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8.

º ANO
ENSINO BÁSICO

ARMANDO JOSÉ SANTOS


JOANA CIRNE

RIA
T Ó
H I S
ÍNDICE

DOMÍNIO DOMÍNIO

E F
EXPANSÃO E PORTUGAL NO
MUDANÇA NOS CONTEXTO EUROPEU
SÉCULOS XV E XVI DOS SÉCULOS XVII
E XVIII

E1 – A abertura ao mundo 7 F1 – O Império Português e a


O arranque da expansão portuguesa 7 concorrência internacional 63
Rumos e etapas da expansão henriquina 10 A crise no Império Português 63
A política expansionista de D. João II 12 Os impérios holandês, inglês e francês 64
Exercícios resolvidos 15 A União Ibérica 66
Exercícios propostos 19 A Restauração da Independência Portuguesa 67
Formas de ocupação e exploração dos territórios Exercícios resolvidos 68
coloniais portugueses 23 Exercícios propostos 71
Formas de conquista e ocupação espanholas na Teste de Avaliação 3 74
América Central e do Sul 26
As rotas intercontinentais e os principais centros
distribuidores de produtos ultramarinos 27 F2 – O Antigo Regime no século XVIII
78
Exercícios resolvidos O Antigo Regime
29 78
Exercícios propostos 31 A economia do Antigo Regime 80
Teste de Avaliação 1 34 O Conde da Ericeira e as medidas mercantilistas
em Portugal 81
O projeto pombalino 81
E2 – Renascimento e Reforma 39 Exercícios resolvidos 83
A renovação cultural dos séculos XV e XVI 39 Exercícios propostos 86
A nova mentalidade renascentista 40 Teste de Avaliação 4 89
Exercícios resolvidos 42
Exercícios propostos 45
A inspiração clássica da arte renascentista 47 F3 – A cultura em Portugal no contexto
A arte em Portugal – o manuelino 49 europeu 93
Exercícios resolvidos 50 O barroco 93
Exercícios propostos 51 Os avanços na ciência e na técnica e
o desenvolvimento do método científico 96
A crise religiosa do século XVI e a rutura
protestante 52 Exercícios resolvido 97
A reação católica à Reforma Protestante 54 Exercícios propostos 98
Exercícios resolvidos 55 A filosofia das Luzes 100
Exercícios propostos 56 O pensamento iluminista na ação dos
estrangeirados e nas reformas do Marquês
Teste de Avaliação 2 58
de Pombal 101
A afirmação do poder absoluto no urbanismo
pombalino 102
Exercícios resolvidos 103
Exercícios propostos 104
Teste de Avaliação 5 108

2 ISBN 978 - 9 8 9 -76 7- 4 5 8 -7


ÍNDICE
DOMÍNIO DOMÍNIO

G H
CRESCIMENTO E O MUNDO
RUTURAS NO MUNDO INDUSTRIALIZADO
OCIDENTAL NOS NO SÉCULO XIX
SÉCULOS XVIII E XIX

G1 – A
 Revolução Agrícola e o arranque H1 – T ransformações económicas,
da Revolução Industrial 113 sociais e culturais 161
Da Revolução Agrícola à Revolução Industrial 113 As principais potências industrializadas
A Revolução Industrial em Inglaterra 115 no século XIX 161
Exercícios resolvidos 118 A revolução dos transportes e a mundialização
Exercícios propostos 120 da economia 162
Teste de Avaliação 6 124 O impacto da industrialização: as alterações
a nível económico, demográfico e social 163
O operariado industrial 166
G2 – O triunfo das revoluções liberais 127 Exercícios resolvidos 167
A Revolução Americana 127 Exercícios propostos 170
Exercícios resolvidos 130 As novas correntes culturais e artísticas 172
Exercícios propostos 132 Exercícios resolvidos 175
O processo revolucionário francês 134 Exercícios propostos 177
As conquistas da Revolução Francesa 137 Teste de Avaliação 8 178
Exercícios resolvidos 138
Exercícios propostos 140
H2 – O caso português
A Revolução Liberal Portuguesa 142
A política económica regeneradora 182
Da Constituição de 1822 à Carta Constitucional
de 1826 144 A emigração portuguesa na segunda metade
do século XIX 184
A guerra civil 145
O aparecimento e desenvolvimento do
Exercícios resolvidos 147 operariado português 185
Exercícios propostos 150 Exercícios resolvidos 186
Teste de Avaliação 7 153 Exercícios propostos 188
Teste de Avaliação 9 191

SOLUÇÕES 194

3
G | CRESCIMENTO E RUTURAS NO MUNDO OCIDENTAL NOS SÉCULOS XVIII E XIX

RESUMO TEÓRICO
O QUE DEVES SABER

O que deves saber para o TESTE 7


• Conhecer o processo revolucionário francês.
• Compreender a importância das conquistas da Revolução Francesa para o liberalismo, esta-
belecendo ligações com o caso português.

