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apostila
@studyliss

humanas ENEM
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 46 a 90
Questão 46 Questão 48

O Egito é visitado anualmente por milhões de Hoje em dia, nas grandes cidades, enterrar os
turistas de todos os quadrantes do planeta, desejosos de mortos é uma prática quase íntima, que diz respeito
ver com os próprios olhos a grandiosidade do poder apenas à família. A menos, é claro, que se trate de uma
esculpida em pedra há milênios: as pirâmides de Gizeh, as personalidade conhecida. Entretanto, isso nem sempre foi
assim. Para um historiador, os sepultamentos são uma
tumbas do Vale dos Reis e os numerosos templos
fonte de informações importantes para que se
construídos ao longo do Nilo.
compreenda, por exemplo, a vida política das sociedades.

O que hoje se transformou em atração turística era, no


No que se refere às práticas sociais ligadas aos
passado, interpretado de forma muito diferente, pois
sepultamentos,
A significava, entre outros aspectos, o poder que os
A na Grécia Antiga, as cerimônias fúnebres eram
faraós tinham para escravizar grandes contingentes
desvalorizadas, porque o mais importante era a
populacionais que trabalhavam nesses monumentos. democracia experimentada pelos vivos.
B representava para as populações do alto Egito a B na Idade Média, a Igreja tinha pouca influência sobre
possibilidade de migrar para o sul e encontrar trabalho os rituais fúnebres, preocupando-se mais com a
nos canteiros faraônicos. salvação da alma.
C significava a solução para os problemas econômicos, C no Brasil colônia, o sepultamento dos mortos nas
uma vez que os faraós sacrificavam aos deuses suas igrejas era regido pela observância da hierarquia
social.
riquezas, construindo templos.
D na época da Reforma, o catolicismo condenou os
D representava a possibilidade de o faraó ordenar a
excessos de gastos que a burguesia fazia para
sociedade, obrigando os desocupados a trabalharem
sepultar seus mortos.
em obras públicas, que engrandeceram o próprio E no período posterior à Revolução Francesa, devido as
Egito. grandes perturbações sociais, abandona-se a prática
E significava um peso para a população egípcia, que do luto.
condenava o luxo faraônico e a religião baseada em
Questão 49
crenças e superstições.
A Idade Média é um extenso período da História
Questão 47 do Ocidente cuja memória é construída e reconstruída
O que se entende por Corte do antigo regime é, segundo as circunstâncias das épocas posteriores. Assim,
desde o Renascimento, esse período vem sendo alvo de
em primeiro lugar, a casa de habitação dos reis de França,
diversas interpretações que dizem mais sobre o contexto
de suas famílias, de todas as pessoas que, de perto ou de
histórico em que são produzidas do que propriamente
longe, dela fazem parte. As despesas da Corte, da imensa
sobre o Medievo.
casa dos reis, são consignadas no registro das despesas
do reino da França sob a rubrica significativa de Casas Um exemplo acerca do que está exposto no texto acima é
Reais.
A a associação que Hitler estabeleceu entre o III Reich e
ELIAS, N. A sociedade de corte. Lisboa: Estampa, 1987. o Sacro Império Romano Germânico.
B o retorno dos valores cristãos medievais, presentes
Algumas casas de habitação dos reis tiveram grande
nos documentos do Concílio Vaticano II.
efetividade política e terminaram por se transformar em
C a luta dos negros sul-africanos contra o apartheid
patrimônio artístico e cultural, cujo exemplo é inspirada por valores dos primeiros cristãos.
A o palácio de Versalhes. D o fortalecimento político de Napoleão Bonaparte, que
se justificava na amplitude de poderes que tivera
B o Museu Britânico.
Carlos Magno.
C a catedral de Colônia.
E a tradição heroica da cavalaria medieval, que foi
D a Casa Branca.
afetada negativamente pelas produções
E a pirâmide do faraó Quéops. cinematográficas de Hollywood.

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Questão 50 Questão 52

A primeira metade do século XX foi marcada por Do ponto de vista geopolítico, a Guerra Fria dividiu
a Europa em dois blocos. Essa divisão propiciou a
conflitos e processos que a inscreveram como um dos
formação de alianças antagônicas de caráter militar, como
mais violentos períodos da história humana. a OTAN, que aglutinava os países do bloco ocidental, e o
Pacto de Varsóvia, que concentrava os do bloco oriental. É
importante destacar que, na formação da OTAN, estão
Entre os principais fatores que estiveram na origem dos presentes, além dos países do oeste europeu, os EUA e o
conflitos ocorridos durante a primeira metade do século XX Canadá. Essa divisão histórica atingiu igualmente os
âmbitos político e econômico que se refletia pela opção
estão
entre os modelos capitalista e socialista.
A a crise do colonialismo, a ascensão do nacionalismo e
Essa divisão europeia ficou conhecida como
do totalitarismo.
A Cortina de Ferro.
B o enfraquecimento do império britânico, a Grande
B Muro de Berlim.
Depressão e a corrida nuclear. C União Europeia.
C o declínio britânico, o fracasso da Liga das Nações e a D Convenção de Ramsar.
E Conferência de Estocolmo.
Revolução Cubana.
Questão 53
D a corrida armamentista, o terceiro-mundismo e o
O ano de 1968 ficou conhecido pela efervescência
expansionismo soviético.
social, tal como se pode comprovar pelo seguinte trecho,
E a Revolução Bolchevique, o imperialismo e a retirado de texto sobre propostas preliminares para uma
unificação da Alemanha. revolução cultural: “É preciso discutir em todos os lugares
e com todos. O dever de ser responsável e pensar
Questão 51 politicamente diz respeito a todos, não é privilégio de uma
minoria de iniciados. Não devemos nos surpreender com o
Os regimes totalitários da primeira metade do
caos das ideias, pois essa é a condição para a emergência
século XX apoiaram-se fortemente na mobilização da de novas ideias. Os pais do regime devem compreender
juventude em torno da defesa de ideias grandiosas para o que autonomia não é uma palavra vã; ela supõe a partilha
do poder, ou seja, a mudança de sua natureza. Que
futuro da nação. Nesses projetos, os jovens deveriam ninguém tente rotular o movimento atual; ele não tem
entender que só havia uma pessoa digna de ser amada e etiquetas e não precisa delas”.
obedecida, que era o líder. Tais movimentos sociais Journal de la comune étudiante. Textes et
documents. Paris: Seuil, 1969 (adaptado).
juvenis contribuíram para a implantação e a sustentação
Os movimentos sociais, que marcaram o ano de 1968,
do nazismo, na Alemanha, e do fascismo, na Itália,
A foram manifestações desprovidas de conotação
Espanha e Portugal.
política, que tinham o objetivo de questionar a rigidez
dos padrões de comportamento social fundados em
A atuação desses movimentos juvenis caracterizava-se valores tradicionais da moral religiosa.
B restringiram-se às sociedades de países
A pelo sectarismo e pela forma violenta e radical com desenvolvidos, onde a industrialização avançada, a
penetração dos meios de comunicação de massa e a
que enfrentavam os opositores ao regime.
alienação cultural que deles resultava eram mais
B pelas propostas de conscientização da população evidentes.
acerca dos seus direitos como cidadãos. C resultaram no fortalecimento do conservadorismo
político, social e religioso que prevaleceu nos países
C pela promoção de um modo de vida saudável, que ocidentais durante as décadas de 70 e 80.
mostrava os jovens como exemplos a seguir. D tiveram baixa repercussão no plano político, apesar de
seus fortes desdobramentos nos planos social e
D pelo diálogo, ao organizar debates que opunham
cultural, expressos na mudança de costumes e na
jovens idealistas e velhas lideranças conservadoras. contracultura.
E pelos métodos políticos populistas e pela organização E inspiraram futuras mobilizações, como o pacifismo, o
ambientalismo, a promoção da equidade de gêneros e
de comícios multitudinários. a defesa dos direitos das minorias.

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Questão 54 Questão 56

Os Yanomami constituem uma sociedade indígena Na democracia estado-unidense, os cidadãos são


do norte da Amazônia e formam um amplo conjunto
incluídos na sociedade pelo exercício pleno dos direitos
linguístico e cultural. Para os Yanomami, urihi, a “terra-
floresta”, não é um mero cenário inerte, objeto de políticos e também pela ideia geral de direito de
exploração econômica, e sim uma entidade viva, animada propriedade. Compete ao governo garantir que esse direito
por uma dinâmica de trocas entre os diversos seres que a
povoam. A floresta possui um sopro vital, wixia, que é não seja violado. Como consequência, mesmo aqueles
muito longo. Se não a desmatarmos, ela não morrerá. Ela que possuem uma pequena propriedade sentem-se
não se decompõe, isto é, não se desfaz. É graças ao seu
cidadãos de pleno direito.
sopro úmido que as plantas crescem. A floresta não está
morta pois, se fosse assim, as florestas não teriam folhas.
Tampouco se veria água. Segundo os Yanomami, se os Na tradição política dos EUA, uma forma de incluir
brancos os fizerem desaparecer para desmatá-la e morar
socialmente os cidadãos é
no seu lugar, ficarão pobres e acabarão tendo fome e
sede.
A submeter o indivíduo à proteção do governo.
ALBERT, B. Yanomami, o espírito da floresta. Almanaque Brasil
Socioambiental. São Paulo: ISA, 2007 (adaptado). B hierarquizar os indivíduos segundo suas posses.
De acordo com o texto, os Yanomami acreditam que C estimular a formação de propriedades comunais.

A a floresta não possui organismos decompositores. D vincular democracia e possibilidades econômicas


B o potencial econômico da floresta deve ser explorado. individuais.
C o homem branco convive harmonicamente com urihi.
E defender a obrigação de que todos os indivíduos
D as folhas e a água são menos importantes para a
floresta que seu sopro vital. tenham propriedades.
E Wixia é a capacidade que tem a floresta de se
sustentar por meio de processos vitais. Questão 57

Questão 55 Na década de 30 do século XIX, Tocqueville


O fim da Guerra Fria e da bipolaridade, entre as escreveu as seguintes linhas a respeito da moralidade nos
décadas de 1980 e 1990, gerou expectativas de que seria EUA: “A opinião pública norte-americana é particularmente
instaurada uma ordem internacional marcada pela redução
de conflitos e pela multipolaridade. dura com a falta de moral, pois esta desvia a atenção
frente à busca do bem-estar e prejudica a harmonia
O panorama estratégico do mundo pós-Guerra Fria
doméstica, que é tão essencial ao sucesso dos negócios.
apresenta
Nesse sentido, pode-se dizer que ser casto é uma questão
A o aumento de conflitos internos associados ao
nacionalismo, às disputas étnicas, ao extremismo de honra”.
religioso e ao fortalecimento de ameaças como o
TOCQUEVILLE, A. Democracy in America. Chicago: Encyclopædia
terrorismo, o tráfico de drogas e o crime organizado. Britannica, Inc., Great Books 44, 1990 (adaptado).
B o fim da corrida armamentista e a redução dos gastos Do trecho, infere-se que, para Tocqueville, os norte-
militares das grandes potências, o que se traduziu em
maior estabilidade nos continentes europeu e asiático, americanos do seu tempo
que tinham sido palco da Guerra Fria.
C o desengajamento das grandes potências, pois as A buscavam o êxito, descurando as virtudes cívicas.
intervenções militares em regiões assoladas por B tinham na vida moral uma garantia de enriquecimento
conflitos passaram a ser realizadas pela Organização
rápido.
das Nações Unidas (ONU), com maior envolvimento
de países emergentes. C valorizavam um conceito de honra dissociado do
D a plena vigência do Tratado de Não Proliferação, que comportamento ético.
afastou a possibilidade de um conflito nuclear como
D relacionavam a conduta moral dos indivíduos com o
ameaça global, devido à crescente consciência política
internacional acerca desse perigo. progresso econômico.
E a condição dos EUA como única superpotência, mas E acreditavam que o comportamento casto perturbava a
que se submetem às decisões da ONU no que
concerne às ações militares. harmonia doméstica.

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Questão 58 Questão 60

Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor A definição de eleitor foi tema de artigos nas
conjunto de normas e naquela dotada de homens Constituições brasileiras de 1891 e de 1934. Diz a
absolutamente justos, os cidadãos não devem viver uma Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de
vida de trabalho trivial ou de negócios — esses tipos de
1891:
vida são desprezíveis e incompatíveis com as qualidades
morais —, tampouco devem ser agricultores os aspirantes Art. 70. São eleitores os cidadãos maiores de 21
à cidadania, pois o lazer é indispensável ao
desenvolvimento das qualidades morais e à prática das anos que se alistarem na forma da lei.
atividades políticas”.
A Constituição da República dos Estados Unidos
VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado.
São Paulo: Atual, 1994. do Brasil de 1934, por sua vez, estabelece que:

O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite Art. 180. São eleitores os brasileiros de um e de
compreender que a cidadania outro sexo, maiores de 18 anos, que se alistarem
A possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, na forma da lei.
pois é condenável que os políticos de qualquer época
Ao se comparar os dois artigos, no que diz respeito ao
fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos
cidadãos tem de trabalhar. gênero dos eleitores, depreende-se que
B era entendida como uma dignidade própria dos grupos
sociais superiores, fruto de uma concepção política A a Constituição de 1934 avançou ao reduzir a idade
profundamente hierarquizada da sociedade. mínima para votar.
C estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção B a Constituição de 1891, ao se referir a cidadãos,
política democrática, que levava todos os habitantes
referia-se também às mulheres.
da pólis a participarem da vida cívica.
D tinha profundas conexões com a justiça, razão pela C os textos de ambas as Cartas permitiam que qualquer
qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado cidadão fosse eleitor.
às atividades vinculadas aos tribunais. D o texto da carta de 1891 já permitia o voto feminino.
E vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles E a Constituição de 1891 considerava eleitores apenas
que se dedicavam à política e que tinham tempo para
indivíduos do sexo masculino.
resolver os problemas da cidade.
Questão 61
Questão 59

Para Caio Prado Jr., a formação brasileira se O autor da constituição de 1937, Francisco
completaria no momento em que fosse superada a nossa Campos, afirma no seu livro, O Estado Nacional, que o
herança de inorganicidade social ― o oposto da eleitor seria apático; a democracia de partidos conduziria à
interligação com objetivos internos ― trazida da colônia. desordem; a independência do Poder Judiciário acabaria
Este momento alto estaria, ou esteve, no futuro. Se
em injustiça e ineficiência; e que apenas o Poder
passarmos a Sérgio Buarque de Holanda, encontraremos
algo análogo. O país será moderno e estará formado Executivo, centralizado em Getúlio Vargas, seria capaz de
quando superar a sua herança portuguesa, rural e dar racionalidade imparcial ao Estado, pois Vargas teria
autoritária, quando então teríamos um país democrático. providencial intuição do bem e da verdade, além de ser um
Também aqui o ponto de chegada está mais adiante, na gênio político.
dependência das decisões do presente. Celso Furtado, por
seu turno, dirá que a nação não se completa enquanto as CAMPOS, F. O Estado nacional. Rio de Janeiro:
José Olympio, 1940 (adaptado).
alavancas do comando, principalmente do econômico, não
passarem para dentro do país. Como para os outros dois,
Segundo as ideias de Francisco Campos,
a conclusão do processo encontra-se no futuro, que agora
parece remoto. A os eleitores, políticos e juízes seriam mal-
SCHWARZ, R. Os sete fôlegos de um livro. Sequências brasileiras. intencionados.
São Paulo: Cia. das Letras,1999 (adaptado).
B o governo Vargas seria um mal necessário, mas
Acerca das expectativas quanto à formação do Brasil, a transitório.
sentença que sintetiza os pontos de vista apresentados no C Vargas seria o homem adequado para implantar a
texto é:
democracia de partidos.
A Brasil, um país que vai pra frente. D a Constituição de 1937 seria a preparação para uma
B Brasil, a eterna esperança. futura democracia liberal.
C Brasil, glória no passado, grandeza no presente.
D Brasil, terra bela, pátria grande. E Vargas seria o homem capaz de exercer o poder de
E Brasil, gigante pela própria natureza. modo inteligente e correto.

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Questão 62 Questão 64

A partir de 1942 e estendendo-se até o final do A formação dos Estados foi certamente distinta na
Estado Novo, o Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio Europa, na América Latina, na África e na Ásia. Os
de Getúlio Vargas falou aos ouvintes da Rádio Nacional Estados atuais, em especial na América Latina — onde as
semanalmente, por dez minutos, no programa “Hora do instituições das populações locais existentes à época da
Brasil”. O objetivo declarado do governo era esclarecer os conquista ou foram eliminadas, como no caso do México e
trabalhadores acerca das inovações na legislação de
do Peru, ou eram frágeis, como no caso do Brasil —, são o
proteção ao trabalho.
resultado, em geral, da evolução do transplante de
GOMES, A. C. A invenção do trabalhismo. Rio de Janeiro:
IUPERJ / Vértice. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1988 (adaptado).
instituições europeias feito pelas metrópoles para suas
colônias. Na África, as colônias tiveram fronteiras
Os programas “Hora do Brasil” contribuíram para arbitrariamente traçadas, separando etnias, idiomas e
A conscientizar os trabalhadores de que os direitos tradições, que, mais tarde, sobreviveram ao processo de
sociais foram conquistados por seu esforço, após anos descolonização, dando razão para conflitos que, muitas
de lutas sindicais. vezes, têm sua verdadeira origem em disputas pela
B promover a autonomia dos grupos sociais, por meio de exploração de recursos naturais. Na Ásia, a colonização
uma linguagem simples e de fácil entendimento. europeia se fez de forma mais indireta e encontrou
C estimular os movimentos grevistas, que reivindicavam sistemas políticos e administrativos mais sofisticados, aos
um aprofundamento dos direitos trabalhistas. quais se superpôs. Hoje, aquelas formas anteriores de
D consolidar a imagem de Vargas como um governante organização, ou pelo menos seu espírito, sobrevivem nas
protetor das massas.
organizações políticas do Estado asiático.
E aumentar os grupos de discussão política dos
GUIMARÃES, S. P. Nação, nacionalismo, Estado. Estudos Avançados. São Paulo: EdUSP,
trabalhadores, estimulados pelas palavras do ministro. v. 22, n.º 62, jan.- abr. 2008 (adaptado).

Questão 63
Relacionando as informações ao contexto histórico e
No final do século XVI, na Bahia, Guiomar de geográfico por elas evocado, assinale a opção correta
Oliveira denunciou Antônia Nóbrega à Inquisição. Segundo acerca do processo de formação socioeconômica dos
o depoimento, esta lhe dava “uns pós não sabe de quê, e continentes mencionados no texto.
outros pós de osso de finado, os quais pós ela confessante
deu a beber em vinho ao dito seu marido para ser seu A Devido à falta de recursos naturais a serem
amigo e serem bem-casados, e que todas estas coisas fez explorados no Brasil, conflitos étnicos e culturais como
tendo-lhe dito a dita Antônia e ensinado que eram coisas os ocorridos na África estiveram ausentes no período
diabólicas e que os diabos lha ensinaram”. da independência e formação do Estado brasileiro.
ARAÚJO, E. O teatro dos vícios. Transgressão e transigência na B A maior distinção entre os processos histórico-
sociedade urbana colonial. Brasília: UnB/José Olympio, 1997.
formativos dos continentes citados é a que se
Do ponto de vista da Inquisição, estabelece entre colonizador e colonizado, ou seja,
entre a Europa e os demais.
A o problema dos métodos citados no trecho residia na
C À época das conquistas, a América Latina, a África e a
dissimulação, que acabava por enganar o enfeitiçado.
Ásia tinham sistemas políticos e administrativos muito
B o diabo era um concorrente poderoso da autoridade da
mais sofisticados que aqueles que lhes foram
Igreja e somente a justiça do fogo poderia eliminá-lo.
impostos pelo colonizador.
C os ingredientes em decomposição das poções
mágicas eram condenados porque afetavam a saúde D Comparadas ao México e ao Peru, as instituições
da população. brasileiras, por terem sido eliminadas à época da
D as feiticeiras representavam séria ameaça à conquista, sofreram mais influência dos modelos
sociedade, pois eram perceptíveis suas tendências institucionais europeus.
feministas. E O modelo histórico da formação do Estado asiático
E os cristãos deviam preservar a instituição do equipara-se ao brasileiro, pois em ambos se manteve
casamento recorrendo exclusivamente aos o espírito das formas de organização anteriores à
ensinamentos da Igreja. conquista.

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Questão 65 Questão 67

No tempo da independência do Brasil, circulavam A prosperidade induzida pela emergência das


nas classes populares do Recife trovas que faziam alusão
máquinas de tear escondia uma acentuada perda de
à revolta escrava do Haiti:
Marinheiros e caiados prestígio. Foi nessa idade de ouro que os artesãos, ou os
Todos devem se acabar, tecelões temporários, passaram a ser denominados, de
Porque só pardos e pretos
O país hão de habitar. modo genérico, tecelões de teares manuais. Exceto em
AMARAL, F. P. do. Apud CARVALHO, A. Estudos pernambucanos. alguns ramos especializados, os velhos artesãos foram
Recife: Cultura Acadêmica, 1907.
colocados lado a lado com novos imigrantes, enquanto
O período da independência do Brasil registra conflitos pequenos fazendeiros-tecelões abandonaram suas
raciais, como se depreende pequenas propriedades para se concentrar na atividade de
A dos rumores acerca da revolta escrava do Haiti, que tecer. Reduzidos à completa dependência dos teares
circulavam entre a população escrava e entre os
mestiços pobres, alimentando seu desejo por mecanizados ou dos fornecedores de matéria-prima, os
mudanças. tecelões ficaram expostos a sucessivas reduções dos
B da rejeição aos portugueses, brancos, que significava rendimentos.
a rejeição à opressão da Metrópole, como ocorreu na
Noite das Garrafadas. THOMPSON, E. P. The making of the english working class. Harmondsworth: Penguin
C do apoio que escravos e negros forros deram à Books, 1979 (adaptado).
monarquia, com a perspectiva de receber sua
proteção contra as injustiças do sistema escravista. Com a mudança tecnológica ocorrida durante a Revolução
D do repúdio que os escravos trabalhadores dos portos
demonstravam contra os marinheiros, porque estes Industrial, a forma de trabalhar alterou-se porque
representavam a elite branca opressora.
E da expulsão de vários líderes negros independentistas, A a invenção do tear propiciou o surgimento de novas
que defendiam a implantação de uma república negra, relações sociais.
a exemplo do Haiti. B os tecelões mais hábeis prevaleceram sobre os
Questão 66 inexperientes.
Colhe o Brasil, após esforço contínuo dilatado no C os novos teares exigiam treinamento especializado
tempo, o que plantou no esforço da construção de sua para serem operados.
inserção internacional. Há dois séculos formularam-se os
pilares da política externa. Teve o país inteligência de D os artesãos, no período anterior, combinavam a
longo prazo e cálculo de oportunidade no mundo difuso da tecelagem com o cultivo de subsistência.
transição da hegemonia britânica para o século americano.
Engendrou concepções, conceitos e teoria própria no E os trabalhadores não especializados se apropriaram
século XIX, de José Bonifácio ao Visconde do Rio Branco. dos lugares dos antigos artesãos nas fábricas.
Buscou autonomia decisória no século XX. As elites se
interessaram, por meio de calorosos debates, pelo destino Questão 68
do Brasil. O país emergiu, de Vargas aos militares, como
ator responsável e previsível nas ações externas do Até o século XVII, as paisagens rurais eram
Estado. A mudança de regime político para a democracia marcadas por atividades rudimentares e de baixa
não alterou o pragmatismo externo, mas o aperfeiçoou.
produtividade. A partir da Revolução Industrial, porém,
SARAIVA, J. F. S. O lugar do Brasil e o silêncio do parlamento. Correio Braziliense, Brasília,
28 maio 2009 (adaptado). sobretudo com o advento da revolução tecnológica, houve
Sob o ponto de vista da política externa brasileira no um desenvolvimento contínuo do setor agropecuário.
século XX, conclui-se que
A o Brasil é um país periférico na ordem mundial, devido São, portanto, observadas consequências econômicas,
às diferentes conjunturas de inserção internacional. sociais e ambientais inter-relacionadas no período
B as possibilidades de fazer prevalecer ideias e
conceitos próprios, no que tange aos temas do posterior à Revolução Industrial, as quais incluem
comércio internacional e dos países em
desenvolvimento, são mínimas. A a erradicação da fome no mundo.
C as brechas do sistema internacional não foram bem B o aumento das áreas rurais e a diminuição das áreas
aproveitadas para avançar posições voltadas para a urbanas.
criação de uma área de cooperação e associação
integrada a seu entorno geográfico. C a maior demanda por recursos naturais, entre os quais
D os grandes debates nacionais acerca da inserção os recursos energéticos.
internacional do Brasil foram embasados pelas elites
do Império e da República por meio de consultas aos D a menor necessidade de utilização de adubos e
diversos setores da população. corretivos na agricultura.
E a atuação do Brasil em termos de política externa E o contínuo aumento da oferta de emprego no setor
evidencia que o país tem capacidade decisória própria,
mesmo diante dos constrangimentos internacionais. primário da economia, em face da mecanização.

CH – 1º dia CADERNO 1 – AZUL – PÁGINA 21 ENEM 2009


Questão 69 Questão 70

Como se assistisse à demonstração de um O suíço Thomas Davatz chegou a São Paulo em


espetáculo mágico, ia revendo aquele ambiente tão 1855 para trabalhar como colono na fazenda de café
Ibicaba, em Campinas. A perspectiva de prosperidade que
característico de família, com seus pesados móveis de
o atraiu para o Brasil deu lugar a insatisfação e revolta, que
vinhático ou de jacarandá, de qualidade antiga, e que
ele registrou em livro. Sobre o percurso entre o porto de
denunciavam um passado ilustre, gerações de Meneses Santos e o planalto paulista, escreveu Davatz: “As
talvez mais singelos e mais calmos; agora, uma espécie de estradas do Brasil, salvo em alguns trechos, são péssimas.
desordem, de relaxamento, abastardava aquelas Em quase toda parte, falta qualquer espécie de
qualidades primaciais. Mesmo assim era fácil perceber o calçamento ou mesmo de saibro. Constam apenas de terra
que haviam sido, esses nobres da roça, com seus cristais simples, sem nenhum benefício. É fácil prever que nessas
estradas não se encontram estalagens e hospedarias
que brilhavam mansamente na sombra, suas pratas semi-
como as da Europa. Nas cidades maiores, o viajante pode
empoeiradas que atestavam o esplendor esvanecido, seus
naturalmente encontrar aposento sofrível; nunca, porém,
marfins e suas opalinas – ah, respirava-se ali conforto, não qualquer coisa de comparável à comodidade que
havia dúvida, mas era apenas uma sobrevivência de proporciona na Europa qualquer estalagem rural. Tais
coisas idas. Dir-se-ia, ante esse mundo que se ia cidades são, porém, muito poucas na distância que vai de
desagregando, que um mal oculto o roía, como um tumor Santos a Ibicaba e que se percorre em cinquenta horas no
latente em suas entranhas. mínimo”.
Em 1867 foi inaugurada a ferrovia ligando Santos
CARDOSO, L. Crônica da casa assassinada. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2002 (adaptado). a Jundiaí, o que abreviou o tempo de viagem entre o litoral
e o planalto para menos de um dia. Nos anos seguintes,
O mundo narrado nesse trecho do romance de Lúcio foram construídos outros ramais ferroviários que
Cardoso, acerca da vida dos Meneses, família da articularam o interior cafeeiro ao porto de exportação,
aristocracia rural de Minas Gerais, apresenta não apenas a Santos.
história da decadência dessa família, mas é, ainda, a DAVATZ, T. Memórias de um colono no Brasil. São Paulo:
Livraria Martins, 1941 (adaptado).
representação literária de uma fase de desagregação
política, social e econômica do país. O recurso expressivo O impacto das ferrovias na promoção de projetos de
que formula literariamente essa desagregação histórica é o colonização com base em imigrantes europeus foi
importante, porque
de descrever a casa dos Meneses como
A o percurso dos imigrantes até o interior, antes das
A ambiente de pobreza e privação, que carece de
ferrovias, era feito a pé ou em muares; no entanto, o
conforto mínimo para a sobrevivência da família. tempo de viagem era aceitável, uma vez que o café
B mundo mágico, capaz de recuperar o encantamento era plantado nas proximidades da capital, São Paulo.
perdido durante o período de decadência da B a expansão da malha ferroviária pelo interior de São
aristocracia rural mineira. Paulo permitiu que mão-de-obra estrangeira fosse
C cena familiar, na qual o calor humano dos habitantes contratada para trabalhar em cafezais de regiões cada
vez mais distantes do porto de Santos.
da casa ocupa o primeiro plano, compensando a
C o escoamento da produção de café se viu beneficiado
frieza e austeridade dos objetos antigos.
pelos aportes de capital, principalmente de colonos
D símbolo de um passado ilustre que, apesar de italianos, que desejavam melhorar sua situação
superado, ainda resiste à sua total dissolução graças econômica.
ao cuidado e asseio que a família dispensa à D os fazendeiros puderam prescindir da mão-de-obra
conservação da casa. europeia e contrataram trabalhadores brasileiros
provenientes de outras regiões para trabalhar em suas
E espaço arruinado, onde os objetos perderam seu
plantações.
esplendor e sobre os quais a vida repousa como
E as notícias de terras acessíveis atraíram para São
lembrança de um passado que está em vias de
Paulo grande quantidade de imigrantes, que
desaparecer completamente. adquiriram vastas propriedades produtivas.

CH – 1º dia CADERNO 1 – AZUL – PÁGINA 22 ENEM 2009


Questão 71 Questão 72

Além dos inúmeros eletrodomésticos e bens Populações inteiras, nas cidades e na zona rural,
dispõem da parafernália digital global como fonte de
eletrônicos, o automóvel produzido pela indústria fordista
educação e de formação cultural. Essa simultaneidade de
promoveu, a partir dos anos 50, mudanças significativas no cultura e informação eletrônica com as formas tradicionais
e orais é um desafio que necessita ser discutido. A
modo de vida dos consumidores e também na habitação e
exposição, via mídia eletrônica, com estilos e valores
nas cidades. Com a massificação do consumo dos bens culturais de outras sociedades, pode inspirar apreço, mas

modernos, dos eletroeletrônicos e também do automóvel, também distorções e ressentimentos. Tanto quanto há
necessidade de uma cultura tradicional de posse da
mudaram radicalmente o modo de vida, os valores, a
educação letrada, também é necessário criar estratégias
cultura e o conjunto do ambiente construído. Da ocupação de alfabetização eletrônica, que passam a ser o grande
canal de informação das culturas segmentadas no interior
do solo urbano até o interior da moradia, a transformação
dos grandes centros urbanos e das zonas rurais. Um novo
foi profunda. modelo de educação.

BRIGAGÃO, C. E.; RODRIGUES, G. A globalização a olho nu: o


MARICATO, E. Urbanismo na periferia do mundo globalizado:
mundo conectado. São Paulo: Moderna, 1998 (adaptado).
metrópoles brasileiras. Disponível em: http://www.scielo.br.

Acesso em: 12 ago. 2009 (adaptado). Com base no texto e considerando os impactos culturais
da difusão das tecnologias de informação no marco da
Uma das consequências das inovações tecnológicas das globalização, depreende-se que

últimas décadas, que determinaram diferentes formas de A a ampla difusão das tecnologias de informação nos

uso e ocupação do espaço geográfico, é a instituição das centros urbanos e no meio rural suscita o contato entre
diferentes culturas e, ao mesmo tempo, traz a
chamadas cidades globais, que se caracterizam por necessidade de reformular as concepções tradicionais
de educação.
A possuírem o mesmo nível de influência no cenário
B a apropriação, por parte de um grupo social, de
mundial. valores e ideias de outras culturas para benefício
próprio é fonte de conflitos e ressentimentos.
B fortalecerem os laços de cidadania e solidariedade
C as mudanças sociais e culturais que acompanham o
entre os membros das diversas comunidades. processo de globalização, ao mesmo tempo em que

C constituírem um passo importante para a diminuição refletem a preponderância da cultura urbana, tornam
obsoletas as formas de educação tradicionais próprias
das desigualdades sociais causadas pela polarização
do meio rural.
social e pela segregação urbana. D as populações nos grandes centros urbanos e no meio
rural recorrem aos instrumentos e tecnologias de
D terem sido diretamente impactadas pelo processo de
informação basicamente como meio de comunicação
internacionalização da economia, desencadeado a mútua, e não os veem como fontes de educação e
cultura.
partir do final dos anos 1970.
E a intensificação do fluxo de comunicação por meios
E terem sua origem diretamente relacionadas ao eletrônicos, característica do processo de

processo de colonização ocidental do século XIX. globalização, está dissociada do desenvolvimento


social e cultural que ocorre no meio rural.

CH – 1º dia CADERNO 1 – AZUL – PÁGINA 23 ENEM 2009


Questão 73 Questão 74

No período 750-338 a. C., a Grécia antiga era


composta por cidades-Estado, como por exemplo Atenas,
Esparta, Tebas, que eram independentes umas das outras,
mas partilhavam algumas características culturais, como a
língua grega. No centro da Grécia, Delfos era um lugar de
culto religioso frequentado por habitantes de todas as
cidades-Estado.
No período 1200-1600 d. C., na parte da Amazônia
brasileira onde hoje está o Parque Nacional do Xingu, há
vestígios de quinze cidades que eram cercadas por muros de
madeira e que tinham até dois mil e quinhentos habitantes
cada uma. Essas cidades eram ligadas por estradas a
centros cerimoniais com grandes praças. Em torno delas
havia roças, pomares e tanques para a criação de tartarugas.
Aparentemente, epidemias dizimaram grande parte da
população que lá vivia.
Folha de S. Paulo, ago. 2008 (adaptado).

Apesar das diferenças históricas e geográficas existentes


entre as duas civilizações elas são semelhantes pois
CIATTONI, A. Géographie. L’espace mondial.
Paris: Hatier, 2008 (adaptado). A as ruínas das cidades mencionadas atestam que
grandes epidemias dizimaram suas populações.
A partir do mapa apresentado, é possível inferir que nas B as cidades do Xingu desenvolveram a democracia, tal
como foi concebida em Tebas.
últimas décadas do século XX, registraram-se processos C as duas civilizações tinham cidades autônomas e
que resultaram em transformações na distribuição das independentes entre si.
D os povos do Xingu falavam uma mesma língua, tal como
atividades econômicas e da população sobre o território nas cidades-Estado da Grécia.
brasileiro, com reflexos no PIB por habitante. Assim, E as cidades do Xingu dedicavam-se à arte e à filosofia tal
como na Grécia.
A as desigualdades econômicas existentes entre Questão 75

regiões brasileiras desapareceram, tendo em vista a O movimento migratório no Brasil é significativo,


principalmente em função do volume de pessoas que saem
modernização tecnológica e o crescimento vivido de uma região com destino a outras regiões. Um desses
pelo país. movimentos ficou famoso nos anos 80, quando muitos
nordestinos deixaram a região Nordeste em direção ao
B os novos fluxos migratórios instaurados em direção Sudeste do Brasil. Segundo os dados do IBGE de 2000, este
processo continuou crescente no período seguinte, os anos
ao Norte e ao Centro-Oeste do país prejudicaram o 90, com um acréscimo de 7,6% nas migrações deste mesmo
desenvolvimento socioeconômico dessas regiões, fluxo. A Pesquisa de Padrão de Vida, feita pelo IBGE, em
1996, aponta que, entre os nordestinos que chegam ao
incapazes de atender ao crescimento da demanda Sudeste, 48,6% exercem trabalhos manuais não qualificados,
18,5% são trabalhadores manuais qualificados, enquanto
por postos de trabalho.
13,5%, embora não sejam trabalhadores manuais, se
C o Sudeste brasileiro deixou de ser a região com o encontram em áreas que não exigem formação profissional.
O mesmo estudo indica também que esses migrantes
maior PIB industrial a partir do processo de possuem, em média, condição de vida e nível educacional
desconcentração espacial do setor, em direção a acima dos de seus conterrâneos e abaixo dos de cidadãos
estáveis do Sudeste.
outras regiões do país. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 30 jul. 2009 (adaptado).

D o avanço da fronteira econômica sobre os estados


Com base nas informações contidas no texto, depreende-se
da região Norte e do Centro-Oeste resultou no que
desenvolvimento e na introdução de novas A o processo migratório foi desencadeado por ações de
governo para viabilizar a produção industrial no Sudeste.
atividades econômicas, tanto nos setores primário e B os governos estaduais do Sudeste priorizaram a
secundário, como no terciário. qualificação da mão-de-obra migrante.
C o processo de migração para o Sudeste contribui para o
E o Nordeste tem vivido, ao contrário do restante do fenômeno conhecido como inchaço urbano.
D as migrações para o sudeste desencadearam a valorização
país, um período de retração econômica, como do trabalho manual, sobretudo na década de 80.
consequência da falta de investimentos no setor E a falta de especialização dos migrantes é positiva para
os empregadores, pois significa maior versatilidade
industrial com base na moderna tecnologia. profissional.

CH – 1º dia CADERNO 1 – AZUL – PÁGINA 24 ENEM 2009


Questão 76 Com base nas informações do mapa acerca dos conflitos
Apesar do aumento da produção no campo e da pela posse de terra no Brasil, a região
integração entre a indústria e a agricultura, parte da
A conhecida historicamente como das Missões
população da América do Sul ainda sofre com a
subalimentação, o que gera conflitos pela posse de terra Jesuíticas é a de maior violência.
que podem ser verificados em várias áreas e que B do Bico do Papagaio apresenta os números mais
frequentemente chegam a provocar mortes. expressivos.
C conhecida como oeste baiano tem o maior número de
Um dos fatores que explica a subalimentação na América
do Sul é mortes.
D do norte do Mato Grosso, área de expansão da
A a baixa inserção de sua agricultura no comércio
mundial. agricultura mecanizada, é a mais violenta do país.
B a quantidade insuficiente de mão-de-obra para o E da Zona da Mata mineira teve o maior registro de
trabalho agrícola. mortes.
C a presença de estruturas agrárias arcaicas formadas
por latifúndios improdutivos. Questão 78

D a situação conflituosa vivida no campo, que impede o


O gráfico mostra o percentual de áreas ocupadas, segundo
crescimento da produção agrícola.
E os sistemas de cultivo mecanizado voltados para o o tipo de propriedade rural no Brasil, no ano de 2006.
abastecimento do mercado interno.
Área ocupada pelos imóveis rurais
Questão 77

A luta pela terra no Brasil é marcada por diversos


aspectos que chamam a atenção. Entre os aspectos
positivos, destaca-se a perseverança dos movimentos do
campesinato e, entre os aspectos negativos, a violência
que manchou de sangue essa história. Os movimentos
pela reforma agrária articularam-se por todo o território
nacional, principalmente entre 1985 e 1996, e conseguiram
de maneira expressiva a inserção desse tema nas
discussões pelo acesso à terra. O mapa seguinte
apresenta a distribuição dos conflitos agrários em todas as MDA/INCRA (DIEESE, 2006)
Disponível em: http://www.sober.org.br. Acesso em: 6 ago. 2009.
regiões do Brasil nesse período, e o número de mortes
ocorridas nessas lutas.
De acordo com o gráfico e com referência à distribuição
das áreas rurais no Brasil, conclui-se que

A imóveis improdutivos são predominantes em relação


às demais formas de ocupação da terra no âmbito
nacional e na maioria das regiões.
B o índice de 63,8% de imóveis improdutivos demonstra
que grande parte do solo brasileiro é de baixa
fertilidade, impróprio para a atividade agrícola.
C o percentual de imóveis improdutivos iguala-se ao de
imóveis produtivos somados aos minifúndios, o que
justifica a existência de conflitos por terra.
D a região Norte apresenta o segundo menor percentual
de imóveis produtivos, possivelmente em razão da
presença de densa cobertura florestal, protegida por
legislação ambiental.
E a região Centro-Oeste apresenta o menor percentual
de área ocupada por minifúndios, o que inviabiliza
OLIVEIRA, A. U. A longa marcha do campesinato brasileiro: movimentos sociais, conflitos e
reforma agrária. Revista Estudos Avançados. Vol. 15 n. 43, São Paulo, set./dez. 2001. políticas de reforma agrária nesta região.

