Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
31-Pru3 - CNC 1 Programação
31-Pru3 - CNC 1 Programação
31-Pru3 - CNC 1 Programação
São Paulo
2014
Processos de Usinagem 3 – CNC 1 Programação
SENAI-SP - 2011
SENAI-SP - 2006
CEP 09680-100
E-mail: senaimercedesbenz@sp.senai.br
Sumário
Subprogramas ........................................................................................................ 39
Funções Frames ...................................................................................................... 41
Função “TRANS e ATRANS” – (Deslocamento da origem de trabalho) ................................ 41
Função “ROT e AROT” – (Rotação do sistema de coordenada de trabalho) ........................ 43
Função “SCALE e ASCALE” – (Fator de escala) ................................................................... 44
Função “MIRROR e AMIRROR” – (Imagem espelho) .......................................................... 46
Ciclos...................................................................................................................... 49
CYCLE81 (Ciclo de Furação Simples) .................................................................................. 49
CYCLE82 (Ciclo de Furação com Tempo de Permanência) .................................................. 52
CYCLE83 (Ciclo de Furação com quebra ou eliminação de cavacos) .................................... 54
CYCLE84 (Ciclo de Roscamento)........................................................................................ 58
MCALL ............................................................................................................................. 62
POCKET1 (Alojamento Retangular) ................................................................................... 63
POCKET2 (Alojamento Circular) ........................................................................................ 69
Operação da Máquina ............................................................................................ 75
Introdução ...................................................................................................................... 75
Fresadora CNC – DECKEL MAHO “DMU 35M” ....................................................................................... 75
Painel principal do comando Siemens 840D ......................................................................................... 76
Detalhes e descrição do teclado de programação................................................................................. 76
Descrição do teclado de programação .................................................................................................. 77
Detalhes e descrição do teclado de operação ....................................................................................... 78
Ligar a Máquina ............................................................................................................... 79
Referenciar a máquina ..................................................................................................... 79
Referenciar a máquina através da rotina de referenciamento ............................................................. 79
Referenciar a Máquina eixo por eixo ..................................................................................................... 79
Movimentar os eixos manualmente ................................................................................. 80
Através do jog contínuo ......................................................................................................................... 80
Através do jog scale ............................................................................................................................... 80
Através do jog incremental .................................................................................................................... 80
Através da manivela eletrônica ............................................................................................................. 81
Operar o comando via MDA ............................................................................................. 81
Programas ....................................................................................................................... 82
Criar pasta .............................................................................................................................................. 82
Criar um programa ................................................................................................................................ 82
Alterar dados no programa ................................................................................................................... 82
Renomear uma pasta............................................................................................................................. 83
Renomear um programa ....................................................................................................................... 83
Apagar um programa ............................................................................................................................. 84
Apagar uma pasta .................................................................................................................................. 84
Copiar um programa completo ............................................................................................................. 84
Copiar uma parte do programa ............................................................................................................. 85
Simular um programa ............................................................................................................................ 86
Ferramentas .................................................................................................................... 87
Referenciar ferramentas ........................................................................................................................ 87
Acessar página de ferramentas ............................................................................................................. 87
Criar ferramenta .................................................................................................................................... 87
Carregar ferramenta no depósito .......................................................................................................... 88
Medir comprimento de ferramenta ...................................................................................................... 88
Descarregar ferramenta do depósito .................................................................................................... 90
Apagar ferramenta do depósito ............................................................................................................ 90
Apagar ferramenta da lista .................................................................................................................... 90
Zerar peça (G54 à G57) .................................................................................................... 91
Zerar eixo [X] e [Y] ................................................................................................................................. 91
Eixo [Z] ................................................................................................................................................... 92
Execução de programa ..................................................................................................... 93
Selecionar programa para usinagem ..................................................................................................... 93
Executar teste de programa .................................................................................................................. 93
Executar programa em automático ....................................................................................................... 93
Abortar programa em execução automática ......................................................................................... 93
Parar um programa no meio da operação............................................................................................. 94
Executar programa de qualquer ferramenta ......................................................................................... 94
Desligar máquina ................................................................................................................................... 95
Referências ............................................................................................................ 97
Histórico do CNC
Há uma certa disputa sobre quem é responsável pelo desenvolvimento da
tecnologia de comando numérico. Muitas empresas e instituições trabalharam
concomitantemente no conceito de máquinas de comando numérico durante a
década de 40.
