo, mantendo o datapad no bolso.
VENTRESS:
– Entre.
A porta se abre.
DROIDE TÁTICO:
– Chegamos ao espaçoporto.
Ventress recolhe todos os discos de dados.
VENTRESS:
– Finalmente.
(FANTASMA)
KY NAREC:
– Você acha que ele viu você?
VENTRESS:
(VOZ BAIXA) – Shhh.
(FANTASMA)
KY NAREC:
– Você acha que ele viu você pegar?
VENTRESS:
(VOZ BAIXA) – Não direi novamente.
DROIDE TÁTICO:
– Dizer-me o que?
VENTRESS:
– Eu estava limpando a minha garganta. Por favor, depois de você.
CENA 34. EXT. A VENTOCORREDOR. CONVÉS.
O droide leva Ventress para o convés. Ela espia por cima da borda.
VENTRESS:
– Isso é tudo?
DROIDE TÁTICO:
– Você esperava mais alguma coisa?
VENTRESS:
– Eu esperava algo maior. Onde fica o terminal principal?
DROIDE TÁTICO:
– Aquele prédio ali, madame, próximo à torre de controle.
VENTRESS:
– Então é para onde eu devo ir.
DROIDE TÁTICO:
– Faremos os preparativos para pousar.
VENTRESS:
– Não será necessário.
Á
DROIDE TÁTICO:
– Madame, espere...
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
O droide levantou uma mão de metal para me parar, enquanto eu pulava ao
lado da aeronave. Mergulhei em direção ao chão, aterrissando sem ser vista
atrás de um hangar de duracreto.
Ela pousa agilmente.
VENTRESS:(NARRAÇÃO)
O lugar fede a hiper-combustível e desespero. Todos os espaçoportos são
iguais. Sim, eles podem consertar os edifícios, tocar música animada e até
pendurar bandeiras holográficas das torres, mas se você arranhar a
superfície, encontrará a escória da galáxia. É fácil ver o porquê. Em todo
lugar há barulho e agitação. Desembarque de carga, passageiros ansiosos
por seguir seu caminho, entes queridos que se reencontram e famílias que se
separam. Esperança e desesperança em partes iguais. Perfeito para quem
quer passar por baixo dos sensores. Ladrões e contrabandistas, criminosos e
caçadores de recompensas.
Vou até onde os discos foram encontrados, um beco gorduroso, um droide
desativado está deitado contra uma parede coberto de grafites, como um
viciado em especiarias. O calor de uma forja é derramado em uma oficina
próxima, o constante ruído de marteladas de metal quase abafa o rugido das
naves voando para as estrelas.
A irmã de Dookan é uma membro sênior da casa no poder, não há como ela
escolher vir a um lugar como esse, por vontade própria.
CENA 35. INTERIOR. ESCRITÓRIO DO CHEFE DO CORREIO.
FELLIDRONE:
– Escritório do mestre-portuário, Raz Fellidrone falando. Erbelene, seu
cachorro espacial! Quando chegou? O que é isso? Um problema com a
alfândega? (ORFADA DE ESCÁRNIO) Não posso acreditar! (RISADA)
Não, tudo bem. Eu posso fazê-lo desaparecer, pelo preço normal, é claro.
(PAUSA) De Zeltros...? Você está me mimando, Erb. Apenas me dê um
minuto.
Bips enquanto ele opera o computador.
FELLIDRONE:
Só preciso fazer alguns ajustes na sua autorização de embarque e...
Mais um bip.
FELLIDRONE:
– Você pode seguir a pista rápida. Não, não, não há necessidade de me
agradecer, apenas tome cuidado para que a remessa seja enviada para...
Sim, você sabe o que fazer.
Quanto você fica na cidade? Há um novo clube na marina que...
Há uma batida repentina do lado de fora, seguida por um tilintar de partes
droides.
FELLIDRONE:
– O que...
A porta se abre e a Ventress entra, seguida de uma portuária, Yepa.
YEPA:
– Você não pode entrar aqui!
VENTRESS:
– Parece que posso.
FELLIDRONE:
–Erb. Preciso desligar. Eu tenho uma... visitante.
Ele desativa o comunicador.
FELLIDRONE:
– O que em nome de Rylon está acontecendo aqui, Yepa?
YEPA:
– Desculpe mestre-portuário. Ela acabou de entrar à força. Ci Zi-94...
VENTRESS:
– O Ci Zi-94 não está mais opercional.
YEPA:
– Vou chamar a segurança.
VENTRESS:
– Você não quer chamar a segurança.
YEPA:
– Não quero chamar segurança.
VENTRESS:
– Você quer preparar uma boa xícara de caf para o seu chefe. Em Saffia.
YEPA:
– Eu quero fazer caf pra ele.
VENTRESS:
– Feche a porta ao sair.
O Yepa sai, e fechar a porta.
FELLIDRONE:
– Saffia fica a mais de 100 km de distância.
VENTRESS:
– Seu caf pode não estar quente quando ela voltar.
FELLIDRONE:
– O que você quer?
VENTRESS:
– Estou procurando informações.
Ela ativa um holograma.
VENTRESS:
– Jenza, irmã de seu amado conde. Ela veio aqui ontem.
FELLIDRONE:
– Não, eu não sei nada sobre isso.
VENTRESS:
– Você é o mestre-portuário, com um grande escritório e uma horrível loção
pós-barba... O que é isso?
FELLIDRONE:
– Você tem que ir.
VENTRESS:
– Não, você tem que verificar se ela tinha um bilhete.
FELLIDRONE:
– Pelo menos você poderia pedir por favor.
A Ventress acende um dos seus sabres de luz.
FELLIDRONE:
(RAPIDAMENTE) – Vou checar.
Ele meneja o computador.
FELLIDRONE:
– Ah, sim... achei. O bilhete foi comprado há três dias atrás.
VENTRESS:
– E para onde ela estava indo?
FELLIDRONE:
– Para os sistemas do Núcleo, para Coruscant.
VENTRESS:
E ela foi com quem?
Ele aperta mais botões.
FELLIDRONE:
– Não, ela nunca embarcou no voo.
VENTRESS:
– Vocês tem reconhecimento facial em seu sistema de segurança?
FELLIDRONE:
– Claro que temos.
VENTRESS:
– Afaste-se.
FELLIDRONE:
– O que? Olha, você não pode...
VENTRESS:
– Mexa-se!
Ele se levanta. Ventress apaga o seu sabre de luz e se senta a mesa,
operando o computador.
FELLIDRONE:
– O que você está fazendo?
VENTRESS:
– Procurando por nossa amiga aristocrata.
The computer beeps.
VENTRESS:
– Aqui está ela.
Um holograma de uma cena de rua aparece.
VENTRESS:
– Onde é isto?
FELLIDRONE:
– A entrada do terminal principal. Você tem certeza que é ela?
VENTRESS:
– Parece que combina.
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
Enquanto assistimos, Jenza corre em direção ao prédio abobadado,
esquivando-se de um homem vestido de trapos que se ergue rapidamente
estendendo a mão suja.
FELLIDRONE:
– Malditos mendigos. Tentamos tirá-los, mas há muitos. A culpa é dos
droides, você sabe, eles pegam todos os trabalhos.
VENTRESS:
– Eu não ligo.
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
Vários droides de segurança chegam, agarrando o vagabundo, algemando-o.
Eles não olham para a figura que vai em direção a Jenza. A dupla está
perdida na multidão, por um segundo, um grupo escolar de jovens
Togorianos a bloqueiam a visão. Tento ajustar o ângulo da holo, mas os
pirralhos pulguentos estão por toda parte. Quando seu professor finalmente
os coloca sob controle, a figura misteriosa se foi, assim como Jenza.
Eu rebobino a gravação, ampliando a imagem do alienígena se
aproximando da irmã de Dookan. O holo fica pixelado, mas a intenção em
seus olhos fragmentados é óbvia.
VENTRESS:
– O que é isso?
FELLIDRONE:
– Um Crolute, acho. Eles são coisas horríveis.
VENTRESS:
– Com muitos implantes cibernéticos.
FELLIDRONE:
– Pra onde levaram ela?
VENTRESS:
– Uma pergunta mais pertinente seria por que seus droides não perceberam?
FELLIDRONE:
– Eles estavam ocupados com o vagabundo, eu acho. Yepa é responsável
pelos droides, pedirei que descubra isso... quando voltar de Saffia.
VENTRESS:
– Enquanto isso procuro pelo Crolute.
FELLIDRONE:
– Isso não deve demorar muito, não podem haver muitos em Serenno.
Ventress se levanta.
VENTRESS:
– Nós nunca tivemos essa conversa.
FELLIDRONE:
(TENTANDO SER CORAJOSO) – Seus truques mentais não funcionarão
em mim.
VENTRESS:
– Quem está usando um truque mental? Se você contar a alguém sobre isso,
eu arranco sua língua.
KY NAREC:(FANTASMA)
– É incrível como você pode ser persuasiva...
CENA 36. INTERIOR. CANTINA BELSALLIAN.
VENTRESS:(NARRAÇÃO)
Acontece que a droide estava dizendo a verdade: o nome do Crolute era
Glute, ele havia caído em desgraça com o seu chefe e ninguém o via há
semanas. Foram necessários mais três tentáculos para acreditar nele.
O Gran me disse onde ele morava: em um quarto em um complexo
residencial em ruínas, perto dos armazéns de carga. Ninguém estava em
casa, a porta da frente estava fechada, mas as fechaduras enferrujadas não
apresentavam muita resistência.
Ela chuta para abrir.
(NARRAÇÃO)
VENTRESS:
Mas uma vez lá dentro, a trilha esfriou. O edifício era um labirinto de
corredores molhados, mofo e quem sabe o que mais escalava as paredes.
Glute poderia estar escondido atrás de qualquer uma das portas fechadas,
mas eu sabia em minhas entranhas que ele não estava ali. Talvez fosse a
Força, talvez fosse um palpite, mas decidi esperar. Abrigando-se no telhado
de um armazém próximo quando começou a chover.
Há o estrondo do trovão, o tamborilar da chuva, que continua em todas as
cenas neste local.
VENTRESS:
– Infelizmente, eu não estava sozinha.
(FANTASMA)
KY NAREC:
– Tudo isso é tão natural para você.
VENTRESS:
– Você ainda gostaria de ter me levado ao Templo?
(FANTASMA)
KY NAREC:
– Eles poderiam ter feito muito por você. Ao contrário de mim.
VENTRESS:
– Por favor, poupe-me de sua auto-piedade.
KY NAREC:(FANTASMA)
– Eu falhei com você.
VENTRESS:
– Sim. Sim, você falhou.
VENTRESS:(NARRAÇÃO)
Pelo menos isso o silenciou. Mas eu não podia deixar isso passar, é como
arranhar uma ferida.
VENTRESS:
– Dookan diz que eles te abandonaram.
KY NAREC: (FANTASMA)
– Ele é um Sith. Ele mente.
VENTRESS:
– Sério? Todo o tempo que estivemos juntos, todo o tempo que treinamos,
você nunca entrou em contato com eles, e eles nunca entraram em contato
com você. Por que isso?
Não houve resposta.
VENTRESS:
– Alô? Você está aí? Ou está imitando Yoda. Estou pronto para aprender,
Mestre! Por que você não abre os olhos!
(FANTASMA)
KY NAREC:
– Você zomba de mim.
VENTRESS:
– Só porque você facilita.
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
Ele ri alto, percebo que estou sorrindo. Não posso ser pega, preciso me
concentrar, lembrar-me do motivo de estar aqui.
Ela tira os discos de dados da bolsa.
KY NAREC: (FANTASMA)
– O que você está fazendo?
VENTRESS:
– Seguindo as ordens, talvez você devesse ter feito o mesmo.
(FANTASMA)
KY NAREC:
– Então eu não teria conhecido você.
VENTRESS:
– Não, mas você ainda estaria vivo.
Ela puxa o projetor de sua bolsa.
KY NAREC:(FANTASMA)
– Esse é o leitor da cabine de Dookan.
VENTRESS:
– O que ele não sabe não vai me matar. Se incomoda?
(FANTASMA)
KY NAREC:
– Eu poderia pará-la se o quisesse?
VENTRESS:
– Homens melhores tentaram.
Ela coloca um disco no leitor. Um holograma se ativa.
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
Estremeço ao dizer isso. Homens melhores? Como Dookan? Ele me parou
rápido o suficiente, ele me encara de volta do holograma. Agora um
Padawan, dezessete ou talvez dezoito anos de idade, sem sinais da
crueldade que virá.
Por que eu estou fazendo isso? Se Ky realmente está lá, se ele encontrou um
caminho de volta, certamente eu deveria passar todos os momentos que
puder com ele, em vez de percorrer o passado do homem que me escravizou
mais uma vez. Porque é isso que eu sou, certo? Uma escrava. De onde eu
comecei.
Eu poderia fugir agora, poderia fazer um pulo e nunca olhar para trás.
Mas para onde iria? Rattatak? Dathomir?
Eu pensei que tinha chegado tão longe.
Ela pressiona o play.
DOOKAN: (DEZESSETE ANOS DE IDADE, HOLO-NARRAÇÃO)
Jenza, espero que você esteja bem. Acabei de voltar de uma missão
humanitária. As coisas não saíram como planejadas. Há muitas coisas que
poderíamos ter feito de maneira diferente, muito que deveríamos ter feito.
Mas eles não nos ouviram, nunca ouviram!
CENA 38. EXT. TEMPLO JEDI. TERRAÇO DE MEDITAÇÃO.
YODA:
– Preocupante, isso é. Mestra Kostana.
LENE:
– Sim, sim. Eu sei o que vocês vão dizer. O futuro deve permanecer oculto.
Mas, infelizmente, Sifo-Dyas não tem escolha.
SINUBE:
– Há quanto tempo essas visões o atormentam, Padawan?
SIFO-DYAS:
– Alguns meses.
BRAYLON:
– E, no entanto, sua a Mestra não considerou chamar a nossa atenção para
isso.
LENE:
– Eu tenho treinado Sifo para suportar os seus... episódios.
BRAYLON:
(EXASPERADA) – Por quê?
LENE:
– Por que eles vêm da Força. Que direito temos de ignorar os seus avisos?
BRAYLON:
– Se isso tem algo a ver com sua obsessão com os Sith...
LENE:
– Tem a ver com salvar vidas. Milhões e milhões de vidas. Ele viu cidades
inteiras destruídas, Yula! Você consegue imaginar? Você pode imaginar a
dor e o sofrimento? Porque Sifo-Dyas pode... ele viu, sentiu.
YODA:
– Humm. Venha para a frente, Padawan.
SIFO-DYAS:
– Sim, Grão Mestre.
YODA:
– Visualizar o desastre, você deve. Doloroso, pode ser.
SIFO-DYAS:
– Eu... eu entendo.
YODA:
– Encontrar a perturbação, nós vamos. Você também, meu Padawan. Juntar-
se ao círculo, você deveria.
DOOKAN:
– Mestre.
BRAYLON:
– Conte-nos o que ver, Sifo-Dyas.
SIFO-DYAS:
– Era... um paraíso. Grama alta balançando ao vento. Campos do tamanho
de países.
SINUBE:
– Mostre-nos, visualize-o em sua mente.
SIFO-DYAS:
(TORNANDO-SE AGITADO) – O vento... se transformou em uma
tempestade... Uma tempestade terrível! As pessoas estão morrendo!
Gritando. Chamas se estendendo para pegá-los. Dedos ardentes se
estendendo até o céu!
LENE:
– Você está seguro, Sifo-Dyas, lembre-se disso.
SINUBE:
– Ele não suporta muito mais.
DOOKAN:
– Mas eu sim. Sifo-Dyas, drene minha força.
YODA:
– Não. Muito perigoso, isso é.
DOOKAN:
– Mestre, temos que ver.
SIFO-DYAS:
– Certo, eu posso lidar com isso.
BRAYLON:
– Onde fica, Sifo-Dyas? Mostre-nos o planeta.
LENE:
– Não é assim que funciona.
SIFO-DYAS:
– Não. Eu posso fazer isso.
SINUBE:
– Qualquer coisa que você pode nos dar. Constelações, sóis...
SIFO-DYAS:
– Sol. Um único sol, inchado... velho.
YODA:
– Eu sinto... um mundo do Núcleo.
LENE:
– Ou das colônias. Em alguma parte central.
BRAYLON:
– Abra um holomapa.
Um holograma brilha.
BRAYLON:
– Bardotta?
LENE:
– Não... não está certo. A grama que Sifo descreveu, existem... existem
cultivos.
YODA:
– Humm... Um agrimundo, então.
BRAYLON:
– Remova todos os outros planetas da tela.
Há um sinal sonoro. O holograma muda.
YODA:
– Concentre-se, concentre-se no que Sifo-Dyas viu.
DOOKAN:
– Lá, Protobranch.
BRAYLON:
– Você tem certeza?
SIFO-DYAS:
– Sim, sim, é isso. Eu sei que é.
YODA:
– Humm... Sobre Protobranch, o que sabemos, Dookan?
Um datapad bipa.
DOOKAN:
– O planeta nativo dos Bivall, tradicionalmente agrícola, as principais
exportações incluem grãos e bacta.
BRAYLON:
– Houve relatos de algum fenômeno climático incomum?
Mais bipes.
DOOKAN:
– Não que eu possa ver.
SIFO-DYAS:
– Devemos avisá-los.
YODA:
– Não.
DOOKAN:
– Mas Mestre, se eles pudessem se preparar...
YODA:
– Não, eu disse.
DOOKAN:
– Mas por quê?
YODA:
– Por que as visões podem ser enganosas. Do futuro, nunca temos certeza.
Meditar sobre isso, devemos.
LENE:
– Meditar? E o que faremos se o desastre ocorrer enquanto procuramos
respostas? Meditaremos sobre as vidas que poderiam ter sido salvas?
BRAYLON:
– A decisão do Conselho é final, Mestra Kostana.
LENE:
– Então o Conselho está errado.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Lene rapidamente se retirou da câmera. Eu a vi enquanto ela saia do
Templo. Sua túnica ondulava enquanto atravessava a Praça da República,
marchando em direção do Senado...
CENA 40. EXT. FORA DO EDIFÍCIO DO SENADO.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Nosso transporte pousou em Protobranch em um dia claro e ameno. Uma
brisa suave agitava as plantações que se estendiam ao infinito. Eu nunca
tinha visto nada assim, Jenza. O céu estava pontilhado de cidades
construídas em grandes plataformas antigravitacionais. Eles lançam
enormes sombras sobre o cereal ondulado. O tamborilar dos repulsores era
um drone constante no ar... Igual à voz do primeiro ministro do planeta.
A voz do primeiro ministro surge no microfone enquanto ele caminha com
seus convidados pelas lavouras.
PRIMEIRO MINISTRO:
– Receio que sua viagem tenha sido em vão, Mestre Yoda. Fizemos muitos
testes, mas nosso clima é estritamente regulamentado.
LENE:
– Meu Padawan testemunhou uma tempestade.
PRIMEIRO MINISTRO:
– E ainda não há nenhuma programada.
DOOKAN:
– Poderia ter um mau funcionamento na matriz de controle?
PRIMEIRO MINISTRO:
– Claro que não. Somos orgulhosos de ter total controle ambiental.
YODA:
– Somente superado pelo da própria Coruscant. Humm...
SIFO-DYAS:
– Mas é aqui que acontece.
PRIMEIRO MINISTRO:
Na sua visão?
SIFO-DYAS:
– Sim.
PRIMEIRO MINISTRO:
– Então só posso sugerir que você estava enganado. Graças às estrelas.
LENE:
– Protobranch é muito impressionante, Primeiro-Ministro. Eu nunca tinha
visto a agricultura nessa escala, continentes inteiros dedicados ao cultivo.
PRIMEIRO MINISTRO:
– Obrigado Mestra Kostana. A decisão de transferir a população para discos
celestes foi controversa, mas funcionou no final.
DOOKAN:
– Uma solução engenhosa.
PRIMEIRO MINISTRO:
– Precisávamos de mais terras, era simples assim. A produção triplicou na
última década e, com isso, a necessidade de mais colheitas. Pense nas vidas
que nosso bacta salvou em toda a galáxia.
YODA:
– E os edifícios, acima de nós?
PRIMEIRO MINISTRO:
– Essa é uma de nossas menores plantas de produção. E o hospital Tabor, é
claro.
LENE:
– Onde são testadas as novas variedades de bacta.
PRIMEIRO MINISTRO:
– Isso. Exatamente.
SIFO-DYAS:
(SUSPIRO) – Mestre!
LENE:
– Sifo?
PRIMEIRO MINISTRO:
– Há algum problema?
DOOKAN:
– Eu também senti isso.
PRIMEIRO MINISTRO:
– Sentir o que?
YODA:
– Um distúrbio na força.
Um alarme soa na datapad do Primeiro-Ministro.
LENE:
– O que foi isso?
PRIMEIRO MINISTRO:
– Foi detectada uma tempestade solar indo diretamente para Protobranch.
SIFO-DYAS:
– Uma tempestade?
YODA:
– De que tamanho?
Mais bipes de aviso.
PRIMEIRO MINISTRO:
– É... está além da escala.
SIFO-DYAS:
– Mas Mestra Kostana, se for o que eu vi, o pulso magnético...
LENE:
– Isso desligará todos os circuitos do planeta.
O datapad do primeiro-ministro crepita e apaga.
PRIMEIRO MINISTRO:
– Meu datapad!
YODA:
– Começou...
Acima deles, os repulsores piscam e cortam.
DOOKAN:
– As cidades.
LENE:
– As plataformas repulsoras falharam.
As plataformas rangem e depois caem.
PRIMEIRO MINISTRO:
– Ah! Elas estão caindo!
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Em todo o planeta, cidades suspensas no ar por décadas caíram de uma só
vez. Onde uma vez o zumbido perpétuo dos motores repulsivos havia sido
ouvido, havia agora estrondo, explosões e gritos terríveis. Gritos que Sifo-
Dyas já tinha escutado.
Os discos abriram sulcos nos campos intermináveis. As plumas de sujeira
subindo para saudar os corpos caindo para a sua morte.
DOOKAN:
– Cuidado!
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
A maioria das espécies tem seus próprios mitos do Apocalipse.
Aprendemos muitos deles como Iniciados. O hospital caído havia caído nas
planícies de Tabor. Colunas de fogo foram acesas em um fogo que pairava
faminto pelos campos secos. Os gritos de um milhão de almas me
perfuraram, um tremor na Força que ameaçava enviar todos nós em uma
espiral de dor e desespero.
LENE:
– Todo mundo está bem?
SIFO-DYAS:
(ANGUSTIADO) – Chegamos... tarde demais.
O primeiro ministro tenta abrir um canal de comunicação.
PRIMEIRO MINISTRO:
– Alô? Alguém pode me ouvir?
YODA:
– Derrubada, está a rede do comunicador.
O fogo se intensifica.
DOOKAN:
– O fogo está se espalhando.
SIFO-DYAS:
– É o mesmo que eu vi.
PRIMEIRO MINISTRO:
– Vamos queimar vivos.
YODA:
– Conter as chamas, nós iremos.
PRIMEIRO MINISTRO:
– Como?!
YODA:
– A Força é poderosa.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Yoda e Lene ficaram de costas um pro outro, olhos fechados e braços
estendidos. Eu senti que a Força estava crescendo ao nosso redor,
fornecendo uma barreira invisível para as chamas. O calor era intenso, mas
pelo menos o fogo interrompeu seu avanço... Por enquanto.
PRIMEIRO MINISTRO:
– Mas isso é impossível.
YODA:
– Dookan, Sifo-Dyas, procurar sobreviventes, vocês devem.
DOOKAN:
– No hospital?
LENE:
– Traga-os conosco.
DOOKAN:
– Mas e depois? Não temos como removê-los do planeta.
PRIMEIRO MINISTRO:
Mais cedo, o sistema automático deve ter enviado um pedido de socorro
antes de desligar.
YODA:
– Estará a caminho, a ajuda.
SIFO-DYAS:
– Mas e o fogo... não acho que eles aguentem por muito tempo.
LENE:
– Deixe nos preocupar com isso. Vão agora, e que a Força esteja com todos
nós.
CENA 44. EXT. FORA DO HOSPITAL.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
DOOKAN:(HOLO-NARRAÇÃO)
É justo dizer que eu sempre fui... superconfiante. Mas até eu fiquei
desanimado quando encontramos o que restava do edifício. Fios expostos
pendiam, cascatas de faíscas caíam como estrelas cadentes, enquanto o fogo
queimava entre os escombros, consumindo aqueles que não haviam
sobrevivido ao acidente.
Dookan e Sifo correm pra dentro.
SIFO-DYAS:
(TOSSINDO NA FUMAÇA) – Alô? Há alguém aqui?
DOOKAN:
– Está tão escuro.
SIFO-DYAS:
Acha que nossos sabres de luz ainda funcionam?
DOOKAN:
– Existe apenas uma maneira de descobrir.
Há uma batida nas proximidades. Punhos contra metal.
SIFO-DYAS:
– Obrigado à Força pelos isoladores Kyber.
DOOKAN:
– Pena que eles não foram instalados aqui.
Há uma batida nas proximidades. Punhos contra metal.
(CHAMANDO A DISTÂCIA)
PIRA:
– Olá, tem alguém aí?
DOOKAN:
– Sim. Sim, aqui estamos nós. Estamos a caminho.
Eles correm para mais fundo do complexo.
CENA 46. INTERIOR. CORREDOR.
Dookan e Sifo-Dyas correm até uma porta, seus sabres de luz cantarolando.
Está batendo do outro lado.
PIRA:(ABAFADO)
– Alô? Tem alguem ai?
DOOKAN:
(CHAMANDO ATRAVÉS DA PORTA) – Sim. Você pode abrir as portas?
PIRA:(ABAFADO)
– Não, elas estão presas.
DOOKAN:
– Afaste-se.
Ele enfia o sabre de luz na porta, abrindo um buraco.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Meu sabre de luz brilhava enquanto perfurava o duraplast.
PIRA:(ABAFADO)
– Depressa!
DOOKAN:
– Sim.
Ele termina de abrir caminho pela porta.
DOOKAN:
– Estão bem?
PIRA:(ABAFADO)
– Sim.
DOOKAN:
– Eu vou derrubá-la.
Ele chuta a porta, um círculo perfeito batendo no chão do outro lado.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Nós pulamos pelo buraco, encontrando uma médica Bivall. Seu uniforme
que era arrumado e imaculado estava agora enegrecido com fuligem e
sangue.
PIRA:
– Graças às estrelas.
DOOKAN:
– Você está machucado?
PIRA:
– Não, mas há crianças na sala de emergência. Eu não posso movê-los.
SIFO-DYAS:
– Você terá que fazer isso.
Há uma explosão por perto. Mais chamas rugem.
DOOKAN:
– Este lugar não é seguro.
PIRA:
– Você vai me ajudar?
DOOKAN:
– Nos guie.
CENA 47. INTERIOR. CORREDOR.
PIRA:
– Eles estão lá, depois da reserva de bacta.
Mais faíscas. Mais pequenas explosões.
PIRA:
(GRITA EM ALARME)
Os tanques começam a rachar.
