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Escola Básica e Secundária da Ponta do Sol

Ano Letivo 2017/2018


Prova Escrita: Português Ano de escolaridade: 9.º Turma C
Duração: 90 minutos Data: 29 de maio de 2018
Nome: ………………………………………………………………………………………………………… n.º ……………. Turma: ……………………
Grupo I – Compreensão Oral
Para responderes aos itens, escuta atentamente o poema “Porque”, de Sophia de Mello Breyner Andresen.

Para cada item (1. a 4.), seleciona a opção que permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto.

1. Algumas qualidades do “tu” sugeridas no poema são

(A) a autenticidade, a honestidade e a alegria.


(B) a honestidade, a coragem e a ousadia.
(C) a coragem, a honestidade e a capacidade de trabalho.

2. Alguns defeitos dos “outros” referidos no poema são

(A) a mentira, a hipocrisia e a cobardia.


(B) a cobardia, o calculismo e a preguiça.
(C) a hipocrisia, a cobardia e a ira.

3.A oposição entre o “tu” e os “outros” é marcada através da

(A) conjunção coordenativa copulativa “e”.


(B) conjunção subordinativa condicional “se”.
(C)conjunção coordenativa adversativa “mas”.

4. No poema, o sujeito poético estabelece uma espécie de diálogo

(A) com os “outros”.


(B) com o “tu”.
(C) consigo mesmo.
Grupo II – Compreensão da Leitura

 Lê o texto seguinte

Passagem para a Índia


No século XV, os Portugueses lideraram a corrida em busca de uma rota para o Oriente. O
Infante D. Henrique, o Navegador, fundou uma escola de navegação e os primeiros marinheiros
exploraram a costa ocidental de África em pequenos barcos chamados caravelas. De início, não
seguiam longe da costa. Naquele tempo imaginava-se que monstros tenebrosos e águas
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fervilhantes os esperavam nas terras quentes do Sul.
Em 1485, Diogo Cão dobrou o Cabo da Cruz (atual Cabo da Serra) onde ergueu um padrão
(marco de pedra para assinalar a presença portuguesa). Dois anos mais tarde, Bartolomeu Dias
ultrapassou o padrão de Diogo Cão, dobrou o Cabo das Tormentas, depois batizado de Boa
Esperança, e navegou até ao oceano Índico. Mas a sua tripulação, receosa, implorou-lhe o regresso.
10 Ficou assim aberto caminho para Vasco da Gama empreender outra expedição marítima que
atingiria o porto de Calecut na Índia, em 1498. Vasco da Gama pretendeu estabelecer relações
comerciais com os príncipes indianos, mas como eles não se impressionaram com os bens que ele
lhes oferecia, os portugueses recorreram ao uso da força dos exércitos e das armas para
estabelecer entrepostos comerciais em África e na Índia. Portugal em breve seria um poderoso
império.

ESPECIARIAS PARA VENDA


15 No século XV, as especiarias eram um bem precioso. Não havia
frigoríficos, por isso eram as especiarias que disfarçavam o sabor da
carne velha. A pimenta era tão rara que foi utilizada em vez de
dinheiro. Os exploradores portugueses descobriram que muitas das
especiarias à venda na Índia vinham de outras terras. O cravinho e a
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noz-moscada, especiarias muito valiosas, eram cultivados nas ilhas
Molucas, também conhecidas como as ilhas das Especiarias, mais a Pepe d’India. Gravura do séc. XVII

oriente.

Enciclopédia à Descoberta, Grandes Exploradores, Anne Millard (consultora), Planeta De Agostini, 2008 (adaptado)

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.

1. Associa cada elemento da coluna A ao único elemento da coluna B que lhe corresponde, de acordo com
o sentido do texto.
Escreve as letras e os números correspondentes. Utiliza cada letra e cada número apenas uma vez.

