31-Pru3 - CNC 1 Programação

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Mecânico de Produção Veicular

Processos de Usinagem 3 – CNC 1 Programação


PROGRAMAÇÃO E OPERAÇÃO
DE CENTRO DE USINAGEM CNC
Comando Siemens 840D

São Paulo
2014
Processos de Usinagem 3 – CNC 1 Programação

 SENAI-SP - 2011

Trabalho formatado e revisado pelo Centro de Formação Profissional “SENAI/Mercedes-Benz” do


Departamento Regional de São Paulo.

Coordenação Geral Paulo César Perestrelo Lara


Coordenação Israel Zamai
Organização Eduardo de Lélis Santos
Editoração Escola SENAI ”Mercedes-Benz”
Revisão e Formatação Eleandro Francisco dos Santos

 SENAI-SP - 2006

Trabalho elaborado pelo Centro de Formação Profissional “SENAI/Mercedes-Benz” do Departamento


Regional de São Paulo.

Coordenação Geral Paulo César Perestrelo Lara


Coordenação Israel Zamai
Organização Eduardo de Lélis Santos
Editoração Escola SENAI ”Mercedes-Benz”
Escola SENAI “Mercedes-Benz”

Endereço: Av. Alfred Jurzykowski, 562 - São Bernardo do Campo / SP

CEP 09680-100

Telefone: (0xx11) 4173 7371

FAX: (0xx11) 4173 7147

E-mail: senaimercedesbenz@sp.senai.br
Sumário

Histórico do CNC ....................................................................................................... 9


Programação ......................................................................................................... 11
Apresentação .................................................................................................................. 11
Antes de programar é necessário: .................................................................................... 11
Gerenciamento de Programas ................................................................................ 13
Sistema de Coordenadas ........................................................................................ 15
Sistema de Coordenadas Absolutas .................................................................................. 16
Sistema de coordenadas incrementais ............................................................................. 17
Funções .................................................................................................................. 19
Função sequencial ........................................................................................................... 20
Função de posicionamento .............................................................................................. 20
Função auxiliar ou miscelânea ......................................................................................... 21
Função complementar: .................................................................................................... 21
Função T (Ferramenta - “Tool”) ............................................................................................................. 21
Função S (Rotação - “Speed”) ................................................................................................................ 22
Função F (Avanço de Mesa – “Feed”) .................................................................................................... 22
Função D (Corretor de Ferramenta) ...................................................................................................... 22
Função MSG (Mensagem para o Operador) .......................................................................................... 23
Função “ ; ” (ponto e vírgula) - Comentário de auxílio .......................................................................... 23
Funções Preparatórias: .................................................................................................... 23
Função G70 (Sistema de Medida Inglês – “Polegadas”) ........................................................................ 24
Função G71 (Sistema de Medida Métrico – “Milímetros”) ................................................................... 24
Função G90 (Programação em coordenadas absolutas) ....................................................................... 24
Função G91 (Programação em coordenadas incrementais) .................................................................. 24
Função G94 (Sistema de Avanço para Fresadoras) ................................................................................ 24
Função G95 (Sistema de Avanço para Tornos) ...................................................................................... 25
Funções G54 a G57 (Sistema de Coordenadas de Trabalho – “Zero peça”) .......................................... 25
Funções G500 e G53 (Sistema de Coordenadas – “Zero máquina”) ..................................................... 25
Funções G17, G18 e G19 (Plano de Trabalho) ....................................................................................... 25
Função G0 (Interpolação Linear em Avanço Rápido) ............................................................................ 26
Função G1 (Interpolação Linear com Avanço Programado) .................................................................. 26
Funções G2 e G3 (Interpolação Circular com Avanço Programado) ...................................................... 28
Função G4 (Tempo de Permanência) .................................................................................................... 31
Funções G40, G41 e G42 (Compensação do Raio da Ferramenta) ........................................................ 32
Funções especiais: ........................................................................................................... 34
Função RND (Arredondamento de Cantos) ........................................................................................... 34
Funções CHR e CHF (Chanframentos de cantos) ................................................................................... 35
Funções REPEAT e REPEATB (Repetição de parte do programa)........................................................... 36

Subprogramas ........................................................................................................ 39
Funções Frames ...................................................................................................... 41
Função “TRANS e ATRANS” – (Deslocamento da origem de trabalho) ................................ 41
Função “ROT e AROT” – (Rotação do sistema de coordenada de trabalho) ........................ 43
Função “SCALE e ASCALE” – (Fator de escala) ................................................................... 44
Função “MIRROR e AMIRROR” – (Imagem espelho) .......................................................... 46
Ciclos...................................................................................................................... 49
CYCLE81 (Ciclo de Furação Simples) .................................................................................. 49
CYCLE82 (Ciclo de Furação com Tempo de Permanência) .................................................. 52
CYCLE83 (Ciclo de Furação com quebra ou eliminação de cavacos) .................................... 54
CYCLE84 (Ciclo de Roscamento)........................................................................................ 58
MCALL ............................................................................................................................. 62
POCKET1 (Alojamento Retangular) ................................................................................... 63
POCKET2 (Alojamento Circular) ........................................................................................ 69
Operação da Máquina ............................................................................................ 75
Introdução ...................................................................................................................... 75
Fresadora CNC – DECKEL MAHO “DMU 35M” ....................................................................................... 75
Painel principal do comando Siemens 840D ......................................................................................... 76
Detalhes e descrição do teclado de programação................................................................................. 76
Descrição do teclado de programação .................................................................................................. 77
Detalhes e descrição do teclado de operação ....................................................................................... 78
Ligar a Máquina ............................................................................................................... 79
Referenciar a máquina ..................................................................................................... 79
Referenciar a máquina através da rotina de referenciamento ............................................................. 79
Referenciar a Máquina eixo por eixo ..................................................................................................... 79
Movimentar os eixos manualmente ................................................................................. 80
Através do jog contínuo ......................................................................................................................... 80
Através do jog scale ............................................................................................................................... 80
Através do jog incremental .................................................................................................................... 80
Através da manivela eletrônica ............................................................................................................. 81
Operar o comando via MDA ............................................................................................. 81
Programas ....................................................................................................................... 82
Criar pasta .............................................................................................................................................. 82
Criar um programa ................................................................................................................................ 82
Alterar dados no programa ................................................................................................................... 82
Renomear uma pasta............................................................................................................................. 83
Renomear um programa ....................................................................................................................... 83
Apagar um programa ............................................................................................................................. 84
Apagar uma pasta .................................................................................................................................. 84
Copiar um programa completo ............................................................................................................. 84
Copiar uma parte do programa ............................................................................................................. 85
Simular um programa ............................................................................................................................ 86
Ferramentas .................................................................................................................... 87
Referenciar ferramentas ........................................................................................................................ 87
Acessar página de ferramentas ............................................................................................................. 87
Criar ferramenta .................................................................................................................................... 87
Carregar ferramenta no depósito .......................................................................................................... 88
Medir comprimento de ferramenta ...................................................................................................... 88
Descarregar ferramenta do depósito .................................................................................................... 90
Apagar ferramenta do depósito ............................................................................................................ 90
Apagar ferramenta da lista .................................................................................................................... 90
Zerar peça (G54 à G57) .................................................................................................... 91
Zerar eixo [X] e [Y] ................................................................................................................................. 91
Eixo [Z] ................................................................................................................................................... 92
Execução de programa ..................................................................................................... 93
Selecionar programa para usinagem ..................................................................................................... 93
Executar teste de programa .................................................................................................................. 93
Executar programa em automático ....................................................................................................... 93
Abortar programa em execução automática ......................................................................................... 93
Parar um programa no meio da operação............................................................................................. 94
Executar programa de qualquer ferramenta ......................................................................................... 94
Desligar máquina ................................................................................................................................... 95

Referências ............................................................................................................ 97
Histórico do CNC
Há uma certa disputa sobre quem é responsável pelo desenvolvimento da
tecnologia de comando numérico. Muitas empresas e instituições trabalharam
concomitantemente no conceito de máquinas de comando numérico durante a
década de 40.

Provavelmente a primeira aplicação de comando numérico é devida a John C.


Parsons da Parsons Corporation de Traverse City, Michigan, produtor de
rotores de helicópteros. Na época não conseguia produzir gabaritos para os
rotores na velocidade necessária o que levou Parsons a conectar um
"computador" da época com uma máquina operatriz. Inicialmente, Parsons
utilizou cartões perfurados para codificar as informações para o sistema
Digitron, como foi chamado.

Em 1949 a Força Aérea Americana (U.S. Air Force) contrata a Parsons para
realizar um estudo da aplicação os sistemas de comando numérico para
acelerar a produção de componentes de seus aviões e mísseis, cada vez mais
complexos. A Parsons por sua vez subcontratou o laboratório de
Servomecanismos do Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Uma fresadora de três eixos - Hydrotel, da Cincinnati Milling Machine


Company, foi escolhida como veículo para a experiência. Os controles de
copiagem foram removidos e a máquina aparelhada com equipamento de
comando numérico. O resultado do trabalho foi um protótipo das máquinas de
comando numérico atuais. Os pesquisadores do MIT criaram o termo
"numerical control" ou comando numérico.

Muito do desenvolvimento foi promovido pela U.S. Air Force, na produção de


estruturas de avançados aviões militares a jato, com construção num curto
espaço de tempo, entre o projeto e a fabricação, em pequenos lotes de peças,
constituindo-se em excelente oportunidade para o teste do comando numérico.

9
Em fins da década de 50, os fabricantes de aviões incrementaram
grandemente o uso de equipamento de comando numérico, com geração
contínua de contornos. Estas indústrias asseguraram grande progresso
naquele período, pelo cumprimento do programa de produção, obtenção do
grau de precisão exigido no produto, a custos compatíveis, os quais não
poderiam ter sido obtidos sem o comando numérico.

E a produção e confiabilidade das máquinas aumentaram, e as máquinas


comandadas numericamente continuaram a impressionar realizando operações
previamente consideradas impossíveis ou impraticáveis, com melhor precisão e
repetibilidade que os métodos convencionais.

Em 1957 iniciou-se uma revolução no sistema de manufatura, intensificando-se


o uso de máquinas de comando numérico. Surgiu um grande número de
fabricantes de máquinas e de controles no mercado, sendo que alguns
fabricantes passaram também a fabricar seus próprios controles. A partir de
novembro de 1959, equipamentos com controles de posicionamento ponto a
ponto e geração contínua de contornos, foram melhorados pelo trocador
automático de ferramentas, o qual foi desenvolvido por uma fábrica de
usinagem de metais para uso próprio.