SIFO-DYAS:
– Os tanques. Os tanques estão se quebrando!
DOOKAN:
– Isso é muito bacta.
PIRA:
– Nós devemos nos apressar.
Eles continuam a correr.
CENA 48. INTERIOR. FORA DA ENFERMARIA.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Chegamos à sala da médica, a porta estava fechada contra fumaça e poeira.
Pira bate na porta.
PIRA:
– Eu sou a Dra. Pira, eu trouxe ajuda.
Atrás deles, os tanques se rompem, e os bacta correm pelo corredor.
DOOKAN:
– Tanques de Bacta quebraram.
O médico bate na porta novamente, ainda mais freneticamente.
PIRA:
– Abram.
A porta se abre, o bacta correndo na direção deles.
RRALLA:
(SHYRIIWOOK)
PIRA:
– Rralla? Onde está a enfermeira Volcan?
RRALLA:
(SHYRIIWOOK)
PIRA:
– Ela foi buscar ajuda? Eu disse para ela ficar com você.
SIFO-DYAS:
– Por que não nos preocupamos com isso enquanto estamos dentro, hein?
RRALLA:
(SHYRIIWOOK)
DOOKAN:
– Mexam-se!
SIFO-DYAS:
– Fechem essa porta!
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
O aviso de Sifo chegou tarde demais. O bacta entrou pela porta aberta,
encharcando a todos nós.
O bacta bate, correndo para dentro da sala. Os pacientes gritam
alarmados, especialmente Rralla.
DOOKAN:
(SE CHOCANDO CONTRA O BACTA) – Pira, ponha as crianças o mais
alto que puder. Sifo, me ajude com a porta.
SIFO-DYAS:
– Hugh! Não se move.
DOOKAN:
– Confie na Força.
Ambos os Jedi fazem sons de esforço enquanto usam a Força, a porta se
abre enquanto ela lentamente se fecha.
SIFO-DYAS:
– Ela está se movendo.
DOOKAN:
– Mantenha o foco.
A porta continua seu progresso dolorosamente lento.
PIRA:
– O bacta está subindo!
DOOKU & SIFO JUNTOS:
– Percebemos isso!
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
A porta finalmente se fechou, mas não houve tempo para comemorar. O
bacta já estava vazando através do septo.
SIFO-DYAS:
– Nós conseguimos.
PIRA:
– O bacta ainda está entrando.
DOOKAN:
– Não pode ter sobrado muito nos tanques.
SIFO-DYAS:
– Você tem certeza disso?
PIRA:
– Como vamos sair?
DOOKAN:
– Nós vamos ter que subir.
PIRA:
– Pra cima?
DOOKAN:
– O que está acima de nós? No próximo nível?
PIRA:
– Eu não sei... a sala de parto, eu acho.
DOOKAN:
– Terá que servir. Sifo, me ajude com essa mesa de exame.
Eles arrastam uma mesa pelo bacta.
PIRA:
– Esse equipamento é delicado.
SIFO-DYAS:
– Não é mais.
DOOKAN:
– É isso aí, coloque no meio da sala.
RRALLA:
(SHYRIIWOOK)
PIRA:
– Eu sei, Rralla. Eu também estou com medo. Mas temos que ser corajosos
pelas outras crianças.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Eu pulei na mesa, pronto para empurrar o meu sabre contra o teto.
DOOKAN:
– Certo, cuidado com as faíscas.
Ele começa a fazer um buraco no teto.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Sifo-Dyas posicionou-se entre a médica e o metal derretido que espirrava
vapor de bacta da minha lâmina.
SIFO-DYAS:
– Agora, sobre essas crianças.
PIRA:
– Não podemos movê-las.
SIFO-DYAS:
– Você já disse isso, mas também não podemos deixá-las aqui.
Dookan continua cortando o círculo.
DOOKAN:
– Estou quase terminando, se afaste.
Ele termina de cortar, o círculo de metal caindo.
DOOKAN:
–Vou ver como está tudo lá em cima.
Ele pula pelo buraco, suas vestes farfalhando enquanto ele pula.
PIRA:
– Como ele pode pular assim?
SIFO-DYAS:
– Exercícios regulares. (CHAMANDO POR CIMA) Dookan?
DOOKAN:
(CHAMANDO POR BAIXO) – Está limpo. Doutora, temos que seguir em
frente. Não fazemos ideia se este edifício está firme. Pode entrar em
colapso a qualquer momento.
PIRA:
– Ok, mas como vamos carregá-los?
DOOKAN:
– Traga-os para baixo do buraco.
PIRA:
– Mas...
DOOKAN:
– Apenas confie em mim.
PIRA:
– Certo. Rralla, me ajude com Apina.
RRALLA:
(RUÍDO DE CONCORDÂNCIA)
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
– Com o bacta que alcançou os seus joelhos, o wookie sujo levou a amiga
para a posição.
PIRA:
– É isso aí, você está indo bem.
DOOKAN:
(AINDA CHAMANDO ABAIXO) – Muito bom. Apina, certo? Não entre
em pânico. Vou te levantar, ok?
PIRA:
– Levanta-la? Como?
DOOKAN:
– Eu vou usar a Força.
PIRA:
– Vai fazer o quê?
DOOKAN:
– Apenas relaxe. É isso Apina. Um, dois, Três!
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
A criança soltou um grito de medo enquanto disparava como um míssil.
No três, ele a tira do bacta.
RRALLA:
(SHYRIIWOOK)
DOOKAN:
– Peguei você. Peguei você.
PIRA:
– Não acredito nisso.
DOOKAN:
– Agora o próximo.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Pira olhou preocupada para o Fluggriano deitado em uma maca de
diagnóstico.
PIRA:
– Ele não pode andar.
DOOKAN:
– Então vamos trazer a cama conosco.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
A médica ajudou a arrastar a cama até debaixo de mim.
PIRA:
– Você pode suportar o peso?
SIFO-DYAS:
– Eu posso ajudar. Como se chama?
RRALLA:
(SHYRIIWOOK)
SIFO-DYAS:
– Desculpe, meu Shyriiwook está um pouco enferrujado.
PIRA:
–Cuhoon.
SIFO-DYAS:
– Certo. Cuhoon, você terá que segurar o mais forte que puder. Estás
pronto? Sim?
DOOKAN:
– Aqui vamos nós. Um, dois. (COM ESFORÇO)Três!
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Visualizei o garoto flutuando em minha direção, e maca cambaleou antes de
subir instavelmente.
PIRA:
– Com cuidado.
RRALLA:
(SHYRIIWOOK)
SIFO-DYAS:
– Eu o peguei.
PIRA:
– Deixe-me ajudar.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Pira subiu na mesa para empurrar a cama pesada. Ela não era capaz de usar
a Força, mas com as estrelas como testemunhas, ela não deixaria seu
paciente cair.
Ela sobe na mesa.
DOOKAN:
(ESFORÇO) – É isso, só um pouco mais alto.
PIRA:
– Você já o pegou?
A cama é puxada.
DOOKAN:
– Sim. Sim, eu o peguei. Prazer em conhecê-lo, Cuhoon.
SIFO-DYAS:
– Quem está faltando?
PIRA:
– Só o Rralla.
DOOKAN:
– Você está pronto?
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
O Wookiee andou para frente, levantando ansiosamente os braços finos em
minha direção.
RRALLA:
(SHYRIIWOOK) [Sim.]
DOOKAN:
– Muito bom. Às três. Um, dois. Três.
RRALLA:
(SHYRIIWOOK, CONTANDO COM ELE)–Um, dois. Três.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Eu quase ri da alegria do Wookiee quando ele foi erguido no ar, com bacta
pingando de seu pelo. Peguei-o pelos braços, levando-o para um lugar
seguro.
DOOKAN:
– Você pode cuidar dos outros, Rralla? Isso mesmo. (CHAMANDO DE
VOLTA) É a sua vez, doutora.
A porta range.
SIFO-DYAS:
– Pegue-a agora, Dookan!
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
A porta emperrou, litros de Bacta entrando na enfermaria.
A porta cede, bacta correndo.
PIRA:
(GRITOS)
CENA 49. INTERIOR. SALA DE PARTO. (CONT.)
DOOKAN:(HOLO-NARRAÇÃO)
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Lá fora, uma multidão de sobreviventes se reuniu em torno de Yoda e
Lene...
PRIMEIRO MINISTRO:
– O calor é insuportável.
LENE:
– Mestre Yoda. Dookan e Sifo-Dyas, você ainda pode senti-los?
YODA:
– Não. Apenas o fogo.
PRIMEIRO MINISTRO:
– Vocês devem contê-los.
LENE:
– Uma coisa, primeiro-ministro, seria muito mais fácil se você pudesse
parar de falar.
PRIMEIRO MINISTRO:
– Sinto muito, eu só pensei...
Há um estrondo vindo por trás enquanto o hospital entra em colapso.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Com um estrondo final, a estrutura do hospital entrou em colapso, a súbita
corrente de ar abanando as chamas.
PRIMEIRO MINISTRO:
– Oh não.
LENE:
– Você acha que eles puderam sair?
Um monstro ruge.
PRIMEIRO MINISTRO:
– O que é isso?
Uma fera gigante está atacando-os.
LENE:
– Algo muito grande.
PRIMEIRO MINISTRO:
– É um monstro!
YODA:
– Não. Em suas costas.
LENE:
– Dookan!
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Minha montaria deslizou para dentro do círculo protegido, expelindo o ar
superaquecido por quatro narinas dilatadas.
DOOKAN:
(CHAMANDO ABAIXO) – Mestres! Eu apresento Rollatan. Estava dando
à luz quando a tremor aconteceu.
LENE:
– Onde está o bebê?
DOOKAN:
(CHAMANDO) – Trazendo os nossos amigos.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Uma criatura menor, mas igualmente imponente, trouxe a médica e seus
pacientes jovens para o recinto. Você deveria tê-los visto, Jenza: uma pele
espessa e escamosa, marretas nas caudas e seis pernas cada.
PIRA:
(CHAMANDO) – Olha as chamas.
RRALLA:
(LAMÚRIAS)
DOOKAN:
(CHAMANDO) – Abaixe as crianças no chão.
PIRA:
(CHAMANDO) – Como está seu amigo?
DOOKAN:
(CHAMANDO) – Ainda inconsciente.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Rollatan esperou enquanto eu pulei de suas costas, segurando Sifo-Dyas em
meus braços.
LENE:
– O que aconteceu?
DOOKAN:
– Ele está desmaiado, só isso. Ficará bem.
LENE:
– Meia hora em um hospital, e eles acham que são médicos.
DOOKAN:
– Um hospital que quase nos matou.
YODA:
– Sou grato que isso ele não fez. Ajude-nos, meu Padawan.
DOOKAN:
(COM ESFORÇO) – Quanto tempo podemos contê-los?
LENE:
– Tanto quanto necessário.
DOOKAN:
– E quanto tempo é isso?
Há o trovão de uma nave espacial no alto.
PRIMEIRO MINISTRO:
(ALEGRE) – Não acredito. O pedido de ajuda. Ele deve ter acontecido.
Pira corre.
PIRA:
– Isso é uma nave da República?
AMPLIFIED VOICE:
– Por favor, mantenham a calma. Estamos ativando um supressor de
chamas. Iniciaremos o procedimento de evacuação quando o fogo estiver
sob controle.
DOOKAN:
– Isso pode demorar algum tempo.
A água começa a jorrar da nave.
RRALLA:
(SHYRIIWOOK)
PIRA:
– Não se preocupe, Rralla. Eles estão apagando o fogo. Viu?
YODA:
(RELAXANDO) – Ah... a Força nos protegeu.
DOOKAN:
– Só lamento não termos conseguido tirar mais pessoas.
LENE:
– Você fez o melhor que pôde.
YODA:
– Tudo o que qualquer um de nós pode pedir, é isso.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Uma escotilha se abriu na barriga da nave, e um trabalhador humanitário
com roupas protetoras desceu com uma mochila repulsiva sobre nós.
COMANDANTE DE AJUDA:
– Mestre Yoda.
YODA:
Pela sua chegada oportuna, nós te agradecemos, comandante.
O comandante de ajuda aterrissa.
COMANDANTE DE AJUDA:
– Mais naves estão chegando.
LENE:
– É a melhor notícia que ouvi o dia todo.
COMANDANTE DE AJUDA:
– Primeiro Ministro, você está ferido?
PRIMEIRO MINISTRO:
– Não, os Jedi me mantiveram a salvo. Infelizmente, receio que o mesmo
não possa ser dito sobre a maioria da população.
COMANDANTE DE AJUDA:
– O senador Tavetti quer saber quanto bacta eles podem resgatar.
PRIMEIRO MINISTRO:
– N... não há como saber. Ainda não. Perdas de vida devem ser...
COMANDANTE DE AJUDA:
– Ele precisará de um relatório completo o mais rápido possível.
Sua comunicação bipa.
COMANDANTE DE AJUDA:
– Com licença.
PRIMEIRO MINISTRO:
– Sim. Sim, é claro.
COMANDANTE DE AJUDA:
(NO FUNDO, QUIETO, ABAIXO DE TODOS OS OUTROS)
Sim. Eu localizei o primeiro ministro. Há um punhado de sobreviventes
aqui. Quando chegará o resto da frota? (SE AGITA) Muito bem. Os Jedi
estão enviando algum suporte? (SE AGITA) Então teremos que nos
contentar até ouvir. Vou perguntar ao Grão-mestre. Concentre-se nos
principais incêndios e proteja qualquer bacta sobrevivente.
PIRA:
– Essa é a única coisa com a qual eles se preocupam?
PRIMEIRO MINISTRO:
(TENTANDO FAZER SENTIDO NISSO) – Eu... é... eu posso entender sua
preocupação.
PIRA:
– Mas e as pessoas? E os sobreviventes?
YODA:
– Tudo o que podemos fazer. Eu prometo isso.
SIFO-DYAS:
(GEME)
Dookan se move até ele.
DOOKAN:
– Sifo.
SIFO-DYAS:
– O que me atingiu?
Rolettan ruge por perto.
SIFO-DYAS:
– E o que é isso?
DOOKAN:
– Um amigo.
SIFO-DYAS:
– As crianças... nós as...?
LENE:
– Vocês as salvaram.
Rolettan ruge novamente, indignada.
LENE:
(APRESSADAMENTE) – Com uma pequena ajuda.
DOOKAN:
– Não foi o suficiente.
LENE:
– Dookan?
Dookan se levanta.
DOOKAN:
– Se tivéssemos agido antes, quando Sifo-Dyas teve a primeira visão.
LENE:
– O que está feito está feito. Agora, devemos nos concentrar em garantir
que o Protobranch receba o máximo de ajuda possível.
DOOKAN:
(AMARGAMENTE) – Por causa do bacta?
LENE:
– Não, por causa das pessoas.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Cheguei mais perto de Lene, abaixando minha voz...
DOOKAN:
(VOZ BAIXA) – E da próxima vez? O que acontecerá quando Sifo-Dyas
tiver outra premonição?
LENE:
– Então, talvez o Conselho o ouça. Talvez eles ajam.
DOOKAN:
– Você acredita honestamente nisso?
LENE:
(EVITANDO A PERGUNTA) – Sua compaixão o honra, Dookan.
Concentre-se nisso.
CENA 51. EXT. NO TELHADO. À NOITE. CHOVENDO.
VENTRESS:(NARRAÇÃO)
LENE:
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
A última vez que estive antes do Conselho, todos os olhos estavam em Sifo-
Dyas, mas agora eles estavam fixos em mim. Os Mestres ouviram a minha
confissão, sua condenação era palpável. Contei a eles tudo sobre você sobre
nossas mensagens enviadas através das estrelas e o que você me pediu. E
então eu esperei. O silêncio estava condenando. Quando ele finalmente
falou, a dor na voz de Yoda era como um sabre de luz no meu peito...
YODA:
– A você, o que eu sempre tentei te ensinar, meu Padawan?
DOOKAN:
– Que um Jedi deve ser forte...
YODA:
– Não! A Força é forte. Um Jedi a ouve, um Jedi a entende, um Jedi a
respeita.
DOOKAN:
– Eu respeito você.
YODA:
– Não a mim! Respeite a Força. Respeite os seus ensinamentos. Quantas
vezes a mesma coisa devo repetir? Longe do passado, um Jedi deve ficar.
Somente no presente você deve habitar.
BRAYLON:
– Os laços familiares são estritamente proibidos. Você já sabe disso,
Dookan.
DOOKAN:
– Eu sei, Mestra Braylon. Eu apenas pensei...
YODA:
– Pensou? Vou dizer a você o que você pensou. Pensou que diferente era
você, hummm? Que as regras podem ser quebradas.
LENE:
– Eu não acho que é tanto como quebrá-las, mas flexibilizá-las um pouco.
YODA:
– A sua influência, sua é, Mestra Kostana. Não minha.
DOOKAN:
– Mestres, por favor, eu estava errado em esconder sua holocomunicação de
você. Eu sei disso. Eu estava errado em manter meu relacionamento com
Jenza em segredo. Mas nada disso é culpa da minha irmã. Me castigue, sim,
mas por favor, não a castigue.
SINUBE:
– O que você quer que façamos, Padawan?
DOOKAN:
– Deixe-me ir até ela, Mestre Sinube.
YODA:
–Humh!
DOOKAN:
– Deixe-me ficar ao seu lado quando ela enterrar nosso... quando ela
enterrar sua mãe. E então eu juro que quebrarei todo contato.
YODA:
– Fiel aos seus votos, você será?
DOOKAN:
– Eu prometo.
YODA:
– Humm. Um bom orador, você é. Um bom político, você seria.
DOOKAN:
– Então vocês vão me deixar ir?
YODA:
– Deixar sair do Templo, Eu não posso.
DOOKAN:
– Mas...
BRAYLON:
– Mestre Yoda está negociando um tratado entre o Forta e o Lerall.
YODA:
– Em um estado delicado, as conversas estão.
LENE:
– E se eu o levar?
YODA:
– Você?
LENE:
– Eu tenho alguns negócios no Acesso Gordiano. Serenno não seria um
grande desvio do meu caminho.
YODA:
– Negócios? O que negócios?
LENE:
– Houve alguns relatos perturbadores ao longo da Via Hydiana, um
aumento na anarquia e desordem.
BRAYLON:
– Isso é verdade. São os relatórios que o Senado optou por ignorar.
YODA:
– Investigando esses relatórios, você está?
LENE:
– Esse era o meu plano. E Dookan é um nativo da região, ele podia perceber
algo que outros não.
SINUBE:
– E se o Senado perguntar?
LENE:
– Ele está visitando a sua casa para um funeral de estado.
BRAYLON:
– É a cobertura perfeita.
YODA:
– Humm... Feliz com isso, eu não estou. Mestra Braylon... Mas minha
permissão, eu dou.
DOOKAN:
– Obrigado Mestre.
YODA:
– Não me agradeça ainda, meu aprendiz. Volúvel o passado pode ser, a dor
de amanhã, o conforto de ontem é. Somente no presente devemos confiar.
Só no hoje...
CENA 54. INTERIOR. A PERSEGUIDORADAVERDADE
DOOKAN:(HOLO-NARRAÇÃO)
– Eu sempre me perguntava como seria deixar as estrelas no transporte
espacial da Mestra Kostana, aPerseguidoradaverdade. Voando para longe
de Coruscant, de novo e de novo. E agora eu sabia, e a realidade da situação
pesava muito no meu coração enquanto corríamos para Serenno...
SIFO-DYAS: (VINTE ANOS DE IDADE)
– Doo?
DOOKAN:
– Por favor, não me chame assim.
SIFO-DYAS:
– Ah, você nunca se incomodou...
DOOKAN:
– Sim. Isso me incomodou.
SIFO-DYAS:
– Me desculpe.
DOOKAN:
– Não... me desculpe. Ainda penso no que Yoda disse.
SIFO-DYAS:
– Sobre a sua irmã?
DOOKAN:
– Desde que me lembro, eu sinto... eu me sinto que não pertenço a esse
lugar.
SIFO-DYAS:
– Dookan, isso é ridículo.
DOOKAN:
– É?
SIFO-DYAS:
– Você é o Padawan mais talentoso em uma geração. Todo mundo diz isso.
Você diz isso, na maioria das vezes.
DOOKAN:
– Eu sei que sou... difícil ser assim algumas vezes.
SIFO-DYAS:
(CALOROSAMENTE) – Oh, apenas às vezes. É uma maneira de dizer
isso.
DOOKAN:
– Você tirando sarro de mim.
SIFO-DYAS:
– Sim. Porque às vezes todos nós precisamos de um pouco de provocação.
Desde que te conheço, você se esforçou para ser o melhor. Não, na verdade,
é mais do que isso. Você sabe que é o melhor. Você se lembra quando Yoda
escolheu você como seu Padawan?
DOOKAN:
– Isso é difícil de esquecer.
SIFO-DYAS:
– Os outros ficaram surpresos, mas não eu. Fazia sentido. Claro que Yoda
iria querer moldá-lo.
DOOKAN:
– Mas... se eu não quiser ser moldado.
SIFO-DYAS:
– Você não quer?
DOOKAN:
– Todo mundo tem tanta certeza do meu futuro. Yoda, o Conselho. Um dia
me tornarei um Cavaleiro Jedi e pegarei meu o meu próprio Padawan.
SIFO-DYAS:
(SORRIDENTE) – Que a Força esteja com ele.
DOOKAN:
– Não é divertido. Vou me tornar Mestre, vou me juntar ao Conselho. E
depois o quê?
SIFO-DYAS:
– Governar a galáxia?
DOOKAN:
– Eu poderia fazer um trabalho melhor que o Senado.
SIFO-DYAS:
– Você faria um trabalho melhor do que qualquer um. Mas isso não é sobre
o seu futuro.
DOOKAN:
– Então, do que se trata?
SIFO-DYAS:
– Seu segredo. Todo mundo sabe agora, Jenza, o holocomunicador. Você
não pode mais controlá-lo, não pode decidir quando ou onde irá falar com
ela. Você até concordou em deixá-la. Por quê? Porque, apesar do que você
pode falar, apesar do ressentimento que possa sentir agora, você é um Jedi,
Dookan, da cabeça aos pés. Mais Jedi do que jamais serei. É aqui que você
pertence, é aqui que você faz a diferença. Eu não acho que o seu futuro
esteja traçado. Você vai mudar tudo.
DOOKAN:
– Para melhor?
SIFO-DYAS:
– Estamos falando de você.
DOOKAN:
(VOZ BAIXA) – Obrigado, Si.
SIFO-DYAS:
(DIVULGANDO) – Por favor, não me chame assim.
DOOKAN:
(SORRIDENTE) – Você nunca se incomodou...
Há o rangido de uma placa de convés.
LENE:
– Toc, toc.
Os Padawans se levantam.
DOOKAN:
– Mestra Kostana.
LENE:
– Nós nos aproximamos de Serenno. Devemos pousar em Carannia?
DOOKAN:
– Não. Nos leve diretamente para Mantero.
LENE:
– A Lua Fúnebre, em seguida.
Eles a seguem até a cabine.
SIFO-DYAS:
– Lua Fúnebre?
LENE:
– Serenianos enterram os seus mortos na menor das luas.
DOOKAN:
– Para que os nossos antepassados possam nos olhar sempre.
SIFO-DYAS:
– Isso é incrível! Quero dizer, é assustador, mas... é isso que o torna ótimo.
Eu gosto do seu planeta.
DOOKAN:
– E adivinhe quem tem o maior lote de todos.
SIFO-DYAS:
– A Casa Serenno?
DOOKAN:
– Quem mais?
CENA 55. EXT. A ATMOSFERA DE MANTERO.
CELEBRANTE:
– E agora confiamos a condessa Anya aos seus ancestrais. Ela descansará
aqui em sua companhia, no jazigo dos Serenno. Mas antes de acender a
última chama, sua filha, Senhora Jenza, gostaria de dizer algumas palavras.
GORA:
– O que? Dee-Four... o que está acontecendo? Isso não fazia parte da
cerimônia.
D-4:
– Não, claro que não. Trabalhei muito e duro na ordem do culto.
GORA:
– Pelos sete deuses! No que ela está pensando?
(AMPLIFICADA)
JENZA:
– Em nome do meu pai, gostaria de agradecer aos muitos de vocês que
vieram aqui hoje.
GORA:
– Em nome de seu pai! Como você se atreve?
JENZA: (AMPLIFICADA)
– Minha mãe ficaria orgulhosa de ver tantas casas representadas aqui. Vocês
a honram e a nós com a sua presença.
GORA:
– Como se eles tivessem alguma opção.
(AMPLIFICADA)
JENZA:
– A mãe sempre gostou de Mantero. Não apenas porque ele podia caminhar
com nossos ancestrais, mas porque ela podia olhar para cima e ver Serenno
no céu. Esse planeta era a sua vida, ela trabalhou incansavelmente, se
preocupando com aqueles menos afortunados que nós.
RAMIL:
– O resto do planeta, então.
(AMPLIFICADA)
JENZA:
– Cuidando dos estrangeiros. A... (ELA PAROU, TENDO LOCALIZADO
ALGUÉM)
GORA:
– Agora, o que acontece com essa garota? O que ela está olhando?
RAMIL:
– Ali, ao lado do memorial Demici. Não pode ser...
GORA:
– Não pode ser. É! Não posso acreditar! Como ele ousa vir aqui.
D-4:
– Conde, por favor, as pessoas estão olhando.
(AMPLIFICADA)
JENZA:
(SORRINDO, EMOCIONADA) – Me desculpe... como eu estava dizendo,
minha mãe era uma mulher compassiva, ela apaixonadamente cuidava das
pessoas de fora e dos perdidos.
MANIFESTANTE Nº1:
(GRITANDO) – Não me faça rir!
GORA:
– E agora?
(AMPLIFICADA)
JENZA:
– Desculpe... me?
MANIFESTANTE Nº1:
– É muito bom para você, Senhora Jenza, apoiada por seus privilégios, mas
e o resto de nós? Se sua mãe se importava tanto, por que ela não impediu
que a Assembleia tirasse os nossos empregos?
MANIFESTANTE Nº2:
– Sim! Onde ela estava então?
GORA:
– Malditos manifestantes! Isso é inaceitável! (CHAMANDO O CONDE
DE MANTERO) Hakka. Hakka, faça alguma coisa!
JENZA:(AMPLIFICADA)
– Eu... este é o funeral da minha mãe.
MANIFESTANTE Nº1:
– Poderíamos muito bem enterrar o planeta inteiro!
MANIFESTANTE Nº2:
– Você já falou o suficiente, é hora de eles nos ouvirem! (CÂNTICO)
Escute nossa voz. Escute nossa voz.
O canto é captado pelos manifestantes na multidão.
MULTIDÃO:
– Ouçam a nossa voz! Ouçam a nossa voz! (REPETIU)
GORA:
– Eles estão por toda parte! Eles planejaram isso!
JENZA: (AMPLIFICADA)
– Por favor! Este não é o momento. Nós podemos conversar sobre isso.
GORA:
– Para o inferno com a conversa! Tire-a do comunicador!
D-4:
– Senhora Jenza, por favor, sente-se.
