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BLUMENAU
2021
LUIZA DE OLIVEIRA BUCHMANN
BLUMENAU
2021
DESENVOLVIMENTO DE EQUIPE COMO ESTRATÉGIA EM UMA EMPRESA DE
ASSESSORIA E COMÉRCIO INTERNACIONAL
Por
Orientador(a): ________________________________________
Prof.(a) Camila da Silva Schmitt.
Coordenador do ________________________________________
Estágio Prof. David Colin Morton Bilsland
O destaque das equipes e do capital humano nas organizações tem se manifestado intensamente
nos últimos anos, fazendo com que a gestão de pessoas se encontre em evidência atualmente.
Com isso, as empresas precisam investir em suas equipes em busca de aperfeiçoamento do time,
trazendo métodos de gestão que interliguem o usuário (funcionário) à cultura organizacional da
empresa e ao processo de operação. Nesse sentido, o presente trabalho procura desenvolver
estratégias para o desenvolvimento da equipe de exportação em uma empresa de comércio
exterior, buscando a otimização do processo, juntamente com o fortalecimento da equipe, com
o objetivo de transformar o grupo atual em uma equipe autogerenciável. O trabalho é
apresentado em capítulos, onde são expostos os conceitos e metodologias estudadas, o
levantamento de dados, realizado através de questionário, acompanhamento da rotina diária dos
assistentes e histórico de processo e sugestões de possíveis soluções para o desenvolvimento da
equipe. Como resultado dos dados levantados, foram identificadas possibilidades de melhoria
no processo e os principais índices de performance que configuram o setor de exportação na
empresa estudada, trazendo à tona os pontos críticos e os pontos favoráveis da equipe atual.
Mediante o estudo das ferramentas e métodos sugeridos, pode-se concluir que é possível
realizar a aplicação das técnicas estudadas, possibilitando o aperfeiçoamento das mesmas, no
decorrer da ação.
The prominence of Teams and human capital in organizations has manifested intensely in recent
years, making the Personnel Management in evidence currently. Therefore, companies need to
invest in their Teams in search of Team improvement, bringing management methods that link
the user (employee) to the corporate organizational culture and the operation process. In this
sense, this work aims to develop strategies for the progress of the export Team in a foreign trade
company, in search of the process enhancement, along with the strengthening of the Team, with
the aim of transforming the current group into a self-manageable Team. The work is presented
in chapters, where are exposed the concepts and methodologies studied, data collection,
performed by means of questionnaire, monitoring the daily routine of the assistants and process
history and suggestions for possible solutions for Team development. As a result of the data
collected, we identified possibilities for improvement in the process and the main performance
contents that represent the export department in the company studied, bringing out the critical
points and favorable points of the current Team. Through the study of the suggested tools and
methods, it can be concluded that it is possible to perform the application of the techniques
studied, allowing the improvement of them, during the action.
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 11
1.1 OBJETIVOS ...................................................................................................................... 12
1.1.1 Objetivo Geral ................................................................................................................. 12
1.1.2 Objetivos Específicos ...................................................................................................... 12
1.2 METODOLOGIA ............................................................................................................. 13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................... 17
2.1 GESTÃO DE PROCESSOS ............................................................................................. 17
2.1.1 Mapeamento de Processos .............................................................................................. 18
2.1.2 Melhoria de Processos..................................................................................................... 20
2.2 EQUIPES: CONCEITO .................................................................................................... 24
2.2.1 Desenvolvimento de Equipes .......................................................................................... 26
2.2.2 Cultura Organizacional para desenvolvimento de equipes ............................................. 30
2.2.3 Processo de mudança e equipes ...................................................................................... 33
3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS.............................................................. 36
3.1 HISTÓRICO E DESCRIÇÃO DAS ÁREAS FUNCIONAIS DA EMPRESA. ............... 36
3.2 DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS INTERNOS ATUAIS DO SETOR DE
EXPORTAÇÃO ........................................................................................................... 47
3.3 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DA ATUAL EQUIPE ENVOLVIDA ..................... 56
3.4 PONTOS CRÍTICOS DO PROCESSO ATUAL E AS NECESSIDADES ESPECÍFICAS
DE CADA MEMBRO DA EQUIPE ............................................................................ 63
4 PLANOS DE AÇÃO .......................................................................................................... 73
5 CONCLUSÃO .................................................................................................................... 82
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 83
ANEXO I – RESULTADO QUESTIONÁRIO SOBRE AS PERSONALIDADES. ........ 88
11
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
1.2 METODOLOGIA
Neste capítulo será descrita a metodologia utilizada na pesquisa, cujo objetivo é propor
ações para o desenvolvimento de uma equipe de exportação como estratégia em uma empresa
de assessoria e comércio internacional, localizada em Blumenau – SC.
De acordo com o objetivo geral do trabalho, a pesquisa poder ser caracterizada como
exploratória e por ser um estudo de caso, considera-se o propósito como pesquisa aplicada,
utilizando como procedimento técnico e estratégia a pesquisa documental e bibliográfica.
Quanto a pesquisa exploratória, segundo Diehl, Tatim (2004, p. 53) o objetivo é
proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a
construir hipóteses, envolvendo a pesquisa bibliográfica como forma de compreensão do
contexto, utilizando a experiência prática como ferramente de compreensão. Através da
pesquisa exploratória foi realizada a sugestão de melhorias para o desenvolvimento da equipe
atual, baseado no conhecimento adquirido através da fundamentação teórica, aplicando na
realidade do comércio exterior.
A pesquisa aplicada, foi uma das metodologias de pesquisa utilizadas devido a geração
de conhecimentos novos que são produzidos através da prática, sintetizando uma temática
própria que consegue adquirir novas teorias para aplicação no cotidiano do comércio exterior.
