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FALÁCIAS FORMAIS FILOSOFIA

Lógica proposicional

FALÁCIAS FORMAIS

Uma falácia é um argumento que aparenta ser válido, mas contém algum erro que
impede de aceitar a conclusão como verdadeira.
Por sua vez, as falácias formais são aquelas que podem ser identificadas através da
análise da forma lógica de um argumento. São encontradas apenas em argumentos
dedutivos, que parecem ser logicamente válidos.

● FALÁCIA DA AFIRMAÇÃO DA CONSEQUENTE


Afirmar a consequente é uma falácia formal que ocorre quando se conclui, de uma
proposição condicional verdadeira, o seu contrário.

EXEMPLO:


Se Mariana estudar muito, entrará na universidade.

Mariana entrou na universidade.

Portanto, Mariana estudou muito.

Forma lógica: Este argumento é falacioso porque, mesmo que as premissas sejam verdadeiras, a
(P → Q) conclusão pode ser falsa. Supondo que Mariana tenha entrado na universidade, não se
Q pode concluir disso que tenha estudado muito. Ela pode ter copiado na prova, tido sorte, ter
∴P poucos candidatos concorrentes, etc.

O que torna o argumento convincente é a sua semelhança com uma forma


dedutivamente válida, o modus ponens, cuja forma lógica é:
(P → Q)
P
∴Q


EXEMPLO:

Se chover, o chão fica molhado.

Choveu.
Logo, o chão ficou molhado.

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FALÁCIAS FORMAIS FILOSOFIA
Lógica proposicional

● FALÁCIA DA NEGAÇÃO DA ANTECEDENTE


A falácia da negação da antecedente ocorre quando se confunde a condição
suficiente com a condição necessária.

EXEMPLO:


Se o meu avô jogar no totoloto, ficará rico.

O meu avô não jogou no totoloto.

Logo, o meu avô não se tornará rico.

Forma lógica: Este argumento é falacioso porque, jogar no totoloto é condição suficiente, mas não
(P → Q) necessária, para ficar rico. Uma pessoa pode ficar rica de outras maneiras (inclusive
ㄱP ganhando noutra lotaria). Portanto, é uma falácia concluir que, pelo facto de não ter jogado
∴ ㄱQ no totoloto, o meu avô não ficará rico.

O que torna o argumento convincente é a sua semelhança com uma forma


dedutivamente válida, o modus tollens, cuja forma lógica é:
(P → Q)
ㄱQ
∴ ㄱP


EXEMPLO:

Se chover, o chão fica molhado.

O chão fica molhado.


Logo, não está a chover.

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