Gora agarra o comunicador. Há uma explosão em retorno.
GORA: (AMPLIFICADA)
– Agora escutem, isso é uma desgraça. Vocês estão desonrando a minha
esposa. Vocês estão desonrando minha família.
MANIFESTANTE Nº1:
– Você nos desonrou quando trouxe todos esses droides.
D-4:
– Oh céus.
MANIFESTANTE Nº1:
– Não vamos mais aguentar. Está ouvindo? É hora de um acerto de contas.
Ouçam a nossa voz! Ouçam a nossa voz!
Os manifestantes começam a jogar pedras da lua no Conde. Uma acerta a
cabeça dele.
GORA:
(CHORA DE DOR) – Maníacos!
D-4:
– Conde, você está bem?
GORA:
– O que você acha? Eles estão jogando pedras. Onde está a segurança de
Harka?
D-4:
– Duvido que fosse considerado necessário, Sua Graça.
GORA:
– Não é necessário? Bah! Felizmente eu antecipei isso. (ABRE O
COMUNICADOR) Aqui é Gora, envie-os. Envie-os agora!
CENA 58. EXT. MAUSOLÉU DOS SERENNO. VISÃO DO JEDI.
DOOKAN:(HOLO-NARRAÇÃO)
Minha mão foi para o meu sabre de luz quando a multidão avançou.
O canto continua.
DOOKAN:
– Temos que fazer alguma coisa.
LENE:
– Não, Dookan. Não é nosso trabaho.
DOOKAN:
– É exatamente o que é. Aquela ali é a minha família. Eles estão em perigo.
LENE:
– E o que você pretende fazer sobre isso?
DOOKAN:
– Nós somos pacificadores, certo? Vamos manter a paz.
Ouvimos o barulho dos hovertanques.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
A discussão parou de fazer sentido quando os hovertanques se
aproximaram. Abriu as suas portas...
Portas se abrem e esquadrões de droides de segurança marcham em passo
perfeito.
SIFO-DYAS:
– Não acredito. São esses são...
DOOKAN:
– Droides de segurança?
SIFO-DYAS:
– Num funeral?
DOOKAN:
– Isso não é possível.
CENA 59. EXT. MAUSOLÉU DOS SERENNO. VISÃO DE JENZA.
JENZA:
– Pai, o que é isso?
GORA:
– Proteção. (PARA OS DROIDES) Cerquem os manifestantes.
DROIDES DE SEGURANÇA:
– Ordem confirmada.
Os droides rangiram.
RAMIL:
– Pai, temos que sair daqui.
GORA:
– A HoloNet queria um show, bem, nós lhe daremos um, caramba. Uma
demonstração de força.
DROIDE COMANDANTE DE SEGURANÇA:
– Manifestantes, desistam.
MANIFESTANTE Nº1:
– Pro inferno que iremos!
Uma pedra é lançada e ricocheteia no droide comandante de segurança.
DROIDE COMANDANTE DE SEGURANÇA:
– Esta unidade foi atingida. Proteja a família. Abram fogo.
DROIDES DE SEGURANÇA:(EM UNÍSSONO)
–Confirmado.
Os blasters dos droides clicam, prontos para disparar.
Dookan corre, colocando-se na frente das armas dos droides.
DOOKAN:
– Não! Espere!
JENZA:
– Dookan?
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Não era a reunião que eu esperava. Todos eles ficaram boquiabertos quando
eu fiquei entre os droides e os manifestantes.
GORA:
– O que significa isso?
DOOKAN:
– Eu poderia lhe fazer a mesma pergunta, Pai.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Uma palavra, é tudo o que preciso. Uma palavra poderosa. Senti a
ondulação percorrendo a multidão, a surpresa e a especulação, as outras
casas se perguntando se tinham ouvido corretamente...
Sifo-Dyas e Lene correm pra cima.
LENE:
– Dookan, pare.
DOOKAN:
– Não, Mestra. Eu tenho que entender o que está acontecendo aqui.
MANIFESTANTE Nº1:
– O que está acontecendo? Aqueles malditos robôs, isso está acontecendo!
Enquanto eles não apontam os blasters para nós, eles trabalham nas minas,
transportando o minério, servindo seu tipo.
GORA:
– Eles servem a Serenno.
LENE:
– Sua graça, posso sugerir que seus guardas abaixem as suas armas.
GORA:
– Não! Não pode.
MANIFESTANTE Nº2:
– Eles nem são guardas. Ele abandonou a guarda e trouxe máquinas! Mais
vidas arruinadas para que ele possa encher os bolsos.
MANIFESTANTE Nº1:
– As pessoas estão morrendo de fome, o seu povo. E ele não se importa.
DOOKAN:
– Pai, isso é verdade?
GORA:
– Eu não sou seu pai!
Dookan acende seu sabre de luz, falando sobre o barulho.
DOOKAN:
– É verdade?
GORA:
– É isso que você vai fazer, aberração? Você vai me matar aqui? Droides,
atirem nele!
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Tudo aconteceu tão rápido. Os droides apontando as suas armas, os gritos
da multidão, eu nem vi você correndo adiante até que fosse tarde demais,
até que você se jogou na minha frente. Quando eu reagi, invocando a Força,
era para proteger você, Jenza, não a mim.
Eu queria empurrar os droides, mas estava com tanta raiva. Eu nem percebi
o que tinha feito, nem no começo, nem quando você, pai e Ramil foram
jogados de volta. Nem mesmo quando a multidão dispersou, pessoas
assustadas correndo por suas vidas, fugindo de mim.
Então o pai veio até mim, seus lábios desenhados de raiva. Eu agi por
instinto, pronto para atacar, empunhando o meu sabre de luz...
JENZA:
– Dookan, não!
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
– Você me parou, Jenza. Seu grito me parou. Mas isso não o impediu.
GORA:
– Eu vou te matar!
Gora bate em Dookan, derrubando-o no chão, atingindo-o repetidamente.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Eu poderia ter resistido, mesmo enquanto me fazia cair no chão. Eu poderia
ter quebrado o pescoço dele. Mas ele sabia que estava errado, mesmo
enquanto Ramil o afastava.
LENE:
– Dookan, você está...?
DOOKAN:
– Deixe-me em paz.
LENE:
– Temos que ir!
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Eu sabia que empurrar a Lene estava errado, mas você era tudo o que
importava para mim...
DOOKAN:
– Jenza, eu...
JENZA:
– Não, Dookan, por favor, se afaste.
DOOKAN:
– Mas eu...
JENZA:
– Estou falando sério.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
E foi quando eu a vi, Jenza. O caixão, caído de lado, a tampa aberta, o
corpo de nossa mãe...
Foi um acidente, Jenza. Você tem que acreditar em mim. Eu tentei consertar
isso.
DOOKAN:
– Jenza, me desculpe. Nós podemos...
LENE:
(GRITANDO) – Deixe-a em paz!
DOOKAN:
– Jenza!
JENZA:
– Sua amiga está certa, você tem que ir embora.
DOOKAN:
– Mas...
JENZA:
– Apenas vá embora, Dookan.
CENA 60. INTERIOR. DA PERSEGUIDORADAVERDADE.
DOOKAN:(HOLO-NARRAÇÃO)
Eu esperava que o Pai estivesse furioso. Sentia a sua fúria e medo. Mas eu
nunca esperei isso de você. Isso me atormentou quando
a Perseguidoradaverdade se afastou do setor... Isso continua me
assombrando até hoje...
Ouvimos Dookan praticando seus movimentos de sabre de luz, mudando de
uma posição para outra, grunhindo e respirando com dificuldade enquanto
ele cai em todas as posições.
Lene entra.
LENE:
– Você precisa de um parceiro de treinamento?
DOOKAN:
– Estou praticando.
LENE:
– Isso eu posso ver. Abaixe o seu sabre de luz.
DOOKAN:
– Não.
LENE:
(FIRME) – Eu disse abaixe isso agora.
O sabre de luz cai no chão.
DOOKAN:
– Por que você fez isso?
LENE:
– Por que eu tenho que perguntar uma coisa.
DOOKAN:
– O que?
LENE:
– Você confia em mim?
DOOKAN:
– Me desculpe?
LENE:
– Você confia em mim?
DOOKAN:
– Sim.
LENE:
– Bom. Sente-se comigo.
Cadeiras são puxadas pra perto.
LENE:
– Eu verifiquei o HoloNet e todos os canais oficiais. Ninguém mencionou o
tumulto no funeral de sua mãe.
DOOKAN:
– Tumulto?
LENE:
– Na minha opinião o conde Gora está suprimindo o escândalo. Ele não
quer que o Senado saiba...
DOOKAN:
– Que eu sou filho dele?
LENE:
– Quão ruins as coisas estão em Serenno.
DOOKAN:
– Mas quando contarmos ao Conselho...
LENE:
– Quando contarmos ao Conselho, você enfrentará uma audiência, assim
como eu por permitir que você atacasse a sua família.
DOOKAN:
– Foi um acidente.
LENE:
– Eu sei, mas também sei como o Conselho pensa. Estarei acorrentada ao
Templo e Sifo-Dyas será transferido.
DOOKAN:
– Mas nada disso é culpa sua.
LENE:
– Nem sua, Dookan.
DOOKAN:
– Lene... a maneira como Jenza olhou para mim...
LENE:
– Ela estava confusa, assustada.
DOOKAN:
– Mestre Yoda estava certo. O passado deve ser deixado em paz.
LENE:
– Você realmente acredita nisso?
DOOKAN:
– Sim.
LENE:
– Então você deve interromper a comunicação, como prometeu ao
Conselho. Pelo menos até as paixões esfriarem. Proponho que guardemos
isso para nós. O Conde Gora obviamente não quer que a galáxia descubra o
que aconteceu.
DOOKAN:
– Mas eu falhei. Mestre Yoda...
LENE:
– Mestre Yoda exageraria. E se ele não, certamente o resto do Conselho
exageraria. Faça a coisa certa, Dookan. Redima-se.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Eu realmente me arrependo do que aconteceu entre nós, Jenza. Você nunca
saberá o quanto apreciava a nossa amizade. Quanto tenho... confiado em
nossa comunicação. Você tem sido a minha rocha, a minha confidente. Mas
agora, deve terminar.
Corte direto para:
CENA 61. EXT. NO TELHADO. CHOVENDO.
DOOKAN:(HOLOGRAM, CONT.)
Desejo-lhe o melhor, Senhora Jenza. Você é uma mulher forte, mais forte do
que pensa. Que a Força esteja com você, agora e sempre.
O holograma é interrompido.
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
Olho para o espaço onde a forma holográfica de Dookan estava. A chuva
assobia no projetor ainda quente.
KY NAREC: (FANTASMA)
– Qual é o problema, Asajj?
VENTRESS:
– Sua história não acabou.
KY NAREC: (FANTASMA)
– Bem, obviamente. Ele enviou você para procurá-la.
VENTRESS:
– Não, é mais do que isso.
Ela enfia a mão no bolso, pegando um datapad encadernado em couro.
KY NAREC: (FANTASMA)
– Diário de Dookan!
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
Eu me acomodo sob o abrigo de uma torre de resfriamento para proteger a
tela.
Ela passa as páginas.
KY NAREC: (FANTASMA)
– O que você está procurando?
VENTRESS:
(DISTRAÍDA) – A Força vai me guiar...
Mais deslizes.
VENTRESS:
– Aqui.
KY NAREC: (FANTASMA)
– O que é isso?
VENTRESS:
– O resto da história. (LENDO) “Lene está certa, eu sei que ele está, mas
ainda dói. E se vamos impedir que Yoda descubra...” Aqui está, o link
perdido.
KY NAREC: (FANTASMA)
– Link perdido?
VENTRESS:
– Se eu realmente vou servir Dookan, preciso entendê-lo. Pensei que tinha
entendido você, mas obviamente estava errada.
KY NAREC:(FANTASMA)
– Asajj...
VENTRESS:
– Você não vê? Isto é o Dookan. A holocartas foram projetadas para outra
pessoa. Mas isso... isso era pra si mesmo. Seus pensamentos, sua verdade.
A Força me levou até elas.
KY NAREC: (FANTASMA)
– Eu te levei até elas. Oh! Eu esqueci. Eu não sou real, certo?
VENTRESS:
(DE REPENTE NÃO TÃO CERTA) – Não, você não é.
KY NAREC: (FANTASMA)
– Então, me agrade. Me diga o que diz. Se eu sou apenas um delírio, você
estará falando sozinha. Isso realmente importa? Todos nós fazemos isso,
afinal.
VENTRESS:
– Um pouco mais do que a maioria, ao que parece.
Ela desliza outra página.
VENTRESS:
“Pensei que Lene me levaria direto para Coruscant, mas ela me lembrou
que ainda tínhamos trabalho a fazer, sua missão no Acesso Gordianoo, ou
assim eu pensei. Acabou...”
Enquanto ela lê, ouvimos ao Dookan de 20 anos ecoando as palavras,
retomando a narração.
DOOKAN: (NARRAÇÃO)
...que ainda tínhamos trabalho a fazer, sua missão no Acesso Gordiano, ou
assim eu pensei. Acontece que Lene tinha sido um pouco econômica com a
verdade. Não sei por que fiquei tão surpreso...
CENA 62. EXT. O PLANETA ASUSTO. ALTA ATMOSFERA.
DOOKAN:
DOOKAN:
– Lene?
LENE:
– Eu ainda estou aqui. Mantenha-se focado.
Algo passa por Dookan, um som intangível.
DOOKAN:
– O que foi isso?
LENE:
– Sua mente está pregando peças em você. É o lado Sombrio tentando
tomar posse.
VOZ FANTASMAGÓRICA:
– Dookan.
DOOKAN:
– Você ouviu isso?
VOZ FANTASMAGÓRICA: (YODA)
– Dookan...
DOOKAN:
– Mestre Yoda?
LENE:
– Não, ele está confortável e seguro em Coruscant. As vozes não são reais.
DOOKAN:
– Você pode ouvi-las?
LENE:
– Não necessariamente as mesmas. Todos nós temos nossos demônios para
enfrentar.
VOZ FANTASMAGÓRICA: (VENTRESS)
– Mestre.
VOZ FANTASMAGÓRICA: (JENZA COM ONZE-ANOS-DE-IDADE)
– Irmão.
VOZ FANTASMAGÓRICA: (SIDIOUS)
– Aprendiz.
DOOKAN:
– Eu... eu não posso fazer isso.
SIFO-DYAS:
– Sim, você pode, Dookan. Eu sei que você pode.
VOZ FANTASMAGÓRICA: (OBI-WAN)
– Traidor.
VOZ FANTASMAGÓRICA: (ARATH)
– Idiota.
VOZ FANTASMAGÓRICA: (MÃE TALZIN)
– Conde...
SIFO-DYAS:
(URGENTE) – Espere!
DOOKAN:
– O que houve?
SIFO-DYAS:
– Nós não estamos sozinhos.
DOOKAN:
– Mas Lene disse que não eram reais.
SIFO-DYAS:
– Não são as vozes. Você não pode sentir isso. Uma presença.
DOOKAN:
– Sim. Elas não pertencem aqui.
LENE:
– Nenhum de nós pertence.
CENA 66. EXT. A FLORESTA DE ASUSTO. CLAREIRA PRÓXIMA.
DOOKAN: (NARRAÇÃO)
Continuamos avançando em silêncio e encontramos um cargueiro que
esfriava seus motores em uma clareira. Alienígenas com bigodes brancos
descarregavam caixas da parte de trás da nave. Cada um deles tinha um
único olho afundado em seus rostos cadavéricos.
Os três Jedi sussurram.
LENE:
– Abyssinos.
DOOKAN:
– Seus contrabandistas?
DOOKAN: (NARRAÇÃO)
Não havia como Lene saber, embora fosse óbvio que eles eram rufiões
esperando por um comprador. Enquanto assistíamos, um dos Abyssinos
ativou um comunicador de pulso para informar o seu contato de que eles
haviam descarregado as amostras. Aconteceu que eles não estavam
contrabandeando artefatos do lado Sombrio, mas armas mortais...
SIFO-DYAS:
– Disruptores nervosos?
LENE:
– Ilegal em todos os sistemas civilizados.
DOOKAN: (NARRAÇÃO)
Lene os amaldiçoou. Se os caçadores de artefatos estavam roubando
Asusto, a última coisa que ela precisava era que os Abyssinos
atrapalhassem. Eu tive que agir e fiquei feliz em ajudá-la.
DOOKAN:
– Eu vou cuidar deles.
SIFO-DYAS:
– Não, Dookan, espere.
DOOKAN: (NARRAÇÃO)
Eu pulei através da folhagem, meu sabre de luz brilhou. Os Abyssinos
levantaram os blasters, mas eu fui rápido demais para eles, cortando os
canhões e depois os membros. E então, eu não conseguia parar. Não sei o
que era, a vergonha do que aconteceu em Mantero, ou o lado Sombrio que
ampliou a minha fúria, enquanto o kyber focaliza o plasma. Enquanto meus
companheiros chegaram à clareira, os Abyssinos estavam mortos. Eu tinha
lido que esses grandes alienígenas podiam regenerar membros, mas não
havia como voltar atrás dessas feridas.
Com cautela, Lene acendeu o seu próprio sabre, como se estivesse cuidando
de mim...
LENE:
– Dookan, acabou. Eles se foram.
DOOKAN:
– Não, seu mal ainda permanece.
DOOKAN: (NARRAÇÃO)
Eu me virei, cortando a pilha de caixas, dividindo os disruptores em dois.
Ouvimos Dookan respirar com dificuldade por alguns momentos antes de
apagar o seu sabre de luz.
SIFO-DYAS:
– Você já se sente melhor?
DOOKAN:
– Não. Não enquanto ainda houver escória assim. É isso que deveríamos
estar fazendo, Sifo! Não meditando em segurança entre as paredes do
Templo! Deveríamos estar aqui, restaurando o equilíbrio por qualquer meio
possível!
LENE:
(AVISANDO) – Dookan.
DOOKAN: (NARRAÇÃO)
Era como se eu temesse que minha raiva se voltasse contra ela. Talvez ela
tivesse feito isso, cego por emoções que ele mal conseguia controlar.
Emoções que ela havia despertado para me levar a Asusto. Mas eu não
conseguia me mexer, mesmo que quisesse. Nenhum de nós podia. O musgo
que Sifo-Dyas notara pela primeira vez havia se arrastado lentamente pela
clareira, cobrindo os corpos dos Abyssinos, subindo em nossas botas...
SIFO-DYAS:
– Mestra, não posso me libertar.
LENE:
– Não lute.
SIFO-DYAS:
– Está me puxando para baixo.
Dookan passa seu sabre de luz sem sucesso.
DOOKAN:
– Queime isso!
LENE:
– Dookan, não.
DOOKAN: (NARRAÇÃO)
– Mergulhei a minha espada profundamente no pântano revoltante.
DOOKAN:
– Queime para limpar!
DOOKAN: (NARRAÇÃO)
Eu mal podia ouvir Lene gritando para eu parar, nem conseguia ouvir o
ruído do musgo enquanto ele passava pelas minhas pernas e pelas minhas
costas, me arrastando para um casulo.
Minha cabeça estava em chamas com vozes, fantasmas do passado e ecos
do futuro.
As vozes fantasmagóricas o atacam novamente, repetindo, se sobrepondo,
tornando-se uma cacofonia.
VOZ FANTASMAGÓRICA: (JENZA)
– Irmão.
VOZ FANTASMAGÓRICA: (YODA)
– Padawan.
VOZ FANTASMAGÓRICA: (ARATH)
– Idiota.
VOZ FANTASMAGÓRICA: (ANYA)
– Filho.
VOZ FANTASMAGÓRICA: (GORA)
– Aberração.
VOZ FANTASMAGÓRICA: (SAVAGE)
– Mastre.
DOOKAN:
(EM FORMA) – Pare com elas!
LENE:
(DOR) – Padawans... Isso é uma ilusão... O lado Sombrio...
DOOKAN:
– Você também pode ouvi-las?
SIFO-DYAS:
– A Força está comigo... A Força está comigo... A Força está comigo...
(SIFO-DYAS REPETE ISSO REPETIDAMENTE COMO UM MANTRA,
ACRESCENTANDO-SE À CACOFONIA)
DOOKAN:
– Lene? Eu não posso bloqueá-las. Me ajude
SOBREPOSIÇÃO DE VOZ FANTASMAGÓRICA: (JENZA)
– Ajudem-no.
SOBREPOSIÇÃO DE VOZ FANTASMAGÓRICA: (YODA)
– Ajudem-no.
SOBREPOSIÇÃO DE VOZ FANTASMAGÓRICA: (ARATH)
– Ajudem-no.
SOBREPOSIÇÃO DE VOZ FANTASMAGÓRICA: (ANYA)
– Ajudem-no.
SOBREPOSIÇÃO DE VOZ FANTASMAGÓRICA: (GORA)
– Ajudem-no.
SOBREPOSIÇÃO DE VOZ FANTASMAGÓRICA: (SIDIOUS)
– Ajudem a si mesmos.
DOOKAN:
– Lene, eu não posso bloqueá-las.
DOOKAN: (NARRAÇÃO)
Mas Lene se foi, consumida pelo musgo. Também Sifo-Dyas, foi engolido.
O musgo entrou em seus olhos e em sua boca. O sabre de luz foi sugado da
minha mão, o líquen entorpeceu minha pele. Eu tremi e me contorci
tentando me libertar. Mas era impossível escapar...
SOBREPOSIÇÃO DE VOZ FANTASMAGÓRICA: (JENZA)
– Não há escapatória.
SOBREPOSIÇÃO DE VOZ FANTASMAGÓRICA: (ARATH)
– Não há escapatória.
SOBREPOSIÇÃO DE VOZ FANTASMAGÓRICA: (YODA)
– Não há escapatória.
SOBREPOSIÇÃO DE VOZ FANTASMAGÓRICA: (GORA)
– Não há escapatória.
DOOKAN:
(CHOCADO) – Me ajude! Alguém por favor! Ajude...(ENGASGA
ENQUANTO ESTÁ SUFOCANDO)
O musgo aperta.
DOOKAN: (NARRAÇÃO)
Eu não conseguia ver, não ouvia, nem respirava. Eu estava completamente
encapsulado, estava começando a perder a consciência...
Ouvimos o coração pulsante de Dookan em uma paisagem sonora
amortecida.
CENA 67. INTERIOR. CAVERNA. ASUSTO.
DOOKAN:(REVERBERANDO)
– O que é isso? (CHAMANDO) Mestra Kostana? Lene? Pode me ouvir?
Dookan vê uma batalha, turbolasers atirando. Explosões. O ruído de
passos pesados das botas dos troopers. Caças estelares rugindo acima.
DOOKAN: (NARRAÇÃO)
– Eu vi batalhas, tantas batalhas. O futuro estava sangrando em milhares de
mundos.
SIFO-DYAS: (DISTORCIDO)
(GRITOS)
DOOKAN: (REVERBERANDO)
(CHAMANDO) – Sifo-Dyas!
A visão muda para a câmara do Templo.
DOOKAN: (NARRAÇÃO)
E rostos... rostos familiares... rostos que eram novos para mim. E todos
mudaram como deveriam ser...
YODA: (DISTORCIDO)
– Errado, isso é.
GRETZ DROOM: (DISTORCIDO)
– Não temos escolha, o Senado foi corrompido, os Jedi devem assumir o
controle.
YODA:
– Controle?
Mudamos para o prédio do Senado. Botas Jedi marchando em frente.
CHANCELLOR PALPATINE: (DISTORCIDO)
– Mestres Jedi, o que isso significa?
GRETZ: (DISTORCIDO)
– Nosso destino.
Gretz Droom mata Palpatine com um golpe de sabre de luz, a visão do
prédio do Senado passa por Dookan enquanto ele ouve Droom dizer…
GRETZ: (DISTORCIDO)
– O governo Jedi começou...
DOOKAN: (NARRAÇÃO)
– Os Jedi como conquistadores. Isso não poderia acontecer. Não poderia
ser. Tinha que haver outra maneira. E houve...
Os sons de uma batalha da guerra dos clones.
CLONE COMMANDO:
– Um, oito, quatro para o batalhão de Ataque, saiam.
Tiros de Blaster.
DROIDE DE BATALHA:
Roger Roger.
Mais batalhas da guerra dos clones.
JOR AERITH:
– Comandante Crane?
CLONE COMANDANTE:
– A ordem 66 deve ser executada.
Tiros blaster são disparados, desviados pelo sabre de luz de Aerith.
JOR:
– Não. Não faça isso!
Os tiros encontram seu alvo.
JOR:
(GRITOS)
DOOKAN: (NARRAÇÃO)
Os futuros estavam colidindo, se sobrepondo. Minha mente estava pegando
fogo.
Há o grito de um tie fighter voando, liderando uma batalha espacial, o
familiar tie fighters contra as X-wings.
DARTH SKRYE:(FEMININO)
– O caldeirão se abre.
O som de um planeta se partindo em dois.
DARTH SKRYE:
– Os Sith renasceram.
Uma explosão maciça.
DOOKAN: (NARRAÇÃO)
– Apenas uma voz era real.
LENE: (DISTORCIDO)
(CHAMANDO) – Dookan...
DOOKAN: (REVERBERANDO)
– Lene?
LENE: (DISTORCIDO)
– Eu perdi Sifo...
Os sabres de luz se chocam.
DOOKAN: (REVERBERANDO)
– Lene? Onde você está?
LENE: (DISTORCIDO)
– Acima de você... Dookan...
Quando ela diz o nome dele, ouvimos o rugido dos Tirra'Taka e percebemos
um nome cantado repetidamente por uma multidão.
MULTIDÃO:
– Doo-kan! Doo-kan! Doo-kan!
DOOKAN: (REVERBERANDO)
– O que?
O canto continua por trás do som de batalhas e explosões. E então há outro
som, o crepitar dos raios da Força.
DARTH SIDIOUS:
– Eu escolhi você, meu aprendiz.
Mais relâmpagos da Força. Ela se desenvolve através de tudo isso,
aumentando em intensidade, assim como o canto de "Doo-kan, Doo-kan", o
rugido do Tirra'Taka e os sons da batalha.
DARTH SIDIOUS:
– Você servirá a um propósito mais elevado...
QUI-GON:
– Minha única conclusão.
DARTH SIDIOUS:
– Meu propósito.
Tudo... incluindo o seguinte diálogo cada vez mais sobreposto... se
transforma em um crescendo louco e esmagador, como o final de "Um dia
na vida" dos Beatles, Dookan ficando cada vez mais agitado, com muita
dor.
QUI-GON:
– Ele era um Lorde Sith.
KI-ADI-MUNDI:
– Os Sith foram extintos por um milênio.
DARTH SKRYE:
– Os Sith renasceram.
KI-ADI-MUNDI:
– Extintos.
DARTH SKRYE:
– Renascidos.
LENE: (DISTORCIDO)
– Dookan.
GRETZ:
– O governo dos Jedi.
YODA:
– Errado isso está.
LENE: (DISTORCIDO)
– Dookan! Por favor!
QUI-GON:
(SOBREPONDO) – Os Sith voltaram.
GRETZ:
(SOBREPONDO) – Devem assumir o controle.
