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EFEITOS DE UM MICROCICLO DE CROSSFIT® EM VARIÁVEIS DA CARGA

INTERNA DE TREINAMENTO.

Delineamento de pesquisa Foram investigados praticantes da modalidade


CrossFit® , durante um microciclo de treinamento, para determinar os efeitos
do treinamento sobre as variáveis: Perfil dos Estados de Humor (POMS), VFC,
FCrep, Potência de Membros Inferiores, Força de Preensão Manual e
Flexibilidade, conforme ilustrado na Figura 1. Inicialmente, foi aplicada uma
anamnese para a coleta de dados demográficos (idade, sexo, tempo de prática
e local de prática), um questionário de prontidão para o esporte com foco nas
lesões musculoesqueléticas (MIR-Q) e foram coletados os dados
antropométricos (massa e estatura). No primeiro dia da coleta, foi aplicado o
questionário de Estado de Humor (POMS) e foram mensuradas VFC, FCrep,
potência de membros inferiores através do SV, força de preensão manual
(FPM) e flexibilidade (FLEX). No segundo encontro, que ocorreu no último dia
da mesma semana, após o término do microciclo semanal (cinco sessões), foi
empregado o mesmo procedimento de avaliação de cada participante.

Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) A avaliação regular da frequência


cardíaca envolve a medida da variação entre os batimentos cardíacos
individuais durante o período consecutivo, chamados ciclos cardíacos, e essa
variação pode fornecer uma estimativa da atividade do sistema nervoso central
(PLEWS et al., 2017). Para a mensuração da VFC, utilizamos o protocolo de
fotopletismografia, por meio do aplicativo HRV4TRAINING™, que foi validado
em estudo prévio (PLEWS et al., 2017). Os participantes realizaram o teste
posicionando o dedo indicador na câmera do smartphone na posição sentada
durante o período de 60 segundos, conforme o protocolo descrito no estudo de
validação.
Potência de Membros Inferiores Inicialmente foi realizado um aquecimento de
cinco minutos que consistia em realizar exercícios coordenativos para o salto,
corrida curta de 10 metros ida e volta e uma série de salto, além de explicação
verbal e demonstração do procedimento. Para a realização da análise de
potência de membros inferiores, foi aplicado o teste de Salto Vertical (SV), de
acordo com Matsudo (1995). Os participantes iniciaram o teste na posição em
pé, com calcanhares no solo, pés paralelos, corpo lateralmente à parede com
apenas o braço dominante elevado verticalmente, considerando como ponto de
referência de saída a extremidade mais distal das polpas digitais da mão
dominante marcada com giz, e realizaram uma semiflexão e extensão dos
joelhos (com o auxílio dos braços), saltando e tentando alcançar o ponto mais
alto (marcando com giz), em três tentativas com intervalos de dois minutos
cada uma. A diferença do ponto de referência inicial e do alcance máximo
atingido pelo indivíduo foi medida por uma fita métrica em centímetros e
anotada na ficha de coleta. Força de Pressão Manual A realização do teste de
força de pressão manual foi realizada com um dinamômetro da marca
SANNY®, modelo DN-1010. A posição adotada para a realização da avaliação
da força de preensão manual foi a utilizada em um estudo de Marins e
Fernandes (2011), e recomendada pela American Society of Hand Therapists
(ASHT), na qual o avaliado deve estar confortavelmente sentado, posicionado
com o ombro levemente aduzido, o cotovelo fletido a 90°, o antebraço em
posição neutra e, por fim, a posição do punho podendo variar de 0° a 30° de
extensão com o tempo de contração de três segundos, sendo realizadas três
tentativas. Os resultados foram anotados na ficha de coleta. Flexibilidade A
flexibilidade foi avaliada pelo teste de Wells e Dillon (1952), também
denominado de teste de “sentar e alcançar”. O indivíduo permanece sentado
no chão, com os joelhos estendidos, e flexiona o tronco com os membros
superiores estendidos, registrando-se o maior valor alcançado ao final do
movimento. Os valores são expressos em centímetros (cm), sendo o ponto
zero (0 cm) quando as mãos chegam ao nível da região plantar. Os valores
positivos correspondem à localização dos dedos das mãos quando
ultrapassam a região plantar; são considerados valores negativos quando a
posição das mãos não atinge esse ponto. Para a realização do teste, utilizou-se
um Banco de Wells e os participantes sentaram com as pernas juntas, os
joelhos estendidos e as plantas dos pés (descalços) colocadas contra a borda
do banco. Os integrantes tentaram alcançar lentamente a frente o mais distante
possível ao longo do topo do banco, conservando as duas mãos paralelas, não
podendo flexionar os joelhos e devendo manter essa posição
momentaneamente por cerca de dois segundos, com três tentativas, seguindo
um estudo publicado por Heyward (2004). Todos os dados foram coletados no
primeiro e último dias do microciclo semanal e anotados nas fichas de coleta
individuais. Protocolo de treinamento O protocolo de treinamento consistiu em
um microciclo semanal com cinco dias consecutivos, descrito na Tabela 1.
Os treinamentos diários tiveram duração de uma hora em média, divididos em
exercícios de mobilidade, aquecimento e WOD (Work of Day), ou seja, o "treino
do dia". Cada dia de treinamento começou com um aquecimento (rodando em
torno da academia, movimentos de múltiplas articulações, saltos, flexões,
balanços dos braços). A parte principal do treinamento, o WOD, seguiu por 10
a 15 minutos, em que foi orientado a cada indivíduo realizar o número máximo
de repetições dos exercícios estabelecidos pelo instrutor, com seu tempo e sua
intensidade máximos. Durante o microciclo, os participantes mesclavam
exercícios de força (agachamentos, levantamentos, arranco) utilizando barras e
anilhas, oriundos do treinamento de LPO, aeróbios (corrida, remadas em
aparelhos) e exercícios com o próprio corpo (flexão, parada de mãos).
Análise estatística A normalidade dos dados foi avaliada por meio do teste de
Shapiro-Wilk, em que os dados são apresentados através de média ±dp e
Intervalo de Confiança de 95% da média. Para comparações entre momentos
PRÉ e PÓS microciclo, foi aplicado teste t de student para amostras pareadas.
Adicionalmente, são apresentados os deltas de variação percentual e o
tamanho de efeito (TE) por d de Cohen, que foi classificado como trivial (0,80).
Para a análise das correlações, foi aplicado o coeficiente de correlação de
Pearson. Todas as análises foram executadas no pacote estatístico SPSS
versão 22.0 e a significância foi estabelecida quando p<0,05.
EFEITOS DE UM PROGRAMA DE MOBILIDADE NA QUALIDADE DE
MOVIMENTO E DESEMPENHO DE ATLETAS DE CROSSFIT.

