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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Bacias Hidrografia e os principais fenómenos que ocorrem na costa de


Moçambique

(2º Trabalho de Campo)

Virgínia João Acácio

Código: 708212463

Curso: Licenciatura em ensino de Geografia


Disciplina: Geografia de Moçambique I
Ano de Frequência: 2º Ano
Quelimane, Novembro, 2022

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Conteúdo Introdução  Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia 2.0
adequada ao
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
discussão  Revisão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos paragrafa,
Formatação 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas

Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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ÍNDICE

1.INTRODUÇÃO.......................................................................................................................2
1.1.Objectivos..........................................................................................................................2
1.1.1.Geral...........................................................................................................................2
1.1.2.Específicos..................................................................................................................2
1.2.Metodologia..........................................................................................................................2
2.DESENVOLVIMENTO..........................................................................................................3
2.1.Bacias hidrográficas de Moçambique...............................................................................3
2.2.Principais fenômenos que ocorrem na Costa Moçambicana.............................................6
3.CONCLUSÃO.........................................................................................................................8
4.BIBLIOGRAFIA.....................................................................................................................9

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1.INTRODUÇÃO.
Moçambique dispõe de muitos rios, que se localizam ao longo do território nacional,
apresentando diferenças no seu comportamento influenciado pelas condições climáticas e
morfológicas, fundamentalmente. Neste trabalho iremos abordar assuntos relacionados com
Bacias Hidrografia e os principais fenómenos que ocorrem na costa de Moçambique. é de
salientar que a maioria dos rios de Moçambique nascem nas zonas planálticas muitas vezes
nos países vizinhos de Zimbabué, Zâmbia e Tanzânia; apesar regra geral serem rios
periódicos, as suas bacias hidrográficas provoca certos fenómenos naturais como o caso das
cheias e inundações. Ao longo da costa é notórios fenómenos como as mares que provocam
ondas, os ventos ciclónicos que chegam a ser ciclones entre outos.

Estruturalmente, o trabalho contem 3 e três capítulos Introdução, desenvolvimento e


conclusão.

Na introdução, apresentamos o tema, os objectivos e a metodologia do trabalho; no


desenvolvimento, faremos a abordagem dos pontos essenciais que fazem parte do tema ou
seja, a discussão dos dados e finalmente iremos concluir o estudo indicando os resultados
obtidos na pesquisa.

1.1.Objectivos:
1.1.1.Geral:
Ø Conhecer a localização e a geologia de Moçambique

1.1.2.Específicos:
Ø Localizar geograficamente Moçambique;

Ø Descrever a estrutura geológica;

Ø Identificar as principais rochas e minerais.

1.2.Metodologia.
Segundo Silva e Menezes (2005), as metodologias são vias ou caminhos que nos guiam para
atingir os objectivos de uma pesquisa. No entanto, neste trabalho usaremos a bibliografia, pois
entendemos que esta abordagem necessita de uma informação básica existente na memória
dos arquivos científicos.

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2.DESENVOLVIMENTO.
2.1.Bacias hidrográficas de Moçambique.
Hidrografia é uma parte da Geografia física que classifica e estuda as águas do planeta Terra.

Bacia hidrográfica são as terras drenadas pelos fluviais.

Rio– é um curso de água doce que flui no sentido de um Oceano, Lago, Mar, ou um outro rio.

Os rios são os maiores transportadores dos principais recursos hídricos de Moçambique.


Segundo Hoguana (2007, p. 72), “mais de 50% são originados nos países de montanhas”. É de
notar as diferenças que se verificam entre regiões no que se refere à variação da precipitação,
período húmido e seco e de ano para ano com cheias e secas. O escoamento superficial total é
cerca de 216 km³/ano, dos quais cerca de 100 km³ (46%) são gerados no país. Os restantes
116 km³ são gerados nos países vizinhos.

Moçambique possui treze principais bacias hidrográficas:

Sul: Bacias dos rios Maputo, Incomáti, Umbeluzi, Limpopo, Save e Govuro.

Centro: Bacias hidrográficas de Búzi, Pungoé e Zambeze.

Norte: Bacias hidrográficas de Licungo, Ligonha, Lúrio, Messalo e Rovuma.

2.1.1.Características das principais bacias hidrográficas de Moçambique

a) Bacia do rio Maputo

É uma bacia internacional e possui uma área total de 29030 Km 2, dos quais 1570 Km2 em
Moçambique e 27460 Km2 na África do Sul. O rio nasce na África do Sul e as suas elevações
encontram-se no extremo sudoeste da bacia atingindo os 2000 m, com a altitude média cerca
de 815 m. O regime do rio é permanente. As duas águas desaguam na baía do Maputo.

a) Bacia do Incomáti

A bacia do Incomáti possui uma área de 46.200 Km 2, 32% situa-se no território


Moçambicano. Os principais afluentes são Komati, Crocodilo e Sábiè. O Komati entra em
Moçambique a jusante da afluência dos rios Komati e Crocodilo em Ressano Garcia,
passando a chamar-se Incomáti. O comprimento do rio em Moçambique é de 280 Km.