No início da década de 70, surgem às primeiras máquinas CNC (Controle


Numérico Computadorizado), e no Brasil surgem às primeiras máquinas CN de
fabricação nacional. A partir daí, observa-se uma evolução contínua e notável
concomitantemente com os computadores em geral, fazendo com que os
comandos (CNC) mais modernos, empreguem em seu conceito físico
(hardware) tecnologia de última geração.

10
Programação
Apresentação

Este manual foi elaborado para utilização do comando Siemens 840D, com
funções básicas do mesmo, objetivando a simplicidade na programação. Para
informações complementares, consultar manuais originais do comando.

Máquina a comando numérico é aquela dotada de equipamento eletro-


eletrônico, capaz de receber informações, armazená-las e transmiti-las em
forma de comandos à máquina operatriz, de modo que esta realize as
operações na seqüência programada.

Programa é um arquivo, composto por linhas (também chamadas de blocos),


onde estão inseridas informações que comandarão a máquina, a fim de obter-
se o produto desejado.

Para efetuar uma usinagem de peças através de uma máquina ferramenta a


CNC, deve-se tomar como referência dois itens:

1°- Elaborar um programa de um desenho da peça, através de comandos


interpretados pelo CNC. Esses comandos estão descritos neste manual na
parte de programação.

2°- O programa deve ser lido pelo CNC. Preparar as ferramentas e a peça
segundo a programação desenvolvida, depois executar o processo de
usinagem.
Antes de programar é necessário:

1°- Estudo do desenho da peça, bruta e acabada;


Há necessidade de uma análise sobre a viabilidade de execução da peça em
conta das dimensões exigidas, quantidade de material a ser removido,
ferramental necessário, fixação do material, etc.

11
2°- Estudos dos métodos e processos;
Definir as fases de usinagem de cada peça a ser executada, estabelecendo
assim o que fazer e quando fazer.

3°- Escolha das ferramentas;


A escolha de um bom ferramental é fundamental para um bom aproveitamento
do equipamento, e para a obtenção da qualidade exigida pelo produto.

4°- Conhecer os parâmetros físicos da máquina e sua programação;


É preciso conhecer os recursos de programação
disponíveis e a capacidade de remoção de cavacos, bem
como a rotação máxima e o número de ferramentas,
visando minimizar tempos de programação e operação.

5°- Definição dos parâmetros de Corte.


Em função do material a ser usinado, buscar juntos aos fabricantes de
ferramentas, os dados de cortes como avanço, rotação e profundidade de
corte.

12
Gerenciamento de
Programas
Os programas são armazenados em diferentes diretórios,
ou seja, em pastas onde serão armazenados de acordo
com sua função ou características.

Exemplos de diretórios:

-subprogramas;
-programas
-peças;
-comentários;
-ciclos padrão;
-ciclos de usuário.

Cada programa corresponde a um arquivo, e todo arquivo possui uma


extensão, esta, por sua vez, informa qual o tipo de arquivos estamos
trabalhando.

Exemplo de extensões:

-.MPF.........programa principal
-.SPF..........subprograma
-.INI............arquivo de inicialização
-.COM........ comentário
-.DEF..........definição para dados globais

A princípio é importante saber algumas características dos programas


principais:

-O nome atribuído ao programa deve ter no máximo 31 caracteres, sendo os


dois primeiros obrigatoriamente letras, e não havendo caracteres de separação
(- / “”), com exceção ao traço baixo (_).

-Não há diferenças entre letras maiúsculas e minúsculas.

13
14
Sistema de Coordenadas
Na elaboração do programa de usinagem para a máquina CNC o programador
utiliza, para o direcionamento dos movimentos do carro ou da mesa, um
sistema de coordenadas formado por todos os eixos existentes fisicamente na
máquina, definidos pela norma DIN-66217.

Para que a máquina possa trabalhar com as posições especificadas, elas têm
que ser declaradas em um sistema de referência, que corresponde aos
sentidos dos movimentos dos carros (eixos X, Y, Z). A orientação dos eixos
segue a regra da mão direita, que pode ser visualizada pela figura abaixo.

De acordo com esta regra, o dedo polegar indica o sentido positivo do eixo
imaginário, representado pela letra X; o dedo indicador indica o sentido positivo
do eixo Y; e o dedo médio nos mostra o sentido positivo do eixo Z.

Nas máquinas-ferramenta, o sistema de coordenadas determinado pela regra


da mão direita, pode variar de posição em função do tipo de máquina, mas
sempre seguirá a regra apresentada, onde os dedos apontam o sentido
positivo dos eixos imaginários, e o eixo "Z" na maioria dos casos será paralelo
ao eixo da árvore principal.

15
Sistema de Coordenadas Absolutas

No modo de programação em absoluto, as posições dos eixos são medidas em


relação à posição zero atual (zero peça ou zero máquina) estabelecida. Com
vista ao movimento da ferramenta isto significa que a dimensão absoluta é a
posição para qual a ferramenta deve ir.

As figuras abaixo representam os símbolos de ponto zero


peça e ponto zero máquina.

Ponto zero peça.

Ponto zero máquina.

16
Exemplo de programação no modo absoluto, para a peça a seguir:

Y 46

P6 P5

P4 P3
50

P7

32
17

P1 P2
P8

X
20
70

X Y
P1 20 0
P2 70 0
P3 70 32
P4 46 32
P5 46 50
P6 0 50
P7 0 17
P8 20 0

Sistema de coordenadas incrementais

No modo de programação em incremental, as posições dos eixos são medidas


as partir da posição anteriormente estabelecida. Com vista ao movimento da
ferramenta isto significa que a dimensão incremental é à distância a ser
percorrida pela ferramenta a partir da posição atual da mesma, até o ponto ao
qual se deseja chegar.

17
Exemplo de programação no modo incremental, para a peça a seguir:

Y 46

P6 P5

P4 P3
50

P7

32
17

P1 P2
P8

X
20
70

X Y
P1 20 0
P2 50 0
P3 0 32
P4 -24 0
P5 0 18
P6 -46 0
P7 0 -33
P8 20 -17

18
Funções
São códigos ou palavras apropriadas compreensíveis pelo comando que
predispõe a máquina, ou o próprio comando a funcionar de determinado modo.
É importante saber que não há diferença entre informar as funções com letras
maiúsculas ou minúsculas, e a localização das mesmas dentro da linha de
programação.

As funções podem ser de efeito modal ou não modal. As funções de efeito


modal são aquelas que quando programadas em uma determinada linha, ficam
ativas nas linhas subsequentes até o fim do programa, ou ficam ativas até que
outra função do mesmo grupo (entende-se como grupo, o conjunto de funções
com características semelhantes) a substitua, cancelando-a. As funções de
efeito não modal são aquelas que são válidas somente na linha em que estão
programadas.

Quando ligamos o comando, existem funções que são ativadas


automaticamente, chamadas de funções default.

As funções estão divididas em algumas classificações importantes:

-Função sequencial;

-Função de posicionamento;

-Função complementar;

-Função miscelânea ou auxiliar;

-Função preparatória e;

-Função especial.

19
Função sequencial

É representada pela letra N e tem a função de numerar os blocos de


programação. Costuma-se fazer a programação com incrementos entre blocos
de 10 em 10, porém é possível ajustar esse incremento. A utilização desta
função é opcional, entretanto esta é aconselhável para facilitar a localização e
correção de erros no programa, e para facilitar a inserção de novas linhas entre
as linhas já programadas.

Exemplo:

N10 G17 G71 ...


N20 G54
N30 _________
N40 _________
N41 _________
N50 _________

Função de posicionamento

É representada pela letra correspondente ao eixo em que será executado o


posicionamento, mais o valor numérico da posição em questão. Através da
declaração destas funções de posicionamento é que se obtém a geometria da
peça. Não se pode programar duas funções de posicionamento para o mesmo
eixo na mesma linha de programação.

Exemplo:
N10 X50 Y20 Z150
N20 Z-8
N30 Y35.7
N40 X44

Observa-se que na primeira linha de programação (N10) a ferramenta está na


posição X50, Y20 e Z150, e que a cada nova linha assume uma nova posição,

20
definida pelo programador. É importante observar que para valores não
inteiros, o caractere separador é o ponto.
Função auxiliar ou miscelânea

É representada pela letra M, seguida de um ou dois números. Esta atua como


um botão liga e desliga para a máquina, e deve ser programada apenas uma
por bloco. As principais utilizadas na programação são:

Função Descrição:
M0 Parada do programa.
M1 Parada opcional do programa.
M2 Fim de programa.
M3 Eixo árvore sentido horário.
M4 Eixo árvore sentido anti-horário.
M5 Parada do eixo árvore.
M6 Troca de ferramenta.
M8 Liga refrigeração da ferramenta.
M9 Desliga refrigeração da ferramenta.
M17 Fim de subprograma.
M30 Fim de programa.

Função complementar:

É utilizada para complementar as informações do bloco de programação.

Função T (Ferramenta - “Tool”)

É utilizada para selecionar a ferramenta a ser utilizada. Para colocá-la no eixo


árvore, é necessário utilizar a função “M6” (troca de ferramenta) após a seleção
da ferramenta. A ferramenta deve ser informada através de um nome qualquer,
escrito entre aspas, sendo obrigatório o uso do sinal de igual após a função T,
conforme exemplo abaixo:

Exemplo: T=”fresad10”

21
Neste exemplo, foi selecionada a ferramenta “fresad10”, que ficará ativa até
que outra ferramenta seja pré-selecionada e efetuada sua troca. Apesar deste
nome, devem-se verificar as características (tipo, comprimento e raio) desta
ferramenta no gerenciador de ferramentas.

Função S (Rotação - “Speed”)

É utilizada para informar ao comando o número de rotações do eixo árvore.


Para ativar a rotação desejada no eixo árvore, além da função S é necessário
programar-se a função “M3” ou “M4”.
A função S tem efeito modal.

Exemplo: S500 M3

Neste exemplo, o eixo árvore foi ligado no sentido horário com 500 rpm.

Função F (Avanço de Mesa – “Feed”)

É utilizada para informar ao comando a velocidade de


avanço para o deslocamento dos eixos. A unidade deste
deslocamento depende de outras funções que veremos
mais adiante. É expressa seguida de números que podem
ser inteiros ou não.
A função F tem efeito modal.

Exemplos: F50.5
F300

Função D (Corretor de Ferramenta)

É utilizada para informar ao comando o corretor da ferramenta que está em


uso. Cada ferramenta pode ter dois corretores D1 e D2, sendo que não é
necessária a programação de D1, porque este já é ativado automaticamente
com a chamada da ferramenta. Somente será necessária a programação se
por algum motivo for programado o cancelamento do corretor (D0).
No corretor da ferramenta, estão inseridas informações como o raio,
comprimento, e tempo de vida útil da mesma.