O processo revolucionário francês

Os antecedentes da Revolução

Em 1789, a França apresentava um conjunto de fatores que faziam do país um Estado caracterís-
tico do Antigo Regime e que a conduziu a um importante processo revolucionário.
FATORES POLÍTICOS

➞ Era uma monarquia absolutista, governada por Luís XVI, cujo poder há muito era contestado pelos iluministas.

FATORES SOCIAIS

➞ A sociedade francesa estava dividida em privilegiados e não privilegiados, o que refletia uma acentuada
hierarquização.

FATORES ECONÓMICOS

➞ A economia era predominantemente agrícola.


➞ Os camponeses continuavam a trabalhar nas terras das ordens privilegiadas, submetidos a um regime feudal.

FATORES FINANCEIROS

➞ O país assistiu a um agravamento da crise económica devido à participação na Guerra


dos Sete Anos e aos maus anos agrícolas, que originaram uma subida dos preços,
fomes, falências e desemprego, afetando, sobretudo, o Terceiro Estado.
➞ A elevada despesa da França levou o rei a lançar novos impostos para
obter mais receitas.

Distribuição Distribuição
da população francesa da propriedade
(valores aproximados) (valores aproximados)
2%
13,5%

86,5% 98%

Clero e Nobreza Rei, Clero e Nobreza


Terceiro Estado Terceiro Estado
DOC. 2 Gravura da época, que retrata um elemento do povo a
DOC. 1 A distribuição da população francesa e da propriedade carregar membros do clero e da nobreza. Esta cena faz alusão
por grupos sociais nas vésperas da Revolução Francesa. aos pesados impostos suportados pelo Terceiro Estado.
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G2 | O TRIUNFO DAS REVOLUÇÕES LIBERAIS HISTÓRIA 8

RESUMO TEÓRICO

O QUE DEVES SABER


A eclosão da Revolução

Os Estados Gerais e a formação da Assembleia Nacional

Para superar a crise económica, o Estado francês agravou os impostos, que passaram também
a ser pagos pelos grupos privilegiados. Esta medida acabaria por ser fortemente contestada pela
nobreza e pelo clero, que se recusavam a perder privilégios. Luís XVI, na tentativa de encontrar uma
solução, viu-se obrigado a convocar os Estados Gerais.

DOC. 3 Sessão de abertura dos Estados Gerais.

Os Estados Gerais abriram a 5 de maio de 1789, com uma acesa divisão quanto à forma de vo-
tação. O Terceiro Estado, representado pela maioria dos deputados, defendia um voto por cada
deputado, enquanto os privilegiados defendiam um voto por cada grupo social, o que gerou um
impasse.

Na impossibilidade de chegarem a um acordo, os representantes


do Terceiro Estado, na sua maioria burgueses, retiraram-se da ses-
são e, alegando representarem 98% da população, formaram
a Assembleia Nacional.
Consciente da gravidade da situação, o rei ordenou aos
privilegiados que reunissem com o Terceiro Estado que, já
na qualidade de Assembleia Nacional Constituinte, pro-
puseram-se a elaborar uma Constituição. O rei tentou
dissolver esta Assembleia e mandou as suas tropas cer-
car Paris. O povo revoltou-se e, apoiado pela burguesia,
ocupou a prisão-fortaleza da Bastilha (símbolo da
monarquia absoluta) a 14 de julho de 1789, dando
início à Revolução Francesa.
DOC. 4 Rei Luís XVI (1754-1793).
135
G | CRESCIMENTO E RUTURAS NO MUNDO OCIDENTAL NOS SÉCULOS XVIII E XIX

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
VÊ COMO SE FAZ

1. Analisa os documentos 1 a 4.
Distribuição
da propriedade
Milhões (valores aproximados)
de libras Receitas
600 2%
Despesas

500

400
98%
300

200
Rei, Clero e Nobreza
100 Terceiro Estado
1720 1740 1760 1780 Anos

DOC. 1 Evolução das receitas e das despesas de França DOC. 2 Retrato do rei DOC. 3 O desequilíbrio social.
(em milhões de libras). Luís XVI.