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Moçambique contribui para o escoamento do rio Incomáti em aproximadamente de 4%. O
país está fortemente dependente dos recursos hídricos dos países de montanhas.

a) Bacia do Limpopo

O Rio Limpopo com cerca 1 461Km de comprimento possui uma bacia com uma área de
412.000 Km2 de extensão é partilhada por quatro Estados da região da SADC: África do Sul,
Botswana, Zimbabwe e Moçambique.

As altitudes médias por sub-bacia são de 75 m para Changane, 700 m para o Limpopo e 900
m para a sub-bacia do rio dos Elefantes. A bacia do Limpopo em Moçambique, faz parte da
bacia sedimentar da parte Sul do País, é limitada no extremo Oeste por riolitos e basaltos
(Superior do Karoo) da cadeia dos Libombos.

a) Bacia do Save

O Save é uma bacia internacional partilhada por Zimbabwe e Moçambique, respectivamente


com áreas de drenagem de 83845 Km2 e 22575 Km2, 79% e 21% da área total de cerca de
106420 Km2.

Tem um comprimento total de 735 Km dos quais 330 km no território moçambicano e 405
Km no território Zimbabwiano. A rede de drenagem é bem distribuída. No Zimbabwe, junto a
fronteira, confluem duas linhas de água principais, os rios Runde e Save, constituindo naquele
país duas bacias hidrográficas independentes.

a) Bacia do Govuro

Tem uma área de 11500 Km2, é o mais importante rio da região Norte da Província de
Inhambane. Nasce em Mapinhane distrito de Vilankulo e desenvolve-se de Sul para Norte ao
longo de mais de 150 Km2, percorrendo os distritos de Vilankulo e Inhassoro, desagua no
Oceano Índico na Região de Macovane.

a) Bacia de Inharrime

Possui uma área de 11850 Km2 e um comprimento de 150 Km abrangendo total ou


parcialmente os distritos de Panda, Zavala e Inharrime. Nasce na província de Gaza e desagua
na Lagoa Poelela em Inharrime.

a) Bacia de Mutamba

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É um rio com uma área de 748Km2 e um comprimento de 65Km. Nasce perto da Lagoa
Nhangela no distrito de Inharrime, desenvolvendo-se de Oeste a Este e desagua na Baía de
Inhambane.

a) Bacia de Inhanombe

É um rio com uma área de 443Km2 e um comprimento de 22.5Km. Nasce em Manhenge no


distrito de Massinga e desagua no Oceano Índico em Pomene no mesmo distrito.

a) Bacia de Zambeze

A Bacia Hidrográfica do Zambeze nasce em Kalene Hill na Zâmbia e desagua em Chinde-


Oceano Índico. Ocupa uma área da bacia 1.390.000 km2 e um comprimento de 2.574 km

É a mais partilhada na África Austral e está entre as quatro maiores bacias hidrográficas de
África, inclusive a dos rios Congo, Nilo e Níger. O Zambeze drena uma área de quase 1.4
milhões de quilómetros quadrados, estendendo-se por oito países membros, nomeadamente,
Angola, Botswana, Malawi, Moçambique, Namíbia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.

a) Bacia de Rovuma

A bacia do Rovuma cobre uma superfície total de cerca de 155 000 km2. Tem cerca de 99,530
km2, Moçambique detém a maior proporção da superfície da bacia, seguida de Tanzânia com
34,30% e por último Malawi com 0,31%.

Com um caudal médio de 356 m3/s a bacia do Rovuma é considerada a segunda maior bacia
de Moçambique depois da bacia do Zambeze, que tem um caudal acima de (3 558 m3/s). Em
Moçambique a bacia está administrativamente localizada na região norte do Pais cobrindo
parcialmente a Província de Cabo Delgado e e Província de Niassa.

a) Bacia de Montepuez

Faz fronteira com a bacia hidrográfica do rio Messalo a Norte, e pequenas bacias costeiras a
nordeste (Muagamula, Sicoro-Lingula, Messingue e Necumbi), Lúrio, Megaruma, Muaguide
e as bacias costeiras (Tara-Quilite, Meapia e Ridi) a Sul.