CH – 1º dia CADERNO 1 – AZUL – PÁGINA 25 ENEM 2009


Questão 79 Questão 81

Entre 2004 e 2008, pelo menos 8 mil brasileiros foram No presente, observa-se crescente atenção aos efeitos da
libertados de fazendas onde trabalhavam como se fossem atividade humana, em diferentes áreas, sobre o meio
escravos. O governo criou uma lista em que ficaram expostos ambiente, sendo constante, nos fóruns internacionais e
os nomes dos fazendeiros flagrados pela fiscalização. No nas instâncias nacionais, a referência à sustentabilidade
Norte, Nordeste e Centro-Oeste, regiões que mais sofrem com como princípio orientador de ações e propostas que deles
a fraqueza do poder público, o bloqueio dos canais de emanam. A sustentabilidade explica-se pela
financiamento agrícola para tais fazendeiros tem sido a
principal arma de combate a esse problema, mas os governos A incapacidade de se manter uma atividade econômica
ainda sofrem com a falta de informações, provocada pelas ao longo do tempo sem causar danos ao meio
distâncias e pelo poder intimidador dos proprietários. ambiente.
Organizações não governamentais e grupos como a Pastoral B incompatibilidade entre crescimento econômico
da Terra têm agido corajosamente, acionando as autoridades acelerado e preservação de recursos naturais e de
públicas e ministrando aulas sobre direitos sociais e fontes não renováveis de energia.
trabalhistas.
C interação de todas as dimensões do bem-estar
“Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo”. Disponível em:
http://www.mte.gov.br. Acesso em: 17 mar. 2009 (adaptado). humano com o crescimento econômico, sem a
preocupação com a conservação dos recursos
Nos lugares mencionados no texto, o papel dos grupos de
defesa dos direitos humanos tem sido fundamental, porque naturais que estivera presente desde a Antiguidade.
eles D proteção da biodiversidade em face das ameaças de
destruição que sofrem as florestas tropicais devido ao
A negociam com os fazendeiros o reajuste dos avanço de atividades como a mineração, a
honorários e a redução da carga horária de trabalho.
monocultura, o tráfico de madeira e de espécies
B defendem os direitos dos consumidores junto aos
selvagens.
armazéns e mercados das fazendas e carvoarias.
C substituem as autoridades policiais e jurídicas na E necessidade de se satisfazer as demandas atuais
resolução dos conflitos entre patrões e empregados. colocadas pelo desenvolvimento sem comprometer a
D encaminham denúncias ao Ministério Público e capacidade de as gerações futuras atenderem suas
promovem ações de conscientização dos próprias necessidades nos campos econômico, social
trabalhadores. e ambiental.
E fortalecem a administração pública ao ministrarem
Questão 82
aulas aos seus servidores.
Questão 80
Com a perspectiva do desaparecimento das
geleiras no Polo Norte, grandes reservas de petróleo e
O homem construiu sua história por meio do minérios, hoje inacessíveis, poderão ser exploradas. E já
constante processo de ocupação e transformação do atiçam a cobiça das potências.
espaço natural. Na verdade, o que variou, nos diversos
KOPP, D. Guerra Fria sobre o Ártico. Le monde diplomatique Brasil.
momentos da experiência humana, foi a intensidade dessa Setembro, n. 2, 2007 (adaptado).
exploração.
Disponível em: http://www.simposioreformaagraria.propp.ufu.br. No cenário de que trata o texto, a exploração de jazidas de
Acesso em: 09 jul. 2009 (adaptado).
petróleo, bem como de minérios – diamante, ouro, prata,
Uma das consequências que pode ser atribuída à cobre, chumbo, zinco – torna-se atraente não só em
crescente intensificação da exploração de recursos função de seu formidável potencial, mas também por
naturais, facilitada pelo desenvolvimento tecnológico ao
longo da história, é A situar-se em uma zona geopolítica mais estável que o
Oriente Médio.
A a diminuição do comércio entre países e regiões, que
se tornaram autossuficientes na produção de bens e B possibilitar o povoamento de uma região pouco
serviços. habitada, além de promover seu desenvolvimento
B a ocorrência de desastres ambientais de grandes econômico.
proporções, como no caso de derramamento de óleo C garantir, aos países em desenvolvimento, acesso a
por navios petroleiros. matérias-primas e energia, necessárias ao
C a melhora generalizada das condições de vida da crescimento econômico.
população mundial, a partir da eliminação das D contribuir para a redução da poluição em áreas
desigualdades econômicas na atualidade. ambientalmente já degradadas devido ao grande
D o desmatamento, que eliminou grandes extensões de volume da produção industrial, como ocorreu na
diversos biomas improdutivos, cujas áreas passaram a Europa.
ser ocupadas por centros industriais modernos.
E promover a participação dos combustíveis fósseis na
E o aumento demográfico mundial, sobretudo nos países
matriz energética mundial, dominada, majoritariamente,
mais desenvolvidos, que apresentam altas taxas de
crescimento vegetativo. pelas fontes renováveis, de maior custo.

CH – 1º dia CADERNO 1 – AZUL – PÁGINA 26 ENEM 2009


Questão 83

No mundo contemporâneo, as reservas energéticas tornam-se estratégicas para muitos países no cenário internacional. Os
gráficos apresentados mostram os dez países com as maiores reservas de petróleo e gás natural em reservas
comprovadas até janeiro de 2008.

Posição País
1 Rússia
2 Irã
3 Catar
4 Arábia Saudita
5 Emirados Árabes Unidos
6 Estados Unidos
7 Nigéria
8 Argélia
9 Venezuela
10 Iraque

Posição País
1 Arábia Saudita
2 Canadá
3 Irã
4 Iraque
5 Kuwait
6 Emirados Árabes Unidos
7 Venezuela
8 Rússia
9 Líbia
10 Nigéria

Disponível em: http://indexmundi.com. Acesso em: 12 ago. 2009 (adaptado).

As reservas venezuelanas figuram em ambas as classificações porque


A a Venezuela já está integrada ao MERCOSUL.
B são reservas comprovadas, mas ainda inexploradas.
C podem ser exploradas sem causarem alterações ambientais.
D já estão comprometidas com o setor industrial interno daquele país.
E a Venezuela é uma grande potência energética mundial.
Questão 84

As terras brasileiras foram divididas por meio de tratados entre

Portugal e Espanha. De acordo com esses tratados,

identificados no mapa, conclui-se que

A Portugal, pelo Tratado de Tordesilhas, detinha o controle

da foz do rio Amazonas.

B o Tratado de Tordesilhas utilizava os rios como limite


físico da América portuguesa.

C o Tratado de Madri reconheceu a expansão portuguesa


além da linha de Tordesilhas.

D Portugal, pelo Tratado de San Ildefonso, perdia territórios


na América em relação ao de Tordesilhas.

BETHEL, L. História da América. V. I. São Paulo: Edusp, 1997. E o Tratado de Madri criou a divisão administrativa da

América Portuguesa em Vice-Reinos Oriental e Ocidental.

CH – 1º dia CADERNO 1 – AZUL – PÁGINA 27 ENEM 2009


Questão 85 Questão 86

O clima é um dos elementos fundamentais não só


na caracterização das paisagens naturais, mas também no
histórico de ocupação do espaço geográfico.

Tendo em vista determinada restrição climática, a figura


que representa o uso de tecnologia voltada para a
produção é:

Disponível em: http://clickdigitalsj.com.br. Acesso em: 9 jul. 2009.

Exploração vinícola no Chile


;

Pequena agricultura praticada em região andina

Parque de engorda de bovinos nos EUA

Disponível em: http://conexaoambiental.zip.net/images/


charge.jpg. Acesso em: 9 jul. 2009.

Reunindo-se as informações contidas nas duas charges,


D
infere-se que
A os regimes climáticos da Terra são desprovidos de
padrões que os caracterizem.
Zonas irrigadas por aspersão na Arábia Saudita
B as intervenções humanas nas regiões polares são
mais intensas que em outras partes do globo.
C o processo de aquecimento global será detido com a
eliminação das queimadas.
D a destruição das florestas tropicais é uma das causas
E do aumento da temperatura em locais distantes como
os polos.
E os parâmetros climáticos modificados pelo homem
afetam todo o planeta, mas os processos naturais têm
Parque eólico na Califórnia alcance regional.

CH – 1º dia CADERNO 1 – AZUL – PÁGINA 28 ENEM 2009


Questão 87

Na figura, observa-se uma classificação de regiões da América do Sul segundo o grau de aridez verificado.

semiárido

Disponível em: http:// www.mutirao.com.br.


Acesso em: 5 ago. 2009.

Em relação às regiões marcadas na figura, observa-se que

A a existência de áreas superáridas, áridas e semiáridas é resultado do processo de desertificação, de intensidade


variável, causado pela ação humana.

B o emprego de modernas técnicas de irrigação possibilitou a expansão da agricultura em determinadas áreas do


semiárido, integrando-as ao comércio internacional.
C o semiárido, por apresentar déficit de precipitação, passou a ser habitado a partir da Idade Moderna, graças ao avanço
científico e tecnológico.
D as áreas com escassez hídrica na América do Sul se restringem às regiões tropicais, onde as médias de temperatura
anual são mais altas, justificando a falta de desenvolvimento e os piores indicadores sociais.
E o mesmo tipo de cobertura vegetal é encontrado nas áreas superáridas, áridas e semiáridas, mas essa cobertura,
embora adaptada às condições climáticas, é desprovida de valor econômico.

CH – 1º dia CADERNO 1 – AZUL – PÁGINA 29 ENEM 2009


Questão 88 Questão 90

À medida que a demanda por água aumenta, as reservas As áreas do planalto do cerrado – como a
desse recurso vão se tornando imprevisíveis. Modelos
matemáticos que analisam os efeitos das mudanças chapada dos Guimarães, a serra de Tapirapuã e a serra
climáticas sobre a disponibilidade de água no futuro dos Parecis, no Mato Grosso, com altitudes que variam
indicam que haverá escassez em muitas regiões do
planeta. São esperadas mudanças nos padrões de de 400 m a 800 m – são importantes para a planície
precipitação, pois
pantaneira mato-grossense (com altitude média inferior a
A o maior aquecimento implica menor formação de
nuvens e, consequentemente, a eliminação de áreas 200 m), no que se refere à manutenção do nível de água,
úmidas e subúmidas do globo.
B as chuvas frontais ficarão restritas ao tempo de sobretudo durante a estiagem. Nas cheias, a inundação
permanência da frente em uma determinada ocorre em função da alta pluviosidade nas cabeceiras
localidade, o que limitará a produtividade das
atividades agrícolas. dos rios, do afloramento de lençóis freáticos e da baixa
C as modificações decorrentes do aumento da
temperatura do ar diminuirão a umidade e, portanto, declividade do relevo, entre outros fatores. Durante a
aumentarão a aridez em todo o planeta.
estiagem, a grande biodiversidade é assegurada pelas
D a elevação do nível dos mares pelo derretimento das
geleiras acarretará redução na ocorrência de chuvas águas da calha dos principais rios, cujo volume tem
nos continentes, o que implicará a escassez de água
para abastecimento. diminuído, principalmente nas cabeceiras.
E a origem da chuva está diretamente relacionada
com a temperatura do ar, sendo que atividades Cabeceiras ameaçadas. Ciência Hoje. Rio de Janeiro:

antropogênicas são capazes de provocar SBPC. Vol. 42, jun. 2008 (adaptado).

interferências em escala local e global.


A medida mais eficaz a ser tomada, visando à
Questão 89

A mais profunda objeção que se faz à ideia da conservação da planície pantaneira e à preservação de
criação de uma cidade, como Brasília, é que o seu
sua grande biodiversidade, é a conscientização da
desenvolvimento não poderá jamais ser natural. É uma
objeção muito séria, pois provém de uma concepção de sociedade e a organização de movimentos sociais que
vida fundamental: a de que a atividade social e cultural não
pode ser uma construção. Esquecem-se, porém, aqueles exijam
que fazem tal crítica, que o Brasil, como praticamente toda
a América, é criação do homem ocidental. A a criação de parques ecológicos na área do pantanal
PEDROSA, M. Utopia: obra de arte. Vis – Revista do Programa de
Pós-graduação em Arte (UnB), Vol. 5, n. 1, 2006 (adaptado). mato-grossense.

As ideias apontadas no texto estão em oposição, porque B a proibição da pesca e da caça, que tanto ameaçam

A a cultura dos povos é reduzida a exemplos a biodiversidade.


esquemáticos que não encontram respaldo na história
do Brasil ou da América. C o aumento das pastagens na área da planície, para
B as cidades, na primeira afirmação, têm um papel mais que a cobertura vegetal, composta de gramíneas,
fraco na vida social, enquanto a América é mostrada
como um exemplo a ser evitado. evite a erosão do solo.
C a objeção inicial, de que as cidades não podem ser
inventadas, é negada logo em seguida pelo exemplo D o controle do desmatamento e da erosão,
utópico da colonização da América.
principalmente nas nascentes dos rios responsáveis
D a concepção fundamental da primeira afirmação
defende a construção de cidades e a segunda mostra, pelo nível das águas durante o período de cheias.
historicamente, que essa estratégia acarretou sérios
problemas. E a construção de barragens, para que o nível das
E a primeira entende que as cidades devem ser
águas dos rios seja mantido, sobretudo na estiagem,
organismos vivos, que nascem de forma espontânea,
e a segunda mostra que há exemplos históricos que sem prejudicar os ecossistemas.
demonstram o contrário.

CH – 1º dia CADERNO 1 – AZUL – PÁGINA 30 ENEM 2009


Enem 2009 CADERNOS DO 1° DIA - 05/12/2009

Caderno 1 Caderno 2 Caderno 3 Caderno 4


Azul Gab_Azul Amarelo Gab_Amarelo Branco Gab_Branco Rosa Gab_Rosa
1 C 1 C 1 D 1 B
2 D 2 A 2 A 2 E
3 A 3 D 3 C 3 D
4 B 4 B 4 E 4 D
5 E 5 E 5 B 5 C
6 D 6 D 6 D 6 A
7 D 7 D 7 D 7 D
8 B 8 B 8 C 8 B
9 D 9 D 9 D 9 D
10 C 10 C 10 C 10 C
11 C 11 C 11 B 11 C
12 A 12 A 12 D 12 A
13 D 13 D 13 A 13 D
14 E 14 E 14 E 14 E
15 B 15 B 15 D 15 D
16 D 16 D 16 B 16 B
17 E 17 E 17 E 17 E
18 E 18 E 18 E 18 E
19 D 19 D 19 D 19 D
20 E 20 E 20 C 20 E
21 C 21 D 21 E 21 D
22 D 22 C 22 D 22 C
23 E 23 E 23 E 23 E
24 A 24 A 24 A 24 A
25 B 25 D 25 D 25 B
26 D 26 B 26 B 26 B
27 D 27 D 27 D 27 D
28 B 28 B 28 B 28 D
29 D 29 D 29 D 29 D
30 D 30 B 30 E 30 B
31 E 31 D 31 D 31 D
32 B 32 E 32 B 32 E
33 C 33 C 33 C 33 C
34 C 34 C 34 C 34 C
35 A 35 A 35 E 35 A
36 E 36 E 36 A 36 E
37 D 37 D 37 D 37 D
38 D 38 D 38 D 38 D
39 B 39 B 39 B 39 B
40 D 40 A 40 D 40 A
41 A 41 D 41 A 41 D
42 E 42 E 42 A 42 A
43 A 43 A 43 E 43 E
44 D 44 B 44 D 44 D
45 B 45 D 45 B 45 B
46 A 46 A 46 A 46 A
Azul Gab_Azul Amarelo Gab_Amarelo Branco Gab_Branco Rosa Gab_Rosa
47 A 47 A 47 A 47 A
48 C 48 A 48 C 48 E
49 A 49 C 49 A 49 A
50 A 50 A 50 A 50 A
51 A 51 A 51 A 51 A
52 A 52 E 52 A 52 A
53 E 53 A 53 E 53 C
54 E 54 E 54 E 54 E
55 A 55 A 55 A 55 A
56 D 56 D 56 D 56 D
57 D 57 D 57 D 57 D
58 B 58 B 58 E 58 B
59 B 59 B 59 B 59 B
60 E 60 E 60 B 60 D
61 E 61 E 61 E 61 E
62 D 62 D 62 E 62 E
63 E 63 E 63 D 63 E
64 B 64 B 64 B 64 B
65 A 65 A 65 E 65 C
66 E 66 E 66 A 66 E
67 D 67 C 67 D 67 A
68 C 68 D 68 C 68 D
69 E 69 E 69 E 69 E
70 B 70 B 70 D 70 B
71 D 71 A 71 B 71 D
72 A 72 D 72 D 72 A
73 D 73 D 73 A 73 D
74 C 74 C 74 C 74 C
75 C 75 C 75 C 75 C
76 C 76 C 76 C 76 C
77 B 77 B 77 B 77 B
78 A 78 A 78 A 78 A
79 D 79 D 79 D 79 D
80 B 80 B 80 B 80 E
81 E 81 A 81 E 81 B
82 A 82 E 82 A 82 A
83 E 83 E 83 E 83 E
84 C 84 C 84 C 84 C
85 D 85 D 85 D 85 E
86 D 86 D 86 D 86 E
87 B 87 B 87 B 87 D
88 E 88 E 88 D 88 D
89 E 89 E 89 E 89 D
90 D 90 D 90 E 90 B

Publicado em 7 /12/2009
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 46 a 90
Questão 46 Questão 47

Lei Áurea assinada em 13.05.1888 As imagens nas figuras a seguir ilustram organizações
produtivas de duas sociedades do passado.

www.bpiropo.com.br/graficos/EM20051201b.jpg

Marcha em Araguaína-TO em combate à escravidão


em 14.05.2008

Figura 1

conexaotocantins.com.br/img/?id=1418&l=250

O fim da escravidão legal no Brasil não foi


acompanhado de políticas públicas e mudanças
estruturais para a inclusão dos trabalhadores. Por isso,
os escravos modernos são herdeiros dos que foram
libertados em 13 de maio de 1888.
http://www.reporterbrasil.com.br/exibe.php?id=1346. Acesso em: 14/5/2009.

A análise das imagens e do texto acima reforça a


ideia de que Figura 2
A até hoje, embora a abolição da escravidão tenha COLEÇÂO. Grandes impérios e civilizações. Madrid: Del Prado, 1996, p. 156.
ocorrido em 1888, a população luta para garantir
amparo legal para por fim neste regime no país. O trabalho no campo foi, durante muito tempo, uma
B é possível, apesar da abolição da escravidão, das atividades fundamentais para a estruturação e o
constatar-se nos dias de hoje, a exploração de desenvolvimento das sociedades, como mostram as
trabalhadores submetidos a condições semelhantes figuras 1 e 2. Nessas figuras, as características
às do trabalho escravo. arquitetônicas, tecnológicas e sociais retratam,
C o fim da escravidão é apenas uma questão de tempo respectivamente,
no Brasil, já que a população brasileira luta há mais
de 120 anos por isso. A o agrarismo romano e o escravismo grego.
D o movimento social e político pelo fim da escravidão B a pecuária romana e a agricultura escravista grega.
no Brasil, herdado do período imperial, garantiu C a maquinofatura medieval e a pecuária na
implementação de políticas públicas aos Antiguidade.
trabalhadores.
E a abolição da escravatura promoveu políticas D a agricultura escravista romana e o feudalismo
públicas de ascensão social e cidadania dos ex- medieval.
escravos negros privilegiando este grupo frente aos E o feudalismo medieval e a agricultura familiar no
demais trabalhadores. Antigo Egito.

CN – 1º dia CADERNO 3 – BRANCO – PÁGINA 20 ENEM 2009


Questão 48 Questão 50

Nos Estados Unidos da América, a Denver Water No início do século XVIII, a Coroa portuguesa
(Água de Denver) propôs uma campanha publicitária introduziu uma série de medidas administrativas para
permanente muito criativa, como mostra a foto abaixo. deter a anarquia, que caracterizava a zona de mineração,
Em um banco de praça, lê-se: use only what you need,
ou seja, use apenas aquilo de que você precisa. e instaurar certa estabilidade. O instrumento fundamental
dessa política era a vila.
RUSSELL- WOOD, A. J. R.. O Brasil colonial; o ciclo do ouro (1690-1750) In: História
da América. São Paulo: Edusp, 1999, v. II, p. 484 (com adaptações).

A zona de mineração a que o autor se refere


localizava-se
A nos Andes, no antigo Império Inca.
B em Minas Gerais, região centro-sul da Colônia.
C no chamado Alto Mato Grosso, na atual Bolívia.
D na região das Missões jesuíticas, no Rio Grande do
Sul.
Disponível em: http://www.denverwater.org/. Acesso em: 1.°/mar./2009.
E em Pernambuco, onde havia o ouro amarelo e o
branco (o açúcar).
A questão que se relaciona diretamente com essa
campanha publicitária é a Questão 51

A da qualidade da água em Denver. Todos concordam que é possível pensar em uma


B de doenças e epidemias ocasionadas pela falta de Amazônia que avance rumo ao desenvolvimento sustentável
água.
e que assegure o bem-estar humano das gerações presentes
C da economia decorrente do desperdício, que torna a
água um produto extremamente caro. e futuras da região. Para isso, entretanto, se fazem
D do desperdício de recursos hídricos devido ao mau necessários compromisso, determinação e ações
aproveitamento, ao uso irresponsável da água doce. coordenadas. As mudanças no uso do solo na Amazônia
E da atividade industrial, que se ressente dos poucos resultam de um processo de ocupação acelerada e
recursos hidráulicos disponíveis nos países desordenada ao longo do tempo, o que tem modificado a
desenvolvidos.
cobertura vegetal amazônica. Entre os fatores subjacentes
dessas mudanças, encontram-se a expansão da fronteira
Questão 49
agrícola (impulsionada principalmente pelas monoculturas) e
Na Bíblia, a criação do mundo é descrita a partir a pecuária; a mineração informal; a exploração ilegal de
das ordens de um único ser, que é Deus: “Disse Deus: madeira; os megaprojetos de infraestrutura, tais como
Haja luz; e houve luz” (Gen., 1:3). Porém, em certos
barragens e rodovias; a não definição dos direitos de
mitos ameríndios, inclusive brasileiros, a criação do
mundo é poeticamente apresentada como resultado de propriedade; a limitada capacidade de fazer cumprir a lei e
um diálogo entre múltiplos espíritos. As linhas a seguir aplicar sanções; os incentivos do mercado; e as mudanças
servem como exemplo. Elas narram o surgimento de um de atitude e de valores da população.
desses espíritos criadores (demiurgos): “Tendo florido
(em forma humana) / Da sabedoria contida em seu ser de Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) – Relatório Perspectivas do
Meio Ambiente na Amazônia – GEO Amazônia. 2008 (adaptado).
céu / Em virtude de seu saber que se abre em flor, /
Soube para si em si mesmo / a essência da essência da A partir do texto, uma proposta adequada para promover o
essência das belas palavras primeiras”.
CESARINO, Pedro de N. Os Poetas. Folha de S. Paulo. 18 jan. 2009: p. 6-7
desenvolvimento sustentável da Amazônia seria a seguinte:
(adaptado).
A Bíblia trata da criação em linguagem poética. A elaborar leis que proibam a exploração de madeira e
Analogamente, são poéticas as linhas ameríndias acima definam direitos de propriedade.
citadas. Em geral, a poesia abriga diferenças de forma e
B construir rodovias e elaborar leis que proibam a
de conteúdo por
exploração de madeira e o tráfico de animais.
A ser fruto do desenvolvimento intelectual de C expandir a fronteira agrícola com monoculturas,
sociedades ricas.
estimular a mineração e construir barragens.
B fazer parte do desenvolvimento intelectual de
sociedades letradas. D reflorestar a região com pinheiros ou eucaliptos,
C estar relacionada com a linguagem e o modo de vida incentivar o mercado a cumprir a lei e aplicar
de uma sociedade. sanções.
D depender do lazer disponível, de forma que pessoas E conter a ocupação desordenada, fazer cumprir a lei
ociosas possam dedicar-se a ela. por meio da fiscalização e definir direitos de
E captar recursos disponíveis, para que diversos
propriedade.
poetas possam ser financeiramente pagos.
CN – 1º dia CADERNO 3 – BRANCO – PÁGINA 21 ENEM 2009
Questão 52 Questão 53

Cálculos feitos com base em imagens de Texto 1


satélites mostram expansão da fronteira agrícola no Assim, duplamente bloqueados, entre milhares
cerrado em direção às regiões Norte e Nordeste do
de soldados e milhares de mulheres — entre
país, sobretudo nos estados da Bahia, do Piauí e do
Maranhão, onde é crescente o plantio de soja. Isso lamentações e bramidos, entre lágrimas e balas —, os

trará consequências socioeconômicas e ambientais, rebeldes se renderiam de um momento para outro. Era
como maior comprometimento das bacias
fatal. [...] Ainda que em fragmento, traçava-se curva
hidrográficas de todo o bioma, prejuízos diretos para
fechada do assédio real, efetivo. A insurreição estava
os recursos hídricos, solo e biodiversidade da
região. As terras com cobertura vegetal mais densa morta.

têm sido as mais procuradas por agricultores, por


CUNHA, Euclides. Os sertões. 9 ed. Rio de Janeiro: Record, 2007,
oferecerem maior suporte nutricional aos plantios.
p. 524 e 535.
Além disso, a ocupação do cerrado está também
vinculada às condições climáticas da região,
Texto 2
havendo preferência por áreas de maior média
mensal de precipitação. Literatura distingue-se de História, pois,

Cerrado, o avanço da devastação. O Estado de São Paulo, enquanto a primeira não tem nenhum compromisso em
São Paulo, 1.°/mar./2009. Folha Vida &, p.A21.
retratar ou reconstruir uma realidade para que seja válida
Considerando-se que a produção de alimentos é
aos olhos de seus leitores, a segunda é, via de regra,
essencial e inevitável, a alternativa mais adequada para
se minimizarem os efeitos da expansão agrícola sobre a realizada para explicitar a confirmação da existência,

biodiversidade do cerrado seria tanto do homem em si quanto de um fato histórico, de

A promover a expansão agrícola em regiões sem a uma nação, de um povo ou de um povoado. Todavia, há
presença de espécies nativas, como a dos desertos vários episódios históricos que serviram de base a
localizados no Centro-Oeste.
narrativas literárias.
B replantar as espécies vegetais nativas do cerrado em
regiões não sujeitas à expansão agrícola, como a Disponível em: <http://www.seer.furg.br>. Acesso em: 16 abr. 2009.

Caatinga e a Amazônia.
A relação estabelecida entre os dois textos permite
C usar áreas já desmatadas, otimizando o uso do solo
pela aplicação de nutrientes e aproveitando a água inferir-se que o texto 1 descreve

da chuva para irrigação.


A a luta pela abolição da escravatura.
D substituir a expansão agrícola pela pecuária
B o alarde causado pela Semana de 22.
extensiva, visto que a criação de gado não
compromete os recursos hídricos, o solo e a C o empenho dos soldados na Guerra do Paraguai.

biodiversidade do cerrado. D o cenário desbravador do movimento de entradas e


E promover a expansão agrícola na Amazônia, onde a
bandeiras.
biodiversidade é bastante alta, de maneira a serem
E o fato histórico da Revolta de Canudos liderada por
minimizados os efeitos da expansão agrícola sobre a
diversidade. Antônio Conselheiro.

CN – 1º dia CADERNO 3 – BRANCO – PÁGINA 22 ENEM 2009


Questão 54 Questão 55

O período entre o final do século XIX e o início No primeiro reinado, D. Pedro I nomeou e
comandou um Conselho de Estado que concluiu a
do século XX foi de intenso fluxo migratório em todo o primeira Constituição Brasileira, que, outorgada em 1824,
estabeleceu quatro poderes assim configurados.
mundo; no entanto, muitos países passaram a restringir a
entrada de imigrantes japoneses, justificando que estes MODERADOR
Imperador
concorriam com a mão de obra local e prejudicariam o
mercado de trabalho. Na verdade, havia um grande
preconceito racial contra os orientais nessa época. Na
LEGISLATIVO EXECUTIVO JUDICIÁRIO
imprensa, nos meios políticos e nos locais onde se Assembleia Geral
Câmara dos Deputados Imperador Supremo Tribunal
debatia a opinião pública, houve um intenso debate Senado Ministros de Justiça

acerca da imigração oriental. Influenciados pela


campanha antinipônica e pelas ideias racistas que Nesses quatro poderes,
circulavam no mundo, muitos cafeicultores, políticos e A o poder moderador concedia ao imperador a
primazia no governo e a autoridade sobre os demais
intelectuais brasileiros enxergavam os orientais como poderes.
B o poder executivo era o centro das decisões, que
“racialmente inferiores” e preferiam trazer trabalhadores resultavam do entendimento entre imperador e
ministros.
brancos e europeus, a fim de “branquear” a população
C o papel de cada um era bem definido e
mestiça brasileira. Esse retrospecto contraria o mito do independente, de modo que um não interferia nos
assuntos dos outros.
Brasil republicano como um “paraíso inter-racial”. D o papel de moderador, exercido pelo imperador,
significava que o monarca era apenas um conciliador
entre os poderes.
Biblioteca Virtual do Governo do Estado de São Paulo. Disponível em : E o poder legislativo, por ter maior representatividade
<http://www.bv.sp.gov.br> Acesso em: 5 nov. 2008 (com adaptações). numérica (deputados, senadores), gozava de maior
influência nas decisões do Império.
Entre os principais líderes brasileiros, a introdução do Questão 56

imigrante japonês estava longe de ser uma unanimidade. O Banco Mundial classifica os países de acordo
com a renda média per capita. Em 2005, 2,4 bilhões de
Segundo o texto, essa controvérsia tem origem pessoas receberam 580 dólares anuais, em média, nos
países considerados em desenvolvimento, ao passo que
A no intenso fluxo migratório de europeus para a 1 bilhão de pessoas em países de alta renda receberam
35.130 dólares anuais per capita.
América do Norte. Atlas of Global Development. Washington/DC, Collins, 2002, p. 8 (com adaptações).

B na ausência de motivos que justificassem a restrição A classificação utilizada pelo Banco Mundial, em
relação ao nível de desenvolvimento dos países,
à imigração japonesa. permite concluir que
C no medo de que a miscigenação com os japoneses A a disparidade de renda entre os países em
desenvolvimento e os desenvolvidos foi superada.
comprometesse o mercado de trabalho brasileiro. B o baixo nível de renda verificado nos países em
desenvolvimento é determinado pela estagnação em
D no preconceito racial contra os orientais e na
sua economia.
preferência por imigrantes brancos e europeus, que C a desigualdade de renda existente é
desconsiderável, pois a população dos países em
possibilitariam o branqueamento da população desenvolvimento é mais numerosa que a dos países
de renda elevada.
mestiça. D as diferenças no valor da moeda utilizada em cada
país impossibilitam a comparação entre os níveis de
E na ideia de que o Brasil, por ser um país republicano, qualidade de vida em cada grupo de países.
E a diferença de nível de renda per capita entre os
valorizava a miscigenação entre mestiços e
países em desenvolvimento e os desenvolvidos
japoneses. também está relacionada com o padrão de qualidade
de vida existente em cada grupo de países.
CN – 1º dia CADERNO 3 – BRANCO – PÁGINA 23 ENEM 2009
Questão 57 Questão 58

No Brasil, entre 2003 e 2007, a renda per capita


dos mais pobres cresceu substancialmente em relação à
média nacional, conforme mostra o gráfico.
Taxa de crescimento médio da renda familiar per capita
por décimos da distribuição entre 2003 e 2007
12
10% mais pobres
10
9,1 9,2 8,8

Taxa de crescimento (%)


8,1 7,9
8 7,5
6,7 10% mais ricos
5,8
6 5,0
Média nacional -1,2
3,9
4

0
Primeiro Segundo Terceiro Quarto Quinto Sexto Sétimo Oitavo Nono Décimo

PNAD/IPEA. Internet: <http://www.ipea.gov.br> (com adaptações).

Em relação à taxa de crescimento médio da renda


familiar per capita entre 2003 e 2007, as informações do
gráfico permitem concluir que
A o crescimento médio nacional foi acima de 6%.
B o crescimento da renda foi maior para os mais
pobres, e menor, para os mais ricos.
C o crescimento da renda foi maior para os mais ricos,
e menor, para os mais pobres.
D a taxa de crescimento médio da renda familiar per
capita variou em 9% para os mais ricos
E a taxa de crescimento médio da renda familiar per
capita variou em 4% para os mais pobres.
Questão 59

Antes de se tornar presidente dos Estados


Unidos, Abraham Lincoln opunha-se à escravidão, mas
desaprovava o direito a voto para o negro e os
casamentos birraciais. Em 1861, ele assumiu a
presidência. Vários estados escravistas do Sul deixaram
a União e formaram a sua Confederação independente.
Nos anos 1861-5, teve lugar uma Guerra Civil entre a
União e a Confederação. Em 1863, por decreto e
emenda constitucional, Lincoln aboliu a escravidão.
Cerca de 200.000 soldados negros lutaram ao lado da
União e tornaram-se eleitores. Lincoln planejava
assegurar escolaridade aos ex-escravos, e também
GRÁFICO DE OLIVER UBERTI
FONTE: UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME
alguns direitos civis, mas foi assassinado por um racista
na Sexta-Feira Santa de 1865. Ele tornou-se uma figura
Descobriu-se que os clorofluorcarbonatos (CFCs) controversa. Para alguns, foi um mártir, sacrificado pela
contribuíam para a destruição da camada de ozônio ― a sua causa. Para outros, um racista, que aboliu a
que nos protege contra os danos da radiação ultravioleta. escravidão apenas para ganhar soldados.
Depois de um tratado entre países para o abandono da
produção dessas e de outras substâncias danosas à Segundo o texto, Lincoln tinha a intenção de apresentar
uma proposta para o problema do relacionamento de ex-
camada, verificou-se diminuição de quase 97% da escravos com o resto da sociedade. Caso essa proposta
produção. A diminuição do buraco na camada de ozônio tivesse entrado em vigor, sua implantação teria sido útil a
já passa a ser vista como possível pelos cientistas, outras sociedades, pois
embora se saiba que ela é extremamente lenta. A leitura
do gráfico permite concluir que A neutralizaria quem fosse racista, e os condenados
A todos os países acompanharam a diminuição da por crimes raciais seriam deportados.
B incentivaria casamentos birraciais, o que
produção de CFCs. transformaria os EUA na primeira grande nação
B os países americanos tiveram participação relevante mestiça.
na diminuição da produção de substâncias danosas. C garantiria os direitos civis dos ex-escravos, o que
C os países europeus comparados não apresentam serviria de exemplo de aliança política a ser copiado
diferença significativa na redução do buraco na por nações escravistas.
camada de ozônio. D permitiria que os escravos pudessem votar, o que
D os países asiáticos também atuaram na redução dos tornaria viável, naquele contexto, a eleição de um
impactos na camada de ozônio. presidente negro.
E a China, embora em processo de crescimento E garantiria aos soldados negros acesso à educação e,
econômico, não deixou de proteger da natureza. assim, modernizaria o exército norte-americano.

CN – 1º dia CADERNO 3 – BRANCO – PÁGINA 24 ENEM 2009


Questão 60 Questão 62

Os faraós das primeiras dinastias construíam grandes Em outubro de 1973, uma nova guerra entre árabes e
pirâmides para proteger as suas câmaras mortuárias. israelenses acabou deflagrando um embargo dos
Conforme a crença egípcia antiga, a alma vagaria sem destino fornecedores de petróleo ao Ocidente, seguido de brusca
elevação de preços, que atingiu duramente o Brasil. A
se o corpo, sua habitação, fosse destruído. No Egito
moeda do país era fraca e, na época, produzia-se
contemporâneo, os muçulmanos são sepultados envoltos internamente só um terço do petróleo necessário. A crise
apenas em mortalhas, poucas horas após a morte, em túmulos revelou a postura ambígua do país sobre a questão
simples e sem identificação individual. ferroviária. Por um lado, era desejável que os meios de
transporte não dependessem demasiadamente do
A diferença entre as grandes pirâmides de outrora e os ritos e petróleo, um combustível cuja disponibilidade passou a
túmulos simples de hoje deve-se ao fato de a religião ser inconstante, ao sabor da dinâmica política do Oriente
Médio. O preço aumentou e as cotações disparavam ao
muçulmana
menor sintoma de crise internacional, o que criava
A ser descrente quanto à existência de vida após a problemas sérios no balanço de pagamentos do país e
morte. aumentava a dívida externa. Por outro lado, os governos
não conseguiam redefinir o papel das ferrovias na rede
B ter surgido, precisamente, como reação contra a
de transportes nacional, como forma de suplantar o
religião dos faraós. problema do petróleo.
C entender como errado construir pirâmides só para os Disponível em: <www.geocities.com>. Acesso em: 4 nov. 2008 (adaptado).
ricos, e não, para todos.
D querer evitar os assaltos aos monumentos A partir das informações apresentadas, é possível
funerários, que eram comuns no Egito antigo. concluir que
A a deflagração dos conflitos do Oriente Médio foi
E ignorar o corpo como morada da alma e considerar
motivada pela ganância dos países produtores de
os homens como iguais frente à morte. petróleo.
Questão 61 B a crise provocou desequilíbrio no balanço de
pagamentos porque o Brasil exportava mais petróleo
Foi em meados da década de 70 que a União do que importava.
Soviética começou a perder o "bonde da história". Ficava C a solução pela rede ferroviária era inviável devido ao
evidente, mesmo para os próprios soviéticos, que o alto consumo de dísel pelas locomotivas e à poluição
ambiental.
império vermelho era uma superpotência apenas pelo
D o “choque do petróleo”, como ficou conhecida a crise,
poderio militar, pelo arsenal nuclear e pela capacidade de teve implicações sociais, derivadas da instabilidade
destruição em massa. Devido ao seu baixo dinamismo econômica.
econômico, a produtividade industrial não acompanhava, E a autonomia energética e o isolamento do Brasil em
nem de longe, os avanços dos países capitalistas relação aos demais países do mundo o livrariam de
desenvolvidos mais competitivos. Seu parque industrial, crises dessa natureza.
sucateado, era incapaz de produzir bens de consumo em Questão 63
quantidade e qualidade suficientes para abastecer a
No Brasil, na complexidade de seu território, com muitas
própria população. As filas intermináveis eram parte do
diferenças regionais, ocorreu um fato marcante o cenário
cotidiano dos soviéticos e o descontentamento se político nacional, capaz de mobilizar e aglutinar todos os
generalizava. segmentos da sociedade. Esse fato, relacionado ao
processo de redemocratização, foi o movimento por
Em outras palavras, na União Soviética, eleições diretas, que ficou conhecido como “Diretas Já”.
Esse processo representava, na época, os anseios de
A a falta de dinamismo econômico e de progresso uma sociedade marcada por anos de regime militar.
social era devida à economia liberal.
B o parque industrial era obsoleto, não atendendo à O movimento mencionado foi desencadeado
demanda da população. A pela mobilização suprapartidária oriunda da região
C o descontentamento popular expressava-se em Sul do Brasil.
imensas filas de protesto contra a carência de certos B pelos trabalhadores sem-terra do Nordeste, com
bens. base nos movimentos sociais oriundos do campo.
D a incapacidade de produzir bens de consumo era C de acordo com os arranjos sociais e as lutas de
compensada pela indústria pesada, em qualidade e classe dos trabalhadores vinculados ao setor
petroleiro.
em quantidade.
D a partir da articulação dos movimentos sociais e
E o descontentamento popular foi agravado pela sindicais com base sólida na região Sudeste do país.
política de incentivo à importação de produtos E pela união de diferentes segmentos sociais liderados
ocidentais. pelos sindicatos da região Centro-Oeste.