Entende-se como pesquisa aplicada o levantamento de conhecimentos necessários para a
utilização em situações práticas empregadas em problemas reais, pondendo fazer uso inclusive
de conceitos desenvolvidos em pesquisas básicas. Muitos pesquisadores entendem que esse tipo
de pesquisa tem um apelo social, ou seja, veem o próprio pesquisador como um agente que
deve conceber soluções para questões comunitárias, de cunho técnico. (PARANHOS;
RODOLPHO, 2018).
Segundo Lakatos, Marconi (2001), a pesquisa bibliográfica abrange toda bibliografia já
tornada pública em relação ao tema de estudo, na qual a informação sobre o assusnto está
prédisposta em diversos canais de comunicação, fazendo com que o pesquisador obtenha
diversas vias de conhecimento, possibilitando a apuração do tema sob novo enfoque ou
abordagem, chegando a conclusões inovadoras.
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Lakatos, Marconi (2001) citam que a pesquisa bibliográfica compreende em oito fases
distintas que delineiam o direcionamento do trabalho científico, através das seguintes etapas:
1. Escolha do tema;
2. Elaboração do plano de trabalho;
3. Identificação;
4. Localização;
5. Compilação;
6. Fichamento;
7. Análise e interpretação;
8. Redação.
Através das etapas acima consegue-se obter uma apresentação clara da estrutura da
pesquisa, a qual terá como fundamentação a informação retirada de fontes diversas, como:
imprensa escrita, meios audiovisuais, material cartográfico, publicações de livros, teses e
demais.
Conforme Diehl, Tatim (2004) a principal diferença entre a pesquisa bibliográfica e a
pesquisa documental é a natureza das fontes. Na qual a bibliográfica é baseada em livvros e
materiais científicos e a documental possui aval prático, não empírico. Por meio da pesquisa
documental, é válido utilizar documentos ou materiais não científicos, que são de uso geral,
para a base de dados da pesquisa. No caso do presente trabalho, os materiais desenvolvidos pela
empresa e o histórico prático vivenciado no cotidiano da organização foram suporte necessário
para trazer melhor desenvoltura e compreensão no desenvolvimento da pesquisa.
Para a execução do presente trabalho, foram realizadas análises da rotina e do processo
diário vivenciado na exportação. Ao decorrer do estágio foi verificada a atuação dos assistentes
dia após dia, durante dois meses, apontando os resultados à coordenação e à diretoria da
empresa, para entender os pontos críticos do processo e a qualidade atual da equipe de
exportação.
Ao entender os pontos positivos e negativos de cada membro da equipe, foi possível aplicar a
metodologia empregada nesta pesquisa, para encontrar as áreas prejudicadas e as áreas mais
fortes do departamento, compreendendo quais as melhores práticas corretivas a serem
escolhidas.
Para tornar essa pesquisa possível, foi necessária a participação dos membros da equipe,
15
Em busca dos dados da organização para melhor explanação dos dados, foi consultado
o manifesto da empresa, no qual é possível entender a missão, visão e objetivos da empresa, a
explicação e funcionamento dos setores e também os serviços prestados pela companhia. Outro
arquivo utilizado durante a pesquisa foram as fotos e a logo da empresa, as quais foram
autorizadas a serem utilizadas pela diretora executiva.
A partir da metodologia citada, foi possível realizar este trabalho com a justifica de
desenvolvimento da equipe de exportação da empresa, com aval e apoio da diretoria, buscando
a utilização dos métodos referidos de maneira a otimizar o processo e ajudar a equipe a se
desenvolver e melhorar cada vez mais a qualidade do serviço da organização.
17
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nesse sentido, Harrington (1993) aponta que: os processos empresariais são fluxos de
valor que devem ser identificados, analisados e melhorados continuamente para satisfazer as
necessidades do cliente, a existência de um bem ou serviço é sempre acompanhada de um
conjunto de processos.
O gerenciamento de processos refere-se à participação ativa de todos os indivíduos
operantes do processo, os quais, tem o objetivo de mapear as atividades executadas durante o
processo, analisar quais as dificuldades e quais as melhorias que poderiam ser incrementadas,
para posteriormente monitorar e controlar o que foi definido.
Para que as organizações consigam alcançar suas metas e objetivos, é necessário que
elas possuam processos internos e externos bem definidos. Um método que é muito utilizado
na gestão é o Business Process Management (BPM). Segundo Pizza (2012, p. 2), a aplicação
do Business Process Management (BPM) permite mapear os processos organizacionais da
empresa, buscando a integração funcional e proporcionando maior agilidade nas atividades que
envolvem pessoas, tarefas, máquinas aplicações de software e outros elementos coordenados
para atingir os objetivos do negócio.
Ritzman e Krajewski (2004) comentam que o objetivo principal da gestão de processos
é que todos da organização estejam envolvidos nele, pois todos devem tratar dos aspectos das
operações que precisam de melhorias e avaliar alternativas para que isso aconteça.
Associando a ideia de Ritzman e Krajewski à metodologia BPM, entende-se que a
gestão deve ser participativa e todos os membros ativos do processo devem contribuir para a
melhoria do fluxo. Portanto, ao mapear os processos, é importante fazer com que a equipe
participe da gestão e compartilhe ideias de melhorias durante a aplicação do BPM.
No caso da exportação, o fluxo do processo nem sempre segue a mesma ordem, pois há
muitas variáveis dentro do processo. Porém, para poder construir um processo fluido e sem
entraves, é necessário mapear o processo, definindo um padrão fixo e posteriormente, trabalhar
possíveis variantes dentro desse fluxo, conforme a Figura 1 a seguir.
Fonte: A autora.
Recentemente o mundo tem vivenciado mudanças que vem alterando a maneira como
as pessoas, a administração pública, as organizações, os profissionais e a tecnologia se
desenvolvem. Nesse cenário, as empresas devem buscar a otimização e o aprimoramento do
seu trabalho diariamente, afinal, a saúde dos processos afeta diretamente o desempenho da
organização. Diante disso, a melhoria de processos é fator decisivo no sucesso operacional.