YODA:
(SOBREPONDO) – Errado isso está.
YODA #2:
(SOBREPONDO) – Certo.
YODA:
(SOBREPONDO) – O governo dos Jedi....
YODA #2:
(SOBREPONDO) – Os Jedi servem.
DARTH SIDIOUS:
(SOBREPONDO) – Está tudo como deveria ser.
DOOKAN: (VISÃO)
(SOBREPONDO) – O futuro é nosso, meu Mestre.
VENTRESS:(VISÃO)
– Mestre, não.
Relâmpagos da Força estalam.
VENTRESS:(VISÃO)
(GRITOS)
O raio se transforma em uma tempestade, tudo o mais gira em torno dele e,
por baixo de tudo, o riso maníaco do Imperador.
GRETZ:
(SOBREPONDO) –Controle… controle… controle… controle…
controle…
DARTH SKRYE:
(SOBREPONDO) – Renascido… Renascido…
QUI-GON:
(SOBREPONDO) Retornaram… Retornaram… Retornaram… Retor...
E sob o crescendo, Dookan grita de dor e fúria.
DOOKAN:
(GRITO PRIMAL)
CORTE DIRETO PARA:
CENA 69. INTERIOR. CAVERNA DAS PRESSAGISTAS.
A Perseguidoradaverdade voa.
CENA 71. INTERIOR. NA PERSEGUIDORADAVERDADE.
DOOKAN: (NARRAÇÃO)
O tormento de Sifo-Dyas continuou muito tempo depois que deixamos a
atmosfera do planeta.
SIFO-DYAS:
(COMO SE ESTIVESSE UM PESADELO) – Não... Você não pode... Isso
não pode ser.
DOOKAN:
– Me escute. Você está seguro, você está seguro.
Lene entra.
LENE:
– Como ele está?
DOOKAN:
– Na mesma, não consigo alcançá-lo.
LENE:
– Ele está perdido em visões.
Ela se ajoelha ao lado dele, segurando os braços Sifo-Dyas.
LENE:
(FIRMEMENTE) – Padawan! Padawan, basta. Você tem que voltar para
mim. A Força é forte em você. Você me ouviu? A Força é forte.
SIFO-DYAS:
– Mestra.
LENE:
– Eu estou aqui.
SIFO-DYAS:
– Mestra! Haviam soldados! Centenas de milhares de soldados! Tanto
sangue... Passou por mim, passou por todos nós.
LENE:
– Não era real. Era o lado Sombrio, nada mais.
SIFO-DYAS:
– Você não ouviu as explosões... você não ouviu os gritos...
LENE:
– Sifo, você lembra do ritual de purificação que ensinei a você?
SIFO-DYAS:
– Não.
LENE:
– Em Rishi, depois que descobrimos a Mão de Scrye.
SIFO-DYAS:
– O Ritual dos Três. Sim, eu lembro disso.
LENE:
– Temos que mostrar para Dookan. Você entende que o lado Sombrio
também passou por ele. Você quer ajudar o seu amigo, certo? Deseja salvá-
lo?
SIFO-DYAS:
– Sim... Sim, é claro.
LENE:
– Então devemos nos preparar. Você pode se levantar?
SIFO-DYAS:
– Eu acho que sim.
Ele se levanta da cama.
LENE:
– Vamos formar um círculo, para que possamos nos olhar nos olhos. Olhe
dentro de vocês. Vocês podem sentir a Força interior?
DOOKAN:
– Sim.
LENE:
– Descreva-a.
SIFO-DYAS:
– Está... está frio.
DOOKAN:
– Sombrio.
LENE:
– Isso vai mudar. Vocês têm que acreditar. Agora...
Ouvimos Lene caminhar até um armário, abrindo a porta.
LENE:(CONT.)
– …precisamos disso.
Ela recupera três rolos de tecido.
DOOKAN:
– Ataduras?
LENE:
– O Bálsamo de Luminescência. Você vê isso? Suas palavras estão
entrelaçadas na gaze. Ao envolvê-los em nossos braços, nos vinculamos à
luz.
DOOKAN:
– Isso... Isso parece bruxaria.
LENE:
– É uma ferramenta, nada mais. Um meio de encontrar o equilíbrio. Tome.
DOOKAN: (NARRAÇÃO)
– Quase com reverência, ela passou a cada um de nós um rolo de pano.
LENE:
– Começando com o pulso, o tecido também é enrolado no braço. Desse
jeito. Vocês viram?
DOOKAN:
– Sim.
SIFO-DYAS:
– Man... Mantenha sua mão aberta e elevada em direção às estrelas.
LENE:
– Isso mesmo, Sifo. Você consegue se lembrar da invocação?
SIFO-DYAS:
– Sim. Sim, acho que sim:
“Apelamos aos três...”
LENE:
–“a Luz, as trevas...”
SIFO-DYAS:
– “E ao verdadeiro Equilíbrio.”
LENE:
–“Nenhum é maior que os outros.”
SIFO-DYAS:
– “Juntos, eles se unem, restauram, centralizam e renovam.”
LENE:
– “Caminhamos em direção à luz. Reconhecemos as trevas...”
SIFO-DYAS:
– “E encontramos o Equilíbrio dentro de nós.”
LENE:
– “Porque a Força é forte.”
SIFO-DYAS:
– “Porque a Força é forte.”
LENE:
– Excelente. Dookan, você está pronto?
DOOKAN:
–Sim.
DOOKAN: (NARRAÇÃO, FALANDO SOBRE O FEITIÇO)
Juntos, repetimos o ritual, amarrando os braços.
Quando o piloto automático nos levou de volta ao Núcleo, senti as sombras
se elevarem, a lembrança do que havia acontecido, ainda fresca, pesando
mais leve em minha mente. No meu coração.
TODOS OS TRÊS JUNTOS:(SOB A NARRAÇÃO)
“Apelamos para todos os três.
a Luz, as trevas. E ao verdadeiro Equilíbrio.
Nenhum é maior que os outros.
Juntos, eles se unem, restauram, centralizam e renovam.
Caminhamos em direção à luz. Reconhecemos as trevas...
Porque a Força é forte.
Porque a Força é forte.”
Nós mantemos o silêncio por um momento.
LENE:
(CALMA) – Assim. Sentem-se melhor? Olhem para dentro novamente.
Descrevam o que veem, o que sentem.
SIFO-DYAS:
– Calor.
DOOKAN:
– Calor e luz.
LENE:
– Mantenha a bandagem debaixo da manga. Ninguém verá ou fará
perguntas, e se vocês tiverem problemas novamente no futuro...
SIFO-DYAS:
– Repetir o ritual.
LENE:
– Quantas vezes você precisar. Os antigos Jedi faziam isso todos os dias.
Nós esquecemos tanta coisa.
DOOKAN:
– Fazemos o queagora?
LENE:
– Voltaremos a Coruscant. A viagem nos dará a oportunidade de meditar.
SIFO-DYAS:
– Eu me sinto tão cansado.
LENE:
– Você deve descansar, meu Padawan, você já passou por muita coisa.
Todos nós passamos.
SIFO-DYAS:
– Sim, Mestra.
DOOKAN:
– Você quer que eu fique com você, Sifo?
SIFO-DYAS:
– Não, eu preciso ficar sozinho.
DOOKAN:
– Se você tem certeza.
LENE:
– Avisarei quando chegarmos em casa.
Ela sai da sala, Dookan sai correndo atrás dela para o corredor.
DOOKAN:
– Lene, espere.
LENE:
– Eu sugiro que você faça o mesmo, Dookan. Descanse um pouco.
DOOKAN:
– Mas o que vamos dizer ao Mestre Yoda?
LENE:
– Nada.
DOOKAN:
– Mas isso não é como em Mantero. As coisas que vimos.
(ENVERGONHADO) As coisas que fizemos...
LENE:
– Dookan, me escute. Yoda já tem dúvidas sobre o meu trabalho, tolera o
que faço, mas se ele descobrir que eu expus a dois Padawans ao lado
Sombrio...
DOOKAN:
– Ele te expulsaria.
LENE:
– No mesmo instante. Este tem que ser o nosso segredo, você entende?
DOOKAN:
– Não parece certo. Ele é meu Mestre.
LENE:
– E dói ter que perguntar, mas o trabalho é muito importante para a Ordem
e para a galáxia como um todo. Você pode ver isso, certo? Especialmente
agora. Você viu o lado Sombrio, sabe do que é capaz.
DOOKAN:
O que eu sou capaz, você quer dizer.
LENE:
– Não. Não, eu não. As visões. (BAIXOU A SUA VOZ) Os raios. Não era
você, era aquele lugar. Mas você é mais forte.
DOOKAN:
– A Força é forte.
LENE:
– “A Força é forte.” Não se preocupe, por favor. O futuro que você viu, seja
o que for, não acontecerá. Te garanto. Você é um bom homem, Dookan. Um
bom homem.
CENA 72. EXT. NO TELHADO. CHOVENDO.
VENTRESS:
Dookan, agora um Mestre Jedi, e mais perto do que nunca do Dookan que
conhecemos, está colocando um grupo de Iniciados nos seus caminhos,
cada um enfrentando um oponente holográfico.
DOOKAN: (EM TORNO DOS CINQUENTA ANOS)
– É isso aí. Muito bom. Agora... Vamos percorrer as marcas de contato. Sai
cha.
Dez sabres de luz varrem e param.
DOOKAN:
– Excelente. Cho sun.
Mais uma vez, há dez golpes.
DOOKAN:
– Cho mai.
E de novo.
DOOKAN:
– Humm. Um pouco mais de precisão, se puder, Ovana. (SE AGITA) Sun
djem.
E de novo.
DOOKAN:
– Mou kei.
E, novamente, um sabre de luz ligeiramente fora de sintonia.
DOOKAN:
Eu disse Mou Kei, Pars , não Cho mok. Se hoje fossem os testes, você teria
falhado.
Rael entra no jardim.
RAEL:
– Não o deixe desencorajar você, garoto, você está indo bem.
DOOKAN:
– Rael. Agora não é hora de mimar ele, meu velho Padawan. Se os iniciados
devem estar prontos...
RAEL:
– Eles estarão. Certo Younglings?
PARS-VALO:
– Com a orientação do Mestre Dookan, Jedi Averross.
RAEL:
– Ha-ha. Viu? Você já os tem bem treinados, Mestre. Obediência Total
DOOKAN:
– Se apenas o mesmo pudesse ter sido dito de você. Olhe para o estado
dessa túnica e da faixa...
RAEL:
(BALANÇA A CABEÇA) – O mesmo velho Dookan.
DOOKAN:
– Eu imploro o seu perdão.
RAEL:
Digam-me, garotos, vocês preferem continuar com treinamento com os
hologramas a tarde toda... ou assistir a uma demonstração prática?
Rael ativa seu sabre de luz.
DOOKAN:
– Você está me desafiando para um duelo?
RAEL:
– Pelos os velhos tempos.
Dookan acende seu sabre de luz.
DOOKAN:
– Desligue os hologramas.
Os holos de treinamento brilham.
RAEL:
– Assim é melhor. Que estilo devemos usar?
DOOKAN:
– O que você quiser. Isso fará pouca diferença.
RAEL:
– Você sempre foi muito confiante, essa será a sua queda. Sun djem!
Ele varre seu sabre de luz enquanto anuncia os cortes, Dookan bloqueando
facilmente cada movimento.
DOOKAN:
– E você fala demais.Shiim!
Outro bloqueio. E então Rael realiza três movimentos rápidos, cada um
bloqueado por Dookan.
RAEL:
– Eu acho que é verdade. Ninguém poderia acusá-lo de ser falador. Cho
sun! Mou kei! Sai tok!
Seus sabres de luz chiam quando travam.
DOOKAN:
– Sério? O Golpe de Divisão? Eu te ensinei melhor que isso, Rael.
RAEL:
– É, às vezes eu gosto de jogar sujo. Igual a você.
Eles entram em uma batalha completa com sabre de luz, esquecendo as
marcas agora, apenas se divertindo no duelo, se divertindo enquanto lutam.
DOOKAN:
– Você deveria ser mais cuidadoso, meu ex-aluno. Você não vai querer se
cansar. Você tem uma longa jornada pela frente.
RAEL:
– Não se preocupe comigo, Mestre. Eu poderia fazer isso o dia todo.
DOOKAN:
– Isso não será necessário.
Dookan executa uma manobra hábil, obtendo a vantagem.
RAEL:
–Ha-ha! Certo, certo. Eu desisto. Solah! Solah!
Eles extinguem seus sabres de luz.
DOOKAN:
– Você precisa melhorar a sua extensão lateral. Você a está deixando
exposta a um ataque.
RAEL:
– E aí está, Iniciados. Ele é sempre o professor, ele sempre sabe o que é
melhor. E não se esqueçam disso.
DOOKAN:
(PARA OS YOUNGLINGS) – Isso é tudo por hoje, Younglings. Mas antes
de partir, lembre-se, mesmo se praticarmos as marcas de contato, um Jedi
preserva a vida acima de tudo. No combate, apenas procuramos desarmar,
nunca destruir. Vocês entenderam?
INICIADOS: (JUNTOS)
– Sim, Mestre Dookan!
DOOKAN:
– Muito bom. Agora vão, a Mestra Braylon está esperando por vocês no
Salão da Descoberta.
Os Iniciados saem, conversando entre si.
RAEL:
– Você é duro com eles, sabia disso?
DOOKAN:
– Muito duro?
RAEL:
– Eles ainda tem muito tempo, além disso, como você me disse, o conflito
com o sabre de luz é puramente cerimonial.
DOOKAN:
– É uma pena.
RAEL:
– Você não está falando sério.
DOOKAN:
– E você sabe tão bem quanto qualquer um que a galáxia é um lugar
perigoso.
RAEL:
– Essa é a sua maneira de me dizer para ter cuidado?
DOOKAN:
– Você terá. Eu te treinei. Basta lembrar, a diplomacia pode falhar
rapidamente.
RAEL:
– Quando nenhuma das partes busca a paz. Eu sei disso. Mas tenho certeza
de que em Yanis será diferente.
DOOKAN:
– Espero que sim, para o bem de todos. Eu o acompanho até o hangar.
RAEL:
(FINGE SURPRESA) – Você vem se despedir? Eu não sabia que você
estava preocupado, Mestre.
DOOKAN:
– Não conte a ninguém. Eu tenho uma reputação a zelar.
CENA 74. EXT. TEMPLO JEDI. HANGAR DO TRANSPORTE.
VENTRESS:
– De acordo com isso, ele iria tomar outro Padawan, mais cedo do que
alguém poderia esperar.
KY NAREC: (FANTASMA)
– Incluindo ele?
Ela passa para outra entrada.
VENTRESS:
– Eu pensei que você se lembraria, parece que você estava lá.
CENA 76. INTERIOR. TEMPLO JEDI. GALERIA DE
TREINAMENTO.
KY NAREC:
– Gretz, ele está aqui? Pode vê-lo?
GRETZ:
– Não entre em pânico, Ky, está logo ali, atrás do Mestre Aerith.
KY NAREC:
– Eu pensei que ele não estava vindo.
GRETZ:
– Dookan nunca perde torneios.
KY NAREC:
– Sim, mas ele nunca escolhe um Padawan também. Não desde Rael.
GRETZ:
– Então, talvez este ano tudo mude isso.
KY NAREC:
– Então eu acho que você acha que ele vai escolher você?
GRETZ:
– Oh, você pode pensar em alguma razão pela qual não faria isso?
KY NAREC:
– Sim! Você está olhando para ele.
GRETZ:
– Você?
KY NAREC:
– Por que não?
GRETZ:
– Ky, você desiste de todos os duelos.
KY NAREC:
– Eu não!
GRETZ:
– O que você acha, Qui-Gon?
QUI-GON:
– Eu acho que deveriam calar a boca. Estou tentando ver a Ima-Gun e
Yeeda.
KY NAREC:
– Gretz diz que eu sempre desisto!
QUI-GON:
– E...? Às vezes para ganhar você tem que perder.
KY NAREC:
– Exatamente. (SE AGITA) Eu acho.
GRETZ:
–Por favor, não finja que sabe o que isso significa.
O duelo de sabre de luz termina com um dos sabres desligando.
IMA-GUN:(LONGE DA CENA)
–Solah!
SINUBE:(LONGE DA CENA)
– Muito bem, Iniciados.
BRAYLON:(LONGE DA CENA)
– Os seguintes lutadores serão escolhidos.
Ouvimos as pedras girarem como antes, até que uma foi escolhida.
SINUBE:(LONGE DA CENA)
– Iniciado Narec.
GRETZ:
– Está na hora de você provar do que é capaz.
BRAYLON:(LONGE DA CENA)
– E seu oponente será...
As pedras giram até...
SINUBE:(LONGE DA CENA)
– Iniciado Droom.
KY NAREC:
(GROANING) – Oh, ótimo!
GRETZ:
– Qual é o problema, Ky? Está nervoso?
QUI-GON:
– Não há necessidade, a Força estará com você.
GRETZ:
(DIVULGANDO) – Sim, você precisará dela.
CENA 77. INTERIOR. TEMPLO JEDI. GALERIA DE
TREINAMENTO. VISÃO DO MESTRE JEDI.
YODA:
– Incrível, muito impressionante. Muito bem, você os treinou, Mestre
Dookan.
DOOKAN:
– Mestre Sinube merece o reconhecimento, ele passou mais tempo com o
clã Heliost. Meu tempo foi concentrado em Thranta, como sempre.
YODA:
– E ainda assim, que um youngling lhe interessa, eu percebo.
DOOKAN:
– Tem um grande potencial.
YODA:
– Uma mente curiosa, é isso que ele tem.
BRAYLON:
– Um total desprezo pela autoridade, se você me perguntar.
DOOKAN:
– Isso é injusto, Mestra Braylon.
BRAYLON:
– Você não o ensinou.
YODA:
– Ainda.
DOOKAN:
– Eu não estou preparado para tomar outro Padawan.
SINUBE:
– Não vejo por que não, a menos que você esteja pensando em fazer parte
do Conselho?
YODA:
–Bem-vindo, o meu velho Padawan seria. Disso, ele sabe disso. Mas outros
planos, eu sinto que você tem. Escolhido por ele, a Força já o fez.
CENA 78. INTERIOR. TEMPLO JEDI. GALERIA DE
TREINAMENTO.
KY NAREC:
– Não acredito nisso!
GRETZ:
– Talvez ele não pudesse escolher entre nós.
KY NAREC:
– Então ele o escolheu?
Gretz vê Dookan se aproximando.
GRETZ:
–Shhh.
DOOKAN:
– Padawan Droom, eu confio que você esteja satisfeito com o seu mentor.
GRETZ:
– Sim, Mestre Dookan.
DOOKAN:
– Jor Aerith é uma boa Jedi, Gretz, você aprenderá muito com ela. Assim
como você com o Mestre Manna, Padawan Narec.
KY NAREC:
– Obrigado, senhor.
Quem-Gon se aproxima.
DOOKAN:
– E aqui está o meu Padawan. Espero que você esteja pronto para um
desafio, Qui-Gon?
QUI-GON:
– Como sempre, Mestre Dookan.
DOOKAN:
– Então devemos começar imediatamente.
QUI-GON:
– Mestre?
DOOKAN:
– Espere por mim no campo de treinamento em dez minutos.
Dookan se afasta.
DOOKAN: (SAINDO DO MICROFONE)
– Um Jedi é sempre pontual, lembre-se disso, Padawan.
QUI-GON:
– Eu lembrarei.
GRETZ:
– É melhor você correr, Qui-Gon. Você conseguiu um verdadeiro Mestre lá.
JOR:(SE APROXIMANDO)
– É isso então, Padawan Droom?
GRETZ:
(PULA) – Ah, Mestra Aerith! Eu não a tinha visto.
JOR:
– Obviamente. Vamos seguir o livro do Mestre Dookan, sim? No Salão da
Perseverança, em cinco minutos.
GRETZ:
– Cinco? Quero dizer... sim, Mestra. Estou ansioso por isso.
QUI-GON:
– Você já não deveria estar a caminho?
GRETZ:
– Muito engraçado.
Gretz sai correndo.
CENA 79. EXT. NO TELHADO. CHOVENDO.
VENTRESS:
DOOKAN:(NARRAÇÃO)
VENTRESS:(NARRAÇÃO)
RAEL:
– Por favor, por favor. Todo mundo tem que partir. Sim, isso inclui você,
senhora.
Dookan e Qui-Gon correm.
DOOKAN:
– Rael?
RAEL:
(SORRIDENTE) – Mestre Dookan. Eu pensei ter sentido a sua presença.
DOOKAN:
– Você se lembra do meu Padawan?
RAEL:
– Claro. Fico feliz em vê-lo novamente, Qui-Gon.
QUI-GON:
– O que aconteceu aqui?
RAEL:
– As negociações de paz chegaram ao fim. O embaixador Plinoviano
explodiu.
QUI-GON:
– Eles o explodiram?
RAEL:
– Não, ele fez isso sozinho.
QUI-GON:
– Como?
DOOKAN:
– Os Plinovianos são uma forma de vida gasoso. Semelhante ao Mestre
Oorallon.
RAEL:
– A diferença é que Oorallon não entra em combustão espontânea quando
fica com raiva. Basta olhar para esta bagunça...
Arath corre.
ARATH:
– Sinto muito. Eu vim o mais rápido que pude.
DOOKAN:
– Eu pensei que você estava vindo logo atrás de nós.
ARATH:
– Eu fiquei preso. O que aconteceu?
EMBAIXADOR DE SOLODOE:
– O que aconteceu é que o maldito Plinoviano tentou me matar!
DROIDE MÉDICO:
– Por favor, Sr. Embaixador. Eu devo cuidar de suas feridas.
KETAS:
– Tire suas malditas pinças pra longe de mim!
RAEL:
– Vamos nos acalmar, certo?
DOOKAN:
– Isso mesmo. Descontar a sua frustração com o droide médico não vai
ajudar a situação, Embaixador.
KETAS:
– Então talvez eu deva falar sobre quem você é!
RAEL:
– Embaixador Ketas, posso apresentá-lo ao Mestre Dookan. Ele foi enviado
para ajudar nas negociações.
DOOKAN:
– Eu fui?
RAEL:
– Sim.
KETAS:
– Os Jedi finalmente perceberam que você não estava preparado para o
trabalho, não é? Não que isso faça alguma diferença. As negociações foram
um desastre do começo ao fim. Eu sabia que era um erro mantê-los aqui.
Existem muitas distrações. Deveríamos mantê-los em Plin, como sugeri
originalmente.
RAEL:
– Precisávamos de um terreno neutro, Embaixador. Se vamos chegar a um
acordo...
KETAS:
– Não haverá acordo! Eles me insultaram e me atacaram! A terraformação
continuará, e ponto final!
RAEL:
– Ketas, por favor.
Ketas abre um canal de comunicação, saindo enquanto fala.
KETAS:
– Tanu, Aqui é Ketas. (SE AGITA) Eu não me importo onde você está!
Vamos embora! Prepare a nave!
RAEL:
(SUSPIRA) – Eu deveria ter sido um bibliotecário. Com nenhuma outra
preocupação além de livros.
DOOKAN:
– Eu não sabia que você gostava de ler. O que podemos fazer para ajudar?
RAEL:
– É melhor você ficar ciente da situação. Arath, preciso que você coordene
a limpeza. Você pode cuidar disso?
ARATH:
(GELIDAMENTE)– Claro.
RAEL:
– Voltaremos às salas de conferências.
DOOKAN:
– Nos mostre o caminho.
Eles partem.
ARATH:
– Não, está tudo bem. Eu continuarei. Não precisa dizer obrigado!
CENA 84. INTERIOR. SALA DE CONFERÊNCIA.
QUI-GON:
DROIDE EXECUTOR:
– Onde está o dinheiro, Arath?
ARATH:
(BUFOU) – Eu te disse, seu chefe vai ter, mas ele tem que ser paciente.
DROIDE EXECUTOR:
– Não, não vai ter.
O droide chuta Arath em"não".
ARATH:
(GRITA) – Vocês não entendem, eu tenho que esperar as coisas se
acalmarem...
DROIDE EXECUTOR:
– Você deveria ter pensado nisso antes de ter trapaceado!
ARATH:
– Eu não fiz isso!
O droide bate nele novamente.
DROIDE EXECUTOR:
– Mentiroso!
ARATH:
(GEME) – Qual é o objetivo disso?
O droide executor colide com a parede.
ARATH:
– Acho que vou ter problemas por fazer isso.
Há um estalo de eletricidade, o executor soltando um gemido eletrônico.
ARATH:
– Ninguém se importa com droides, certo?
DROIDE EXECUTOR:
(COM ESFORÇO) – Você está... bzzz... morto... bzzz...
ARATH:
– Agora, se seu chefe quer o pagamento, por que você não vai e diz a ele
que está a caminho.
QUI-GON:(LONGE DA CENA)
– Arath!
ARATH:
(PEGANDO FÔLEGO) – Stang!
Qui-Gon corre.
QUI-GON:
– O que você está fazendo?
ARATH:
– Este droide tentou me roubar, eu estava lhe ensinando uma lição.
DROIDE EXECUTOR:
– Men...
Do vocabulador dele saem faíscas que se apagam.
QUI-GON:
– Parece que algo está errado com o seu vocabulador.
ARATH:
– Agora está.
QUI-GON:
– Deixe-o ir, acho que ele entendeu.
ARATH:
– Entendeu, droide? Você entendeu o meu ponto?
O droide borbulha eletronicamente.
ARATH:
– Bom.
Ele deixa o droide cair.
ARATH:
– E não tente algo assim novamente. Vai, caia fora daqui.
O droide manca para longe, com as juntas barulhentas.
QUI-GON:
– Você deu uma lição a ele.
ARATH:
– Sim, claro. Mas... não precisamos mencionar isso ao seu Mestre, certo?
Por falar nisso, nem mesmo a Rael...
QUI-GON:
– Eu não tenho certeza...
ARATH:
– Você sabe como Dookan é exigente com as regras e regulamentos.
Embora nem sempre tenha sido assim... as coisas que eu poderia lhe
contar...
QUI-GON:
– Talvez possamos discuti-los com uma bebida... ou talvez um jogo...
ARATH:
– Oh, bem, você é cheia de surpresas. Você tinha algo específico em mente?
QUI-GON:
– Ah... eu estava pensando... sabacc.
ARATH:
– Você joga?
QUI-GON:
– Oh... não exatamente... Eu nunca tive a chance, senhor, não em Coruscant.
Mas eu vi todos os holos e estudei as regras...
ARATH:
– E agora você quer jogar um pouco...
QUI-GON:
– Você pode me levar a um cassino?
ARATH:
– Não com essas vestes. Mas... e se fizermos um pequeno jogo particular?
QUI-GON:
– Oh, isso seria ótimo.
ARATH:
– Vá para o meu quarto em uma hora... não se atrase.
Qui-Gon se apressa.
QUI-GON: (CHAMANDO POR TRÁS)
– Não vou. Obrigado! Isso vai ser muito bom!
ARATH:
– "Eu vi todos os holos...” (BUFOU) Vai ser como roubar um lodo de
minhoca.