22
Função MSG (Mensagem para o Operador)

É utilizada para que, durante a execução do programa, possam ser


programadas mensagens quaisquer, como por exemplo, para informar ao
operador em que fase se encontra a operação que está sendo realizada. A
seguir, tem-se um exemplo de mensagem, tendo esta para sua escrita, o limite
máximo de 124 caracteres.

Exemplo: N10 MSG(“Desbastando perfil externo”)


N20 _____
N30 _____
N40 MSG(“”)

Neste exemplo, a mensagem “Desbastando perfil externo” fica a mostra na tela


até que esta seja cancelada por MSG(“”).
Função “ ; ” (ponto e vírgula) - Comentário de auxílio

Esta função é utilizada para que se possam inserir comentários nos blocos de
programação. Tudo o que for programado após (à direita) do ponto e vírgula (;),
será ignorado pelo comando, sendo considerado como comentário.

Exemplo: N30 S100 M3 ; liga eixo árvore


N80 M30 ; fim de programa

Funções Preparatórias:

São funções que definem ao comando o que fazer preparando-o para uma
determinada operação (deslocamento linear, por exemplo). As funções
preparatórias estabelecem para o comando os modos de operação previstos
pelo programador.
Todas as funções preparatórias são identificadas pelo caractere “G”, seguido
por até três dígitos numéricos.

Exemplo: G2, G70, G111.

23
Função G70 (Sistema de Medida Inglês – “Polegadas”)

Esta função é aplicada para definir o sistema de unidades em polegadas. Um


bloco com G70 no início do programa instrui o comando a usar valores em
polegadas para os deslocamentos dos eixos e correções.
A função G70 é modal.
Sintaxe: G70

Função G71 (Sistema de Medida Métrico – “Milímetros”)

Esta função é aplicada para definir o sistema de unidades em milímetros. Um


bloco com G71 no início do programa instrui o comando a usar valores em
milímetros para os deslocamentos dos eixos e correções.
A função G71 é modal e default.

Sintaxe: G71

Função G90 (Programação em coordenadas absolutas)

Esta função prepara a máquina para executar os deslocamentos em


coordenadas absolutas tendo uma origem pré-fixada para a programação.
A função G90 é modal e default.

Sintaxe: G90 (modal) ou X=AC(...), Y=AC(...), Z=AC(...) (não modal).

Função G91 (Programação em coordenadas incrementais)

Esta função prepara a máquina para executar os deslocamentos em


coordenadas incrementais. Assim, todos os deslocamentos são feitos através
da distância a se deslocar.
A função G91 é modal.

Sintaxe: G91 (modal) ou X=IC(...), Y=IC(...), Z=IC(...) (não modal).

Função G94 (Sistema de Avanço para Fresadoras)

Esta função é aplicada para a programação da velocidade de avanço em


mm/min ou polegadas/min.
A função G94 é modal e default para fresadoras.

24
Sintaxe: G94
Função G95 (Sistema de Avanço para Tornos)

Esta função é aplicada para a programação da velocidade de avanço em


mm/rotação ou polegadas/rotação.
A função G95 é modal e default para tornos.

Sintaxe: G95

Funções G54 a G57 (Sistema de Coordenadas de Trabalho – “Zero peça”)

Estas funções definem o sistema de coordenadas de trabalho. O sistema de


trabalho pode ser estabelecido por qualquer uma das funções de G54 a G57, e
define como ponto zero peça, um determinado ponto previamente referenciado
na peça.
As funções de G54 a G57 são modais.

Sintaxe: G54, G55, G56 e G57.


Funções G500 e G53 (Sistema de Coordenadas – “Zero máquina”)

Estas funções têm a finalidade de cancelar o sistema de coordenadas de


trabalho (funções G54 a G57), deixando como referência para trabalho o ponto
zero máquina. A função G500 é modal, enquanto a função G53 não é modal.

Funções G17, G18 e G19 (Plano de Trabalho)

Estas funções têm por finalidade a seleção do plano de trabalho. No plano de


trabalho são executadas as interpolações circulares e/ou a compensação de
raio da ferramenta.

A função G17 define o plano de trabalho como sendo o


plano formado pelos eixos X e Y, e o 3° eixo (profundidade)
sendo o eixo Z. A função G17 é modal e default para
fresadoras.
A função G18 define o plano de trabalho como sendo o plano formado pelos
eixos Z e X, e o 3° eixo (profundidade) sendo o eixo Y. A função G18 é modal e
default para tornos.

25
A função G19 define o plano de trabalho como sendo o plano formado pelos
eixos Y e Z, e o 3° eixo (profundidade) sendo o eixo X. A função G19 é modal.

Sintaxe: G17, G18 e G19.

Função G0 (Interpolação Linear em Avanço Rápido)

Esta função executa uma interpolação linear em avanço rápido, ou seja, realiza
um deslocamento linear entre dois pontos com o máximo avanço atingido pelos
eixos da máquina. Esta função é aplicada para efetuar aproximações e
afastamentos da ferramenta em relação à peça, não sendo apropriada para
usinagem.
Pode ser programado com essa função, deslocamento apenas para um eixo,
para dois ou ainda para três eixos simultaneamente.
A função G0 é modal.

Sintaxe: G0 X_ Y_ Z_.
Função G1 (Interpolação Linear com Avanço Programado)

Esta função executa uma interpolação linear com avanço programado, ou seja,
realiza um deslocamento linear entre dois pontos com o avanço determinado
pelo programador pela função F. A função G1 é aplicada para efetuar
usinagem de peças, que por consequência do seu movimento irá gerar
superfícies “retas”.
Pode ser programado com essa função deslocamento apenas para um eixo,
para dois ou ainda para três eixos simultaneamente.
A função G1 é modal e default.

Sintaxe: G1 X_ Y_ Z_ F_

26
Exemplo de programação utilizando G0 e G1 para a peça abaixo, já podendo
ser observada a estrutura de programação, porém com algumas funções
faltantes para a perfeita execução da peça, as quais serão abordadas mais
adiante.

Y
26

P5 P4

P3
30

18
P6 PI
esp. 5mm P2

PA
44 X
PROGRAMA1.MPF
N10 G17 G71 G90 G94 ; funções preparatórias para execução desta peça
N20 T=”FRESA” ; seleção da ferramenta
N30 M6 ; troca da ferramenta
N40 M3 S1500 ; liga eixo árvore sentido horário com 1500rpm
N50 G54 ; define sistema de coordenadas de trabalho
N60 G0 X-5 Y-5 Z10 ; deslocamento rápido para PA (ponto de aproximação)
N80 G1 Z-5 F200 ; deslocamento para a posição Z-5, com avanço 200mm/min
N90 G1 X0 Y0 ; deslocamento para PI (ponto inicial da usinagem)
N100 G1 X44 Y0 ; deslocamento para P2
N110 G1 X44 Y18 ; deslocamento para P3
N120 G1 X26 Y30 ; deslocamento para P4
N130 G1 X0 Y30 ; deslocamento para P5
N140 G1 X0 Y0 ; deslocamento para P6
N150 G1 X-5 Y-5 ; deslocamento para PA
N160 G0 Z150 M30; afastamento da ferramenta e fim de programa;

Este programa também pode ser expresso como se vê a seguir, desprezando-


se os comentários, e não se repetindo as funções modais e coordenadas já
ativas.

27
PROGRAMA1.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”FRESA”
N30 M6
N40 M3 S1500
N50 G54
N60 G0 X-5 Y-5 Z10
N80 G1 Z-5 F200
N90 X0 Y0
N100 X44
N110 Y18
N120 X26 Y30
N130 X0
N140 Y0
N150 X-5 Y-5
N160 G0 Z150 M30

Funções G2 e G3 (Interpolação Circular com Avanço Programado)

Estas funções executam uma interpolação circular com avanço programado, ou


seja, realizam um deslocamento circular entre dois pontos com o avanço
determinado pelo programador pela função F. São funções utilizadas para
usinagem de perfis circulares em peças, produzindo círculos inteiros ou arcos
de círculo.
Estas funções só executam interpolação para dois eixos do plano de trabalho
simultaneamente.
As funções G2 e G3 são modais.
Sintaxes: G2 ou G3 X_ Y_ CR=_
G2 ou G3 X_ Z_ CR=_
G2 ou G3 Y_ Z_ CR=_
G2 ou G3 X_ Y_ I_ J_
G2 ou G3 X_ Z_ I_ K_
G2 ou G3 Y_ Z_ J_ K_

28
Onde:

G2: interpolação circular no sentido horário.

G3: interpolação circular no sentido anti-horário.

X, Y, Z: coordenadas do ponto final do arco.

CR=: valor do raio do arco, sendo valor positivo atribuído para arco menor que
180°, e negativo para arco com ângulo maior que 180 e diferente de 360°. Há
obrigatoriedade de sinal de igual após o indicador CR.

I, J, K: Eixos auxiliares utilizados para localização do centro


do arco, sendo que o eixo I é paralelo ao eixo X, o eixo J é
paralelo ao eixo Y e o eixo K é paralelo ao eixo Z. Estes
eixos podem ser utilizados para qualquer arco, havendo
obrigatoriedade apenas para executarmos arcos de 180 e
360°. Existem duas maneiras de indicarmos os valores para
os eixos auxiliares. A primeira visa determinar a distância do
ponto inicial do arco até o centro do mesmo, sendo essa
distância expressa após a letra que indica o eixo. A segunda
maneira expressa o valor absoluto do ponto que representa
o centro do arco. No exemplo a seguir, é possível observar
as diferentes possibilidades de programação.