Segundo Paim et al., (2009, p.25): “Melhorar processos é uma ação básica para as
organizações responderem às mudanças que ocorrem constantemente em seu ambiente de
atuação e para manter o sistema produtivo competitivo.” Compreendendo o fato de que a
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quais são os micro processos que precisam de mais atenção, efetuar correções mais assertivas
e pontuais, definir padrões e indicadores pelos quais será possível realizar a gestão dos
processos, visando o controle e a melhoria contínua.
Reiterando essa metodologia, Paim et al., (2009), afirma que: a gestão de processos se
divide em três grupos de tarefas – planejar, organizar e controlar os processos – e inclui
mensurar ou medir e melhorar os processos, com o interesse principal de se usar metas e
métricas para assegurar que os processos funcionem como devem. Em outras palavras, os
gestores são responsáveis por verificar se o trabalho foi feito nos processos que eles gerenciam;
essa perspectiva traz a gestão para o dia a dia.
Em complemento à metodologia de Carvalho, pode-se implementar a metodologia do
ciclo PDCA. De acordo com Werkema, (1995, p. 17), “o ciclo PDCA é um método gerencial
de tomada de decisões para garantir o alcance das metas necessárias à sobrevivência de uma
organização.”
O ciclo PDCA (plan, do, check, act - planejar, executar, controlar e tomar ação
corretiva), também conhecido por Ciclo de Deming, é uma metodologia que visa controlar e
gerir a melhoria contínua dos processos internos e externos das organizações.
Karlsson e Ahlström (1996), são exemplos de autores que propõem a organização em equipes
como responsáveis pelo aumento de produtividade, qualidade e sensação de bem-estar no
ambiente de trabalho. Os autores sugerem que a equipe é um processo de ação continuada, em
que a equipe não é estática, mas sim, dependente de ações que reforcem sua permanência.
(ZANCHET, 2010).
Em meio as mudanças vividas atualmente, as equipes dentro das organizações são
determinantes na performance da empresa perante o mercado. As equipes quando bem
implantadas, trazem melhor eficiência e produtividade à organização, mas se a implantação não
for feita de modo estruturado, pode trazer resultados desfavoráveis.
Segundo Goldbarg (1995, p.52) “uma equipe pode ser considerada um pequeno grupo
de pessoas com habilidades complementares que, comprometidas com um propósito comum,
coordenam esforços e responsabilidades de forma a perseguir uma missão.”
Referente à interpretação dos conceitos “grupo” e “equipe”, Zanelli et al., (2014)
menciona que um dos aspectos que diferenciam grupos de equipes é a natureza do esforço
despendido pelos membros. O grupo acaba tendo uma finalidade mais individualista, embora
os membros possam fazer um esforço conjunto para atingir determinadas metas, a
responsabilidade pelos resultados é tratada de maneira individual. Por outro lado, a equipe tende
a ter um caráter mais coletivo, a responsabilidade pelo resultado é compartilhada, ainda que,
seja possível identificar contribuições diferenciadas.
Nesse sentido, Preisler, Borba e Battirola (2002) fazem a análise das características que
uma equipe deve desenvolver. São elas: cooperação, compartilhamento de informações,
positividade/otimismo, disposição a aprender com os companheiros, encorajar os outros,
construção de um espírito de equipe, resolução de conflitos.
Com base nas características citadas, entende-se que, para um grupo se tornar uma
equipe, é necessário que esse grupo apresente as características individuais e coletivas,
necessárias para tal. Portanto, para formar uma equipe de alto desempenho, é preciso estruturá-
la de acordo com as características individuais de cada indivíduo que à compõem.
A prática mostra que, o desenvolvimento de formas distintas de atuação, resulta em
diferentes modelos e tipos de equipe. Para a obtenção de resultados satisfatórios em variadas
áreas de atuação na organização, deve-se verificar os tipos de equipes e qual instrução deve ser
implantada em cada caso.
Deste modo, Preisler, Borba e Battirola (2002) divide as equipes em três tipos
específicos:
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Com a identificação dos tipos de equipe que a empresa desenvolveu e/ou pretende
desenvolver, pode ser verificado quais as características gerais que cada equipe deve dispor,
para então analisar as características individuais de cada membro. Que, em conjunto, formarão
uma equipe de alto desempenho.
1. Formação: Neste estágio, as pessoas ainda estão aprendendo a lidar umas com as outras;
2. Tormenta: Tem-se uma época de difícil negociação das condições sob as quais a equipe
vai trabalhar; há dificuldade em entrar em um consenso.
3. Aquiescência: É a época na qual os papéis são aceitos e as informações circulam
livremente;
4. Realização: Quando a execução do trabalho atinge níveis satisfatórios (não há mais
problemas).
Após passar pelos quatro estágios, a equipe já possui uma interação adequada e
consegue desenvolver o trabalho em um fluxo ordenado. Com essa evolução estabilizada, é
preciso medir o desempenho do time, para que possa ser verificado a performance individual e
coletiva dos membros, possibilitando movimentações de cargos, contratações e até mesmo
demissões.
De acordo Preisler, Borba e Battirola 2002), é possível classificar a equipe em cinco
posições, conforme a curva de desempenho que a equipe apresenta. As cinco posições são:
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A execução dos métodos deve ser aplicada maneira sequencial, conforme a aseguir:
no negócio. Pois, é a missão que define a estratégia organizacional indicando o caminho a ser
seguido pela organização, porque se as pessoas não sabem para onde pretendem ir, jamais
saberão qual o melhor rumo a seguir. Afinal, a missão se realiza e concretiza através de pessoas.
São elas que conduzem as atividades e garantem o alcance da missão da organização.