CENA 86. INTERIOR. ALOJAMENTO DE ARATH.
ARATH:
– Entre.
A porta se abre. Qui-Gon entra.
QUI-GON:
– Oh, onde estão os outros?
ARATH:
– Eles virão, não se preocupe. Embora eu tivesse que pedir a Tanu.
QUI-GON:
– O chefe de segurança?
ARATH:
– Risco de segurança... Mas não se preocupe, é bastante inofensivo.
A campainha da porta toca de novo.
ARATH:
– Devem ser eles. Você está pronto para isso, garoto?
QUI-GON:
– Eu nasci pronto.
ARATH:
– Heh.Fico feliz em ouvir isso.
A porta se abre.
DOOKAN:
– Espero que você não tenha começado sem a gente.
ARATH:
– Dookan?
DOOKAN:
– Ouvi dizer que havia um jogo.
ARATH:
– O que? Aqui não.
RAEL:
– Pare de fingir, Arath. Onde está?
ARATH:
– Onde está o quê?
DOOKAN:
– O selo dos Solodoe.
ARATH:
– Eu não sei do que você está falando.
RAEL:
– Então não vai se incomodar se procuramos em seu quarto.
ARATH:
– Vocês não podem...
RAEL:
– E por que não?
ARATH:
– Eu não fiz nada de errado.
DOOKAN:
– Então, por que seu coração está acelerado? Qui-Gon, você está pronto
para avaliar o local?
RAEL:
– Ah, ele nasceu pronto.
Qui-Gon começa a andar por aí.
QUI-GON:
– Oh, você ouviu isso então?
RAEL:
– E ele nunca vai parar de lembrá-lo disso, garoto.
ARATH:
– Você não pode fazer isso.
DOOKAN:
– Pare aí!
QUI-GON:
– O que, a cama?
DOOKAN:
– É onde está, certo?
ARATH:
– Não. Por que você não acredita em mim? Não há nada aqui.
RAEL:
– Então por que sentimos...?
DOOKAN:
– Uma consciência culpada?
Dookan vira a cama.
ARATH:
– Não... pare!
RAEL:
– Você vai olhar para isso?
Dookan pega uma caixa e abre.
DOOKAN:
– O selo.
QUI-GON:
– Ah, bem, você não está cheio de surpresas.
Rael abre um hololink.
RAEL:
– Encontramos o culpado, Mestra Braylon.
BRAYLON:(NO COMUNICADOR)
(SUSPIRA) – Ah... Arath. Por que você não me surpreende? O que
aconteceu? Mais dívidas de jogos?
DOOKAN:
– Você já fez isso antes?
BRAYLON:(NO COMUNICADOR)
– Mestre Dookan, você pode trazer o diplomata Arath de volta para
Coruscant?
DOOKAN:
– De bom grado.
RAEL:
– Os Solodoes irão querer fazer justiça.
BRAYLON:(NOCOMUNICADOR)
– Devolva o selo e faça o possível para remediar a situação. Talvez
tenhamos que deixar o assunto nas mãos da República. Duvido que os
Solodoes ou os Plinovianos confiem em nós agora. Braylon desligando.
O holograma é interrompido.
RAEL:
– Bem, isso foi ótimo. Seis meses de negociações pelo ralo.
ARATH:
– Como você descobriu?
QUI-GON:
– Você bagunçou as memórias de Tanu.
DOOKAN:
– Eu acho que você apagou as gravações, para que ninguém veja que você
usou a Força para evitar os sensores de pressão. Você é uma desgraça.
ARATH:
– Aqui vamos nós, o queridinho do Yoda...
RAEL:
– Se fosse você pararia enquanto está ganhando.
ARATH:
– Por que? Não é como se vocês fossem fazer algo comigo. E na verdade
não vão.
RAEL:
– Não, a menos que eu o entregue ao cassino. Quanto você deve
exatamente?
ARATH:
– Você não faria isso, certo?
QUI-GON:
– Ele está brincando.
DOOKAN:
– Provavelmente.
RAEL:
– Não se preocupe, Arath. Vou garantir que você receba o que merece.
CENA 87. EXT. NO TELHADO. CHOVENDO.
KY NAREC:(FANTASMA)
– E ele recebeu?
VENTRESS:
– Outra lacuna em suas memórias?
KY NAREC: (FANTASMA)
– Eu não estava exatamente perto quando isso aconteceu.
Ela desliza para frente e para trás.
VENTRESS:
– De acordo com isso, Arath foi designado para os Arquivos. Não é o que
eu chamaria de punição.
KY NAREC: (FANTASMA)
– Você nunca esteve lá. Além disso, você já conhece os Jedi. Sempre pronto
para oferecer outra oportunidade.
VENTRESS:
– Então eles são tolos.
Ela encontra algo no caso do datapad.
KY NAREC: (FANTASMA)
– O que é isso?
VENTRESS:
– Outro disco de dados.
KY NAREC: (FANTASMA)
– Na capa do datapad? Isso não faz sentido.
VENTRESS:
– Talvez Dookan o tenha encontrado quando retornou a Serenno. Onde está
o leitor?
Ela desliza o disco em um leitor. Um holograma é exibido.
KY NAREC: (FANTASMA)
– Esse é definitivamente o Dookan.
VENTRESS:
– Com a idade que ele tem agora.
KY NAREC: (FANTASMA)
– Vá em frente então.
Ela põe pra tocar.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Jenza, percebo que já faz um tempo desde que nos comunicamos, mas você
tem o direito de saber o que realmente aconteceu nos últimos dias e a minha
parte nisso.
VENTRESS:
– Parece promissor.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Se eu pudesse mudar o que aconteceu, eu faria. Mas os eventos estavam em
andamento muito antes de descobrir que Ramil estava em Coruscant...
CENA 88. INTERIOR. APOSENTO DE DOOKAN.
Dookan está amarrando o seu braço, como Lene uma vez lhe mostrou.
DOOKAN:
– Por que a força é forte.
Por que a força é forte.
Há uma batida na porta.
DOOKAN:
– Venha.
A porta se abre e Qui-Gon entra. Ele também está mais velho, quase um
Cavaleiro Jedi.
QUI-GON:
– Mestre Dookan, eu... Oh! Desculpe-me.
DOOKAN:
– Não se preocupe, eu estava apenas meditando.
QUI-GON:
– Você está machucado?
DOOKAN:
– Humm?
QUI-GON:
– Seu braço, os curativos.
DOOKAN:
(UMA RISADA AFIADA) – Não... Não, é um hábito antigo, nada mais.
Calleen treme por perto enquanto Dookan puxa sua túnica.
DOOKAN:
– Você se incomodaria de alimentar a Calleen?
QUI-GON:
– Claro que não. Quanto tempo se passou desde a última vez que a Mestra
Kostana a viu?
DOOKAN:
– Eu tenho medo só de pensar.
Ele amarra o cinto.
DOOKAN: (CONT.)
– Com licença, Qui-Gon, mas pensei que você iria ajudar o Mestre Oorallon
esta manhã com os adornos do Katarr.
QUI-GON:
– Pensei que ficasses feliz por eu não ajudar.
DOOKAN:
– Você sabe como eu me sinto em relação a videntes.
QUI-GON:
– E ainda assim você me permite trabalhar com Oorallon, pelo qual sou
grato.
DOOKAN:
– Com o Holocron das Profecias, eu prefiro que você estude esses textos
com a minha bênção do que pelas minhas costas. Oorallon está doente?
QUI-GON:
– Não, o Conselho nos convocou. Mestre Oorallon disse que podia ir
sozinho.
DOOKAN:
De dentro do tanque dele? Agora, isso é algo que eu gostaria de ver.
QUI-GON:
– Outra hora, talvez. O Conselho foi bastante insistente.
DOOKAN:
– Você sabe porque?
QUI-GON:
– Não, temo que não.
DOOKAN:
– Então não deveríamos fazê-los esperar.
CENA 89. INTERIOR. CÂMARA DO CONSELHO JEDI.
BRAYLON:
– Ah, Dookan, aí está você.
DOOKAN:
– Mestra Braylon, Mestre Aerith, e também o Jedi Droom.
QUI-GON:
– Parabéns pela sua promoção, Gretz.
GRETZ:
– Obrigado, Qui-Gon.
DOOKAN:
– Você deve estar muito orgulhosa, Jor.
JOR:
– Acho que não, orgulho é uma emoção perigosa. Faríamos bem em nos
lembrar disso.
Ela vai se sentar.
QUI-GON:
– Aerith nunca muda, certo?
GRETZ:
– Honestamente, eu esperava poder parar de me desculpar por ela quando
me tornasse uma Cavaleira.
DOOKAN:
– Não há necessidade, Jor diz o que pensa. Da minha parte, acho isso
refrescante em um membro do Conselho.
Perto, Yoda bate com a bengala no chão.
YODA:(LONGE DA CENA)
– Venham, venham.
DOOKAN:
– Devemos?
Os membros do Conselho tomam seus lugares, Dookan, Droom e Qui-Gon
diante deles.
BRAYLON:
– Obrigado por vir, Mestre Dookan. Você deve se perguntar por que
chamamos você aqui.
DOOKAN:
– Naturalmente, estou curioso.
JOR:
– Então vou direto ao ponto, você vai me acompanhar para representar os
Jedi no Rali Aéreo de Coruscant. Dookan.
DOOKAN:
– Vou?
JOR:
– A menos que você tenha um lugar melhor para ir. Gretz e Qui-Gon nos
acompanharão.
GRETZ:
– Será uma honra, mas posso perguntar...
DOOKAN:
– Por quê?
JOR:
– Você sabe quão populares essas corridas são. Os olhos da galáxia estarão
em Coruscant. Não será ruim para os Jedi serem vistos em um evento como
esse.
YODA:
– Convidada pela embaixadora de Candovant, Jor foi.
DOOKAN:
– Então, para que precisam de mim?
JOR:
– É muito simples, o local estará cheio de políticos e celebridades. Você tem
uma afinidade natural com essas... pessoas.
DOOKAN:
– Eu tenho?
JOR:
– Você sabe que tem. Você é adorável, Dookan. Carismático.
BRAYLON:
– Tudo o que a Jor não é.
DOOKAN:
– Eu não acho justo, Mestra Braylon.
JOR:
– Por favor, estou ciente das minhas limitações. Como, parece, está o meu
ex-Padawan.
QUI-GON:
(VOZ BAIXA) – Ao que parece, as limitações que não se estendem à sua
audição.
GRETZ:
(VOZ BAIXA) – Você não faz ideia.
BRAYLON:
– Há outra opção. Nós poderíamos escolher não ir.
YODA:
– Mestra Braylon?
BRAYLON:
– Por que os Jedi deveriam aparecer na frente das brilhantes massas? Isso
rebaixa a Ordem, não nos torna melhores do que... uff, políticos e holo-
astros.
JOR:
– Eu já aceitei o convite.
GRETZ:
– Com todo o respeito, Mestra Braylon, a Candovant é uma força
importante na política galáctica.
BRAYLON:
– Política... hoje em dia tudo é política! Sua decisão já está tomda. Muito
bem, tenho certeza que vocês aproveitarão o seu dia nas corridas. Lembre-
se de que vocês são Jedi.
YODA:
– Confiar que o Mestre Dookan se lembre de seu lugar, acho que podemos.
DOOKAN:
– Naturalmente. Seremos como almas discretas.
CENA 90. EXT. EM UMA SPEEDER.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Como sempre, eu desempenhei o papel de Jediobediente, mas a briga com
Braylon me afetou mais profundamente do que eu imaginava. Fiquei
pensando até a pista de pouso, forçando um sorriso enquanto chegamos ao
nosso destino.
A paisagem sonora muda para uma grande plataforma flutuante no ponto
de partida da corrida. Há o burburinho de uma festa, música alta tocando,
o tilintar dos copos. Os participantes têm que gritar um pouco para serem
ouvidos.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Perdi a conta das funções diplomáticas que participei desde a última vez
que nos encontramos. Mas, apesar do brilho e do glamour, a plataforma de
hospitalidade não era diferente das outras. A banda de jazz Os Coruscanti, a
conversa inconsequente obrigatória com dignitários visitantes. Sem
mencionar a invejável tarefa de desviar daqueles que se aproveitaram da
cortesia do bar...
DIVAD MASSPUR:
(BÊBADO) – Olá! Divad Masspur do Coco-Town Esportes. Você é um
Jedi, certo? Posso ver sua espada?
DOOKAN:
(SORRINDO ENTRE OS DENTES) – Receio que não.
DIVAD MASSPUR:
– Eu sempre quis experimentar uma dessas coisas. Na verdade, tenho uma
excelente ideia para um show. Você quer ouvir ela?
DOOKAN:
– Na verdade não.
DIVAD MASSPUR:
– Sabres a laser com Celebridades. Hein?
DOOKAN:
– Sabres de luz.
DIVAD MASSPUR:
– Tanto faz. Você poderia ser um dos juízes. Colocamos os participantes em
um tanque com animais selvagens, eu não sei, um bando de valkoths ou
algo assim... e ver se eles saem vivos...
DOOKAN:
– Parece fascinante, mas me diga, aquele não é o Lekar Hablis bem ali?
DIVAD MASSPUR:
– Lekar? Tem razão. (SE APRESSANDO) Eu tenho que falar com ele.
Mas... vamos discutir isso mais tarde, certo?
DOOKAN:
– Estarei esperando por isso.
DIVAD MASSPUR:(LONGEDA CENA)
– Lekar! Divad Masspur. É uma honra conhecê-lo, amigo. Ei, você trouxe a
sua swoop bike?
QUI-GON:
– E quem é Lekar Hablis?
DOOKAN:
– O Devaroniano que foi campeão nove vezes em duelos de swoop.
QUI-GON:
– Eu não sabia que você era fã...
DOOKAN:
– Eu não sou. Ouvi dizer que um Ugnaught entusiasmado demais tentou
ousar pedir um autógrafo. Sobre você, como está? Está gostando, Qui-Gon?
QUI-GON:
– Não tenho certeza se gostar é a palavra certa. Tudo está muito alto.
DOOKAN:
– Uma condição que só vai piorar quando a corrida começar. Pelo que Gretz
me disse, o caminho é marcado por aqueles grandes anéis repulsores. Os
controles deslizantes de ar devem passar por todos eles para evitar serem
desqualificados. Algumas das curvas serão bastante difíceis.
QUI-GON:
– Mestre, por favor, eu sei que você não está feliz.
DOOKAN:
– Não estou feliz? Sobre o que?
QUI-GON:
– Sobre estar aqui. Neste lugar, com essas pessoas.
DOOKAN:
– Bobagem. Será uma... distração interessante.
QUI-GON:
– Você pode enganar os outros, mas não pode me enganar.
DOOKAN:
– Há uma parte de mim que concorda com a Mestra Braylon. Por que
estamos aqui?
QUI-GON:
– Ah... é bom para... como se diz...? Relações públicas.
DOOKAN:
– E por que deveríamos nos importar com o que o público pensa de nós?
Temos um trabalho a fazer e devemos fazê-lo. Não deve ser arrastado como
as engrenagens de um circo de aberrações.
QUI-GON:
– Oh, isso é um pouco difícil.
DOOKAN:
– Mas é verdade! E que bom é que estamos aqui, bebendo e conversando.
Nossos predecessores desafiaram os limites, exploraram a galáxia. Eles
fizeram a diferença, Qui-Gon. Hoje... hoje somos anacronismos que só
agem quando os políticos dão o seu consentimento. Metade das pessoas
daqui pensa que não somos nada mais que uma força policial glorificada,
executores do Senado.
QUI-GON:
– E a outra metade?
DOOKAN:
– Eles nem pensam isso de nós. Nós somos irrelevantes.
QUI-GON:
– Mestre, você não pode estar falando sério. Dentro de alguns meses, eu
enfrentarei meus testes.
DOOKAN:
– O que você passará com grande sucesso.
QUI-GON:
– E então o que?
DOOKAN:
(COMO SE A PERGUNTA FOSSE ÓBVIA) – Você se tornará um
Cavaleiro Jedi.
QUI-GON:
– Para que finalidade? Se o que você diz é verdade, posso muito bem sair
agora. Quero fazer a diferença, quero servir a galáxia.
DOOKAN:
– E você irá. (SUSPIRA) Oh... Não me escute, Qui-Gon, ou a Mestra
Braylon. Nós somos velhos, passou nosso tempo.
QUI-GON:
– Dificilmente acho que seja verdade.
DOOKAN:
– Bem, você deveria. Você é o futuro, Qui-Gon. Você e Gretz, e sim... até
Ky. A Mestra Aerith está errada, não há nada errado em se sentir orgulhoso.
Afinal, tenho orgulho de você. Mesmo que eu não faça nada que valha a
pena mencionar novamente, verei você se elevar dentro da ordem,
mudando-a para sempre.
QUI-GON:
– Para melhor?
DOOKAN:
(RISADA)
QUI-GON:
– O que?
DOOKAN:
– Uma vez eu fiz a mesma pergunta, há muito tempo. Você é muito sábio
para a sua idade, Qui-Gon Jinn. Sua conexão com a Força Viva poderia um
dia rivalizar com a de Yoda.
QUI-GON:
– Eu duvido.
DOOKAN:
– Eu tenho fé em você... e fé na Força. Mas, por enquanto, talvez
devêssemos aproveitar a festa. Eu vi um droide servindo fruta opala. Você
já experimentou ela alguma vez?
QUI-GON:
– Não provei.
DOOKAN:
– Então agora será a sua... (SAINDO DO RUMO)
QUI-GON:
– Mestre? Parece que você viu um fantasma.
DOOKAN:
– Talvez eu tenha visto...
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Um dos corredores aéreos estava se aproximando, seu traje estava coberto
com hologramas de seus patrocinadores e ele tinha um copo de vinho na
mão. A plataforma de hospitalidade estava cheia de pilotos, cercados por
suas comitivas igualmente bajuladoras. Mas este tinha um rosto que eu
pensei que nunca mais veria novamente...
RAMIL:
– Bem, bem, bem. Olha quem é.
DOOKAN:
– Ramil.
RAMIL:
– Meus amigos, eu posso apresentá-los ao Cavaleiro Jedi Dookan.
DOOKAN:
– Mestre Jedi.
RAMIL:
– Mestre? Você ascendeu ao mundo, hein, Dookan? Você e eu.
DOOKAN:
– Qui-Gon, esse é Ramil de Serenno.
RAMIL:
– Seu irmão.
QUI-GON:
– Irmão?
RAMIL:
– Eu sei, é chocante, certo? Eu sou o bonitão, ele tem o... bem... eu ia dizer
senso de moda, mas esses robes...
DOOKAN:
– Foi bom te ver de novo, Ramil.
RAMIL:
– Não fique assim. É só um pouco de diversão. Não podemos deixar o
passado estar no passado, e tudo mais. A menos que você esteja aqui para
consertar a corrida com a sua mágica.
Sua comitiva ri vagamente.
DOOKAN:
– Nem pense nisso! E você Ramil, você está aqui representando nosso pai?
RAMIL:
– Aquela cabra-anfíbia velha e gananciosa? Improvável? Por que você acha
que eu carrego tudo isso?
QUI-GON:
– Oh, você vai correr?
RAMIL:
– Claro. (AVISA AO ASTROMECH) Ei, você, droide, meu copo está
vazio.
O droide borbulha e zumbe. Ramil pega um copo da bandeja.
RAMIL:
– Sirvam-se, rapazes.
DOOKAN:
– Você acha isso prudente?
RAMIL:
– O que?
DOOKAN:
– Beber antes de correr?
RAMIL:
– Não se preocupe comigo, irmãozinho. A sorte está do meu lado.
DOOKAN:
– E sobre Serenno?
RAMIL:
(BEBENDO) – O que tem?
DOOKAN:
– Os problemas com trabalhadores e droides. O pai poderia chegou a uma
resolução?
RAMIL:
(BUFOU) – Ele mal consegue chegar ao banheiro. O velho grotnix
incontinente!
DOOKAN:
– Ele está doente? Você não deveria estar ao lado dele?
RAMIL:
– Dookan, desculpe-me por perguntar, mas por que você se importa?
DOOKAN:
– Você é o herdeiro de Serenno. Certamente você tem... responsabilidades.
ANUNCIANTE:
– Todos os corredores vão para seus speeders. Repito: todos os corredores
vão para seus speeders.
RAMIL:
– E esse é o fim da conversa. Que pena. Aproveite o show, Dookan.
QUI-GON:
– Que a Força esteja com você!
Ramil e sua equipe se afastam.
RAMIL:
– E com você... Qwee-Jinn. E com você.
QUI-GON:
(OBSERVOU-O INDO) – É Qui-Gon, na verdade.
DOOKAN:
– Inacreditável.
QUI-GON:
– Mestre?
DOOKAN:
– O que eles dizem é verdade. O poder é desperdiçado pelos poderosos.
Gretz e Jor se aproximam.
JOR:
– Aí está você, Dookan.
GRETZ:
– O embaixador de Candovant solicita a nossa presença em seu hoverpod.
Aparentemente, ele tem a melhor visão da corrida.
QUI-GON:
– Parece que você está esperando por isso, Gretz.
GRETZ:
– Você sabe... Eu estou. Imagine o que um Jedi poderia fazer nos controles
de uma dessas coisas.
JOR:
– Você vem Dookan?
DOOKAN:
(SOMBRIAMENTE) – Sim, depois de vocês.
CENA 91. EXT. NO HOVERPOD.
COMENTARISTA: (AMPLIFICADA)
É
DROIDE MÉDICO N°1:
– Quem quer saber?
DOOKAN:
– Eu sou irmão dele.
Um alarme dispara na maca médica.
DROIDE MÉDICO N°2:
– Ele está tendo um ataque cardíaco.
DROIDE MÉDICO N°1
– Temos que levá-lo à sala de emergência. Afaste-se, por favor.
A maca range ao entrar na ambulância.
QUI-GON:
– Mestre, devemos deixá-los fazer seu trabalho.
DOOKAN:
– Para onde vocês o estão levando?
A rampa da ambulância sobe.
DOOKAN:
– Qual centro médico?
A ambulância decola.
DOOKAN:
– Por que eles não respondem?
QUI-GON:
– Nós podemos descobrir.
DOOKAN:
– Algo não está certo aqui. Você sentiu, não?
QUI-GON:
– Ah... eu não tenho certeza.
DOOKAN:
– Nós devemos examinar seu speeder.
O droide da polícia se apressa, colocando-se entre ospeedere Dookan.
DROIDE POLICIAL:
– Ah, não, não, não. Isso é evidência.
DOOKAN:
– Mas vocês já a estão movendo.
DROIDE POLICIAL:
– Se você quiser falar com um investigador, sugiro que envie uma
solicitação à delegacia de polícia Jaffkee.
DOOKAN:
– Eu vou fazer mais do que isso.
CENA 92. INTERIOR. DELEGACIA DE POLÍCIA FSC. RECEPÇÃO.
DOOKAN:(HOLO-NARRAÇÃO)
QUI-GON:
– Você tem certeza de que é uma boa ideia, Mestre?
DOOKAN:
– Não...
QUI-GON:
– Interferir com uma investigação da FSC [Força de Segurança de
Coruscant]?
DOOKAN:
– Nós não estamos interferindo. Ainda.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
As portas da sala de evidências se abriram para revelar três Trandoshanos
carregando o speeder de Ramil em uma esquife de lixo.
QUI-GON:
– Isso não parece um transporte da FSC.
DOOKAN:
– E esses não parecem agentes da FSC. Ei, afastem-se do speeder.
Eles acendem seus sabres de luz.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Os Trandoshanos deram uma olhada em nossos sabres de luz e acenderam
seus repulsores.
TRANDOSHANO:
– Lucumba! [Mexam-se!]
O transportador decola. Seus repulsores são barulhentos, o chassi
chacoalha.
DOOKAN:
– Eles vão escapar.
QUI-GON:
– Não se requisitarmos uma swoop da segurança.
DOOKAN:
– Agora você está pensando como um Jedi, eu dirijo.
Eles pulam na traseira da swoop bike e se afastam do prédio.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Em segundos, estávamos atravessando o desafio do tráfego de Coruscant na
hora do rush.
O tráfego varre para o outro lado, buzinas soando.
QUI-GON:
– Tenha cuidado! Você quase esbarra nele.
DOOKAN:
– Acho isso bastante estimulante.
O comunicado de Qui-Gon soa. Ele atende.
QUI-GON:
– Aqui é Qui-Gon.
GRETZ: (NO COMUNICADOR)
– Jinn, onde você está?
QUI-GON:
– Perseguindo uma gangue de Trandoshanos em direção As Oficinas.
GRETZ: (NO COMUNICADOR)
– Vocês o que?
QUI-GON:
– Eles estão levando o speeder batido.
Um dos Trandoshanos atira neles. Dookan evita a explosão.
GRETZ: (NO COMUNICADOR)
– Isso foi um tiro de blaster?
DOOKAN:
– Eu acho que eles não gostam de ser seguidos.
QUI-GON:
– Eles estão descendo para os níveis mais baixos.
DOOKAN:
– Então faremos o mesmo.
O swoop desce depois dos criminosos.
GRETZ: (NO
COMUNICADOR)
– O Conselho não ficará feliz com isso.
QUI-GON:
– Sinto muito, Gretz, mal posso ouvi-lo. Deve ser a interferência das
fundições.
GRETZ: (NO COMUNICADOR)
– Vocês têm que voltar ao Temp...
Qui-Gon encerra a transmissão.
DOOKAN:
– Problemas técnicos?
QUI-GON:
– Quais são as chances?
Mais raios dos blaster apitam.
QUI-GON:
– Eles realmente não querem ser pegos, certo?
DOOKAN:
– Nós os perderemos se eles alcançarem o fosso.
QUI-GON:
– Você tem um plano?
DOOKAN:
– Assuma os controles.
QUI-GON:
– Isso é tudo?
DOOKAN:
– Não exatamente.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Eu me joguei da swoop bike, usando a Força para me impulsionar para a
esquife em fuga.
O Trandoshano grande abriu fogo enquanto aterrissava na parte traseira do
veículo de Ramil.
Dookan acende seu sabre de luz.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
O tiro ricocheteou em minha espada, para acertar o piloto entre as
omoplatas escamadas.
O esquife começou a girar incontrolavelmente, colidindo com uma
plataforma de fabricação. Eu pulei em segurança, enquanto o speeder de
Ramil caía nas entranhas do planeta, levando o primeiro Trandoshano com
ele. Com seus colegas mortos, o único sobrevivente da gangue fugiu para a
fábrica abandonada.
DOOKAN:
– Pare!
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Eu levantei uma mão, fazendo com que o Trandoshano caísse no chão. O
bruto tentou pegou seu rifle enquanto o quando eu o puxava em minha
direção.
TRANDOSHANO:
– Jolumba! [Não!]
As garras do Trandoshano guincham no chão de concreto.
DOOKAN:
– Pelo seu bem, espero que você fale Básico.
Ele levanta o Trandoshano do chão.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Seus olhos saltaram enquanto eu o levantei na minha frente.
TRANDOSHANO:
– Como você pode fazer isso?
DOOKAN:
– Você nunca ouviu falar dos Jedi? Você não sabe o que podemos fazer?