29
Exemplo:

Y
24

Ø2
4
R1
8

2
R1

57
R1

R1
0

5
31

27
esp. 7mm

X
80

Programa com utilização da função “CR=”, onde é possível:


PROGRAMA2.MPF
N10 G17 G71 G90 G94 N190 Y41
N20 T=”FRESA” N200 G2 Y21 X0 I0 J-10
N30 M6 N210 G1 X0 Y0
N40 M3 S1500 N220 X-5 Y-5
N50 G54 N230 G0 Z150
N60 G0 X-5 Y-5 Z10 N240 M30
N80 G1 Z-7 F200
N90 X0 Y0
N100 X65
N110 G3 X80 Y15 CR=15
N120 G1 Y27
N130 G2 X68 Y39 CR=12
N140 G1 Y45
N150 G3 X56 Y57 CR=-12
N160 G1 X42
N170 G3 X6 I-18 J0
N180 G1 X0

30
Programa com utilização de eixos auxiliares:

PROGRAMA2.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”FRESA”
N30 M6
N40 M3 S1500
N50 G54
N60 G0 X-5 Y-5 Z10
N80 G1 Z-7 F200
N90 X0 Y0
N100 X65
N110 G3 X80 Y15 I0 J15 ou G3 X80 Y15 I=AC(65) J=AC(15)
N120 G1 Y27
N130 G2 X68 Y39 I0 J12 ou G2 X68 Y39 I=AC(80) J=AC(39)
N140 G1 Y45
N150 G3 X56 Y57 I0 J12 ou G3 X56 Y57 I=AC(68) J=AC(57)
N160 G1 X42
N170 G3 X6 I-18 J0 ou G3 X6 I=AC(24) J=AC(57)
N180 G1 X0
N190 Y41
N200 G2 Y21 I0 J-10 ou G2 Y21 I=AC(0) J=AC(31)
N210 G1 X0 Y0
N220 X-5 Y-5
N230 G0 Z150
N240 M30
Função G4 (Tempo de Permanência)

É aplicada para gerar um tempo de permanência entre blocos de programa,


que pode ser em segundos ou em rotações.

Sintaxes: G4 F_ valores expressos em segundos pela


letra F.
G4 S_ valores expressos em rotações pela letra S.

31
Funções G40, G41 e G42 (Compensação do Raio da Ferramenta)

Estas funções são utilizadas para efetuar a compensação do raio da


ferramenta, que tem por finalidade corrigir a diferença entre o raio da
ferramenta programado e o atual, através de um valor inserido na página de
corretor de ferramenta.

Explicação das funções:


G40: desativa a compensação do raio da ferramenta (cancela G41 e G42).
G41: ativa compensação do raio da ferramenta à esquerda do perfil a ser
usinado.
G42: ativa compensação do raio da ferramenta à direita do perfil a ser usinado.

Com a compensação ativa, o comando calcula automaticamente os respectivos


percursos equidistantes da ferramenta. Para o cálculo dos percursos ele
necessita das seguintes informações: T (ferramenta) e D (n° do corretor).

Para ativar ou desativar a compensação de raio da ferramenta G40, G41 e


G42, é necessário programar um bloco com deslocamento linear (G0 ou G1),
em pelo menos um dos eixos do plano de trabalho, sendo este deslocamento
maior ou igual ao raio da ferramenta.

32
Exemplo:

0
R1

30
esp. 5mm

X
40

PROG3.MPF
N10 G17 G71 G90 G94 N100 Y30
N20 T=”FRESAD10” N110 X30
N30 M6 N120 G2 X40 Y20 CR=10
N40 M3 S1500 N130 G1 Y0
N50 G54 N140 X-2
N60 G0 X-10 Y-10 Z10 N150 X-10 Y-10 G40
N80 G1 Z-5 F200 N160 G0 Z150
N90 X0 Y-2 G41 N170 M30

Para determinar se a compensação de raio é direita ou esquerda, deve-se


imaginar um traçado referente ao perfil da peça na vertical, com o sentido de
usinagem da ferramenta para cima, e verificar se a mesma está à direita ou à
esquerda do perfil. A grosso modo, para usinagens externas, quando o sentido
de usinagem é horário, a compensação do raio é esquerda, e quando o sentido
de usinagem é anti-horário, a compensação do raio é direita. Para usinagens
internas há a inversão entre as aplicações das funções em função do sentido
de usinagem.

33
Funções especiais:

São funções que são de “propriedade” dos fabricantes de comandos CNC, e


tem por objetivo facilitar a programação.

Função RND (Arredondamento de Cantos)

É aplicada para gerar arredondamentos em cantos formados por movimentos


lineares, circulares ou lineares e circulares. Para a aplicação desta função é
necessário conhecer o ponto de intersecção entre os movimentos onde se
encontra o arredondamento.

Sintaxe: RND=__ (Valor do raio do arredondamento).

Exemplo de aplicação da função RND:

Y
35
R25
30

20
R2

esp. 8mm
R1
2 X
50

34
PROG.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”FRESAD10”
N30 M6
N40 M3 S1500
N50 G54
N60 G0 X-10 Y-10 Z10
N80 G1 Z-8 F200
N90 X0 Y0 G41
N100 Y30
N110 X35 RND=25
N120 X50 Y20
N130 Y12
N140 G3 X38 Y0 CR=12 RND=2
N150 G1 X0
N160 X-10 Y-10 G40
N170 G0 Z150
N180 M30

Funções CHR e CHF (Chanframentos de cantos)

São aplicadas para gerar chanframentos em cantos formados por movimentos


lineares. Para a aplicação desta função é necessário conhecer o ponto de
intersecção entre os movimentos onde se encontra o chanframento.

Sintaxe: CHR=__ (Valor do cateto do chanfro).


CHF=__ (Valor da hipotenusa do chanfro).

4x45°
7
20

esp. 8mm
35

60 X
PROGRAMA.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”FRESAD10”
N30 M6
N40 M3 S1500
N50 G54
N60 G0 X-10 Y-10 Z10
N80 G1 Z-8 F200
N90 X0 Y0 G41
N100 Y20 CHR=4
N110 X60 CHF=7
N120 Y0
N130 X0
N140 X-10 Y-10 G40
N150 G0 Z150
N160 M30

Funções REPEAT e REPEATB (Repetição de parte do programa)

São funções utilizadas para repetição de uma parte do programa ou apenas um


bloco do mesmo.
Para que se possam repetir linhas é necessário identificá-las com uma marca.
Esta marca deve ser uma palavra qualquer, seguida de dois pontos, sendo
colocada no início da linha de programação.
O número de repetições é determinado pela letra P.

36
Exemplo de programa utilizando a função REPEAT:

PROGRAMA_X.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”FRESAD10”
N30 M6
N40 M3 S1500
N50 G54
N60 G0 X-10 Y-10 Z10
N70 G1 Z0 F200
N80 INICIO: G1 Z=IC(-1)
N90 X0 Y-2 G41
N100 Y20
N110 X20 CHR=5
N120 Y0
N130 X-2
N140 FIM: X-10 Y-10 G40
N150 REPEAT INICIO FIM P4
N160 G0 Z150
N170 M30

REPEAT INICIO FIM P4 (repete os blocos desde a marca INICIO até a marca
FIM por quatro vezes consecutivas).

37
Exemplo de programa utilizando a função REPEATB:

PROGRAMA_Y.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”FRESAD10”
N30 M6
N40 M3 S1500
N50 G54
N60 RETORNO: G0 X-10 Y-10 Z10
N70 G1 Z-5 F200
N80 X0 Y-2 G41
N90 Y20
N100 X20 CHR=5
N110 Y0
N120 X-2
N130 REPEATB RETORNO
N140 G0 Z150
N150 M30

REPEATB RETORNO (repete o bloco com a marca RETORNO por uma vez).

38
Subprogramas
São programas que estão contidos dentro de outros programas. Os
subprogramas têm praticamente as mesmas características dos programas
principais com exceção a extensão (.SPF para subprogramas e .MPF para
programas) e a função que os finaliza (M17 para subprogramas e M30 para
programas).

O subprograma contém sequências de operações de trabalho que devem ser


executadas várias vezes.

Por exemplo: um subprograma pode ser chamado e executado em qualquer


programa principal.

Os subprogramas podem ser chamados não só de programas principais, mas


de outros subprogramas, até um limite de onze sub-níveis.

39
Exemplo de chamada de um subprograma, dentro de um programa principal:

Programa principal PERFIL.MPF


N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”FRESAD10”
N30 M6
N40 G54
N50 S2000 M3
N60 G0 X0 Y0
N70 Z10
N80 G1 Z0 F300
N90 TRIANGULO P3
N100 G0 Z10
N110 Z100
N120 M30

Subprograma TRIANGULO.SPF
N10 G91 G1 Z-2 F100
N20 G90 G41
N30 G1 X20 Y20 F200
N40 Y80
N50 X20X60
N60 X20 Y20
N70G40
N80 G0 X0 Y0
N90 M17

No exemplo, o programa principal PERFIL.MPF chamou e executou o


subprograma TRIANGULO.SPF 3 vezes, para que a profundidade de 6 mm
possa ser atingida

40
Funções Frames
Função “TRANS e ATRANS” – (Deslocamento da origem de trabalho)

A função TRANS/ATRANS permite programar deslocamentos da origem de


trabalho para todos os eixos na direção desejada, com isso é possível trabalhar
com ponto zero alternativos, no caso de usinagem repetidas em posições
diferentes da peça.

Função, TRANS XYZ é utilizada para deslocar a origem do trabalho em relação


ao zero peça G54.

Função, ATRANS XYZ é utilizada para deslocar a origem do trabalho em


relação a um frame já programado.

Para cancelarmos um deslocamento deve-se programar a função TRANS sem


a declaração de variáveis, com isso cancelamos qualquer frame programado.

Sintaxe:
TRANS X_ Y_

41
Exemplo:
TRANS.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”fresa”
N30 M6
N40 G54
N50 S2000 M3
N60 TRANS X20 Y20
N70 PERFIL P1
N80 TRANS X70 Y20
N90 PERFIL P1
N100 TRANS X20 Y50
N110 PERFIL P1
N120 TRANS
N130 Z110
N140 M30

42
Função “ROT e AROT” – (Rotação do sistema de coordenada de trabalho)

A função ROT / AROT permite programar um ângulo rotação para o sistema de


coordenadas de trabalho em relação ao plano de trabalho selecionado.

Programando a função ROT RPL =___ ,o sistema de coordenadas é


rotacionado em relação ao zero peça G54. Para programarmos uma segunda
rotação em relação a um frame já programado devemos utilizar a função AROT
RPL =.

Para cancelarmos uma rotação deve-se programar a função ROT sem a função
auxiliar RPL, com isso cancelamos qualquer frame programado.

Sintaxe:
ROT RPL =

43
Exemplo:

ROTAÇÃO.MPF
N10 G71 G17 G54 G90 G94
N20 T=”FRESA”
N30 M6
N40 G54
N50 S2000 M3
N60 TRANS X20 Y10
N70 PERFIL P1
N80 TRANS X20 Y40
N90 AROT RPL=60
N100 PERFIL P 1
N110 TRANS X55 Y35
N120 AROT RPL=45
N130 PERFIL P 1
N140 TRANS ou ROT
N150 G0 Z100
N160 M30

Função “SCALE e ASCALE” – (Fator de escala)

A função SCALE/ASCALE permite programar, para todos os eixos fatores de


escala, com isso é possível alterar o tamanho de uma peça já programada.