Em 1949 a Força Aérea Americana (U.S. Air Force) contrata a Parsons para
realizar um estudo da aplicação os sistemas de comando numérico para
acelerar a produção de componentes de seus aviões e mísseis, cada vez mais
complexos. A Parsons por sua vez subcontratou o laboratório de
Servomecanismos do Massachusetts Institute of Technology (MIT).
9
Em fins da década de 50, os fabricantes de aviões incrementaram
grandemente o uso de equipamento de comando numérico, com geração
contínua de contornos. Estas indústrias asseguraram grande progresso
naquele período, pelo cumprimento do programa de produção, obtenção do
grau de precisão exigido no produto, a custos compatíveis, os quais não
poderiam ter sido obtidos sem o comando numérico.
10
Programação
Apresentação
Este manual foi elaborado para utilização do comando Siemens 840D, com
funções básicas do mesmo, objetivando a simplicidade na programação. Para
informações complementares, consultar manuais originais do comando.
2°- O programa deve ser lido pelo CNC. Preparar as ferramentas e a peça
segundo a programação desenvolvida, depois executar o processo de
usinagem.
Antes de programar é necessário:
11
2°- Estudos dos métodos e processos;
Definir as fases de usinagem de cada peça a ser executada, estabelecendo
assim o que fazer e quando fazer.
12
Gerenciamento de
Programas
Os programas são armazenados em diferentes diretórios,
ou seja, em pastas onde serão armazenados de acordo
com sua função ou características.
Exemplos de diretórios:
-subprogramas;
-programas
-peças;
-comentários;
-ciclos padrão;
-ciclos de usuário.
Exemplo de extensões:
-.MPF.........programa principal
-.SPF..........subprograma
-.INI............arquivo de inicialização
-.COM........ comentário
-.DEF..........definição para dados globais
13
14
Sistema de Coordenadas
Na elaboração do programa de usinagem para a máquina CNC o programador
utiliza, para o direcionamento dos movimentos do carro ou da mesa, um
sistema de coordenadas formado por todos os eixos existentes fisicamente na
máquina, definidos pela norma DIN-66217.
Para que a máquina possa trabalhar com as posições especificadas, elas têm
que ser declaradas em um sistema de referência, que corresponde aos
sentidos dos movimentos dos carros (eixos X, Y, Z). A orientação dos eixos
segue a regra da mão direita, que pode ser visualizada pela figura abaixo.
De acordo com esta regra, o dedo polegar indica o sentido positivo do eixo
imaginário, representado pela letra X; o dedo indicador indica o sentido positivo
do eixo Y; e o dedo médio nos mostra o sentido positivo do eixo Z.
15
Sistema de Coordenadas Absolutas
16
Exemplo de programação no modo absoluto, para a peça a seguir:
Y 46
P6 P5
P4 P3
50
P7
32
17
P1 P2
P8
X
20
70
X Y
P1 20 0
P2 70 0
P3 70 32
P4 46 32
P5 46 50
P6 0 50
P7 0 17
P8 20 0
17
Exemplo de programação no modo incremental, para a peça a seguir:
Y 46
P6 P5
P4 P3
50
P7
32
17
P1 P2
P8
X
20
70
X Y
P1 20 0
P2 50 0
P3 0 32
P4 -24 0
P5 0 18
P6 -46 0
P7 0 -33
P8 20 -17
18
Funções
São códigos ou palavras apropriadas compreensíveis pelo comando que
predispõe a máquina, ou o próprio comando a funcionar de determinado modo.
É importante saber que não há diferença entre informar as funções com letras
maiúsculas ou minúsculas, e a localização das mesmas dentro da linha de
programação.
-Função sequencial;
-Função de posicionamento;
-Função complementar;
-Função preparatória e;
-Função especial.
19
Função sequencial
Exemplo:
Função de posicionamento
Exemplo:
N10 X50 Y20 Z150
N20 Z-8
N30 Y35.7
N40 X44
20
definida pelo programador. É importante observar que para valores não
inteiros, o caractere separador é o ponto.
