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Introdução
O presente relatório tem como objetivo a análise financeira dos exercícios de 2019 e 2020 da empresa
Magazine Luiza S. A., através da análise do Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado dos
Exercícios. Serão utilizados os métodos de análise horizontal e vertical e cálculo de indicadores para
análise financeira e evolução da gestão financeira da empresa. Mediante os indicadores e análises
realizadas será apresentado a conclusão sobre a situação econômica e financeira da empresa.
Análise horizontal
A análise horizontal foi calculada na planiha “Relatório Financeiro – Magalu” em anexo a matriz ai.
Abaixo será demonstrado a interpretação de cada análise realizada.
Através da análise horizontal realizada no balanço patrimonial, separada nos grupos de ativos e
passovos totais, nota-se que houve um aumento do ativo total de 19.8% entre os exercícios, onde
o maior aumento foi de ativos circulantes, dentre eles um aumento bastante expressivo em capital
de giro e outros ativos circulantes. O passivo circulante teve um aumento de 59.82%
demonstrando uma tendência de aumento do endividamento de curto prazo. O endividamento de
longo prazo teve uma pequena queda, representado pelo passivo não circulante. O patrimônio
líquido da empresa teve pouca variação, uma queda de 3.17%.
Análise horizontal da DRE:
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Análise vertical
A análise vertical também foi calculada na planiha “Relatório Financeiro – Magalu” em anexo a matriz ai.
Abaixo será demonstrado a interpretação de cada análise realizada.
Na análise vertical do balanço patrimonial, pode-se observar que a composição do ativo total é em
sua maioria de ativos circulantes, e isso se mantem entre os exercícios. Dentre os ativos circulantes
as contas de maior representatividade são contas a receber, estoques e outros ativos circulantes
(os quais não é possível detalhar de que é composto). Combinando esta análise com a horizontal
nota-se que houve uma mudança de composição nos ativos, que antes tinham grande
representatividade em aplicações financeiras. A composição do ativo não circulante não teve
mudanças significativas.
O passivo total é composto em sua maioria de passivo circulante, liderado por pagamentos a
realizar em fornecedores. Combinando com uma análise horizontal o que se nota é o aumento de
empréstimos e financiamentos. No passivo circulante, a maior representatividade é o arrendamento
mercantil, seguido da provisões fiscais, trabalhistas e cíveis. O patrimônio líquido representa
32.85% do passivo total.
Análise vertical da DRE:
Na análise vertical da DRE, pode-se observar que o custo dos produtos e serviços vendidos
representa 75.28% da receita em vendas. A maior despesa representada na DRE é com vendas,
17.13% da receita em vendas. O lucro líquido representa somente 1.5% da receita em vendas.
Variação
Indicador 2020 2019 A.H.
Liquidez Imediata 0.11 0.03 343.51%
Liquidez Corrente 1.29 1.69 -23.83%
Teste de Solvência 1.58 2.24 -29.38%
Liquidez Seca 0.81 1.20 -32.42%
GDE (Grau de dependência do estoque) 37% 29% 27.78%
Liquidez Geral 1.09 1.24 -11.42%
A quantia de recursos em caixa aumentou 344% de 2019 para 2020. A gestão de fluxo de caixa se
tornou menos eficiente.
Apesar da queda de 24% na liquidez corrente do exercício 2019 para 2020. A empresa possui capital de
giro suficiente para honrar todo o seu endividamento de curto prazo. Possui capacidade de solvência.
O teste de solvência confirma que a empresa ainda possui capital de giro suficiente para honrar com os
passivos onerosos, apresenta-se solvente apesar da queda.
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Houve um aumento no grau de dependência do estoque, porém os níveis são razoáeis para uma
empresa do setor de varejo. Não chega a comprometer o fator de liquidez e solvência da empresa.
A liquidez geral está acima de um e mostra que a empresa possui capacidade de honrar suas dívidas de
curto e longo prazo, o que é muito positivo para a empresa. Porém encontra-se em queda, é um alerta
caso o índice caia abaixo de um pois a empresa está perdendo capacidade de pagamento das dívidas.
Variação
Indicador 2020 2019 A.H.
Capital Circulante Liquido 3,287,304 4,953,973 -33.64%
Necessidade de Capital de Giro 1,209,242 1,026,664 17.78%
Saldo de Tesouraria 2,078,062 3,927,309 -47.09%
Endividamento Geral 0.67 0.59 13.13%
Composição da Dívida 0.77 0.65 17.93%
Grau de Imobilização do Capital Próprio 0.81 0.66 23.00%
Grau de Imobilização de Recursos não Correntes 0.55 0.44 25.99%
O resultado do saldo de tesouraria demonstra que a empresa depende menos de empréstimos
atualmente do que no exercício anterior, houve queda neste fator.
O endividamento da empresa é elevado, a empresa depende 67% de capitais de terceiros, e este índice
aumentou em relação ao exercício anterior. O fator de risco da empresa aumentou.
O endividamento de capital de terceiros está muito concentrado no curto prazo. E este índice piorou em
relação ao exercício anterior.
O grau de imobilização do capital próprio é suficiente para bancar as aplicações em investimentos,
imobilizado e intangível. O capital imobilizado é menor que o capital de giro.
Apesar do capital próprio ser suficiente para bancar as aplicações em investimentos, imobilizado e
intangível, a empresa complementa estas aplicações com um percentual de recursos de terceiros a
longo prazo. Isso demonstra um equilíbrio financeiro das aplicações em investimentos, imobilizado e
intangível.
Cálculo da lucratividade
Variação
Indicador 2020 2019 A.H.
Margem Bruta 0.25 0.27 -9.09%
Margem Operacional 0.01 0.07 -77.91%
Margem Líquida 0.01 0.05 -69.93%
A lucratividade sobre as mercadorias comercializadas caiu 9% com relação ao exercício anterior. Não é
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uma lucratividade muito alta. As vendas subiram 41% de 2019 para 2020, porém os custos subiram
46%. Reduzindo assim a lucratividade.
A margem operacional teve uma queda substancial, mostrando a baixa eficiência operacional do
negócio. O maior aumento foi em despesas operacionais. Além disso houve uma grande queda em
receitas financeiras, outras receitas operacionais e nos resultados oriundos dos Investimentos em
subsidiarias e outras empresas.
Da mesma forma a margem líquida caiu substancialmente, pois o lucro líquido caiu e o faturamento
líquido subiu.
Cálculo da rentabilidade
Variação
Indicador 2020 2019 A.H.
ROI 2% 5% -64.53%
payback (anos) 57 20 181.93%
ROE 5% 12% -56.12%
8.64% Tesouro Prefixado (S)2025
Custo de Oportunidade (5.72%) Inflação 2020
2.92% Retorno Liquido
O retorno sobre o investimento total efetuado na empresa é baixo. E teve uma queda brusca de 2019
para 2020.
Com isso o payback passou de 14 anos (um bom payback) para 57 anos, o que não seria aceitável.
A rentabilidade gerada pela empresa teve uma queda de 56%, apresenta-se em 5%, o que é um
retorno baixo. Mesmo assim a rentabilidade ainda foi melhor que a rentabilidade de um título de
tesouro direto, considerando a inflação média do período de dez/2019 a dez/2020. O investimento
efetuado na compania em 2020 ainda valeu a pena.
Como conclusão das análises realizadas e de forma mais macro, o alerta de risco da empresa encontra-
se acionado, principalmente pelo aumento de despesas, ineficiência operacional e queda de margem e
lucro líquido. Apesar da empresa encontrar-se solvente, são necessárias ações para quebrar a tendência
de aumento de custos.
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Referências bibliográficas