CN – 1º dia CADERNO 3 – BRANCO – PÁGINA 25 ENEM 2009


Questão 64 Questão 66

Leia o fragmento sobre as manifestações O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF)


musicais da sociedade brasileira no início da República declarou improcedentes, em 12/11/2008, as ações
apresentado a seguir. diretas de inconstitucionalidade ajuizadas contra a
resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que
O carteiro Joaquim dos Anjos não era homem de disciplina o processo de perda de mandato eletivo por
serestas e serenatas, mas gostava de violão e de infidelidade partidária. Com a decisão, o STF declarou a
modinhas. Ele mesmo tocava flauta, instrumento que já plena constitucionalidade da resolução do TSE, até que o
foi muito estimado, não o sendo atualmente como Congresso Nacional exerça a sua competência e regule o
outrora. Acreditava-se até músico, pois compunha valsas, assunto em lei específica. A resolução do TSE decidiu
tangos e acompanhamentos para modinhas. Aprendera a que os mandatos obtidos, nas eleições, pelo sistema
“artinha” musical na terra do seu nascimento, nos proporcional (deputados estaduais, federais e
vereadores) pertencem aos partidos políticos ou às
arredores de Diamantina, e a sabia de cor e salteado; coligações, e não, aos candidatos eleitos.
mas não saíra daí.
Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?id
Conteudo=90556&caixaBusca=N (adaptado).
BARRETO, Lima. Clara dos Anjos. In: Flávio Moreira da Costa (org.) Aquarelas do Brasil:
contos da nossa música popular. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações de
Passatempos e Multimídia Ltda, 2006, p.59.
Com essa decisão, o STF provocou importante mudança
nas regras do jogo político nacional, visto que
A expressão “artinha” revela A entendeu que o voto é dado ao candidato e não ao
A a absorção de manifestações culturais influenciadas partido político, fortalecendo o papel dos partidos no
pela alta burguesia. processo político.
B o lugar de destaque que as modinhas sempre B legislou, ao editar a referida resolução, interferindo
ocuparam na vida do brasileiro. em competência exclusiva do Poder Legislativo.
C o reconhecimento da música ao lado de C mudou as regras em meio ao processo eleitoral,
manifestações culturais, como serenatas e serestas. prejudicando vários candidatos e fragilizando o
D o preconceito que existia em relação às processo eleitoral do país.
manifestações musicais de origem popular. D disciplinou a mudança de partido político pelos
E o gosto do brasileiro por músicas clássicas, cuja parlamentares eleitos pelo voto majoritário.
origem remonta ao interior do Brasil. E fortaleceu o papel dos partidos políticos, ao
assegurar o instituto da fidelidade partidária.
Questão 65

A mostra Largo do Paissandu – Onde o Circo se Questão 67


Encontra reúne tudo o que de mais sagrado ocorreu em
quase dois séculos de picadeiro brasileiro. Foi um Hoje em dia, mesmo gente sem a menor idéia do que
trabalho que teve início há pouco mais de dez anos, significa tecnologia da informação percebe que é nessa área
graças à iniciativa da ex-acrobata e atual pesquisadora que a Índia mais tem a ganhar e, efetivamente, tornar-se um
da arte circense, Verônica Tamaoki, e cujo incentivo tem país desenvolvido. O Dr. Abdul Kalam fala de uma Índia
plenamente desenvolvida em torno de 2020, ao invés de
sido fundamental para preservar a memória do circo, tão continuar sendo classificada eternamente como ‘em
importante quanto relegada pelos poderes públicos. Da desenvolvimento’. Para atingir essa meta, a tecnologia da
chegada das primeiras famílias circenses européias, em informação é a rota. Isso acontece porque a tecnologia da
1831, que iniciaram um processo de mestiçagem com os informação é a mais importante do século e a Índia parece
artistas locais e nossa cultura popular, aos figurinos e levar certa vantagem. A habilidade dos indianos para o
registros fotográficos de artistas que se consagraram sob pensamento abstrato, o domínio de linguagens e a eficiência
as lonas, como o palhaço Piolin, o visitante pode ter uma geral do profissional indiano são também fatores a serem
idéia muito clara da importância que o circo, considerados.
especialmente o de origem familiar, já teve no país. Palestra de N. Vittal na Computer Society of India Programme,
O Estado de S. Paulo. Caderno 2, 16/7/ 2008 (com adaptações). 06/09/2001, Nova Delhi (adaptado).

A mostra Largo do Paissandu – Onde o Circo se Uma análise possível na relação entre tecnologia da
Encontra ressalta a importância que o circo já teve no informação e países em desenvolvimento é a de que
passado e demonstra que
A os países em que o pensamento abstrato é uma
A a cultura popular e a arte circense são manifestações característica da população são os que mais se
artísticas que apresentam origens distintas uma da destacam no setor de tecnologia da informação.
outra. B a tecnologia da informação é propulsora do
B o patrimônio histórico do circo é atualmente desenvolvimento econômico, levando-se em conta o
irrelevante para a preservação da cultura popular cenário do mundo atual, em que o papel das redes
brasileira. de comunicação é fundamental.
C a preservação da memória do circo no Brasil C os países em desenvolvimento investidores no setor
independe da contribuição das famílias que de informática serão elevados à condição de
participaram de sua criação no país. plenamente desenvolvidos até 2020.
D as famílias circenses europeias, juntamente com os D os países em desenvolvimento devem estar
artistas e o ambiente de nossa cultura popular, foram dispostos a arcar com os custos ambientais da
responsáveis pelo surgimento do circo no Brasil. tecnologia da informação, a fim de alcançarem maior
E a transmissão oral da tradição circense, passada de desenvolvimento tecnológico.
E a Índia, tal como os demais países em
família a família, apesar de historicamente desenvolvimento, tem-se destacado em tecnologia
importante, impede que essa memória seja da informação, devido a investimentos realizados, e
devidamente preservada. o treinamento de mão-de-obra qualificada.

CN – 1º dia CADERNO 3 – BRANCO – PÁGINA 26 ENEM 2009


Questão 68 Questão 70

A relação sociedade e natureza passou a ser Amplamente conhecido no cenário brasileiro, o


discutida em nível global e com maior ênfase a partir da
Movimento dos Sem-Terra (MST) tem motivado grande
realização de grandes eventos internacionais. A
conferência de Estocolmo, em 1972, ganhou força pela discussão a respeito da questão fundiária no Brasil,
realização da ECO-92, realizada no Rio de Janeiro em
principalmente no que se refere à estratégia de ocupação
1992 e, mais recentemente, em 2002, com a Rio+10,
realizada em Joanesburgo. Esses eventos pautaram de terras, política adotada pelo referido movimento social.
como discussão central a proposta de desenvolvimento
sustentável, que, mais tarde, agregou novas definições, O gráfico a seguir apresenta o número de famílias em
como as de sustentabilidade e ecodesenvolvimento. acampamentos do MST, em dois períodos distintos, 1998
e 2005, em estados brasileiros.
Tais eventos proporcionaram, em nível global, às
sociedades
A um novo modo de locomoção urbana, centrado em
veículos de tecnologia limpa.
B uma mudança no seu modo de vida, devido à
redução no consumo de recursos não renováveis.
C uma discussão a respeito da temática ambiental e o
estabelecimento de organizações não
governamentais com essa finalidade.
D uma política de preservação das florestas tropicais,
que resultou na redução constante e significativa das Fonte: http://www.mst.org.br/mst/index.html, acesso em: 2/5/2009.
taxas de desmatamento.
E uma redução gradativa nos índices de crescimento
O gráfico mostra que as adesões ao MST variaram, o que
econômico, com a finalidade de se atingir o equilíbrio
entre desenvolvimento e conservação. indica que a atuação do movimento ocorreu de forma
Questão 69 diferente nos estados, principalmente por questões locais e
Caminhar pelas ruas íngremes e sinuosas de regionais, tanto que
Ouro Preto não é voltar ao século XVIII. Os casarões
coloniais ainda estão de pé, mas agora abrigam A houve, em 2005, redução do número de famílias
repúblicas de estudantes, restaurantes, lojas de
acampadas nos estados que, em 1998, registravam
artesanato e ateliês. A Secretaria de Turismo da cidade
funciona na casa em que o poeta e inconfidente Tomás o maior número de ocupação de terras.
Antônio Gonzaga morou entre os anos de 1782 e 1788.
B houve redução do número de acampamentos nos
FARIAS, B.Juliana. Lembranças da Ouro Preto rebelde. Revista NOSSAHISTÓRIA,
São Paulo, ano 2, n.23, p.84, set. 2005.
estados do Rio Grande do Sul e de Rondônia, em
A análise do espaço geográfico permite compreendermos
decorrência das políticas de assentamentos rurais.
seu dinamismo e a vida em sociedade. Como produto
das relações sociais, o espaço geográfico condiciona a C a redução do número de acampamentos nos estados
sociedade. Embora a cidade de Ouro Preto tenha-se
de Minas Gerais e Maranhão ocorreu em razão das
mantido, pela preservação do seu casario e do material
utilizado na pavimentação de suas ruas, por exemplo, as políticas de reforma agrária nesses estados.
funções da cidade foram modificadas. Essas
transformações se relacionam com os avanços técnicos e D o aumento do número de famílias acampadas na
tecnológicos do momento histórico contemporâneo Bahia, em Pernambuco, no Rio Grande do Sul e em
mundial.
Sergipe foi superior a 100% em razão da forte

As modificações na funcionalidade dos objetos que mobilização social nesses estados.


compõem a vida urbana mostram o processo em que E o aumento significativo do número de famílias
A o uso redefine a vida social.
acampadas no Paraná, no Espírito Santo, em Goiás,
B o homem é produto do meio.
C o tombamento preserva o meio ambiente. no Rio de Janeiro e Ceará indica a influência
D a produção tecnológica é a base da cidadania.
marcante do MST nesses estados.
E a técnica forma um sistema material e objetivo.

CN – 1º dia CADERNO 3 – BRANCO – PÁGINA 27 ENEM 2009


Questão 71 Questão 72

Entre os séculos XIX e XX, a razão principal


para incentivar a vinda de imigrantes para o Brasil,
uma iniciativa do Estado e de particulares
(principalmente fazendeiros), foi a necessidade de
conseguir mão de obra para a expansão da lavoura
cafeeira. O gráfico a seguir representa as
quantidades, em milhares, de imigrantes que
entraram no Brasil, nos séculos XIX e XX.

Disponível em: <http: //upload.wikipedia.org/wikipedia/commons/d/dO/Pedro_Américo_-


_Libertação_dos_Escravos,_1889.jpg> Acesso em 04 dez. 2008.

Os ex-escravos abandonam as fazendas em que


labutavam, ganham as estradas à procura de terrenos
baldios em que pudessem acampar, para viverem livres
como se estivessem nos quilombos, plantando milho e
mandioca para comer. Caíram, então, em tal condição
de miserabilidade que a população negra se reduziu
substancialmente. Menos pela supressão da importação
anual de novas massas de escravos para repor o
estoque, porque essas já vinham diminuindo há Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>.
décadas. Muito mais pela terrível miséria a que foram Acesso em: 18 out. 2008
(adaptado).
atirados. Não podiam estar em lugar algum, porque,
cada vez que acampavam, os fazendeiros vizinhos se
Correlacionando a imigração para o Brasil com os
organizavam e convocavam forças policiais para
expulsá-los. outros eventos históricos registrados no gráfico,

RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: evolução e sentido do Brasil.


conclui-se que
São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p.221.
A as políticas de incentivo à migração, no século XIX,
Comparando-se a linguagem do quadro acima, de
não conseguiram incrementar a migração que
Pedro Américo, A Libertação dos Escravos, com o
texto de Darcy Ribeiro, percebe-se que ocorreu no século XX.
B o período estável de ocorrência do fluxo migratório
A a libertação dos escravos é celebrada pelo pintor e para o Brasil coincide com a expansão da lavoura
lamentada pelo autor do texto.
cafeeira.
B a abordagem do tema no quadro é realista, ao passo
que a linguagem utilizada no texto apresenta o tema C a imigração para o Brasil, entre 1850 e 1930, foi
de forma idealizada. estimulada pela Primeira Guerra Mundial, quando a
C os ex-escravos são apresentados no quadro como população europeia fugia do conflito.
homens livres, em condição de igualdade com os
D o país passou por um período de significativo
brancos, ao passo que o texto evidencia a condição
miserável dos escravos libertos. crescimento econômico, desde o fim da Segunda
D a abolição é apresentada no quadro em atmosfera Guerra até a década de 1970, mas deixou de atrair
redentora, ao passo que, no texto, a abolição é grandes fluxos migratórios.
problematizada historicamente.
E o Governo Vargas, percebendo que o número de
E a apresentação do tema, no quadro, evoca
elementos típicos da realidade nacional, ao passo empregos era insuficiente para a mão de obra no
que o texto aborda o tema a partir de uma país, criou, em 1934, a Lei de Cotas de Imigração, o
perspectiva europeia. que resultou em um decréscimo na imigração.

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Questão 73 Questão 75

É inegável que houve altíssimos ganhos de O gráfico abaixo mostra a variação anual da
produtividade em muitos lugares onde a modernização
agrícola foi totalmente implantada. Também não há
radiação solar incidente, ao longo do ano, segundo as
dúvida quanto à influência da modernização no aumento
da produção agrícola mundial nas últimas décadas,
principalmente nos países desenvolvidos e em relação a diferentes latitudes.
certos cultivos dos países subdesenvolvidos. Estatísticas
mundiais que abrangem o principal período de expansão
do modelo modernizante (de 1950 a 1985) indicam
aumento de 160% na produção de cereais.
ROSA, A. V. Agricultura e meio ambiente. São
Paulo: Atual, 1998. – (Série meio ambiente)

Os dados estatísticos omitem as acentuadas diferenças


regionais e os graves problemas associados aos
sistemas mundiais de produção e comercialização de
alimentos em razão
A da diminuição de pragas existentes.
B do avanço da fome em muitas partes do mundo.
C do aumento das populações de aves e de outros
animais.
D da possibilidade de maior reprodução de insetos
benéficos.
E da inviabilidade comercial das formas de plantio Disponível em: <http://ce.esalq.usp.br/aulas/lce306/aula5.pps#481,16,Slide16>.
orgânico.
Acesso em: 25 nov. 2008.
Questão 74

A crise de 1929 e, 10 anos mais tarde, a A respeito da incidência de radiação, observa-se que
Segunda Guerra Mundial aceleraram muito o processo
de substituição de importações, iniciado durante a A há pouca variação na incidência solar ao longo do
Primeira Guerra. O Brasil teve que produzir os bens
industrializados que antes sempre importara. O processo
ano na latitude 0°.
não mais se interrompeu, expandindo-se na década de
50, via implantação da indústria automobilística, e
aprofundando-se na década de 70, graças à produção de B a latitude que apresenta maior variação na incidência
máquinas e equipamentos.
CARVALHO, José Murilo de. Política brasileira no século XX: o novo no velho. In: CARDIM,
de radiação solar é a de 30° Sul.
C. H.; HIRST, M. (orgs.). Brasil-Argentina: soberania e cultura política. Brasília: IPRI-
FUNAG, 2003, p. 200.
C a latitude de 40° Sul recebe a maior quantidade de
Considerando-se o período histórico descrito no texto e as
transformações ocorridas, é correto afirmar que
energia solar do ano nos meses de inverno.
A a crise econômica mundial de 1929 foi prejudicial
para a industrialização brasileira.
D existem diversas curvas de incidência de radiação
B a indústria automobilística implantou o modelo de
substituição de importações no Brasil.
C o Brasil, a partir da década de 1930, paulatinamente, solar que apresentam a mesma taxa de variação.
deixou de ser um país essencialmente agrícola.
D a Segunda Guerra Mundial anulou os ganhos da E a incidência de radiação solar diminui no início do
atividade industrial brasileira relativa aos anos
anteriores. ano e aumenta no fim do ano, nas latitudes no
E a produção de máquinas e equipamentos, nos anos
de 1970, viabilizou a implantação da indústria intervalo de 0° até 40° Sul.
automobilística brasileira.

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Questão 76 Questão 78

O fato é que a transição do Império para a Ao contrário do que se acredita, o "discurso


República, proclamada em 1889, constituiu a primeira secreto" de Kruschev não significou a primeira
grande mudança de regime político ocorrida desde a manifestação de discordância dos novos governantes da
Independência. Republicanistas “puros”, como Silva URSS, ao acusar Stalin de genocídio. Antes disso,
Jardim, defendiam uma mudança de regime que tivesse
haviam sido dados os primeiros passos para o fim da
como resultado maior participação da população na vida
política nacional. Mas, vitoriosos, os republicanos estrutura repressiva que reinava no país. Na verdade, o
conservadores, como Campos Sales, mantiveram o discurso se baseia, em parte, nas conclusões obtidas
modelo de exclusão política e sociocultural sob nova pelo grupo chamado Comissão Shvernik, comissão
fachada. Ao “parlamentarismo sem povo” do Segundo especial que logrou reunir suficiente evidência para
Reinado sucedeu uma República praticamente “sem denunciar que, nos anos de 1930, mais de um milhão e
povo”, ou seja, sem cidadania democrática. meio de membros do partido haviam sido acusados de
LOPEZ, Adriana, MOTA, Carlos Guilherme. História do Brasil: uma realizar atividades antissoviéticas, dos quais tendo sido
interpretação. São Paulo: SENAC, 2008, p. 552. (adaptado)
executados mais de 680.000 deles.
Tendo o texto acima como referência inicial e
considerando o processo histórico de implantação e de O processo que desencadeou o término da estrutura
consolidação da República no Brasil, é correto inferir que repressiva que reinava na União Soviética ocorreu
porque
A o republicano Silva Jardim lutava por um regime
político essencialmente oligárquico, que foi adotado A as chamadas atividades antissoviéticas foram
no Brasil ao longo da Primeira República (até 1930). oficialmente descriminalizadas pela Comissão
B o movimento republicano apresentava divisões Shvernik.
ideológicas e defendia distintos projetos de B a Comissão Shvernik pretendia pôr fim ao regime
República com a intenção de implantá-los no Brasil. socialista.
C o presidencialismo republicano assegurou a C o processo de libertação dos milhares de presos
expansão da democracia brasileira ampliando o nível políticos nos campos de trabalho foi concluído antes
de participação política da sociedade na Primeira do discurso de Kruschev.
República (até 1930). D as vítimas da desestalinização foram reabilitadas
D a facilidade para a derrubada do regime monárquico politicamente, como parte da reavaliação dos
explica-se pelo vigoroso apoio popular às teses
documentos da Comissão Shvernik.
republicanas e pelo desprestígio pessoal de D. Pedro
II. E os próprios membros do partido que haviam apoiado
E a História do Brasil, em geral, se faz por mudanças Stalin a consolidar a Revolução Russa foram, em
bruscas e radicais, que transformam integralmente a grande número, mortos ou presos.
fisionomia social e política do país. Questão 79
Questão 77
A liderança política do processo de
A Guerra do Vietnã, polêmico e violento conflito independência das colônias foi decisiva para os rumos
armado da segunda metade do século XX, envolveu as que as novas nações tomaram, pois as elites evitaram
guerrilhas do Vietnã do Sul e o governo comunista do que as reivindicações mais radicais fossem atendidas,
Vietnã do Norte. O conflito atingiu maiores proporções marginalizando, assim, política e socialmente, a maioria.
com a participação dos Estados Unidos da América A ruptura dos laços coloniais não significou o surgimento
(EUA) ao lado das tropas do Vietnã do Sul. Entretanto, foi
de uma sociedade democrática e autônoma.
também uma guerra com imagens, que divulgavam,
amplamente e de forma crua, o sofrimento da população
civil — crianças com os corpos queimados por napalm, A respeito da formação do Estado Nacional na América
mulheres violentadas, velhos feridos — e de jovens Latina, é correto associar ao texto acima
soldados americanos mutilados ou mortos e ensacados. A o governo de D. Pedro I no Brasil, que provocou
adesões daqueles que queriam mais garantias
Considerando-se o fato histórico descrito, é correto constitucionais, o que conferiu ao imperador
afirmar que reconhecimento e apoio da elite latifundiária.
A o Vietnã do Sul usava, na guerra, os mesmos B a unidade administrativa do império português, por
métodos de combate dos comunistas do Vietnã do haver características comuns entre as regiões
Norte. colonizadas e homogeneidade na ocupação.
B os EUA tinham interesse direto na guerra, por sua C a falta de líderes para os movimentos nacionalistas
aliança estratégica com o governo comunista do contra o domínio português, em oposição à América
Vietnã do Norte. Espanhola.
C os civis, por serem ativos colaboradores dos D os partidos políticos que se formaram no final do
comunistas do Vietnã do Norte, foram considerados século XVIII e assumiram os controles político e
alvos legítimos.
D a imprensa, ao divulgar os fatos ocorridos, colocou a administrativo dos Estados se ergueram contra os
opinião pública dos EUA contra a guerra, o que grandes proprietários de terra e rebanhos.
pressionou ativamente o seu fim. E o ordenamento jurídico-político e as diretrizes
E a violência contra a população civil e o emprego de econômicas no início do século XIX beneficiaram os
armas químicas são recursos de guerra aos quais se segmentos sociais não proprietários, devido ao
deve recorrer com moderação. incremento na produção manufatureira.

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Questão 80 Questão 82

A Geografia, em sua trajetória cientifica, A imagem de uma floresta intocada durante


acompanhou o interesse do homem em conhecer sua
morada, a Terra, e contribuiu para atender as demandas milhares de anos não resiste às evidências de que as
da sociedade em modificar o mundo para satisfazer suas ações humanas tiveram grande influência sobre os
necessidades e seus propósitos.
ecossistemas amazônicos. Estudos recentes vêm
Tendo o texto com referência, assinale a opção correta.
mostrando que a influência do homem sobre a cobertura
A Como as sociedades se alteram, as teorias e os
vegetal da Amazônia, além de intensa, teve início com a
conceitos geográficos se adaptaram para responder
às novas demandas e ao interesse humano de chegada dos primeiros grupos de caçadores-coletores há
intervir na realidade.
B A contribuição da Geografia para compreender a 11 mil anos. As evidências botânicas dessa influência
realidade consiste no conhecimento do espaço são concentrações de castanhais com árvores alinhadas,
geográfico, que expressa as relações da natureza
com a natureza. associados ao cacau selvagem, cujas árvores mais
C Visto que o espaço geográfico foi modificado pela
tecnologia e submetido às determinações humanas, antigas chegam a mais de 500 anos de idade, além da
a Geografia explicou a realidade pela influência do grande heterogeneidade de plantas úteis cercadas por
meio.
D Na década de 1970, a Geografia tornou-se uma sítios arqueológicos.
ciência pragmática, voltada para a pesquisa de
A presença humana é também evidenciada pela
campo e para aplicações práticas na realidade.
E A partir do movimento de renovação da Geografia presença de geóglifos, que são estruturas geométricas
Crítica, igualmente ao que ocorreu na década de
1970, despolitizou-se a ciência geográfica, sem que de terra desenhadas por trincheiras escavadas no solo
tenha havido preocupação com as contradições argiloso. Eles ocupam vastas regiões desde a fronteira
sociais.
com a Bolívia até a várzea amazônica. Pesquisas
Questão 81
revelaram impressionantes paisagens construídas na
Em 1697, publicou-se, em Lisboa, “A arte da
língua de Angola”, a mais antiga gramática de uma língua Amazônia boliviana, compostas de campos elevados
banto, escrita na Bahia, para uso dos jesuítas, com o
objetivo de facilitar a doutrinação de negros angolanos. para agricultura e canais em zigue-zague, com lagos e
Os aportes bantos ou “bantuismos”, palavras africanas reservatórios, para a criação de peixes.
que se incorporaram à língua portuguesa no Brasil, estão
associados ao regime da escravidão (senzala, mucama,
banguê, quilombo). A maioria dessas palavras está Scientific American Brasil, Especial Amazônia, 2008
completamente integrada ao sistema linguístico do
português brasileiro, formando derivados da língua com (com adaptações).

base na raiz banto (esmolambado, dengoso, sambista,


A partir do texto, é correto inferir que os povos pré-
xingamento, mangação, molequeira, caçulinha,
quilombola). colombianos amazônicos tinham conhecimento de
CASTRO, Yeda P. de. Das línguas africanas ao português brasileiro. Revista eletrônica
do IPHAN. Dossiê Línguas do Brasil, nº 6 - jan/fev. 2007.
A como utilizar os geóglifos para cultivar a terra.
Disponível em: <http://www.revista.iphan.gov.br/materia.php?id=214>. Acesso em: 09
fev.2009 (adaptado).
B ecologia e, por isso, não causavam impacto no seu
Dado o fato histórico-linguístico de incorporação de
“bantuismos” na língua portuguesa, conclui-se que meio ambiente.
A os grupos dominantes recusam a cultura de setores C muitas espécies úteis, mas pouco sabiam sobre a
menos favorecidos da sociedade.
B a língua é um fenômeno orgânico e histórico cuja melhor forma de utilizá-las.
dinâmica impossibilita seu controle.
D seu meio ambiente em um nível muito mais elevado
C os jesuítas foram os responsáveis pela difusão da
língua banto no Brasil. que supõe o senso comum.
D o idioma dos escravos tinha prestígio social, a ponto
de merecer um estudo gramatical no século XVII. E seu meio ambiente de forma precária, e só
E os vocábulos portugueses derivados das línguas aprenderam a cultivar a terra com a chegada do
banto evidenciam a ocorrência de uma ruptura entre
essas línguas. europeu.

CN – 1º dia CADERNO 3 – BRANCO – PÁGINA 31 ENEM 2009


Questão 83 Questão 85

Miami e Nova Iorque, nos Estados Unidos. Paris,


na França. Londres, na Inglaterra. Milão e Roma, na
Itália. Bariloche e Buenos Aires, na Argentina. Madri, na
Espanha. Frankfurt, na Alemanha. Santiago, no Chile.
Montevidéu, no Uruguai. Caracas, na Venezuela. O que
há em comum a essas 13 cidades? Elas foram o destino
de 1.881 voos internacionais pagos com a cota de
passagens aéreas dos deputados no período de janeiro
de 2007 a outubro de 2008, conforme levantamento feito
pelo sítio Congresso em Foco com base em registros
fornecidos pelas companhias aéreas. O dado mais
surpreendente da pesquisa é o número de parlamentares
que utilizaram sua cota para pagar voos ao exterior. No
período citado, 261 deputados – ou seja, 51% do total de
513 – fizeram isso, boa parte deles viajando em
companhia de cônjuges ou familiares.”
Fonte:
http://congressoemfoco.ig.com.br/noticia.asp?cod_canal=21&cod_publicacao=27907
Disponível em: www.mots.org.il. Acesso em: 02 mai. 2009.

A foto acima foi realizada por Sebastião Salgado, em Resolução N.° 25, de 2001 – Institui o Código de Ética e
1989, no garimpo de Serra Pelada. Do ponto de vista Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados.
social, ambiental e econômico, o fenômeno retratado Art. 5 – Atentam, ainda, contra o decoro parlamentar as
A reuniu milhares de homens em busca de fortuna, o seguintes condutas, puníveis na forma deste Código:
que resultou na criação, na região, de várias cidades
na região com economia diversificada. VII – usar verbas de gabinete em desacordo com os
B é indício da sobrevivência, no Brasil, das velhas princípios fixados no caput do art. 37 da Constituição
práticas de mutirão, que, por serem tradicionais, Federal.
agridem menos a natureza. Fonte:
http://apache.camara.gov.br/portal/arquivos/Camara/internet/conheca/eticaedecoro/C%C3
C mostra como, no início da revolução informática, %B3digo%20de%20%C3%89tica%20da%20CD.pdf
ainda se recorria ao trabalho manual em condições
desumanas, sem racionalidade produtiva. Constituição da República Federativa do Brasil
D abriu uma nova frente de trabalho e de produção de
riqueza no estado do Pará, que se mantém até hoje,
graças a um planejamento sustentável. Art. 37 – A administração pública direta e indireta de
E permitiu a extração de ouro, o que elevou qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
socialmente grande contingente populacional e Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
contribuiu para melhor distribuição da riqueza na legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
região. eficiência.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm
Questão 84

Na América espanhola colonial, a primeira A análise do Código de Ética da Câmara dos Deputados,
prioridade dos invasores foi extrair riquezas dos da Constituição Federal e da matéria do sítio Congresso
conquistados. Essa extração foi realizada mediante a em Foco permite inferir-se que o uso de passagens
apreensão direta de excedentes previamente aéreas pagas com as verbas de gabinete dos
acumulados de metais ou pedras preciosas. Isso tomou a parlamentares
forma de saques e pilhagens, uma maneira oficialmente
aceita de pagar soldados ou expedicionários voluntários. A é um gasto de ordem pessoal pago pelos cofres
MACLEOD, Murdo J. Aspectos da economia interna da América espanhola colonial. públicos; logo, não é possível qualquer punição
In: BETHELL, Leslie. História da América. São Paulo: Edusp; Brasília:
Funag, 1999, v. II, p. 219-220. àquele que utilizar indevidamente sua cota de
passagens.
Tendo em vista as características citadas, conclui-se que
a América espanhola colonial começou como uma B pode estar em desacordo com o art. 37 da
sociedade Constituição Federal, por infringir os princípios da
impessoalidade e da moralidade.
A escolhida para representar o espírito da modernidade C se enquadra como gasto da administração pública,
europeia na América. pois é um costume já consolidado na história levar
B engajada no comércio do qual provinham especiarias cônjuges e parentes para viagens no exterior.
para serem distribuídas na Europa.
C centrada na extração e beneficiamento mineral de D é ampliado para a família do deputado pelo fato de a
recursos como ouro, prata e pedras preciosas, ali mesma ser considerada parte integrante do exercício
encontrados. do mandato parlamentar.
D fundada na lógica da conquista, ao se fazer uso da E é um gasto para fins de trabalho, ou seja, no estrito
violência contra a população indígena para a exercício do mandato parlamentar, sendo, no
apropriação de riquezas. entanto, injustificável, pois está em desacordo com
E voltada para o cultivo da cana-de-açúcar, produto os princípios citados no art. 37 da Constituição
bastante valorizado, tal como se verificou nas Federal.
colônias portuguesas.
CN – 1º dia CADERNO 3 – BRANCO – PÁGINA 32 ENEM 2009
Questão 86 Questão 87

As transformações técnicas e tecnológicas A análise histórica dos problemas que envolvem

apresentam impactos importantes nos processos a cidadania no Brasil possibilita considerar-se que a

produtivos, no avanço do conhecimento e na vida herança colonial pesou mais na área dos direitos civis. O

cotidiana das sociedades. Estão presentes nos mais novo país herdou a escravidão, que negava a condição

variados aspectos da sociedade e influenciaram, de humana do escravo, herdou a grande propriedade rural,

forma variada, a história das civilizações, inclusive nas fechada à ação da lei, e herdou um Estado comprometido

relações de poder entre os povos e na supremacia bélica. com o poder privado. Esses três empecilhos ao exercício

O aparato bélico foi um fator determinante para o da cidadania civil revelaram-se persistentes.

sucesso em diferentes combates. Isso fica evidente, ao CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. O longo caminho. Rio de Janeiro:

se tomar como exemplo o caso Civilização Brasileira, 2004, p. 45 (adaptado).

Com base na herança colonial, tratada no texto acima,


A dos soldados da infantaria romana, que dispunham
deve-se considerar que
de armaduras e escudos mais resistentes, o que
A a prevalência dos latifúndios alimentou a migração e
fazia que, em diferentes batalhas contra os persas,
propiciou a criação do Movimento dos Trabalhadores
obtivessem resultados superiores em combates a
Rurais Sem-Terra (MST).
curta distância.
B a Abolição da Escravatura permitiu que os ex-
B dos espartanos, que desenvolveram armas pesadas
escravos alcançassem direitos políticos, civis e
imbatíveis nos ataques a fortalezas e muralhas e
sociais, sendo estes reforçados, posteriormente, na
organizaram seu exército era de acordo com o
Constituição de 1891.
equipamento e a experiência dos soldados.
C direitos civis, aqueles que dizem respeito às
C dos povos germânicos, que, no início da Idade
liberdades e garantias individuais, foram
Média, invadiram a Península Ibérica, com uma força
estabelecidos no Brasil, pela primeira vez, na
naval organizada, cujos barcos, com quilhas e velas,
Constituição de 1988.
percorriam rapidamente longas distâncias, o que
D exemplo de “Estado comprometido com o poder
impossibilitava a defesa da península.
privado” é a República Velha, período em que os
D acelerado desenvolvimento bélico do final do século
coronéis dominavam o poder público, ao adotarem
XIX e início do século XX, decorrente da fabricação
uma política patrimonialista, a qual Getúlio Vargas
de armas, como, por exemplo, metralhadora e
conseguiu eliminar do país após 1930.
cartuchos metálicos, como forma de se resolverem
E Antônio Conselheiro, líder do movimento messiânico
conflitos alimentados pela corrida imperialista.
de Canudos, pode ser identificado como precursor na
E do primeiro combate aéreo da história, que ocorreu
luta pelos direitos civis no Brasil, uma vez que
no início da Segunda Guerra Mundial, quando os
defendia o direito de seus liderados se expressarem
franceses abateram um avião alemão a tiros de
livremente.
metralhadora.

CN – 1º dia CADERNO 3 – BRANCO – PÁGINA 33 ENEM 2009


Questão 88

A chamada Revolução Verde, iniciada na década de 1950, consistia em mudanças tecnológicas na produção agrícola e na
reestruturação fundiária nos países subdesenvolvidos. Um dos objetivos dessas mudanças era resolver o problema da fome no
mundo.

As consequências imediatas dessa revolução nos países subdesenvolvidos incluem


A a reestruturação fundiária em minifúndios e a agricultura familiar, promovendo, assim, a diversificação de produtos
agrícolas.
B o predomínio do sistema de produção de policulturas, o que resultou em sérios problemas de ordem ambiental, visto
que as mesmas áreas eram utilizadas para o plantio de várias culturas, o que acarretava o desgaste do solo.
C a mecanização e o uso de alta tecnologia no campo, que aumentaram os postos de trabalho rural e o emprego,
contendo o êxodo rural, que apresentava altos índices nesses países.
D a produção em larga escala por meio do sistema de monocultura, o que resultou no aumento da produtividade da área
cultivada e da produção de alimentos, com destaque para a produção de cereais.
E a reestruturação legal das questões fundiárias, que amenizou os conflitos no campo, e a valorização do pequeno e
médio agricultor.
Questão 89

Na primeira República, uma grande parcela da população brasileira vivia na mais extrema miséria, ou seja, convivia com os
baixos salários, sem terras, devido à concentração fundiária, e explorada pelos coronéis. Uma forma de reação era a organização da
população por meio de movimentos sociais, tendo alguns caráter messiânico, e outros sendo caracterizados como banditismo social. Os
movimentos messiânicos misturavam misticismo, revolta e política.

Entre os fatos importantes que marcaram os movimentos messiânicos, inclui-se


A o combate do governo brasileiro ao movimento de Antônio Conselheiro e seus seguidores, os quais pregavam a
abolição da propriedade privada, recusavam-se a pagar os impostos e manifestavam sua aspiração monarquista.
B a extrema violência da quarta e última expedição contra o arraial de Canudos, durante a qual as casas foram
saqueadas e incendiadas, os conselheiristas, mortos e degolados, e apenas as crianças foram poupadas.
C a Guerra do Contestado, liderada pelo beato José Maria, ocorrida após a conclusão da ferrovia São Paulo-Rio Grande
do Sul, quando cerca de oito mil operários ficaram desempregados e, então, se juntaram ao beato para fundarem uma
aldeia milenarista e republicana.
D a liderança político-religiosa do Padre Cícero, que propunha a necessidade de se criar a sociedade justa pregada por
Jesus Cristo, para corrigir e punir as injustiças, e, por causa disso, foi perseguido pelos coronéis.
E a conclamação à população sertaneja feita por José Virgulino, conhecido por Lampião, para pegassem as armas e
impedissem a assinatura do Pacto dos Coronéis, pelo qual vários chefes políticos cearenses pretendiam unir-se para
sustentar a oligarquia Acciolly.
Questão 90

Em seu discurso em honra dos primeiros mortos na Guerra do Peloponeso (séc. V a.C.), o ateniense Péricles fez
um longo elogio fúnebre, exposto na obra do historiador Tucídides. Ao enfatizar o respeito dos atenienses à lei e seu amor
ao belo, o estadista ateniense tinha em mente um outro tipo de organização de Estado e sociedade, contra o qual os gregos
se haviam batido 50 anos antes e que se caracterizava por uma administração eficiente que concedia autonomia aos
diferentes povos e era marcada pela construção de grandes obras e conquistas.

PRADO, A. L. A.,Tucídides, História da Guerra do Peloponeso, Livro I, São Paulo, Martins Fontes (com adaptações).

