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Metodologias de análise:
1. Balanço de situação;
2. Rácios e indicadores;
3. Abordagem financeira e funcional.
Protocolo:
a) Existência de informação com fiabilidade;
b) Um tempo mínimo de análise (seguir o 3n – 3 anos);
c) Utilização integrada de indicadores abrangendo todas as dimensões;
d) Cruzamento da análise quantitativa
Balanço de situação
Análise horizontal e vertical – Comparação de rubricas – Comparar composição ao total
Este tipo de análise permite aferir a variação da atividade, investimento e financiamento
da empresa, podendo ser cruzada com outros indicadores de mercado disponíveis
(Benchmarking).
Exemplos: Taxa de crescimento do volume de negócios; Taxa de crescimento dos
resultados; Taxa de crescimento do ativo; Taxa de crescimento do ativo (corrente);
Composição/estrutura do ativo e passivo; Composição/estrutura da demonstração de
resultados; Rácios de crescimento - Análise horizontal
Relativamente ao Ativo: A
empresa aumentou o seu ativo em 50% à custa
de uma variação de 150% no seu ativo não
corrente. Por outro lado, assiste-se a uma
variação negativa de 10% do ativo corrente com
o saldo da conta de caixa e bancos a diminuir
para metade.
Rácios
Rácios financeiros
São aqueles que dizem respeito à natureza financeira, como sejam o financiamento e o
investimento e tem o seu suporte no balanço e dividem-se em:
1. Rácios de endividamento e estrutura;
2. Rácios de liquidez; Rácios de equilíbrio
3. Rácios de cobertura;
4. Rácios de rotação.
DEBT TO EQUITY (D/E): Passivo / Capital próprio (qnts (x) a dívida suporta o CP)
Se for = 0, não há dívidas.
Se for = 1, o capital próprio é igual ao passivo. =2, dobro das dívidas do CP
Um valor de 1 indica que a estrutura de capitais está dividida em partes iguais. Valores
elevados representam risco financeiro associado a endividamento excessivo.
RÁCIO DE SOLVABILIDADE: Capital próprio / Passivo
Indica em que medida que os capitais próprios cobrem o passivo da empresa.
Deve tender para 1, no entanto uma empresa solvente a longo prazo não implica que
seja a curto prazo. Medida em que o CP cobre as dívidas.
Valores elevados são em regra resultado de um Valores elevados podem significar risco
Financiamento mais prudente com reflexos posi- financeiro com reflexo negativo na liquidez
tivos na liquidez. Um valor alto está associado a mas positivo no resultado. Podem estar
financiamento de empresas cujos ativos sejam associados a financiamento de empresas
na sua maioria fixos/não correntes. cujos ativos sejam na maioria correntes.
2. ~Rácios de cobertura~
PERÍODO DE RECUPERAÇÃO Empréstimos em dívida
DA DÍVIDA: (2,75) Autofinanciamento
Este rácio mede de uma forma rápida o número de anos que num determinado momento
a empresa leva a pagar as suas dívidas. Se o financiamento for a longo prazo é normal
haver um período de recuperação mais elevado.
3. ~Rácios de rotação~
Rácio de estrutura económico-financeiro
ROTAÇÃO DO ATIVO: Vendas / Ativo (0,67)
Rácio que indica em que medida o volume de atividade cobre o investimento em ativos.
Valores baixos podem indicar que poderá haver ativos subutilizados. Valores altos podem
indicar uma boa eficiência na utilização dos ativos. No entanto este rácio é variável de setor
para setor.
4. ~Rácios de liquidez~
Estes rácios avaliam a facilidade com que a empresa pode aceder aos meios financeiros
líquidos, ou seja, solver as responsabilidades a curto prazo.
RÁCIO DE LIQUIDEZ GERAL: (Ativo corrente / Passivo corrente)
Num espaço de 1 ano, tem mais a receber do que a pagar. Embora limitado pela
heterogeneidade das suas componentes este rácio de equilíbrio de curto prazo poderá dar uma
ideia o quanto a empresa é solvente a curto prazo, ou seja, se for 1 significa empresa é capaz
de fazer face aos pagamentos (obrigações) a curto prazo.