Relacionado aos objetivos da organização, Chiavenato apresenta a definição de
objetivos como formulação da estratégia organizacional, indicando três tipos de objetivos. São
eles:
desenvolvimento tecnológico, tem forte impacto na força de trabalho, onde muitos segmentos
estão se tornando deficientes nas novas habilidades e competências necessárias para
desempenhar as atividades requeridas. (CHIAVENATO, 2014)
A organização apresenta variações ao longo do tempo. Sejam estratégicas, operacionais
ou estruturais. O fato de as organizações viverem em um contínuo processo de mudança, afeta
profundamente as pessoas que nelas trabalham. Portanto, é necessário prever as mudanças e
conscientizar as pessoas da importância e como isso afeta a organização de maneira positiva,
tendo em vista as inovações possíveis e o crescimento organizacional.
Na busca incessante por mudanças e inovações e criatividade, o fator humano é preciso
ser visto como fator primordial, gerando talentos, ao mesmo tempo em que a organização ganha
frutos com o desenvolvimento intelectual do capital humano. Através da aquisição de novas
habilidades e competências, é possível promover e garantir competitividade e sustentabilidade
à organização, privilegiando a mudança e melhoria constante das atividades. (CHIAVENATO,
2014)
Nesse âmbito de competitividade mutável e efêmera, as mudanças são bem vindas para
manter as competências da organização, tendo um reflexo na missão, alcançando objetivos,
metas e competitividade equalitária no mercado. Por isso, investir no processo e na cultura
intelectual dos colaboradores transforma o rumo da organização. (CHIAVENATO, 2014)
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A figura 9 mostra a sala de outro ângulo, mostrando as mesas dos fundadores da empresa
e na parede ao lado um mapa mundi que possui os pontos nos países em que a Father possui
38
parceiria.
Na figura 10 a seguir é possível visualizar as mesas dos fundadores da empresa.
Nas figuras a seguir nota-se a sala 603, comercial – Representação, Consultoria e Sala de
reuniões.
O mapa retratado na parede das figuras 19 e 20 possui as marcações nos países em que
a Father possui agentes. São eles: Paraguai, Bolivia, Uruguai, Costa Rica, Estados Unidos,
Japão, Guatemala, Chile, Malásia, Colombia, Equador, República Dominicana e Angola.
Na figura Z a seguir pode-se visualizar a estrutura do escritório físico da Father nos Estados
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Unidos.
A diretoria é composta pelo fundador da empresa e por dois sócios, que gerenciam a
organização e as equipes. Um dos sócios é o diretor executivo, que cuida da parte estratégica
da empresa e gere os setores de importação e exportação e o outro é o diretor comercial que
busca por novos negócios e gere os departamentos de representação, sourcing e consultoria.
O departamento de representação e gestão comercial é responsável pela venda
internacional do setor têxtil (exportação), assim como, a gestão comercial de alguns clientes.
Em complemento a esse departamento, o sourcing e novos seguimentos é o setor que busca
atender a demanda da importação por novos fornecedores no exterior e a exportação dos demais
seguimentos, como alimentício, maquinário e outros.
A exportação é o setor operacional da empresa, que conta com a exportação direta e
indireta. A exportação direta leva marcas, negócios e produtos para o mundo, atuando desde o
início da operação, até a chegada das mercadorias ao destino. A exportação indireta é realizada
através da VLP Comercial Exportadora e Importadora LTDA, que é a trading de exportação da
Father.
A importação é o setor operacional da empresa, que conta com a importação por conta
própria e por conta e ordem. A importação faz com que os negócios passem a ter maior
independência de fornecedores nacionais ao importar, pois recorrem à amplitude do mercado
internacional para melhores oportunidades de compra de matéria-prima, insumos e mão-de-
obra qualificada para produção ou prestação de serviços. A importação por conta e ordem é
realizada através da Sister Comercial Exportadora e Importadora, que é a trading de importação
da Father.
A consultoria é o setor especializado em negócios internacionais da Father, cujo
processo utiliza do conhecimento e experiência para auxiliar no planejamento e na tomada de
decisões no momento de definir a estratégia de internacionalização.
documentais. Em busca da obtenção de dados e informações cada vez mais rápidos e eficazes,
a Father passou por algumas transformações significativas nos últimos 2 anos.
Se tratando de ferramentas de gerenciamento de processos, a melhora e aperfeiçoamento
vem sendo positiva dentro da empresa. O investimento tem sido forte nesse quesito, fazendo
com que o fluxo do processo tenha sido otimizado drasticamente.
Em particular na exportação, antes de 2020 eram utilizadas “check lists” físicas para
abertura de processos (ilustrada nas figuras 23 e 24 a seguir). Juntamente as pastas físicas, existe
uma planilha de Excel com todas as informações dos embarques, que é denominada “controle
de exportação”, a qual precisa ser preenchida manualmente para que haja o registro das
exportações realizadas a cada ano. Ao longo dos últimos anos vem sendo estudada uma maneira
de otimizar esse processo, para que não seja mais necessário existir uma planilha que tenha que
ser preenchida manualmente.
A figura 23 a seguir mostra as fotos de como era a mesa de um assistente em 2020.
Após a exclusão das check lists e das pastas, o processo ficou totalmente digital, sem
necessidade da utilização de papel.
Seguindo uma ordem cronológica, de abril à setembro de 2020 foi feito a implantação
do CRM como ferramenta de controle e gestão de clientes e processos da FATHER. Porém, não
correspondeu a todas as necessidades e foi retirado de uso, portanto, voltamos para a utilização
das check lists e do controle de exportação.
Após a tentativa do CRM, em outubro de 2020 foi estudado implantar o sistema da
empresa Conexos, que possui um sistema específico para empresas que trabalham com
comércio exterior. Porém, também não houve sucesso pois o processo de exportação possui
muitas ramificações e o sistema não atendia a todas as necessidades do setor.