Coluna A Coluna B
(1) Cabo das
(a) Destino da expedição de Vasco da Gama. Tormentas
(b) Fundador de uma escola de navegação. (2) D. Henrique
(c) Cabo transposto por Bartolomeu Dias. (3) África
(4) Cabo da Serra
(d) Primeiro navegador a ultrapassar o Cabo da
Cruz. (5) Índia
(e) Procurou estabelecer acordos comerciais com (6) Vasco da Gama
os príncipes indianos. (7) Diogo Cão
(8) Ilhas Molucas

2. Escolhe, em cada item (2.1. a 2.4.), a opção que está de acordo com o sentido do texto.

2.1. Os portugueses navegavam junto à costa


(A) devido à fragilidade dos seus barcos.
(B) pois ainda estavam a aprender a navegar.
(C) porque temiam o desconhecido.
(D) uma vez que não possuíam mapas detalhados.

2.2. Os padrões
(A) assinalavam o local onde decorriam as trocas comerciais.
(B) indicavam a presença portuguesa.
(C) eram erigidos em momentos relevantes.
(D) sinalizavam a existência de um cabo.

2.3. Para obter os produtos desejados da Índia, os portugueses


(A) roubaram-nos.
(B) recorreram às armas.
(C) compraram sementes e cultivaram-nos.
(D) estabeleceram relações comerciais.

2.4. As especiarias eram um bem precioso,


(A) pois disfarçavam o sabor dos alimentos estragados.
(B) porque só podiam ser cultivadas em poucos locais.
(C) uma vez que permitiam conservar os alimentos.
(D) visto que eram utilizadas na confeção da maioria dos pratos.

3. Indica a expressão que o pronome “lhe” substitui em “implorou-lhe” (linha 9).

Grupo III – Educação Literária (parte A)

 Lê as estâncias 40 a 44 de Os Lusíadas, de Luís de Camões, e o vocabulário e notas


apresentados.

40 43
Tão grande era de membros, que bem posso 25 Sabe que quantas naus esta viagem
Certificar-te que este era o segundo Que tu fazes, fizerem, de atrevidas,
De Rodes estranhíssimo Colosso1, Inimiga terão esta paragem8,
Que um dos sete milagres2 foi do mundo. Com ventos e tormentas desmedidas!
5 Cum tom de voz nos fala, horrendo e grosso, E da primeira armada, que passagem
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Que pareceu sair do mar profundo. Fizer por estas ondas insofridas9,
Arrepiam-se as carnes e o cabelo, Eu farei de improviso tal castigo,
A mi e a todos, só de ouvi-lo e vê-lo! Que seja mor o dano que o perigo!

41 44

E disse: “Ó gente ousada, mais que quantas Aqui espero tomar, se não me engano,

10 No mundo cometeram grandes cousas, De quem me descobriu10 suma vingança.


35 E não se acabará só nisto o dano
Tu, que por guerras cruas, tais e tantas,
E por trabalhos vãos nunca repousas, De vossa pertinace confiança:
Pois os vedados términos quebrantas3 Antes, em vossas naus vereis, cada ano,
E navegar meus longos4 mares ousas, Se é verdade o que meu juízo11 alcança,

15 Que eu tanto tempo há já que guardo e tenho, Naufrágios, perdições de toda sorte,
Nunca arados de estranho ou próprio lenho 5:
40 Que o menor mal de todos seja a morte![”]

Luís de Camões, Os Lusíadas (ed. de Emanuel Paulo Ramos), Porto


42 Editora, 9.ª ed., 2011
Pois vens ver os segredos escondidos
Vocabulário e notas:
Da natureza e do húmido elemento6, 1. um segundo Colosso de Rodes. Entre as chamadas sete maravilhas
A nenhum grande humano concedidos do mundo antigo, incluía-se o Colosso de Rodes, enorme estátua
erguida à entrada do porto de Rodes, ilha do mar Egeu.
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De nobre ou de imortal merecimento,
2. maravilhas.
Ouve os danos de mi que apercebidos 3. ultrapassas os limites proibidos.
4. remotos.
Estão a teu sobejo atrevimento7, 5. nunca antes navegados por quaisquer embarcações.
Por todo o largo mar e pola terra 6. o mar.
7. ouve os prejuízos que tenho preparados para a tua temerária
Que inda hás de sojugar com dura guerra.
aventura.
8. a passagem do cabo da Boa Esperança.
9. indomadas.
10. Bartolomeu Dias.
11. pensamento.

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.