Pode-se utilizar a função SCALEXYZ, para programarmos um fator de escala


em relação ao zero peça G54, ou a função ASCALEXYZ para programarmos
um fator de escala em relação a um frame já programado.

Para cancelarmos s função escala devemos programar a função SCALE sem


declarar variáveis, com isso cancelamos qualquer frame programado.

Sintaxe:
SCALE X_____ Y_____

44
Exemplo:

SCALE.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”FRESA”
N30 M6
N40 G54
N50 S2000 M3
N60 TRANS X40 Y20
N70 AROT RPL = 35
N80 ASCALE X0.5 Y0.5
N90 PERFIL P1
N100 TRANS ou ROT ou SCALE
N110 Z100
N120 M30

45
Função “MIRROR e AMIRROR” – (Imagem espelho)

A função MIRROR/AMIRROR permite espelhar o perfil da peça nos eixos


desejados.

O espelhamento é programado pela função MIRROR XYZ através de mudança


de direção axiais no plano de trabalho.

O espelhamento por MIRROR tem como referência o ponto zero peça G54.

Um espelhamento com referência a um espelhamento ou frame já programado


deve utilizar a função AMIRROR XYZ.

Sintaxe:
MIRROR X____ Y____

46
Exemplo:
MIRROR.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”FRESA”
N30 M6
N40 G54
N50 S2000 M3
N60 PERFIL P1
N70 MIRROR X0
N80 PERFIL P1
N90 AMIRROR Y0
N100 PERFIL P1
N110 MIRROR Y0
N120 PERFIL P1
N130 MIRROR
N140 G0 Z100
N150 M30

47
48
Ciclos
Ciclos são sub-rotinas tecnológicas que permitem realizar operações
específicas de usinagem, tais como furação, roscamento ou fresamento de
alojamentos. Para trabalhar-se com ciclos é necessária a programação de
parâmetros, os quais, serão estudados juntamente com os ciclos aos quais
estes corresponderem.
CYCLE81 (Ciclo de Furação Simples)

O CYCLE81 é um ciclo de furação simples, onde a ferramenta fura de uma só


vez, toda a profundidade de furação. Geralmente este ciclo é aplicado para
furações de pequenas profundidades (furos de centro, preferencialmente).

Sintaxe: CYCLE81(RTP, RFP, SDIS, DP, DPR)

Descrição dos parâmetros:

RTP Plano de retorno (absoluto)

RFP Plano de referência (absoluto)

SDIS Distância segura (sem sinal)

DP Coordenada final da furação (absoluto)

DPR Profundidade da furação relativa ao plano de referência (sem sinal)

Explicação dos parâmetros:

RTP: É a posição em que a ferramenta retorna, depois de executada a furação.

RFP: É um plano qualquer, adotado pelo programador, sendo mais


conveniente adotar o plano onde se tem início a furação.

49
SDIS: É à distância acima do plano de referência, até a qual, a ferramenta se
desloca rapidamente (G0) para a partir daí, se deslocar com o avanço
programado.

DP: É o ponto final da furação, que é atingido através de movimento linear com
avanço programado.

DPR: É à distância entre o plano de referência e o ponto final da furação, que é


atingido através de movimento linear com avanço programado.

Observações:

- O ponto de furação é a posição atual dos dois eixos do plano selecionado, ou


seja, para efetuar-se a furação, deve-se primeiramente programar as
coordenadas do furo em uma linha, para depois se programar o ciclo em outra
linha.

- Na linha onde se programa o ciclo não pode haver nenhuma outra função
programada.
- Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no ciclo.

50
Exemplo de programação utilizando CYCLE81:

10
Y

Ø"
A"
60
20
20

20 20 X
60

N10 G17 G71 G90 G94


N20 T=”BROCA”
N30 M6
N40 M3 S1000 F60
N50 G54
N60 G0 X0 Y0 Z10
N70 X20 Y20 ; posicionamento no 1° ponto de furação
N80 CYCLE81(5,0,3,-10, ) ; faz 1° furo
N90 X40 Y40 ; posicionamento no 2° ponto de furação
N100 CYCLE81(5,0,3,-10, ) ; faz 2° furo
N110 G0 Z150
N120 M30

51
CYCLE82 (Ciclo de Furação com Tempo de Permanência)

O CYCLE82 é um ciclo de furação com tempo de permanência, onde a


ferramenta fura de uma só vez, toda a profundidade de furação, podendo ser
programado um tempo de permanência na profundidade final. Geralmente este
ciclo é aplicado para furações de pequenas profundidades (rebaixos e
escareados).

Sintaxe: CYCLE82(RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, DTB)

Descrição dos parâmetros:

RTP Plano de retorno (absoluto)


RFP Plano de referência (absoluto)
SDIS Distância segura (sem sinal)
DP Coordenada final da furação (absoluto)
DPR Profundidade da furação relativa ao plano de referência (sem sinal)
DTB Tempo de espera na profundidade final de furação (segundos)

Explicação dos parâmetros:

RTP, RFP, SDIS, DP e DPR: Vide descrição no CYCLE81.


DTB: É um tempo de permanência na profundidade final da furação,
determinado em segundos.

52
Observações:

- O ponto de furação é a posição atual dos dois eixos do plano selecionado, ou


seja, para efetuar-se a furação, deve-se primeiramente programar as
coordenadas do furo em uma linha, para depois se programar o ciclo em outra
linha.

- Na linha onde se programa o ciclo não pode haver nenhuma outra função
programada.

- Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no ciclo.

- Exemplo de programação para execução de um rebaixo, utilizando


CYCLE82:

X
3
7

ØB
40

ØC

40
X

53
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”FRESA”
N30 M6
N40 M3 S500 F30
N50 G54
N60 G0 X0 Y0 Z10
N70 X20 Y20 ; posicionamento no ponto onde haverá o rebaixo
N80 CYCLE82(5,0,3,-3, ,2) ; faz rebaixo
N90 G0 Z150
N100 M30
CYCLE83 (Ciclo de Furação com quebra ou eliminação de cavacos)

O CYCLE83 é um ciclo de furação com quebra ou eliminação de cavacos, onde


a ferramenta atinge a profundidade final através de sucessivas perfurações de
profundidades menores, quebrando ou eliminando cavacos, podendo ser
programado um tempo de permanência na profundidade final, e um tempo de
espera após cada quebra ou eliminação de cavacos. Geralmente este ciclo é
aplicado para furações de grandes profundidades.

Sintaxe: CYCLE83(RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, FDEP, FDPR, DAM, DTB,
DTS, FRF, VARI)

Descrição dos parâmetros:


RTP Plano de retorno (absoluto)
RFP Plano de referência (absoluto)
SDIS Distância segura (sem sinal)
DP Coordenada final da furação (absoluto)
DPR Profundidade da furação relativa ao plano de referência (sem sinal)
FDEP Coordenada para a primeira profundidade de furação (absoluto)
FDPR Primeira profundidade de furação relativa ao plano de referência (sem
sinal)
DAM Decremento
DTB Tempo de espera na profundidade final de furação (segundos)
DTS Tempo de espera após a quebra e eliminação de cavacos (segundos)

54
FRF Fator de avanço para a primeira profundidade de furação
Valores: de 0.001 a 1
VARI Modo de furação
Valores: 0 = com quebra de cavacos
1 = com eliminação de cavacos

Explicação dos parâmetros:

RTP, RFP, SDIS, DP e DPR: Vide descrição no CYCLE81.

FDEP: É o ponto que representa a primeira profundidade da furação, que é


atingido através de movimento linear com avanço programado, e
posteriormente é executada a primeira quebra ou eliminação de cavacos.

FDPR: É à distância entre o plano de referência e o ponto que representa a


primeira profundidade da furação, que é atingido através de movimento linear
com avanço programado, e posteriormente é executada a primeira quebra ou
eliminação de cavacos.

DAM: É um valor que o comando utiliza para o cálculo das profundidades de


furação subseqüentes a primeira. Este valor é decrementado da última
profundidade executada para a execução da próxima furação, até um limite
mínimo de furação do próprio valor de decremento, com exceção aos dois
últimos passes, que devem ser iguais ao decremento ou superiores à metade
do valor do mesmo.

DTB: É um tempo de permanência em cada profundidade de furação atingida,


determinado em segundos.

DTS: É um tempo de permanência após cada quebra ou eliminação de


cavacos, determinado em segundos.

FRF: É um fator que é multiplicado pelo avanço programado, ativo somente


para a primeira profundidade da furação executada.

55
VARI: É a maneira de se executar a furação, com quebra ou eliminação de
cavacos.

Observações:

- O ponto de furação é a posição atual dos dois eixos do plano selecionado, ou


seja, para efetuar-se a furação, deve-se primeiramente programar as
coordenadas do furo em uma linha, para depois se programar o ciclo em outra
linha.
- Na linha onde se programa o ciclo não pode haver nenhuma outra função
programada.
- Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no ciclo.

56
Exemplo de programação utilizando CYCLE83:

80
Y
30 60

..
Ø.
60

120 X

N10 G17 G71 G90 G94


N20 T=”BROCA”
N30 M6
N40 M3 S1200 F80
N50 G54
N60 G0 X0 Y0 Z10
N70 X30 Y30 ; posicionamento no 1° ponto de furação
N80 CYCLE83(5,0,3,-80, ,-10, ,5,0,0,0.7,0) ; faz 1° furo
N90 X90 ; posicionamento no 2° ponto de furação
N100 CYCLE83(5,0,3,-80, ,-10, ,5,0,0,0.7,0) ; faz 2° furo
N110 G0 Z150
N120 M30

57
CYCLE84 (Ciclo de Roscamento)

O CYCLE84 é um ciclo de roscamento com macho rígido, onde este atinge a


profundidade final através de um único passe, sem o recurso de se quebrar
cavacos. Geralmente este ciclo é aplicado para roscamento em máquinas onde
é possível controlar a posição angular do fuso.

