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RELATÓRIO DE ESTÁGIO

1. Matrícula

201803540941

\Nome completo

Manassés Gomes da Silva

2. Nome e endereço da Instituição ou identificação do


local onde realizou-se o Estágio

Centro Educacional La Salle

Endereço: Avenida Dom Pedro I, nº 151 – Dom Pedro


Telefone: (92) 36551212

3. Metodologia e fundamentação teórica

O relatório de Estágio Supervisionado em Prática Docente na Educação Básica aqui


apresentado foi realizado no Centro Educacional La Salle, com a carga horária obrigatória
de 154 horas, o mesmo foi realizado na Educação Infantil e Ensino Fundamental 1, e tem
como objetivo complementar a teoria pedagógica através da prática vivenciada no estágio,
preparando o acadêmico para o trabalho produtivo.
A Educação Básica, a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB - 9.394/96),
passou a ser estruturada por etapas e modalidades de ensino, englobando a Educação
Infantil, o Ensino Fundamental obrigatório de nove anos e o Ensino Médio.
O estágio supervisionado, além de ser parte das disciplinas da licenciatura, é a
oportunidade que o aluno tem de praticar a futura profissão. Pimenta (2002) que define o
estágio como estágio curricular. Para a autora, (2002, p. 21), “Por estágio curricular
entende-se as atividades que os alunos deverão realizar durante o seu curso de formação,
junto ao campo futuro de trabalho [...]”.
Durante o período de estágio participei de um projeto sobre as lendas indígenas,
onde contribui com a organização e apresentação do mesmo. Essas lendas foram
apresentadas através de teatro e pinturas.

É fundamental reconhecer a importância dos indígenas para a construção da


identidade brasileira. Apesar de serem hoje poucos no país, os indígenas
influenciaram muito a cultura de todos os brasileiros.

Contudo, essa rica cultura vem sendo esquecida. Preservar a história indígena é
manter viva parte da história do povo brasileiro. E é importante reconhecer as
origens culturais do Brasil de maneira pedagógica. Garantir esses temas na
educação básica permite uma aprendizagem baseada no respeito e na
valorização das diferentes culturas.

Segundo a FUNAI, apenas recentemente a sociedade começa a se conscientizar


que os índios são parte integrante da vida nacional.

Muitas são as lendas indígenas que fazem parte do folclore brasileiro. São
histórias e mais histórias que envolvem seres mitológicos. Criados pela
imaginação humana, vão sendo passadas de pais para filhos. E, da mesma forma
que encantam, pelo lado sobrenatural que costumam possuir, também causam
medo em muitos.

Para Lima (2003, p.56), o homem e a natureza se confundem numa relação de


dependência no ato interpretativo da ocorrência de fenômenos naturais. As
lendas se caracterizam diante da dependência da natureza para sobrevivência
das pessoas constituídas ao redor das florestas, tornando os acontecimentos
como verdade e crença. 

As Lendas no Brasil são inúmeras, influenciadas diretamente pela miscigenação


na origem do povo brasileiro, elas estão vivas na memória coletiva dos povos e
comunidades,

Para Bayard (1957, p.9), a lenda é mais verdadeira que a história, é um precioso
documento, ela exagera a vida de um povo, comunica-lhe um ardor de
sentimento que nos comove mais que uma rigidez cronológica, de fatos
consignados.

Durante o evento realizado, as crianças tiveram a oportunidade de expressar


aquilo que aprenderam através da pintura.

Almeida (2001), afirma que o contato com as artes na escola auxilia também na
construção de valores. Os alunos aprendem que podem expressar seus
sentimentos e suas emoções através de linguagens artísticas e, dessa maneira,
desenvolvem também o respeito pela criação do outro.

Dessa maneira, as teorias pesquisadas contribuíram muito para o enriquecimento


do trabalho pedagógico, sendo possível através disso levar os alunos a refletirem
sobre o indígena e seu papel na sociedade; sendo capazes também de aliarem
conhecimento à prática artística.
Segundo Almeida (2001), as aulas de arte deveriam extrapolar o campo
específico das artes, levando aos alunos a oportunidade de contato com as mais
diversas formas de expressão de várias culturas. Com isso, os alunos aprendem
sentimentos de tolerância, respeito e compaixão.

Entretanto, o que se vê com bastante freqüência nos dias de hoje é o ensino da


cultura dominante como a mais correta, e dificilmente é abordada a arte das
minorias. Quando isso acontece, acaba havendo a repetição do estereótipo, o
que não ajuda na construção de sentimentos de respeito com o diferente.

Os povos indígenas deixaram para a sociedade brasileira uma diversidade


cultural que foi importante para a formação da população brasileira.