O “outro tipo de organização de Estado e sociedade” ao qual Péricles se refere era


A o mundo dos impérios orientais, que rivalizava comercialmente com a Atenas de Péricles.
B o Império Persa, que, apesar de possuir um vasto território, tentou, em vão, conquistar a Grécia.
C o universo dos demais gregos, que não viviam sob uma democracia, já que esta era exclusividade de Atenas.
D o Alto Império Romano, que, se destacava pela supremacia militar e pelo intenso desenvolvimento econômico.
E o mundo dos espartanos, que, desconhecendo a escrita e a lei, eram guiados pelo autoritarismo teocrático de seus
líderes.

CN – 1º dia CADERNO 3 – BRANCO – PÁGINA 34 ENEM 2009


ENEM – 2ª Aplicação 1º Dia

Ciências da Natureza e suas Ciências Humanas e suas


Tecnologias Tecnologias
Questões Gabaritos Questões Gabaritos
1 B 46 B
2 C 47 E
3 C 48 D
4 A 49 C
5 D 50 B
6 C 51 E
7 D 52 C
8 E 53 E
9 E 54 D
10 C 55 A
11 E 56 E
12 E 57 B
13 D 58 B
14 D 59 C
15 D 60 E
16 B 61 B
17 E 62 D
18 A 63 D
19 A 64 D
20 E 65 D
21 D 66 E
22 C 67 B
23 D 68 C
24 C 69 A
25 D 70 B
26 C 71 D
27 E 72 E
28 C 73 B
29 C 74 C
30 B 75 A
31 D 76 B
32 D 77 D
33 D 78 E
34 C 79 A
35 D 80 A
36 A 81 B
37 A 82 D
38 D 83 C
39 C 84 D
40 C 85 B
41 D 86 D
42 C 87 A
43 D 88 D
44 D 89 A
45 B 90 B
*azul75sab1* 2010
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 1 a 45

A relação entre a sociedade e a natureza vem sofrendo


Questão 1
profundas mudanças em razão do conhecimento
técnico. A partir da leitura do texto, identifique a possível
consequência do avanço da técnica sobre o meio natural.
A A sociedade aumentou o uso de insumos
químicos – agrotóxicos e fertilizantes – e, assim,
os riscos de contaminação.
B O homem, a partir da evolução técnica, conseguiu
Nova Escola, nº 226, out. 2009.
explorar a natureza e difundir harmonia na vida social.
C As degradações produzidas pela exploração dos
A tirinha mostra que o ser humano, na busca de atender recursos naturais são reversíveis, o que, de certa
forma, possibilita a recriação da natureza.
suas necessidades e de se apropriar dos espaços,
D O desenvolvimento técnico, dirigido para a
recomposição de áreas degradadas, superou os
A adotou a acomodação evolucionária como forma de
efeitos negativos da degradação.
sobrevivência ao se dar conta de suas deficiências
E As mudanças provocadas pelas ações humanas
impostas pelo meio ambiente. sobre a natureza foram mínimas, uma vez que os
B utilizou o conhecimento e a técnica para criar recursos utilizados são de caráter renovável.

equipamentos que lhe permitiram compensar as Questão 3


suas limitações físicas. Um fenômeno importante que vem ocorrendo nas últimas
quatro décadas é o baixo crescimento populacional
C levou vantagens em relação aos seres de menor
na Europa, principalmente em alguns países como
estatura, por possuir um físico bastante desenvolvido,
Alemanha e Áustria, onde houve uma brusca queda na
que lhe permitia muita agilidade. taxa de natalidade. Esse fenômeno é especialmente
preocupante pelo fato de a maioria desses países já
D dispensou o uso da tecnologia por ter um organismo
ter chegado a um índice inferior ao “nível de renovação
adaptável aos diferentes tipos de meio ambiente.
da população”, estimado em 2,1 filhos por mulher. A
E sofreu desvantagens em relação a outras espécies, diminuição da natalidade europeia tem várias causas,
algumas de caráter demográfico, outras de caráter
por utilizar os recursos naturais como forma de se
cultural e socioeconômico.
apropriar dos diferentes espaços. OLIVEIRA, P. S. Introdução à sociologia. São Paulo: Ática, 2004 (adaptado).

As tendências populacionais nesses países estão


Questão 2
relacionadas a uma transformação
A na estrutura familiar dessas sociedades, impactada por
Se, por um lado, o ser humano, como animal, é parte mudanças nos projetos de vida das novas gerações.
integrante da natureza e necessita dela para continuar B no comportamento das mulheres mais jovens, que têm
sobrevivendo, por outro, como ser social, cada dia mais imposto seus planos de maternidade aos homens.
C no número de casamentos, que cresceu nos últimos
sofistica os mecanismos de extrair da natureza recursos que,
anos, reforçando a estrutura familiar tradicional.
ao serem aproveitados, podem alterar de modo profundo a D no fornecimento de pensões de aposentadoria, em
funcionalidade harmônica dos ambientes naturais. queda diante de uma população de maioria jovem.
E na taxa de mortalidade infantil europeia, em contínua
ROSS, J. L. S. (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2005 (adaptado). ascensão, decorrente de pandemias na primeira infância.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 1
2010
*azul75sab2*
Sabendo que o acelerado crescimento populacional
Questão 4
urbano está articulado com a escassez de recursos
A bandeira da Europa não é apenas o símbolo da União financeiros e a dificuldade de implementação de leis
Europeia, mas também da unidade e da identidade de proteção ao meio ambiente, pode-se estabelecer o
da Europa em sentido mais lato. O círculo de estrelas estímulo a uma relação sustentável entre conservação e
douradas representa a solidariedade e a harmonia entre produção a partir
os povos da Europa. A do aumento do consumo, pela população mais
Disponível em: http://europa.eu/index_pt.htm.
Acesso em: 29 abr. 2010 (adaptado).
pobre, de produtos industrializados para o equilibrio
da capacidade de consumo entre as classes.
A que se pode atribuir a contradição intrínseca entre o que
B da seleção e recuperação do lixo urbano, que já é
propõe a bandeira da Europa e o cotidiano vivenciado
uma prática rotineira nos grandes centros urbanos
pelas nações integrantes da União Europeia? dos países em desenvolvimento.
A Ao contexto da década de 1930, no qual a bandeira foi C da diminuição acelerada do uso de recursos naturais,
forjada e em que se pretendia a fraternidade entre os ainda que isso represente perda da qualidade de
povos traumatizados pela Primeira Guerra Mundial. vida de milhões de pessoas.
D da fabricação de produtos reutilizáveis e
B Ao fato de que o ideal de equilíbrio implícito na
biodegradáveis, evitando-se substituições e descartes,
bandeira nem sempre se coaduna com os conflitos e como medidas para a redução da degradação
rivalidades regionais tradicionais. ambiental.

C Ao fato de que Alemanha e Itália ainda são vistas E da transferência dos aterros sanitários para as partes
mais periféricas das grandes cidades, visando-se à
com desconfiança por Inglaterra e França mesmo
preservação dos ambientes naturais.
após décadas do final da Segunda Guerra Mundial.
Questão 6
D Ao fato de que a bandeira foi concebida por
O volume de matéria-prima recuperado pela reciclagem
portugueses e espanhóis, que possuem uma
do lixo está muito abaixo das necessidades da indústria.
convivência mais harmônica do que as demais
No entanto, mais que uma forma de responder ao
nações europeias.
aumento da demanda industrial por matérias-primas e
E Ao fato de que a bandeira representa as energia, a reciclagem é uma forma de reintroduzir o lixo
aspirações religiosas dos países de vocação no processo industrial.
SCARLATO, F. C.; PONTIN, J. A. Do nicho ao lixo. São Paulo: Atual, 1992 (adaptado).
católica, contrapondo-se ao cotidiano das nações
protestantes. A prática abordada no texto corresponde, no contexto
global, a uma situação de sustentabilidade que
Questão 5
A reduz o buraco na camada de ozônio nos distritos
O crescimento rápido das cidades nem sempre é
industriais.
acompanhado, no mesmo ritmo, pelo atendimento de
B ameniza os efeitos das chuvas ácidas nos polos
infraestrutura para a melhoria da qualidade de vida.
petroquímicos.
A deficiência de redes de água tratada, de coleta
e tratamento de esgoto, de pavimentação de ruas, C diminui os efeitos da poluição atmosférica das
indústrias siderúrgicas.
de galerias de águas pluviais, de áreas de lazer, de
áreas verdes, de núcleos de formação educacional e D diminui a possibilidade de formação das ilhas de
profissional, de núcleos de atendimento médico-sanitário calor nas áreas urbanas.

é comum nessas cidades. E reduz a utilização de matérias-primas nas indústrias


ROSS, J. L. S. (Org.) Geografia do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2009 (adaptado). de bens de consumo.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 2
*azul75sab3* 2010
No texto, há informações sobre a prática da queimada
Questão 7
em diferentes períodos da história do Brasil. Segundo a
O mapa mostra a distribuição de bovinos no bioma
análise apresentada, os portugueses
amazônico, cuja ocupação foi responsável pelo
desmatamento de significativas extensões de terra na A evitaram emitir juízo de valor sobre a prática da
região. Verifica-se que existem municípios com grande queimada.
contingente de bovinos, nas áreas mais escuras do
B consideraram que a queimada era necessária em
mapa, entre 750 001 e 1 500 000 cabeças de bovinos.
certas circunstâncias.
Produção de Bovinos - Efetivos de Cabeças em 2004
C concordaram quanto à queimada ter sido uma prática
no Bioma Amazônico segundo municípios
agrícola insuficiente.
D entenderam que a queimada era uma prática
necessária no início do séc. XIX.
E relacionaram a queimada ao descaso dos agricultores
da época com a terra.

Questão 9

No século XIX, para alimentar um habitante urbano, eram


necessárias cerca de 60 pessoas trabalhando no campo.
Essa proporção foi se modificando ao longo destes dois
séculos. Em certos países, hoje, há um habitante rural
para cada dez urbanos.
Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em: 05 jul. 2008. SANTOS, M. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: EDUSP, 2008.

A análise do mapa permite concluir que


O autor expõe uma tendência de aumento de produtividade
A os estados do Pará, Mato Grosso e Rondônia detêm
a maior parte de bovinos em relação ao bioma agrícola por trabalhador rural, na qual menos pessoas
amazônico.
produzem mais alimentos, que pode ser explicada
B os municípios de maior extensão são responsáveis
pela maior produção de bovinos, segundo mostra a
A pela exigência de abastecimento das populações
legenda.
urbanas, que trabalham majoritariamente no setor
C a criação de bovinos é a atividade econômica
principal nos municípios mostrados no mapa. primário da economia.
D o efetivo de cabeças de bovinos se distribui
B pela imposição de governos que criam políticas
amplamente pelo bioma amazônico.
E as terras florestadas são as áreas mais favoráveis ao econômicas para o favorecimento do crédito agrícola.
desenvolvimento da criação de bovinos.
C pela incorporação homogênea dos agricultores às
Questão 8 técnicas de modernização, sobretudo na relação
De fato, que alternativa restava aos portugueses, ao latifúndio-minifúndio.
se verem diante de uma mata virgem e necessitando de
terra para cultivo, a não ser derrubar a mata e atear-lhe D pela dinamização econômica desse setor e utilização
fogo? Seria, pois, injusto reprová-los por terem começado de novas técnicas e equipamentos de produção
dessa maneira. Todavia, podemos culpar os seus
descendentes, e com razão, por continuarem a queimar pelos agricultores.
as florestas quando há agora, no início do século XIX,
E pelo acesso às novas tecnologias, o que fez com que
tanta terra limpa e pronta para o cultivo à sua disposição.
áreas em altas latitudes, acima de 66°, passassem a
SAINT-HILAIRE, A. Viagem às nascentes do rio S. Francisco [1847].
Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP, 1975 (adaptado). ser grandes produtoras agrícolas.
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2010
*azul75sab4*
Questão 10 Questão 11
O gráfico mostra a relação da produção de cereais,
leguminosas e oleaginosas com a área plantada no
Brasil, no período de 1980 a 2008. Verifica-se uma
grande variação da produção em comparação à área
plantada, o que caracteriza o crescimento da
A economia.
B área plantada.
C produtividade.
D sustentabilidade.
E racionalização.
Questão 12
Que transformação ocorrida na agricultura brasileira,
nas últimas décadas, justifica as variações apresentadas
no gráfico?
A O aumento do número de trabalhadores e menor
necessidade de investimentos.
B O progressivo direcionamento da produção de grãos
para o mercado interno.
C A introdução de novas técnicas e insumos agrícolas, como
fertilizantes e sementes geneticamente modificadas.
D A introdução de métodos de plantio orgânico, altamente
produtivos, voltados para a exportação em larga escala.
E O aumento no crédito rural voltado para a produção
Disponível em: http://www4.fct.unesp.br. Acesso em: 20 abr. 2010. de grãos por camponeses da agricultura extensiva.
A interpretação do mapa indica que, entre 1990 e 2006, Questão 13
a expansão territorial da produção brasileira de soja
ocorreu da região Os últimos séculos marcam, para a atividade agrícola, com
a humanização e a mecanização do espaço geográfico,
A Sul em direção às regiões Centro-Oeste e Nordeste. uma considerável mudança em termos de produtividade:
B Sudeste em direção às regiões Sul e Centro-Oeste. chegou-se, recentemente, à constituição de um meio
técnico-científico-informacional, característico não
C Centro-Oeste em direção às regiões Sudeste e apenas da vida urbana, mas também do mundo rural,
Nordeste. tanto nos países avançados como nas regiões mais
D Norte em direção às regiões Sul e Nordeste. desenvolvidas dos países pobres.
SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal.
E Nordeste em direção às regiões Norte e Centro- Rio de Janeiro: Record, 2004 (adaptado).

Oeste. A modernização da agricultura está associada ao


desenvolvimento científico e tecnológico do processo
A partir do gráfico a seguir, responda às questões 11 e 12. produtivo em diferentes países. Ao considerar as novas
relações tecnológicas no campo, verifica-se que a
RELAÇÃO ENTRE PRODUÇÃO E ÁREA PLANTADA
NO BRASIL 1980-2008 A introdução de tecnologia equilibrou o desenvolvimento
econômico entre o campo e a cidade, refletindo
diretamente na humanização do espaço geográfico
nos países mais pobres.
B tecnificação do espaço geográfico marca o modelo
produtivo dos países ricos, uma vez que pretendem
transferir gradativamente as unidades industriais
para o espaço rural.
C construção de uma infraestrutura científica e
tecnológica promoveu um conjunto de relações que
geraram novas interações socioespaciais entre o
campo e a cidade.
D aquisição de máquinas e implementos industriais,
incorporados ao campo, proporcionou o aumento da
produtividade, libertando o campo da subordinação
à cidade.
E incorporação de novos elementos produtivos
oriundos da atividade rural resultou em uma relação
com a cadeia produtiva industrial, subordinando a
Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 20 jul. 2010. cidade ao campo.
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*azul75sab5* 2010

Questão 14 Questão 16
Responda sem pestanejar: que país ocupa a liderança
mundial no mercado de etanol? Para alguns, a resposta
óbvia é o Brasil. Afinal, o país tem o menor preço de
produção do mercado, além de vastas áreas disponíveis
para o plantio de matéria-prima. Outros dirão que são os
EUA, donos da maior produção anual. Nos próximos anos,
essa pergunta não deve gerar mais dúvida, pois a disputa
não se dará em plantações de cana-de-açúcar ou nas
usinas, mas nos laboratórios altamente sofisticados.
TERRA, L. Conexões: estudos de geografia geral. São Paulo: Moderna, 2009 (adaptado).

A biotecnologia propicia, entre outras coisas, a produção


dos biocombustíveis, que vêm se configurando em
importantes formas de energias alternativas. Que
impacto possíveis pesquisas em laboratórios podem
Disponível em: http://img15.imageshack.us (adaptado).
provocar na produção de etanol no Brasil e nos EUA?
A Aumento na utilização de novos tipos de matérias- A maior frequência na ocorrência do fenômeno
primas para a produção do etanol, elevando a atmosférico apresentado na figura relaciona-se a
produtividade. A concentrações urbano-industriais.
B Crescimento da produção desse combustível, B episódios de queimadas florestais.
causando, porém, danos graves ao meio ambiente
pelo excesso de plantações de cana-de-açúcar. C atividades de extrativismo vegetal.
C Estagnação no processo produtivo do etanol D índices de pobreza elevados.
brasileiro, já que o país deixou de investir nesse tipo E climas quentes e muito úmidos.
de tecnologia.
D Elevação nas exportações de etanol para os EUA, Questão 17
já que a produção interna brasileira é maior que a A Convenção da ONU sobre Direitos das Pessoas com
procura, e o produto tem qualidade superior.
Deficiências, realizada, em 2006, em Nova York, teve
E Aumento da fome em ambos os países, em virtude da
produção de cana-de-açucar prejudicar a produção como objetivo melhorar a vida da população de 650
de alimentos. milhões de pessoas com deficiência em todo o mundo.
Dessa convenção foi elaborado e acordado, entre os
Questão 15 países das Nações Unidas, um tratado internacional para
O movimento operário ofereceu uma nova resposta ao garantir mais direitos a esse público.
grito do homem miserável no princípio do século XIX.
A resposta foi a consciência de classe e a ambição de Entidades ligadas aos direitos das pessoas com
classe. Os pobres então se organizavam em uma classe deficiência acreditam que, para o Brasil, a ratificação do
específica, a classe operária, diferente da classe dos tratado pode significar avanços na implementação de
patrões (ou capitalistas). A Revolução Francesa lhes deu leis no país.
confiança; a Revolução Industrial trouxe a necessidade Disponível em: http//www.bbc.co.uk. Acesso em: 18 mai. 2010 (adaptado).
da mobilização permanente.
HOBSBAWM, E. J. A era das revoluções. São Paulo: Paz e Terra, 1977.
No Brasil, as políticas públicas de inclusão social
apontam para o discurso, tanto da parte do governo
No texto, analisa-se o impacto das Revoluções Francesa quanto da iniciativa privada, sobre a efetivação da
e Industrial para a organização da classe operária. cidadania. Nesse sentido, a temática da inclusão social
Enquanto a “confiança” dada pela Revolução Francesa de pessoas com deficiência
era originária do significado da vitória revolucionária sobre
as classes dominantes, a “necessidade da mobilização A vem sendo combatida por diversos grupos sociais,
permanente”, trazida pela Revolução Industrial, decorria em virtude dos elevados custos para a adaptação e
da compreensão de que
manutenção de prédios e equipamentos públicos.
A a competitividade do trabalho industrial exigia
um permanente esforço de qualificação para o B está assumindo o status de política pública bem
enfrentamento do desemprego. como representa um diferencial positivo de marketing
B a completa transformação da economia capitalista institucional.
seria fundamental para a emancipação dos operários. C reflete prática que viabiliza políticas compensatórias
C a introdução das máquinas no processo produtivo voltadas somente para as pessoas desse grupo que
diminuía as possibilidades de ganho material para estão socialmente organizadas.
os operários.
D o progresso tecnológico geraria a distribuição de D associa-se a uma estratégia de mercado que objetiva
riquezas para aqueles que estivessem adaptados atrair consumidores com algum tipo de deficiência,
aos novos tempos industriais. embora esteja descolada das metas da globalização.
E a melhoria das condições de vida dos operários seria E representa preocupação isolada, visto que o Estado
conquistada com as manifestações coletivas em ainda as discrimina e não lhes possibilita meios de
favor dos direitos trabalhistas. integração à sociedade sob a ótica econômica.
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2010
*azul75sab6*
atividades desempenhadas por esses trabalhadores eram
Questão 18
diversas, os escravos de aluguel representados na pintura
Gregório de Matos definiu, no século XVII,
A vendiam a produção da lavoura cafeeira para os
o amor e a sensualidade carnal. moradores das cidades.
O Amor é finalmente um embaraço de pernas, união de B trabalhavam nas casas de seus senhores e
barrigas, um breve tremor de artérias. acompanhavam as donzelas na rua.
Uma confusão de bocas, uma batalha de veias, um C realizavam trabalhos temporários em troca de
rebuliço de ancas, quem diz outra coisa é besta. pagamento para os seus senhores.
VAINFAS, R. Brasil de todos os pecados. Revista de História. Ano1, no 1. Rio de Janeiro:
D eram autônomos, sendo contratados por outros
Biblioteca Nacional, nov. 2003. senhores para realizarem atividades comerciais.
E aguardavam a sua própria venda após
Vilhena descreveu ao seu amigo Filopono, no desembarcarem no porto.
século XVIII, a sensualidade nas ruas de Salvador.
Causa essencial de muitas moléstias nesta cidade é a Questão 20
desordenada paixão sensual que atropela e relaxa o rigor Chegança
da Justiça, as leis divinas, eclesiásticas, civis e criminais.
Logo que anoutece, entulham as ruas libidinosos, vadios Sou Pataxó,
e ociosos de um e outro sexo. Vagam pelas ruas e, sem Sou Xavante e Carriri,
pejo, fazem gala da sua torpeza. Ianomâmi, sou Tupi
Guarani, sou Carajá.
VILHENA, L.S. A Bahia no século XVIII. Coleção Baiana. v. 1. Salvador: Itapuã, 1969 (adaptado).
Sou Pancaruru,
A sensualidade foi assunto recorrente no Brasil Carijó, Tupinajé,
colonial. Opiniões se dividiam quando o tema afrontava Sou Potiguar, sou Caeté,
diretamente os “bons costumes”. Nesse contexto, Ful-ni-ô, Tupinambá.
contribuía para explicar essas divergências
Eu atraquei num porto muito seguro,
A a existência de associações religiosas que defendiam Céu azul, paz e ar puro...
a pureza sexual da população branca. Botei as pernas pro ar.
B a associação da sensualidade às parcelas mais Logo sonhei que estava no paraíso,
Onde nem era preciso dormir para sonhar.
abastadas da sociedade.
C o posicionamento liberal da sociedade oitocentista, que Mas de repente me acordei com a surpresa:
reivindicava mudanças de comportamento na sociedade. Uma esquadra portuguesa veio na praia atracar.
Da grande-nau,
D a política pública higienista, que atrelava a
Um branco de barba escura,
sexualidade a grupos socialmente marginais. Vestindo uma armadura me apontou pra me pegar.
E a busca do controle do corpo por meio de discurso E assustado dei um pulo da rede,
ambíguo que associava sexo, prazer, libertinagem e Pressenti a fome, a sede,
pecado. Eu pensei: “vão me acabar”.
Levantei-me de Borduna já na mão.
Questão 19 Aí, senti no coração,
O Brasil vai começar.
NóBREGA, A; e FREIRE, W. CD Pernambuco falando para o mundo, 1998.

A letra da canção apresenta um tema recorrente na


história da colonização brasileira, as relações de poder
entre portugueses e povos nativos, e representa uma
crítica à ideia presente no chamado mito
A da democracia racial, originado das relações cordiais
estabelecidas entre portugueses e nativos no período
anterior ao início da colonização brasileira.
B da cordialidade brasileira, advinda da forma como
os povos nativos se associaram economicamente
aos portugueses, participando dos negócios
coloniais açucareiros.
C do brasileiro receptivo, oriundo da facilidade com que
os nativos brasileiros aceitaram as regras impostas pelo
colonizador, o que garantiu o sucesso da colonização.
D da natural miscigenação, resultante da forma como a
metrópole incentivou a união entre colonos, ex-escravas
DEBRET, J. B.; SOUZA, L. M. (Org.). História da vida privada no Brasil: e nativas para acelerar o povoamento da colônia.
cotidiano e vida privada na América Portuguesa, v. 1.
São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
E do encontro, que identifica a colonização portuguesa
como pacífica em função das relações de troca
A imagem retrata uma cena da vida cotidiana dos escravos estabelecidas nos primeiros contatos entre
urbanos no início do século XIX. Lembrando que as portugueses e nativos.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 6
*azul75sab7* 2010
Contrapondo o fenômeno da hibridez à ideia de “pureza”
Questão 21
cultural, observa-se que ele se manifesta quando
Ó sublime pergaminho
A criações originais deixam de existir entre os grupos
Libertação geral de artistas, que passam a copiar as essências das
A princesa chorou ao receber obras uns dos outros.
A rosa de ouro papal B civilizações se fecham a ponto de retomarem os
seus próprios modelos culturais do passado, antes
Uma chuva de flores cobriu o salão
abandonados.
E o negro jornalista
C populações demonstram menosprezo por seu
De joelhos beijou a sua mão patrimônio artístico, apropriando-se de produtos
culturais estrangeiros.
Uma voz na varanda do paço ecoou:
D elementos culturais autênticos são descaracterizados
“Meu Deus, meu Deus
e reintroduzidos com valores mais altos em seus
Está extinta a escravidão” lugares de origem.
MELODIA, Z.; RUSSO, N.; MADRUGADA, C. Sublime Pergaminho. Disponível em http:// E intercâmbios entre diferentes povos e campos de
www. letras.terra.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010.
produção cultural passam a gerar novos produtos e
O samba-enredo de 1968 reflete e reforça uma manifestações.
concepção acerca do fim da escravidão ainda viva em
Questão 23
nossa memória, mas que não encontra respaldo nos
estudos históricos mais recentes. Nessa concepção A dependência regional maior ou menor da mão de
ultrapassada, a abolição é apresentada como obra escrava teve reflexos políticos importantes no
encaminhamento da extinção da escravatura. Mas a
A conquista dos trabalhadores urbanos livres, que possibilidade e a habilidade de lograr uma solução
demandavam a redução da jornada de trabalho. alternativa – caso típico de São Paulo – desempenharam,
B concessão do governo, que ofereceu benefícios aos ao mesmo tempo, papel relevante.
negros, sem consideração pelas lutas de escravos FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2000.

e abolicionistas. A crise do escravismo expressava a difícil questão em


C ruptura na estrutura socioeconômica do país, torno da substituição da mão de obra, que resultou
sendo responsável pela otimização da inclusão
social dos libertos. A na constituição de um mercado interno de mão
de obra livre, constituído pelos libertos, uma vez
D fruto de um pacto social, uma vez que agradaria que a maioria dos imigrantes se rebelou contra a
os agentes históricos envolvidos na questão: superexploração do trabalho.
fazendeiros, governo e escravos.
B no confronto entre a aristocracia tradicional, que
E forma de inclusão social, uma vez que a abolição defendia a escravidão e os privilégios políticos, e
possibilitaria a concretização de direitos civis e os cafeicultores, que lutavam pela modernização
sociais para os negros. econômica com a adoção do trabalho livre.
Questão 22 C no “branqueamento” da população, para afastar
o predomínio das raças consideradas inferiores
A hibridez descreve a cultura de pessoas que mantêm e concretizar a ideia do Brasil como modelo de
suas conexões com a terra de seus antepassados, civilização dos trópicos.
relacionando-se com a cultura do local que habitam. D no tráfico interprovincial dos escravos das áreas
Eles não anseiam retornar à sua “pátria” ou recuperar decadentes do Nordeste para o Vale do Paraíba,
para a garantia da rentabilidade do café.
qualquer identidade étnica “pura” ou absoluta; ainda
assim, preservam traços de outras culturas, tradições e E na adoção de formas disfarçadas de trabalho
compulsório com emprego dos libertos nos cafezais
histórias e resistem à assimilação. paulistas, uma vez que os imigrantes foram trabalhar
CASHMORE, E. Dicionário de relações étnicas e raciais. São Paulo: Selo Negro, 2000 (adaptado). em outras regiões do país.

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2010
*azul75sab8*
Questão 24 Questão 26
O alfaiate pardo João de Deus, que, na altura em que Para os amigos pão, para os inimigos pau; aos amigos
foi preso, não tinha mais do que 80 réis e oito filhos, se faz justiça, aos inimigos aplica-se a lei.
declarava que “Todos os brasileiros se fizessem LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa Omega.
franceses, para viverem em igualdade e abundância”.
Esse discurso, típico do contexto histórico da República
MAXWELL, K. Condicionalismos da independência do Brasil. SILVA, M. N. (Org.)
O império luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986.
Velha e usado por chefes políticos, expressa uma
realidade caracterizada
O texto faz referência à Conjuração Baiana. No contexto
da crise do sistema colonial, esse movimento se A pela força política dos burocratas do nascente Estado
diferenciou dos demais movimentos libertários ocorridos republicano, que utilizavam de suas prerrogativas
no Brasil por
para controlar e dominar o poder nos municípios.
A defender a igualdade econômica, extinguindo a
B pelo controle político dos proprietários no interior
propriedade, conforme proposto nos movimentos
liberais da França napoleônica. do país, que buscavam, por meio dos seus currais
eleitorais, enfraquecer a nascente burguesia brasileira.
B introduzir no Brasil o pensamento e o ideário liberal
que moveram os revolucionários ingleses na luta C pelo mandonismo das oligarquias no interior do
contra o absolutismo monárquico. Brasil, que utilizavam diferentes mecanismos
C propor a instalação de um regime nos moldes da assistencialistas e de favorecimento para garantir o
república dos Estados Unidos, sem alterar a ordem controle dos votos.
socioeconômica escravista e latifundiária.
D pelo domínio político de grupos ligados às velhas
D apresentar um caráter elitista burguês, uma vez que instituições monárquicas e que não encontraram
sofrera influência direta da Revolução Francesa,
espaço de ascensão política na nascente república.
propondo o sistema censitário de votação.
E defender um governo democrático que garantisse E pela aliança política firmada entre as oligarquias
a participação política das camadas populares, do Norte e Nordeste do Brasil, que garantiria
influenciado pelo ideário da Revolução Francesa. uma alternância no poder federal de presidentes
originários dessas regiões.
Questão 25
Na antiga Grécia, o teatro tratou de questões como Questão 27
destino, castigo e justiça. Muitos gregos sabiam de cor A ética exige um governo que amplie a igualdade entre
inúmeros versos das peças dos seus grandes autores. os cidadãos. Essa é a base da pátria. Sem ela, muitos
Na Inglaterra dos séculos XVI e XVII, Shakespeare indivíduos não se sentem “em casa”, experimentam-se
produziu peças nas quais temas como o amor, o poder, como estrangeiros em seu próprio lugar de nascimento.
o bem e o mal foram tratados. Nessas peças, os grandes SILVA, R. R. Ética, defesa nacional, cooperação dos povos. OLIVEIRA, E. R (Org.)
personagens falavam em verso e os demais em prosa. Segurança & Defesa Nacional: da competição à cooperação regional. São Paulo:

No Brasil colonial, os índios aprenderam com os jesuítas Fundação Memorial da América Latina, 2007 (adaptado).

a representar peças de caráter religioso. Os pressupostos éticos são essenciais para a


Esses fatos são exemplos de que, em diferentes tempos estruturação política e integração de indivíduos em uma
e situações, o teatro é uma forma sociedade. De acordo com o texto, a ética corresponde a

A de manipulação do povo pelo poder, que controla A valores e costumes partilhados pela maioria da
o teatro. sociedade.
B de diversão e de expressão dos valores e problemas B preceitos normativos impostos pela coação das
da sociedade. leis jurídicas.
C de entretenimento popular, que se esgota na sua C normas determinadas pelo governo, diferentes das
função de distrair. leis estrangeiras.
D de manipulação do povo pelos intelectuais que D transferência dos valores praticados em casa para a
compõem as peças. esfera social.
E de entretenimento, que foi superada e hoje é E proibição da interferência de estrangeiros em
substituída pela televisão. nossa pátria.
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*azul75sab9* 2010

Questão 28 Questão 30
Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra A solução militar da crise política gerada pela sucessão
de sete ou oito. Eram pardos, todos nus. Nas mãos do presidente Washington Luis em 1929-1930 provoca
traziam arcos com suas setas. Não fazem o menor caso profunda ruptura institucional no país. Deposto o presidente,
de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm o Governo Provisório (1930-1934) precisa administrar
tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam as diferenças entre as correntes políticas integrantes da
os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos composição vitoriosa, herdeira da Aliança Liberal.
brancos e verdadeiros. Os cabelos seus são corredios. LEMOS, R. A revolução constitucionalista de 1932. SILVA, R. M.; CACHAPUZ, P. B.;
LAMARÃO, S. (Org). Getúlio Vargas e seu tempo. Rio de Janeiro: BNDES.
CAMINHA, P. V. Carta. RIBEIRO, D. et al. Viagem pela história do Brasil: documentos.
São Paulo: Companhia das Letras, 1997 (adaptado).
No contexto histórico da crise da Primeira República,
O texto é parte da famosa Carta de Pero Vaz de Caminha, verifica-se uma divisão no movimento tenentista. A
documento fundamental para a formação da identidade atuação dos integrantes do movimento liderados por
brasileira. Tratando da relação que, desde esse primeiro Juarez Távora, os chamados “liberais” nos anos 1930,
contato, se estabeleceu entre portugueses e indígenas, deve ser entendida como
esse trecho da carta revela a
A a aliança com os cafeicultores paulistas em defesa
A preocupação em garantir a integridade do colonizador
diante da resistência dos índios à ocupação da terra. de novas eleições.
B o retorno aos quartéis diante da desilusão política
B postura etnocêntrica do europeu diante das
com a “Revolução de 30”.
características físicas e práticas culturais do indígena.
C o compromisso político-institucional com o governo
C orientação da política da Coroa Portuguesa quanto provisório de Vargas.
à utilização dos nativos como mão de obra para
D a adesão ao socialismo, reforçada pelo exemplo do
colonizar a nova terra.
ex-tenente Luís Carlos Prestes.
D oposição de interesses entre portugueses e índios, E o apoio ao governo provisório em defesa da
que dificultava o trabalho catequético e exigia amplos
descentralização do poder político.
recursos para a defesa da posse da nova terra.
Questão 31
E abundância da terra descoberta, o que possibilitou a sua
O mestre-sala dos mares
incorporação aos interesses mercantis portugueses,
por meio da exploração econômica dos índios. Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Questão 29 Na figura de um bravo marinheiro
Para o Paraguai, portanto, essa foi uma guerra pela A quem a história não esqueceu
sobrevivência. De todo modo, uma guerra contra dois Conhecido como o almirante negro
Tinha a dignidade de um mestre-sala
gigantes estava fadada a ser um teste debilitante e
E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas
severo para uma economia de base tão estreita. Lopez Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
precisava de uma vitória rápida e, se não conseguisse Jovens polacas e por batalhões de mulatas
vencer rapidamente, provavelmente não venceria nunca. Rubras cascatas jorravam nas costas
LYNCH, J. As Repúblicas do Prata: da Independência à Guerra do Paraguai. BETHELL, Leslie (Org). dos negros pelas pontas das chibatas...
História da América Latina: da Independência até 1870, v. III. São Paulo: EDUSP, 2004.
BLANC, A.; BOSCO, J. O mestre-sala dos mares. Disponível em: www.usinadeletras.com.br.
Acesso em: 19 jan. 2009.

A Guerra do Paraguai teve consequências políticas Na história brasileira, a chamada Revolta da Chibata,
importantes para o Brasil, pois liderada por João Cândido, e descrita na música, foi

A representou a afirmação do Exército Brasileiro como A a rebelião de escravos contra os castigos físicos,
ocorrida na Bahia, em 1848, e repetida no Rio de
um ator político de primeira ordem. Janeiro.
B confirmou a conquista da hegemonia brasileira B a revolta, no porto de Salvador, em 1860, de
marinheiros dos navios que faziam o tráfico negreiro.
sobre a Bacia Platina. C o protesto, ocorrido no Exército, em 1865, contra o
castigo de chibatadas em soldados desertores na
C concretizou a emancipação dos escravos negros. Guerra do Paraguai.
D incentivou a adoção de um regime constitucional D a rebelião dos marinheiros, negros e mulatos, em
1910, contra os castigos e as condições de trabalho
monárquico. na Marinha de Guerra.
E o protesto popular contra o aumento do custo de vida
E solucionou a crise financeira, em razão das no Rio de Janeiro, em 1917, dissolvido, a chibatadas,
indenizações recebidas. pela polícia.
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Os impactos e efeitos dessa universalização, conforme
Questão 32
descritos no texto, podem ser analisados do ponto de
Os cercamentos do século XVIII podem ser considerados
vista moral, o que leva à defesa da criação de normas
como sínteses das transformações que levaram à
consolidação do capitalismo na Inglaterra. Em primeiro universais que estejam de acordo com
lugar, porque sua especialização exigiu uma articulação
A os valores culturais praticados pelos diferentes
fundamental com o mercado. Como se concentravam
na atividade de produção de lã, a realização da renda povos em suas tradições e costumes locais.
dependeu dos mercados, de novas tecnologias de B os pactos assinados pelos grandes líderes políticos,
beneficiamento do produto e do emprego de novos tipos de
ovelhas. Em segundo lugar, concentrou-se na inter-relação os quais dispõem de condições para tomar decisões.
do campo com a cidade e, num primeiro momento, também C os sentimentos de respeito e fé no cumprimento de
se vinculou à liberação de mão de obra.
valores religiosos relativos à justiça divina.
RODRIGUES, A. E. M. Revoluções burguesas. In: REIS FILHO, D. A. et al (Orgs.) O Século XX,
v. I. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000 (adaptado). D os sistemas políticos e seus processos consensuais
Outra consequência dos cercamentos que teria e democráticos de formação de normas gerais.
contribuído para a Revolução Industrial na Inglaterra foi o
E os imperativos técnico-científicos, que determinam
A aumento do consumo interno. com exatidão o grau de justiça das normas.
B congelamento do salário mínimo.
Questão 35
C fortalecimento dos sindicatos proletários.
D enfraquecimento da burguesia industrial.
E desmembramento das propriedades improdutivas.

Questão 33

Sozinho vai descobrindo o caminho


O rádio fez assim com seu avô
Rodovia, hidrovia, ferrovia
E agora chegando a infovia
Para alegria de todo o interior
GIL, G. Banda larga cordel. Disponível em: www.uol.vagalume.com.br.
Acesso em: 16 abr. 2010 (fragmento).