Foi realizado um estudo transversal de campo descritivo e intervencionista com


a coleta e análise de dados quanti-qualitativa com entrevistas não estruturadas
por meio de fichários/formulários, afim de registrar as evoluções do plano de
mobilidade. Este trabalhou foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da
Faculdade de Apucarana com parecer n° 4. 127. 658. O estudo ocorreu entre
agosto e setembro de 2020 com 10 atletas de Crossfit de ambos os gêneros,
com idade entre 20 e 60 e tempo de prática maior que 6 meses. Utilizou-se o
FMS e o Teste de Lunge. O FMS integrou sete (7) padrões de movimentos de
membros inferiores (MMII) e membros superiores (MMSS). Os atletas
receberam uma pontuação de 0-3 pontos, sendo 0 a pior e 3 a melhor, em
relação à execução do movimento. Após os testes, foram realizados oito (8)
exercícios de mobilidade: Duck Walks, rotação de ombros com elástico, afundo
lateral dinâmico com kettlebell, Push Press com peso, Step Up, 3 Kettlebell
Windmill, Hip Hinge e abertura do oblíquo externo, durante 6 semanas,
realizados 3 vezes por semana. Ao final, foram coletados os valores pós-plano
de mobilidade. Para a análise estatística, foi utilizado o software Statistical
Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20.0. Para verificar a
normalidade dos dados, foi utilizado o teste de Shapiro Wilk. Dados com
distribuição normal foram descritos em média e desvio padrão e dados não
paramétricos foram descritos em mediana e intervalo interquartílico 25%-75%.
Variáveis categóricas foram descritas em frequência absoluta e relativa. Para
comparação do grupo antes e depois do programa de mobilidade, foi aplicado o
teste de Wilcoxon para dados não paramétricos e o teste t de Student para
dados paramétricos, com intervalo de confiança de 95% e considerando
p<0,05.
Dados numéricos descritos em média ± desvio padrão. Dados categóricos descritos em
frequência absoluta (frequência relativa). M: masculino; F: feminino; IMC: Índice de Massa
Corporal Fonte: Os autores.