Função auxiliar ou miscelânea
Função Descrição:
M0 Parada do programa.
M1 Parada opcional do programa.
M2 Fim de programa.
M3 Eixo árvore sentido horário.
M4 Eixo árvore sentido anti-horário.
M5 Parada do eixo árvore.
M6 Troca de ferramenta.
M8 Liga refrigeração da ferramenta.
M9 Desliga refrigeração da ferramenta.
M17 Fim de subprograma.
M30 Fim de programa.
Função complementar:
Exemplo: T=”fresad10”
21
Neste exemplo, foi selecionada a ferramenta “fresad10”, que ficará ativa até
que outra ferramenta seja pré-selecionada e efetuada sua troca. Apesar deste
nome, devem-se verificar as características (tipo, comprimento e raio) desta
ferramenta no gerenciador de ferramentas.
Exemplo: S500 M3
Neste exemplo, o eixo árvore foi ligado no sentido horário com 500 rpm.
Exemplos: F50.5
F300
22
Função MSG (Mensagem para o Operador)
Esta função é utilizada para que se possam inserir comentários nos blocos de
programação. Tudo o que for programado após (à direita) do ponto e vírgula (;),
será ignorado pelo comando, sendo considerado como comentário.
Funções Preparatórias:
São funções que definem ao comando o que fazer preparando-o para uma
determinada operação (deslocamento linear, por exemplo). As funções
preparatórias estabelecem para o comando os modos de operação previstos
pelo programador.
Todas as funções preparatórias são identificadas pelo caractere “G”, seguido
por até três dígitos numéricos.
23
Função G70 (Sistema de Medida Inglês – “Polegadas”)
Sintaxe: G71
24
Sintaxe: G94
Função G95 (Sistema de Avanço para Tornos)
Sintaxe: G95
25
A função G19 define o plano de trabalho como sendo o plano formado pelos
eixos Y e Z, e o 3° eixo (profundidade) sendo o eixo X. A função G19 é modal.
Esta função executa uma interpolação linear em avanço rápido, ou seja, realiza
um deslocamento linear entre dois pontos com o máximo avanço atingido pelos
eixos da máquina. Esta função é aplicada para efetuar aproximações e
afastamentos da ferramenta em relação à peça, não sendo apropriada para
usinagem.
Pode ser programado com essa função, deslocamento apenas para um eixo,
para dois ou ainda para três eixos simultaneamente.
A função G0 é modal.
Sintaxe: G0 X_ Y_ Z_.
Função G1 (Interpolação Linear com Avanço Programado)
Esta função executa uma interpolação linear com avanço programado, ou seja,
realiza um deslocamento linear entre dois pontos com o avanço determinado
pelo programador pela função F. A função G1 é aplicada para efetuar
usinagem de peças, que por consequência do seu movimento irá gerar
superfícies “retas”.
Pode ser programado com essa função deslocamento apenas para um eixo,
para dois ou ainda para três eixos simultaneamente.
A função G1 é modal e default.
Sintaxe: G1 X_ Y_ Z_ F_
26
Exemplo de programação utilizando G0 e G1 para a peça abaixo, já podendo
ser observada a estrutura de programação, porém com algumas funções
faltantes para a perfeita execução da peça, as quais serão abordadas mais
adiante.