Com isso, entramos no ano de 2021 com a tentativa de implantar o Trello, no entanto,
logo no início da tentativa, a Microsoft lançou o Microsoft Planner com uma sistemática
parecida. E desde o início de março deste ano vem sendo utilizado como ferramenta de controle
e gestão do departamento, agora sendo implantado nos demais setores da empresa. Através do
Planner é feito o lançamento do cartão do processo, que possui uma pessoa responsável, e
dentro do cartão é possível visualizar o andamento do embarque e as informações do processo.
O Planner integra todos os departamentos da Father, permitindo que todos da organização
tenham acesso aos embarques em andamento.
Nas figuras a seguir pode-se visualizar o Planner da Exportação, com a distribuição
dos cartões entre os assistentes.
Micro Colaborador
Passo do Processo Responsável Observações
processo Responsável
Enviar proforma ao
exportador/importador com
Father Assistente -
cronograma de embarque (colocar
data do envio no planner)
Definição da transportadora
nacional que fará o percurso dentro
Father Assistente -
do mercado nacional até porto,
aeroporto ou fronteira
54
instrução
assessoria
Certificar-se de que a
Acompanhar a entrega da transportadora conseguirá
mercadoria no Father Assistente cumprir o deadline de carga
aeroporto/porto/fronteira (colocar etiqueta "deadline
cumprido"
Acompanhar liberação da
Father Assistente -
mercadoria com o despachante
Acompanhar vôo ou embarque no
Father Assistente -
navio com o agente
Shipment confirmation é o aviso
da confirmação do embarque
(voo ou saída do navio) no caso
Enviar Shipment confirmation
do rodoviário é a chegada em
para o importador (colocar data do Father Assistente
fronteira. Colocar etiquetas
envio no planner)
"aguardando
cruze"/"Aguardando chegada no
destino"
Acompanhar chegada da
mercadoria no destino com o Father Assistente -
importador ou agente
Shipment Delivery é a
confirmação da chegada da
Enviar Shipment Delivery para mercadoria no destino (colocar
Father Assistente
importador e fornecedor data do envio do e-mail no
planner) colocar etiqueta
"entregue no destino"
AUDI
TORI
bucket "auditoria"
56
O setor atualmente conta com dois analistas e um assistente sênior a frente das contas
de clientes chaves. Cada analista possui um assistente pleno que auxilia nos processos diários.
Em relação a descrição dos cargos, o quadro 4 a seguir, compõem as de funções dos
cargos da equipe de exportação.
Atender clientes de dificuldade Média considerados nível Prata com emissão de documentos e
coordenação de embarque para que a exportação possa acontecer dentro dos padrões de qualidade da
empresa;
Atender dificuldades dos clientes, verificando suas demandas, levantando as não conformidades e
Analista acionando os responsáveis pela operação, visando garantir a qualidade do trabalho e a satisfação do
Pleno cliente;
Alocar novos processos, verificando as demandas internas e distribuindo entre a equipe, visando
equilibrar a carga de trabalho e permitir o melhor fluxo das atividades;
Alinhar e participar de reunião com clientes e parceiros visando o processo de melhoria contínua dos
processos e das entregas feita pelo departamento e pela empresa;
Atender clientes de dificuldade Alta considerados nível Gold com emissão de documentos e coordenação
de embarque para que a exportação possa acontecer dentro dos padrões de qualidade da empresa;
Atender dificuldades dos clientes, verificando suas demandas, levantando as não conformidades e
acionando os responsáveis pela operação, visando garantir a qualidade do trabalho e a satisfação do
Analista
cliente;
Sênior
Alocar novos processos, verificando as demandas internas e distribuindo entre a equipe, visando
equilibrar a carga de trabalho e permitir o melhor fluxo das atividades;
Alinhar e participar de reunião com clientes e parceiros visando o processo de melhoria contínua dos
processos e das entregas feita pelo departamento e pela empresa;
Fonte: a autora, conforme arquivo da empresa.
Foco no cliente;
Inovação e pensamento criativo;
Planejamento e organização;
Relacionamento interpessoal;
Flexibilidade e adaptação;
comportamentais e técnicas dos assistentes (soft e hard skills). Considerando que a equipe de
exportação foi totalmente reformulada, os assistentes são o foco da pesquisa por estarem em
processo de desenvolvimento.
No quadro 5 a seguir é feita a descrição das soft skills dos assistentes, que foram o foco
dessa análise.
de vista, porém acaba sendo intransigente, quando não aceita o ponto de vista da outra
pessoa.
Proatividade: Neste quesito, o assistente sempre procura se manifestar e se
disponibilizar para resolver o problema, assumindo assim, a responsabilidade pelos
seus atos. Se é solicitado, está ali presente prontamente.
Capacidade de trabalhar sob pressão: Em relação a essa habilidade, o assistente não
se considera impulsivo. Ao colocar-se sob pressão toma um posicionamento central,
assumindo a responsabilidade e resolvendo o problema, porém, as vezes, não aceita
ajuda, podendo assumir uma postura intransigente.
Capacidade analítica: Possui certa facilidade em produzir análises mentalmente claras
e confiáveis. Quando erra, assume a responsabilidade e não justifica o erro. Não
possui dificuldade no processo de tomada de decisão.
Resolução de conflitos: Em relação a essa habilidade, o assistente pode ser objetivo
em sua decisão e prefere eventos estruturados, em que já possui conhecimento para a
resolução do conflito.
Senso de liderança: Em relação a essa habilidade, o assistente possui uma
característica mais individualista, focalizando no seu trabalho diário, porém, quando
colocada em um trabalho em equipe, possui pensamento coletivo. Gosta de assimir
lideranças.
Comunicação interpessoal: Deseja possuir uma relação harmônica com o mundo.
Considera que têm facilidade para atrair pessoas para próximo de si, possuindo um
bom poder de relacionamento. Ao comunicar-se consegue expressar seu ponto de
vista, sendo um grande apoio para as pessoas ao seu redor.