4. Observação prática:

A atuação em sala de aula me deu a oportunidade de refletir, de analisar


onde e como devo melhorar, o estágio é sempre uma experiência diferente,
onde o estagiário está sujeito a enfrentar situações muitas das vezes
inesperadas. Durante o estágio foi possível, através das reflexões diárias
perceber estas questões, que no término das aulas me faziam pensar e
refletir sobre aquele momento vivenciado.
Certamente, posso dizer que o estágio foi um momento maravilhoso, que
aprendi na prática que ensinar não se resume em passar conteúdos e sim
interagir, ter humildade e amor naquilo que estava fazendo, por isso
acredito que a prática teve significado tanto para mim quanto para os
alunos.
O estágio foi um momento de aprendizagem que me oportunizou estar de
frente para a realidade, e também foi o momento de identificar minhas
aptidões e interesses em relação à escolha profissional.
Durante o estágio, pude observar que as aulas foram dinâmicas e
interativas onde as atividades proposta pelas professoras, permitiram que
as crianças tivessem toda a liberdade para criar, inventar, errar e
reaprender.
Uma das atividades que mais me chamou atenção foi a roda de conversa,
pude observar que a integração e a socialização entre as crianças,
realmente acontecem, pois a professora passa a conhecer melhor o
cotidiano de cada aluno. Gostei também da realização do projeto sobre o
Dia do Índio, onde as crianças levavam comidas típicas indígenas, e as
crianças demonstravam saber da importância desse dia.
Participei de algumas atividades que foram muito gratificantes, como por
exemplo, a coroação de Maria, tendo em vista que a escola segue a doutrina
católica.
Enfim, com a realização do estágio pude perceber que o mesmo se torna um
momento decisivo para a formação do profissional de educação, pois o
acadêmico de hipótese alguma, poderá ocupar um espaço educacional, sem
conhecer de perto a realidade escolar, e os problemas que os cerca no
contexto atual.
Na primeira e segunda semana, auxiliei os alunos nas atividades, ajudei a
professora a corrigir cadernos e folhas de atividades. Foi realizado um
projeto sobre lendas e comidas indígenas, onde tive a oportunidade de
participar e organizar o mesmo. Também confeccionei lembrancinhas para o
dia da Páscoa.

Na terceira e quarta semana, auxiliei os alunos nas atividades, ajudei a


professora na correção de cadernos e folhas de atividades. Foi realizada
uma apresentação sobre o Livro Infantil.

Na quinta e sexta semana, auxiliei os alunos nas atividades, ajudei a


professora a corrigir cadernos e folhas de atividades. Confeccionei um painel
para o dia das Mães.

Na sétima e oitava semana, auxiliei os alunos nas atividades, ajudei a


professora a corrigir cadernos e folhas de atividades. Participei dos ensaios
5. Análise dos materiais de suporte:

Ao analisar a estrutura da escola, observei que a mesma tem uma


ótima estrutura física, contendo elevadores, escadas e rampas que
atende perfeitamente as necessidades dos alunos e funcionários,
principalmente as dos PCDs.
As salas são bem amplas, iluminadas e arejadas, as cadeiras e
mesas são bem grandes e confortáveis. As áreas para recreação são
bem espaçosas e arborizadas.
A escola contém jogoteca, biblioteca, laboratório de informática e
ciências, sala de xadrez, auditórios, capela, ginásios, quadras
esportivas, cantinas, banheiros dentre outros. Observa-se que todas
as áreas citadas são bem amplas, arejadas e bem conservadas.
No que diz respeito aos materiais didáticos percebi que a escola
investe muito bem nos mesmo, pois são de ótima qualidade, são bem
conservados e utilizados adequadamente.
6. Considerações Finais:

DESTAQUES POSITIVOS: As professoras, sempre muito


prestativas, simpáticas e se colocaram sempre a disposição para sanar
qualquer problema ou dúvidas que fossem surgindo, além disso, todos
os profissionais da escola estavam à disposição e sempre que
solicitados atenderam de forma muito gentil, enfim todos estavam
inseridos nesse processo de ensino-aprendizagem.

DIFICULDADES/DESAFIOS: Observei ao longo deste período


que algumas professoras tinham certa dificuldade em determinados
momentos de controlar alguns alunos em conversas paralelas que
atrapalhavam um pouco no desenvolvimento das aulas.

Conclui-se, que o estágio supervisionado do curso de Pedagogia, é a


base que nós como futuros professores precisamos para conviver com
a realidade escolar.

Referências:
ALMEIDA, Célia Maria de Castro. Concepções e Práticas Artísticas na
Escola. In: Sueli Ferreira (Org). O Ensino das Artes Construindo
Caminhos. Campinas: Papirus, 2001.

BAYARD, Jean-Pierre. História das Lendas. Trad. Jeanne Marillier.


São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1957 [coleção Saber Atual].

LIMA, Antonia Silva de. A lenda da Vitória-Régia: dois olhares para


um destino. [Doutorado]. Porto Alegre. Pontifícia Universidade Católica
do Rio Grande do Sul. 2003.
Professor reflexivo: construindo uma crítica. In: PIMENTA, Selma
Garrido; GHEDIN, Evandro (Org.). Professor reflexivo no Brasil:
gênese e crítica de um conceito. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002.

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