Os distritos que ocupam a maior parte do território da bacia são Meluco, com mais de 60%,
seguido de Quissanga, com aproximadamente de 46%. A percentagem do território

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pertencente ao distrito de Pemba Metuge pode ser depreciável, este distrito encontra-se no
interior da bacia e ocupa somente 3,2% do território.

a) Bacia de Messalo

A bacia do rio Messalo ocupa grande parte da Província de Cabo Delgado e uma parte da
Província de Niassa. Tem uma área total de 24.436,6 km2. O rio nasce no distrito de Maua,
passando de seguida pelo distrito de Marrupa, ambos na Província de Niassa, e depois passa
para Província de Cabo Delgado, onde o curso principal faz a divisão geográfica dos distritos
de Balama e Montepuez.

2.2.Principais fenômenos que ocorrem na Costa Moçambicana.


A linha da costa é caracterizada por extensões intermitentes de praias arenosas, dunas recentes
e lagoas e baias costeiras, na zona sul; por extensa e densa vegetação e pântanos de mangal,
no centro; por recifes de coral, praias rochosas e ilhas no norte. Pode-se identificar três zonas
hidrogeológicas distintas ao longo da costa moçambicana.

Hoguana (2007), insta que:

 A permeabilidade dos solos diminui da costa apara o interior, à medida que os solos se
tornam ricos em argila;
 Planícies aluviais que se desenvolveram ao longo dos principais rios, característicos
da zona centram; e
 Terras vulcânicas, que marcam a fronteira entre o mar e a terra, características da zona
norte, p. 89.

As marés nas águas marinhas de Moçambique comportam-se como uma onda estacionária,
isto é, a corrente de marés muda de sentido na maré cheia pnsna maré baixa e as maiores
velocidades são observadas nos períodos intermediários.

A vulnerabilidade da costa moçambicana está em razão da ocorrência de inundações nos


distritos costeiras, da elevação do nível médio do mar, dos efeitos da maré meteorológica e
dos ciclones tropicais, (Gornitz et al. 1994). Se constata que a fragilidade potencial a
inundações na região litorânea do centro de Moçambique face aos eventos climáticos
extremos advêm do fato de as cotas altimétricas serem inferiores a 10 m e próximos do nível
médio relativo do mar. A maior pressão populacional nas zonas do litoral contribuirá para que
ocorram alterações antrópicas no meio físico e biotico da zona costeira e desse modo agravar
a vulnerabilidade dessas regiões aos eventos extremos.

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De acordo com Saetre e Silva (1982), o padrão de circulação das águas oceânicas ao longo da
costa de Moçambique, é caracterizado por três células anticiclónicas, que variam a sua
posição ao longo do ano, e por pequenos vórtices ciclónicos entre os grandes anticiclónicos.
Também é observado correntes costeiras para o norte, admitindo-se que elas são produto dos
vórtice ciclónicos e/ou dos ventos.

Outro fenómeno é a erosão costeira ao longo de toda a costa. Na zona centro agrava-se pelo
facto de as marés serem muito altas, chegando a atingir cerca de 6 metros de altura nas marés
vivas, o que é o dobro das marés verificadas nas zonas sul e norte do país.

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3.CONCLUSÃO.
Moçambique possui treze principais bacias hidrográficas: Bacias dos rios Maputo, Incomáti,
Umbeluzi, Limpopo, Save e Govuro, Bacias hidrográficas de Búzi, Pungoé e Zambeze,
Bacias hidrográficas de Licungo, Ligonha, Lúrio, Messalo e Rovuma.

A maioria dos rios de Moçambique nasce nos países vizinhos do Oeste, em zonas de planalto
e, devido à disposição do relevo, entram no país e correm na direcção Oeste-Este, indo
desaguar no oceano Índico. A bacia do Zambeze é destacada a maior com uma extensão de
1.390.000 km2.

A costa moçambicana é caracterizada por uma ampla diversidade de habitates e de


biodiversidade, com espécies endémicas e em vias de extinção; e por recursos diversos, que
incluem as pescarias, fauna e flora costeira que suportam a subsistência dos cerca da metade
da população moçambicana residente nestas zonas, e o desenvolvimento da economia do país.
As principais ameaçam a sustentabilidade dos recursos marinhos e costeiros estão cada vez
crescente pressão tanto do Homem como das calamidades naturais, que se manifesta através
de conflitos na utilização dos recursos, sobre-exploração destes e na destruição dos habitates.

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4.BIBLIOGRAFIA.
Gornitz V. M. 1994. O desenvolvimento do banco de dados de avaliação de risco costeiro.
Vulnerabilidade ao aumento do nível do mar no sudeste dos EUA. J Costa Res. 12,
(327- 338).

Hoguane, A. M. 2007.Perfil Diagnóstico da Zona Costeira de Moçambique. Revista de


Gestão Costeira Integrada, (69-82).

Saetre, R. & Silva, A. Jorge da. 1982. Massas de água e circulação no canal de Moçambique.

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