Proatividade: Neste quesito, o assistente sempre procura se manifestar e se
disponibilizar para resolver o problema. Se é solicitado, está ali presente prontamente.
Capacidade de trabalhar sob pressão: Em relação a essa habilidade, o assistente não
se considera uma pessoa impulsiva. Ao colocar-se sob pressão toma um
ASSISTENTE 4 posicionamento secundário, esperando que seja solicitado.
L.T.K Capacidade analítica: Possui dificuldade em produzir análises mentalmente claras e
confiáveis, é indecisa. Quando erra, assume a responsabilidade, mas as vezes tenta
justificar o erro. Possui dificuldade no processo de tomada de decisão.
Resolução de conflitos: Em relação a essa habilidade, o assistente tenta ser objetivo
em sua decisão e não tem preferencia por eventos estruturados, prefere desafios e
coisas novas chamam a sua atenção.
Senso de liderança: Em relação a essa habilidade, o assistente possui uma
característica mais coletiva, possui pensamento coletivo. Se estiver em sua área de
conhecimento, consegue assumir lideranças.
Fonte: a autora, conforme dados da pesquisa.
A partir da análise das soft skills, é possível perceber as características interpessoais dos
assistentes, entendendo a maneira como se comportam no ambiente de trabalho e identificar os
pontos de foco que precisam ser trabalhados pela empresa, para desenvolver cada vez mais o
grupo atual, podendo transforma-los em uma equipe autogerenciável.
Para tanto, é preciso entender as características técinas da equipe atual, da mesma forma,
identificando os pontos fortes de cada individuo e trabalhando nos pontos fracos para poder
fortalecer e ampliar cada vez mais o setor de exportação. Pensando nisso, foi feito o diagnóstico
do desempenho técino da equipe, baseado nas funções que cada cargo e no fluxograma das
atividades de exportação.
No quadro 6 a seguir feita a descrição das hard skills dos assistentes, que foram o foco
61
dessa análise.
Tempo de processo;
Conformidade por processo; (Índice de erro por processo)
Atendimento ao cliente;
Proatividade;
Atenção e foco;
Inovação e pensamento criativo;
Planejamento e organização;
Relacionamento interpessoal;
Flexibilidade e adaptação;
Para fazer a aplicação dos indicadores acima, é preciso atribuir uma pontuação, de
acordo com o nivel que o assistente realiza do indicador. A pontuação é baseada nos seguintes
pontos:
Porntanto, fazendo a apuração dos indicadores e dos níveis de pontuação por assistente,
é possível visualizar a performance atual do setor de exportação. Nos quadros a seguir, pode-
se observar a pontuação de cada assistente.
Em cima dos dados apresentados na tabela, foi desenvolvido o gráfico da roda da vida
do assistente 1, no qual, cada índice da tabela se transforma em uma área da vida, obtendo
assim, uma visão mais abrangente e proporcionando uma compreensão mais clara de qual área
necessita de mais atenção no momento.
65
Tempo de processo;
10
Tempo de processo;
10
Baseado nos dados apresentados na tabela, foi desenvolvido o gráfico da roda da vida
do assistente 3, no qual, cada índice da tabela se transforma em uma área da vida, obtendo
assim, uma visão mais abrangente e proporcionando uma compreensão mais clara de qual área
necessita de mais atenção no momento.
Pode-se oberservar no Gráfico 3 a seguir, a roda da vida do assistente 3.
Tempo de processo;
10
Com base nos dados apresentados na tabela, foi desenvolvido o gráfico da roda da vida
do assistente 4, no qual, cada índice da tabela se transforma em uma área da vida, obtendo
assim, uma visão mais abrangente e proporcionando uma compreensão mais clara de qual área
necessita de mais atenção no momento.
Pode-se oberservar no Gráfico 4 a seguir, a roda da vida do assistente 4.
Tempo de processo;
10
60
55
ASSISTENTE 3 - J.R 68
Tempo de processo;
35 25
30
Flexibilidade e adaptação; Conformidade por processo;
31 25 22
20
15
10
Relacionamento interpessoal; Atendimento ao cliente;
5
29 30
0
Planner;
Organização e foco;
Conferência de NCM;
ASSISTENTE 3 Excel – fórmulas mais complexas;
J.R Incoterms;
Emissão de Nota Fiscal de exportação;
Carta de crédito;
Conferência de NCM;
Excel – fórmulas mais complexas e tabela dinâmica;
ASSISTENTE 4 Espanhol – fala, escrita e leitura;
L.T.K Inglês – fala;
Incoterms;
Emissão de Nota Fiscal de exportação;
Organização;
Conferência de NCM;
ANALISTA 2
Espanhol – fala;
L.O.B
Organização da rotina;
Fonte: a autora, conforme arquivo da pesquisa.
A partir dos dados levantados neste capítulo, será apresentada quais as possíveis
soluções e métodos para a otimização do processo de exportação e a capacitação da equipe,
objetivando o desenvolvimento dos pontos críticos citados e a melhoria contínua dos pontos
fortes do setor.
73
4 PLANOS DE AÇÃO
procuração e o radar do
exportador vencer
Atrasos/Não Pessoas Ao receber o embarque por parte Analistas A partir de
acompanhamento do do exportador, adicionar na Janeiro
processo rotina dos assistentes de 2022
imediato, juntamente com o
cronograma do embarque, para
que o assistente possua um
direcionamento e consiga
cumprir os prazos.
Desempenho coletivo Pessoas Aplicar ametodologia Scrum e o Coordenador A partir de
Team Canvas juntamente com a Janeiro
Analista 02 2022
Compartilhamento de Pessoas Aplicar ametodologia Scrum e o Coordenador A partir de
informações e Team Canvas juntamente com a Janeiro
comunicação interna Analista 02 2022
Fonte: A autora.