TRANDOSHANO:
– Me põe no chão.
DOOKAN:
– Somente quando você me disser o que vocês estavam fazendo com esse
speeder.
TRANDOSHANO:
– Eu não posso.
DOOKAN:
– Você não quer que eu te force a falar.
Relâmpagos da Força estalam sobre as suas mãos.
TRANDOSHANO:
– O que é isso?
DOOKAN:
– Algo que eu tenho lutado por anos. Algo que eu posso controlar... na
maioria das vezes.
TRANDOSHANO:
– Rek ka luradan. [A Tempestade do Fogo Noturno.]
DOOKAN:
– Diga-me quem os enviou.
QUI-GON:(LONGE, PROCURANDO)
– Mestre?
DOOKAN:
– Rápido!
Os raios da Força crepitam.
TRANDOSHANO:
– A corrida foi corrigida. O Serenno deveria perder.
DOOKAN:
– Por quê?
TRANDOSHANO:
– Você está brincando? As apostas chegaram, a chefe estava ganhando uma
fortuna.
DOOKAN:
– E então o que aconteceu?
TRANDOSHANO:
– A chefe fez um seguro, caso o Serenniano se esquecesse de sua parte no
acordo. Um detonador no tanque de combustível.
DOOKAN:
– Quem é seu chefe?
TRANDOSHANO:
– Eu não posso dizer isso. Isso ela vai me matar.
O crepitar se intensifica.
DOOKAN:
– E você acha que eu não?
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Uma sirene ecoou pela fábrica, as luzes brilhavam entre os vidros
quebrados.
Sirenes tocam pela fábrica. Droides da polícia correm à distância e, com
eles, Qui-Gon.
QUI-GON: (DISTÂNCIA, CHAMANDO)
– Qui-Gon!
DOOKAN:
– Qui-Gon! (VOZ BAIXA) Pois a força é forte. Pois a força é forte.
O crepitar para.
DROIDE POLICIAL: (AMPLIFICADA)
– Solte o Trandoshano. Repito, solte Trandoshano.
DOOKAN:
– Fique com ele.
Dookan joga o Trandoshano no chão.
TRANDOSHANO:
(GEME)
DOOKAN:
– Ele apenas confessou ter acertado a corrida e sabotado.
TRANDOSHANO:
– Afastem-se dele. Ele está fesssellis (louco).
Qui-Gon corre.
QUI-GON:
– Mestre, o Conselho está tentando entrar em contato com você, eles não
parecem felizes.
O comunicador de Dookan chilreia.
DOOKAN:
– Eles nunca estão.
Ele ativa seu comunicador.
DOOKAN:
– Aqui é Dookan.
JOR: (NO COMUNICADOR)
– Aqui é Aerith, onde diabos você está, Dookan?
DOOKAN:
– No subsolo. Capturamos os sabotadores e vamos investigar o sindicato
por trás do ataque.
BRAYLON:(NO COMUNICADOR)
– Não, Dookan. Você deve retornar ao Templo.
DOOKAN:
– Braylon?
BRAYLON:
– Isso é assunto da Força de Segurança Coruscant, não dos Jedi.
DOOKAN:
– Mas...
JOR: (NO COMUNICADOR)
– Dookan, por que você não me disse que o piloto que bateu era o seu
irmão?
DOOKAN:
– Eu achei importante.
JOR:(NOCOMUNICADOR)
– Importante? Você está emocionalmente envolvido, Dookan. Retorne ao
Templo imediatamente.
A comunicação é cortada.
DOOKAN:
– E parece que não fui autorizado.
Atrás deles, Trandoshano corre.
QUI-GON:
– Mestre, o Trandoshano...
DROIDE POLICIAL:
– Ele está fugindo! Abra fogo!
DOOKAN:
– Não, espere.
Um tiro soa.
TRANDOSHANO:
(MORRE)
Seu corpo cai no chão.
DOOKAN:
– Eles poderiam tê-lo atordoado!
DROIDE POLICIAL:
– Eu pensei que estávamos fazendo isso.
DOOKAN:
– Isso é intolerável!
QUI-GON:
– O Conselho disse que não devemos interferir.
DOOKAN:
– Então o Conselho está errado.
CENA 94. INTERIOR. DELEGACIA DE POLÍCIA FSC.
NECROTÉRIO.
QC-ME:
– Inspetor Sartori, não o vemos no necrotério com muita frequência.
SARTORI:
– Eu queria examinar o suspeito, viu? Que desastre.
QC-ME:
– A morte foi instantânea. Eu acho que vai ter uma investigação.
SARTORI:
– Eu já enviei o relatório, mau funcionamento dos droides policiais. Vou
enviá-los para reprogramar.
As portas se abrem atrás deles. Dookan e Qui-Gon entram.
DOOKAN:
– Diga-me, inspetor, esse é o procedimento normal quando um prisioneiro é
morto?
SARTORI:
– O que... Como vocês entraram aqui?
QUI-GON:
– Eles têm um sargento muito útil na recepção.
DOOKAN:
– Vocês entregarão o corpo do Trandoshano aos Jedi.
QC-ME:
– Isso é muito irregular.
DOOKAN:
– Então é isso.
Dookan ativa seu sabre de luz e corta QC-ME em dois, mantendo a arma
ativada.
SARTORI:
– Esse droide era de propriedade da Força de Segurança de Coruscant.
DOOKAN:
– Então, por que você não envia para reprogramação?
Sartori puxa um blaster.
SARTORI:
– Eu poderia prendê-lo, Mestre Dookan. Você e seu Padawan.
DOOKAN:
– Um blaster, sério? Você acha que funcionará contra isso?
Ele mostra o seu sabre de luz.
DOOKAN:
– Oh, e outra coisa.
Ele empurra com a força. Sartori é jogado através do necrotério para
colidir com uma parede.
DOOKAN:
– Como você sabe meu nome?
SARTORI:
– Você não pode fazer isso comigo. Eu sou um inspetor.
Sartori começa a engasgar, apanhado em um estrangulamento da Força.
DOOKAN:
– Eu vou te dizer o que você é... nada. Eu poderia te matar em um instante.
QUI-GON:
(AVISANDO) – Mestre...
DOOKAN:
– Diga-me quem estava por trás da sabotagem. Quem está pagando você?
SARTORI:
(MAL CAPAZ DE RESPIRAR) – Ninguém.
QUI-GON:
– Mestre, isso não está certo.
DOOKAN:
– Você deu ao Trandoshano acesso ao T-22 do meu irmão. Você encobriu o
crime, ordenando que os droides atirassem para matar. Eu quero saber o
porquê. Esta é a sua última chance.
SARTORI:
(CHOCADO)
QUI-GON:
– Mestre, pare!
Dookan segura o homem amordaçado por mais um momento e então ...
DOOKAN:
– Oh, muito bem.
Ele o libera. Sartori cai no chão.
SARTORI:
(ROUCO) – Você é... louco.
DOOKAN:
– Vou encontrar a verdade, de um jeito ou de outro, Inspetor.
SARTORI:
– Isso é uma promessa... ou uma ameaça?
DOOKAN:
– Ambos.
Dookan sai do necrotério.
QUI-GON:
– Mestre. Espere.
Qui-Gon corre atrás dele.
CENA 95. EXT. FORA DA DELEGACIA DE POLÍCIA.
QUI-GON:
– Dookan, pare!
Ele agarra o braço de Dookan.
QUI-GON:
– Eu disse, pare!
DOOKAN:
(RISADA)
QUI-GON:
– Não vejo nada para rir! Você poderia ter matado ele!
DOOKAN:
– Oh, Qui-Gon. Qui-Gon, Qui-Gon. Qui-Gon. Eu devo parabenizá-lo.
QUI-GON:
– O que ?!
DOOKAN:
– Você desempenhou o seu papel lindamente. Do leal Padawan, que se
preocupa com o seu Mestre de luto que está indo longe demais.
QUI-GON:
– Por que você estava fazendo isso.
DOOKAN:
– Estava?
Uma swoop bike zumbe de um beco próximo no ar.
DOOKAN:
– Você viu quem estava naquela moto?
QUI-GON:
– Inspetor Sartori.
DOOKAN:
– Sim, eu ameacei o inspetor. Sim, posso até tê-lo machucado um pouco. E
por isso... me desculpe. Mas nunca perdi o controle.
QUI-GON:
– Você estava aplicando pressão.
DOOKAN:
– Correr para quem o tem em seu bolso.
QUI-GON:
– Então devemos seguí-lo.
DOOKAN:
(SORRIDENTE) – Nós já estamos fazendo isso.
CENA 96. EXT. NOS CÉUS DE CORUSCANT.
SARTORI:
(LEVANTANDO-SE SOBRE O RUÍDO REPULSOR) – Bagara! Devo ver
o Cenevax agora. (SE AGITA) Eu não me importo se estiver ocupado. Os
Jedi vêm atrás de mim, preciso de proteção.
Um convor bate na frente da moto, gritando alto.
SARTORI:
(GRITA)
Ele girou a swoop bike pelo tráfego. Há o barulho de uma sirene.
SARTORI:
Stang!
Ele coloca a bike sob controle.
SARTORI:
– O que foi isso? Não, estou bem. Era um convor estúpido, bem na minha
frente. Apenas certifique-se de que Cenevax saiba que estou a caminho.
Sartori, desliga.
O comunicador bipa.
SARTORI:
– Pássaro estúpido.
Ele ruge, e por um momento ficamos com o convor, Calleen, voando.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
– O inspetor nunca se perguntou por que um convor Altiri estava voando
por uma rota aérea movimentada de Coruscant, ou por que um speeder
chamativo subia para se juntar ao fluxo de tráfego, com um Mestre Jedi nos
controles.
O speeder de Dookan se levanta e ouvimos o bipe de um rastreador.
QUI-GON:
(RINDO) – Um rastreador no colarinho de Calleen?
DOOKAN:
– Um Jedi deve estar preparado para qualquer eventualidade, Qui-Gon.
QUI-GON:
– E você pode se concentrar em voar enquanto pratica o controle de
animais?
DOOKAN:
– Afinidade com animais, meu querido Padawan. E é claro que posso.
QUI-GON:
– Oh, você nunca para de me surpreender.
DOOKAN:
– Fico feliz em ouvir isso. Os Jedi são chamativos, Qui-Gon. Mesmo em
todo esse tráfego...
QUI-GON:
– Mas ninguém suspeitaria de uma convor solitária.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
O pássaro nos levou ao distrito de Hythan. Onde chaminés altas jogavam
fumaça no céu escuro. Calleen passou por parques fabris e fábricas. Deitar-
se no parapeito de uma janela, descansando em uma borda da janela bem
acima de onde a speeder de Sartori resfriava. Nós a seguimos de perto,
nosso veículo diminuiu a velocidade ao lado de uma cerca de laser
zumbindo.
QUI-GON:
(SUSSURRO) – Isso parece cercar completamente o edifício.
DOOKAN:
(SUSSURRO) – Deveríamos ser capazes de pular facilmente.
QUI-GON:
(SUSSURRO) – Sem os guardas nos vendo?
DOOKAN:
(SUSSURRO) – Eles nem sabem que estamos aqui. Graças a essa lata de
bebida.
QUI-GON:
– Qual lata de bebida.
Uma bebida pode fazer barulho do outro lado da rua.
GUARDA:
– O que foi isso?
QUI-GON:
(SORRIDENTE) – Bichos do lixo.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
– Nós pulamos a cerca, em minutos estávamos dentro. As pesadas portas
ofereciam pouca resistência ao derretimento dos sabres de luz. Seguimos
nossos sentidos para finalmente chegar a um depósito que havia sido
convertido para um vasto tesouro escondido.
O inspetor Sartori andava em círculos enquanto um Jenet corria sobre uma
montanha de tesouros roubados.
Escondidos atrás de pesadas cortinas de veludo, ouvimos o lamento
assustado de Sartori.
CENA 97. INTERIOR. TESOURO DE CENEVAX.
SARTORI:
– Você está me ouvindo pelo menos?
CENEVAX:
– Como se Cenevax tivesse escolha.
SARTORI:
– Os Jedi entraram na delegacia. Eles me ameaçaram.
CENEVAX:
– Eles te ameaçaram, certo? Pobre inspetor. Você se assustou? Seu sangue
bombeava? Seu pequeno coração acelerou? Bum-bum-bum-bum.
SARTORI:
– Eu pensei que eles iam me matar. Você disse que os Jedi não seriam um
problema. Você me prometeu.
Cenevax continua a vasculhar seu tesouro.
CENEVAX:
– Cenevax prometeu a você, hein? Promessas, promessas. Tão fácil de
quebrar. Você prometeu a ela, Sartori. Cenevax lhe paga e você mantém os
seus inimigos afastados. Você se lembra dessa promessa, certo?
SARTORI:
– E eu fiz isso. Não foi assim tão fácil, sabe? Especialmente quando você
explode um speeder com de todo o planeta vendo.
CENEVAX:
– Ele também prometeu, o Serenniano, com seus versos e sua capa. O que
você queria da Cenevax, Inspetor-homem? O quê. O quê? O quê?
SARTORI:
– Eu quero que você limpe sua própria bagunça.
CENEVAX:
– Limpar a bagunça, sim, tudo bem.
Ela encontra algo no tesouro.
CENEVAX:
– Venha aqui, inspetor. Cenevax encontrou algo, algo brilhante.
SARTORI:
– Eu não me importo com os seus enfeites. Preocupo-me com o meu bem-
estar.
CENEVAX:
– Bem-estar... sim. É muito importante... vital. Venha ver. Venha ver o que a
Cenevax encontrou. Você vai gostar, isso irá ajudar.
SARTORI:
– Não vejo como.
Ele relutantemente se aproxima, moedas triturando como telhas sob seus
pés.
CENEVAX:
– Bonito e brilhante. Também pesado... O que você acha?
SARTORI:
– É apenas algo velho...
Cenevax se vira, batendo nele com o pedaço de metal precioso.
CENEVAX:
(RUGIDO BESTIAL ENQUANTO ELA O BATE).
Sartori cai, colidindo com o tesouro.
CENEVAX:
– Uma velha caixa de bugigangas. Disse que era pesado.
SARTORI:
(GEME)
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Qui-Gon move-se para intervir, mas eu coloquei a mão em seu ombro para
detê-lo.
CENEVAX:
– Cenevax não consegue se lembrar de onde ela conseguiu isso. E agora
você o manchou com sangue!
Ela o acerta novamente com a caixa.
CENEVAX:
– Está arruinado, assim como você arruinou Cenevax levando os Jedi ao seu
ninho.
Ela pontua cada uma de suas palavras com outro ataque.
CENEVAX:
– Como. Você. Pode. Ser. Tão. Estúpido?
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Esperar acabou sendo um erro. Os Trandoshanos surgiram do nada, nos
cercando antes que pudéssemos alcançar nossos sabres de luz.
CENEVAX:
(CHAMANDO) – Não adianta se esconder, a Cenevax pode sentir o cheiro
deles. Sim, ela sentiu o cheiro deles no mesmo momento em que eles
entraram furtivamente em sua toca.
Dookan e Qui-Gon são levados para fora.
QUI-GON:
– Você não vai se safar, Cenevax.
CENEVAX:
– Safar do que exatamente?
QUI-GON:
– Acabamos de vê-la matar um inspetor do FSC.
CENEVAX:
– Vocês me viram, não foi? Mas vocês não pararam a Cenevax, certo? Que
estranho isso. Além disso...
Ela chuta Sartori, que geme.
CENEVAX:
– Ele não está morto, ainda não. Peguem as suas lindas espadas.
QUI-GON:
– Vocês podem tentar.
DOOKAN:
– Deixe-os levar.
QUI-GON:
– Mas, Mestre...
DOOKAN:
– Faça isso.
CENEVAX:
– Viu, o mais velho tem um cérebro.
Os Trandoshanos pegam os sabres de luz.
CENEVAX:
– Ou seja, traga-os para o Cenevax.
Ela pega os punhos dos Trandoshanos, examinando-os.
CENEVAX:
– Oooh. Muito bonita! Sim, muito bonita! Cenevax ouviu que eles têm
cristais dentro, sim? (RISADINHA) Talvez ela os adicione à sua coleção.
Um grande prêmio
DOOKAN:
– Você não vai ganhar, você sabe.
CENEVAX:
(RISADA) – Típico de um Jedi, mas agora eles não estão no Templo deles.
Oh não, não, não. Vocês vão desaparecer. Que tristeza, e eles não sentirão
falta. Oh não. Não de vocês. Muito parecido com o seu irmão. Oh sim,
Cenevax sabe quem você é, Dookan. Você e Ramil. Como dois clones do
mesmo tanque. Ele também não conseguiu seguir as ordens. E ele também
pagou o preço por isso.
DOOKAN:
– Meu irmão ainda está vivo.
CENEVAX:
– Não por muito tempo. Eles disseram para você não interferir, o seu
Conselho. Eles disseram para você nos deixar em paz. Mas não, você teve
que se intrometer nos assuntos da Cenevax, certo?
QUI-GON:
– Como você sabe o que o Conselho disse?
DOOKAN:
– Porque a sua influência vai muito além de Inspetores corruptos.
CENEVAX:
– Oh, Cenevax tem espiões por toda parte.
DOOKAN:
– Igual a mim. (CHAMANDO) Agora, Calleen!
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Com um grito agudo, a convor despencou das alturas, esticando as garras.
CENEVAX:
– Filho de um Sith! O que é isso?
O pássaro bate em torno de Jenet assustada.
CENEVAX:
– Vá embora. Vá embora.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
– Os Trandoshanos sacaram as suas espingardas, mas antes que pudessem
disparar, sacamos nossos sabres de luz, acendendo as lâminas em pleno ar.
Os dois sabres de luz brilham, derrubando os guardas, que batem no chão.
Há um grito agudo do convor, que se cala.
QUI-GON:
– Mestre. A convor!
CENEVAX:
– Saborosa. Sim, muito saborosa de fato.
Cenevax joga o corpo flácido do pássaro para o lado.
DOOKAN:
– Você pagará por isso.
CENEVAX:
– Como? Vocês nunca vão sair vivos.
Cenevax corre do tesouro em fuga.
QUI-GON:
– Ela está fugindo!
DOOKAN:
– Não vai longe.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
– Eu levantei uma mão, parando a Jenet no caminho. Ela arranhou os seus
tesouros enquanto eu a puxava de volta.
Cenevax sobe enquanto puxa de volta, tentando segurar seu tesouro.
CENEVAX:
– Não, pare! Pare!
DOOKAN:
– Não até você me dizer a verdade.
CENEVAX:
– O que você está fazendo?
DOOKAN:
– É um tesouro impressionante que você coletou. Você obviamente gosta
muito dele. Ouro o suficiente para se afogar nele.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
Eu podia sentir os olhos de Qui-Gon em mim, já havia jogado esse jogo
antes para conseguir o que queríamos de Sartori. Mas isso estaria indo
longe demais? Eu realmente sufocaria Cenevax com as suas próprias
riquezas? Ele não sabia, e a pergunta era, se eu sabia?
QUI-GON:
(AVISANDO) – Mestre.
DOOKAN:
– Ele tem um contato no Conselho Jedi.
CENEVAX:
– Vocês não têm provas.
DOOKAN:
– Me diga quem é.
CENEVAX:
– Você não matará Cenevax. Você é um Jedi, não faz parte da sua natureza.
Você é fraco
Há uma ligeira trituração de metal quando Dookan a pressiona contra o
ouro.
DOOKAN:
– Você tem certeza disso?
CENA 98. INTERIOR. CÂMARA DO CONSELHO JEDI.
DOOKAN:(HOLO-NARRAÇÃO)
Sem saber o que havia acontecido a menos de três distritos de sua Câmara,
o Conselho Jedi estava em sessão, embora suas deliberações estivessem
prestes a ser interrompidas...
Dookan e Qui-Gon entram na câmara.
YODA:
– Mestre Dookan!
JOR:
– Estava na hora. Convocamos você, Dookan. Você não recebeu a
mensagem?
DOOKAN:
– A mensagem foi recebida, Mestra Aerith. Alta e clara.
Dookan deixa cair o corpo de Calleen no chão na frente deles.
SINUBE:
– Isso é...?
QUI-GON:
– A Convor de Lene Kostana, Mestre Sinube.
JOR:
– O que aconteceu com ela?
DOOKAN:
– Uma boa pergunta, você pode querer examinar o seu corpo.
BRAYLON:
– Não temos tempo para esses jogos, Dookan.
QUI-GON:
– Jogos, Mestra Braylon? O pássaro está morto.
YODA:
– Isso nós podemos ver.
DOOKAN:
– Mas você consegue ver as marcas dos dentes, Mestre Yoda? As marcas
dos dentes de uma Jenet? Um de vocês teve acordos com a criatura que fez
isso. A criatura que tentou assassinar Ramil de Serenno, hoje mais cedo.
JOR:
– Essa é uma acusação muito séria.
DOOKAN:
– Por um crime sério. A traição à Ordem Jedi. Quem vai admitir isso?
Quem irá assumir a responsabilidade?
SINUBE:
– Mestre Dookan, eu entendo que você esteja chateado.
DOOKAN:
– Chateado?
SINUBE:
– Afinal, Ramil é seu irmão.
DOOKAN:
– Apenas no sangue.
SINUBE:
– Mas esse não é o caminho. Se você suspeita que possa haver um traidor
no Conselho, você deveria...
DOOKAN:
– O que? Chamar a guarda do Templo? Uma excelente ideia.
(CHAMANDO) Chame-a aqui.
Guardas do Templo marcham, arrastando a Cenevax com eles.
CENEVAX:
– Solte Cenevax. Vamos.
JOR:
– O que isso significa?
DOOKAN:
– Cenevax opera um círculo de apostas clandestino. Ela pagou ao meu
irmão para perder a corrida e, quando parecia que ele iria negar o acordo...
JOR:
– Sabotou o seu speeder.
CENEVAX:
– Vocês não podem provar nada.
DOOKAN:
– Talvez ainda não, mas iremos. Vamos provar que você tem agentes em
todos os cantos da República: governadores, inspetores... até Jedi.
Quem é, Cenevax? Você não queria me dizer na sua toca...
CENEVAX:
– Só porque você não teve coragem de machucar a Cenevax.
DOOKAN:
– Como você apontou exatamente, essa não é a natureza dos Jedi. Mas
também não aceita subornos.
CENEVAX:
– Cenevax não está dizendo nada.
QUI-GON:
– Felizmente, você não precisa.
DOOKAN:
– Os sentimentos do mesmo traidor o traíram. Eu posso sentir sua culpa
daqui.
Dookan ativa seu sabre de luz.
JOR:
– Dookan, o que você está fazendo?
DOOKAN:
– Mestra Braylon... Eu te conheço toda a minha vida. Você vai mentir para
mim agora? Você vai mentir para todos nós?
SINUBE:
– Braylon?
Braylon se levanta, seu sabre de luz brilhando em vida.
BRAYLON:
– Você pretende lutar comigo, Dookan? Para me matar onde estou?
DOOKAN:
– Eu só pretendo levá-la à justiça.
Braylon apaga sua lâmina.
BRAYLON:
– É verdade. É tudo é verdade. Eu... fiz vista grossa durante anos, por
ordem da Madame Cenevax.
JOR:
– Mas por quê? Você não precisa de dinheiro, sujo ou não.
BRAYLON:
– Ela não me pagou, ela não precisava.
QUI-GON:
– E então o que foi?
DOOKAN:
(PERCEBENDO) – Chantagem. O que ela sabia sobre você, Braylon? O
que poderia ser tão condenatório para fazer você abusar de sua posição no
Conselho?
CENA 99. INTERIOR. ARQUIVOS JEDI.
Atmosfera de antes.
DOOKAN: (HOLO-NARRAÇÃO)
A confissão de Braylon abalou o Conselho. Eu compartilhei do seu
desânimo. Orgulhamo-nos de ser um com a Força, e ainda assim ninguém
percebeu o engano em nosso meio. Cenevax foi dispensada. Enquanto Qui-
Gon e eu tivemos negócios a tratar nos arquivos..
DOOKAN:
– Arath.
ARATH:
– Dookan. Eu... O que você está fazendo aqui?
DOOKAN:
– Acho que o seu segredo veio à tona.
ARATH:
– Não... eu não sei o que você quer dizer.
DOOKAN:
– Cenevax confessou.
QUI-GON:
– Nós sabemos sobre as dívidas que você teve com ela, Arath. O que foi
desta vez? Sabacc? Pazaak?
ARATH:
– Batana...
DOOKAN:
– O jogo dos mentirosos. Naturalmente, E então você tentou falar sobre
isso. Como foi isso? Você poderia derrubar toda a operação dela.
QUI-GON:
– Você tem amigos em altos postos.
DOOKAN:
– O Conselho Jedi, por exemplo. Mas pela primeira vez, você não mentiu.
O que Cenevax fez, Arath? Ela te ameaçou, tentou chantageá-lo?
QUI-GON:
– Até você dar a ela um alvo maior...
DOOKAN:
– Sua própria mãe.
ARATH:
– Você não sabe... do que está falando?
DOOKAN:
– Eu não sei? É surpreendente que características passem de geração em
geração. Maneirismos, tiques e até estados emocionais. Quando
confrontado, a Braylon reagiu exatamente como você fez na Estação Zeta.
Antes de você ser mandado para casa, onde ela poderia protegê-lo, como
fez toda a sua vida.
QUI-GON:
– Desde quando você sabe?
ARATH:
– O que era dela? Depois de Zeta, eu acho. Eu sempre via a decepção em
seus olhos, mas de repente...
QUI-GON:
– Fez sentido?
DOOKAN:
– Você a confrontou.
ARATH:
– Ela era esperta... um ponto a seu favor. Uma Buscadora. Afastada por
anos a fio. Quem questionaria quando voltasse com mais um bebê, forte na
Força? Ninguém sequer piscou quando ela decidiu ficar para se juntar ao
corpo docente...
QUI-GON:
– Tudo para estar perto de você.
DOOKAN:
– Seu filho.
ARATH:
– O que vai acontecer com ela?
DOOKAN:
– Ela vai enfrentar o Conselho de Julgamento. Assim como você.
ARATH:
– E a Cenevax?
Yoda chega com os guardas do Templo.
YODA:
– Da sua conta, Cenevax não é.
ARATH:
(RISADA) – Você trouxe a guarda, esperava que eu fugisse?
DOOKAN:
– Sinto muito, Arath.
ARATH:
– De alguma forma, duvido disso.
Os guardas levam Arath para longe.
DOOKAN:
– Vá com eles, Qui-Gon.
QUI-GON:
– Mestre?
DOOKAN:
– Verifique se está bem tratado.
QUI-GON:
– Como desejar.
Qui-Gon deixa Dookan com Yoda.
YODA:
– Nada de ruim vai acontecer com ele.
DOOKAN:
– Podemos ter certeza? (RISADA) Ainda podemos ter certeza de alguma
coisa?
YODA:
– Algo te incomoda, velho amigo?
DOOKAN:
– Eu sei como é manter um segredo.
YODA:
– Humm... eu me lembro.
DOOKAN:
– Ela nunca contou a ninguém, Yoda. Todos esses anos, e guardou para si
mesma.