Y
26
P5 P4
P3
30
18
P6 PI
esp. 5mm P2
PA
44 X
PROGRAMA1.MPF
N10 G17 G71 G90 G94 ; funções preparatórias para execução desta peça
N20 T=”FRESA” ; seleção da ferramenta
N30 M6 ; troca da ferramenta
N40 M3 S1500 ; liga eixo árvore sentido horário com 1500rpm
N50 G54 ; define sistema de coordenadas de trabalho
N60 G0 X-5 Y-5 Z10 ; deslocamento rápido para PA (ponto de aproximação)
N80 G1 Z-5 F200 ; deslocamento para a posição Z-5, com avanço 200mm/min
N90 G1 X0 Y0 ; deslocamento para PI (ponto inicial da usinagem)
N100 G1 X44 Y0 ; deslocamento para P2
N110 G1 X44 Y18 ; deslocamento para P3
N120 G1 X26 Y30 ; deslocamento para P4
N130 G1 X0 Y30 ; deslocamento para P5
N140 G1 X0 Y0 ; deslocamento para P6
N150 G1 X-5 Y-5 ; deslocamento para PA
N160 G0 Z150 M30; afastamento da ferramenta e fim de programa;
27
PROGRAMA1.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”FRESA”
N30 M6
N40 M3 S1500
N50 G54
N60 G0 X-5 Y-5 Z10
N80 G1 Z-5 F200
N90 X0 Y0
N100 X44
N110 Y18
N120 X26 Y30
N130 X0
N140 Y0
N150 X-5 Y-5
N160 G0 Z150 M30
28
Onde:
CR=: valor do raio do arco, sendo valor positivo atribuído para arco menor que
180°, e negativo para arco com ângulo maior que 180 e diferente de 360°. Há
obrigatoriedade de sinal de igual após o indicador CR.
29
Exemplo:
Y
24
Ø2
4
R1
8
2
R1
57
R1
R1
0
5
31
27
esp. 7mm
X
80
30
Programa com utilização de eixos auxiliares:
PROGRAMA2.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”FRESA”
N30 M6
N40 M3 S1500
N50 G54
N60 G0 X-5 Y-5 Z10
N80 G1 Z-7 F200
N90 X0 Y0
N100 X65
N110 G3 X80 Y15 I0 J15 ou G3 X80 Y15 I=AC(65) J=AC(15)
N120 G1 Y27
N130 G2 X68 Y39 I0 J12 ou G2 X68 Y39 I=AC(80) J=AC(39)
N140 G1 Y45
N150 G3 X56 Y57 I0 J12 ou G3 X56 Y57 I=AC(68) J=AC(57)
N160 G1 X42
N170 G3 X6 I-18 J0 ou G3 X6 I=AC(24) J=AC(57)
N180 G1 X0
N190 Y41
N200 G2 Y21 I0 J-10 ou G2 Y21 I=AC(0) J=AC(31)
N210 G1 X0 Y0
N220 X-5 Y-5
N230 G0 Z150
N240 M30
Função G4 (Tempo de Permanência)
31
Funções G40, G41 e G42 (Compensação do Raio da Ferramenta)
32
Exemplo:
0
R1
30
esp. 5mm
X
40
PROG3.MPF
N10 G17 G71 G90 G94 N100 Y30
N20 T=”FRESAD10” N110 X30
N30 M6 N120 G2 X40 Y20 CR=10
N40 M3 S1500 N130 G1 Y0
N50 G54 N140 X-2
N60 G0 X-10 Y-10 Z10 N150 X-10 Y-10 G40
N80 G1 Z-5 F200 N160 G0 Z150
N90 X0 Y-2 G41 N170 M30
33
Funções especiais:
Y
35
R25
30
20
R2
esp. 8mm
R1
2 X
50
34
PROG.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”FRESAD10”
N30 M6
N40 M3 S1500
N50 G54
N60 G0 X-10 Y-10 Z10
N80 G1 Z-8 F200
N90 X0 Y0 G41
N100 Y30
N110 X35 RND=25
N120 X50 Y20
N130 Y12
N140 G3 X38 Y0 CR=12 RND=2
N150 G1 X0
N160 X-10 Y-10 G40
N170 G0 Z150
N180 M30
4x45°
7
20
esp. 8mm
35
60 X
PROGRAMA.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”FRESAD10”
N30 M6
N40 M3 S1500
N50 G54
N60 G0 X-10 Y-10 Z10
N80 G1 Z-8 F200
N90 X0 Y0 G41
N100 Y20 CHR=4
N110 X60 CHF=7
N120 Y0
N130 X0
N140 X-10 Y-10 G40
N150 G0 Z150
N160 M30
36
Exemplo de programa utilizando a função REPEAT:
PROGRAMA_X.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”FRESAD10”
N30 M6
N40 M3 S1500
N50 G54
N60 G0 X-10 Y-10 Z10
N70 G1 Z0 F200
N80 INICIO: G1 Z=IC(-1)
N90 X0 Y-2 G41
N100 Y20
N110 X20 CHR=5
N120 Y0
N130 X-2
N140 FIM: X-10 Y-10 G40
N150 REPEAT INICIO FIM P4
N160 G0 Z150
N170 M30
REPEAT INICIO FIM P4 (repete os blocos desde a marca INICIO até a marca
FIM por quatro vezes consecutivas).