O trecho da canção faz referência a uma das dinâmicas


centrais da globalização, diretamente associada ao
processo de
Disponível em: www.culturabrasil.org.br. Acesso em: 28 abr. 2010.
A evolução da tecnologia da informação.
A foto revela um momento da Guerra do Vietnã
B expansão das empresas transnacionais.
(1965-1975), conflito militar cuja cobertura jornalística
C ampliação dos protecionismos alfandegários. utilizou, em grande escala, a fotografia e a televisão. Um
D expansão das áreas urbanas do interior. dos papéis exercidos pelos meios de comunicação na
E evolução dos fluxos populacionais. cobertura dessa guerra, evidenciado pela foto, foi

Questão 34 A demonstrar as diferenças culturais existentes entre


norte-americanos e vietnamitas.
No século XX, o transporte rodoviário e a aviação civil
aceleraram o intercâmbio de pessoas e mercadorias, B defender a necessidade de intervenções armadas
em países comunistas.
fazendo com que as distâncias e a percepção subjetiva das
mesmas se reduzissem constantemente. É possível apontar C denunciar os abusos cometidos pela intervenção
uma tendência de universalização em vários campos, por militar norte-americana.
exemplo, na globalização da economia, no armamentismo D divulgar valores que questionavam as ações do
nuclear, na manipulação genética, entre outros. governo vietnamita.
HABERMAS, J. A constelação pós-nacional: ensaios políticos. São Paulo: E revelar a superioridade militar dos Estados Unidos
Littera Mundi, 2001 (adaptado).
da América.
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Questão 36 Questão 38
Os generais abaixo-assinados, de pleno acordo com o A América se tornara a maior força política e financeira
Ministro da Guerra, declaram-se dispostos a promover do mundo capitalista. Havia se transformado de país
uma ação enérgica junto ao governo no sentido de devedor em país que emprestava dinheiro. Era agora
contrapor medidas decisivas aos planos comunistas uma nação credora.
HUBERMAN, L. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1962.
e seus pregadores e adeptos, independentemente
da esfera social a que pertençam. Assim procedem Em 1948, os EUA lançavam o Plano Marshall, que
no exclusivo propósito de salvarem o Brasil e suas consistiu no empréstimo de 17 bilhões de dólares para
instituições políticas e sociais da hecatombe que se que os países europeus reconstruíssem suas economias.
mostra prestes a explodir. Um dos resultados desse plano, para os EUA, foi
Ata de reunião no Ministério da Guerra, 28/09/1937. BONAVIDES, P.; AMARAL, R.
Textos políticos da história do Brasil, v. 5. Brasília: Senado Federal, 2002 (adaptado).
A o aumento dos investimentos europeus em indústrias
sediadas nos EUA.
Levando em conta o contexto político-institucional dos B a redução da demanda dos países europeus por
anos 1930 no Brasil, pode-se considerar o texto como produtos e insumos agrícolas.
uma tentativa de justificar a ação militar que iria C o crescimento da compra de máquinas e veículos
estadunidenses pelos europeus.
A debelar a chamada Intentona Comunista, acabando D o declínio dos empréstimos estadunidenses aos
com a possibilidade da tomada do poder pelo PCB. países da América Latina e da Ásia.
B reprimir a Aliança Nacional Libertadora, fechando E a criação de organismos que visavam regulamentar
todos os seus núcleos e prendendo os seus líderes. todas as operações de crédito.

C desafiar a Ação Integralista Brasileira, afastando o Questão 39


perigo de uma guinada autoritária para o fascismo. Ato Institucional nº 5 de 13 de dezembro de 1968

D instituir a ditadura do Estado Novo, cancelando as Art. 10 – Fica suspensa a garantia de habeas corpus, nos
eleições de 1938 e reescrevendo a Constituição do país. casos de crimes políticos, contra a segurança nacional,
a ordem econômica e social e a economia popular.
E combater a Revolução Constitucionalista, evitando
que os fazendeiros paulistas retomassem o poder Art. 11 – Excluem-se de qualquer apreciação judicial todos os
perdido em 1930. atos praticados de acordo com este Ato Institucional e seus
Atos Complementares, bem como os respectivos efeitos.
Questão 37 Disponível em: http://www.senado.gov.br. Acesso em: 29 jul. 2010.

Eu não tenho hoje em dia muito orgulho do Tropicalismo. O Ato Institucional nº 5 é considerado por muitos
Foi sem dúvida um modo de arrombar a festa, mas
autores um “golpe dentro do golpe”. Nos artigos do
arrombar a festa no Brasil é fácil. O Brasil é uma pequena
sociedade colonial, muito mesquinha, muito fraca. AI-5 selecionados, o governo militar procurou limitar a
atuação do Poder Judiciário, porque isso significava
VELOSO, C. In: HOLLANDA, H. B.; GONÇALVES, M. A. Cultura e participação nos anos 60.
São Paulo: Brasiliense, 1995 (adaptado).
A a substituição da Constituição de 1967.
O movimento tropicalista, consagrador de diversos
músicos brasileiros, está relacionado historicamente B o início do processo de distensão política.
C a garantia legal para o autoritarismo dos juízes.
A à expansão de novas tecnologias de informação,
D a ampliação dos poderes nas mãos do Executivo.
entre as quais, a Internet, o que facilitou imensamente
a sua divulgação mundo afora. E a revogação dos instrumentos jurídicos implantados
durante o golpe de 1964.
B ao advento da indústria cultural em associação com
um conjunto de reivindicações estéticas e políticas Rascunho
durante os anos 1960.
C à parceria com a Jovem Guarda, também considerada
um movimento nacionalista e de crítica política ao
regime militar brasileiro.
D ao crescimento do movimento estudantil nos anos
1970, do qual os tropicalistas foram aliados na crítica ao
tradicionalismo dos costumes da sociedade brasileira.
E à identificação estética com a Bossa Nova, pois
ambos os movimentos tinham raízes na incorporação
de ritmos norte-americanos, como o blues.
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Questão 40 Questão 41
A gente não sabemos escolher presidente
A gente não sabemos tomar conta da gente
A gente não sabemos nem escovar os dentes
Tem gringo pensando que nóis é indigente
Inútil
A gente somos inútil
MOREIRA, R. Inútil. 1983 (fragmento).

O fragmento integra a letra de uma canção gravada em


momento de intensa mobilização política. A canção foi
censurada por estar associada

A ao rock nacional, que sofreu limitações desde o início


da ditadura militar.
B a uma crítica ao regime ditatorial que, mesmo em sua
fase final, impedia a escolha popular do presidente.
C à falta de conteúdo relevante, pois o Estado buscava,
naquele contexto, a conscientização da sociedade
por meio da música.
D à dominação cultural dos Estados Unidos da América
sobre a sociedade brasileira, que o regime militar
Disponível em:http://pimentacomlimao.files.wordpress.com. Acesso em: 17 abr. 2010 (adaptado). pretendia esconder.
A charge remete ao contexto do movimento que ficou E à alusão à baixa escolaridade e à falta de consciência
conhecido como Diretas Já, ocorrido entre os anos política do povo brasileiro.
de 1983 e 1984. O elemento histórico evidenciado na
imagem é Questão 42
A a insistência dos grupos políticos de esquerda em
realizar atos políticos ilegais e com poucas chances A primeira instituição de ensino brasileira que inclui disciplinas
de serem vitoriosos. voltadas ao público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e
B a mobilização em torno da luta pela democracia frente transexuais) abriu inscrições na semana passada. A grade
ao regime militar, cada vez mais desacreditado. curricular é inspirada em similares dos Estados Unidos da
C o diálogo dos movimentos sociais e dos partidos América e da Europa. Ela atenderá jovens com aulas de
políticos, então existentes, com os setores do
governo interessados em negociar a abertura. expressão artística, dança e criação de fanzines. É aberta a
D a insatisfação popular diante da atuação dos partidos todo o público estudantil e tem como principal objetivo impedir
políticos de oposição ao regime militar criados no a evasão escolar de grupos socialmente discriminados.
início dos anos 80.
Época, 11 jan. 2010 (adaptado).
E a capacidade do regime militar em impedir que as
manifestações políticas acontecessem. O texto trata de uma política pública de ação afirmativa
voltada ao público LGBT. Com a criação de uma instituição
Rascunho de ensino para atender esse público, pretende-se

A contribuir para a invisibilidade do preconceito ao


grupo LGBT.
B copiar os modelos educacionais dos EUA e da
Europa.
C permitir o acesso desse segmento ao ensino técnico.
D criar uma estratégia de proteção e isolamento
desse grupo.
E promover o respeito à diversidade sexual no sistema
de ensino.
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A biblioteca de Alexandria exerceu durante certo tempo
Questão 43
um papel fundamental para a produção do conhecimento
O meu lugar,
e memória das civilizações antigas, porque
Tem seus mitos e seres de luz,
A eternizou o nome de Alexandre, o Grande, e zelou
É bem perto de Oswaldo Cruz,
pelas narrativas dos seus grandes feitos.
Cascadura, Vaz Lobo, Irajá.
B funcionou como um centro de pesquisa acadêmica e
O meu lugar, deu origem às universidades modernas.
É sorriso, é paz e prazer, C preservou o legado da cultura grega em diferentes
O seu nome é doce dizer, áreas do conhecimento e permitiu sua transmissão
a outros povos.
Madureira, ia, Iaiá.
Madureira, ia, Iaiá D transformou a cidade de Alexandria no centro urbano
mais importante da Antiguidade.
Em cada esquina um pagode um bar, E reuniu os principais registros arqueológicos até
Em Madureira. então existentes e fez avançar a museologia antiga.
Império e Portela também são de lá, Questão 45
Em Madureira. Quando Édipo nasceu, seus pais, Laio e Jocasta, os reis
E no Mercadão você pode comprar de Tebas, foram informados de uma profecia na qual o
Por uma pechincha você vai levar, filho mataria o pai e se casaria com a mãe. Para evitá-la,
ordenaram a um criado que matasse o menino. Porém,
Um dengo, um sonho pra quem quer sonhar,
penalizado com a sorte de Édipo, ele o entregou a um
Em Madureira.
casal de camponeses que morava longe de Tebas para
CRUZ, A. Meu lugar. Disponível em: www.vagalume.uol.com.br. Acesso em: 16 abr. 2010 (fragmento).
que o criasse. Édipo soube da profecia quando se tornou
A análise do trecho da canção indica um tipo de interação adulto. Saiu então da casa de seus pais para evitar a
entre o indivíduo e o espaço. Essa interação explícita na tragédia. Eis que, perambulando pelos caminhos da
canção expressa um processo de Grécia, encontrou-se com Laio e seu séquito, que,
insolentemente, ordenou que saísse da estrada. Édipo
A autossegregação espacial. reagiu e matou todos os integrantes do grupo, sem saber
B exclusão sociocultural. que entre eles estava seu verdadeiro pai. Continuou a
C homogeneização cultural. viagem até chegar a Tebas, dominada por uma Esfinge.
Ele decifrou o enigma da Esfinge, tornou-se rei de Tebas e
D expansão urbana.
casou-se com a rainha, Jocasta, a mãe que desconhecia.
E pertencimento ao espaço.
Disponível em: http://www.culturabrasil.org. Acesso em: 28 ago. 2010 (adaptado).

Questão 44
No mito Édipo Rei, são dignos de destaque os temas do
Alexandria começou a ser construída em 332 a.C., por destino e do determinismo. Ambos são características do
Alexandre, o Grande, e, em poucos anos, tornou-se um mito grego e abordam a relação entre liberdade humana
e providência divina. A expressão filosófica que toma
polo de estudos sobre matemática, filosofia e ciência
como pressuposta a tese do determinismo é:
gregas. Meio século mais tarde, Ptolomeu II ergueu uma
enorme biblioteca e um museu — que funcionou como A “Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu
tinha de mim mesmo.” Jean Paul Sartre
centro de pesquisa. A biblioteca reuniu entre 200 mil e
B “Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que
500 mil papiros e, com o museu, transformou a cidade no Deus nela escreva o que quiser.” Santo Agostinho
maior núcleo intelectual da época, especialmente entre C “Quem não tem medo da vida também não tem medo
os anos 290 e 88 a.C. A partir de então, sofreu sucessivos da morte.” Arthur Schopenhauer
ataques de romanos, cristãos e árabes, o que resultou na D “Não me pergunte quem sou eu e não me diga para
permanecer o mesmo.” Michel Foucault
destruição ou perda de quase todo o seu acervo.
RIBEIRO, F. Filósofa e mártir. Aventuras na história. E “O homem, em seu orgulho, criou a Deus a sua
São Paulo: Abril. ed. 81, abr. 2010 (adaptado). imagem e semelhança.” Friedrich Nietzsche
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ENEM – 2ª Aplicação 1º Dia

Ciências Humanas e suas Ciências da Natureza e suas


Tecnologias Tecnologias
Questões Gabaritos Questões Gabaritos
1 A 46 D
2 E 47 D
3 C 48 E
4 D 49 A
5 E 50 C
6 B 51 D
7 B 52 D
8 D 53 B
9 D 54 B
10 E 55 C
11 D 56 A
12 B 57 A
13 E 58 C
14 C 59 C
15 B 60 B
16 C 61 E
17 C 62 A
18 C 63 A
19 A 64 B
20 C 65 D
21 E 66 D
22 C 67 C
23 B 68 E
24 E 69 E
25 D 70 D
26 C 71 E
27 E 72 B
28 C 73 B
29 A 74 A
30 C 75 C
31 A 76 E
32 E 77 A
33 B 78 C
34 C 79 B
35 D 80 B
36 E 81 D
37 B 82 D
38 B 83 C
39 D 84 B
40 A 85 A
41 E 86 E
42 E 87 A
43 A 88 A
44 D 89 B
45 C 90 E
*AZUL75sab1*

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS O distanciamento entre “reconhecer” e “cumprir”


TECNOLOGIAS efetivamente o que é moral constitui uma ambiguidade
inerente ao humano, porque as normas morais são
Questões de 1 a 45
A decorrentes da vontade divina e, por esse motivo,
QUESTÃO 01 utópicas.
B parâmetros idealizados, cujo cumprimento é
No mundo árabe, países governados há décadas por destituído de obrigação.
regimes políticos centralizadores contabilizam metade C amplas e vão além da capacidade de o indivíduo
da população com menos de 30 anos; desses, 56% conseguir cumpri-las integralmente.
têm acesso à internet. Sentindo-se sem perspectivas D criadas pelo homem, que concede a si mesmo a lei
à qual deve se submeter.
de futuro e diante da estagnação da economia, esses
E cumpridas por aqueles que se dedicam inteiramente
jovens incubam vírus sedentos por modernidade e
democracia. Em meados de dezembro, um tunisiano a observar as normas jurídicas.

de 26 anos, vendedor de frutas, põe fogo no próprio QUESTÃO 03


corpo em protesto por trabalho, justiça e liberdade. Uma
Movimento dos Caras-Pintadas
série de manifestações eclode na Tunísia e, como uma
epidemia, o vírus libertário começa a se espalhar pelos
países vizinhos, derrubando em seguida o presidente
do Egito, Hosni Mubarak. Sites e redes sociais –
como o Facebook e o Twitter – ajudaram a mobilizar
manifestantes do norte da África a ilhas do Golfo Pérsico.
SEQUEIRA, C. D.; VILLAMÉA, L. A epidemia da Liberdade. Istoé Internacional. 2 mar. 2011 (adaptado).

Considerando os movimentos políticos mencionados no


texto, o acesso à internet permitiu aos jovens árabes

A reforçar a atuação dos regimes políticos existentes.


B tomar conhecimento dos fatos sem se envolver.
C manter o distanciamento necessário à sua Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 17 abr. 2010 (adaptado).

segurança.
D disseminar vírus capazes de destruir programas dos O movimento representado na imagem, do início dos
anos de 1990, arrebatou milhares de jovens no Brasil.
computadores.
E difundir ideias revolucionárias que mobilizaram a Nesse contexto, a juventude, movida por um forte
população. sentimento cívico,
A aliou-se aos partidos de oposição e organizou a
QUESTÃO 02
campanha Diretas Já.
O brasileiro tem noção clara dos comportamentos B manifestou-se contra a corrupção e pressionou pela
aprovação da Lei da Ficha Limpa.
éticos e morais adequados, mas vive sob o espectro da
C engajou-se nos protestos relâmpago e utilizou a
corrupção, revela pesquisa. Se o país fosse resultado dos
internet para agendar suas manifestações.
padrões morais que as pessoas dizem aprovar, pareceria D espelhou-se no movimento estudantil de 1968 e
mais com a Escandinávia do que com Bruzundanga protagonizou ações revolucionárias armadas.
(corrompida nação fictícia de Lima Barreto). E tornou-se porta-voz da sociedade e influenciou no
FRAGA, P. Ninguém é inocente. Folha de S. Paulo. 4 out. 2009 (adaptado). processo de impeachment do então presidente Collor.
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QUESTÃO 04
A Floresta Amazônica, com toda a sua imensidão, não vai estar aí para sempre. Foi preciso alcançar toda essa
taxa de desmatamento de quase 20 mil quilômetros quadrados ao ano, na última década do século XX, para que uma
pequena parcela de brasileiros se desse conta de que o maior patrimônio natural do país está sendo torrado.
AB’SABER, A. Amazônia: do discurso à práxis. São Paulo: EdUSP, 1996.

Um processo econômico que tem contribuído na atualidade para acelerar o problema ambiental descrito é:
A Expansão do Projeto Grande Carajás, com incentivos à chegada de novas empresas mineradoras.
B Difusão do cultivo da soja com a implantação de monoculturas mecanizadas.
C Construção da rodovia Transamazônica, com o objetivo de interligar a região Norte ao restante do país.
D Criação de áreas extrativistas do látex das seringueiras para os chamados povos da floresta.
E Ampliação do polo industrial da Zona Franca de Manaus, visando atrair empresas nacionais e estrangeiras.
QUESTÃO 05
O Centro-Oeste apresentou-se como extremamente receptivo aos novos fenômenos da urbanização, já que era
praticamente virgem, não possuindo infraestrutura de monta, nem outros investimentos fixos vindos do passado.
Pôde, assim, receber uma infraestrutura nova, totalmente a serviço de uma economia moderna.
SANTOS, M. A Urbanização Brasileira. São Paulo: EdUSP, 2005 (adaptado).

O texto trata da ocupação de uma parcela do território brasileiro. O processo econômico diretamente associado a
essa ocupação foi o avanço da
A industrialização voltada para o setor de base.
B economia da borracha no sul da Amazônia.
C fronteira agropecuária que degradou parte do cerrado.
D exploração mineral na Chapada dos Guimarães.
E extrativismo na região pantaneira.
QUESTÃO 06

TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a Terra. São Paulo: Nacional, 2009 (adaptado).

O gráfico relaciona diversas variáveis ao processo de formação de solos. A interpretação dos dados mostra que a
água é um dos importantes fatores de pedogênese, pois nas áreas
A de clima temperado ocorrem alta pluviosidade e grande profundidade de solos.
B tropicais ocorre menor pluviosidade, o que se relaciona com a menor profundidade das rochas inalteradas.
C de latitudes em torno de 30° ocorrem as maiores profundidades de solo, visto que há maior umidade.
D tropicais a profundidade do solo é menor, o que evidencia menor intemperismo químico da água sobre as rochas.
E de menor latitude ocorrem as maiores precipitações, assim como a maior profundidade dos solos.
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QUESTÃO 07 QUESTÃO 09

Uma empresa norte-americana de bioenergia está O fenômeno de ilha de calor é o exemplo mais
expandindo suas operações para o Brasil para explorar marcante da modificação das condições iniciais do
o mercado de pinhão manso. Com sede na Califórnia,
clima pelo processo de urbanização, caracterizado
a empresa desenvolveu sementes híbridas de pinhão
manso, oleaginosa utilizada hoje na produção de pela modificação do solo e pelo calor antropogênico,
biodiesel e de querosene de aviação. o qual inclui todas as atividades humanas inerentes à
MAGOSSI, E. O Estado de São Paulo. 19 maio 2011 (adaptado). sua vida na cidade.
BARBOSA, R. V. R. Áreas verdes e qualidade térmica em ambientes urbanos:
A partir do texto, a melhoria agronômica das sementes estudo em microclimas em Maceió. São Paulo: EdUSP, 2005.
de pinhão manso abre para o Brasil a oportunidade
econômica de O texto exemplifica uma importante alteração
socioambiental, comum aos centros urbanos. A
A ampliar as regiões produtoras pela adaptação do
maximização desse fenômeno ocorre
cultivo a diferentes condições climáticas.
B beneficiar os pequenos produtores camponeses de A pela reconstrução dos leitos originais dos cursos

óleo pela venda direta ao varejo. d’água antes canalizados.

C abandonar a energia automotiva derivada do B pela recomposição de áreas verdes nas áreas

petróleo em favor de fontes alternativas. centrais dos centros urbanos.

D baratear cultivos alimentares substituídos pelas C pelo uso de materiais com alta capacidade de

culturas energéticas de valor econômico superior. reflexão no topo dos edifícios.

E reduzir o impacto ambiental pela não emissão de D pelo processo de impermeabilização do solo nas

gases do efeito estufa para a atmosfera. áreas centrais das cidades.


E pela construção de vias expressas e gerenciamento
QUESTÃO 08
de tráfego terrestre.
Um dos principais objetivos de se dar continuidade às QUESTÃO 10
pesquisas em erosão dos solos é o de procurar resolver
O professor Paulo Saldiva pedala 6 km em 22
os problemas oriundos desse processo, que, em última
minutos de casa para o trabalho, todos os dias. Nunca
análise, geram uma série de impactos ambientais.
foi atingido por um carro. Mesmo assim, é vítima
Além disso, para a adoção de técnicas de conservação
diária do trânsito de São Paulo: a cada minuto sobre
dos solos, é preciso conhecer como a água executa a bicicleta, seus pulmões são envenenados com
seu trabalho de remoção, transporte e deposição de 3,3 microgramas de poluição particulada – poeira,
sedimentos. A erosão causa, quase sempre, uma série fumaça, fuligem, partículas de metal em suspensão,
de problemas ambientais, em nível local ou até mesmo sulfatos, nitratos, carbono, compostos orgânicos e
em grandes áreas. outras substâncias nocivas.
GUERRA, A. J. T. Processos erosivos nas encostas. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B.
Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. ESCOBAR, H. Sem Ar. O Estado de São Paulo. Ago. 2008.
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007 (adaptado).

A população de uma metrópole brasileira que vive nas


A preservação do solo, principalmente em áreas de
encostas, pode ser uma solução para evitar catástrofes mesmas condições socioambientais das do professor
em função da intensidade de fluxo hídrico. A prática citado no texto apresentará uma tendência de
humana que segue no caminho contrário a essa solução é
A ampliação da taxa de fecundidade.
A a aração.
B diminuição da expectativa de vida.
B o terraceamento.
C elevação do crescimento vegetativo.
C o pousio.
D a drenagem. D aumento na participação relativa de idosos.
E o desmatamento. E redução na proporção de jovens na sociedade.
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QUESTÃO 11 QUESTÃO 13

Como os combustíveis energéticos, as tecnologias


da informação são, hoje em dia, indispensáveis em
todos os setores econômicos. Através delas, um
maior número de produtores é capaz de inovar e a
obsolescência de bens e serviços se acelera. Longe
de estender a vida útil dos equipamentos e a sua
capacidade de reparação, o ciclo de vida desses
produtos diminui, resultando em maior necessidade de
matéria-prima para a fabricação de novos.
GROSSARD, C. Le Monde Diplomatique Brasil. Ano 3, nº 36, 2010 (adaptado).

A postura consumista de nossa sociedade indica


a crescente produção de lixo, principalmente nas
áreas urbanas, o que, associado a modos incorretos
Disponível em: http://www.ra-bugio.org.br. Acesso em: 28 jul. 2010. de deposição,
A imagem retrata a araucária, árvore que faz parte de A provoca a contaminação do solo e do lençol
um importante bioma brasileiro que, no entanto, já foi freático, ocasionando assim graves problemas
bastante degradado pela ocupação humana. Uma socioambientais, que se adensarão com a
das formas de intervenção humana relacionada à continuidade da cultura do consumo desenfreado.
degradação desse bioma foi B produz efeitos perversos nos ecossistemas, que são
A o avanço do extrativismo de minerais metálicos sanados por cadeias de organismos decompositores
voltados para a exportação na região Sudeste. que assumem o papel de eliminadores dos resíduos
B a contínua ocupação agrícola intensiva de grãos na depositados em lixões.
região Centro-Oeste do Brasil.
C multiplica o número de lixões a céu aberto,
C o processo de desmatamento motivado pela
considerados atualmente a ferramenta capaz de
expansão da atividade canavieira no Nordeste
brasileiro. resolver de forma simplificada e barata o problema
D o avanço da indústria de papel e celulose a partir da de deposição de resíduos nas grandes cidades.
exploração da madeira, extraída principalmente no D estimula o empreendedorismo social, visto que um
Sul do Brasil. grande número de pessoas, os catadores, têm livre
E o adensamento do processo de favelização sobre acesso aos lixões, sendo assim incluídos na cadeia
áreas da Serra do Mar na região Sudeste. produtiva dos resíduos tecnológicos.
QUESTÃO 12 E possibilita a ampliação da quantidade de rejeitos
SOBRADINHO que podem ser destinados a associações e
cooperativas de catadores de materiais recicláveis,
O homem chega, já desfaz a natureza
Tira gente, põe represa, diz que tudo vai mudar financiados por instituições da sociedade civil ou
O São Francisco lá pra cima da Bahia pelo poder público.
Diz que dia menos dia vai subir bem devagar
E passo a passo vai cumprindo a profecia do beato que
dizia que o Sertão ia alagar.
Sá e Guarabyra. Disco Pirão de peixe com pimenta. Som Livre, 1977 (adaptado).

O trecho da música faz referência a uma importante


obra na região do rio São Francisco. Uma consequência
socioespacial dessa construção foi
A a migração forçada da população ribeirinha.
B o rebaixamento do nível do lençol freático local.
C a preservação da memória histórica da região.
D a ampliação das áreas de clima árido.
E a redução das áreas de agricultura irrigada.
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QUESTÃO 14 Considerando esse objetivo interpretativo, tal distribuição


espacial aponta para
A a estagnação dos Estados com forte identidade cultural.
B o alcance da racionalidade anticapitalista.
C a influência das grandes potências econômicas.
D a dissolução de blocos políticos regionais.
E o alargamento da força econômica dos países
islâmicos.
QUESTÃO 15

Em 1872, Robert Angus Smith criou o termo


“chuva ácida”, descrevendo precipitações ácidas em
Manchester após a Revolução Industrial. Trata-se do
acúmulo demasiado de dióxido de carbono e enxofre
na atmosfera que, ao reagirem com compostos dessa
camada, formam gotículas de chuva ácida e partículas
de aerossóis. A chuva ácida não necessariamente
ocorre no local poluidor, pois tais poluentes, ao serem
lançados na atmosfera, são levados pelos ventos,
podendo provocar a reação em regiões distantes. A
água de forma pura apresenta pH 7, e, ao contatar
agentes poluidores, reage modificando seu pH para 5,6
e até menos que isso, o que provoca reações, deixando
consequências.
Disponível em: http://www.brasilescola.com. Acesso em: 18 maio 2010 (adaptado).

O texto aponta para um fenômeno atmosférico causador


de graves problemas ao meio ambiente: a chuva ácida
(pluviosidade com pH baixo). Esse fenômeno tem como
O espaço mundial sob a “nova des-ordem” é um consequência
emaranhado de zonas, redes e “aglomerados”, espaços
hegemônicos e contra-hegemônicos que se cruzam de A a corrosão de metais, pinturas, monumentos
forma complexa na face da Terra. Fica clara, de saída, a históricos, destruição da cobertura vegetal e
polêmica que envolve uma nova regionalização mundial. acidificação dos lagos.
Como regionalizar um espaço tão heterogêneo e, em B a diminuição do aquecimento global, já que esse tipo
parte, fluido, como é o espaço mundial contemporâneo? de chuva retira poluentes da atmosfera.
HAESBAERT, R.; PORTO-GONÇALVES, C.W. A nova des-ordem mundial.
São Paulo: UNESP, 2006. C a destruição da fauna e da flora, e redução dos
recursos hídricos, com o assoreamento dos rios.
O mapa procura representar a lógica espacial do mundo
D as enchentes, que atrapalham a vida do cidadão
contemporâneo pós-União Soviética, no contexto de
avanço da globalização e do neoliberalismo, quando a urbano, corroendo, em curto prazo, automóveis e
divisão entre países socialistas e capitalistas se desfez e fios de cobre da rede elétrica.
as categorias de “primeiro” e “terceiro” mundo perderam E a degradação da terra nas regiões semiáridas,
sua validade explicativa. localizadas, em sua maioria, no Nordeste do nosso país.
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QUESTÃO 16 QUESTÃO 18
Estamos testemunhando o reverso da tendência Na década de 1990, os movimentos sociais
histórica da assalariação do trabalho e socialização camponeses e as ONGs tiveram destaque, ao lado de
da produção, que foi característica predominante outros sujeitos coletivos. Na sociedade brasileira, a ação
na era industrial. A nova organização social e dos movimentos sociais vem construindo lentamente
econômica baseada nas tecnologias da informação um conjunto de práticas democráticas no interior das
visa à administração descentralizadora, ao trabalho escolas, das comunidades, dos grupos organizados e
individualizante e aos mercados personalizados. As na interface da sociedade civil com o Estado. O diálogo,
novas tecnologias da informação possibilitam, ao o confronto e o conflito têm sido os motores no processo
mesmo tempo, a descentralização das tarefas e sua de construção democrática.
coordenação em uma rede interativa de comunicação SOUZA, M. A. Movimentos sociais no Brasil contemporâneo: participação e possibilidades das
em tempo real, seja entre continentes, seja entre os práticas democráticas. Disponível em: http://www.ces.uc.pt. Acesso em: 30 abr. 2010 (adaptado).
andares de um mesmo edifício.
Segundo o texto, os movimentos sociais contribuem
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2006 (adaptado). para o processo de construção democrática, porque
No contexto descrito, as sociedades vivenciam A determinam o papel do Estado nas transformações
mudanças constantes nas ferramentas de comunicação socioeconômicas.
que afetam os processos produtivos nas empresas. Na B aumentam o clima de tensão social na sociedade
esfera do trabalho, tais mudanças têm provocado
civil.
A o aprofundamento dos vínculos dos operários com C pressionam o Estado para o atendimento das
as linhas de montagem sob influência dos modelos
demandas da sociedade.
orientais de gestão.
B o aumento das formas de teletrabalho como solução de D privilegiam determinadas parcelas da sociedade em
larga escala para o problema do desemprego crônico. detrimento das demais.
C o avanço do trabalho flexível e da terceirização como E propiciam a adoção de valores éticos pelos órgãos
respostas às demandas por inovação e com vistas à do Estado.
mobilidade dos investimentos.
D a autonomização crescente das máquinas e QUESTÃO 19
computadores em substituição ao trabalho dos
Art. 92. São excluídos de votar nas Assembleias
especialistas técnicos e gestores.
E o fortalecimento do diálogo entre operários, Paroquiais:
gerentes, executivos e clientes com a garantia de I. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais
harmonização das relações de trabalho. não se compreendam os casados, e Oficiais Militares,
QUESTÃO 17 que forem maiores de vinte e um anos, os Bacharéis
Formados e Clérigos de Ordens Sacras.
Completamente analfabeto, ou quase, sem
assistência médica, não lendo jornais, nem revistas, nas IV. Os Religiosos, e quaisquer que vivam em
quais se limita a ver as figuras, o trabalhador rural, a Comunidade claustral.
não ser em casos esporádicos, tem o patrão na conta
de benfeitor. No plano político, ele luta com o “coronel” V. Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil
e pelo “coronel”. Aí estão os votos de cabresto, que réis por bens de raiz, indústria, comércio ou empregos.
resultam, em grande parte, da nossa organização Constituição Política do Império do Brasil (1824).
Disponível em: https://legislação.planalto.gov.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado).
econômica rural.
LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Ômega, 1978 (adaptado). A legislação espelha os conflitos políticos e sociais do
O coronelismo, fenômeno político da Primeira República contexto histórico de sua formulação. A Constituição
(1889-1930), tinha como uma de suas principais de 1824 regulamentou o direito de voto dos “cidadãos
características o controle do voto, o que limitava, brasileiros” com o objetivo de garantir
portanto, o exercício da cidadania. Nesse período, esta
A o fim da inspiração liberal sobre a estrutura política
prática estava vinculada a uma estrutura social
brasileira.
A igualitária, com um nível satisfatório de distribuição
da renda. B a ampliação do direito de voto para maioria dos
B estagnada, com uma relativa harmonia entre as brasileiros nascidos livres.
classes. C a concentração de poderes na região produtora de
C tradicional, com a manutenção da escravidão nos café, o Sudeste brasileiro.
engenhos como forma produtiva típica. D o controle do poder político nas mãos dos grandes
D ditatorial, perturbada por um constante clima de
opressão mantido pelo exército e polícia. proprietários e comerciantes.
E agrária, marcada pela concentração da terra e do E a diminuição da interferência da Igreja Católica nas
poder político local e regional. decisões político-administrativas.
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QUESTÃO 20 QUESTÃO 22

Embora o Brasil seja signatário de convenções


Até que ponto, a partir de posturas e interesses
e tratados internacionais contra a tortura e tenha
incorporado em seu ordenamento jurídico uma lei diversos, as oligarquias paulista e mineira dominaram
tipificando o crime, ele continua a ocorrer em larga a cena política nacional na Primeira República? A união
escala. Mesmo que a lei que tipifica a tortura esteja
vigente desde 1997, até o ano 2000 não se conhece de ambas foi um traço fundamental, mas que não
nenhum caso de condenação de torturadores julgado conta toda a história do período. A união foi feita com a
em última instância, embora tenham sido registrados
nesse período centenas de casos, além de numerosos preponderância de uma ou de outra das duas frações.
outros presumíveis, mas não registrados. Com o tempo, surgiram as discussões e um grande
Disponível em: http://www.dhnet.org.br. Acesso em: 16 jun. 2010 (adaptado).
desacerto final.
O texto destaca a questão da tortura no país, apontando que
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EdUSP, 2004 (adaptado).
A a justiça brasileira, por meio de tratados e leis, tem
conseguido inibir e, inclusive, extinguir a prática da A imagem de um bem-sucedido acordo café com
tortura. leite entre São Paulo e Minas, um acordo de alternância
B a existência da lei não basta como garantia de justiça
para as vítimas e testemunhas dos casos de tortura. de presidência entre os dois estados, não passa de
C as denúncias anônimas dificultam a ação da justiça, uma idealização de um processo muito mais caótico
impedindo que torturadores sejam reconhecidos e
identificados pelo crime cometido. e cheio de conflitos. Profundas divergências políticas
D a falta de registro da tortura por parte das autoridades colocavam-nos em confronto por causa de diferentes
policiais, em razão do desconhecimento da tortura
como crime, legitima a impunidade. graus de envolvimento no comércio exterior.
E a justiça tem esbarrado na precária existência de TOPIK, S. A presença do estado na economia política do Brasil de 1889 a 1930.
Rio de Janeiro: Record, 1989 (adaptado).
jurisprudência a respeito da tortura, o que a impede
de atuar nesses casos. Para a caracterização do processo político durante
QUESTÃO 21 a Primeira República, utiliza-se com frequência a
Texto I expressão Política do Café com Leite. No entanto, os
A ação democrática consiste em todos tomarem textos apresentam a seguinte ressalva a sua utilização:
parte do processo decisório sobre aquilo que terá
consequência na vida de toda coletividade. A A riqueza gerada pelo café dava à oligarquia paulista
GALLO, S. et al. Ética e Cidadania. Caminhos da Filosofia.
Campinas: Papirus, 1997 (adaptado).
a prerrogativa de indicar os candidatos à presidência,
Texto II
sem necessidade de alianças.
É necessário que haja liberdade de expressão,
fiscalização sobre órgãos governamentais e acesso por B As divisões políticas internas de cada estado da
parte da população às informações trazidas a público federação invalidavam o uso do conceito de aliança
pela imprensa.
Disponível em: http://www.observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em: 24 abr. 2010. entre estados para este período.
Partindo da perspectiva de democracia apresentada C As disputas políticas do período contradiziam a
no Texto I, os meios de comunicação, de acordo com o suposta estabilidade da aliança entre mineiros
Texto II, assumem um papel relevante na sociedade por
A orientarem os cidadãos na compra dos bens e paulistas.
necessários à sua sobrevivência e bem-estar. D A centralização do poder no executivo federal
B fornecerem informações que fomentam o debate
político na esfera pública. impedia a formação de uma aliança duradoura entre
C apresentarem aos cidadãos a versão oficial dos as oligarquias.
fatos.
D propiciarem o entretenimento, aspecto relevante E A diversificação da produção e a preocupação
para conscientização política.
com o mercado interno unificavam os interesses
E promoverem a unidade cultural, por meio das
transmissões esportivas. das oligarquias.
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QUESTÃO 23 QUESTÃO 25

O acidente nuclear de Chernobyl revela brutalmente


os limites dos poderes técnico-científicos da humanidade
e as “marchas-à-ré” que a “natureza” nos pode reservar.
É evidente que uma gestão mais coletiva se impõe
para orientar as ciências e as técnicas em direção a
finalidades mais humanas.
GUATTARI, F. As três ecologias. São Paulo: Papirus, 1995 (adaptado).

O texto trata do aparato técnico-científico e suas


consequências para a humanidade, propondo que esse
desenvolvimento
A defina seus projetos a partir dos interesses coletivos.
GOMES, A. et al. A República no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.
B guie-se por interesses econômicos, prescritos pela
lógica do mercado. A análise da tabela permite identificar um intervalo de
C priorize a evolução da tecnologia, se apropriando tempo no qual uma alteração na proporção de eleitores
da natureza. inscritos resultou de uma luta histórica de setores da
sociedade brasileira. O intervalo de tempo e a conquista
D promova a separação entre natureza e sociedade
estão associados, respectivamente, em
tecnológica.
A 1940-1950 – direito de voto para os ex-escravos.
E tenha gestão própria, com o objetivo de melhor
B 1950-1960 – fim do voto secreto.
apropriação da natureza.
C 1960-1970 – direito de voto para as mulheres.
QUESTÃO 24 D 1970-1980 – fim do voto obrigatório.
E 1980-1996 – direito de voto para os analfabetos.
A introdução de novas tecnologias desencadeou uma
QUESTÃO 26
série de efeitos sociais que afetaram os trabalhadores
e sua organização. O uso de novas tecnologias trouxe É difícil encontrar um texto sobre a Proclamação
a diminuição do trabalho necessário que se traduz na da República no Brasil que não cite a afirmação de
Aristides Lobo, no Diário Popular de São Paulo, de que
economia líquida do tempo de trabalho, uma vez que, “o povo assistiu àquilo bestializado”. Essa versão foi
com a presença da automação microeletrônica, começou relida pelos enaltecedores da Revolução de 1930, que
a ocorrer a diminuição dos coletivos operários e uma não descuidaram da forma republicana, mas realçaram
a exclusão social, o militarismo e o estrangeirismo
mudança na organização dos processos de trabalho.
da fórmula implantada em 1889. Isto porque o Brasil
Revista Eletrônica de Geografia Y Ciências Sociales.
Universidad de Barcelona. Nº 170(9), 1 ago. 2004. brasileiro teria nascido em 1930.
MELLO, M. T. C. A república consentida: cultura democrática e científica no final do Império.
Rio de Janeiro: FGV, 2007 (adaptado).
A utilização de novas tecnologias tem causado inúmeras
alterações no mundo do trabalho. Essas mudanças são O texto defende que a consolidação de uma determinada
memória sobre a Proclamação da República no Brasil
observadas em um modelo de produção caracterizado
teve, na Revolução de 1930, um de seus momentos
A pelo uso intensivo do trabalho manual para mais importantes. Os defensores da Revolução de
1930 procuraram construir uma visão negativa para os
desenvolver produtos autênticos e personalizados.
eventos de 1889, porque esta era uma maneira de
B pelo ingresso tardio das mulheres no mercado de A valorizar as propostas políticas democráticas e
trabalho no setor industrial. liberais vitoriosas.
C pela participação ativa das empresas e dos próprios B resgatar simbolicamente as figuras políticas ligadas
à Monarquia.
trabalhadores no processo de qualificação laboral. C criticar a política educacional adotada durante a
D pelo aumento na oferta de vagas para trabalhadores República Velha.
especializados em funções repetitivas. D legitimar a ordem política inaugurada com a chegada
desse grupo ao poder.
E pela manutenção de estoques de larga escala em E destacar a ampla participação popular obtida no
função da alta produtividade. processo da Proclamação.
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QUESTÃO 27 QUESTÃO 29

Um volume imenso de pesquisas tem sido produzido


para tentar avaliar os efeitos dos programas de televisão.
A maioria desses estudos diz respeito às crianças ―
o que é bastante compreensível pela quantidade de
tempo que elas passam em frente ao aparelho e pelas
possíveis implicações desse comportamento para a
socialização. Dois dos tópicos mais pesquisados são o
impacto da televisão no âmbito do crime e da violência e
a natureza das notícias exibidas na televisão.
GIDDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005.

