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CONTEÚDOS:
O problema da demarcação; o critério verificacionista; o critério falsificacionista;
O método científico: indutivismo e dedutivismo
COMPETÊNCIAS:
A – Análise e interpretação (50 pontos); B – Rigor conceptual e teórico (50 pontos);
C – Problematização e pensamento crítico (50 pontos); D – Raciocínio lógico e argumentação
filosófica (50 pontos).
9. [20 pontos]
— Uma teoria corroborada é, de acordo com Popper, uma teoria testada e que conseguiu ser bem-sucedida nos testes a que foi submetida;
— Ser bem-sucedida nos testes significa superar as várias tentativas sérias de a falsificar;
— O facto de sobreviver às tentativas de a falsificar não prova que a teoria é verdadeira, apenas que foi corroborada, isto é, que revelou um bom desempenho.
Nível 3 Explica de forma completa e precisa o que é uma teoria corroborada. 20 pontos
— Se a observação é a origem de todo o conhecimento, então nenhum conhecimento excede a observação OU O conhecimento vulgar excede as conclusões derivadas
— Ora, há conhecimentos que excedem a observação (postulamos a existência de entidades inobserváveis e admitimos a existência de partículas atómicas, por
exemplo) OU As ciências físicas também excedem a observação, propondo ideias que não são derivadas;
— Logo, «é falso que a observação seja a origem de todos os resultados do conhecimento físico».
— De acordo com a conceção indutivista do método, este começa com observações particulares a partir das quais se formulam teorias ou hipóteses gerais explicativas;
— Mas, dado que há teorias que tratam de entidades inobserváveis, estas não se baseiam na observação, o que põe em causa o indutivismo.
Nível 4 Identifica a perspetiva criticada e explica a crítica em causa de forma precisa. 20 pontos
Nível 3 Identifica a perspetiva criticada e explica a crítica em causa de forma imprecisa. 15 pontos
[Respostas possíveis, entre várias outras, dependendo do contexto de lecionação de cada turma].
Caso defenda que, para ser científica, uma teoria tem de ser falsificável:
— mas testar empiricamente uma teoria não significa procurar casos que a confirmem;
— pelo contrário, testar uma teoria consiste antes em procurar casos que a teoria proíba, ou seja, fazer observações ou experiências que sejam incompatíveis com a
teoria;
— procurar observações ou resultados experimentais que sejam contrários ao previsto pela teoria equivale a procurar falsificar a teoria;
— assim, se uma teoria não for falsificável, também não poderá ser testada e, se não for testável, nada permitirá distinguir a ciência de qualquer outro tipo de
especulações.
Caso defenda que, para ser científica, uma teoria não tem de ser falsificável:
— defender que as teorias científicas têm de ser falsificáveis equivale a dizer que a falsificabilidade é uma condição necessária da ciência;
— porém, há exemplos de teorias que não são claramente falsificáveis (ou que o são num grau muito reduzido) e que os cientistas não estão dispostos a abandonar,
— o que leva os cientistas a aceitar a teoria da evolução por seleção natural não é o facto de ela não ter sido falsificada, mas apenas o facto de essa teoria conseguir
explicar melhor os dados disponíveis e as novas descobertas que vão sendo feitas em diferentes áreas;
— além disso, os cientistas nem sempre abandonam as teorias quando deparam com resultados incompatíveis com elas, limitando-se a fazer pequenos ajustes ou a
— assim, a falsificabilidade não é uma condição necessária para que uma teoria seja científica.
Nível 3 Defende uma posição, de forma coerente mas não totalmente justificada. 15 pontos
Nível 1 Apenas apresenta algumas ideias soltas para a defesa de uma posição. 5 pontos
FIM