37
Exemplo de programa utilizando a função REPEATB:
PROGRAMA_Y.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”FRESAD10”
N30 M6
N40 M3 S1500
N50 G54
N60 RETORNO: G0 X-10 Y-10 Z10
N70 G1 Z-5 F200
N80 X0 Y-2 G41
N90 Y20
N100 X20 CHR=5
N110 Y0
N120 X-2
N130 REPEATB RETORNO
N140 G0 Z150
N150 M30
REPEATB RETORNO (repete o bloco com a marca RETORNO por uma vez).
38
Subprogramas
São programas que estão contidos dentro de outros programas. Os
subprogramas têm praticamente as mesmas características dos programas
principais com exceção a extensão (.SPF para subprogramas e .MPF para
programas) e a função que os finaliza (M17 para subprogramas e M30 para
programas).
39
Exemplo de chamada de um subprograma, dentro de um programa principal:
Subprograma TRIANGULO.SPF
N10 G91 G1 Z-2 F100
N20 G90 G41
N30 G1 X20 Y20 F200
N40 Y80
N50 X20X60
N60 X20 Y20
N70G40
N80 G0 X0 Y0
N90 M17
40
Funções Frames
Função “TRANS e ATRANS” – (Deslocamento da origem de trabalho)
Sintaxe:
TRANS X_ Y_
41
Exemplo:
TRANS.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”fresa”
N30 M6
N40 G54
N50 S2000 M3
N60 TRANS X20 Y20
N70 PERFIL P1
N80 TRANS X70 Y20
N90 PERFIL P1
N100 TRANS X20 Y50
N110 PERFIL P1
N120 TRANS
N130 Z110
N140 M30
42
Função “ROT e AROT” – (Rotação do sistema de coordenada de trabalho)
Para cancelarmos uma rotação deve-se programar a função ROT sem a função
auxiliar RPL, com isso cancelamos qualquer frame programado.
Sintaxe:
ROT RPL =
43
Exemplo:
ROTAÇÃO.MPF
N10 G71 G17 G54 G90 G94
N20 T=”FRESA”
N30 M6
N40 G54
N50 S2000 M3
N60 TRANS X20 Y10
N70 PERFIL P1
N80 TRANS X20 Y40
N90 AROT RPL=60
N100 PERFIL P 1
N110 TRANS X55 Y35
N120 AROT RPL=45
N130 PERFIL P 1
N140 TRANS ou ROT
N150 G0 Z100
N160 M30
Sintaxe:
SCALE X_____ Y_____
44
Exemplo:
SCALE.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”FRESA”
N30 M6
N40 G54
N50 S2000 M3
N60 TRANS X40 Y20
N70 AROT RPL = 35
N80 ASCALE X0.5 Y0.5
N90 PERFIL P1
N100 TRANS ou ROT ou SCALE
N110 Z100
N120 M30
45
Função “MIRROR e AMIRROR” – (Imagem espelho)
O espelhamento por MIRROR tem como referência o ponto zero peça G54.
Sintaxe:
MIRROR X____ Y____
46
Exemplo:
MIRROR.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”FRESA”
N30 M6
N40 G54
N50 S2000 M3
N60 PERFIL P1
N70 MIRROR X0
N80 PERFIL P1
N90 AMIRROR Y0
N100 PERFIL P1
N110 MIRROR Y0
N120 PERFIL P1
N130 MIRROR
N140 G0 Z100
N150 M30
47
48
Ciclos
Ciclos são sub-rotinas tecnológicas que permitem realizar operações
específicas de usinagem, tais como furação, roscamento ou fresamento de
alojamentos. Para trabalhar-se com ciclos é necessária a programação de
parâmetros, os quais, serão estudados juntamente com os ciclos aos quais
estes corresponderem.