O texto indica que existe uma significativa produção


científica sobre os impactos socioculturais da televisão
na vida do ser humano. E as crianças, em particular, são
as mais vulneráveis a essas influências, porque
A codificam informações transmitidas nos programas
infantis por meio da observação.
B adquirem conhecimentos variados que incentivam o
processo de interação social.
C interiorizam padrões de comportamento e papéis
sociais com menor visão crítica.
D observam formas de convivência social baseadas Foto de Militão, São Paulo, 1879.
na tolerância e no respeito. ALENCASTRO, L. F. (org). História da vida privada no Brasil.
Império: a corte e a modernidade nacional. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.
E apreendem modelos de sociedade pautados na
observância das leis.
Que aspecto histórico da escravidão no Brasil do séc.
QUESTÃO 28
XIX pode ser identificado a partir da análise do vestuário
Subindo morros, margeando córregos ou penduradas
em palafitas, as favelas fazem parte da paisagem de do casal retratado acima?
um terço dos municípios do país, abrigando mais de
10 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto A O uso de trajes simples indica a rápida incorporação
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). dos ex-escravos ao mundo do trabalho urbano.
MARTINS, A. R. A favela como um espaço da cidade.
Disponível em: http://www.revistaescola.abril.com.br. Acesso em: 31 jul. 2010.
B A presença de acessórios como chapéu e sombrinha
A situação das favelas no país reporta a graves
problemas de desordenamento territorial. Nesse sentido, aponta para a manutenção de elementos culturais
uma característica comum a esses espaços tem sido
de origem africana.
A o planejamento para a implantação de infraestruturas
urbanas necessárias para atender as necessidades C O uso de sapatos é um importante elemento de
básicas dos moradores.
B a organização de associações de moradores diferenciação social entre negros libertos ou em
interessadas na melhoria do espaço urbano e
melhores condições na ordem escravocrata.
financiadas pelo poder público.
C a presença de ações referentes à educação D A utilização do paletó e do vestido demonstra a
ambiental com consequente preservação dos
espaços naturais circundantes. tentativa de assimilação de um estilo europeu como
D a ocupação de áreas de risco suscetíveis a
enchentes ou desmoronamentos com consequentes forma de distinção em relação aos brasileiros.
perdas materiais e humanas.
E A adoção de roupas próprias para o trabalho
E o isolamento socioeconômico dos moradores
ocupantes desses espaços com a resultante doméstico tinha como finalidade demarcar as
multiplicação de políticas que tentam reverter
esse quadro. fronteiras da exclusão social naquele contexto.
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QUESTÃO 30 QUESTÃO 32

Os três tipos de poder representam três diversos A Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, inclui no
tipos de motivações: no poder tradicional, o motivo da currículo dos estabelecimentos de ensino fundamental e
médio, oficiais e particulares, a obrigatoriedade do ensino
obediência é a crença na sacralidade da pessoa do
sobre História e Cultura Afro-Brasileira e determina que
soberano; no poder racional, o motivo da obediência
o conteúdo programático incluirá o estudo da História
deriva da crença na racionalidade do comportamento da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil,
conforme a lei; no poder carismático, deriva da crença a cultura negra brasileira e o negro na formação da
nos dotes extraordinários do chefe. sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo
BOBBIO, N. Estado, Governo, Sociedade: para uma teoria geral da política.
São Paulo: Paz e Terra, 1999 (adaptado).
negro nas áreas social, econômica e política pertinentes
à História do Brasil, além de instituir, no calendário
O texto apresenta três tipos de poder que podem
escolar, o dia 20 de novembro como data comemorativa
ser identificados em momentos históricos distintos. do “Dia da Consciência Negra”.
Identifique o período em que a obediência esteve
Disponível em: http://www.planalto.gov.br. Acesso em: 27 jul. 2010 (adaptado).
associada predominantemente ao poder carismático:
A referida lei representa um avanço não só para a
A República Federalista Norte-Americana. educação nacional, mas também para a sociedade
B República Fascista Italiana no século XX. brasileira, porque
C Monarquia Teocrática do Egito Antigo. A legitima o ensino das ciências humanas nas escolas.
D Monarquia Absoluta Francesa no século XVII. B divulga conhecimentos para a população afro-brasileira.
C reforça a concepção etnocêntrica sobre a África e
E Monarquia Constitucional Brasileira no século XIX.
sua cultura.
QUESTÃO 31 D garante aos afrodescendentes a igualdade no
acesso à educação.
Em geral, os nossos tupinambás ficam bem admirados E impulsiona o reconhecimento da pluralidade étnico-
ao ver os franceses e os outros dos países longínquos racial do país.
terem tanto trabalho para buscar o seu arabotã, isto é, QUESTÃO 33
pau-brasil. Houve uma vez um ancião da tribo que me fez
O açúcar e suas técnicas de produção foram levados
esta pergunta: “Por que vindes vós outros, mairs e perós
à Europa pelos árabes no século VIII, durante a Idade
(franceses e portugueses), buscar lenha de tão longe Média, mas foi principalmente a partir das Cruzadas
para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra?” (séculos XI e XIII) que a sua procura foi aumentando.
LÉRY, J. Viagem à Terra do Brasil. In: FERNANDES, F.
Mudanças Sociais no Brasil. São Paulo: Difel, 1974.
Nessa época passou a ser importado do Oriente Médio
e produzido em pequena escala no sul da Itália, mas
O viajante francês Jean de Léry (1534-1611) reproduz continuou a ser um produto de luxo, extremamente caro,
um diálogo travado, em 1557, com um ancião tupinambá, chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras.
o qual demonstra uma diferença entre a sociedade CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). São Paulo: Atual, 1996.
europeia e a indígena no sentido
Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial,
A do destino dado ao produto do trabalho nos seus o açúcar foi o produto escolhido por Portugal para dar
sistemas culturais. início à colonização brasileira, em virtude de
B da preocupação com a preservação dos recursos A o lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso.
ambientais. B os árabes serem aliados históricos dos portugueses.
C do interesse de ambas em uma exploração comercial C a mão de obra necessária para o cultivo ser
insuficiente.
mais lucrativa do pau-brasil.
D as feitorias africanas facilitarem a comercialização
D da curiosidade, reverência e abertura cultural recíprocas. desse produto.
E da preocupação com o armazenamento de madeira E os nativos da América dominarem uma técnica de
para os períodos de inverno. cultivo semelhante.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 10


*AZUL75sab11*

QUESTÃO 34 QUESTÃO 36
No clima das ideias que se seguiram à revolta de São
Domingos, o descobrimento de planos para um levante
armado dos artífices mulatos na Bahia, no ano de 1798,
teve impacto muito especial; esses planos demonstravam
aquilo que os brancos conscientes tinham já começado
a compreender: as ideias de igualdade social estavam
a propagar-se numa sociedade em que só um terço da
população era de brancos e iriam inevitavelmente ser
interpretados em termos raciais.
MAXWELL. K. Condicionalismos da Independência do Brasil. In: SILVA, M.N. (coord.)
O Império luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986.

O temor do radicalismo da luta negra no Haiti e das


propostas das lideranças populares da Conjuração
Baiana (1798) levaram setores da elite colonial brasileira
a novas posturas diante das reivindicações populares.
No período da Independência, parte da elite participou
ativamente do processo, no intuito de
A instalar um partido nacional, sob sua liderança,
garantindo participação controlada dos afro-
brasileiros e inibindo novas rebeliões de negros.
B atender aos clamores apresentados no movimento
baiano, de modo a inviabilizar novas rebeliões,
garantindo o controle da situação.
C firmar alianças com as lideranças escravas,
SMITH, D. Atlas da Situação Mundial. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 2007 (adaptado).
permitindo a promoção de mudanças exigidas pelo
povo sem a profundidade proposta inicialmente.
D impedir que o povo conferisse ao movimento um Uma explicação de caráter histórico para o percentual da
teor libertário, o que terminaria por prejudicar seus religião com maior número de adeptos declarados no Brasil
interesses e seu projeto de nação. foi a existência, no passado colonial e monárquico, da
E rebelar-se contra as representações metropolitanas,
isolando politicamente o Príncipe Regente, A incapacidade do cristianismo de incorporar aspectos
instalando um governo conservador para controlar
de outras religiões.
o povo.
B incorporação da ideia de liberdade religiosa na
QUESTÃO 35
esfera pública.
Se a mania de fechar, verdadeiro habitus da C permissão para o funcionamento de igrejas não cristãs.
mentalidade medieval nascido talvez de um profundo
D relação de integração entre Estado e Igreja.
sentimento de insegurança, estava difundida no mundo
rural, estava do mesmo modo no meio urbano, pois que E influência das religiões de origem africana.
uma das características da cidade era de ser limitada
por portas e por uma muralha.
DUBY, G. et al. “Séculos XIV-XV”. In: ARIÈS, P.; DUBY, G. História da vida privada da
Europa Feudal à Renascença. São Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado).

As práticas e os usos das muralhas sofreram importantes


mudanças no final da Idade Média, quando elas
assumiram a função de pontos de passagem ou pórticos.
Este processo está diretamente relacionado com
A o crescimento das atividades comerciais e urbanas.
B a migração de camponeses e artesãos.
C a expansão dos parques industriais e fabris.
D o aumento do número de castelos e feudos.
E a contenção das epidemias e doenças.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 11
*AZUL75sab12*

QUESTÃO 37 QUESTÃO 39

No Estado de São Paulo, a mecanização da Os chineses não atrelam nenhuma condição para
efetuar investimentos nos países africanos. Outro
colheita da cana-de-açúcar tem sido induzida também ponto interessante é a venda e compra de grandes
pela legislação ambiental, que proíbe a realização de somas de áreas, posteriormente cercadas. Por se
queimadas em áreas próximas aos centros urbanos. Na tratar de países instáveis e com governos ainda não
consolidados, teme-se que algumas nações da África
região de Ribeirão Preto, principal polo sucroalcooleiro tornem-se literalmente protetorados.
do país, a mecanização da colheita já é realizada em BRANCOLI, F. China e os novos investimentos na África:
neocolonialismo ou mudanças na arquitetura global?
516 mil dos 1,3 milhão de hectares cultivados com Disponível em: http://opiniaoenoticia.com.br. Acesso em: 29 abr. 2010 (adaptado).

cana-de-açúcar. A presença econômica da China em vastas áreas do


BALSADI, O. et al. Transformações Tecnológicas e a força de trabalho na agricultura globo é uma realidade do século XXI. A partir do texto,
brasileira no período de 1990-2000. Revista de economia agrícola. V. 49 (1), 2002. como é possível caracterizar a relação econômica da
China com o continente africano?
O texto aborda duas questões, uma ambiental e
A Pela presença de órgãos econômicos internacionais
outra socioeconômica, que integram o processo de como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o
modernização da produção canavieira. Em torno da Banco Mundial, que restringem os investimentos
associação entre elas, uma mudança decorrente desse chineses, uma vez que estes não se preocupam
com a preservação do meio ambiente.
processo é a B Pela ação de ONGs (Organizações Não Governamen-
A perda de nutrientes do solo devido à utilização tais) que limitam os investimentos estatais chineses,
uma vez que estes se mostram desinteressados em
constante de máquinas.
relação aos problemas sociais africanos.
B eficiência e racionalidade no plantio com maior C Pela aliança com os capitais e investimentos diretos
produtividade na colheita. realizados pelos países ocidentais, promovendo o
C ampliação da oferta de empregos nesse tipo de crescimento econômico de algumas regiões desse
continente.
ambiente produtivo. D Pela presença cada vez maior de investimentos diretos,
D menor compactação do solo pelo uso de maquinário o que pode representar uma ameaça à soberania dos
agrícola de porte. países africanos ou manipulação das ações destes
governos em favor dos grandes projetos.
E poluição do ar pelo consumo de combustíveis fósseis E Pela presença de um número cada vez maior de
pelas máquinas. diplomatas, o que pode levar à formação de um
Mercado Comum Sino-Africano, ameaçando os
QUESTÃO 38 interesses ocidentais.
Acompanhando a intenção da burguesia QUESTÃO 40
renascentista de ampliar seu domínio sobre a natureza e O café tem origem na região onde hoje se encontra
sobre o espaço geográfico, através da pesquisa científica a Etiópia, mas seu cultivo e consumo se disseminaram
a partir da Península Árabe. Aportou à Europa por
e da invenção tecnológica, os cientistas também iriam Constantinopla e, finalmente, em 1615, ganhou a cidade
se atirar nessa aventura, tentando conquistar a forma, o de Veneza. Quando o café chegou à região europeia,
movimento, o espaço, a luz, a cor e mesmo a expressão alguns clérigos sugeriram que o produto deveria
ser excomungado, por ser obra do diabo. O papa
e o sentimento. Clemente VIII (1592-1605), contudo, resolveu provar
SEVCENKO, N. O Renascimento. Campinas: Unicamp, 1984. a bebida. Tendo gostado do sabor, decidiu que ela
deveria ser batizada para que se tornasse uma “bebida
O texto apresenta um espírito de época que afetou verdadeiramente cristã”.
também a produção artística, marcada pela constante THORN, J. Guia do café. Lisboa: Livros e livros, 1998 (adaptado).

relação entre A postura dos clérigos e do papa Clemente VIII diante


da introdução do café na Europa Ocidental pode ser
A fé e misticismo. explicada pela associação dessa bebida ao
B ciência e arte. A ateísmo.
C cultura e comércio. B judaísmo.
C hinduísmo.
D política e economia. D islamismo.
E astronomia e religião. E protestantismo.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 12
*AZUL75sab13*

QUESTÃO 41 QUESTÃO 43
A consolidação do regime democrático no Brasil
contra os extremismos da esquerda e da direita
exige ação enérgica e permanente no sentido do
aprimoramento das instituições políticas e da realização
de reformas corajosas no terreno econômico, financeiro
e social.
Mensagem programática da União Democrática Nacional (UDN) – 1957.

Os trabalhadores deverão exigir a constituição de um


governo nacionalista e democrático, com participação
dos trabalhadores para a realização das seguintes
medidas: a) Reforma bancária progressista; b) Reforma
agrária que extinga o latifúndio; c) Regulamentação da
Lei de Remessas de Lucros.
Manifesto do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) – 1962.
BONAVIDES, P; AMARAL, R. Textos políticos da história do Brasil.
Brasília: Senado Federal, 2002.

Nos anos 1960 eram comuns as disputas pelo significado


de termos usados no debate político, como democracia
Charge capa da revista “O Malho”, de 1904. Disponível em: http://1.bp.blogspot.com.
e reforma. Se, para os setores aglutinados em torno da
UDN, as reformas deveriam assegurar o livre mercado, A imagem representa as manifestações nas ruas da
para aqueles organizados no CGT, elas deveriam cidade do Rio de Janeiro, na primeira década do século
resultar em
XX, que integraram a Revolta da Vacina. Considerando
A fim da intervenção estatal na economia. o contexto político-social da época, essa revolta revela
B crescimento do setor de bens de consumo.
C controle do desenvolvimento industrial. A a insatisfação da população com os benefícios de
D atração de investimentos estrangeiros. uma modernização urbana autoritária.
E limitação da propriedade privada. B a consciência da população pobre sobre a
necessidade de vacinação para a erradicação
QUESTÃO 42 das epidemias.
C a garantia do processo democrático instaurado com
Em meio às turbulências vividas na primeira
a República, através da defesa da liberdade de
metade dos anos 1960, tinha-se a impressão de que
expressão da população.
as tendências de esquerda estavam se fortalecendo
D o planejamento do governo republicano na área de
na área cultural. O Centro Popular de Cultura (CPC)
saúde, que abrangia a população em geral.
da União Nacional dos Estudantes (UNE) encenava
E o apoio ao governo republicano pela atitude de
peças de teatro que faziam agitação e propaganda em
vacinar toda a população em vez de privilegiar
favor da luta pelas reformas de base e satirizavam o
a elite.
“imperialismo” e seus “aliados internos”.
KONDER, L. História das Ideias Socialistas no Brasil. São Paulo: Expressão Popular, 2003.

No início da década de 1960, enquanto vários


setores da esquerda brasileira consideravam
que o CPC da UNE era uma importante forma
de conscientização das classes trabalhadoras,
os setores conservadores e de direita (políticos
vinculados à União Democrática Nacional - UDN -,
Igreja Católica, grandes empresários etc.) entendiam
que esta organização
A constituía mais uma ameaça para a democracia
brasileira, ao difundir a ideologia comunista.
B contribuía com a valorização da genuína cultura
nacional, ao encenar peças de cunho popular.
C realizava uma tarefa que deveria ser exclusiva do
Estado, ao pretender educar o povo por meio da cultura.
D prestava um serviço importante à sociedade
brasileira, ao incentivar a participação política dos
mais pobres.
E diminuía a força dos operários urbanos, ao substituir
os sindicatos como instituição de pressão política
sobre o governo.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 13
*AZUL75sab14*

QUESTÃO 44 QUESTÃO 45

As migrações transnacionais, intensificadas e


generalizadas nas últimas décadas do século XX,
expressam aspectos particularmente importantes da
problemática racial, visto como dilema também mundial.
Deslocam-se indivíduos, famílias e coletividades para
lugares próximos e distantes, envolvendo mudanças
mais ou menos drásticas nas condições de vida
e trabalho, em padrões e valores socioculturais.
Deslocam-se para sociedades semelhantes ou
radicalmente distintas, algumas vezes compreendendo
culturas ou mesmo civilizações totalmente diversas.
IANNI, O. A era do globalismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996.

A mobilidade populacional da segunda metade do


século XX teve um papel importante na formação
SILVA, E. S. O. Circuito espacial de produção e comercialização da produção familiar de
tomate no município de São José de Ubá (RJ). In: RIBEIRO, M. A.; MARAFON, G. J. (orgs.). social e econômica de diversos estados nacionais.
A metrópole e o interior fluminense: simetrias e assimetrias geográficas.
Rio de Janeiro: Gramma, 2009 (adaptado). Uma razão para os movimentos migratórios nas
últimas décadas e uma política migratória atual dos
O organograma apresenta os diversos atores que países desenvolvidos são
integram uma cadeia agroindustrial e a intensa relação A a busca de oportunidades de trabalho e o aumento
entre os setores primário, secundário e terciário. Nesse de barreiras contra a imigração.
sentido, a disposição dos atores na cadeia agroindustrial B a necessidade de qualificação profissional e a
demonstra abertura das fronteiras para os imigrantes.
C o desenvolvimento de projetos de pesquisa e o
A a autonomia do setor primário.
acautelamento dos bens dos imigrantes.
B a importância do setor financeiro. D a expansão da fronteira agrícola e a expulsão dos
C o distanciamento entre campo e cidade. imigrantes qualificados.
D a subordinação da indústria à agricultura. E a fuga decorrente de conflitos políticos e o
E a horizontalidade das relações produtivas. fortalecimento de políticas sociais.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 14


Caderno 1 – Azul
Ciências Humanas e suas Ciências da Natureza e suas
Tecnologias Tecnologias
Questões Gabaritos Questões Gabaritos
1 E 46 D
2 D 47 C
3 E 48 E
4 B 49 A
5 C 50 C
6 E 51 D
7 A 52 B
8 E 53 E
9 D 54 C
10 B 55 B
11 D 56 C
12 A 57 A
13 A 58 E
14 C 59 B
15 A 60 A
16 C 61 C
17 E 62 B
18 C 63 E
19 D 64 A
20 B 65 E
21 B 66 C
22 C 67 E
23 A 68 D
24 C 69 E
25 E 70 D
26 D 71 A
27 C 72 A
28 D 73 B
29 C 74 D
30 B 75 B
31 A 76 E
32 E 77 D
33 A 78 B
34 D 79 B
35 A 80 D
36 D 81 D
37 B 82 D
38 B 83 C
39 D 84 A
40 D 85 B
41 E 86 C
42 A 87 B
43 A 88 D
44 B 89 C
45 A 90 A
*AZUL75SAB1*
CIÊNCIAS HUMANAS QUESTÃO 02
E SUAS TECNOLOGIAS Esclarecimento é a saída do homem de sua
Questões de 1 a 45 menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade
é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a
QUESTÃO 01
direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado
dessa menoridade se a causa dela não se encontra na
falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem
de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Tem
coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é
o lema do esclarecimento. A preguiça e a covardia são as
causas pelas quais uma tão grande parte dos homens,
depois que a natureza de há muito os libertou de uma
condição estranha, continuem, no entanto, de bom grado
menores durante toda a vida.

KANT, I. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? Petrópolis: Vozes, 1985 (adaptado).


Charge anônima. BURKE, P. A fabricação do rei. Rio de Janeiro: Zahar, 1994.
Kant destaca no texto o conceito de Esclarecimento,
Na França, o rei Luís XIV teve sua imagem fabricada por
um conjunto de estratégias que visavam sedimentar uma fundamental para a compreensão do contexto filosófico
determinada noção de soberania. Neste sentido, a charge da Modernidade. Esclarecimento, no sentido empregado
apresentada demonstra
por Kant, representa
A a humanidade do rei, pois retrata um homem comum,
sem os adornos próprios à vestimenta real. A a reivindicação de autonomia da capacidade racional
B a unidade entre o público e o privado, pois a figura do como expressão da maioridade.
rei com a vestimenta real representa o público e sem
B o exercício da racionalidade como pressuposto menor
a vestimenta real, o privado.
C o vínculo entre monarquia e povo, pois leva diante das verdades eternas.
ao conhecimento do público a figura de um rei C a imposição de verdades matemáticas, com caráter
despretensioso e distante do poder político.
objetivo, de forma heterônoma.
D o gosto estético refinado do rei, pois evidencia a
elegância dos trajes reais em relação aos de outros D a compreensão de verdades religiosas que libertam o
membros da corte. homem da falta de entendimento.
E a importância da vestimenta para a constituição
E a emancipação da subjetividade humana de ideologias
simbólica do rei, pois o corpo político adornado
esconde os defeitos do corpo pessoal. produzidas pela própria razão.

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*AZUL75SAB2*
QUESTÃO 03 QUESTÃO 04

Texto I
O que vemos no país é uma espécie de espraiamento
e a manifestação da agressividade através da violência.
Isso se desdobra de maneira evidente na criminalidade,
que está presente em todos os redutos — seja nas áreas
abandonadas pelo poder público, seja na política ou no
futebol. O brasileiro não é mais violento do que outros
povos, mas a fragilidade do exercício e do reconhecimento
da cidadania e a ausência do Estado em vários territórios
do país se impõem como um caldo de cultura no qual a
agressividade e a violência fincam suas raízes.
Entrevista com Joel Birman. A Corrupção é um crime sem rosto. IstoÉ. Edição 2099, 3 fev. 2010.

Texto II
Nenhuma sociedade pode sobreviver sem canalizar
as pulsões e emoções do indivíduo, sem um controle
muito específico de seu comportamento. Nenhum controle
desse tipo é possível sem que as pessoas anteponham
limitações umas às outras, e todas as limitações são
convertidas, na pessoa a quem são impostas, em medo
de um ou outro tipo.
ELIAS, N. O Processo Civilizador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.

Considerando-se a dinâmica do processo civilizador, tal Disponível em: http://quadro-a-quadro.blog.br. Acesso em: 27 jan. 2012.

como descrito no Texto II, o argumento do Texto I acerca


Com sua entrada no universo dos gibis, o Capitão
da violência e agressividade na sociedade brasileira
chegaria para apaziguar a agonia, o autoritarismo militar
expressa a
e combater a tirania. Claro que, em tempos de guerra,
A incompatibilidade entre os modos democráticos um gibi de um herói com uma bandeira americana no
de convívio social e a presença de aparatos de peito aplicando um sopapo no Fürer só poderia ganhar
controle policial. destaque, e o sucesso não demoraria muito a chegar.
B manutenção de práticas repressivas herdadas COSTA, C. Capitão América, o primeiro vingador: crítica. Disponível em: www.revistastart.com.br.
Acesso em: 27 jan. 2012 (adaptado).
dos períodos ditatoriais sob a forma de leis e atos
A capa da primeira edição norte-americana da revista
administrativos.
do Capitão América demonstra sua associação com a
C inabilidade das forças militares em conter a violência
participação dos Estados Unidos na luta contra
decorrente das ondas migratórias nas grandes
cidades brasileiras. A a Tríplice Aliança, na Primeira Guerra Mundial.
D dificuldade histórica da sociedade brasileira em
B os regimes totalitários, na Segunda Guerra Mundial.
institucionalizar formas de controle social compatíveis
C o poder soviético, durante a Guerra Fria.
com valores democráticos.
D o movimento comunista, na Guerra do Vietnã.
E incapacidade das instituições político-legislativas em
formular mecanismos de controle social específicos à E o terrorismo internacional, após 11 de setembro
realidade social brasileira. de 2001.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 2
*AZUL75SAB3*
QUESTÃO 05 QUESTÃO 07

Torna-se claro que quem descobriu a África no É verdade que nas democracias o povo parece
Brasil, muito antes dos europeus, foram os próprios fazer o que quer; mas a liberdade política não consiste
africanos trazidos como escravos. E esta descoberta nisso. Deve-se ter sempre presente em mente o que é
não se restringia apenas ao reino linguístico, estendia-se independência e o que é liberdade. A liberdade é o direito
também a outras áreas culturais, inclusive à da religião. de fazer tudo o que as leis permitem; se um cidadão
pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não teria mais
Há razões para pensar que os africanos, quando
liberdade, porque os outros também teriam tal poder.
misturados e transportados ao Brasil, não demoraram
MONTESQUIEU. Do Espírito das Leis. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997 (adaptado).
em perceber a existência entre si de elos culturais
mais profundos. A característica de democracia ressaltada por
Montesquieu diz respeito
SLENES, R. Malungu, ngoma vem! África coberta e descoberta do Brasil.
Revista USP, n. 12, dez./jan./fev. 1991-92 (adaptado).
A ao status de cidadania que o indivíduo adquire ao
Com base no texto, ao favorecer o contato de indivíduos tomar as decisões por si mesmo.
de diferentes partes da África, a experiência da escravidão B ao condicionamento da liberdade dos cidadãos à
no Brasil tornou possível a conformidade às leis.
C à possibilidade de o cidadão participar no poder e,
A formação de uma identidade cultural afro-brasileira.
nesse caso, livre da submissão às leis.
B superação de aspectos culturais africanos por antigas D ao livre-arbítrio do cidadão em relação àquilo que é
tradições europeias. proibido, desde que ciente das consequências.
C reprodução de conflitos entre grupos étnicos africanos. E ao direito do cidadão exercer sua vontade de acordo
D manutenção das características culturais específicas com seus valores pessoais.
de cada etnia. QUESTÃO 08
E resistência à incorporação de elementos culturais
indígenas.

QUESTÃO 06

Nós nos recusamos a acreditar que o banco da


justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há
capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim
nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos
dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a
segurança da justiça.
KING Jr., M. L. Eu tenho um sonho, 28 ago. 1963.
Disponível em: www.palmares.gov.br. Acesso em: 30 nov. 2011 (adaptado).

O cenário vivenciado pela população negra, no sul dos Disponível em: www.gandhiserve.org. Acesso em: 21 nov. 2011.

Estados Unidos nos anos 1950, conduziu à mobilização O cartum, publicado em 1932, ironiza as consequências
social. Nessa época, surgiram reivindicações que tinham sociais das constantes prisões de Mahatma Gandhi pelas
como expoente Martin Luther King e objetivavam autoridades britânicas, na Índia, demonstrando

A a conquista de direitos civis para a população negra. A a ineficiência do sistema judiciário inglês no
território indiano.
B o apoio aos atos violentos patrocinados pelos negros
em espaço urbano. B o apoio da população hindu à prisão de Gandhi.
C o caráter violento das manifestações hindus frente à
C a supremacia das instituições religiosas em meio à
ação inglesa.
comunidade negra sulista.
D a impossibilidade de deter o movimento liderado
D a incorporação dos negros no mercado de trabalho. por Gandhi.
E a aceitação da cultura negra como representante do E a indiferença das autoridades britânicas frente ao
modo de vida americano. apelo popular hindu.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 3


*AZUL75SAB4*
QUESTÃO 09 QUESTÃO 10

Na regulação de matérias culturalmente delicadas, Mas uma coisa ouso afirmar, porque há muitos
como, por exemplo, a linguagem oficial, os currículos testemunhos, e é que vi nesta terra de Veragua [Panamá]
da educação pública, o status das Igrejas e das maiores indícios de ouro nos dois primeiros dias do que
comunidades religiosas, as normas do direito penal na Hispaniola em quatro anos, e que as terras da região
(por exemplo, quanto ao aborto), mas também em não podem ser mais bonitas nem mais bem lavradas. Ali,
assuntos menos chamativos, como, por exemplo, a se quiserem podem mandar extrair à vontade.

posição da família e dos consórcios semelhantes ao Carta de Colombo aos reis da Espanha, julho de 1503. Apud AMADO, J.; FIGUEIREDO, L. C.
Colombo e a América: quinhentos anos depois. São Paulo: Atual, 1991 (adaptado).
matrimônio, a aceitação de normas de segurança ou a
delimitação das esferas pública e privada — em tudo O documento permite identificar um interesse econômico
espanhol na colonização da América a partir do século XV.
isso reflete-se amiúde apenas o autoentendimento
A implicação desse interesse na ocupação do espaço
ético-político de uma cultura majoritária, dominante
americano está indicada na
por motivos históricos. Por causa de tais regras,
implicitamente repressivas, mesmo dentro de uma A expulsão dos indígenas para fortalecer o clero católico.
comunidade republicana que garanta formalmente B promoção das guerras justas para conquistar o território.
a igualdade de direitos para todos, pode eclodir um C imposição da catequese para explorar o trabalho africano.
conflito cultural movido pelas minorias desprezadas
D opção pela policultura para garantir o povoamento ibérico.
contra a cultura da maioria.
E fundação de cidades para controlar a circulação
HABERMAS, J. A inclusão do outro: estudos de teoria política. São Paulo: Loyola, 2002.
de riquezas.
A reivindicação dos direitos culturais das minorias, QUESTÃO 11
como exposto por Habermas, encontra amparo nas
democracias contemporâneas, na medida em que Que é ilegal a faculdade que se atribui à autoridade
se alcança real para suspender as leis ou seu cumprimento.

A a secessão, pela qual a minoria discriminada Que é ilegal toda cobrança de impostos para a
Coroa sem o concurso do Parlamento, sob pretexto
obteria a igualdade de direitos na condição
de prerrogativa, ou em época e modo diferentes dos
da sua concentração espacial, num tipo de
designados por ele próprio.
independência nacional.
B a reunificação da sociedade que se encontra Que é indispensável convocar com frequência os
fragmentada em grupos de diferentes comunidades Parlamentos para satisfazer os agravos, assim como para
étnicas, confissões religiosas e formas de vida, em corrigir, afirmar e conservar leis.
torno da coesão de uma cultura política nacional. Declaração de Direitos. Disponível em: http://disciplinas.stoa.usp.br.
Acesso em: 20 dez. 2011 (adaptado).
C a coexistência das diferenças, considerando a
No documento de 1689, identifica-se uma particularidade
possibilidade de os discursos de autoentendimento
da Inglaterra diante dos demais Estados europeus na
se submeterem ao debate público, cientes de que
Época Moderna. A peculiaridade inglesa e o regime
estarão vinculados à coerção do melhor argumento.
político que predominavam na Europa continental estão
D a autonomia dos indivíduos que, ao chegarem à indicados, respectivamente, em:
vida adulta, tenham condições de se libertar das
tradições de suas origens em nome da harmonia da A Redução da influência do papa – Teocracia.

política nacional. B Limitação do poder do soberano – Absolutismo.

E o desaparecimento de quaisquer limitações, tais C Ampliação da dominação da nobreza – República.


como linguagem política ou distintas convenções D Expansão da força do presidente – Parlamentarismo.
de comportamento, para compor a arena política a E Restrição da competência do congresso –
ser compartilhada. Presidencialismo.

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*AZUL75SAB5*
QUESTÃO 12 A criação no Brasil do Serviço do Patrimônio Histórico
Artístico Nacional (SPHAN), em 1937, foi orientada por
ideias como as descritas no texto, que visavam

A submeter a memória e o patrimônio nacional ao


controle dos órgãos públicos, de acordo com a
tendência autoritária do Estado Novo.
B transferir para a iniciativa privada a responsabilidade
de preservação do patrimônio nacional, por meio de
leis de incentivo fiscal.
C definir os fatos e personagens históricos a serem
cultuados pela sociedade brasileira, de acordo com o
interesse público.
D resguardar da destruição as obras representativas
da cultura nacional, por meio de políticas públicas
preservacionistas.
E determinar as responsabilidades pela destruição
do patrimônio nacional, de acordo com a
legislação brasileira.
Cartaz da Revolução Constitucionalista.
Disponível em: http://veja.abril.com.br. Acesso em: 29 jun. 2012.
QUESTÃO 14
Elaborado pelos partidários da Revolução
Constitucionalista de 1932, o cartaz apresentado
A soma do tempo gasto por todos os navios de
pretendia mobilizar a população paulista contra o
governo federal. carga na espera para atracar no porto de Santos é
igual a 11 anos — isso, contando somente o intervalo
Essa mobilização utilizou-se de uma referência histórica,
associando o processo revolucionário de janeiro a outubro de 2011. O problema não foi
registrado somente neste ano. Desde 2006 a perda de
A à experiência francesa, expressa no chamado à luta
contra a ditadura. tempo supera uma década.
B aos ideais republicanos, indicados no destaque à Folha de S. Paulo, 25 dez. 2011 (adaptado).

bandeira paulista.
A situação descrita gera consequências em cadeia, tanto
C ao protagonismo das Forças Armadas, representadas
pelo militar que empunha a bandeira. para a produção quanto para o transporte. No que se refere
D ao bandeirantismo, símbolo paulista apresentado em à territorialização da produção no Brasil contemporâneo,
primeiro plano.
uma dessas consequências é a
E ao papel figurativo de Vargas na política, enfatizado
pela pequenez de sua figura no cartaz. A realocação das exportações para o modal aéreo em
QUESTÃO 13 função da rapidez.
O que o projeto governamental tem em vista é B dispersão dos serviços financeiros em função da
poupar à Nação o prejuízo irreparável do perecimento e busca de novos pontos de importação.
da evasão do que há de mais precioso no seu patrimônio.
Grande parte das obras de arte até mais valiosas e dos C redução da exportação de gêneros agrícolas em
bens de maior interesse histórico, de que a coletividade função da dificuldade para o escoamento.
brasileira era depositária, têm desaparecido ou se
arruinado irremediavelmente. As obras de arte típicas e D priorização do comércio com países vizinhos em
as relíquias da história de cada país não constituem o seu função da existência de fronteiras terrestres.
patrimônio privado, e sim um patrimônio comum de todos
os povos. E estagnação da indústria de alta tecnologia em função
ANDRADE, R. M. F. Defesa do patrimônio artístico e histórico. O Jornal, 30 out. 1936.
In: ALVES FILHO, I. Brasil, 500 anos em documentos. da concentração de investimentos na infraestrutura
Rio de Janeiro: Mauad, 1999 (adaptado).
de circulação.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 5


*AZUL75SAB6*
QUESTÃO 15 QUESTÃO 17

Diante dessas inconsistências e de outras que Após o retorno de uma viagem a Minas Gerais,
ainda preocupam a opinião pública, nós, jornalistas, onde Pedro I fora recebido com grande frieza, seus
estamos encaminhando este documento ao Sindicato partidários prepararam uma série de manifestações a
dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, favor do imperador no Rio de Janeiro, armando fogueiras
e luminárias na cidade. Contudo, na noite de 11 de março,
para que o entregue à Justiça; e da Justiça esperamos
tiveram início os conflitos que ficaram conhecidos como
a realização de novas diligências capazes de levar
a Noite das Garrafadas, durante os quais os “brasileiros” 
à completa elucidação desses fatos e de outros que apagavam as fogueiras “portuguesas” e atacavam as
porventura vierem a ser levantados. casas iluminadas, sendo respondidos com cacos de
Em nome da verdade. In: O Estado de São Paulo, 3 fev. 1976. Apud. FILHO, I. A. garrafas jogadas das janelas.
Brasil, 500 anos em documentos. Rio de Janeiro: Mauad, 1999.
VAINFAS, R. (Org.). Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008 (adaptado).
A morte do jornalista Vladimir Herzog, ocorrida durante o
Os anos finais do I Reinado (1822-1831) se caracterizaram
regime militar, em 1975, levou a medidas como o abaixo- pelo aumento da tensão política. Nesse sentido, a análise
assinado feito por profissionais da imprensa de São dos episódios descritos em Minas Gerais e no Rio de
Paulo. A análise dessa medida tomada indica a Janeiro revela

A certeza do cumprimento das leis. A estímulos ao racismo.


B apoio ao xenofobismo.
B superação do governo de exceção.
C críticas ao federalismo.
C violência dos terroristas de esquerda.
D repúdio ao republicanismo.
D punição dos torturadores da polícia. E questionamentos ao autoritarismo.
E expectativa da investigação dos culpados.
QUESTÃO 18
QUESTÃO 16
Portadora de memória, a paisagem ajuda a construir
os sentimentos de pertencimento; ela cria uma atmosfera
que convém aos momentos fortes da vida, às festas, às
comemorações.
CLAVAL, P. Terra dos homens: a geografia. São Paulo: Contexto, 2010 (adaptado).

No texto, é apresentada uma forma de integração da


paisagem geográfica com a vida social. Nesse sentido, a
paisagem, além de existir como forma concreta, apresenta
uma dimensão

A política de apropriação efetiva do espaço.


B econômica de uso de recursos do espaço.
C privada de limitação sobre a utilização do espaço.
D natural de composição por elementos físicos do espaço.
E simbólica de relação subjetiva do indivíduo com o
espaço.

Disponível em: www.metmuseum.org. Acesso em: 14 set. 2011.