Figura 1. Comparação entre a pontuação do FMS antes e depois do programa


de mobilidade *Diferença estatisticamente significativa, considerando intervalo
de confiança de 95%, p<0,05.
Os participantes obtiveram valores significativamente mais elevados no Teste
FMS após o programa de mobilidade (13,5 [11,75 – 15,15] / 16,0 [14,0 – 17,15];
p = 0,004). Os valores do teste de Lunge (membro dominante e não
dominante) estão descritos nas Figuras 2 e 3, respectivamente.
*Diferença estatisticamente significativa, considerando intervalo de confiança
de 95%, p<0,05.
A principal descoberta do estudo foi o aumento significativo da pontuação do
teste FMS após o programa de mobilidade. O aumento da pontuação obtida
pelos atletas no teste FMS indica um risco reduzido de lesões. A melhora dos
resultados pode ser uma consequência do uso de exercícios de treinamento de
mobilidade que aumentaram a amplitude de movimento das articulações.
Conforme Kaczorowska et al. (2020), que investigou 30 homens de 20-25 anos
ao realizarem treinos de mobilidade durante 8 semanas uma vez por semana,
verificou que os participantes obtiveram pontuações significativamente maiores
para o teste FMS, pontuando 17,3 ± 1,79 pontos em comparação com 15,9 ±
2,39 pontos antes do programa.

Concluímos que no artigo 1, portanto, indica-se que o microciclo de CrossFit®


investigado promoveu efeito negativo importante nos aspectos centrais,
periféricos e psicológicos dos praticantes como resultado de fadiga acumulada.
Adicionalmente, indica-se que existem correlações importantes entre as
variáveis mensuradas, o que reforça a indicação para a associação de
diferentes parâmetros para o monitoramento das cargas de treinamento e do
estado de recuperação dos indivíduos. Já no artigo 2 Notou-se que o programa
de mobilidade promoveu uma melhora na qualidade de movimento e
desempenho para os atletas de Crossfit. Dessa forma, o programa de
mobilidade se mostra relevante para atletas do Crossfit, devido à intensidade e
carga dos exercícios.

Referências:
PEREIRA, Paulo Henrique. Et al. efeitos de um microciclo de crossfit em
variáveis da carga interna de treinamento, Belém, Pará, v22, (1 e 14p),
novembro, 2018.

REIS, M. G. M.1 ; KULCHESKI, J. E. S. M.2 ; SILVA, L. O.3. efeitos de um


programa de mobilidade na qualidade de movimento e desempenho de atletas
de crossfit. Apucarana, (1 e 5p).