O fundo de maneio
Ativo fixo
Capital permanente
Fundo de maneio
Ativo corrente
Passivo corrente
Capital permanente
Ativo fixo
Fundo de maneio
Ativo corrente
Passivo corrente
Verifica-se uma diminuição da liquidez que pode ser vista por duas perspetivas:
- A empresa perde capacidade em solver as suas dívidas correntes;
- A margem de segurança (FM) diminui, o que quer dizer que a empresa perde
capacidade de financiar o seu ciclo de exploração com financiamento a longo prazo.
A função financeira e a
análise financeira
As atividades desenvolvidas numa organização traduzem-se em fluxos de entradas e
saídas de dinheiro que é necessário equilibrar. Na realidade, os responsáveis financeiros de
uma organização cuidam para que a corrente de fluxos de caixa se mantenha sem ruturas.
Em médio e longo prazo, as entradas acumuladas têm de ser superiores às saídas acumuladas
Estas regras de equilíbrio da tesouraria que têm um carater primordial e constituem um
verdadeiro imperativo para a saúde financeira de uma organização, estão intimamente ligadas
ao conceito de rendibilidade, na medida em que, para que seja possível este equilíbrio, as
empresas necessitam de ter uma rendibilidade adequada para os capitais investidos na
organização.
Apresentação da função financeira:
1. Em primeiro lugar, faz-se uma exposição sintética das tarefas que têm sido atribuídas
à função financeira e depois discute-se a sua atividade na prática, com vista a dar
uma ideia do conteúdo e da evolução da disciplina;
2. Em segundo lugar, trata-se a questão dos objetivos e limitas da função financeira, de
forma a dar uma noção mais ampla do âmbito das atividades que lhe podem ser
atribuídas;
Caixa e
Operacionais Depósitos
Operacionais
Bancários
Investimento Investimento
Financiamento Financiamento
Dívidas
Obrigações
Deveres
As operações de capital visam obter os fundos estáveis para o financiamento dos ativos
estáveis e gerir de forma otimizada esses fundos. As operações de tesouraria visam gerir a
caixa, depósitos bancários e equivalentes a caixa, bem como assegurar a cobertura financeira
a curto prazo através de financiamentos, no caso de insuficiência temporárias de fluxos de
caixa.
BALANÇO FUNCIONAL:
APLICAÇÕES ORIGENS
Ativo fixo Capital próprio
Investimento
Capital
Passivo de médio e longo prazo
Tesouraria Tesouraria
ativa passiva (passivos
que não são
longo prazo)
O ciclo de exploração pode ser em dias: Ano comercial -> 360 dias
CPP / CE – ANC / AI = fundo de maneio
NC – RC = necessidades do fundo de maneio / fundo de maneio necessário
NFM >0 – Existe necessidade de financiar o ciclo de exploração;
NFM <0 – Existem excedentes financeiros no ciclo de exploração;
Rotação clientes
( 360 / PMR). Umas rotações elevadas são em regra sinais de eficiência
Se as NC=RC, não existe necessidades de fundo de maneio. Não necessita de meter recursos
financeiros no ciclo de exploração.
TRL = FM – NFM
1. Tesouraria ativa:
Ativos não considerados fixos nem cíclicos; Dívidas a receber extraexploração CP;
meios líquidos; Acréscimos e diferimentos;
2. Tesouraria passiva:
Passivos de caráter financeiro ou ocasional; Financiamentos obtidos a curto prazo;
Outras dívidas a pagar extraexploração de CP; Acréscimos e diferimentos;
Numa ótica a funcional , a liquidez num sentido mais restrito mede-se pelo equilíbrio
entre a tesouraria ativa e passiva então:
TRL = TA – TP
!Nota!