A figura apresentada é de um mosaico, produzido por


volta do ano 300 d.C., encontrado na cidade de Lod, atual
Estado de Israel. Nela, encontram-se elementos que
representam uma característica política dos romanos no
período, indicada em:
A Cruzadismo – conquista da terra santa.
B Patriotismo – exaltação da cultura local.
C Helenismo – apropriação da estética grega.
D Imperialismo – selvageria dos povos dominados.
E Expansionismo – diversidade dos territórios conquistados.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 6


*AZUL75SAB7*
QUESTÃO 19 QUESTÃO 21

Texto I
A Europa entrou em estado de exceção, personificado
por obscuras forças econômicas sem rosto ou localização
física conhecida que não prestam contas a ninguém e se
espalham pelo globo por meio de milhões de transações
diárias no ciberespaço.
ROSSI, C. Nem fim do mundo nem mundo novo. Folha de São Paulo, 11 dez. 2011 (adaptado).

Texto II
Estamos imersos numa crise financeira como nunca
tínhamos visto desde a Grande Depressão iniciada em
1929 nos Estados Unidos.
Entrevista de George Soros. Disponível em: www.nybooks.com.
Acesso em: 17 ago. 2011 (adaptado).

A comparação entre os significados da atual crise


Disponível em: http://primeira-serie.blogspot.com.br. Acesso em: 07 dez. 2011 (adaptado).
econômica e do crash de 1929 oculta a principal diferença
entre essas duas crises, pois
Na imagem do início do século XX, identifica-se um modelo
produtivo cuja forma de organização fabril baseava-se na A o crash da Bolsa em 1929 adveio do envolvimento
A autonomia do produtor direto. dos EUA na I Guerra Mundial e a atual crise é o
B adoção da divisão sexual do trabalho. resultado dos gastos militares desse país nas guerras
C exploração do trabalho repetitivo. do Afeganistão e Iraque.
D utilização de empregados qualificados. B a crise de 1929 ocorreu devido a um quadro de
E incentivo à criatividade dos funcionários. superprodução industrial nos EUA e a atual crise
resultou da especulação financeira e da expansão
QUESTÃO 20 desmedida do crédito bancário.
A singularidade da questão da terra na África C a crise de 1929 foi o resultado da concorrência dos
Colonial é a expropriação por parte do colonizador e países europeus reconstruídos após a I Guerra e a
as desigualdades raciais no acesso à terra. Após a atual crise se associa à emergência dos BRICS como
independência, as populações de colonos brancos novos concorrentes econômicos.
tenderam a diminuir, apesar de a proporção de
terra em posse da minoria branca não ter diminuído D o crash da Bolsa em 1929 resultou do excesso de
proporcionalmente. proteções ao setor produtivo estadunidense e a atual
MOYO, S. A terra africana e as questões agrárias: o caso das lutas pela terra no Zimbábue. crise tem origem na internacionalização das empresas
In: FERNANDES, B. M.; MARQUES, M. I. M.; SUZUKI, J. C. (Org.). Geografia agrária:
teoria e poder. São Paulo: Expressão Popular, 2007.
e no avanço da política de livre mercado.
E a crise de 1929 decorreu da política intervencionista
Com base no texto, uma característica socioespacial e um
consequente desdobramento que marcou o processo de norte-americana sobre o sistema de comércio mundial
ocupação do espaço rural na África subsaariana foram: e a atual crise resultou do excesso de regulação do
governo desse país sobre o sistema monetário.
A Exploração do campesinato pela elite proprietária –
Domínio das instituições fundiárias pelo poder público.
B Adoção de práticas discriminatórias de acesso à
terra – Controle do uso especulativo da propriedade
fundiária.
C Desorganização da economia rural de subsistência
– Crescimento do consumo interno de alimentos
pelas famílias camponesas.
D Crescimento dos assentamentos rurais com mão de
obra familiar – Avanço crescente das áreas rurais
sobre as regiões urbanas.
E Concentração das áreas cultiváveis no setor
agroexportador – Aumento da ocupação da população
pobre em territórios agrícolas marginais.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 7


*AZUL75SAB8*
QUESTÃO 22 QUESTÃO 23

Nossa cultura lipofóbica muito contribui para a


distorção da imagem corporal, gerando gordos que se
veem magros e magros que se veem gordos, numa
quase unanimidade de que todos se sentem ou se
veem “distorcidos”.

Engordamos quando somos gulosos. É pecado da


gula que controla a relação do homem com a balança.
Todo obeso declarou, um dia, guerra à balança. Para
emagrecer é preciso fazer as pazes com a dita cuja,
visando adequar-se às necessidades para as quais
ela aponta.
FREIRE, D. S. Obesidade não pode ser pré-requisito. Disponível em: http//gnt.globo.com.
Acesso em: 3 abr. 2012 (adaptado).

O texto apresenta um discurso de disciplinarização dos


corpos, que tem como consequência

A a ampliação dos tratamentos médicos alternativos,


reduzindo os gastos com remédios.
B a democratização do padrão de beleza, tornando-o
acessível pelo esforço individual.
C o controle do consumo, impulsionando uma crise
econômica na indústria de alimentos.
D a culpabilização individual, associando obesidade à
fraqueza de caráter.
Texto do Cartaz: “Amor e não guerra”
E o aumento da longevidade, resultando no crescimento
Foto de Jovens em protesto contra a Guerra do Vietnã. Disponível em: populacional.
http://goldenyears66to69.blogspot.com. Acesso em: 10 out. 2011.

Nos anos que se seguiram à Segunda Guerra, movimentos


como o Maio de 1968 ou a campanha contra a Guerra
do Vietnã culminaram no estabelecimento de diferentes
formas de participação política. Seus slogans, tais como
“Quando penso em revolução quero fazer amor”, se
tornaram símbolos da agitação cultural nos anos 1960,
cuja inovação relacionava-se

A à contestação da crise econômica europeia, que fora


provocada pela manutenção das guerras coloniais.
B à organização partidária da juventude comunista,
visando o estabelecimento da ditadura do proletariado.
C à unificação das noções de libertação social e
libertação individual, fornecendo um significado
político ao uso do corpo.
D à defesa do amor cristão e monogâmico, com fins à
reprodução, que era tomado como solução para os
conflitos sociais.
E ao reconhecimento da cultura das gerações passadas,
que conviveram com a emergência do rock e outras
mudanças nos costumes.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 8


*AZUL75SAB9*
QUESTÃO 24 QUESTÃO 25

Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides


Composição da população residente urbana por sexo,
segundo os grupos de idade - Brasil - 1991/2010 era que o objeto de conhecimento é um objeto de razão e
100
não de sensação, e era preciso estabelecer uma relação
95 Homens Mulheres
90
85
entre objeto racional e objeto sensível ou material que
80
75
70
privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta,
65
60
55
mas irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formava-se
50
45
40
em sua mente.
45
30 ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia.
25
20
15
São Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado).
10
5
0
8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0
%
O texto faz referência à relação entre razão e sensação,
um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão
1991 2010
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1991/2010 (427 a.C.-346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão
se situa diante dessa relação?
Composição da população residente rural por sexo,
segundo os grupos de idade - Brasil - 1991/2010 A Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas.
100
95
Homens Mulheres B Privilegiando os sentidos e subordinando o
90
85
80 conhecimento a eles.
75
70
65
60
C Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e
55
50
45
sensação são inseparáveis.
40
45
30 D Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento,
25
20
15 mas a sensação não.
10
5
0
8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0
% E Rejeitando a posição de Parmênides de que a
sensação é superior à razão.
1991 2010

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1991/2010

BRASIL. IBGE. Censo demográfico 1991-2010. Rio de Janeiro, 2011.

A interpretação e a correlação das figuras sobre a


dinâmica demográfica brasileira demonstram um(a)

A menor proporção de fecundidade na área urbana.


B menor proporção de homens na área rural.
C aumento da proporção de fecundidade na área rural.
D queda da longevidade na área rural.
E queda do número de idosos na área urbana.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 9


*AZUL75SAB10*
QUESTÃO 26 QUESTÃO 27

A maior parte dos veículos de transporte atualmente As mulheres quebradeiras de coco-babaçu dos
é movida por motores a combustão que utilizam derivados Estados do Maranhão, Piauí, Pará e Tocantins, na
de petróleo. Por causa disso, esse setor é o maior sua grande maioria, vivem numa situação de exclusão
consumidor de petróleo do mundo, com altas taxas de e subalternidade. O termo quebradeira de coco
crescimento ao longo do tempo. Enquanto outros setores assume o caráter de identidade coletiva na medida
têm obtido bons resultados na redução do consumo, os em que as mulheres que sobrevivem dessa atividade
transportes tendem a concentrar ainda mais o uso de e reconhecem sua posição e condição desvalorizada
derivados do óleo. pela lógica da dominação, se organizam em
MURTA, A. Energia: o vício da civilização. Rio de Janeiro: Garamond, 2011 (adaptado).
movimentos de resistência e de luta pela conquista da
Um impacto ambiental da tecnologia mais empregada terra, pela libertação dos babaçuais, pela autonomia
pelo setor de transportes e uma medida para do processo produtivo. Passam a atribuir significados
promover a redução do seu uso, estão indicados, ao seu trabalho e as suas experiências, tendo como
respectivamente, em: principal referência sua condição preexistente de
acesso e uso dos recursos naturais.
A Aumento da poluição sonora – construção de barreiras
ROCHA, M. R. T. A luta das mulheres quebradeiras de coco-babaçu, pela libertação do
acústicas. coco preso e pela posse da terra. In: Anais do VII Congresso Latino-Americano
de Sociologia Rural, Quito, 2006 (adaptado).

B Incidência da chuva ácida – estatização da indústria A organização do movimento das quebradeiras de coco
automobilística. de babaçu é resultante da

C Derretimento das calotas polares – incentivo aos A constante violência nos babaçuais na confluência
transportes de massa. de terras maranhenses, piauienses, paraenses e
tocantinenses, região com elevado índice de homicídios.
D Propagação de doenças respiratórias – distribuição
de medicamentos gratuitos. B falta de identidade coletiva das trabalhadoras,

E Elevação das temperaturas médias – criminalização migrantes das cidades e com pouco vínculo histórico

da emissão de gás carbônico. com as áreas rurais do interior do Tocantins, Pará,


Maranhão e Piauí.

C escassez de água nas regiões de veredas, ambientes


naturais dos babaçus, causada pela construção
de açudes particulares, impedindo o amplo acesso
público aos recursos hídricos.

D progressiva devastação das matas dos cocais, em


função do avanço da sojicultura nos chapadões do
Meio-Norte brasileiro.

E dificuldade imposta pelos fazendeiros e posseiros


no acesso aos babaçuais localizados no interior de
suas propriedades.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 10


*AZUL75SAB11*
QUESTÃO 28 QUESTÃO 30
Texto I Texto I
Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento Experimentei algumas vezes que os sentidos eram
originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente
que outras coisas provêm de sua descendência. em quem já nos enganou uma vez.
Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

passo que os ventos são ar condensado. As nuvens


Texto II
formam-se a partir do ar por feltragem e, ainda mais
condensadas, transformam-se em água. A água, Sempre que alimentarmos alguma suspeita de
que uma ideia esteja sendo empregada sem nenhum
quando mais condensada, transforma-se em terra, e
significado, precisaremos apenas indagar: de que
quando condensada ao máximo possível, transforma-
impressão deriva esta suposta ideia? E se for impossível
se em pedras.
atribuir-lhe qualquer impressão sensorial, isso servirá
BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado).
para confirmar nossa suspeita.
Texto II HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento. São Paulo: Unesp, 2004 (adaptado).

Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: Nos textos, ambos os autores se posicionam sobre a
“Deus, como criador de todas as coisas, está no natureza do conhecimento humano. A comparação dos
princípio do mundo e dos tempos. Quão parcas excertos permite assumir que Descartes e Hume
de conteúdo se nos apresentam, em face desta
concepção, as especulações contraditórias dos A defendem os sentidos como critério originário para
filósofos, para os quais o mundo se origina, ou de considerar um conhecimento legítimo.
algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios, B entendem que é desnecessário suspeitar do significado
ou dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade, de uma ideia na reflexão filosófica e crítica.
dão a impressão de quererem ancorar o mundo numa C são legítimos representantes do criticismo quanto à
teia de aranha.” gênese do conhecimento.
GILSON, E.; BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã.
São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado). D concordam que conhecimento humano é impossível
em relação às ideias e aos sentidos.
Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram
teses para explicar a origem do universo, a partir de uma E atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos no
explicação racional. As teses de Anaxímenes, filósofo processo de obtenção do conhecimento.
grego antigo, e de Basílio, filósofo medieval, têm em
QUESTÃO 31
comum na sua fundamentação teorias que
A eram baseadas nas ciências da natureza. Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de
B refutavam as teorias de filósofos da religião. que o que acontece no mundo é decidido por Deus e
pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias,
C tinham origem nos mitos das civilizações antigas. devido às grandes transformações ocorridas, e que
D postulavam um princípio originário para o mundo. ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura
E defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas. humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o
nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte
QUESTÃO 29 decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos
De repente, sente-se uma vibração que aumenta permite o controle sobre a outra metade.
rapidamente; lustres balançam, objetos se movem MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado).
sozinhos e somos invadidos pela estranha sensação de
Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do
medo do imprevisto. Segundos parecem horas, poucos
minutos são uma eternidade. Estamos sentindo os efeitos poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra
de um terremoto, um tipo de abalo sísmico. o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo
renascentista ao
ASSAD, L. Os (não tão) imperceptíveis movimentos da Terra. ComCiência:
Revista Eletrônica de Jornalismo Científico, n. 117, abr. 2010.
Disponível em: http://comciencia.br. Acesso em: 2 mar. 2012. A valorizar a interferência divina nos acontecimentos
definidores do seu tempo.
O fenômeno físico descrito no texto afeta intensamente as
populações que ocupam espaços próximos às áreas de B rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos.
C afirmar a confiança na razão autônoma como
A alívio da tensão geológica. fundamento da ação humana.
B desgaste da erosão superficial. D romper com a tradição que valorizava o passado
C atuação do intemperismo químico. como fonte de aprendizagem.
D formação de aquíferos profundos. E redefinir a ação política com base na unidade entre
E acúmulo de depósitos sedimentares. fé e razão.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 11
*AZUL75SAB12*
QUESTÃO 32 O primeiro eixo geográfico de ocupação das terras
amazônicas demonstra um padrão relacionado à
A interface clima/sociedade pode ser considerada em criação de
termos de ajustamento à extensão e aos modos como as
sociedades funcionam em uma relação harmônica com A núcleos urbanos em áreas litorâneas.
seu clima. O homem e suas sociedades são vulneráveis B centros agrícolas modernos no interior.
às variações climáticas. A vulnerabilidade é a medida C vias férreas entre espaços de mineração.
pela qual uma sociedade é suscetível de sofrer por D faixas de povoamento ao longo das estradas.
causas climáticas. E povoados interligados próximos a grandes rios.
AYOADE, J. O. Introdução a climatologia para os trópicos.
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010 (adaptado). QUESTÃO 35
Considerando o tipo de relação entre ser humano e A experiência que tenho de lidar com aldeias de
condição climática apresentado no texto, uma sociedade diversas nações me tem feito ver, que nunca índio fez
torna-se mais vulnerável quando grande confiança de branco e, se isto sucede com os que
estão já civilizados, como não sucederá o mesmo com
A concentra suas atividades no setor primário. esses que estão ainda brutos.
B apresenta estoques elevados de alimentos. NORONHA, M. Carta a J. Caldeira Brant. 2 jan.1751. Apud CHAIM, M. M.
Aldeamentos indígenas (Goiás: 1749-1811). São Paulo:
C possui um sistema de transportes articulado. Nobel, Brasília: INL, 1983 (adaptado).

D diversifica a matriz de geração de energia. Em 1749, ao separar-se de São Paulo, a capitania de


Goiás foi governada por D. Marcos de Noronha, que
E introduz tecnologias à produção agrícola.
atendeu às diretrizes da política indigenista pombalina
QUESTÃO 33 que incentivava a criação de aldeamentos em função

Uma mesma empresa pode ter sua sede A das constantes rebeliões indígenas contra os brancos
colonizadores, que ameaçavam a produção de ouro
administrativa onde os impostos são menores, as
nas regiões mineradoras.
unidades de produção onde os salários são os mais
B da propagação de doenças originadas do contato
baixos, os capitais onde os juros são os mais altos
com os colonizadores, que dizimaram boa parte da
e seus executivos vivendo onde a qualidade de vida população indígena.
é mais elevada.
C do empenho das ordens religiosas em proteger
SEVCENKO, N. A corrida para o século XXI: no loop da montanha russa. o indígena da exploração, o que garantiu a sua
São Paulo: Companhia das Letras, 2001 (adaptado).
supremacia na administração colonial.
No texto estão apresentadas estratégias empresariais D da política racista da Coroa Portuguesa, contrária à
no contexto da globalização. Uma consequência social miscigenação, que organizava a sociedade em uma
derivada dessas estratégias tem sido hierarquia dominada pelos brancos.
E da necessidade de controle dos brancos sobre a
A o crescimento da carga tributária. população indígena, objetivando sua adaptação às
B o aumento da mobilidade ocupacional. exigências do trabalho regular.
C a redução da competitividade entre as empresas. QUESTÃO 36
D o direcionamento das vendas para os mercados A partir dos anos 70, impõe-se um movimento
regionais. de desconcentração da produção industrial, uma das
E a ampliação do poder de planejamento dos manifestações do desdobramento da divisão territorial
Estados nacionais. do trabalho no Brasil. A produção industrial torna-se
mais complexa, estendendo-se, sobretudo, para novas
QUESTÃO 34 áreas do Sul e para alguns pontos do Centro-Oeste, do
Nordeste e do Norte.
A moderna “conquista da Amazônia” inverteu o eixo SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI.
Rio de Janeiro: Record, 2002 (fragmento).
geográfico da colonização da região. Desde a época
colonial até meados do século XIX, as correntes principais Um fator geográfico que contribui para o tipo de alteração
de população movimentaram-se no sentido Leste-Oeste, da configuração territorial descrito no texto é:
estabelecendo uma ocupação linear articulada. Nas A Obsolescência dos portos.
últimas décadas, os fluxos migratórios passaram a se
B Estatização de empresas.
verificar no sentido Sul-Norte, conectando o Centro-Sul
C Eliminação de incentivos fiscais.
à Amazônia.
D Ampliação de políticas protecionistas.
OLIC, N. B. Ocupação da Amazônia, uma epopeia inacabada.
Jornal Mundo, ano 16, n. 4, ago. 2008 (adaptado). E Desenvolvimento dos meios de comunicação.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 12


*AZUL75SAB13*
QUESTÃO 37 QUESTÃO 39

As plataformas ou crátons correspondem aos Texto I


terrenos mais antigos e arrasados por muitas fases Ao se emanciparem da tutela senhorial, muitos
de erosão. Apresentam uma grande complexidade camponeses foram desligados legalmente da antiga
litológica, prevalecendo as rochas metamórficas muito terra. Deveriam pagar, para adquirir propriedade ou
antigas (Pré-Cambriano Médio e Inferior). Também
arrendamento. Por não possuírem recursos, engrossaram
ocorrem rochas intrusivas antigas e resíduos de rochas
a camada cada vez maior de jornaleiros e trabalhadores
sedimentares. São três as áreas de plataforma de
volantes, outros, mesmo tendo propriedade sobre um
crátons no Brasil: a das Guianas, a Sul-Amazônica e a
pequeno lote, suplementavam sua existência com o
do São Francisco.
assalariamento esporádico.
ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1998.
MACHADO, P. P. Política e colonização no Império. Porto Alegre: EdUFRGS, 1999 (adaptado).

As regiões cratônicas das Guianas e a Sul-Amazônica


Texto II
têm como arcabouço geológico vastas extensões de
escudos cristalinos, ricos em minérios, que atraíram Com a globalização da economia ampliou-se a
a ação de empresas nacionais e estrangeiras do hegemonia do modelo de desenvolvimento agropecuário,
setor de mineração e destacam-se pela sua história com seus padrões tecnológicos, caracterizando o
geológica por agronegócio. Essa nova face da agricultura capitalista
também mudou a forma de controle e exploração da terra.
A apresentarem áreas de intrusões graníticas, ricas em
Ampliou-se, assim, a ocupação de áreas agricultáveis e
jazidas minerais (ferro, manganês).
as fronteiras agrícolas se estenderam.
B corresponderem ao principal evento geológico do SADER, E.; JINKINGS, I. Enciclopédia Contemporânea da América Latina e do Caribe.
São Paulo: Boitempo, 2006 (adaptado).
Cenozoico no território brasileiro.
C apresentarem áreas arrasadas pela erosão, que Os textos demonstram que, tanto na Europa do século XIX
originaram a maior planície do país. quanto no contexto latino-americano do século XXI, as
D possuírem em sua extensão terrenos cristalinos ricos alterações tecnológicas vivenciadas no campo interferem
em reservas de petróleo e gás natural. na vida das populações locais, pois
E serem esculpidas pela ação do intemperismo físico, A induzem os jovens ao estudo nas grandes cidades,
decorrente da variação de temperatura. causando o êxodo rural, uma vez que formados, não
retornam à sua região de origem.
QUESTÃO 38
B impulsionam as populações locais a buscar linhas
A irrigação da agricultura é responsável pelo de financiamento estatal com o objetivo de ampliar a
consumo de mais de 2/3 de toda a água retirada dos rios,
agricultura familiar, garantindo sua fixação no campo.
lagos e lençóis freáticos do mundo. Mesmo no Brasil,
onde achamos que temos muita água, os agricultores C ampliam o protagonismo do Estado, possibilitando
que tentam produzir alimentos também enfrentam secas a grupos econômicos ruralistas produzir e impor
periódicas e uma competição crescente por água. políticas agrícolas, ampliando o controle que tinham
MARAFON, G. J. et al. O desencanto da terra: produção de alimentos, ambiente e sociedade. dos mercados.
Rio de Janeiro: Garamond, 2011.

D aumentam a produção e a produtividade de


No Brasil, as técnicas de irrigação utilizadas na agricultura
determinadas culturas em função da intensificação
produziram impactos socioambientais como
da mecanização, do uso de agrotóxicos e cultivo de
A redução do custo de produção. plantas transgênicas.
B agravamento da poluição hídrica.
E desorganizam o modo tradicional de vida impelindo-
C compactação do material do solo. as à busca por melhores condições no espaço
D aceleração da fertilização natural. urbano ou em outros países em situações muitas
E redirecionamento dos cursos fluviais. vezes precárias.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 13


*AZUL75SAB14*
QUESTÃO 40 QUESTÃO 42

Em um engenho sois imitadores de Cristo crucificado O uso da água aumenta de acordo com as
porque padeceis em um modo muito semelhante o que necessidades da população no mundo. Porém,
o mesmo Senhor padeceu na sua cruz e em toda a diferentemente do que se possa imaginar, o aumento do
consumo de água superou em duas vezes o crescimento
sua paixão. A sua cruz foi composta de dois madeiros,
populacional durante o século XX.
e a vossa em um engenho é de três. Também ali não
TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a Terra. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 2009.
faltaram as canas, porque duas vezes entraram na
Paixão: uma vez servindo para o cetro de escárnio, Uma estratégia socioespacial que pode contribuir para
e outra vez para a esponja em que lhe deram o fel. A alterar a lógica de uso da água apresentada no texto é a
Paixão de Cristo parte foi de noite sem dormir, parte foi A ampliação de sistemas de reutilização hídrica.
de dia sem descansar, e tais são as vossas noites e os B expansão da irrigação por aspersão das lavouras.
vossos dias. Cristo despido, e vós despidos; Cristo sem
C intensificação do controle do desmatamento de
comer, e vós famintos; Cristo em tudo maltratado, e vós florestas.
maltratados em tudo. Os ferros, as prisões, os açoites, as D adoção de técnicas tradicionais de produção.
chagas, os nomes afrontosos, de tudo isto se compõe a
E criação de incentivos fiscais para o cultivo de
vossa imitação, que, se for acompanhada de paciência, produtos orgânicos.
também terá merecimento de martírio.
VIEIRA, A. Sermões. Tomo XI. Porto: Lello & Irmão, 1951 (adaptado).

O trecho do sermão do Padre Antônio Vieira estabelece


uma relação entre a Paixão de Cristo e

A a atividade dos comerciantes de açúcar nos portos


brasileiros.
B a função dos mestres de açúcar durante a safra de cana.
C o sofrimento dos jesuítas na conversão dos ameríndios.
D o papel dos senhores na administração dos engenhos.
E o trabalho dos escravos na produção de açúcar.

QUESTÃO 41

Fugindo à luta de classes, a nossa organização


sindical tem sido um instrumento de harmonia e de
cooperação entre o capital e o trabalho. Não se limitou
a um sindicalismo puramente “operário”, que conduziria
certamente a luta contra o “patrão”, como aconteceu com
outros povos.
FALCÃO, W. Cartas sindicais. In: Boletim do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
Rio de Janeiro, 10 (85), set. 1941 (adaptado).

Nesse documento oficial, à época do Estado Novo (1937-


1945), é apresentada uma concepção de organização
sindical que

A elimina os conflitos no ambiente das fábricas.


B limita os direitos associativos do segmento patronal.
C orienta a busca do consenso entre trabalhadores
e patrões.
D proíbe o registro de estrangeiros nas entidades
profissionais do país.
E desobriga o Estado quanto aos direitos e deveres da
classe trabalhadora.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 14
*AZUL75SAB15*
QUESTÃO 43 QUESTÃO 45

Minha vida é andar


Por esse país
Pra ver se um dia
Descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei
GONZAGA, L.; CORDOVIL. H. A vida de viajante, 1953. Disponível em: www.recife.pe.gov.br.
Acesso em: 20 fev. 2012 (fragmento).

A letra dessa canção reflete elementos identitários que


representam a

A valorização das características naturais do Sertão


nordestino.
B denúncia da precariedade social provocada pela seca.
C experiência de deslocamento vivenciada pelo migrante.
D profunda desigualdade social entre as regiões
brasileiras. Disponível em: http://nutriteengv.blogspot.com.br. Acesso em: 28 dez. 2011.

E discriminação dos nordestinos nos grandes Na charge faz-se referência a uma modificação produtiva
centros urbanos. ocorrida na agricultura. Uma contradição presente no
espaço rural brasileiro derivada dessa modificação
QUESTÃO 44 produtiva está presente em:

Próximo da Igreja dedicada a São Gonçalo nos A Expansão das terras agricultáveis, com manutenção
de desigualdades sociais.
deparamos com uma impressionante multidão que
dançava ao som de suas violas. Tão logo viram o Vice- B Modernização técnica do território, com redução do
nível de emprego formal.
Rei, cercaram-no e o obrigaram a dançar e pular, exercício
violento e pouco apropriado tanto para sua idade quanto C Valorização de atividades de subsistência, com
posição. Tivemos nós mesmos que entrar na dança, redução da produtividade da terra.
por bem ou por mal, e não deixou de ser interessante D Desenvolvimento de núcleos policultores, com
ver numa igreja padres, mulheres, frades, cavalheiros e ampliação da concentração fundiária.
escravos a dançar e pular misturados, e a gritar a plenos E Melhora da qualidade dos produtos, com retração na
pulmões “Viva São Gonçalo do Amarante”. exportação de produtos primários.
Barbinais, Le Gentil. Noveau Voyage autour du monde. Apud: TINHORÃO, J. R.
As festas no Brasil Colonial. São Paulo: Ed. 34, 2000 (adaptado).

O viajante francês, ao descrever suas impressões sobre


uma festa ocorrida em Salvador, em 1717, demonstra
dificuldade em entendê-la, porque, como outras
manifestações religiosas do período colonial, ela
A seguia os preceitos advindos da hierarquia
católica romana.
B demarcava a submissão do povo à autoridade
constituída.
C definia o pertencimento dos padres às camadas
populares.
D afirmava um sentido comunitário de partilha da
devoção.
E harmonizava as relações sociais entre escravos
e senhores.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 15
1° DIA
CADERNO 1 – AZUL

CIÊNCIAS HUMANAS CIÊNCIAS DA NATUREZA


E SUAS TECNOLOGIAS E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÕES GABARITOS QUESTÕES GABARITOS
01 E 46 B
02 A 47 A
03 D 48 E
04 B 49 B
05 A 50 E
06 A 51 E
07 B 52 D
08 D 53 A
09 C 54 B
10 E 55 D
11 B 56 D
12 D 57 D
13 D 58 A
14 C 59 B
15 E 60 C
16 E 61 C
17 E 62 B
18 E 63 A
19 C 64 E
20 E 65 E
21 B 66 A
22 C 67 C
23 D 68 D
24 A 69 C
25 D 70 D
26 C 71 E
27 E 72 C
28 D 73 E
29 A 74 A
30 E 75 C
31 C 76 B
32 A 77 D
33 B 78 A
34 E 79 C
35 E 80 C
36 E 81 B
37 A 82 E
38 E 83 B
39 E 84 A
40 E 85 C
41 C 86 E
42 A 87 E
43 C 88 B
44 D 89 E
45 A 90 B
*bran75SAB1*
CIÊNCIAS HUMANAS A pintura-mural de Picasso e a fotografia retratam os
efeitos do bombardeio, ressaltando, respectivamente:
E SUAS TECNOLOGIAS
A Crítica social – conformismo político.
Questões de 1 a 45 B Percepção individual – registro histórico.
QUESTÃO 01 C Realismo acrítico – idealização romântica.
A necessidade de se especializar, de forma talvez D Sofrimento humano – destruição material.
indireta, aproximou significativamente o campo e a cidade, E Objetividade artística – subjetividade jornalística.
na medida em que vários aparatos tecnológicos advindos
do espaço urbano foram incorporados às práticas QUESTÃO 03
agrícolas. Maquinários altamente modernos, insumos
industrializados na lavoura são fatores que contribuíram
para uma nova forma de produzir no campo, cada vez
com maior rapidez e especialização.
OLIVEIRA, E. B. S. Nova relação campo-cidade: tendências do novo rural brasileiro.
Revista Geografia. São Paulo: Escala Educacional, maio 2011 (adaptado).

Com base na aproximação indicada no texto, uma


consequência da modernização técnica para os sistemas
produtivos dos espaços rurais encontra-se em:
A Exigência de mão de obra com qualificação.
B Implementação da atividade do ecoturismo.
C Aumento do número de famílias assentadas.
D Demarcação de terras para povos indígenas.
E Ampliação do crédito à agricultura familiar.
ZIRALDO. 20 anos de prontidão, 1984.
QUESTÃO 02
Os aparelhos televisores se multiplicam nas residências
Em 1937, Guernica, na Espanha, foi bombardeada do Brasil a partir da década de 1960. A partir da charge,
sob o comando da força aérea da Alemanha nazista, que os programas televisivos eram controlados para atender
apoiou os franquistas durante a Guerra Civil Espanhola interesses dos
(1936-1939).
A artistas críticos.
B grupos terroristas.
C governos autoritários.
D partidos oposicionistas.
E intelectuais esquerdistas.

 PICASSO, P. Guernica. Pintura-mural. Disponível em: www.museoreinasofia.es.

Disponível em: http://mrzine.monthlyreview.org.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 1


*bran75SAB2*
QUESTÃO 04 QUESTÃO 06

A primeira produção cinematográfica de propaganda Pode-se viver sem ciência, pode-se adotar
nitidamente antissemita foi Os Rotschilds (1940), de crenças sem querer justificá-las racionalmente, pode-
Erich Waschneck. Ambientado na Europa conturbada se desprezar as evidências empíricas. No entanto,
depois de Platão e Aristóteles, nenhum homem honesto
pelas guerras napoleônicas, o filme mostrava como essa pode ignorar que uma outra atitude intelectual foi
importante família de banqueiros judeus beneficiou-se experimentada, a de adotar crenças com base em
das discórdias entre as nações europeias, acumulando razões e evidências e questionar tudo o mais a fim de
fortuna à custa da guerra, do sofrimento e da morte de descobrir seu sentido último.
milhões de pessoas. O judeu é retratado como uma ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2002.
criatura perigosa, de mãos aduncas, rosto encarniçado e
Platão e Aristóteles marcaram profundamente a formação
olhar sádico e maléfico. do pensamento Ocidental. No texto, é ressaltado
PEREIRA, W. Cinema e genocídio judaico: dimensões da memória audiovisual do nazismo e importante aspecto filosófico de ambos os autores que,
do holocausto. In: Educando para a cidadania e a democracia. 6ª Jornada Interdisciplinar. em linhas gerais, refere-se à
Rio de Janeiro: SME; UERJ, jun. 2008 (fragmento).
A adoção da experiência do senso comum como critério
Os Rotschilds foi produzido na Alemanha nazista. A partir de verdade.
do texto e naquela conjuntura política, o principal objetivo B incapacidade de a razão confirmar o conhecimento
do filme foi resultante de evidências empíricas.
C pretensão de a experiência legitimar por si mesma
A defender a liberdade religiosa. a verdade.
B controlar o genocídio racial. D defesa de que a honestidade condiciona a
possibilidade de se pensar a verdade.
C aprofundar a intolerância étnica.
E compreensão de que a verdade deve ser
D legitimar o expansionismo territorial. justificada racionalmente.
E contestar o nacionalismo autoritário.

QUESTÃO 05

“É para abrir mesmo e quem quiser que eu não abra


eu prendo e arrebento.”
Frase pronunciada pelo presidente João Baptista Figueiredo. Apud RIBEIRO, D. Aos trancos
e barrancos e o Brasil deu no que deu. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.

A frase do último presidente do regime militar indicava a


ambiguidade da transição política no país. Neste contexto,
houve resistências internas ao processo de distensão
planejado pela alta cúpula militar, que se manifestaram
com

A as campanhas no rádio, TV e jornais em favor da lei


de anistia.
B as posições de prefeitos e governadores em apoio à
instalação de eleições diretas.
C as articulações no Congresso pela convocação de
uma nova Assembleia Nacional Constituinte.
D os atos criminosos, como a explosão de bombas, de
militares inconformados com o fim da ditadura.
E as articulações dos parlamentares do PDS, PMDB
e PT em prol da candidatura de Tancredo Neves
à presidência.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 2


*bran75SAB3*
QUESTÃO 07

WATTERSON, B. Calvin e Haroldo: O Progresso Científico deu “Tilt”. São Paulo: Best News, 1991.

De acordo com algumas teorias políticas, a formação do Estado é explicada pela renúncia que os indivíduos fazem de
sua liberdade natural quando, em troca da garantia de direitos individuais, transferem a um terceiro o monopólio do
exercício da força. O conjunto dessas teorias é denominado de

A liberalismo.
B despotismo.
C socialismo.
D anarquismo.
E contratualismo.

QUESTÃO 08

Quanto à deliberação, deliberam as pessoas sobre tudo? São todas as coisas objetos de possíveis deliberações?
Ou será a deliberação impossível no que tange a algumas coisas? Ninguém delibera sobre coisas eternas e imutáveis,
tais como a ordem do universo; tampouco sobre coisas mutáveis como os fenômenos dos solstícios e o nascer do sol,
pois nenhuma delas pode ser produzida por nossa ação.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Edipro, 2007 (adaptado).

O conceito de deliberação tratado por Aristóteles é importante para entender a dimensão da responsabilidade humana.
A partir do texto, considera-se que é possível ao homem deliberar sobre
A coisas imagináveis, já que ele não tem controle sobre os acontecimentos da natureza.
B ações humanas, ciente da influência e da determinação dos astros sobre as mesmas.
C fatos atingíveis pela ação humana, desde que estejam sob seu controle.
D fatos e ações mutáveis da natureza, já que ele é parte dela.
E coisas eternas, já que ele é por essência um ser religioso.

QUESTÃO 09

No contexto da polis grega, as leis comuns nasciam de uma convenção entre cidadãos, definida pelo confronto
de suas opiniões em um verdadeiro espaço público, a ágora, confronto esse que concedia a essas convenções a
qualidade de instituições públicas.
MAGDALENO, F. S. A territorialidade da representação política: vínculos territoriais de compromisso dos deputados fluminenses. São Paulo: Annablume, 2010.

No texto, está relatado um exemplo de exercício da cidadania associado ao seguinte modelo de prática democrática:
A Direta.
B Sindical.
C Socialista.
D Corporativista.
E Representativa.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 3


*bran75SAB4*
QUESTÃO 10

“Enquanto houver um só assassino pelas ruas, nossos filhos viverão para condená-lo por nossas bocas.”
Hebe de Bonafini, líder das Mães da Praça de Maio, apud SOSNOWLKI, A. O Estado de São Paulo, 27 maio 2000.

O movimento das Mães da Praça de Maio foi criado na Argentina durante o período da Ditadura Militar (1976-1983).
A declaração resume o objetivo do movimento, demonstrando que sua causa foi
A a fuga dos artistas, provocada pela censura estatal.
B a escalada das mortes, provocada pela guerrilha urbana.
C o aumento da violência, provocado pelo desemprego estrutural.
D o desaparecimento de cidadãos, provocado pela ação repressora.
E o aprofundamento da miséria, provocado pela política econômica.

QUESTÃO 11

De um ponto de vista político, achávamos que a ditadura militar era a antessala do socialismo e a última forma de
governo possível às classes dominantes no Brasil. Diante de nossos olhos apocalípticos, ditadura e sistema capitalista
cairiam juntos num único e harmonioso movimento. A luta especificamente política estava esgotada.
GABEIRA, F. Carta sobre a anistia: a entrevista do Pasquim. Conversação sobre 1968. Rio de Janeiro: Ed. Codecri, 1980.

Compartilhando da avaliação presente no texto, vários grupos de oposição ao Regime Militar, nos anos 1960 e 1970,
lançaram-se na luta política seguindo a estratégia de

A aliança com os sindicatos e incitação de greves.


B organização de guerrilhas no campo e na cidade.
C apresentação de acusações junto à Anistia Internacional.
D conquista de votos para o Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
E mobilização da imprensa nacional a favor da abertura do sistema partidário.

