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Vamos lá!
Os filhos herdam a genética de seus pais, suas cargas estruturais biológicas, e também, tão
importante quanto, a sua epigenética, a carga cognitiva e comportamental constituidora da
personalidade que diz respeito ao modo de um indivíduo interpretar o mundo e lidar com a
vida.
Então, imaginem vocês, como esse processo de aprendizagem se dá nas crianças, totalmente
disponíveis a receber informação?
Crianças imitam tudo, e quando digo tudo, é tudo mesmo, até aquilo que você não sabe
existente, mas se presente, será imitado.
Porque crianças ainda não têm filtros racionais para discernir o que lhes cabe, e, sensivelmente
captam o entorno, neste caso, o contexto emocional do ambiente onde vive e, principalmente
o âmago afetivo-comportamental de seus cuidadores, que são para eles a fonte são a fonte
referencial de adequação à vida.
Com isto posto preciso que fique claro que a sistemática toda de espelhamento, o tal
mecanismo de projeção que citei no início do texto, é profundamente orgânica. Vejam!
O estímulo do entorno é captado pela rede neural da criança que irá sendo formada cada vez
mais a partir de um referencial afetivo com seus pais-cuidadores. Estímulo a estímulo, os
neurônios montando novas redes de informação que estruturarão e modelarão a elétrica
orgânica, sde modo que as sinapses contribuam com as respostas deste indivíduo ao
ambiente, e estes dizem respeito aos movimentos concretos de corpo no que concerna
principalmente ao sistema nervoso e imunológico. Assim, fala, tom de voz, aptidão, agilidade,
emoção e comportamentos serão consequências de estímulos específicos captados em
profundidade nuclear, ou seja, as crianças contém em si o âmago desses padrões
comportamentais por eles estarem instalados em sua cognição (mente e psique) de forma
vital. E é assim que repetem/repetimos, como que por instinto, alguns comportamentos.
O entendimento desta dinâmica toda é essencial para que possamos conduzir uma educação
mais sincera e humana. Pois, sem esta consciência, o que normalmente ocorre na educação
familiar é a punição e reprovação de comportamentos. A falta de acolhimento e aceitação da
natureza humana evidenciada nos filhos. Vemos, assim, ineficientemente pais condenarem e
culparem seus filhos por atitudes, hábitos, vícios e cultura transmitidas aos seus filhos pelo
exemplo que eles mesmos dão. Querem interromper algo enquanto alimentam aquilo.
Mas, você me pergunta, principalmente aqueles que ainda não tem filhos: Não é obvio?
Perceber que os pais executam o mesmo que condenam?
E eu te digo: NÃO!
E, quando criança incomoda, o que acontece segundo a cartilha da velha educação? Uma
intervenção ‘punitiva’, ao invés do acionamento do mecanismo reflexivo sobre a real origem
daquele comportamento.
É preciso que a dinâmica natural de espelhamento fique clara aos pais para que eles, se
revisitando, modifiquem em si mesmos aquilo que esperam alterar em seus filhos. Essa é a
sistemática dos relacionamentos. Não há outra via para uma educação mais coerente e efetiva,
e relações mais saudáveis entre os entes queridos.
Pais, seus filhos entendem o estímulo punitivo quando bem aplicado, mas não o repudio por
meio delas ao que vocês são e praticam. Isto gera revolta!
Pais, não adianta ‘secar o chão e não fechar a torneira’. É preciso que atentem-se à vocês!
Olhar-se no espelho a todo o momento é o convite feito por nossos filhos com suas
existênicas. Consideremos como algo insuportavelmente oportuno, pois, eles facilitam, se
aproveitarmos, o nosso desenvolvimento proporcionando a maior chance de obtermos clareza
sobre nós mesmos para ajustarmos o que for preciso.
A educação efetiva e verdadeira mudança dos filhos exigirá a mudança de suas fontes
constituintes referenciais.
Andréa Bello
www.synaptyco.com
Terapeuta Integrativa Sistêmica, Cognitiva-Comportamental, Coach e Master em Hipnose.
Minha matéria-prima é o desenvolvimento-humano.
Atendimento online e presencial para individualmente, casais, famílias e grupos de pais e
mulheres.