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Como ler poesia

para crianças
Aula de perguntas e respostas

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1. Os poemas são mais adequados para o treino da leitura, quando
a criança já começou a ler? Ou seria para leitura dos pais ao longo
da pré-alfabetização? Se eu for usá-los para treino da leitura, você
acha que ter feito a memorização prévia atrapalharia?

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1. Os poemas são mais adequados para o treino da leitura, quando
a criança já começou a ler? Ou seria para leitura dos pais ao longo
da pré-alfabetização? Se eu for usá-lo para treino da leitura, você
acha que ter feito a memorização prévia atrapalharia?

2. É importante explicarmos, ou dialogarmos sobre a interpretação


de todo poema que lemos com a criança?

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1. Os poemas são mais adequados para o treino da leitura, quando
a criança já começou a ler? Ou seria para leitura dos pais ao longo
da pré-alfabetização? Se eu for usá-lo para treino da leitura, você
acha que ter feito a memorização prévia atrapalharia?

2. É importante explicarmos, ou dialogarmos sobre a interpretação


de todo poema que lemos com a criança?

3. Qual idade você considera adequada para ensinar a contagem


de sílabas poéticas para a criança?

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4. A metodologia presente na apostila é para trabalhar os poemas
na alfabetização? Se sim, como fazer no período de pós-
alfabetização?

Ao concluir os 5 passos presentes na apostila, posso ir para outro


poema ou ainda há necessidade de aprofundar os estudos em
outras questões?

Indica algum material? (cartilhas de alfabetização, materiais com a


métrica dos poemas dividida, etc)

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4. A metodologia presente na apostila é para trabalhar os poemas
na alfabetização? Se sim, como fazer no período de pós-
alfabetização?

Ao concluir os 5 passos presentes na apostila, posso ir para outro


poema ou ainda há necessidade de aprofundar os estudos em
outras questões?

Indica algum material? (cartilhas de alfabetização, materiais com a


métrica dos poemas dividida, etc)

5. Tanto a criança quanto a mãe ou o pai podem se beneficiar desse


processo, podendo corrigir problemas de analfabetismo? Ajuda na
construção da consciência fonológica?

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6. Qual dicionário indica para crianças de 4 anos?

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6. Qual dicionário indica para crianças de 4 anos?

7. Gostaria de pedir sugestões de livros de poesia para bebês.

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6. Qual dicionário indica para crianças de 4 anos?

7. Gostaria de pedir sugestões de livros de poesia para bebês.

8. Minha dúvida é sobre ordem de escolha dos poemas. Você teria


sugestão de quais devemos trabalhar inicialmente?

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6. Qual dicionário indica para crianças de 4 anos?

7. Gostaria de pedir sugestões de livros de poesia para bebês.

8. Minha dúvida é sobre ordem de escolha dos poemas. Você teria


sugestão de quais devemos trabalhar inicialmente?

9. A forma da leitura interfere na compreensão? Qual a importância


da pontuação e ligações com o próximo verso? Por exemplo,
quando você leu a poesia “Jogo de bola” você fez uma ligação já
com o próximo verso sem a pausa que normalmente ocorre no
ponto final:

"Bola amarela,
a da Arabela.

A do Raul,
azul."

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10. Você conhece um vídeo do YouTube em que o Paulo Autran lê o
livro Ou isto ou aquilo? Acredita ser uma boa referência?

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10. Você conhece um vídeo do YouTube em que o Paulo Autran lê o livro Ou
isto ou aquilo? Acredita ser uma boa referência?

11. A dúvida é sobre como declamar as poesias. Sempre ficamos na dúvida


se devemos pausar aqui ou ali, ler mais rápido ou mais devagar e etc, pois
há momentos em que a frase é cortada para a outra linha, às vezes há frases
que começam com letra minúscula, há parênteses, disposições variadas de
frases e assim por diante.

O você indica?

Ficamos com receio de dar à poesia um sentido diferente do qual ela se


propõe, entende?

12. Você poderia me dizer quais poemas do livro são mais apropriados para
criança de três anos?

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TANTA TINTA

Ah! menina tonta,


toda suja de tinta
mal o sol desponta!

(Sentou-se na ponte,
muito desatenta…
E agora se espanta:
Quem é que a ponte pinta
Com tanta tinta?…)

A ponte aponta
e se desaponta.
A tontinha tenta
limpa a tinta, Fonemas:
ponto por ponto
/t/, /tʃ/
e pinta por pinta…
/p/
Ah! a menina tonta!
Não viu a tinta da ponte!