1.1. Associa cada um dos documentos ao ambiente vivido em


França, nas vésperas da Revolução de 1789.
Nas vésperas da Revolução, a população francesa vivia inserida
numa sociedade profundamente desigual, marcada pelas injus-
tiças sociais e por uma acentuada hierarquização, próprias do
Antigo Regime. A nível financeiro, o país enfrentava uma crise
económica, agravada pelos efeitos da Guerra dos Sete Anos e
dos maus anos agrícolas que originaram a subida de preços,
fome, falências e desemprego, afetando, sobretudo, o Terceiro
Estado. Os dados apresentados no gráfico do documento 1 re-
tratam essa crise económica ao se verificar que ao aumento da
despesa corresponde um consequente aumento da receita, al-
cançado através da aplicação de novos impostos, determinados
pelo Estado francês na tentativa de superar a fragilidade da sua
situação económica. O documento 2 mostra-nos o rei francês
Luís XVI, símbolo da estrutura absolutista francesa, que gover-
nava sem considerar os interesses e o bem-estar do povo que,
tal como os documentos 3 e 4 demonstram, era sobrecarregado DOC. 4 Caricatura de meados do século XVIII
pelas classes privilegiadas e afastado dos mesmos direitos. sobre a situação social dos franceses.

1.2. Explica em que contexto Luís XVI convocou os Estados Gerais.


Para superar as dificuldades financeiras vividas em França, Luís XVI determinou um agravamento dos
impostos, propondo que estes também fossem pagos pelos grupos privilegiados. Esta medida foi contes-
tada pela nobreza e pelo clero, que recusavam perder privilégios. O rei viu-se, então, obrigado a convocar
uma assembleia – os Estados Gerais –, juntando representantes de todos os grupos sociais, com o obje-
tivo de encontrar uma solução para a crise financeira.

1.3. Relaciona os Estados Gerais com a formação da Assembleia Nacional Constituinte.


Face ao impasse gerado e à dificuldade em chegar a um acordo durante os Estados Gerais relativamente
à forma como a votação deveria decorrer, os representantes do Terceiro Estado abandonaram a sala em
protesto e autoproclamaram-se Assembleia Nacional, com o objetivo de iniciarem a redação de uma
Constituição.
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G2 | O TRIUNFO DAS REVOLUÇÕES LIBERAIS HISTÓRIA 8

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

VÊ COMO SE FAZ
2. Observa o documento 5.
2.1. Refere o significado do momento representado no do-
cumento 5 e identifica os seus líderes e apoiantes.
A tomada da prisão-fortaleza da Bastilha, a 14 de julho
de 1789, foi o momento que, simbolicamente, marcou o
início da Revolução Francesa. Tratou-se da reação popu-
lar à tentativa do rei em dissolver a Assembleia Nacional
Constituinte e cercar Paris. O povo revoltou-se e, com o
apoio da burguesia, ocupou esta prisão, símbolo do
poder absolutista de Luís XVI e onde se encontravam pre-
sos os opositores do governo francês.
DOC. 5 Tomada da Bastilha, a 14 de julho de 1789.
3. Lê o documento 6.

DOC. 6 Excerto da Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão

ART. 1.º Os Homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos.


ART. 3.º O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na Nação. Nenhuma entidade
ou indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane expressamente.
ART. 11.º A livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do
Homem.
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789)

3.1. Identifica, no documento, princípios liberais. Transcreve do texto frases que justifiquem a tua
resposta.
O documento faz referência à igualdade de todos os cidadãos perante a lei: “(…) Os Homens nascem e
permanecem livres e iguais em direitos.” O excerto defende, também, a soberania popular: “(…) a sobe-
rania reside, essencialmente, na Nação. Nenhuma entidade ou indivíduo pode exercer autoridade que
dela não emane expressamente (…)”. Faz ainda referência à liberdade de expressão: “A livre comunica-
ção das ideias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do Homem.”

4. Justifica a importância do sufrágio universal.


Ao alargar o direito de volto a todos os cidadãos, o sufrágio universal passou a permitir a participação de
todos no destino político do país, refletindo, assim, a ideologia iluminista. 

5. Observa o documento 7.
5.1. Explica a atribuição do termo “terror” para caracterizar a liderança de Robespierre durante a Con-
venção.
Durante a liderança de Robespierre, registaram-se inúme-
ros momentos violentos, através dos quais milhares de
pessoas, consideradas opositoras ao regime republicano,
instituído durante a Convenção, foram perseguidas e mor-
tas, incluindo o rei Luís XVI e a rainha Maria Antonieta. Os
excessos cometidos por Robespierre e seus apoiantes
marcaram esta fase do processo revolucionário, que ficou,
assim, conhecido como o período do “terror”. DOC. 7 Gravura de época que retrata a execução de
Luís XVI, no dia 21 de janeiro de 1793.
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G | CRESCIMENTO E RUTURAS NO MUNDO OCIDENTAL NOS SÉCULOS XVIII E XIX

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
AGORA FAZ TU

1. Observa as imagens que se seguem.


A B

DOC. 1 A Antes da Revolução. B Depois da Revolução.