Relação da forca muscular com o desempenho no levantamento olímpico


em praticantes de CrossFit

Participaram do presente estudo 22 adultos aparentemente saudáveis


do sexo masculino, no qual foram divididos, de acordo com o desempenho nos
movimentos de snatch e clean, em fortes (29.6 ± 4.4 anos; 2.4 ± 0.9 anos de
experiência) e fracos (28.5 ± 5.4; 2.0 ± 1.1 anos de experiência) (tabela 1).
Como critérios de inclusão os participantes não deveriam possuir quaisquer
lesões osteômero articulares ou algum tipo de doenças¸ a que poderia
comprometer a saúde durante o estudo; responder negativamente ao
questionário PAR-Q; entregar até a data estipulada o termo de consentimento
livre e esclarecido, e ter um tempo mínimo de prática no CrossFit® de seis
meses. O projeto foi encaminhado e aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da instituição sob o Protocolo n.◦ 030/09, parecer n.◦ 035/09
Os sujeitos foram analisados de acordo com o desempenho nos
exercícios de LPO (snatch e clean) e classificados em fortes (n = 11) e fracos
(n = 11), para efeito da comparação dos exercícios de agachamento (front e
back). A composição corporal foi avaliada através da utilização de compasso
de dobra cutânea (Lange©); o protocolo utilizado foi o descrito previamente por
Pollock e Jackson12 para homens (18-61 anos). A massa corporal foi
mensurada em uma balança de leitura digital, da marca Welmy (W110H, São
Paulo, Brasil), com capacidade de 150 kg e divisão de 100 g. Todos os testes
de 1RM no back squat, front squat, snatch e clean foram realizados de acordo
com os protocolos estabelecidos pelo National Strength Conditioning
Association13, com intervalos de, no mínimo, 48 h entre as sessões para
minimizar os efeitos da fadiga e dor muscular. Todos os testes foram realizados
com barra (20 kg) e pesos (1-25 kg) (Pood Fitness®) de forma randomizada.
Logo após um aquecimento de baixa intensidade de cinco minutos na bicicleta
ergométrica ou remo indoor, foram seguidas as seguintes recomendações: 1)
aquecimento de 5-10 repetições com intensidade de leve a moderado; 2)
descanso de um minuto, e incremento do peso tentando alcançar as 1RM em
3-5 tentativas, usando cinco minutos de intervalo entre uma tentativa e outra; 3)
o valor registrado foi o de uma repetição, com o peso máximo levantado na
última tentativa bem-sucedida. Resumidamente, a fim de minimizar os erros,
foram adotadas as seguintes estratégias: a) instruções padronizadas foram
fornecidas antes do teste, de modo a que o avaliado estivesse ciente de toda a
rotina que envolvia a coleta de dados; b) o avaliado foi instruído sobre a técnica
de execução do exercício; c) o avaliador estava atento quanto à posição
adotada pelo praticante no momento do teste; d) estímulos verbais foram
realizados a fim de manter alto o nível de estimulação.

AS EFICIÊNCIAS DE UM TREINAMENTO DE CROSSFIT EM RELAÇÃO A


FORÇA MUSCULAR EM JOVENS ADULTOS PRATICANTES

Os testes plicados foram: teste Repetição máxima (1 RM) de


levantamento Terra, no qual ocorreu conforme o protocolo proposto por Brown
e Weir. Onde foi realizado 3-5 min de atividades leves envolvendo o grupo
muscular testado e, em seguida um minuto de alongamento leve, aquecimento
de oito repetições a 50% de 1RM, seguido de três repetições a 70% de 1RM.
Com intervalo de 5 minutos, então foi feito o teste de 1RM, acrescentando,
quando necessário, 0,4 a 5 kg, totalizando três a cinco tentativas. E a carga
máxima levantada em um único movimento, teve o registro.

O segundo teste aplicado é o de flexão de cotovelo em 1 minuto,


para o teste os avaliados ficaram em decúbito ventral, apoiados nas pontas dos
pés e das mãos, que ficam posicionadas na linha dos ombros, com os
cotovelos em extensão, é dado um sinal pelo avaliador onde liga o cronometro,
os avaliados tem 1 minuto para fazer o maior número de flexões e extensões
do cotovelo até o tórax tocar no solo, caso precise descansar ai tem que voltar
para a posição inicial que seria com os cotovelos em extensão. (Pollock e
Wilmore, 1993).

O terceiro teste é o de flexão abdominal em 1 minuto, onde os


avaliados ficaram na posição de decúbito dorsal sobre um colchonete, com o
quadril e os joelhos flexionados e com as plantas dos pés apoiadas no solo. Os
antebraços terão de ficar cruzados sobre o tórax, com a palma das mãos
voltadas para o mesmo, onde permanecerão durante toda a execução do teste.
Ao sinal do avaliador os participantes têm que fazer o maior número de
abdominais em 1 minuto, sempre tocando o antebraço na coxa e voltando para
a posição inicial. (Pollock e Wilmore, 1993).
Os testes não ocorreram em dias de treino para não influenciar no
resultado, e o segundo teste foi realizado após 6 semanas.

Foi entregue um termo de consentimento a cada participante. Com a


confirmação dos participantes a pesquisa se iniciou no Centro de Treinamento
onde são alunos.

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