QUESTÃO 12

QUINO. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

Cada uma das personagens adota uma forma diferente de designar os países “não desenvolvidos”, porém, atualmente
tem-se adotado a terminologia “países em desenvolvimento” porque

A representa melhor a ausência de desigualdades econômicas que se observa hoje entre essas nações.
B facilita as relações comerciais no mercado globalizado, ao aproximar países mais e menos desenvolvidos.
C indica que os países estão em processo de desenvolvimento, reduzindo o estigma inerente ao termo
“subdesenvolvidos”.
D demonstra o crescimento econômico desses países, que vem sendo maior ao longo dos anos, erradicando as
desigualdades.
E reafirma que durante a Guerra Fria os países que eram subdesenvolvidos alcançaram estágios avançados de
desenvolvimento.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 4


*bran75SAB5*
QUESTÃO 13 QUESTÃO 15

Outro importante método de racionalização do Na União Europeia, buscava-se coordenar políticas


trabalho industrial foi concebido graças aos estudos domésticas, primeiro no plano do carvão e do aço, e
desenvolvidos pelo engenheiro norte-americano em seguida em várias áreas, inclusive infraestrutura e
Frederick Winslow Taylor. Uma de suas preocupações políticas sociais. E essa coordenação de ações estatais
fundamentais era conceber meios para que a capacidade
cresceu de tal maneira, que as políticas sociais e as
produtiva dos homens e das máquinas atingisse seu
macropolíticas passaram a ser coordenadas, para,
patamar máximo. Para tanto, ele acreditava que estudos
finalmente, a própria política monetária vir a ser também
científicos minuciosos deveriam combater os problemas
objeto de coordenação com vistas à adoção de uma
que impediam o incremento da produção.
moeda única. No Mercosul, em vez de haver legislações
Taylorismo e Fordismo. Disponível em: www.brasilescola.com. Acesso em: 28 fev. 2012.
e instituições comuns e coordenação de políticas
O Taylorismo apresentou-se como um importante modelo
domésticas, adotam-se regras claras e confiáveis para
produtivo ainda no início do século XX, produzindo
garantir o relacionamento econômico entre esses países.
transformações na organização da produção e, também,
ALBUQUERQUE, J. A. G. Relações internacionais contemporâneas: a ordem mundial
na organização da vida social. A inovação técnica trazida depois da Guerra Fria. Petrópolis: Vozes, 2007 (adaptado).

pelo seu método foi a


Os aspectos destacados no texto que diferenciam os
A utilização de estoques mínimos em plantas industriais estágios dos processos de integração da União Europeia
de pequeno porte. e do Mercosul são, respectivamente:
B cronometragem e controle rigoroso do trabalho para A Consolidação da interdependência econômica −
evitar desperdícios. aproximação comercial entre os países.
C produção orientada pela demanda enxuta atendendo B Conjugação de políticas governamentais −
a específicos nichos de mercado. enrijecimento do controle migratório.
D flexibilização da hierarquia no interior da fábrica para C Criação de inter-relações sociais − articulação de
estreitar a relação entre os empregados. políticas nacionais.
E polivalência dos trabalhadores que passaram a D Composição de estratégias de comércio exterior −
realizar funções diversificadas numa mesma jornada. homogeneização das políticas cambiais.
QUESTÃO 14 E Reconfiguração de fronteiras internacionais −
padronização das tarifas externas.
O fechamento de seis unidades de uma empresa
calçadista na Bahia deve resultar na demissão de 1 800
funcionários. Enquanto demite no Brasil, a empresa abre
uma fábrica na Índia. Nas seis unidades fechadas na
Bahia eram produzidos cabedais de calçados esportivos
que serão fabricados também na Índia.

O Globo, 17 dez. 2011 (adaptado).

A estratégia produtiva adotada pela empresa, que explica


o processo econômico descrito, está indicada na:

A Redução dos custos logísticos.


B Expansão dos benefícios sociais.
C Planificação da produção industrial.
D Modificação da estrutura societária.
E Ampliação da qualificação profissional.
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*bran75SAB6*
QUESTÃO 16 QUESTÃO 18

Um Estado é uma multidão de seres humanos


submetida a leis de direito. Todo Estado encerra três
poderes dentro de si, isto é, a vontade unida em geral
consiste de três pessoas: o poder soberano (soberania)
na pessoa do legislador; o poder executivo na pessoa
do governante (em consonância com a lei) e o poder
judiciário (para outorgar a cada um o que é seu de acordo
com a lei) na pessoa do juiz.
KANT, I. A metafísica dos costumes. Bauru: EDIPRO, 2003.

De acordo com o texto, em um Estado de direito

A a vontade do governante deve ser obedecida, pois é


ele que tem o verdadeiro poder.
B a lei do legislador deve ser obedecida, pois ela é a
RIBEIRO, L. C. Q.; SANTOS JUNIOR, O. A. Desafios da questão urbana. Le Monde Diplomatique
Brasil. Ano 4, n. 45, abr. 2010. Disponível em: http://diplomatique.uol.com.br.
representação da vontade geral.
Acesso em: 22 ago. 2011. 
C o Poder Judiciário, na pessoa do juiz, é soberano,
pois é ele que outorga a cada um o que é seu.
A imagem registra uma especificidade do contexto urbano
D o Poder Executivo deve submeter-se ao Judiciário,
em que a ausência ou ineficiência das políticas públicas pois depende dele para validar suas determinações.
resultou em E o Poder Legislativo deve submeter-se ao Executivo,
na pessoa do governante, pois ele que é soberano.
A garantia dos direitos humanos.
QUESTÃO 19
B superação do déficit habitacional.
C controle da especulação imobiliária. A cultura ocidental acentuadamente
antropocêntrica foi marcada por processos
D mediação dos conflitos entre classes. convergentes de desenvolvimento técnico-científico e
E aumento da segregação socioespacial. acumulação de riquezas, propiciados pela expansão
colonial, que resultaram na revolução industrial, no
QUESTÃO 17 fortalecimento da ideia de progresso e no processo de
ocidentalização do mundo.
O mundo entrou na era do globalismo. Todos estão FERREIRA, L. C. Dilemas do século XX: ideias para uma sociologia da questão ecológica. In:
SILVA, J. P. (Org.) Por uma Sociologia do século XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adaptado).
sendo desafiados pelos dilemas e horizontes que se abrem
Esse processo de acumulação de riquezas no Ocidente,
com a formação da sociedade global. Um processo de
por longos séculos, se fez à custa da degradação do
amplas proporções envolvendo nações e nacionalidades, meio natural. Do ponto de vista da cultura e do imaginário
regimes políticos e projetos nacionais, grupos e classes ocidental moderno, isso se deveu à

sociais, economias e sociedades, culturas e civilizações. A ideologia revolucionária burguesa, que pregava a
IANNI, O. A era do globalismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1997.
repartição igualitária do direito de acesso aos recursos
naturais e agrícolas.
No texto, é feita referência a um momento do B ideia de Renascimento, que representava os
benefícios técnicos de transformação da natureza
desenvolvimento do capitalismo. A expansão do
como salutares para a preservação de ecossistemas.
sistema capitalista de produção nesse momento está C concepção sacralizada de que a natureza, enquanto
fundamentada na obra da criação de Deus, devia servir à contemplação
estética e religiosa.
A difusão de práticas mercantilistas. D perspectiva desenvolvimentista, que atrelava o
progresso ao meio ambiente e difundia amplamente
B propagação dos meios de comunicação.
um entendimento da relação harmoniosa entre
C ampliação dos protecionismos alfandegários. sociedade e natureza.
E crença nos poderes da ciência e do desenvolvimento
D manutenção do papel controlador dos Estados. tecnológico, que contribuiu para tratar a natureza como
E conservação das partilhas imperialistas europeias. objeto de quantificação, manipulação e dominação.

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*bran75SAB7*
QUESTÃO 20 QUESTÃO 22

Apesar de todo o esforço em prol de um língua O homem natural é tudo para si mesmo; é a unidade
internacional artificial, até o momento a sensação é de numérica, o inteiro absoluto, que só se relaciona consigo
relativo fracasso. Praticamente nenhum país adotou o
mesmo ou com seu semelhante. O homem civil é apenas
ensino obrigatório de uma língua artificial, a comunidade
científica continua a se comunicar em inglês, e as línguas uma unidade fracionária que se liga ao denominador, e
mais difundidas internacionalmente continuam a ser as cujo valor está em sua relação com o todo, que é o corpo
de países política ou economicamente dominantes, como social. As boas instituições sociais são as que melhor
inglês, francês, espanhol, russo e chinês. Nem mesmo sabem desnaturar o homem, retirar-lhe sua existência
organismos supranacionais como a ONU e a União absoluta para dar-lhe uma relativa, e transferir o eu para
Europeia, onde reina uma babel de línguas, se mostraram
a unidade comum, de sorte que cada particular não se
até agora inclinados a adotar uma língua artificial.
julgue mais como tal, e sim como uma parte da unidade,
BIZZOCCH, A. Línguas de laboratório. Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br.
Acesso em: 19 ago. 2011(adaptado). e só seja percebido no todo.
O esperanto, inventado no século XIX, é a língua artificial ROUSSEAU, J. J. Emílio ou da Educação. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

mais difundida atualmente. Entretanto, como o texto


A visão de Rousseau em relação à natureza humana,
sugere, o desequilíbrio atual de poder entre os países
conforme expressa o texto, diz que
impõe a

A busca de nova língua global. A o homem civil é formado a partir do desvio de sua
B recuperação das línguas mortas. própria natureza.
C adoção de uma língua unificada. B as instituições sociais formam o homem de acordo
D valorização das línguas nacionais. com a sua essência natural.
E supremacia de algumas línguas naturais. C o homem civil é um todo no corpo social, pois as
instituições sociais dependem dele.
QUESTÃO 21
D o homem é forçado a sair da natureza para se
Ao longo dos anos 1990, a luta pelas condições tornar absoluto.
de circulação por parte das pessoas com necessidades E as instituições sociais expressam a natureza humana,
especiais foi uma constante na sociedade. Tal
pois o homem é um ser político.
mobilização ocasionou ações como o rebaixamento das
calçadas, construção de rampas para acesso a pisos QUESTÃO 23
superiores, para possibilitar o acesso ao transporte
coletivo, entre outras. Dos senhores dependem os lavradores que têm
SOUZA, M. A. Movimentos sociais no Brasil contemporâneo: participação e possibilidades partidos arrendados em terras do mesmo engenho;
das práticas democráticas. Disponível em: http://ces.uc.pt. Acesso em: 30 abr. 2010.
e quanto os senhores são mais possantes e bem
As lutas pelo direito à acessibilidade, movidas, aparelhados de todo o necessário, afáveis e verdadeiros,
principalmente, a partir dos anos de 1990, visavam
tanto mais são procurados, ainda dos que não têm a cana
garantir a
cativa, ou por antiga obrigação, ou por preço que para
A igualdade jurídica. isso receberam.
B inclusão social. ANTONIL, J. A. Cultura e opulência do Brasil [1711]. São Paulo:
Companhia Editora Nacional, 1967 (adaptado).
C participação política.
D distribuição de renda. Segundo o texto, a produção açucareira no Brasil colonial era
E liberdade de expressão.
A baseada no arrendamento de terras para a obtenção
da cana a ser moída nos engenhos centrais.
B caracterizada pelo funcionamento da economia de
livre mercado em relação à compra e venda de cana.
C dependente de insumos importados da Europa nas
frotas que chegavam aos portos em busca do açúcar.
D marcada pela interdependência econômica entre os
senhores de engenho e os lavradores de cana.
E sustentada no trabalho escravo desempenhado pelos
lavradores de cana em terras arrendadas.
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*bran75SAB8*
QUESTÃO 24 QUESTÃO 26
Em teoria, as pessoas livres da Colônia foram O Ofício das Baianas de Acarajé constitui um bem
enquadradas em uma hierarquia característica do Antigo cultural de natureza imaterial, inscrito no Livro dos Saberes
Regime. A transferência desse modelo, de sociedade de em 2005, que consiste em uma prática tradicional de
privilégios, vigente em Portugal, teve pouco efeito prático produção e venda, em tabuleiro, das chamadas comidas
no Brasil. Os títulos de nobreza eram ambicionados.
de baiana, feitas com azeite de dendê e ligadas ao culto
Os fidalgos eram raros e muita gente comum tinha
pretensões à nobreza. dos orixás, amplamente disseminadas na cidade de
Salvador, Bahia.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp; Fundação do Desenvolvimento da
Educação, 1995 (adaptado). Disponível em: http://portal.iphan.gov.br. Acesso em: 29 fev. 2012 (adaptado).

Ao reelaborarem a lógica social vigente na metrópole, os O texto contém a descrição de um bem cultural que
sujeitos do mundo colonial construíram uma distinção que foi reconhecido pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio
ordenava a vida cotidiana a partir da
Histórico Artístico Nacional) como patrimônio imaterial,
A concessão de títulos nobiliárquicos por parte da pois representa
Igreja Católica.
A uma técnica culinária com valor comercial e
B afirmação de diferenças fundadas na posse de terras atratividade turística.
e de escravos.
B um símbolo da vitalidade dessas mulheres e de
C imagem do Rei e de sua Corte como modelo a
suas comunidades.
ser seguido.
D miscigenação associada a profissões de elevada C uma manifestação artística antiga e de
qualificação. abrangência nacional.
E definição do trabalho como princípio ético da vida D um modo de fazer e viver ligado a uma identidade
em sociedade. étnica e regional.
E uma fusão de ritos das diferentes heranças e tradições
QUESTÃO 25 religiosas do país.
TEXTO I QUESTÃO 27
Já existe, em nosso país, uma consciência nacional
que vai introduzindo o elemento da dignidade humana
em nossa legislação, e para qual a escravidão é uma
verdadeira mancha. Essa consciência resulta da mistura
de duas correntes diversas: o arrependimento dos
descendentes de senhores e a afinidade de sofrimento
dos herdeiros de escravos.
NABUCO, J. O abolicionismo. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br.
Acesso em: 12 out. 2011 (adaptado).

TEXTO II

Joaquim Nabuco era bom de marketing. Como


verdadeiro estrategista, soube trabalhar nos bastidores FREYRE, G. Casa-Grande & Senzala. Rio de Janeiro: José Olympio, 1958.
para impulsionar a campanha abolicionista, utilizando com
O desenho retrata a fazenda de São Joaquim da
maestria a imprensa de sua época. Criou repercussão
internacional para a causa abolicionista, publicando Grama com a casa-grande, a senzala e outros edifícios
em jornais estrangeiros lidos e respeitados pelas elites representativos de uma estrutura arquitetônica
brasileiras. Com isso, a campanha ganhou vulto e a característica do período escravocrata no Brasil. Esta
escravidão se tornou um constrangimento, uma vergonha organização do espaço representa uma
nacional, caminhando assim para o seu fim.
A estratégia econômica e espacial para manter os
COSTA e SILVA, P. Um abolicionista bom de marketing. Disponível em:
www.revistadehistoria.com.br. Acesso em: 27 jan. 2012 (adaptado).
escravos próximos do plantio.
B tática preventiva para evitar roubos e agressões por
Segundo Joaquim Nabuco, a solução do problema
escravista no Brasil ocorreria como resultado da: escravos fugidos.
C forma de organização social que fomentou o
A Evolução moral da sociedade. patriarcalismo e a miscigenação.
B Vontade política do Imperador. D maneira de evitar o contato direto entre os escravos
C Atuação isenta da Igreja Católica. e seus senhores.
D Ineficácia econômica do trabalho escravo. E particularidade das fazendas de café das regiões Sul
E Implantação nacional do movimento republicano. e Sudeste do país.
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*bran75SAB9*
QUESTÃO 28 QUESTÃO 30

Seria até engraçado, se não fosse trágico, porque na


Mirem-se no exemplo
hora que a pessoa tem uma doença, ela fica se achando
responsável por ter a doença. E se você pegar na história Daquelas mulheres de Atenas
da medicina, sempre foi feito isso ― os que tinham lepra
eram considerados ímpios; tinham lepra porque não eram Vivem pros seus maridos
tementes a Deus, porque não eram homens e mulheres
que tinham uma vida religiosa. Os tuberculosos, no Orgulho e raça de Atenas.
início do século, na epidemia de tuberculose na Europa
inteira, aqui em São Paulo, no Brasil todo, eram pessoas BUARQUE, C.; BOAL, A. Mulheres de Atenas. In: Meus caros Amigos, 1976. Disponível
em: http://letras.terra.com.br. Acesso em: 4 dez. 2011 (fragmento).
devassas, jovens devassos. Com a Aids nós vimos a
mesma coisa. Quem tinha Aids, quem eram? Eram os Os versos da composição remetem à condição das
promíscuos e os viciados em drogas, não é? mulheres na Grécia antiga, caracterizada, naquela
Entrevista de Dráuzio Varella no programa Roda Viva em 30 ago. 2004. Disponível em: época, em razão de
www.rodaviva.fapesp.br. Acesso em: 30 jan. 2012 (adaptado).

Dráuzio Varella discute a associação entre doença A sua função pedagógica, exercida junto às
e costumes cotidianos. De acordo com o argumento crianças atenienses.
apresentado, essa associação indica B sua importância na consolidação da democracia,
A a culpabilização de hábitos considerados como pelo casamento.
desregrados, adequando comportamentos. C seu rebaixamento de status social frente aos homens.
B o desejo de estender a qualidade de vida, controlando D seu afastamento das funções domésticas em
as populações mais jovens.
períodos de guerra.
C a classificação dos grupos de risco, buscando impedir
o contágio. E sua igualdade política em relação aos homens.
D a diminuição da fé religiosa, na modernidade,
QUESTÃO 31
rejeitando a vida celibatária.
E o desenvolvimento da medicina, propondo
terapêuticas que melhorem a vida do doente.

QUESTÃO 29

Assentado, portanto, que a Escritura, em muitas


passagens, não apenas admite, mas necessita de
exposições diferentes do significado aparente das
palavras, parece-me que, nas discussões naturais,
deveria ser deixada em último lugar.
GALILEI, G. Carta a Dom Benedetto Castelli. In: Ciência e fé: cartas de Galileu sobre o
acordo do sistema copernicano com a Bíblia. São Paulo: Unesp, 2009 (adaptado).

O texto, extraído da carta escrita por Galileu (1564-1642)


cerca de trinta anos antes de sua condenação pelo
Tribunal do Santo Ofício, discute a relação entre ciência
e fé, problemática cara no século XVII. A declaração de
Galileu defende que Lucio Costa. Plano Piloto de Brasília.
Disponível em: www.vitruvius.es. Acesso em: 7 dez. 2011.
A a bíblia, por registrar literalmente a palavra divina,
apresenta a verdade dos fatos naturais, tornando-se O arrojado projeto arquitetônico e urbanista da nova
guia para a ciência. capital federal fez com que Brasília fosse, no ano de
B o significado aparente daquilo que é lido acerca da 1987, considerada Patrimônio da Humanidade pela
natureza na bíblia constitui uma referência primeira. Unesco, porque o Plano Piloto de Brasília concretizava
C as diferentes exposições quanto ao significado das os princípios do
palavras bíblicas devem evitar confrontos com os
dogmas da Igreja. A urbanismo modernista internacional.
D a bíblia deve receber uma interpretação literal porque, B modelo da arquitetura sacra europeia.
desse modo, não será desviada a verdade natural.
C pensamento organicista das metrópoles brasileiras.
E os intérpretes precisam propor, para as passagens
bíblicas, sentidos que ultrapassem o significado D plano de interiorização da capital.
imediato das palavras. E projeto nacional desenvolvimentista do governo JK.
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*bran75SAB10*
QUESTÃO 32 QUESTÃO 34
Ao final do Ano da França no Brasil, aconteceu na Na Serra do Navio (AP), uma empresa construiu uma
Bahia um encontro único entre a bossa nova brasileira e a usina de beneficiamento, um porto, uma estrada de ferro e
música francesa, no show do cantor e compositor baiano
radicado na França, Paulo Costa. O show se chama vilas. Entretanto, depois que as reservas foram exauridas,
“Toulouse em Bossa” por conta da versão da música a companhia fechou a mina e as vilas se esvaziaram.
Toulouse, de Claude Nougaro, que é uma espécie de hino Sobrou uma pequena comunidade de pescadores.
deles, tal como é para nós Garota de Ipanema, explica São 1,8 mil moradores que sofrem com graves problemas
Paulo Costa. Nougaro é famoso na França e conhecido
nos rins, dores no corpo, diarreia, e vômitos decorrentes
por suas versões de músicas brasileiras, como O Que
Será que Será e Berimbau. da contaminação do solo e da água por arsênio.
MILANEZ, B. Impactos da Mineração. Le Monde Diplomatique. São Paulo, ano 3, n. 36 (adaptado).
Disponível em: http://anodafrancanobrasil.cultura.gov.br. Acesso em: 27 abr. 2010. (adaptado).

O que representam encontros como o ocorrido na Bahia A existência de práticas de exploração mineral predatórias
em 2009 para o patrimônio cultural das sociedades no Brasil tem provocado o(a)
brasileira e francesa?
A criação de estruturas e práticas geradoras de
A Ocasião para identificar qual das duas culturas é
impactos socioambientais pouco favoráveis à vida
mais cosmopolita e deve ser difundida entre os
demais países. das comunidades.
B Oportunidade de se apreciar a riqueza da B adequação da infraestrutura local dos municípios
diversidade cultural e a possibilidade de fazer e regiões exploráveis à recepção dos grandes
dialogar culturas diferentes. empreendimentos de exploração.
C Mostra das diferenças entre as duas culturas e
C ampliação do número de empresas mineradoras de
o desconhecimento dos brasileiros em relação à
cultura francesa. grande porte que têm sua atuação prejudicada pelo
D Demonstração da heterogeneidade das composições atendimento às normas ambientais brasileiras.
e da distância cultural entre os dois países. D distanciamento geográfico das áreas exploráveis em
E Tentativa de se evidenciar a semelhança linguística relação às demarcações de terras indígenas que são
do francês e do português, com o intuito de unir as pouco apropriadas à extração dos recursos.
diferentes sociedades.
E estabelecimento de projetos e ações por parte das
QUESTÃO 33 empresas mineradoras em áreas de atuação nas
quais as reservas mineralógicas foram exauridas.
De acordo com a Organização das Nações
Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), daqui a QUESTÃO 35
aproximadamente 20 anos, 2/3 da população do mundo
podem enfrentar falta d’água. Ainda de acordo com a A urbanização afeta o funcionamento do
FAO, o consumo mundial de água cresceu no século XX ciclo hidrológico, pois interfere no rearranjo dos
duas vezes mais do que a população. Com isso, para armazenamentos e na trajetória das águas.
cada 6 pessoas no planeta, 1 não tem acesso à água
CHRISTOFOLETTI, A. Aplicabilidade do Conhecimento Geomorfológico nos Projetos de
limpa suficiente para suprir suas necessidades básicas Planejamento. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. (Org.). Geomorfologia: uma
diárias e 3 não têm saneamento básico adequado. atualização de bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.

MARAFON, G. J. O desencanto da terra. Rio de Janeiro: Garamond, 2011 (adaptado). Os efeitos da urbanização sobre os corpos hídricos
Uma causa para a mudança verificada no consumo de apresentados no texto resultam em
água no século XX e uma medida que possa contribuir
para evitar o problema descrito estão indicadas, A circulação difusa da água pela superfície, provocada
respectivamente, em: pelas edificações urbanas.

A Avanço da produção agrícola – reutilização dos B redução da quantidade da água do rio, em virtude do
recursos pluviais. aprofundamento do seu leito.
B Elevação da temperatura média – estímulo ao C alteração do mecanismo de evaporação, dada a
consumo consciente. pouca profundidade do lençol freático.
C Descontrole da taxa de natalidade – privatização das
D redução da capacidade de infiltração da água no solo,
nascentes fluviais.
em decorrência da sua impermeabilização.
D Aumento da concentração de renda – irrigação
racional das empresas rurais. E assoreamento no curso superior dos rios, trecho
E Intensificação da produtividade industrial – de maior declividade, em função do transporte e
sustentabilidade da exploração marítima. deposição dos sedimentos.
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QUESTÃO 36 QUESTÃO 38
A integração do espaço amazônico ao espaço Estima-se que cerca de 80% da área cultivada do
nacional se deu no contexto das questões de fronteiras estado de São Paulo esteja sofrendo processo erosivo,
de políticas, no sentido do dinamismo pioneiro causando uma perda de mais de 200 milhões de toneladas
da integração. Essas fronteiras foram elementos de solo por ano. 70% desse solo chegam aos mananciais,
fundamentais para a compreensão da geopolítica dos causando assoreamento e poluição.
militares, que não apenas objetivavam a posse do vazio ZOCCAL, J. C. Adequação de erosões: causas, consequências e controle da erosão rural.
Soluções cadernos de estudos em conservação do solo e água. Presidente Prudente:
demográfico, mas representavam os interesses do Codasp, v. 1, n. 1, maio 2007 (adaptado).
governo brasileiro em manter sob sua influência uma
grande área no interior do continente. Como São Paulo, todo o Brasil sofre com o problema da
deflagração e aceleração da erosão hídrica em áreas
MELLO, N. A. Políticas territoriais na Amazônia. São Paulo: Annablume, 2006. cultivadas, sendo que a perda de solos por esse tipo de
No texto, são apresentados fundamentos da política de erosão caracteriza-se por ser
colonização de uma importante região brasileira, ao longo A mais intensa em solos onde se utiliza a técnica de
do período dos governos militares. Uma estratégia estatal associação de culturas, em comparação com cultivos
para a ocupação desse espaço foi: que deixam a maior parte do solo exposto às intempéries.
B menos intensa em solos que, revolvidos, ficam
A Demarcação de reservas para preservação da floresta.
expostos às chuvas, em comparação àqueles onde
B Criação de restrições para exploração de recursos são aplicadas técnicas de plantio direto.
minerais. C mais intensa nos solos onde são realizados cultivos
C Adoção de estímulos para expansão de grupos temporários, em comparação àqueles sobre os quais
econômicos privados. as coberturas de mata são preservadas.
D Concessão de incentivos fiscais para instalação da D mais intensa em solos expostos a chuvas bem
indústria automobilística. distribuídas, em comparação àqueles sobre os quais a
E Construção de uma densa rede de transporte para quantidade de chuvas é concentrada ao longo do ano.
escoamento da produção agrícola. E menos intensa nos solos cujos alinhamentos dos
cultivos seguem as linhas de maior inclinação, em
QUESTÃO 37 comparação àqueles onde são aplicadas técnicas
de terraceamento.
Distribuição da derrubada no bioma Caatinga
QUESTÃO 39

Vegetação
TEXTO I
MA
CE Desmatamento O Estado sou eu.
RN Frase atribuída a Luís XIV, Rei Sol, 1638-1715. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.
Municípios que gov.br. Acesso em: 30 nov. 2011.
PB mais desmataram
PI PE 1 Acopiara (CE) TEXTO II
2 Tauá (CE)
AL 3 Bom Jesus da Lapa (BA) A nação é anterior a tudo. Ela é a fonte de tudo. Sua
SE 4 Campo Formoso (BA) vontade é sempre legal; na verdade é a própria lei.
5 Boa Viagem (CE) SIEYÈS, E-J. O que é o Terceiro Estado. Apud. ELIAS, N. Os alemães: a luta pelo poder e a
BA 6 Tucano (BA) evolução do habitus nos séculos XIX e XX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
7 Mucugê (BA)
8 Serra Talhada (PE) Os textos apresentados expressam alteração na relação
9 Crateús (CE) entre governantes e governados na Europa. Da frase
10 São José do Belmonte (PE) atribuída ao rei Luís XIV até o pronunciamento de Sieyès,
MG
representante das classes médias que integravam
Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 16 jun. 2011 (adaptado). o Terceiro Estado Francês, infere-se uma mudança
decorrente da
O mapa representa um problema ambiental que tem se
agravado no bioma brasileiro da Caatinga. As causas A ampliação dos poderes soberanos do rei,
considerado guardião da tradição e protetor de
desse problema estão associadas ao
seus súditos e do Império.
A uso da lenha para obtenção de energia pela B associação entre vontade popular e nação, composta
indústria local. por cidadãos que dividem uma mesma cultura nacional.
B extrativismo vegetal da madeira pelas indústrias C reforma aristocrática, marcada pela adequação dos nobres
moveleiras. aos valores modernos, tais como o princípio do mérito.
C uso da terra pelas fazendas monocultoras mecanizadas. D organização dos Estados centralizados, acompanhados
pelo aprofundamento da eficiência burocrática.
D extrativismo mineral praticado pelas empresas
E crítica ao movimento revolucionário, tido como
mineradoras.
ilegítimo em meio à ascensão popular conduzida pelo
E uso do solo para pastagem pela agropecuária extensiva. ideário nacionalista.

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*bran75SAB12*
QUESTÃO 40 QUESTÃO 42

Desde a sua formação, há quase 4,5 bilhões de anos, Uma gigante empresa taiwanesa do setor de
a Terra sofreu várias modificações em seu clima, com tecnologia vai substituir parte de seus funcionários por um
períodos alternados de aquecimento e resfriamento e
milhão de robôs em até três anos, segundo a agência de
elevação ou decréscimo de pluviosidade, sendo algumas
em escala global e outras em nível menor. notícias chinesa. O objetivo é cortar despesas. Os robôs
serão usados para fazer trabalhos simples e de rotina,
ROSS, J. S. (Org.) Geografia do Brasil. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 2003 (adaptado). como limpeza, soldagem e montagem, atividades que
Um dos fenômenos climáticos conhecidos no planeta atualmente são feitas por funcionários. A empresa já tem
atualmente é o El Niño que consiste 10 mil robôs e o número deve chegar a 300 mil em 2012
e a um milhão em três anos.
A na mudança da dinâmica da altitude e da temperatura.
B nas temperaturas suavizadas pela proximidade Fabricante do Ipad vai trocar trabalhadores por um milhão de robôs em três anos.
Disponível em: http://noticias.r7.com. Acesso em: 21 ago. 2011 (adaptado).
com o mar.
C na modificação da ação da temperatura em relação Em relação aos efeitos da decisão da empresa, uma
à latitude. divergência entre o empresário e os funcionários, no
D no aquecimento das águas do Oceano Pacífico, que exemplo citado, encontra-se nos respectivos argumentos:
altera o clima.
E na interferência de fatores como pressão e ação dos A Aumento da eficiência − Perda dos postos de trabalho.
ventos do Oceano Atlântico. B Reforço da produtividade − Ampliação das negociações.
QUESTÃO 41 C Diminuição dos custos − Redução da competitividade.

A sociedade em movimento tem gestado algumas D Inovação dos investimentos − Flexibilização da produção.
alternativas. Surgem novas experiências de luta no E Racionalização do trabalho − Modernização das atividades.
campo, nas quais os movimentos sociais têm buscado
formas para permanecer na terra, afirmando sua QUESTÃO 43
territorialidade. Estes novos sujeitos sociais, de que são
exemplo os seringueiros no Acre e as quebradeiras de Por Vias Seguras Mortos em acidentes de trânsito Setembro 2011

coco no Maranhão, Pará, Tocantins e Piauí, têm lutado


38000
por seu reconhecimento, chegando em certos casos a 36000
obter mudanças na legislação. 34000
32000
30000
MARQUES, M. O conceito de espaço rural em questão. 28000
São Paulo: Terra Livre, ano 18, v. 2, jul./dez. 2002. 26000
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

De acordo com o debate apresentado no texto, e visando Fonte: Ministério da Saúde, DATASUS
à permanência digna no campo, a organização social e
política dos seringueiros busca Disponível em:www.vias-seguras.com/. Acesso em: 28 fev. 2012.

O gráfico divulgado pela Associação por Vias


A a implementação de estratégias de geração de
Seguras traça objetivamente, a partir de dados
emprego e renda apoiadas na automação produtiva
do Ministério da Saúde, um histórico do número
de ponta.
de vítimas fatais em decorrência de acidentes de
B a efetivação de políticas públicas para a
trânsito no Brasil ao longo de catorze anos. As
preservação das florestas como condição de
informações nele dispostas demonstram que o número
garantia de sustentabilidade.
de vítimas fatais
C a distribuição de grandes extensões de terra com
financiamentos voltados à produção agroindustrial A aumentou de forma progressiva ao longo do período.
em larga escala.
B teve sua maior redução no final da década de noventa.
D o estímulo à implantação generalizada de indústrias
do setor de papel e celulose focadas na Amazônia. C estabilizou-se nos cinco primeiros anos do século XXI.

E o aprofundamento de políticas governamentais que D sofreu mais redução que aumento ao longo do período.
potencializem os fluxos sociais para as cidades. E estabilizou-se na passagem do século XX ao século XXI.
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*bran75SAB13*
QUESTÃO 44 QUESTÃO 45

TEXTO I
Em março de 2004, o Brasil reconheceu na
Organização das Nações Unidas a existência, no país,
de pelo menos 25 mil pessoas em condição análoga à
escravidão ― e esse é um índice considerado otimista.
De 1995 a agosto de 2009, cerca de 35 mil pessoas foram
libertadas em ações dos grupos móveis de fiscalização do
Ministério do Trabalho e Emprego.
Mentiras mais contadas sobre trabalho escravo. Disponível em: www.reporterbrasil.com.br.
Acesso em: 22 ago. 2011 (adaptado).

TEXTO II
O Brasil subiu quatro posições entre 2009 e 2010
no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) divulgado pelo Programa das Nações Unidas
para Desenvolvimento. Mas, se o IDH levasse em conta
apenas a questão da escolaridade, a posição do Brasil
no ranking mundial ficaria pior, passando de 73 para 93.
UCHINAKA, F.; CHAVES-SCARELLI, T. Brasil é o país que mais avança, apesar da
 Cenas do filme Tempos Modernos (Modern Times), EUA, 1936, variável “educação” puxar IDH para baixo. Disponível em: http://noticias.uol.com.br.
Direção: Charles Chaplin, Produção: Continental. Acesso em: 22 ago. 2011 (adaptado).

A figura representada por Charles Chaplin critica o


Estão sugeridas nos textos duas situações de exclusão
modelo de produção do início do século XX, nos Estados
Unidos da América, que se espalhou por diversos países social, cuja superação exige, respectivamente, medidas de
e setores da economia e teve como resultado
A redução de impostos e políticas de ações afirmativas.
A a subordinação do trabalhador à máquina, levando o
homem a desenvolver um trabalho repetitivo. B geração de empregos e aprimoramento do poder
B a ampliação da capacidade criativa e da polivalência judiciário.
funcional para cada homem em seu posto de trabalho.
C fiscalização do Estado e incremento da educação
C a organização do trabalho que possibilitou ao
trabalhador o controle sobre a mecanização do nacional.
processo de produção. D nacionalização de empresas e aumento da distribuição
D o rápido declínio do absenteísmo, o grande aumento
de renda.
da produção conjugado com a diminuição das áreas
de estoque. E sindicalização dos trabalhadores e contenção da
E as novas técnicas de produção que provocaram migração interna.
ganhos de produtividade, repassados aos
trabalhadores como forma de eliminar as greves.

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2ª APLICAÇÃO
1° DIA
CADERNO 3 – BRANCO

CIÊNCIAS HUMANAS CIÊNCIAS DA NATUREZA


E SUAS TECNOLOGIAS E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÕES GABARITOS QUESTÕES GABARITOS
01 A 46 A
02 D 47 E
03 C 48 D
04 C 49 C
05 D 50 A
06 E 51 B
07 E 52 C
08 C 53 C
09 A 54 E
10 D 55 B
11 B 56 C
12 C 57 D
13 B 58 E
14 A 59 C
15 A 60 B
16 E 61 B
17 B 62 D
18 B 63 C
19 E 64 B
20 E 65 C
21 B 66 E
22 A 67 A
23 D 68 D
24 B 69 C
25 A 70 C
26 D 71 E
27 C 72 E
28 A 73 D
29 E 74 C
30 C 75 E
31 A 76 B
32 B 77 E
33 A 78 D
34 A 79 A
35 D 80 B
36 C 81 A
37 E 82 B
38 C 83 D
39 B 84 A
40 D 85 E
41 B 86 D
42 A 87 E
43 B 88 C
44 A 89 A
45 C 90 C
*AZUL75SAB2* 2013
Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS


Questões de 1 a 45
QUESTÃO 01
Mapa 1 Mapa 2
Distribuição espacial atual da população brasileira Conflitos em terras indígenas

PRINCIPAIS ENVOLVIDOS EM
CONFRONTOS COM ÍNDIOS
NOS ÚLTIMOS ANOS
TERRA INDÍGENA

GARIMPEIROS E MADEIREIROS

FAZENDEIROS, POSSEIROS E
PRESSÃO DE POLÍTICOS LOCAIS
(Conflito de terras)

THÉRY, H. As boas-novas sobre a população brasileira. Conhecimento Prático SIMIELLI, M. E. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2009 (adaptado).
Geográfico, n. 41, jan. 2012 (adaptado).

Os mapas representam distintos padrões de distribuição de processos socioespaciais. Nesse sentido, a menor
incidência de disputas territoriais envolvendo povos indígenas se explica pela
A fertilização natural dos solos.
B expansão da fronteira agrícola.
C intensificação da migração de retorno.
D homologação de reservas extrativistas.
E concentração histórica da urbanização.
QUESTÃO 02

Trata-se de um gigantesco movimento de construção de cidades, necessário para o assentamento residencial


dessa população, bem como de suas necessidades de trabalho, abastecimento, transportes, saúde, energia, água
etc. Ainda que o rumo tomado pelo crescimento urbano não tenha respondido satisfatoriamente a todas essas
necessidades, o território foi ocupado e foram construídas as condições para viver nesse espaço.
MARICATO, E. Brasil, cidades: alternativas para a crise urbana. Petrópolis: Vozes, 2001.

A dinâmica de transformação das cidades tende a apresentar como consequência a expansão das áreas
periféricas pelo(a)
A crescimento da população urbana e aumento da especulação imobiliária.
B direcionamento maior do fluxo de pessoas, devido à existência de um grande número de serviços.
C delimitação de áreas para uma ocupação organizada do espaço físico, melhorando a qualidade de vida.
D implantação de políticas públicas que promovem a moradia e o direito à cidade aos seus moradores.
E reurbanização de moradias nas áreas centrais, mantendo o trabalhador próximo ao seu emprego, diminuindo os
deslocamentos para a periferia.
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2013 *AZUL75SAB3*
QUESTÃO 03 QUESTÃO 05
No dia 1º de julho de 2012, a cidade do Rio de Janeiro De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã e
tornou-se a primeira do mundo a receber o título da muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar,
Unesco de Patrimônio Mundial como Paisagem Cultural. muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos
A candidatura, apresentada pelo Instituto do Patrimônio ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito
Histórico e Artístico Nacional (Iphan), foi aprovada longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro,
durante a 36ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial. nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho
O presidente do Iphan explicou que “a paisagem carioca vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares [...].
é a imagem mais explícita do que podemos chamar de Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece
civilização brasileira, com sua originalidade, desafios, que será salvar esta gente.
contradições e possibilidades”. A partir de agora, os
Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R.
locais da cidade valorizados com o título da Unesco serão História moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 2001.
alvo de ações integradas visando a preservação da sua
paisagem cultural. A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o
Disponível em: www.cultura.gov.br. Acesso em: 7 mar. 2013 (adaptado). projeto colonizador para a nova terra. Nesse trecho, o
O reconhecimento da paisagem em questão como relato enfatiza o seguinte objetivo:
patrimônio mundial deriva da A Valorizar a catequese a ser realizada sobre os
A presença do corpo artístico local. povos nativos.
B imagem internacional da metrópole. B Descrever a cultura local para enaltecer a
C herança de prédios da ex-capital do país. prosperidade portuguesa.
D diversidade de culturas presente na cidade. C Transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o
E relação sociedade-natureza de caráter singular. potencial econômico existente.
QUESTÃO 04 D Realçar a pobreza dos habitantes nativos para
demarcar a superioridade europeia.
TEXTO I E Criticar o modo de vida dos povos autóctones para
Há já algum tempo eu me apercebi de que, desde evidenciar a ausência de trabalho.
meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões
como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei QUESTