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Análise Do Consílio Dos Deuses
Análise Do Consílio Dos Deuses
. Espaço:
- Oceano Índico;
- «largo» (espaço marítimo vasto);
- ondas «inquietas» (ondulação ligeira - personificação);
- os ventos brandos, tranquilos, serenos (personificação: «respiravam» -
v. 3);
- as velas «inchadas» pelo vento, fazendo movimentar as naus, que vão
cortando as ondas;
- a espuma branca (causada pela ondulação e pela deslocação das
naus).
Em suma, a viagem dos Portugueses decorre num ambiente calmo,
tranquilo, sereno, com os ventos a «empurrarem» as naus.
. Retrato de Júpiter:
- é o Pai dos deuses («Estava o Padre ali» - est. 22, v. 1);
- é o presidente do consílio;
- é sublime e digno;
- é o senhor do raio;
- está sentado num trono faiscante de estrelas;
- tem um gesto alto, severo e soberano (tripla adjetivação);
- «Do rosto respirava um ar divino»;
- exala um ar que transformaria um corpo humano num ser divino;
- tem um cetro e uma coroa resplandecentes, feitos de uma pedra mais
luminosa que o diamante (comparação hiperbólica);
- possui um tom de voz «grave e horrendo» (dupla adjetivação), isto é,
que impõe respeito e temor;
- ocupa um lugar privilegiado, mais elevado (senta-se num lugar mais
elevado, superior ao dos demais deuses; repetição do adjetivo «alto»:
«poder mais alto», «alto poder», «gesto alto»);
- símbolos: os raios de Vulcano, a coroa e o cetro (símbolos de poder).
- poder
- superioridade
- severidade
- distinção
- majestática dignidade
b) Simbolismo de Baco:
- as dificuldades e obstáculos enfrentados pelos Portugueses durante a
sua navegação;
- os interesses prejudicados de mouros e outros indígenas e mesmo de
Portugueses cuja posição social poderia ser afetada.
a) Razões de Vénus:
1) a simpatia que sente pelos Portugueses («Afeiçoada à gente Lusitana»
- perífrase – est. 33, v. 2) porque são um povo semelhante ao seu amado
povo romano (descendente de Eneias, seu filho, nascido em Tróia, que
seguiu para Itália, depois da destruição daquela cidade pelos Gregos e,
segundo Virgílio, foi o progenitor dos Romanos), proximidade essa
visível em aspetos como:
i) a grande valentia e fortuna («Nos fortes corações, na grande estrela» -
est. 33, v. 5) mostradas na guerra no Norte de África («terra Tingitana» -
est. 33, v. 6);
ii) as semelhanças a nível da língua (entre o português e o latim) – est.
33, vv. 7-8;
- a certeza de que o seu nome e o culto do Amor, que ela simboliza,
serão sempre celebrados, no Oriente, em todos os lugares onde os
Portugueses chegarem (est. 34, vv. 1-4).
. Narrador