1.1. Explica o significado das gravuras, tendo em consideração a posição dos grupos sociais antes e
depois da Revolução Francesa.

2. Observa os documentos 2 e 3.

DOC. 2 Os Estados Gerais (1789). DOC. 3 Nesta pintura, é visível o momento


em que os membros do Terceiro Estado se
autoproclamaram Assembleia Nacional.

2.1. Justifica a convocação dos Estados Gerais por parte de Luís XVI.

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G2 | O TRIUNFO DAS REVOLUÇÕES LIBERAIS HISTÓRIA 8

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

AGORA FAZ TU
2.2. Indica a principal consequência do desentendimento entre os grupos sociais durante os Estados
Gerais.

2.3. Menciona o objetivo da Assembleia Nacional formada durante os Estados Gerais.

3. Ordena cronologicamente, de 1 a 6, os seguintes acontecimentos relativos ao processo revolucio-


nário francês.

a) Constituição de 1791
b) Período da Convenção
c) Criação da Assembleia Nacional Constituinte
d) Execução de Luís XVI
e) Tomada da Bastilha
f) Convocação dos Estados Gerais

4. Lê a seguinte frase:

A Revolução Francesa foi um importante marco histórico da Europa.

4.1. Assinala os domínios a que correspondem os princípios liberais introduzidos pela Declaração
dos Direitos do Homem e do Cidadão.

PRINCÍPIOS LIBERAIS DOMÍNIO


Social Político Económico

a) Respeito pela liberdade.

b) Derrube dos regimes absolutistas e introdução da soberania


popular.

c) Consagração do direito de cidadania.

d) F im do monopólio comercial e defesa da liberdade de comércio.

e) Derrube dos privilégios feudais e garantia do direito de posse de


propriedade.

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G | CRESCIMENTO E RUTURAS NO MUNDO OCIDENTAL NOS SÉCULOS XVIII E XIX

TESTE DE AVALIAÇÃO 7
50 min
ESTÁS PREPARADO(A)?

1.
Atenção!
Lê e observa os documentos 1 e 2.
ão o
em atenç
Págs.
127 a
Deves ter emoras a
ed
tempo qu ste de avaliação.
129 DOC. 1 A primeira revolta dos colonos
o te
realizar nte, não
Na noite passada três carregamentos de chá la , geralme .
Na esco s
da China foram lançados ao mar (…). A destrui- 50 minuto
excede os ista a hora
reg
ção do chá foi tão audaciosa e determinada que Por isso, iares este teste e
n d o in ic inares.
não hesito em considerá-la como uma página qu a do o term
o ra q u a n
épica da nossa história (…). Havia que tomar ah
uma opção: desembarcá-lo ou destruí-lo. Deixar
desembarcá-lo seria submetermo-nos às impo-
sições do Parlamento inglês (…) Seria subme-
termo-nos à opressão, à miséria e à servidão.
John Adams, carta de dezembro de 1773

DOC. 2 Sessão de assinatura da Declaração


do Congresso de Filadélfia, 4 de julho de 1776.

1.1. Identifica o episódio descrito no documento 1 e a colónia onde teve lugar.

1.2. Menciona as razões do descontentamento dos colonos americanos em relação ao Parlamento


inglês.

1.3. Refere os princípios iluministas enunciados no texto da Declaração da Independência dos EUA.

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G2 | O TRIUNFO DAS REVOLUÇÕES LIBERAIS HISTÓRIA 8

TESTE DE AVALIAÇÃO 7

ESTÁS PREPARADO(A)?
2. Observa os documentos 3 a 5.
Págs.
134 e Distribuição Distribuição
135 da população francesa da propriedade
(valores aproximados) (valores aproximados)
2%
13,5%

86,5% 98%
DOC. 4 Sessão de abertura dos Estados Gerais, 1789.

Clero e Nobreza Rei, Clero e Nobreza


Terceiro Estado Terceiro Estado

DOC. 3 O desequilíbrio social antes da Revolução.

DOC. 5 A Tomada da Bastilha, a 14 de julho de 1789.

2.1. Analisa os gráficos do documento 3 e regista a conclusão a que chegaste.

2.2. Indica o motivo que levou o rei Luís XVI a convocar os Estados Gerais, em 1789.

2.3. Descreve a razão do desentendimento entre os grupos sociais durante a reunião dos Estados Gerais.

2.4. Relaciona o documento 5 com a Revolução Francesa.

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