4. Localiza estas estâncias na obra e indica o nome deste episódio.


4.1. Indica o(s) plano(s) em que se inserem.
5. Indica como reagiram os marinheiros ao aparecimento do gigante.
5.1. Caracteriza-o.
6. Refere duas características dos Portugueses referidas pelo gigante.
7. O gigante prevê uma série de calamidades. Aponta duas delas.
8. Identifica os recursos expressivos presentes nos seguintes versos e comenta o seu objetivo.
"E disse: Ó gente ousada, mais que quantas/No mundo cometeram grandes cousas" (est. 41, vv.1-2)
9. Comenta o simbolismo deste episódio.

Parte B
1. Agora que já analisaste vários episódios d’Os Lusíadas, propomos-te que escrevas um texto de
opinião, com um mínimo de 70 e um máximo de 120 palavras, no qual:

• indiques o teu episódio preferido;


• refiras duas razões que justifiquem essa preferência;
• apresentes as personagens intervenientes e o seu papel;
• comentes a importância desse episódio na estrutura geral da obra.

O teu texto deve incluir uma parte introdutória, uma parte de desenvolvimento e uma parte de conclusão.

Organiza a informação da forma que considerares mais pertinente.

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados
por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2015/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados - um mínimo de 100 e um máximo de 120 -, há que atender ao seguinte:
- a um texto com extensão inferior a 30 palavras é atribuída a classificação de 0 (zero) pontos.
- nos outros casos, um desvio dos limites de extensão requeridos implica uma desvalorização parcial (até um ponto) do texto produzido.

Grupo IV - Gramática

 Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.

1. Completa cada uma das frases seguintes, usando, nos tempos indicados, a forma correta do verbo
apresentado entre parênteses.
a. Pretérito imperfeito do conjuntivo
Vasco da Gama esperou que o Adamastor ___________ (acabar) a sua história.
b. Pretérito perfeito simples do indicativo
Ao longo do relato do Adamastor, os marinheiros não ___________ (intervir).

2. Observa as palavras sublinhadas no verso 38, da estância 44, do Grupo III:


“Se é verdade o que meu juízo alcança”

a. Indica uma palavra derivada por sufixação da família de “verdade”.


b. Forma uma palavra derivada por parassíntese da palavra “juízo”.
c. Indica um nome da família do verbo alcançar, formado por derivação não afixal.

3. Indica a função sintática dos elementos sublinhados nas frases seguintes:


a. Os marinheiros portugueses depararam com uma figura enorme.
b. Perante a visão do gigante, ficaram todos receosos.
c. Vasco da Gama, o narrador deste episódio, enfrentou o Adamastor.

4. Classifica as orações sublinhadas em cada uma das seguintes frases complexas:


a. A figura do Adamastor era tão assustadora que encheu de medo os marinheiros.
b. Ainda que estivesse receoso, Vasco da Gama fala-lhe de cabeça erguida.
c. Quem via aquele monstro não o imaginava apaixonado.

5. Identifica a alínea que reproduz corretamente em discurso indireto a frase seguinte:


– Vou visitar-vos na próxima semana – prometeu o Rui aos avós.
(A) O Rui prometeu aos avós que os vai visitar na semana seguinte.
(B) O Rui prometeu aos avós que os visitaria na próxima semana.
(C) O Rui prometeu aos avós que os ia visitar na semana seguinte.
(D) O Rui prometeu aos avós que os ia visitar na próxima semana.

Grupo V - Escrita
A História de Portugal está associada ao mar. No entanto, alguns não respeitam este património.

Escreve um texto, entre 180 e 240 palavras, que pudesse ser publicado no jornal da tua escola, onde comentes as
causas e consequências da poluição marítima e indiques o que cada um de nós pode fazer para combater este
problema. Incentiva os teus colegas a participarem em ações de limpeza e prevenção.

Não assines o teu texto! FIM


Observações relativas ao Grupo III
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados
por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2015/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados - um mínimo de 180 e um máximo de 240 palavras -, há que atender ao seguinte:

- a um texto com extensão inferior a 60 palavras é atribuída a classificação de 0 (zero) pontos;


- nos outros casos, um desvio dos limites de extensão requeridos implica uma desvalorização parcial (até dois pontos) do texto produzido.

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