Após a análise em síntese, é possível visualizar as soluções das dificuldades do processo e das
pessoas, juntamente com a solução sugerida. Ao entender as soluções do processo, nota-se que
são problemas mais operacionais que somente exigem atenção e disponibilidade de tempo dos
responsáveis. Por esse motivo, concentrando-se nas metologias que deverão ser aplicadas para
a resolução das dificuldades focadas na equipe, foi feito o esclarecimento das técnicas
especificadas no plano de ação.
Portanto, para que a equipe de exportação possa se tornar uma equipe autogerenciável,
pretende-se aplicar o Team Canvas e as capacitações, para que o grupo possa ter um
crescimento sustentável, para que a aplicação dos métodos seja orgânica para os membros, sem
a pressão causada pelo crescimento compulsivo, mas também com o compromisso de elevar o
nível da equipe e encontrar um objetivo em comum para trabalhar o coletivismo.
Para desenvolver o grupo de trabalho e transformar em equipe real, o objetivo é realizar
a aplicação do Team Canvas em uma dinâmica/imersão com os membros, para que seja buscado
a essência do grupo, fazendo com que todos se comprometam uns com os outros em busca de
uma mesma missão e objetivo, fazendo com que se desenvolva um espírito de confiança e
companherismo entre os índividuos.
A fim de de alcançar o estágio de aquiescência, almeja-se estabelecer os papéis de cada
indivíduo, através do Team Canvas e da aplicação do Scrum no cotidiano da equipe,
75
estabelecendo uma rotina coletiva e colaborativa, onde cada membro entenda seu papel na
equipe, e em que as informações circulem livremente entre o grupo, tornando o ambiente menos
competitivo e mais cooperativo.
Na figura 29 a seguir, pode-se observar a estrutura de aplicação do Team Canvas.
no processo;
O grupo se reúne (presencial ou virtualmente) com todos integrantes e estabelece um tempo
para o preenchimento dos quadrantes e da conversa sobre as diferentes contribuições;
Começar sempre pelo propósito (no centro do Canvas);
Cada integrante pensa em sua resposta individualmente e escreve sua anotação em um
papel;
Quando todos terminarem, o time compartilha as respostas e observa pontos em comum,
diferenças, antagonismos e sinergias. Não é preciso eliminar nem priorizar, o objetivo é
acolher e respeitar as individualidades, convergindo para um propósito que faça sentido
para o grupo;
Repetir o mesmo procedimento para todos os quadrantes;
Se necessário, voltar para o Canvas e discutir novamente aspectos que precisem ser
atualizados.
Os resultados esperados através da aplicação do Team Canvas são:
Promover a integração entre as pessoas que fazem parte da equipe;
Conhecer e acolher os objetivos e valores individuais de quem faz parte da equipe;
Alinhar pontos importantes como a forma de comunicação do grupo e as tomadas de
decisão;
Definir objetivos e metas em comum, estimulando o espírito de equipe;
Determinar um propósito geral de toda a equipe;
Entender quais habilidades e forças cada membro agrega para a equipe.
ASSISTENTE 1 M.H.C
ASSISTENTE 2 B.F.G Curso com professor fluente, que ajude no
ASSISTENTE 3 J.R Espanhol desenvolvimento de vocabulário específico para o
ASSISTENTE 4 L.T.K comércio exterior.
ANALISTA 2 L.O.B
ASSISTENTE 1 M.H.C Curso com professor fluente, que ajude no
Inglês
ASSISTENTE 4 L.T.K desenvolvimento da fala e escrita formal.
ASSISTENTE 1 M.H.C Capacitação interna, com duas pessoas da empresa
ASSISTENTE 3 J.R Excel que tem bastante experiência com fórmulas
ASSISTENTE 4 L.T.K utilizadas no cotidiano da exportação
ASSISTENTE 1 M.H.C Emissão NF Capacitação interna, com duas pessoas da empresa
ASSISTENTE 3 J.R exportação indireta que tem bastante experiência na emissão de Nota
ASSISTENTE 4 L.T.K fiscal de exportação
Fonte: A autora.
Para entender como o Scrum funciona, a Atlassian cita que primeiramente é necessário
entender os conceitos e as funções de cada membro da equipe, para então partir para a utilização
dessa ferramenta.
Significados de alguns conceitos:
Sprint: Um Sprint é um período curto e fixo em que uma equipe Scrum trabalha para
concluir uma quantidade definida de trabalho. Cada Sprint pode ser considerado um projeto
curto. Segundo a Verum Partners, o termo Sprint corresponde a um tipo de corrida de
velocidade em que o atleta percorre uma distância curta num período de tempo mais curto
ainda, ou seja, a ideia da Sprint no Scrum é que deve-se cumprir uma meta dentro de um
período determinado, resultando em um item/projeto totalmente pronto.
Product Backlog: lista com as funcionalidades esperadas pelo Product Owner;
Sprint Backlog: tarefas retiradas do Product Backlog que serão desenvolvidas no próximo
ciclo de trabalho;
Uma equipe de Scrum precisa de três funções específicas:
1. O proprietário do produto do Scrum:
Têm como foco compreender os negócios, o cliente e os requisitos do mercado, priorizando o
trabalho a ser feito pela equipe. O proprietário do protudo é responsável por:
Criar e gerenciar o Backlog do produto;
Estabelecer uma parceria estreita com os negócios e a equipe para garantir que todos
compreendam os itens de trabalho no Backlog do produto;
Orientar claramente a equipe sobre quais recursos entregar em seguida;
2. O Scrum master:
Orientam a equipe, os proprietários do produto e os negócios durante processo de Scrum,
procurando maneiras de melhorar a prática. Um mestre do Scrum eficaz compreende
profundamente o trabalho realizado pela equipe e pode ajudá-la a otimizar a transparência e o
fluxo de entrega. Como facilitador principal, ele agenda os recursos necessários (humanos e
logísticos) para planejamento de Sprint, reuniões rápidas, revisão de Sprint e retrospectiva de
Sprint.