A tesouraria liquida, se excessivamente negativa, pode evidencias debilidade da
estrutura financeira e a necessidade de alteração da estrutura de capitais de
financiamento.
Rácios económicos
São aqueles que dizem respeito à
natureza económica, como sejam as
receitas, os gastos e os resultados. Têm
o seu suporte na demonstração de
resultados e evidenciam a eficiência
económica da empresa.
Rácios económico-financeiros
São aqueles que dizem respeito à relação entre a dimensão económica e financeira e têm o seu
suporte na demonstração de resultados e no balanço. Evidenciam a eficiência dos resultados
face a rubricas do balanço e ao contrário dos económicos deverão ser comuns a todos os
negócios.
Rendibilidade líquida do ativo (%) = (Resultado líquido / Ativo) Também conhecido por
ROI, este rácio é uma referência para todos os financiadores da empresa e avalia a eficiência
da utilização de capitais para gerar resultados.
Está a investir (crescimento) ? Está a ter resultados (eficiência) ? Está equilibrada a curto
prazo (liquidez) ? Tem solidez a longo prazo?
Que estratégia adotou a empresa no financiamento dos seus ativos?
Quanto é que a empresa investiu e em que rubricas?
o Através de autofinanciamento?
o Aumentos de capital?
o Empréstimos?
o Longo prazo?
o Curto prazo?
Quanto e onde que a companhia investiu em N? Calcular as aplicações de fundos.
Variações positivas no ativo e negativas no CP e passivo.
O fundo de maneio não é suficiente para assegurar o equilíbrio financeiro, porque existem
rubricas associadas ao ciclo de exploração (existências, clientes e outras) que também
necessitam de financiamento com caráter de estabilidade. Assim o fundo de maneio deverá
ser visto como a fração de capital necessária ao financiamento do ciclo de exploração.
Vamos estruturar o balanço funcional em 3 componentes:
a) O fundo de maneio funcional; - parte de fundos permanentes.
FM = Capitais permanentes (recursos estáveis determinados pela política de
financiamento, como o aumento de capital social, os excedentes criados. Inclui as
chamadas operações de capital) – Ativo fixo (resulta da aplicação de investimento que
são função das decisões de investimento)
O fundo de maneio quando positivo representa a parte do financiamento estável
que se destina a financiar o ciclo de exploração. Se o seu valor for negativo, significa
que parte dos financiamentos de curto prazo estão a financiar ativos fixos, o que, por si
só, é um fator de fraqueza da estrutura financeira, que acarreta riscos financeiros. As
aplicações de investimento coincidem com a noção patrimonial de ativo fixo. Quanto
aos recursos estáveis, incluem os capitais próprios e alheios pouco ou nada exigíveis.
Fundo de maneio funcional diferente de fundo de maneio patrimonial.
c) Tesouraria líquida.
Tesouraria passiva- resulta de decisões de financiamento de curto prazo,
independentemente do ciclo de exploração.
Tesouraria ativa- resulta de decisões sobre rubricas do ativo, independentemente do
ciclo de exploração.
TRL= FM – NFM FM – NFM maior ou igual a 0
Conservadora:
Princípio tradicional de que o ativo económico de caráter permanente deve ser
financiado pelos capitais permanentes, enquanto os ativos temporários financiados com
capitais de curto prazo. Nesta estratégia, a TRL será nula na baixa do ciclo de exploração
e negativa em qualquer outra altura. Daqui se conclui que a exigência de tesouraria
líquida positiva, ditada pela análise do balanço funcional, não condiz com o
princípio do equilíbrio financeiro mínimo. Mais se conclui que uma empresa pode
apresentar no balanço funcional uma tesouraria líquida negativa e estar
financeiramente equilibrada, bastando para tal que a data de balanço coincida com
a fase alta da sazonalidade e das exigências mais elevadas das aplicações. Assim,
pode-se concluir que uma TRL <0 não é imediatamente sinónimo de desequilíbrio
financeiro.