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SONHO DE OLGA a espuma escreve
com letras de alga
A espuma escreve a cavalgada da estrela Alfa.
com letras de alga
o sonho de Olga. A espuma escreve com algas na água
o sonho de Olga...
Olga é a menina que o céu cavalga
em estrela breve.

Olga é a menina que o céu afaga


e o seu cavalo em luz se afoga
e em céu se apaga.

A espuma espera
o sonho de Olga.

A estrela de Olga chama-se Alfa.


Alfa é o cavalo de estrela de Olga.
Fonemas:
Quando amanhece, Olga desperta /aw/, /ow/ - “L” vocálico
e a espuma espera
o sonho de Olga,

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LEILÃO DE JARDIM Um lagarto entre o muro
e a hera,
Quem me compra um jardim
com flores? uma estátua da
Primavera?
borboletas de muitas
cores, Quem me compra este
formigueiro?
lavadeiras e
passarinhos, E este sapo, que é
jardineiro?
ovos verdes e azuis
nos ninhos? E a cigarra e a sua
canção?
Quem me compra este
caracol? E o grilinho dentro
do chão?
Quem me compra um raio
de sol? (Este é meu leilão!)

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LEILÃO DE JARDIM Um lagarto entre o muro
e a hera,
Quem / me / com / pra um / jar / dim
com / flo / res? uma estátua da
Primavera?
bor / bo / le / tas / de / mui / tas
co / res, Quem me compra este
formigueiro?
la / va / dei / ras / e
pas / sa / ri / nhos, E este sapo, que é
jardineiro?
o / vos / ver / des / e a / zuis
nos / ni / nhos? E a cigarra e a sua
canção?
Quem me compra este
caracol? E o grilinho dentro
do chão?
Quem me compra um raio
de sol? (Este é meu leilão!)

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LEILÃO DE JARDIM Um / la / gar / to en / tre o / mu /
ro e a / he / ra,
Quem / me / com / pra um / jar / dim
com / flo / res? u / ma es / tá / tua / da /
Pri / ma / ve / ra?
bor / bo / le / tas / de / mui / tas
co / res, Quem / me / com / pra es / te
for / mi / guei / ro?
la / va / dei / ras / e
pas / sa / ri / nhos, E es / te / sa / po, / que é /
jar / di / nei / ro?
o / vos / ver / des / e a / zuis
nos / ni / nhos? E a / ci / gar / ra e a / su / a
can / ção?
Quem / me / com / pra es / te
ca / ra / col? E o / gri / li / nho / den / tro
do / chão?
Quem / me / com / pra um / rai / o
de / sol? (Es / te é o / meu / lei / lão!)

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JARDIM DA IGREJA

Dalila e Lélia,
e Júlia e Eulália
cortavam dálias.

Dalila e Lélia,
Eulália e Júlia
cantavam dúlias.

Dálias e dúlias
E harpas eólias...

E a alada lua
Fonemas:
— alta camélia?
/l/, /ʎ/, /ja/
— célia magnólia?

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A FOLHA NA FESTA

Esta flor
não é da floresta.

Esta flor é da festa,


esta é a flor da giesta.

É a festa da flor
e a flor está na festa.

(E esta folha?
Que folha é esta?)

Esta folha não é da floresta.

Esta folha não é da giesta.

Não é folha da flor.


Mas está na festa. Fonemas: /f/, /l/
Encontro consonantal /fl/
Na festa da flor
na flor da giesta.

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A ÉGUA E A ÁGUA

A égua olhava a lagoa


com vontade de beber água.

A lagoa era tão larga


que a égua olhava e passava.

Bastava-lhe uma poça d’água,


ah! Mas só daqui a algumas léguas.

E a égua a sede agüentava.

A égua andava agora às cegas


de olhos vagos nas terras vagas,
buscando água.

Grande mágoa!

Pois o orvalho é uma gota exígua


e as lagoas são muito largas. Fonemas: /ɛ/, /a/, /wa/

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O MENINO AZUL E os dois sairão pelo mundo
que é como um jardim
O menino quer um burrinho apenas mais largo
para passear. e talvez mais comprido
Um burrinho manso, e que não tenha fim.
que não corra nem pule,
mas que saiba conversar. (Quem souber de um burrinho desses,
pode escrever
O menino quer um burrinho para a Ruas das Casas,
que saiba dizer Número das Portas,
o nome dos rios, ao Menino Azul que não sabe ler.)
das montanhas, das flores,
— de tudo o que aparecer.