YODA:
– Sim. Preocupante, isso é.
DOOKAN:
– Preocupante? É trágico. Um dos nossos comete um erro, e o que
acontece? Ela vem até nós? Não. Ela nos dá a sua confissão? Não. Ela tem
medo... do que poderíamos fazer com ela. Com ela e com o filho dela.
YODA:
– Ajuda. É isso que teríamos feito. O que sempre fizemos.
DOOKAN:
– É fácil falar agora.
YODA:
– Monstros, nós não somos. Sentimentos, nós temos.
DOOKAN:
– Sentimentos que reprimimos.
YODA:
– Em nós, Braylon deveria ter confiado. Diferentes, as coisas seriam.
Aprender, com isso nós devemos.
DOOKAN:
– E o que vai acontecer com o Cenevax?
YODA:
– Para a Cidadela, a Jenet será enviada. Desmantelada, as suas operações
serão.
DOOKAN:
– A Cidadela? Somente um Jedi é enviado lá. (RI AMARGAMENTE,
PERCEBENDO O QUE ESTÁ ACONTECENDO) Não vamos levar isso
às autoridades, certo? O que estou dizendo? Nós somos as autoridades.
YODA:
– Disso, eu não gosto. Mas entender, você deve...
DOOKAN:
– Ah, eu entendo, Yoda. Eu entendo muito bem.
YODA:
– Meditar sobre o que aconteceu, eu irei. E quanto a você, lamentando pela
sua perda, eu estou.
DOOKAN:
– A minha perda?
YODA:
– A convor de Lene. Quanto o quanto o pássaro significava para você, eu
sei.
DOOKAN:
– Sim. Sim, ela era importante. Mas como você costuma dizer? Deveríamos
sempre deixar o passado para trás...
CENA 100. EXT. NO TELHADO. CHOVENDO.
VENTRESS:(NARRAÇÃO)
FELLIDRONE:
(GEME ENQUANTO REMOVE SEU JATO PROPULSOR.) – Ohh,
minhas costas.
VENTRESS:
– Essas coisas pesam uma tonelada, certo?
Fellidrone puxa um blaster dela.
FELLIDRONE:
– Quem está aí?
Ventress entra furtivamente na sala.
VENTRESS:
– Não se faça de bobo, mestre do porto, você sabe quem eu sou.
(FANTASMA)
KY NAREC:
– Com cuidado, Asajj. Não podemos confiar nele.
FELLIDRONE:
– Como você chegou aqui?
VENTRESS:
– Você precisará de uma nova janela. Mas obrigado por não perguntar por
que estou aqui. Nós dois somos pessoas ocupadas. É melhor irmos direto ao
ponto: você pagou Glute para sequestrar Jenza. Eu só quero saber onde ela
está.
FELLIDRONE:
– Não porque eu fiz isso?
VENTRESS:
– Eu não me importo com o motivo, apenas me diga onde ela está para que
eu possa te matar e seguir em frente.
FELLIDRONE:
– Como você descobriu que era eu?
VENTRESS:
– Seu jato propulsor, o que é? Um Zim-500?
FELLIDRONE:
– Quinhentos e um.
VENTRESS:
– Incrível. Especialmente pelo salário de um mestre de porto. Como isso
funciona? Com paralene refinado? Tem um cheiro muito característico.
(FANTASMA)
KY NAREC:
(PERCEBENDO) – A aldeia em Rattatak.
VENTRESS:
– E pensar que eu confundi com uma loção pós-barba. Mas lembrei-me
imediatamente quando o vi saltando com Zim.
FELLIDRONE:
– E o que vai acontecer agora? Você me ameaçou? Atiro em você?
VENTRESS:
– Não será necessário. Você vai largar o blaster.
A arma bate no chão.
VENTRESS:
– Bom garoto!
KY NAREC: (FANTASMA)
– Ah, as mentes dos fracos, tão fáceis de manipular.
VENTRESS:
– Agora, você vai me mostrar onde está escondendo Jenza.
FELLIDRONE:
(SONHANDO) – Atrás da parede falsa.
VENTRESS:
– Por aqui?
FELLIDRONE:
– Sim.
Ela corre para o próximo quarto.
VENTRESS:
– Diga-me como abri-la.
FELLIDRONE:
– Um interruptor secreto, atrás de um quadro.
VENTRESS:
– De onde é isso? Glee Anselm? Devo ir lá algum dia.
Ela afasta a imagem para revelar um painel de controle.
VENTRESS:
– É isso aí, você vê. Não foi tão difícil, certo? Talvez eu não te mate afinal...
Ela pressiona um botão e a eletricidade surge através de seu corpo.
(FANTASMA)
KY NAREC:
– Ventress, cuidado!
VENTRESS:
(GRITOS)
A eletricidade é cortada e ela cai no chão.
FELLIDRONE:
– Agradeço o sentimento, mas isso nunca foi uma opção em primeiro lugar.
(ELE SE ABAIXA, VERIFICA O SEU PESCOÇO) Sem pulso? Estou
quase desapontado.
Fellidrone ativa um comunicador.
FELLIDRONE:
– Aqui é o XD-45, preciso de extração imediata. Dookan enviou uma
agente para recuperar o pacote.
Ele digita um código no painel de controle.
FELLIDRONE:
– Não... Ela está liquidada.
A parede desliza de volta para revelar um compartimento secreto.
FELLIDRONE:
– Recebido. Vou preparar o pacote para o transporte. Quarenta e cinco
desligando.
Ele interrompe a transmissão e caminha em direção à mulher amarrada
que havia escondido no compartimento. Está é a Jenza.
JENZA:
(FRACA) – Por favor, basta. Eu te disse, não sei de nada.
FELLIDRONE:
– E eu acredito em você, Jenza. Mas meus superiores estão convencidos de
que você será uma valiosa ferramenta de barganha ou algo assim. Não está
nas minhas mãos.
Uma gaveta se abre e ele remove um injetor.
JENZA:
– O que é isso?
FELLIDRONE:
– O injetor? Não se preocupe, vamos viajar. Isso é apenas uma coisinha
para fazer o tempo passar rapidamente...
De repente, um sabre de luz explode em seu peito.
VENTRESS:
– Você não vai a lugar nenhum.
O sabre de luz se apaga.
FELLIDRONE:
(GEME LEVEMENTE ENQUANTO É LIBERADO)
Ele cai no chão, morto.
JENZA:
– Oh! Você o matou.
VENTRESS:
– Parece que sim.
JENZA:
– Bom.
VENTRESS:
– Jenza, eu presumo.
(FANTASMA)
KY NAREC:
– Você pode ver a semelhança com o irmão dela.
VENTRESS:
– Dookan nos enviou... me enviou.
JENZA:
– Você é um Jedi?
VENTRESS:
– Não exatamente.
Ela tenta liberar os ligantes em volta dos pulsos de Jenza.
VENTRESS:
– Temos que libertar você dessas algemas. O que aquele homem fez com
você?
JENZA:
– Ele... me torturou. Ele queria que eu contasse tudo o que sabia.
VENTRESS:
– Sobre o seu irmão?
JENZA:
– Eu nem sei quem era.
VENTRESS:
– Inteligência da República, se este equipamento é algo a ser utilizado. Isso
explicaria como ele poderia resistir ao controle da mente.
JENZA:
– Controle da mente?
(FANTASMA)
KY NAREC:
– Você sabia que ele estava fingindo...
JENZA:
– Eu ouvi um grito.
VENTRESS:
– Fui eu. Senti a armadilha de Fellidrone assim que entrei. Eu tive que fazê-
lo pensar que eu estava fora de cena.
KY NAREC: (FANTASMA)
– Para abrir o compartimento ele mesmo. Você poderia tê-lo matado.
JENZA:
– Não doeu?
VENTRESS:
– Eu sobrevivi a coisas piores.
Ela sacode os ligantes.
VENTRESS:
– É inútil, eles estão muito apertados. Vou ter que queimá-los.
Ela acende um de seus sabres de luz.
JENZA:
– Ele está com problemas, certo?
VENTRESS:
– Quem?
JENZA:
– Dookan.
VENTRESS:
– Está acumulando inimigos, isso é certo.
JENZA:
– Você tem que ajudá-lo.
VENTRESS:
– Eu tento ajudá-la! Fique parada.
JENZA:
– Eu não estou preocupada comigo. Você tem que ajudá-lo, como ele me
ajudou.
Ouvimos o sabre de luz queimando metal.
VENTRESS:
– Eu disse para você ficar parada. Uma movimento em falso, e você perderá
uma mão.
JENZA:
– Eu não consegui falar com ele.
VENTRESS:
– Onde?
JENZA:
– Em Coruscant. Ele disse o que ia fazer. Participar do Conselho. Para lidar
com os assuntos do Templo.
Uma algema cai no chão.
VENTRESS:
– Uma a menos.
JENZA:
– Eu tentei em todos os lugares. Seu holocomunicador. No Templo e até no
Senado. Vi nas redes de notícias dirigindo-se aos senadores, foi magnífico...
CENA 102. INTERIOR. NA ROTUNDA DO SENADO GALÁCTICO.
DOOKAN:
(PARA SI MESMO) – Por que a Força é forte. Por que a Força é forte. Por
que a Força é...
RAEL:
– Olá? Estou vendo o futuro chanceler?
Rael se aproxima.
DOOKAN:
–Rael?
Rael se aproxima ainda mais.
RAEL:
– Em carne e osso.
DOOKAN:
– O que você está fazendo aqui atrás? Eu pensei que você estava em Pijal.
RAEL:
– Eu estou representando a princesa em uma reunião de delegados nesta
tarde.
DOOKAN:
– Então eu espero que você se saia melhor que eu.
RAEL:
– Não seja tão duro consigo mesmo. Você falou bem. Você tem talento.
DOOKAN:
– Não, se eles não querem ouvir.
RAEL:
– Pelo menos você tentou. (FOCO EM ALGUÉM) Na verdade, há alguém
que quer conhecê-lo.
DOOKAN:
– Este não é o momento, devo retornar ao Templo.
RAEL:
– Levará apenas um momento.(CHAMANDO) Senador.
Palpatine se aproxima.
PALPATINE: (APROXIMANDO)
– Mestre Averross, que alegria vê-lo novamente. Espero que a sua segunda
viagem a Pijal esteja indo bem.
RAEL:
– Está, graças ao seu conselho, Senador.
PALPATINE:
– Fico feliz em ouvir isso.
RAEL:
– Mestre Dookan. Quero apresentá-lo ao Senador Palpatine de Naboo.
DOOKAN:
– Prazer em conhecê-lo, Senador.
PALPATINE:
– Receio que não seja esse o caso, principalmente depois dos comentários
do Chanceler. Skor Kalpana é um bom homem, mas não tem paciência.
Essa é provavelmente a razão pela qual ele foi votado.
Espero que sua experiência hoje não o desanime, os Jedi precisam de uma
voz no Senado. Apesar de todas as suas falhas, sempre achei melhor operar
dentro do governo do que fora. É aqui que você pode fazer uma diferença
real.
DOOKAN:
– Não tenho certeza se meus colegas do Conselho concordarão. Mas
agradeço o seu apoio.
PALPATINE:
– Eu só gostaria de ter sido capaz de influenciar a votação. Bem, se você me
der licença, o trabalho de um Senador nunca termina. Espero que nos
encontremos novamente, Mestre Dookan.
DOOKAN:
– Eu também, Senador. Eu também.
PALPATINE:
– E precisamos nos ver quando voltar para Naboo, Rael. A rainha Ekay tem
perguntado sobre você.
RAEL:
– Seria uma verdadeira honra vê-la novamente. Você poderia pelo menos
enviar as minhas saudações?
PALPATINE:
(INDO EMBORA) – Eu irei. Eu prometo. Até a próxima, então.
DOOKAN:
– Eu não tinha percebido que você estava tão bem conectado.
RAEL:
– Oh, Sheev não é tão influente. Que pena, ele me ajudou muito nos últimos
anos.
DOOKAN:
– Eu ouvi isso. Gostaria de saber mais sobre Pijal.
RAEL:
– Você poderia vir comigo.
DOOKAN:
– Uma oferta tentadora.
RAEL:
– E por que você não a aceita? Você me preocupa, Dookan. Eu nunca te vi
tão tenso. Desde que Qui-Gon voou do ninho, você tem o rosto de um
felpudo constipado.
DOOKAN:
– Que imagem cativante.
RAEL:
– Eu falo sério. Não tenho certeza de que a vida no Templo seja boa para
você. Especialmente agora que Qui-Gon está criando uma reputação.
DOOKAN:
– E é isso que ele deve fazer, é um bom Jedi.
RAEL:
– Você está surpreso? Basta olhar para o seu Mestre. Algo tem que mudar.
Pelo menos, se dar um novo convor. Ou talvez até outro Padawan.
DOOKAN:
– E deixar o Conselho? O que eles fariam sem mim?
RAEL:
– Encontrar alguém com quem discutir?
DOOKAN:
– E você? Após o Advento...
RAEL:
(RAPIDAMENTE) – Eu estou bem.
DOOKAN:
– Você deveria ter vindo me ver.
RAEL:
– Você estava muito ocupado.
DOOKAN:
– Nunca para você.
RAEL:
– Mestre, eu sei o que você fez. Como você falou em minha defesa.
DOOKAN:
– O Conselho vingou você, e por boas razões. Seu Padawan...
RAEL:
– Vive... para sempre na Força.
DOOKAN:
– Nós poderíamos brindar em sua memória. Eu tenho uma garrafa de
conhaque de Soulean que eu queria abrir já algum tempo.
RAEL:
– Agora me sinto tentado, mas tenho que voltar assim que os assuntos de
hoje terminarem. Embora haja alguém que possa apreciar o convite.
DOOKAN:
– Oh?
RAEL:
– Eu vi a Perseguidoradaverdade no hangar dos transporte espaciais. Lene
deve estar de volta.
DOOKAN:
– Humm...
RAEL:
– E também Sifo-Dyas.
DOOKAN:
– Sim... eu estava ciente de seu retorno.
RAEL:
– E você falou com eles?
DOOKAN:
– Ainda não.
RAEL:
– Mas você vai...?
Um droide se aproxima, com seus servos zunindo.
DROIDE ATENDENTE:
– Com licença, Mestre Dookan.
DOOKAN:
Yes?
DROIDE ATENDENTE:
– Alguém chamando você, na Alameda dos Fundadores.
DOOKAN:
– Chamando-me?
RAEL:
– O que eu te disse? Sua fama se estende. Apenas lembre-se, fale com a
Lene. Isso fará bem a você.
CENA 104. EXT. A ALAMEDA DOS FUNDADORES.
GRETZ:
D-4:
– Mas Mestre Dookan, não tenho transporte. Os Vandyneanos devem ter
partido há muito tempo.
DOOKAN:
– Fiz alguns arranjos alternativos.
BRAYLON:
– Estava na hora.
DOOKAN:
– Obrigado por fazer isso, Braylon.
BRAYLON:
– Vejo pela sua expressão que a votação foi contra você.
DOOKAN:
– Foi.
BRAYLON:
– Nesse caso, receio que eu não possa levar o droide a Serenno.
DOOKAN:
– Mas você disse...
BRAYLON:
– Dookan, não posso me dar ao luxo de desafiar o Conselho. Não depois de
tantos anos que levei para reconquistar a sua simpatia.
DOOKAN:
(INFELIZ) – Eu entendo.
BRAYLON:
– Mas você não gosta disso.
DOOKAN:
– Você pode me culpar?
D-4:
– Com licença, não sei se entendi. O que está acontecendo?
DOOKAN:
– Chegamos ao fim da estrada, Dee-Four.
BRAYLON:
– Agora. Eu não disse isso, certo?
DOOKAN:
– Desculpe?
BRAYLON:
– Embora não possa me envolver, tenho uma amiga que não se importa nem
um pouco com o que o Conselho acha dela.
Passos se aproximam.
LENE:
– Olá, Dookan.
DOOKAN:
– Lene, Sifo-Dyas!
Quando ele fala, percebemos que Sifo-Dyas desenvolveu uma leve
gagueira.
SIFO-DYAS:
– Seu transporte espera.
DOOKAN:
– Eu... Eu não sei o que dizer.
LENE:
– Você poderia dizer obrigado. Agora, ou depois de chegarmos à Orla
Exterior, como preferir.
D-4:
– Você está vindo conosco?
LENE:
– Mestre Dookan decidiu meditar sobre a decisão do Conselho.
SIFO-DYAS:
– Por todo o caminho até Serenno.
BRAYLON:
Agora saiam, antes que o Conselho descubra o que aconteceu.
DOOKAN:
– Eles vão ficar furiosos.
LENE:
– Honestamente, espero que sim.
CENA 107. EXT. ESPAÇO.
A Perseguidoradaverdade voa.
CENA 108. INTERIOR. A PERSEGUIDORADAVERDADE.
LENE:
DOOKAN:
– Cuide da navegação, cuido das armas.
Eles correm para as suas estações quando a nave leva outro golpe.
D-4:
(EM PÂNICO) – Isso é inútil.
LENE:
– Acalme-se, droide.
D-4:
– É fácil dizer isso para você, estou ficando velha demais para isso.
DOOKAN:
– Você e eu.
Outro sucesso. Mais faíscas.
DOOKAN:
(RESMUNGA DE FRUSTRAÇÃO) – Existe alguma chance de você nos
manter nivelados?
SIFO-DYAS:
Os propulsores de manobra se foram. O núcleo de força está em 29%.
DOOKAN:
– Eu acho que isso significa que não.
Dookan solta uma saraivada de raios laser. Há uma explosão lá fora.
D-4:
– Você acertou um. Oh, muito bem, senhor.
LENE:
– Infelizmente, ainda há uma dúzia.
DOOKAN:
– Obrigado pelo incentivo.
Há uma explosão por trás. Um aviso klaxon soa.
LENE:
– O que foi isso?
SIFO-DYAS:
– Os escudos caíram!
LENE:
– Alguma boa notícia?
SIFO-DYAS:
– Ainda temos propulsão.
Há outra ataque. A nave está realmente tremendo agora.
SIFO-DYAS:
– A propulsão se foi.
D-4:
– O que isso significa?
LENE:
– Significa que estamos à deriva.
D-4:
– E vocês não podem fazer nada?
DOOKAN:
– Nós podemos ejetar.
D-4:
– Isso não é exatamente o que eu tinha em mente.
DOOKAN:
– Assim que entramos na atmosfera. Estão prontos?
D-4:
– Não. Eu não estou.
CENA 111. INTERIOR. SALA OCULTA.
VENTRESS:
– Jenza, por favor. Você tem que ficar parada.
(FANTASMA)
KY NAREC:
– Eu não gostaria de pensar no que Dookan faria com você se você a
machucasse.
VENTRESS:
– Por que eu tive essa ideia. Jenza, não vou repetir novamente.
JENZA:
– Você tem que me ouvir.
VENTRESS:
– Eu tenho opção?
JENZA:
– Eu sabia que ele não ia me decepcionar, não quando mais precisávamos
dele...
VENTRESS:
(SARCÁSTICA) – Sim, ele é um verdadeiro herói.
JENZA:
– Ele é. Pelo menos, era. (RINDO PRA SI) Eu deveria saber que o seu
retorno a Serenno seria adequadamente explosivo…
CENA 112. EXT. CAMPO DE SERENNO. FORA DE CARANNIA.
SARGENTO ESON:
– Senhora Jenza, há atividade na atmosfera superior.
JENZA:
– Deixe-me ver.
O sargento passa a ela os macrobinóculos.
SARGENTO ESON:
– Parece que uma nave está caindo.
O zumbido dos macrobinóculos se aproximando.
JENZA:
– E não é qualquer nave.
SARGENTO SERENNIANO:
– Minha senhora?
JENZA:
– As marcas, Eson, são os Jedi. Onde eles vão pousar?
SARGENTO ESON:
– Com essa trajetória... em algum lugar das planícies de Delgaldon.
Jenza já está a correndo.
JENZA:
(CHAMANDO POR TRÁS) – Nesse caso, precisarei de um landspeeder.
SARGENTO ESON:
(CHAMANDO POR TRÁS DELA) – Minha senhora, volte. Se os
Abyssinos os verem...
JENZA:
(CHAMANDO POR TRÁS) – Argh! É ele, sargento. Eu sei que é.
CENA 113. INTERIOR. A PERSEGUIDORDAVERDADE.
D-4:
– Pensei que você tinhadito que deveríamos ejetar.
DOOKAN:
– O mecanismo está bloqueado.
D-4:
– Isso é ruim, certo?
LENE:
– A menos que você goste de ser esmagada. Sim. é.
D-4:
– Não, eu não. Nem um pouco.
DOOKAN:
– Há outra coisa que podemos fazer.
SIFO-DYAS:
– Estamos escutando.
DOOKAN:
– Ejetemos a cabine.
LENE:
– A cabine inteira?
DOOKAN:
– Podemos guiar a descida, amortecer a queda.
LENE:
– E com isso você quer dizer...?
DOOKAN:
– Usamos a força.
SIFO-DYAS:
– Isso é loucura.
DOOKAN:
– É.
SIFO-DYAS:
– É o pior plano que já ouvi.
DOOKAN:
– Muito provável.
SIFO-DYAS:
– Estou com você.
LENE:
– Teremos que liberar manualmente os grampos.
D-4:
– Você já fez isso antes?
DOOKAN:
– Não. No três. Um...
LENE:
– Dois...
DOOKU, LENE, & SIFO-DYAS:
– Três!
D-4:
– Oh, por que eu não fiquei com Ramil!
Aí vem uma série de barulhos retumbantes, e a cabine se destaca do
transporte.
CENA 114. EXT. AS PLANÍCIES DE DELGALDON.
D-4:
(EM CURTO-CIRCUITO) – Mestre Dookan? Mestre Dookan!
Dookan empurra o metal retorcido de si mesmo.
DOOKAN:
(COM ESFORÇO) – Aqui estou eu.
D-4:
– Minha visão... está danificada. Estamos em casa?
DOOKAN:
– Sim. Sim, nós estamos.
D-4:
(COMO SE TIVESSE ACALMADO) – Oh, estou feliz. Eu odeio ficar...
longe...
LENE:
(TOSSINDO PERTO)
DOOKAN:
– Lene!
LENE:
– Eu amava esse transporte. Ele sempre descia inteiro.
Sifo-Dyas tropeça.
SIFO-DYAS:
– Até agora.
DOOKAN:
– Sifo-Dyas, você está machucado.
SIFO-DYAS:
– Não é nada. Como está a droide?
DOOKAN:
– Ele não sobreviveu.
Um landspeeder se aproxima.
LENE:
– O que é isso?
Dookan acende seu sabre de luz.
DOOKAN:
– Um landspeeder.
SIFO-DYAS:
– Mais Abyssinos?
Lene também acende seu sabre de luz.
LENE:
– Espero que não.
O speeder desacelera.
(LONGE DA CENA)
JENZA:
– Dookan!
DOOKAN:
– Jenza?
JENZA:(NARRAÇÃO)
– Antes que Eson pudesse me parar, eu pulei do speeder, me jogando nos
braços de Dookan. Ele hesitou por um segundo, sem saber o que fazer,
antes de retribuir o abraço.
JENZA:
– Você veio! Você realmente veio!
DOOKAN:
– Eu nunca deveria ter ficado longe.
Jenza se afasta.
JENZA:
– Onde está o resto?
DOOKAN:
– O resto do que?
JENZA:
– Da frota. Os Jedi vão enviar reforços, certo?
LENE:
– Você está olhando pra eles.
DOOKAN:
– Jenza. Quero lhe apresentar a Lene Kostana e Sifo-Dyas?
SARGENTO ESON:
– Isso é tudo o que veio. Vocês três?
DOOKAN:
– E você é?
SARGENTO ESON:
– Sargento Eson, da guarda da Casa Borgin.
DOOKAN:
– Nesse caso, faço a mesma pergunta: onde estão as suas tropas, sargento?
SARGENTO ESON:
– Eu sou tudo o que resta.
JENZA:
– Isso não é totalmente verdade. Temos vários veteranos no acampamento.
SARGENTO ESON:
– A maioria dos quais mal consegue aguentar. Nós esperávamos um
exército.
LENE:
– E eles têm um, mais ou menos.
JENZA: (NARRAÇÃO)
Eson parecia que estava prestes a discutir, quando o chão tremeu embaixo
de nós.
O chão muda embaixo deles.
SARGENTO ESON:
– Senhora Jenza.
JENZA:
– Eu estou bem. De verdade.
DOOKAN:
– Você ainda tem terremotos?
JENZA:
– Não, não há anos.
O chão treme novamente, dividindo-se por perto.
LENE:
– Está ficando pior!
SIFO-DYAS:
– Estou tão feliz que você nos trouxe de volta.
JENZA:
– Devemos ver como é o acampamento.
DOOKAN:
– Está perto?
JENZA:
– No lado da montanha.
SARGENTO ESON:
– Se a montanha ainda estiver de pé.
CENA 116. EXT. ACAMPAMENTO EM SERENNO.
JENZA: (NARRAÇÃO)
JENZA:
DOOKAN:
– Olhe para ela. Veja a devastação. E, no entanto, o Senado não faz nada.
SIFO-DYAS:
– Esses são muitos Abyssinos.
LENE:
– O suficiente para ocupar a cidade.
DOOKAN:
– E é ali que eles bloqueiam as transmissões.
JENZA:
– A torre de comunicações, sim.
DOOKAN:
– Então é aí que atacaremos primeiro.
JENZA:
– Vou reunir o maior número possível de soldados.
DOOKAN:
– Nós não vamos precisar de nenhum. Ainda não. Sifo-Dyas, quanto você
se lembra do seu treinamento de levitação?
SIFO-DYAS:
– O que você está pensando?
DOOKAN:
– Areia movediça...
CENA 119. EXT. POSTO AVANÇADO ABYSSINO.
JENZA: (NARRAÇÃO)
COMANDANTE ABYSSINO:
–General.
GENERAL ABYSSINO:
– O que é isso, comandante?
COMANDANTE:
– O tanque sentinela está voltando.
GENERAL:
– Por quê?
COMANDANTE:
– Não faço ideia. As chamadas não são atendidas.
O general abre uma frequência de comunicação.
GENERAL:
– Tanque sentinela. Reporte. Por que você deixou o seu posto? Repito, por
que você deixou o seu posto
O tanque dispara.
COMANDANTE:
– Eles estão atirando em nós, senhor!
GENERAL:
– Eu percebi. Todas as tropas, respondam aos disparos, agora.
Vários blasters disparam.
CENA 121. INTERIOR. TANQUE.
SIFO-DYAS:
– Dookan, ainda não estou convencido de que seja uma boa ideia. Como
saberei quando você carregou as cargas?
Há uma explosão nas proximidades.
SIFO-DYAS:
Na verdade, esqueça isso. já resolvi isso sozinho.
DOOKAN: (NO COMUNICADOR)
– Sua distração funcionou, Sifo. O bloqueador ficou fora de serviço. As
transmissões podem atravessar.
SIFO-DYAS:
– Então eu posso voltar agora?
DOOKAN: (NOCOMUNICADOR)
– Não. Vá em frente, atraia fogo para si.