Sintaxe: CYCLE84(RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, DTB, SDAC, MPIT, PIT,
POSS, SST, SST1)

Descrição dos parâmetros:

RTP Plano de retorno (absoluto)

RFP Plano de referência (absoluto)

SDIS Distância segura (sem sinal)

DP Coordenada final do roscamento (absoluto)

DPR Profundidade do roscamento relativa ao plano de referência (sem


sinal)

DTB Tempo de espera na profundidade final de roscamento (segundos)

SDAC Sentido de giro do eixo árvore após o fim de ciclo


Valores: 3 (horário), 4 (anti-horário), 5 (parado)

MPIT Diâmetro nominal da rosca (com sinal)


Sinal positivo= Rosca direita; Sinal negativo= Rosca esquerda
Valores: de 3 (M3) até 48 (M48), somente p/ roscas métricas
normalizadas

PIT Passo da rosca (com sinal)


Sinal positivo= Rosca direita; Sinal negativo= Rosca esquerda
Valores: de 0.001 a 2000mm

POSS Posição orientada do eixo árvore para o início do roscamento (graus)

SST Rotação para roscamento (rpm)

SST1 Rotação para retorno (rpm)

58
Explicação dos parâmetros:

RTP, RFP e SDIS: Vide descrição no CYCLE81, e substitua a expressão “a


furação” por “o roscamento”.

DP: É o ponto que representa a profundidade final do roscamento, onde pode


ser executado um tempo de espera, antes da inversão do sentido de rotação
do eixo árvore.

DPR: É à distância entre o plano de referência e o ponto final do roscamento,


onde pode ser executado um tempo de espera, antes da inversão do sentido
de rotação do eixo árvore.

SDAC: É o sentido de giro do eixo árvore, depois de executado o roscamento e


retorno.

MPIT: É o diâmetro nominal da rosca, e os valores devem ser programados


entre 3 e 48, e a partir daí o comando obtém o passo da rosca, que será
utilizado para o cálculo do avanço do roscamento.

PIT: É o passo da rosca, e os valores devem ser programados entre 0.001 e


2000mm, sendo o valor programado, utilizado para o cálculo do avanço do
roscamento.

POSS: É a posição angular do eixo árvore, para o início do roscamento.

SST: É a rotação com que o eixo árvore executa o


roscamento. A rotação programada é utilizada para o
cálculo do avanço de roscamento.

SST1: É a rotação com que o eixo árvore executa o retorno, após o


roscamento. A rotação programada é utilizada para o cálculo do avanço de
retorno.

59
Observações:

- O ponto de roscamento é a posição atual dos dois eixos do plano


selecionado, ou seja, para efetuar-se o roscamento, deve-se primeiramente
programar as coordenadas da rosca em uma linha, para depois se programar o
ciclo em outra linha.
- Na linha onde se programa o ciclo não pode haver nenhuma outra função
programada.
- Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no ciclo.

60
Exemplo de programação para os roscamentos da peça abaixo:

20

30
Y
20 40

x1
M6
40

80 X

N10 G17 G71 G90 G94


N20 T=”MACHOM6”
N30 M6
N40 G54
N50 G0 X0 Y0 Z10
N60 X20 Y20 ; posicionamento no 1° ponto de roscamento
N70 CYCLE84(5,0,4,-20, ,2,5, ,1,0,200,300) ; faz 1° rosca
N80 X60 ; posicionamento no 2° ponto de roscamento
N90 CYCLE84(5,0,4,-30, ,2,5, ,1,0,200,300) ; faz 2° rosca
N100 G0 Z150
N110 M30

61
MCALL

A função MCALL é utilizada juntamente com os ciclos de furação e


roscamento, e serve para tornar modal o efeito dos ciclos. Devemos programar
essa função na mesma linha do ciclo, e os posicionamentos das furações ou
roscamentos devem ser informados nas linhas subseqüentes. Para
cancelarmos a chamada modal de ciclos, devemos programar a função MCALL
isolada numa linha de programação.

Sintaxe: MCALL CYCLE__(_,_,_,........)

Exemplo de programação utilizando MCALL:

Ø
D
x8
mm
40
20

20 40
X

62
PROG_MCALL.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”BROCA”
N30 M6
N40 M3 S1000 F60
N50 G54
N60 G0 X0 Y0 Z10
N70 MCALL CYCLE81(5,0,3,-8, ) ; Chamada modal do ciclo 81 e parâmetros
N80 X20 Y20 ; primeira posição de furação
N90 X60 ; segunda posição de furação
N100 Y60 ; terceira posição de furação
N110 X20 ; quarta posição de furação
N120 MCALL ; Cancelamento da chamada modal
N130 G0 Z150
N140 M30
POCKET1 (Alojamento Retangular)

Este ciclo executa o fresamento (desbaste e/ou acabamento) de alojamentos


retangulares, em qualquer posição ou ângulo.

Sintaxe: POCKET1(RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, LENG, WID, CRAD, CPA, CPO,
STA1, FFD, FFP1, MID, CDIR, FAL, VARI, MIDF, FFP2, SSF)

63
Onde:
RTP Plano de retorno (absoluto)

RFP Plano de referência (absoluto)

SDIS Distância segura (sem sinal)

DP Coordenada final do alojamento (absoluto)

DPR Profundidade do alojamento relativa ao plano de referência (sem sinal)

LENG Comprimento do alojamento (sem sinal)

WID Largura do alojamento (sem sinal)

CRAD Raio do canto (sem sinal)

CPA Centro do alojamento na abscissa (absoluto)

CPO Centro do alojamento na ordenada (absoluto)

STA1 Ângulo do alojamento (graus)

FFD Avanço para penetração

FFP1 Avanço de desbaste

MID Máxima profundidade de corte por passe (sem sinal)

CDIR Sentido de usinagem


Valores: 2 (horário – G2)
3 (anti-horário – G3)

FAL Sobremetal para acabamento nas laterais (sem sinal)

VARI Modo de trabalho


Valores: 0 = desbaste e acabamento
1 = desbaste
2 = acabamento

MIDF Máxima profundidade de corte por passe p/ acabamento nas laterais


(sem sinal)

FFP2 Avanço para acabamento

SSF Rotação para acabamento

64
Explicação dos parâmetros:

RTP, RFP e SDIS: Vide a descrição no CYCLE81, e substitua a expressão “a


furação” por “o alojamento”.

DP: É o plano que representa a profundidade final do alojamento, que pode ser
atingida depois de sucessivos passes.

DPR: É à distância do plano de referência ao plano que representa a


profundidade final do alojamento, que pode ser atingido depois de sucessivos
passes.

LENG: É o comprimento do alojamento retangular.

WID: É a largura do alojamento retangular.

CRAD: É o raio do canto do alojamento retangular, não podendo ser menor que
o raio da fresa a ser utilizada, e também não podendo ser superior a metade do
comprimento ou largura do alojamento.

CPA: É o ponto que representa o centro do alojamento no eixo da abscissa.

CPO: É o ponto que representa o centro do alojamento no eixo da ordenada.

STA1: É o ângulo formado entre a reta que representa o comprimento do


alojamento e o eixo das abscissas, sendo verificado a partir do eixo das
abscissas no sentido anti-horário, e tendo somente valores positivos que
variam de 0 a 179,999°.

65
FFD: É o avanço com o qual a ferramenta atinge cada nova profundidade do
alojamento.

FFP1: É o avanço com o qual a ferramenta desbasta o alojamento.

MID: É a máxima profundidade por passe que a ferramenta pode atingir, sendo
a profundidade por passe calculada pelo comando, em função da profundidade
final do alojamento.

CDIR: É o sentido de usinagem utilizado no desbaste e/ou acabamento do


alojamento.

FAL: É um sobremetal determinado para o acabamento nas laterais do


alojamento.

VARI: É a maneira que será executada o alojamento, podendo ser através de


desbaste, acabamento ou ainda desbaste e acabamento.

MIDF: É a máxima profundidade por passe para se efetuar o acabamento nas


laterais.

FFP2: É um avanço que pode ser programado para o acabamento do


alojamento.

SSF: É uma rotação que pode ser programada para o


acabamento do alojamento.

66
Observações:
- Na linha onde se programa o ciclo não pode haver nenhuma outra função
programada.

- Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no ciclo.

- É aconselhável fazer um furo no centro do alojamento ou utilizar uma fresa


com corte pelo centro.

- A posição de aproximação pode ser qualquer uma, desde que se possa


atingir o centro do alojamento e a distância de segurança, sem colisões.

- No final do ciclo a ferramenta retorna para o plano de retorno no centro do


alojamento.

67
Exemplo de programação para o desbaste e acabamento do alojamento
retangular abaixo.

11
Y

R7

22

55
44

88
X

N10 G17 G71 G90 G94


N20 T=”FRESAD12”
N30 M6
N40 M3 S850 F96
N50 G54
N60 G0 X0 Y0 Z10
N70 POCKET1(5,0,3,-11, ,44,22,7,44,27.5,0,24,96,3,3,0.3,0,0,96,850)
N80 G0 Z150
N90 M30

68
POCKET2 (Alojamento Circular)

Este ciclo executa o fresamento (desbaste e/ou acabamento) de alojamentos


circulares, em qualquer posição.
Sintaxe: POCKET2(RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, PRAD, CPA, CPO, FFD, FFP1,
MID, CDIR, FAL, VARI, MIDF, FFP2, SSF)
Onde:
RTP Plano de retorno (absoluto)

RFP Plano de referência (absoluto)

SDIS Distância segura (sem sinal)

DP Coordenada final do alojamento (absoluto)

DPR Profundidade do alojamento relativa ao plano de referência (sem sinal)

PRAD Raio do alojamento (sem sinal)

CPA Centro do alojamento na abscissa (absoluto)

CPO Centro do alojamento na ordenada (absoluto)

FFD Avanço para penetração

FFP1 Avanço de desbaste

MID Máxima profundidade de corte por passe (sem sinal)

CDIR Sentido de usinagem


Valores: 2 (horário – G2)
3 (anti-horário – G3)

FAL Sobremetal para acabamento nas laterais (sem sinal)

VARI Modo de trabalho


Valores: 0 = desbaste e acabamento
1 = desbaste
2 = acabamento

MIDF Máxima profund. de corte por passe p/ acabamento nas laterais (sem
sinal)

FFP2 Avanço para acabamento

SSF Rotação para acabamento

69
Explicação dos parâmetros:

RTP, RFP e SDIS: Vide a descrição no CYCLE81, e substitua a expressão “a


furação” por “o alojamento”.

DP: É o plano que representa a profundidade final do alojamento, que pode ser
atingida depois de sucessivos passes.

DPR: É à distância do plano de referência ao plano que representa a


profundidade final do alojamento, que pode ser atingido depois de sucessivos
passes.

PRAD: É o raio do alojamento circular, não podendo ser menor que o raio da
fresa a ser utilizada.

CPA: É o ponto que representa o centro do alojamento no eixo da abscissa.

CPO: É o ponto que representa o centro do alojamento no eixo da ordenada.

FFD: É o avanço com o qual a ferramenta atinge cada nova profundidade no


alojamento.

FFP1: É o avanço com o qual a ferramenta desbasta o alojamento.

MID: É a máxima profundidade por passe que a ferramenta pode atingir, sendo
a profundidade por passe calculada pelo comando, em função da profundidade
final do alojamento.

70
CDIR: É o sentido de usinagem utilizado no desbaste e/ou acabamento do
alojamento.

FAL: É um sobremetal determinado para o acabamento nas laterais do


alojamento.

VARI: É a maneira que será executada o alojamento, podendo ser através de


desbaste, acabamento ou ainda desbaste e acabamento.

MIDF: É a máxima profundidade por passe para se efetuar o acabamento nas


laterais.

FFP2: É um avanço que pode ser programado para o acabamento do


alojamento.

SSF: É uma rotação que pode ser programada para o acabamento do


alojamento.

71
Observações:

- Na linha onde se programa o ciclo não pode haver nenhuma outra função
programada.

- Os parâmetros não necessários podem ser omitidos no ciclo.

- É aconselhável fazer um furo no centro do alojamento ou utilizar uma fresa


com corte pelo centro.

- A posição de aproximação pode ser qualquer uma, desde que se possa


atingir o centro do alojamento e a distância de segurança, sem colisões.

- No final do ciclo a ferramenta retorna para o plano de retorno no centro do


alojamento.

72
Exemplo de programação para o desbaste e acabamento do alojamento
circular abaixo.

14
Y
Ø3
0

50
54 X

N10 G17 G71 G90 G94


N20 T=”FRESAD12”
N30 M6
N40 M3 S850 F96
N50 G54
N60 G0 X0 Y0 Z10
N70 POCKET2(5,0,3,-14, ,15,27,25,24,96,3,3,0.3,0,0,96,850)
N80 G0 Z150
N90 M30

73
74
Operação da Máquina
Introdução

Este capítulo tem como objetivo, orientar o operador no manuseio do painel de


controle e dos botões de comando, de modo que o mesmo possa executar as
operações de usinagem, troca das ferramentas e movimento dos eixos com
segurança.

Fresadora CNC – DECKEL MAHO “DMU 35M”

75
Painel principal do comando Siemens 840D

76
Detalhes e descrição do teclado de programação

Teclado Alfanumérico

Descrição do teclado de programação

Nome Descrição
Teclas
Introdução de letras, números e outros caracteres.
Alfanuméricas
Apaga informações do programa posterior ao posicionamento
Del
do cursor
Input Insere dados no CNC
Insert Substitui dados no programa
Apaga informações do programa anteriores ao
Back Space
posicionamento do cursor
Seleciona texto e altera algumas funções que conheçam o
Select
símbolo U
Há quatro diferentes teclas de movimentação do cursor. Estas
Movimentação
são utilizadas para movimentá-lo para a direita, esquerda, para
do cursor
cima e para baixo.
Muda as páginas da tela para cima (page up) ou para baixo
Page up/down
(page down)
End. Posiciona o cursor no fim da linha
Next Window Muda de janela
Ativa as funções do canto superior esquerdo das teclas com
Shift
dupla função

Help Mostra a ilustração do ciclo quando programado pelo “Apoio”

77
Detalhes e descrição do teclado de operação

Botão de
emergência. Tecla
“REF POINT”

Tecla “JOG”.

Tecla
“VAR”
TECLA “MDA”.

Tecla “AUTO”.
Teclas
“JOG SCALE”
Tecla
“SINGLE BLOCK”

Tecla Tecla
“CYCLE STOP” Tecla de
“CICLE START”
Tecla Tecla Tecla troca de
“CNC ON” “RESET” “Segurança” ferramenta

Tecla para
abrir e fechar Seletor de
porta da rotação
maquina
Seletor de
avanço
Tecla para
rápido
acionar
sistema de Teclas para
troca de controle do
ferramenta “SPINDLE”

Teclas para
troca de
Tecla para eixos
refrigeração
Seletor de
avanço
programado
Teclas para
Tecla Tecla
Tecla movimentação dos
“MCS / WCS” “FEED START”
“FEED STOP” eixos

78
Ligar a Máquina

- Ligar chave geral (aguardar a inicialização do comando);

- Clicar a tecla “ALARM CANCEL”, para eliminar caixa de dialogo de


“SENHA”;
- Desativar botão de emergência;
- Ligar CNC (Tecla “CNC ON);
- Acionar Tecla “RESET”;
- Referenciar a máquina.

Referenciar a máquina

Referenciar a máquina através da rotina de referenciamento

Ao ligar a máquina, o comando deve seguir a rotina de


referenciamento. Portanto, para referenciar deve-se:

- Acionar “JOG”;

- Acionar “REF POINT”;

- Fechar a porta da máquina (obs.: fechar a porta e travar via comando);

- Acionar “CYCLE START”.


Referenciar a Máquina eixo por eixo

- Acionar “JOG”;

- Acionar “REF POINT”;


- Fechar a porta da máquina (obs.: fechar a porta e travar via comando);
- Selecionar eixo desejado ( X, Y e Z);
- Acionar [+].

OBS: Os eixos serão referenciados na seguinte ordem: (Z, Y, X).

79
Movimentar os eixos manualmente

Através do jog contínuo

- Acionar “MACHINE”;
- Acionar “JOG”;
- Selecionar eixo desejado (“X”, “Y” ou “Z”);

- Manter pressionada a tecla [+] ou [-] para dar o sentido do movimento;

- Para ter um movimento mais rápido pressionar simultaneamente, com o


sentido, a tecla de avanço rápido.
-
Através do jog scale

- Acionar “MACHINE”;
- Acionar “JOG”;
- Selecionar eixo desejado (“X”, “Y” ou “Z”);
- Selecionar avanço desejado ([1], [10], [100], [1000]) através das teclas
“JOG SCALE”;

- Manter pressionada a tecla [+] ou [-] para dar o sentido do movimento.

Através do jog incremental

- Acionar “MACHINE”.
- Acionar “JOG”.
- Acionar “INC”.
- Digitar o valor do incremento, valor milesimal;
- Acionar “INPUT”;
- Acionar [VAR ] nas teclas “JOG SCALE”;
- Selecionar eixo desejado (“X”, “Y” ou “Z”).
- Executar o movimento dos eixos através da manivela observando o sentido
(+/-).

80
Através da manivela eletrônica

- Acionar “MACHINE”;
- Acionar “JOG”;
- Selecionar eixo desejado na manivela eletrônica (“X”, “Y” ou “Z”);
- Selecionar avanço desejado ([1] ou [100]);
- Executar o movimento dos eixos através da manivela observando o sentido
(+/-).

Operar o comando via MDA

- Acionar “MACHINE”;
- Acionar “MDA”;
- Acionar “RESET”;
- Acionar (se necessário) “APAGAR BUFFER MDA”;
- Digitar informações desejadas.

Exemplo – Troca de ferramenta:


T= “FRESA” (“INPUT”);
M6 (“INPUT”);
M30 (“INPUT”);
Acionar “CYCLE START”.

Exemplo – Ligar RPM:


S500 M3 (“INPUT”);
Acionar “CYCLE START”.

OBS: Para cancelar o evento da “MDA”, deve-se acionar “RESET.

81
Programas

Criar pasta

- Acionar “MENU SELECT”;


- Acionar “PROGRAMAS”;
- Acionar “PROGRAMA DE PEÇAS”;
- Com o cursor, selecionar qualquer pasta fechada;
- Acionar “NOVO”;
- Escolher tipo de arquivo (“WPD”);
- Inserir o nome da pasta;
- Acionar “OK”;

Criar um programa

- Acionar “MENU SELECT”;


- Acionar “PROGRAMAS”;
- Acionar “PROGRAMA DE PEÇAS”;
- Com o cursor, selecionar pasta destino;
- Acionar “INPUT”;
- Acionar “NOVO”;
- Escolher tipo de arquivo (“MPF” ou “SPF”);
- Inserir o nome do arquivo;
- Acionar “OK”;
- Digitar o programa;
- Ao finalizar a digitação, acionar “ARMEZENAR ARQUIVO”;
- Acionar “FECHAR EDITOR”.

Alterar dados no programa

- Acionar “MENU SELECT”;


- Acionar “PROGRAMAS”;
- Acionar “PROGRAMA DE PEÇAS”;
- Com o cursor, selecionar pasta desejada;
- Acionar “INPUT”;

82
- Com o cursor, selecionar programa desejado;
- Acionar “INPUT”;
- Alterar informações desejadas.
- Acionar “ARMEZENAR ARQUIVO”;
- Acionar “FECHAR EDITOR”.

Renomear uma pasta

- Acionar “MENU SELECT”.


- Acionar “PROGRAMAS”.
- Acionar “PROGRAMAS DE PEÇAS”
- Com o cursor, selecionar pasta desejada;
- Acionar “ADMINISTRAR PROGRAMAS”;
- Acionar “REDEDOMINAR”;
- Digitar o novo nome da pasta;
- Acionar “OK”;

- Acionar “<<”.

Renomear um programa

- Acionar “MENU SELECT”.


- Acionar “PROGRAMAS”.
- Acionar “PROGRAMAS DE PEÇAS”
- Com o cursor, selecionar pasta desejada;
- Acionar “INPUT”;
- Com o cursor, selecionar programa desejado;
- Acionar “ADMINISTRAR PROGRAMAS”;
- Acionar “REDEDOMINAR”;
- Digitar o novo nome do programa;
- Acionar “OK”;

- Acionar “<<”.

83
Apagar um programa

- Acionar “MENU SELECT”.


- Acionar “PROGRAMAS”.
- Acionar “PROGRAMA DE PEÇAS”;
- Com o cursor, selecionar pasta desejada;
- Acionar “INPUT”;
- Com o cursor, selecionar programa desejado;
- Acionar “ADMINISTRAR PROGRAMAS”;
- Acionar “APAGAR”;
- Acionar “SIM TODOS”;

- Acionar “<<”.

Apagar uma pasta

- Acionar “MENU SELECT”.


- Acionar “PROGRAMAS”.
- Acionar “PROGRAMA DE PEÇAS”;
- Com o cursor, selecionar pasta desejada;
- Acionar “ADMINISTRAR PROGRAMAS”;
- Acionar “APAGAR”;
- Acionar “SIM TODOS”;

- Acionar “<<”.

Copiar um programa completo

- Acionar “MENU SELECT”;


- Acionar “PROGRAMAS”;
- Acionar “PROGRAMA DE PEÇAS”;
- Com o cursor selecionar a pasta com o programa desejado;
- Acionar “INPUT”;
- Acionar “ADMINISTRAR PROGRAMAS”;
- Com o cursor selecionar o programa desejado;
- Acionar “COPIAR”;

84
- Com o cursor, selecionar pasta desejada;
- Acionar “INSERIR”;
- Digitar novo nome;
- Acionar “OK”;

- Acionar “<<”.