CYCLE81 (Ciclo de Furação Simples)
49
SDIS: É à distância acima do plano de referência, até a qual, a ferramenta se
desloca rapidamente (G0) para a partir daí, se deslocar com o avanço
programado.
DP: É o ponto final da furação, que é atingido através de movimento linear com
avanço programado.
Observações:
- Na linha onde se programa o ciclo não pode haver nenhuma outra função
programada.
- Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no ciclo.
50
Exemplo de programação utilizando CYCLE81:
10
Y
Ø"
A"
60
20
20
20 20 X
60
51
CYCLE82 (Ciclo de Furação com Tempo de Permanência)
52
Observações:
- Na linha onde se programa o ciclo não pode haver nenhuma outra função
programada.
X
3
7
ØB
40
ØC
40
X
53
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”FRESA”
N30 M6
N40 M3 S500 F30
N50 G54
N60 G0 X0 Y0 Z10
N70 X20 Y20 ; posicionamento no ponto onde haverá o rebaixo
N80 CYCLE82(5,0,3,-3, ,2) ; faz rebaixo
N90 G0 Z150
N100 M30
CYCLE83 (Ciclo de Furação com quebra ou eliminação de cavacos)
Sintaxe: CYCLE83(RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, FDEP, FDPR, DAM, DTB,
DTS, FRF, VARI)
54
FRF Fator de avanço para a primeira profundidade de furação
Valores: de 0.001 a 1
VARI Modo de furação
Valores: 0 = com quebra de cavacos
1 = com eliminação de cavacos
55
VARI: É a maneira de se executar a furação, com quebra ou eliminação de
cavacos.
Observações:
56
Exemplo de programação utilizando CYCLE83:
80
Y
30 60
..
Ø.
60
120 X
57
CYCLE84 (Ciclo de Roscamento)
Sintaxe: CYCLE84(RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, DTB, SDAC, MPIT, PIT,
POSS, SST, SST1)
58
Explicação dos parâmetros:
59
Observações:
60
Exemplo de programação para os roscamentos da peça abaixo:
20
30
Y
20 40
x1
M6
40
80 X
61
MCALL
Ø
D
x8
mm
40
20
20 40
X
62
PROG_MCALL.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”BROCA”
N30 M6
N40 M3 S1000 F60
N50 G54
N60 G0 X0 Y0 Z10
N70 MCALL CYCLE81(5,0,3,-8, ) ; Chamada modal do ciclo 81 e parâmetros
N80 X20 Y20 ; primeira posição de furação
N90 X60 ; segunda posição de furação
N100 Y60 ; terceira posição de furação
N110 X20 ; quarta posição de furação
N120 MCALL ; Cancelamento da chamada modal
N130 G0 Z150
N140 M30
POCKET1 (Alojamento Retangular)
Sintaxe: POCKET1(RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, LENG, WID, CRAD, CPA, CPO,
STA1, FFD, FFP1, MID, CDIR, FAL, VARI, MIDF, FFP2, SSF)
63
Onde:
RTP Plano de retorno (absoluto)
64
Explicação dos parâmetros:
DP: É o plano que representa a profundidade final do alojamento, que pode ser
atingida depois de sucessivos passes.
CRAD: É o raio do canto do alojamento retangular, não podendo ser menor que
o raio da fresa a ser utilizada, e também não podendo ser superior a metade do
comprimento ou largura do alojamento.
65
FFD: É o avanço com o qual a ferramenta atinge cada nova profundidade do
alojamento.
MID: É a máxima profundidade por passe que a ferramenta pode atingir, sendo
a profundidade por passe calculada pelo comando, em função da profundidade
final do alojamento.
66
Observações:
- Na linha onde se programa o ciclo não pode haver nenhuma outra função
programada.
67
Exemplo de programação para o desbaste e acabamento do alojamento
retangular abaixo.
11
Y
R7
22
55
44
88
X
68
POCKET2 (Alojamento Circular)
MIDF Máxima profund. de corte por passe p/ acabamento nas laterais (sem
sinal)
69
Explicação dos parâmetros:
DP: É o plano que representa a profundidade final do alojamento, que pode ser
atingida depois de sucessivos passes.
PRAD: É o raio do alojamento circular, não podendo ser menor que o raio da
fresa a ser utilizada.