CENA 122. EXT. ACAMPAMENTO ABYSSINO.
SIFO-DYAS: (NO
COMUNICADOR)
– O que você acha que eu estou fazendo?
LENE:
– Ele não vai durar muito mais tempo nessa monstruosidade.
DOOKAN:
– Ele não vai precisar. Nós apenas temos que mantê-los ocupados.
COMERCIANTE ABYSSINO: (LONGE DA CENA)
– Ei...!
LENE:
– O que você disse?
(LONGE DA CENA)
COMERCIANTE ABYSSINO:
– O que eles estão fazendo aqui?
O Abyssino atira neles.
DOOKAN:
– Típico dos Abyssinos.
Ele bloqueia os tiros antes de cortar o Abyssino em dois.
COMERCIANTE ABYSSINO:
(MORRE)
DOOKAN:
– Eles nem me deram a chance de responder.
SIFO-DYAS: (NO
COMUNICADOR)
– Dookan, você ainda está aí?
Um bipe no comunicador do Dookan.
DOOKAN:
– Estou aqui.
SIFO-DYAS: (NOCOMUNICADOR)
– O tanque está se desfazendo.
LENE:
– Bloqueie-o para colocá-lo em um curso de colisão e fuja.
Um terremoto atinge.
DOOKAN:
– Outro terremoto.
SIFO-DYAS: (NO COMUNICADOR)
– Lene! Dookan!
O chão se abre embaixo deles.
DOOKAN:
(CAINDO) – Sifo!
CENA 123. INTERIOR. CAVERNA SUBTERRÂNEA.
Nós os ouvimos cair em uma caverna, atingindo o chão com força. Quando
eles falam, suas vozes ressoam na caverna.
LENE:
(GRITA EM AGONIA)
DOOKAN:
– Lene!
LENE:
– Eu caí sobre o meu ombro.
DOOKAN:
– Está quebrado.
LENE:
(GRITA QUANDO SE MOVE) – Droga..! Eu não posso nem segurar o
sabre de luz.
DOOKAN:
– Você tem outro braço, certo?
LENE:
– Oh, Você é muito emocional. (COM ESFORÇO ENQUANTO SE
LEVANTA) Escalar para sair vai ser interessante.
Dookan liga o comunicador.
DOOKAN:
– Sifo? Você pode nos ouvir? Caímos em algum tipo de caverna.
(SEM RESPOSTA)
DOOKAN:(CONT.)
– Sifo-Dyas?
LENE:
– As rochas devem interferir no sinal.
DOOKAN:
– Eu poderia usar a força. Para voltar à superfície.
LENE:
– E quanto a você?
DOOKAN:
– Eu posso escalar.
Há outro terremoto menor, mais pedras caindo.
LENE:
– Se não formos enterrados primeiro.
A Tirra'Taka rosna nas proximidades.
LENE:
– O que foi isso?
O monstro está na próxima caverna. Nós o ouvimos se mover, seu rosnado
se torna mais alto a cada segundo.
DOOKAN:
– Isso não é possível.
LENE:
– O que foi isso?
DOOKAN:
– Lene, quando nos conhecemos, você me perguntou o que eu tinha visto no
Arquivo...
LENE:
– Sim. Sim, eu perguntei.
DOOKAN:
– Eu acho que você está prestes a descobrir.
A Tirra'Taka explode através da parede da caverna, rugindo ferozmente.
LENE:
– E eu pensei que os rancores eram grandes. Foi isso que você viu?
DOOKAN:
(EM SURPRESA) – A Tirra'Taka.
LENE:
– Você sabe o nome dele?
DOOKAN:
– Uma velha lenda Serenniana. A dragão que mantém o mundo unido.
LENE:
– Você não tem feito um bom trabalho recentemente.
DOOKAN:
– A estátua não fez justiça a você.
Outro rugido
DOOKAN:
– Não. Não há nada a temer.
LENE:
– Você tem certeza disso? Dookan Você pode sentir isso, certo? O lado
Sombrio.
DOOKAN:
– Precisamos fazer contato com ela.
LENE:
– Contato? Você quer ter afinidade com ela?
DOOKAN:
– Como você me ensinou há muitos anos atrás. Uma mente. Dois corpos.
A criatura se acalma, seu rosnado ecoa por toda a câmara.
LENE:
– Não acho que seja uma boa ideia. Lá em cima temos uma invasão em
nossas mãos, lembra?
DOOKAN:
– Você sempre quis entender o passado, Lene. Este é o passado. Ela está
aqui há tanto tempo. Escondida na rocha
LENE:
– Como você sabe?
DOOKAN:
– Ela está mostrando para mim. Aqui. Toque suas escamas. Veja você
mesma.
LENE:
– Eu...
DOOKAN:
– A Força irá protegê-la.
LENE:
– Eu... eu espero não me arrepender disso.
Ela deu um passo à frente, tocando o flanco do monstro.
LENE:
(SUSPIRO)
DOOKAN:
– É isso. Você vê
LENE:
– Sim! Um exército em progresso.
Enquanto eles descrevem sua visão, ouvimos os sons das memórias da
criatura, ressoando no passado.
DOOKAN:
Os sons de uma batalha, gritos, sabres de luz cortando corpos. Tantos sabres
de luz.
LENE:
– Morte nessa escala.
DOOKAN:
– Eles a estão usando.
LENE:
– Adeptos do lado Sombrio.
DOOKAN:
– Uma fera de guerra.
O berro da Tirra'Taka no passado.
DOOKAN:
– Mas nem sempre foi assim. Eles a caçaram. Eles a capturaram.
Tiros a laser. A Tirra'Taka uivando em agonia.
LENE:
(SENTIDO A TORMENTA DA FERA) – Há muita dor.
DOOKAN:
– Corromperam-na... para torná-la algo novo.
LENE:
– Algo malévolo.
Ela suspira, recuando, quebrando o elo.
LENE:
– Nós deveríamos parar. A conexão está muito forte.
DOOKAN:
– Não. Cavalgando em direção à batalha. Cavalgando pelas estrelas
LENE:
– Dookan. Rompa.
DOOKAN:
– Eu não posso. As coisas que eles a forçaram fazer. Até... até... (GRITO)
LENE:
– O que houve?
DOOKAN:
– Eles contra-atacaram. O povo. Contra seus senhores. Contra ela.
Mais rugidos. Mais batalha.
COMBATENTE: (NA PAISAGEM SONORA)
– Por Serenno!
No passado, a Tirra'Taka está assustada.
DOOKAN:
– Ela se libertou.
O som da Tirra'Taka se enterrando no planeta.
DOOKAN:
– Enterrado nas profundezas da crosta do planeta.
LENE:
– Dookan, por favor.
Ela tenta tocá-lo.
DOOKAN:
– Não me toque.
LENE:
– Isso foi longe demais.
DOOKAN:
– Não. Você não entende. Isso é por minha causa.
LENE:
– Sua?
Na paisagem sonora, ouvimos um flashback da infância de Dookan.
JENZA JOVEM:
– Dookan, o que você está fazendo? Não, não a toque, ok? Todos dizem que
dá azar.
DOOKAN:
– Ela estava dormindo. Todo este tempo. Sob a superfície. Ela estava em
paz.
JOVEM DOOKAN:
– É... linda.
DOOKAN: (NO CORO COM SUA LINHA JOVEM)
– É... linda.
JOVEM DOOKAN:
(SUSSURRO) – Tirra’Taka…
DOOKAN:
– E então eu voltei para casa.
JENZA JOVEM:
– Dookan, não.
DOOKAN:
– Fui eu. Eu a acordei. Ela sentiu a Força dentro de mim. (PARA A FERA)
Sinto muito. Você só queria ser deixada sozinha.
O rosnado da dragão é quase como um ronronar, mas então...
Há uma explosão acima. As pedras caem. A Tirra’Taka uiva de medo.
LENE:
– Eu não acho que ela concederá seu desejo.
DOOKAN:
– Os Abyssinos.
O comunicador de Dookan range.
SIFO-DYAS: (NO COMUNICADOR COM MUITA ESTÁTICA)
– Dookan... Lene... Qualquer um!
A Tirra’Taka rosna.
DOOKAN:
– Não, não. Tudo está bem. É apenas o meu comunicador. Viu? Ele é um
amigo.
Há um sinal sonoro quando ele o ativa.
DOOKAN:
– Sifo-Dyas?
SIFO-DYAS: (NO COMUNICADOR)
(MUITA INTERFERÊNCIA) – Onde... [estão] vocês? Levamos a luta até
os Abyssinos... Eles estão... recuando, mas as for... [informações...]
A estática o interrompe
DOOKAN:
– Sifo? Sifo? Podes me ouvir?
Nada além de estática.
LENE:
– Temos que voltar lá em cima.
A Tirra’Taka ruge, não muito feliz com isso.
DOOKAN:
– Você não pode nem levantar um sabre de luz.
LENE:
– Temos que fazer alguma coisa.
DOOKAN:
– E eu irei. Mas preciso que você fique aqui...
LENE:
– Não preciso de um sabre de luz para lutar.
DOOKAN:
– Não para lutar. Mas pra ajudá-la.
LENE:
– A Tirra’Taka ?
DOOKAN:
– Mantenha a calma. Por favor. Ela sofreu muito.
Outro rugido
LENE:
– E se ela não quiser me ouvir?
DOOKAN:
– Ela irá, Lene. Ela confiará em você, assim como eu.
LENE:
– Quando você fala assim...
DOOKAN:
– Eu voltarei. Eu te prometo.
CENA 124. EXT. ACAMPAMENTO ABYSSINO.
JENZA:(NARRAÇÃO)
Na superfície, as transmissões começaram a chegar no momento em que as
linhas de comunicação se abriram. Os remanescentes das outras casas.
Serennianos em todo o planeta. Eles estavam revidando. E nós também.
SARGENTO ESON:
– Estámos botando eles pra correr.
SIFO-DYAS:
(LUTA COM SABRE DA LUZ) – Admiro o seu espírito, mas não vá em
frente sozinhos. Ainda há um longo caminho pela frente.
HAGI:
(ATIRANDO COM BLASTER) – Alguma notícia de Dookan?
SIFO-DYAS:
– Não. Não pude me comunicar. Não sei o que aconteceu com... (GRITA)
JENZA:
– Sifo-Dyas!
HAGI:
–O que está acontecendo com ele?
SIFO-DYAS:
– Eu posso ouvi-los.
JENZA:
– Ouvir quem?
SIFO-DYAS:
– Vozes. Unidas em uma. Doo-kan. Doo-kan. Doo-kan. Cantando o nome
dele. O Filho Perdido. Aquele que dividirá.
HAGI:
– Do que ele tá falando?
JENZA:
– Eu não sei.
Um raio atravessa o ar e a derruba.
JENZA:
(GRITA)
SARGENTO ESON:
– Minha senhora!
JENZA:
– Não é nada. Ele apenas acertou o meu braço. Sifo-Dyas, precisamos de
você.
SIFO-DYAS:
– Eu não posso. Eu não posso bloqueá-los. Doo-kan... Doo-kan...
HAGI:
(GRITANDO) – Jenza! Cuidado!
Um walker barulhento, do tamanho de um AT-RT, avança na direção deles.
JENZA:(NARRAÇÃO)
Olhei pra cima e vi um Abyssino em um walker improvisado que avançava
ruidosamente em nossa direção, com os canhões em brasa. Sifo-Dyas tentou
se levantar, mas suas pernas se dobraram diante ele. Tentei afastá-lo, mas
era óbvio que nenhum de nós escaparia. Não desta vez...
Um sabre de luz corta as pernas do walker.
DOOKAN:
– Fique longe deles.
JENZA:
– Irmão!
O walker cai.
JENZA:(NARRAÇÃO)
O walker caiu no chão, com as pernas cortadas. Dookan elevou-se acima do
piloto e...
Dookan atravessa o Abyssino.
ABYSSINO:
(GRITA E MORRE)
JENZA:
– Dookan! Ajude-nos! Algo aconteceu com seu amigo!
Dookan vem correndo.
DOOKAN:
– Sifo?
SIFO-DYAS:
– Dookan. Eu os ouvi. Eu ouvi as vozes. O que você fez?
DOOKAN:
– Nada... Mas você nunca acreditará no que descobrimos...
Há uma explosão distante.
JENZA:
– O que foi isso?
HAGI:
– Tomamos a torre de controle dos Abyssinos. Eles estão se retirando.
JENZA:
– Acabou.
SIFO-DYAS:
– Não. É apenas o começo.
DOOKAN:
– O que é isso?
JENZA: (NARRAÇÃO)
– Naves de assalto apareceram no horizonte, se movendo em nossa direção.
E acima deles...
SARGENTO ESON:
– Essa é a Ventocorredor.
HAGI:
– Conde Ramil?
JENZA:
– Ele deve se juntar à luta.
DOOKAN:
– Então, por que eles apontam suas armas para nós?
SIFO-DYAS:
– Dookan...
DOOKAN:
– Eu sei, velho amigo. Eu também posso sentir isso.
JENZA:
– Sentir o que?
DOOKAN:
– A traição.
JENZA: (NARRAÇÃO)
Os tanques de assalto pararam, as rampas se abriram para implantar dezenas
de droides de segurança, marchando em uníssono.
DOOKAN:
– Essa é uma formação de ataque.
JENZA:
– Não pode ser.
DROIDE COMANDANTE:
– Todas as unidades. Apontar.
DROIDES DE BATALHA EM CORO:
– Confirmado.
Eles levantam as suas armas.
HAGI:
– O quê estão fazendo?
(NARRAÇÃO)
JENZA:
Em resposta, uma voz muito familiar ressoa da Ventocorredor...
RAMIL: (AMPLIFICADA)
– Povo de Serenno. Aqui é o seu Conde falando. Abaixem as armas. A
insurreição chegou ao fim.
JENZA:
(DESPAIRING) – Ramil. Não.
SARGENTO ESON:
– Insurreição? Do que ele está falando?
DOOKAN:
– De vocês.
HAGI:
– Nós? Mas estávamos lutando pela liberdade.
SIFO-DYAS:
– Não é assim que será escrito.
DOOKAN:
– Sifo?
SIFO-DYAS:
– Me ajude a levantar. Não podemos deixá-lo assumir o controle.
Dookan ajuda Sifo a se levantar.
DOOKAN:
– Nós não vamos fazer isso.
JENZA:
– Então, o que devemos fazer?
JENZA:(NARRAÇÃO)
Dookan olhou para mim com tristeza e depois jogou o sabre de luz no chão,
na frente dos droides.
DOOKAN:
– Nos rendemos.
SIFO-DYAS:
– Nós o que?
DOOKAN:
– Nós nos rendemos.
JENZA:(NARRAÇÃO)
Nós ficamos boquiabertos, enquanto Dookan caminhava calmamente em
direção aos droides, com a sua cabeça erguida.
DOOKAN:
– Informe ao meu irmão. Diga a ele que estou aqui. Ele vai querer me ver.
SIFO-DYAS:
– Você está desistindo?
JENZA: (NARRAÇÃO)
Ele se virou e sorriu para o seu amigo.
DOOKAN:
– Eu estava no Senado quando se discutiu a possibilidade de um exército de
droides. Unidades como essas são controladas por um processador central.
SIFO-DYAS:
– Que você acha que está naquele nave!
DOOKAN:
– Só há uma maneira de descobrir.
DROIDE COMANDANTE:
– O Conde foi informado. Um hoverpod está sendo enviado para encontrar
o Jedi.
DOOKAN:
– Que gentileza a dele.
CENA 125. EXT. A VENTOCORREDOR.
JENZA: (NARRAÇÃO)
JENZA: (NARRAÇÃO)
JENZA: (NARRAÇÃO)
Não pude ouvir o Ramil gritar por causa do grito da Tirra'Taka. Lene ficou
entre nós e a fera, olhando com os seus olhos negros como carvão, com um
braço trêmulo erguido como se fosse uma saudação.
O monstro ruge.
JENZA:
(EM PÂNICO) – O que vamos fazer?
LENE:
– Há pouco que possamos fazer agora.
HAGI:
– Nós poderíamos correr!
LENE:
– Isso nos cortaria em um instante.
JENZA:
– Mas você disse que meu irmão está controlando essa coisa.
LENE:
– Eu disse.
JENZA:
– Então não vai nos machucar. Ele não vai nos prejudicar.
LENE:
– Ele pode não ter escolha.
JENZA:
– O que isso deveria significar?
O monstro rosna.
HAGI:
– Vai atacar!
LENE:
– Dookan. Me escute. Ouça-me, para o bem de todos.
CENA 128. EXT. A VENTOCORREDOR. CONVÉS.
DOOKAN:
– Lene.
(NARRAÇÃO)
JENZA:
Dookan me disse que era como sair de um transe. Ele olhou para cima da
Ventocorredor e viu a criatura se aproximando de nós, os droides quebrados
rangendo sob seus pés.
DOOKAN:
– Não. Não faça isso. Escute-me!
(NARRAÇÃO)
JENZA:
– Mas a monstra não o ouviu. Não mais.
DOOKAN:
– Nossas mentes como uma. Deixe-me entrar novamente.
A criatura grita bem abaixo.
DOOKAN:
(LEVANDO EM CONTA O QUE FEZ) – Não. É tarde demais. Eu... eu
nunca quis te machucar. Não é como os outros. Eu nunca quis que você se
curvasse à minha vontade. Sinto muito. Sinto muitíssimo.
JENZA: (NARRAÇÃO)
E com isso, Dookan se atirou pra fora da nave...
CENA 129. EXT. NO CAMPO DE BATALHA.
(NARRAÇÃO)
JENZA:
Em Serenno, o anúncio do meu irmão causou uma grande consternação...
LENE:
– Dookan, eu...
HAGI:
– Sinto muito. Mas o que aconteceu?
SARGENTO ESON:
– Você não pode fazer isso.
HAGI:
– Se você acha que vamos sentar enquanto você entra...
JENZA:
– Hagi. Por favor.
HAGI:
– Não, Jenza. Ele não tem o direito.
DOOKAN:
– Eu tenho todo o direito.
HAGI:
– As Casas não irão permitir isso.
SARGENTO ESON:
– E o povo também não.
JENZA:
(FIRMEMENTE) – Não. As pessoas vão ouvir. As casas vão ouvir.
SARGENTO ESON:
– Minha senhora...
JENZA:
– Você não vê? Esta é a nossa oportunidade. Nossa oportunidade de nos
mantermos em pé pela primeira vez em nossa história. Sem que ninguém
nos diga o que fazer. Sem que ninguém nos diga qual será o nosso destino.
Meu irmão vai tornar Serenno forte novamente. Ele vai nos salvar.
(INCITANDO A MULTIDÃO) Doo-kan. Doo-kan Doo-kan.
(NARRAÇÃO)
JENZA:
Ao meu redor, os refugiados cantam a música, o campo de batalha repetiu o
nome do meu irmão.
MULTIDÃO:
– Doo-kan. Doo-kan Doo-kan. (E REPETIRAM)
SIFO-DYAS: (LONGE DA CENA)
– Eles cantam o nome dele... Eles estão cantando o seu nome.
DOOKAN:
– Sifo.
Dookan corre ao lado de Sifo.
SIFO-DYAS:
– Eu posso te ver, Dookan. Eu posso ver tudo.
DOOKAN:
– Lene. Você deve levá-lo de volta ao Templo. Cuide dele.
LENE:
– O que você acha que eu tenho feito todos esses anos?
DOOKAN:
– Vou encontrar uma nave para você, do que você precisar.
LENE:
– Vou ligar para o Conselho. Você já tem o suficiente para fazer.
SIFO-DYAS:
– Os futuros se tornaram um, Dookan. Num caminho.
DOOKAN:
– Aqui. Pegue isso, velho amigo.
Ele passa o holocomunicador para Sifo.
SIFO-DYAS:
– Pegue isso... pegue isso...
LENE:
– Seu holocomunicador?
DOOKAN:
– Eu não preciso mais dele. Mas um dia. (PARA SIFO, COMO SE ELE
FALASSE COM UMA CRIANÇA) Se você precisar conversar...
LENE:
– Dookan.
DOOKAN:
– Obrigado, Lene, por tudo. Por favor, diga a Rael e Qui-Gon...
LENE:
– Sim?
DOOKAN:
– Diga a eles que a Força estará com eles. Sempre.
LENE:
– Você pode contar a eles mesmos quando se encontrarem novamente. Este
não é o fim, Dookan. Apenas o começo.
SIFO-DYAS:
– O começo...
Jenza e Hagi se aproximam.
JENZA:
– Irmão?
LENE:
– Você deve ir. Tudo ficará bem.
Dookan caminha na direção delas.
DOOKAN:
– Irmã.
JENZA:
– Recebemos novidades.
HAGI:
– As casas solicitam uma cúpula.
DOOKAN:
– Então teremos uma.
HAGI:
– Onde? Carannia está um desastre.
DOOKAN:
– Nos encontraremos no castelo. Venha Jenza. Temos muito o que fazer.
Eles se afastam.
HAGI:
– Espere. Você quer dizer o seu castelo? O Castelo Serenno?
DOOKAN: (CHAMANDO POR TRÁS)
– Por que não? Afinal, é minha casa.
CENA 132. INTERIOR. SALA OCULTA.
JENZA:
(SOLUÇANDO) – Casa, Ventress. Ele disse que era sua casa.
VENTRESS:
– Sim, sim. Eu ouvi você da primeira vez.
KY NAREC:(FANTASMA)
– Está ficando pior. Tanta confusão.
VENTRESS:
– Na verdade, acho que ela sabe exatamente do que está falando.
Soa um alarme. Ventress pressiona alguns botões.
VENTRESS:
– Droga.
(FANTASMA)
KY NAREC:
– O que aconteceu?
VENTRESS:
– Existem agentes da República no edifício. Fora do apartamento
KY NAREC:(FANTASMA)
– Sele o compartimento.
VENTRESS:
– Não me diga o que fazer.
Ela pressiona o botão de qualquer maneira. A parede falsa desliza para
trás.
Ouvimos movimento na sala externa. Agentes se movendo.
(FANTASMA)
KY NAREC:
– Há dois deles. E eles estão armados.
VENTRESS:
– Eu também.
Tira seus sabres de luz.
(FANTASMA)
KY NAREC:
– Não. O som a denunciará.
VENTRESS:
(SILVO) – Eu sei.
Ouvimos passos na sala ao lado e as seguintes linhas são afogadas pela
parede.
Ao mesmo tempo, ouvimos a respiração de Ventress, perto do microfone.
AGENTE N°1:
(ABAFADO) – Ela tem que estar aqui em algum lugar.
AGENTE N°2:
(ABAFADO) – Por aqui. Por trás da foto.
AGENTE N°1:
(ABAFADO) – Glee Anselm? Esse cara está sempre sonhando.
A imagem é retirada e o código de acesso é inserido.
VENTRESS:
(CHIA) – Prepare-se.
(FANTASMA)
KY NAREC:
– Para quê? Não posso fazer nada para ajudá-la.
VENTRESS:
– Então, por que você está aqui?
AGENTE N°2:
(ABAFADO) – Bem?
AGENTE N°1:
(ABAFADO) – O código deve ter sido alterado.
AGENTE N°2:
(ABAFADO) – Tente o... (TOSSE) Não consigo... respirar.
VENTRESS:
(ESMAGANDO). – Estava na hora.
AMBOS OS AGENTES:
(CHOCADO)
Você ouve os passos abafados de algumas botas entrando na sala.
KY NAREC: (FANTASMA)
– Essa presença...
VENTRESS:
– Você pode não conseguir ajudar, mas ele pode.
AMBOS OS AGENTES:
(MORREM)
KY NAREC: (FANTASMA)
– É ele.
A porta se abre.
VENTRESS:
– Mestre.
DOOKAN:
– Jenza. Olha o que eles fizeram com você.
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
Ele apenas olha pra mim e vai direto pra a irmã.
JENZA:
– Eles queriam que eu te traísse. Mas eu não fiz isso. Eu quero ajudá-lo,
Dookan. Você se perdeu.
KY NAREC: (FANTASMA)
– Isso é um eufemismo.
VENTRESS:(NARRAÇÃO)
Dookan congela. Ele consegue sentir o Ky? Ele se vira para mim, com
olhos frios.
DOOKAN:
– Eles transferiram algum dado?
VENTRESS:
– Eu... eu ainda não verifiquei.
DOOKAN:
– Você não acha que deveria verificar?
VENTRESS:
– Sim, Mestre.
Ela pressiona alguns botões.
VENTRESS:
– As únicas transmissões foram para o supervisor de Fellidrone, aqui em
Serenno. Sem pacotes de dados, apenas comunicações de curto alcance.
DOOKAN:
– Bom.
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
Ele varre a sala, olhando para o jato propulsor. Levanta a palma da mão
aberta, o Jato-Zim se levanta suavemente do chão. Então sua mão se torna
um punho e o tanque de combustível está quebrado.
O metal se dobra, o combustível vaza da máquina. O combustível espirra
quando a mochila cai no chão.
KY NAREC: (FANTASMA)
– Ventress. Me escute. Esta é sua última chance. Eu sei o que ele está
prestes a pedir para você fazer. Se você fizer, será o fim. Você será dele para
sempre.
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
Cale a boca, penso enquanto Dookan caminha em direção a sua irmã. Cale
a boca. Cale a boca. Cale a boca. O conde levanta a cabeça em sua direção.
DOOKAN:
– Minha querida irmã.
JENZA:
– Por favor. Se você vier comigo a Coruscant. Os Jedi saberão o que fazer.
Eles podem ajudá-lo.
DOOKAN:
– Eu tenho toda a ajuda que preciso.
JENZA:
– O homem encapuzado? Ele não está ajudando você. Está corrompendo
você.
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
– Homem encapuzado? Do que ela está falando?
KY NAREC: (FANTASMA)
– Ele não é quem você pensa que é, Ventress. Por que eu não consigo fazer
você ver isso? Você tem que ver.
CENA 133. INTERIOR. VISÃO. CASTELO SERENNO. GRANDE
SALÃO DE DOOKAN.
VENTRESS: (NARRAÇÃO)
ILUSTRAÇÃO: Design do eBook adaptado do design do livro por Elizabeth A. D. Eno, Illustração de Capa: Aaron
McBride, Desenho da Capa: Scott Biel
tradutoresdoswhills.wordpress.com
AGRADECIMENTOS
Quando Jyn Erso tinha cinco anos, sua mãe foi assassinada
e seu pai foi tirado dela para servir ao Império. Mas, apesar
da perda de seus pais, ela não está completamente sozinha,
— Saw Gerrera, um homem disposto a ir a todos os
extremos necessários para resistir à tirania imperial, acolhe-
a como sua e dá a ela não apenas um lar, mas todas as
habilidades e os recursos de que ela precisa para se tornar
uma rebelde.Jyn se dedica à causa e ao homem. Mas lutar
ao lado de Saw e seu povo traz consigo o perigo e a questão
de quão longe Jyn está disposta a ir como um dos soldados
de Saw. Quando ela enfrenta uma traição impensável que
destrói seu mundo, Jyn terá que se recompor e descobrir no
que ela realmente acredita… e em quem ela pode realmente
confiar.