Copiar uma parte do programa

- Acionar ”MENU SELECT”;


- Acionar “PROGRAMAS”;
- Acionar “PROGRAMA DE PEÇAS”;
- Com o cursor selecionar a pasta com o programa desejado;
- Acionar “INPUT”;
- Com o cursor selecionar o programa desejado;
- Acionar ”INPUT”;
- Levar o cursor de bloco de início de cópia;
- Acionar “SELECIONAR BLOCO”;
- Levar o cursor no bloco de finalização da cópia;
- Acionar “COPIAR BLOCO”;
- Levar o cursor onde deseja ser inserido o texto copiado;
- Acionar “INSERIR BLOCO”;
- Acionar “ARMEZENAR ARQUIVO”.

OBS.: ao executar a cópia dos blocos (tecla “SELECIONAR BLOCO”), pode-se


fechar o programa atual e inserir o texto em outro programa.

- Acionar “FECHAR”;
- Com o cursor selecionar programa ou subprograma desejado;
- Acionar “INPUT”;
- Levar onde deseja ser inserido o texto copiado;
- Acionar “INSERIR BLOCO”;
- Acionar “ARMEZENAR ARQUIVO”.

85
Simular um programa

CYCLE
START

RESET

SINGLE
BLOCK
VISTA
SUPERIOR

VISTA EM
DUAS
TELAS

VISTA EM
3D
DETALHES
DO BLOCO

AJUSTES
DO BLOCO
ACESSA PGM PARA
CORREÇÃO

- Acionar “MENU SELECT”.


- Acionar “PROGRAMAS”.
- Acionar “PROGRAMA DE PEÇAS”;
- Com o cursor, selecionar programa desejado;
- Acionar “SIMULAÇÃO”;
- Acionar “AJUSTES”;
- Digitar medidas do bloco;
- Acionar “OK”;
- Acionar “CYCLE START”;
- Verificar resultado da simulação;
- Acionar “Λ” para fechar o gráfico.

86
Ferramentas

Referenciar ferramentas

Este processo é utilizado para fazer o referenciamento de


ferramentas na própria máquina.

Para isso o operador deverá criar uma ferramenta no gerenciador da maquina


e depois tocar a mesma na superfície da peça e fazer com que o comando
meça a distância da face do “SPLINDLE” até face tocada.

Acessar página de ferramentas

- Acionar “MENU SELECT”;


- Acionar “PARÂMETROS”;
- Acionar “GERENCIADOR DE FERRAMENTAS”.

Criar ferramenta

- Acionar “LISTA DE FERRAMENTAS”;


- Acionar “FERRAMENTA NOVA”;
- Digitar o nome da ferramenta;
Exemplo:
FRESA10
- Acionar “INPUT”;

- Acionar “<<”.

87
Carregar ferramenta no depósito

- Acionar “LISTA DE FERRAMENTAS”;


- Selecionar ferramenta;
- Acionar “CARREGAR”;
- Acionar “LOCALIZAR POSIÇÃO VAZIA”;
- Acionar “OK”
- Acionar “INICIO”;
- Digitar raio da ferramenta;
- Acionar “INPUT”;
- Acionar “Λ” para sair do gerenciador.

Medir comprimento de ferramenta

- Encostar a face do eixo árvore em uma face qualquer;

- Acionar “MACHINE”;
- Acionar “MDA”;
- Digitar o zero peça desejado;
Exemplo:
N10 G54
N20 M30
- Acionar “CYCLE START”;
- Acionar “JOG”;

88
- Acionar “ARRANHAR”;
- Digitar valor “0” no eixo [Z];
- Acionar “OK”;
- Acionar “MDA”;
- Digitar a ferramenta desejada;

Exemplo:
N10 T=“FRESA10”
N20 M6
N30 M30
- Acionar “CYCLE START”;
- Acionar “JOG”;
- Encostar a ponta da ferramenta na mesma face que o eixo árvore;

- Copiar o valor que aparecer na tela no eixo [Z];


Obs.: Pressionar a tecla “[WCS/MCS]” até exibir a posição máquina (MCS).

- Acionar “MENU SELECT”;


- Acionar “PARÂMETROS”;
- Acionar “GERENCIADOR DE FERRAMENTAS”;

89
- Acionar “LISTA DE FERRAMENTAS”;
- Inserir o valor copiado no campo “LÄNGE L1” da ferramenta;
- Acionar “INPUT”;
- Acionar “Λ”;
- Acionar “MACHINE”;

- Verificar se o valor na tela do eixo [Z] alterou para [0].

Descarregar ferramenta do depósito

- Acionar “LISTA DE FERRAMENTAS”;


- Selecionar ferramenta;
- Acionar “DESCARREGAR”;
- Acionar “DO DEPÓSITO”;
- Acionar “OK”.

Apagar ferramenta do depósito

- Acionar “LISTA DE FERRAMENTAS”;


- Selecionar ferramenta;
- Acionar “DESCARREGAR”;
- Acionar “APAGAR FERRAMENTA”;
- Acionar “OK”.

Apagar ferramenta da lista

- Acionar “LISTA DE FERRAMENTAS”;


- Selecionar ferramenta;
- Acionar “APAGAR FERRAMENTA”;
- Acionar “OK”.

90
Zerar peça (G54 à G57)

Zerar eixo [X] e [Y]

- Acionar “MACHINE”;
- Acionar “MDA”;
- Digitar o zero peça desejado e selecionar uma ferramenta qualquer;
Exemplo:
N10 G54
N20 T=“FRESA10”
N30 M6
N40 M30
- Acionar “CYCLE START”;
- Acionar “JOG”;

- Tocar ferramenta na lateral da peça através do movimento manual da


máquina, conforme ilustração a seguir;

- Acionar “ARRANHAR”;

- Digitar valor obtido no eixo [X];

Exemplo: Raio da ferramenta = 5 mm

Sobremetal = 3 mm

Valor obtido = -8 mm
Obs.: O valor obtido no exemplo é negativo, pois no desenho acima, a
ferramenta encontra-se no segundo quadrante.
- Acionar “OK”;

- Realizar o mesmo procedimento para o eixo [Y].

91
Eixo [Z]

- Acionar “MACHINE”;
- Acionar “MDA”;
- Digitar o zero peça desejado e selecionar uma ferramenta qualquer;
Exemplo:
N10 G54
N20 T=“FRESA10”
N30 M6
N40 M30
- Acionar “CYCLE START”;
- Acionar “JOG”;
- Tocar ferramenta na face superior da peça através do movimento manual
da máquina, conforme ilustração a seguir;

- Acessar o “GERENCIADOR DE FERRAMENTAS” e anotar o valor do


comprimento da ferramenta no campo “LANGE L1”;
- Acionar “MACHINE”;
- Acionar “ARRANHAR”

- Digitar valor anotado no eixo [Z];

- Acionar “OK”;

92
Execução de programa

Selecionar programa para usinagem

- Acionar “MENU SELECT”;


- Acionar “PROGRAMAS”;
- Acionar “PROGRAMA DE PEÇAS”;
- Posicionar cursor no programa desejado;
- Acionar “CHAMADA”.

Executar teste de programa

- Selecionar programa a ser testado;


- Acionar “MACHINE”;
- Acionar “AUTO”;
- Acionar “INFLUÊNCIA DE PROGRAMA”;
- Posicionar o cursor em “PRT: (TESTE DE PROGRAMA)”;
- Acionar “SELECT”;
- Posicionar o cursor em “DRY”;
- Acionar “SELECT”;
- Acionar “Λ”;
- Acionar “RESET”;
- Acionar “CYCLE START”.

Executar programa em automático

- Selecionar programa a ser executado;


- Acionar “AUTO”;
Obs.: Se desejar usinar bloco a bloco, acionar “SINGLE BLOCK”.
- Acionar “CYCLE START”.

Abortar programa em execução automática

- Durante a execução do programa, fechar seletores de avanço;


- Acionar “RESET”;
- Acionar “JOG” e movimentar a ferramenta para uma posição segura.

93
Parar um programa no meio da operação

- Executar um programa em automático;


- Acionar “CYCLE STOP” para a parada do programa;
- Acionar “JOG”;

- Selecionar eixo [X], [Y] ou [Z];


- Manter pressionada a tecla + ou – para afastar a ferramenta da peça de
acordo com a operação;
- Neste ponto pode-se, desligar eixo árvore (Acionar “SPINDLE STOP”),
limpar a peça, trocar uma pastilha, arrumar a refrigeração, etc, (caso
necessário);
- Ligar eixo árvore (Acionar “SPINDLE RIGHT”), caso esteja desligado;

- Selecionar eixo [X], [Y] ou [Z] (caso necessário) e aproximar a

ferramenta;

- Manter pressionada a tecla [+] ou [-] para aproximar a ferramenta da peça

(observar o display);
- Acionar “AUTO”;
- Acionar “CYCLE START”.

Executar programa de qualquer ferramenta

- Selecionar programa;
- Acionar “MACHINE”;
- Acionar “AUTO”;
- Acionar “PESQUISA DE BLOCO”;
- Selecionar bloco da ferramenta desejada com o cursor;
- Acionar “SEM CÁCULO”;
- Verificar na tela se o bloco inicial é o mesmo bloco selecionado;
Obs.: Caso o bloco que aparecer não for o selecionado, acionar
“RESET” e repetir o processo “Selecionar programa para usinagem”.
- Acionar “CYCLE START” duas vezes.

94
Desligar máquina

- Acionar “MACHINE”;
- Acionar “MENU SELECT”;

- Acionar “>”;

- Acionar “EXIT”;
Obs.: Aguardar a mensagem na tela para desligar.
- Acionar o botão de emergência;
- Desligar chave geral;
- Fechar o acesso de ar comprimido.

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Referências

Manual SIEMENS SINUMERIK 840D/840Di/810D/FM-NC Instr. de


programação - Edição 04.2000 Ciclos

Manual SIEMENS SINUMERIK 840D/840Di/810D/FM-NC Instr. de


programação - Edição 04.2000

Princípios Fundamentais

R94860 Manual de programação e operação SIEMENS 810D – Indústrias


ROMI S/A.

SENAI. SP

Programação e operação de centro de usinagem CNC: comando siemens


810D / organizado por Robson Schmitt
São Paulo : Escola SENAI “Humberto Reis Costa”, 2007.
106 p. : il. . –

1. CNC 2. Programação de comando numérico 3. Automação I. Título

CDU 681.5

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