MID: É a máxima profundidade por passe que a ferramenta pode atingir, sendo
a profundidade por passe calculada pelo comando, em função da profundidade
final do alojamento.
70
CDIR: É o sentido de usinagem utilizado no desbaste e/ou acabamento do
alojamento.
71
Observações:
- Na linha onde se programa o ciclo não pode haver nenhuma outra função
programada.
72
Exemplo de programação para o desbaste e acabamento do alojamento
circular abaixo.
14
Y
Ø3
0
50
54 X
73
74
Operação da Máquina
Introdução
75
Painel principal do comando Siemens 840D
76
Detalhes e descrição do teclado de programação
Teclado Alfanumérico
Nome Descrição
Teclas
Introdução de letras, números e outros caracteres.
Alfanuméricas
Apaga informações do programa posterior ao posicionamento
Del
do cursor
Input Insere dados no CNC
Insert Substitui dados no programa
Apaga informações do programa anteriores ao
Back Space
posicionamento do cursor
Seleciona texto e altera algumas funções que conheçam o
Select
símbolo U
Há quatro diferentes teclas de movimentação do cursor. Estas
Movimentação
são utilizadas para movimentá-lo para a direita, esquerda, para
do cursor
cima e para baixo.
Muda as páginas da tela para cima (page up) ou para baixo
Page up/down
(page down)
End. Posiciona o cursor no fim da linha
Next Window Muda de janela
Ativa as funções do canto superior esquerdo das teclas com
Shift
dupla função
77
Detalhes e descrição do teclado de operação
Botão de
emergência. Tecla
“REF POINT”
Tecla “JOG”.
Tecla
“VAR”
TECLA “MDA”.
Tecla “AUTO”.
Teclas
“JOG SCALE”
Tecla
“SINGLE BLOCK”
Tecla Tecla
“CYCLE STOP” Tecla de
“CICLE START”
Tecla Tecla Tecla troca de
“CNC ON” “RESET” “Segurança” ferramenta
Tecla para
abrir e fechar Seletor de
porta da rotação
maquina
Seletor de
avanço
Tecla para
rápido
acionar
sistema de Teclas para
troca de controle do
ferramenta “SPINDLE”
Teclas para
troca de
Tecla para eixos
refrigeração
Seletor de
avanço
programado
Teclas para
Tecla Tecla
Tecla movimentação dos
“MCS / WCS” “FEED START”
“FEED STOP” eixos
78
Ligar a Máquina
Referenciar a máquina
- Acionar “JOG”;
- Acionar “JOG”;
79
Movimentar os eixos manualmente
- Acionar “MACHINE”;
- Acionar “JOG”;
- Selecionar eixo desejado (“X”, “Y” ou “Z”);
- Acionar “MACHINE”;
- Acionar “JOG”;
- Selecionar eixo desejado (“X”, “Y” ou “Z”);
- Selecionar avanço desejado ([1], [10], [100], [1000]) através das teclas
“JOG SCALE”;
- Acionar “MACHINE”.
- Acionar “JOG”.
- Acionar “INC”.
- Digitar o valor do incremento, valor milesimal;
- Acionar “INPUT”;
- Acionar [VAR ] nas teclas “JOG SCALE”;
- Selecionar eixo desejado (“X”, “Y” ou “Z”).
- Executar o movimento dos eixos através da manivela observando o sentido
(+/-).
80
Através da manivela eletrônica
- Acionar “MACHINE”;
- Acionar “JOG”;
- Selecionar eixo desejado na manivela eletrônica (“X”, “Y” ou “Z”);
- Selecionar avanço desejado ([1] ou [100]);
- Executar o movimento dos eixos através da manivela observando o sentido
(+/-).
- Acionar “MACHINE”;
- Acionar “MDA”;
- Acionar “RESET”;
- Acionar (se necessário) “APAGAR BUFFER MDA”;
- Digitar informações desejadas.
81
Programas
Criar pasta
Criar um programa
82
- Com o cursor, selecionar programa desejado;
- Acionar “INPUT”;
- Alterar informações desejadas.
- Acionar “ARMEZENAR ARQUIVO”;
- Acionar “FECHAR EDITOR”.