3. A equipe de desenvolvimento do Scrum:
As equipes do Scrum colocam o Sprint em desenvolvimento. As equipes do Scrum mais
eficazes são unidas, compartilham o mesmo local e normalmente são compostas por cinco, seis
ou sete membros.
79
1. Backlog do produto: é a principal lista do trabalho que precisa ser feita e é mantida pelo
proprietário do produto. Basicamente, ela é a "Lista de afazeres" da equipe.
2. Backlog do Sprint: é a lista de itens, feedbacks de clientes ou correções de problemas no
processo selecionada pela equipes de desenvolvimento para a implementação no ciclo atual
de Sprint.
3. Incremento (ou meta de Sprint): é o produto final utilizável, proveniente de um Sprint.
As cerimônias ou eventos Scrum, são eventos sequenciais, cerimônias ou reuniões que
as equipes do Scrum executam com frequência. A seguir é possível visualizar as principais
cerimônias que são realizadas, não são sequênciais, pois cada uma tem uma função diferente
no projeto.
1. Organizar o Backlog (ou preparação do Backlog): esse evento é responsabilidade do
proprietário do produto. As principais tarefas são acompanhar constantemente o mercado e
o cliente, entendendo as dores do cliente e da equipe interna. Dessa forma, ele mantém a
lista usando o feedback dos clientes e da equipe de desenvolvimento para ajudar a priorizar
e manter a lista clara e pronta para ser trabalhada a qualquer momento.
2. O Planejamento do Sprint: é um evento colaborativo em que a equipe responde a duas
perguntas básicas: o que pode ser feito nesse Sprint e como vai ser feito.
3. Sprint: um Sprint é o período real em que a equipe do Scrum trabalha em conjunto para
concluir um incremento/uma meta. Geralmente dura semanas.
4. Scrum diário ou reunião rápida diária: é uma reunião diária bem rápida que ocorre na
mesma hora (em geral, pela manhã) e local para manter a simplicidade. A reunião deve girar
80
Seguindo a ordem do fluxo acima, as atividades devem ser realizadas na seguinte ordem:
Sprint Planning que gera o Product Backlog;
Sprint Backlog que é feito através do Daily Scrum;
Increment / Demo em que é realizada a Sprint Review e a Sprint Retro;
Com isso, conclui-se que o Scrum é uma ferramenta estruturada para ajudar as equipes
a se adaptarem naturalmente às mudanças, aos requisitos do cliente e a repriorização integrada
das tarefas no processo, fazendo com que a equipe aprenda e melhore constantemente.
Colaborando também, com a interação dos integrantes da equipe, fazendo com que os membro
trabalhem em equipe, para alcançar os objetivos.
5 CONCLUSÃO
possível obter um resultado muito mais rápido e dinâmico do que o esperado, podendo concluir
o objetivo de tornar o grupo atual em uma equipe real autogerenciável.
REFERÊNCIAS
DIB, Simone Faury; SILVA, Neusa Cardim da. Competências em unidades de informação:
metodologia para o desenvolvimento de equipes. Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Rio de Janeiro, 2009. Disponível em:
84
https://www.scielo.br/j/pci/a/qgpyG8tHFfxG4gYZLxJcndc/?format=pdf&lang=pt. Acesso em
05 de outubro de 2021.
DRUMOND, Claire. Scrum: Saiba como usar o Scrum da melhor forma. Atlassian Agile
Coach. Publicado em 9 de novembro de 2018. Disponível em:
https://www.Atlassian.com/br/agile/Scrum. Acesso em 10 de novembro de 2021.
GOLDBARG, M.A. Times: ferramenta eficaz para a qualidade total. São Paulo: Makron,
1995.
KIPPER, L. M.; ELLWANGER, M. C.; JACOBS, G.; NARA, E. O. B.; FROZZA, R. Gestão
por processos: Comparação e análise entre metodologias para implantação da gestão
orientada a processos e seus principais conceitos. Tecno-Lógica, v. 15, n. 2, p. 89-99, 2011.
Disponível em: https://online.unisc.br/seer/index.php/tecnologica/article/view/2425. Acessado
em 02 de outubro de 2021.
85
PREISLER, Adriano Milton; BORBA, Jadson Alberto; BATTIROLA, Júlio Cesar. Os tipos
de personalidade humana e o trabalho em equipe. Revista PEC, v. 2, n. 1, p. 113-26, 2002.
Disponível em: http://www.aguiacontabilidade.cnt.br/pdf/os_tipos_de_personalidade.pdf.
Acesso em 08 de outubro de 2021.
WOLF, C.; HARMON, P. The State of Business Process Management – 2006, BPTrends,
2006, Disponível em: www.bptrends.com Acesso em: 19 de outubro de 2021.
ANEXOS
Gráfico 8 - PRESTATIVO
3
Gráfico 10 - ROMÂNTICO
3
2,5
1-É emotivo e focaliza a sensibilidade nas
próprias necessidades e sentimentos.
2
2-No lugar do convencional, prefere o
criativo.
1,5
3-É extremamente sensível é também um
1 grande apoio para pessoas em processo de
dor ou crise.
Gráfico 11 - OBSERVADOR
3
2,5
2-Sua grande dificuldade está em finalizar coisas
que, por sinal, inicia com a maior desenvoltura e
2 entusiasmo.
0,5
5-O epicurista tem uma capacidade incrível de
achar conexões, paralelismos e ajustes que
ninguém vê e um talento para a síntese não-linear
das informações.
2
3-Se é solicitado para ajudar, está ali
presente prontamente.
1,5
4-Enfrenta dificuldades nas mudanças.
Para ela, é mais fácil saber o que não quer
1 do que o que quer.
5-Não consegue dizer não.
0,5
6-Facilmente substitui necessidades
essenciais por coisas desnecessárias.