O menino quer um burrinho


que saiba inventar
histórias bonitas
com pessoas e bichos
e com barquinhos no mar.

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A BAILARINA

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Não conhece nem dó nem ré


mas sabe ficar na ponta do pé.

Não conhece nem mi nem fá


mas inclina o corpo para cá e para lá.

Não conhece nem lá nem si,


mas fecha os olhos e sorri.

Roda, roda, roda com os bracinhos no ar


e não fica tonta nem sai do lugar.

Põe no cabelo uma estrela e um véu


e diz que caiu do céu.

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Mas depois esquece todas as danças,


e também quer dormir como as outras crianças.

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A LÍNGUA DO NHEM

Havia uma velhinha Depois veio o cachorro


que andava aborrecida da casa da vizinha,
pois dava a sua vida pato, cabra e galinha
para falar com alguém. de cá, de lá, de além,

E estava sempre em casa e todos aprenderam


a boa da velhinha a falar noite e dia
resmungando sozinha: naquela melodia

nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem… nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem…

O gato que dormia De modo que a velhinha


no canto da cozinha que muito padecia
escutando a velhinha, por não ter companhia
principiou também nem falar com ninguém,

a miar nessa língua ficou toda contente,


e se ela resmungava, pois mal a boca abria
o gatinho a acompanhava: tudo lhe respondia:

nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem… nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem…

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A AVÓ DO MENINÓ

A avó
vive só.
Na casa da avó
o galo liró
faz “cocorocó!”
A avó bate pão-de-ló
E anda um vento-t-o-tó
Na cortina de filó.

A avó
vive só.
Mas se o neto meninó
mas se o neto Ricardó
mas se o neto travessó
vai à casa da avó,
os dois jogam dominó.

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O ECO

O menino pergunta ao eco


onde é que ele se esconde.
Mas o eco só responde: “Onde? Onde?”

O menino também lhe pede:


“Eco, vem passear comigo!”

Mas não sabe se o eco é amigo


ou inimigo.

Pois só lhe ouve dizer:


“Migo!”

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O MENINO DOS FF E RR

O menino dos ff e rr
é o Orfeu Orofilo Ferreira:
Ai com tantos rr, não erres!

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O TEMPO DO TEMPORAL

O tempo
do temporal.
O templo ao tempo
ao ar
e ao pó
do temporal.
E o doente ao pé do templo.
E o temporal no poente.
E o pó no doente.

O tempo do doente.

O ar, o pó do poente. Fonemas: /t/, /d/, /p/


O temporal do tempo. Encontro consonantal: /pl/

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PROCISSÃO DE PELÚCIA

Aonde é que vai o praça E não há Prússia


nem praça
que passa nem peliça
de peliça, nem compressa
com pressa, nem praça
na praça? nem preço
nem pressa...
Ia pôr uma compressa
depressa Há uma procissão
no rei da Prússia? que passa
que passa na praça
Mas o praça
não sabe o preço só com preces
para ir da praça de pelúcia...
à Prússia.
Fonema: /s/ - Grafemas: ç, ss, s, c
Encontro consonantal: /pr/

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CANTIGA PARA ADORMECER LÚLU

Lúlu, lúlu, lúlu, lúlu A lombriga parecia A espingarda faz pum pum!
vou fazer uma cantiga um leão. pim pim!
para o anjinho de São Paulo E o anjinho andava triste O anjinho abana as asas
que criava uma lombriga. e chorão. assim.

A lombriga tinha uns olhos Lúlu, lúlu, lúlu, lúlu A lombriga salta fora,
de rubim. Pois eu faço esta cantiga enfim!
Tinha um rabo revirado para o anjinho de São Paulo (E foi correndo! E tocava
no fim. que alimentava a lombriga. bandolim!)

Tinha um focinho bicudo A lombriga ia ficando


assim. maior
Tinha uma dentuça muito que o anjinho de São Paulo!
ruim. (Que horror!)

Lúlu, lúlu, lúlu, lúlu Mas um dia chega um


vou fazer uma cantiga caçador!
para o anjinho de São Paulo Firma a sua pontaria,
que criava essa lombriga. sem rumor.

A lombriga devorara Lúlu, lúlu, lúlu, lúlu


seu pão, paro até minha cantiga
a banana, o doce, o queijo, sobre o anjinho de São Paulo!
o pirão.

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