- Acionar “<<”.
Renomear um programa
- Acionar “<<”.
83
Apagar um programa
- Acionar “<<”.
- Acionar “<<”.
84
- Com o cursor, selecionar pasta desejada;
- Acionar “INSERIR”;
- Digitar novo nome;
- Acionar “OK”;
- Acionar “<<”.
- Acionar “FECHAR”;
- Com o cursor selecionar programa ou subprograma desejado;
- Acionar “INPUT”;
- Levar onde deseja ser inserido o texto copiado;
- Acionar “INSERIR BLOCO”;
- Acionar “ARMEZENAR ARQUIVO”.
85
Simular um programa
CYCLE
START
RESET
SINGLE
BLOCK
VISTA
SUPERIOR
VISTA EM
DUAS
TELAS
VISTA EM
3D
DETALHES
DO BLOCO
AJUSTES
DO BLOCO
ACESSA PGM PARA
CORREÇÃO
86
Ferramentas
Referenciar ferramentas
Criar ferramenta
- Acionar “<<”.
87
Carregar ferramenta no depósito
- Acionar “MACHINE”;
- Acionar “MDA”;
- Digitar o zero peça desejado;
Exemplo:
N10 G54
N20 M30
- Acionar “CYCLE START”;
- Acionar “JOG”;
88
- Acionar “ARRANHAR”;
- Digitar valor “0” no eixo [Z];
- Acionar “OK”;
- Acionar “MDA”;
- Digitar a ferramenta desejada;
Exemplo:
N10 T=“FRESA10”
N20 M6
N30 M30
- Acionar “CYCLE START”;
- Acionar “JOG”;
- Encostar a ponta da ferramenta na mesma face que o eixo árvore;
89
- Acionar “LISTA DE FERRAMENTAS”;
- Inserir o valor copiado no campo “LÄNGE L1” da ferramenta;
- Acionar “INPUT”;
- Acionar “Λ”;
- Acionar “MACHINE”;
90
Zerar peça (G54 à G57)
- Acionar “MACHINE”;
- Acionar “MDA”;
- Digitar o zero peça desejado e selecionar uma ferramenta qualquer;
Exemplo:
N10 G54
N20 T=“FRESA10”
N30 M6
N40 M30
- Acionar “CYCLE START”;
- Acionar “JOG”;
- Acionar “ARRANHAR”;
Sobremetal = 3 mm
Valor obtido = -8 mm
Obs.: O valor obtido no exemplo é negativo, pois no desenho acima, a
ferramenta encontra-se no segundo quadrante.
- Acionar “OK”;
91
Eixo [Z]
- Acionar “MACHINE”;
- Acionar “MDA”;
- Digitar o zero peça desejado e selecionar uma ferramenta qualquer;
Exemplo:
N10 G54
N20 T=“FRESA10”
N30 M6
N40 M30
- Acionar “CYCLE START”;
- Acionar “JOG”;
- Tocar ferramenta na face superior da peça através do movimento manual
da máquina, conforme ilustração a seguir;
- Acionar “OK”;
92
Execução de programa
93
Parar um programa no meio da operação
ferramenta;
(observar o display);
- Acionar “AUTO”;
- Acionar “CYCLE START”.
- Selecionar programa;
- Acionar “MACHINE”;
- Acionar “AUTO”;
- Acionar “PESQUISA DE BLOCO”;
- Selecionar bloco da ferramenta desejada com o cursor;
- Acionar “SEM CÁCULO”;
- Verificar na tela se o bloco inicial é o mesmo bloco selecionado;
Obs.: Caso o bloco que aparecer não for o selecionado, acionar
“RESET” e repetir o processo “Selecionar programa para usinagem”.
- Acionar “CYCLE START” duas vezes.
94
Desligar máquina
- Acionar “MACHINE”;
- Acionar “MENU SELECT”;
- Acionar “>”;
- Acionar “EXIT”;
Obs.: Aguardar a mensagem na tela para desligar.
- Acionar o botão de emergência;
- Desligar chave geral;
- Fechar o acesso de ar comprimido.
95
96
Referências
Princípios Fundamentais
SENAI. SP
CDU 681.5
97
98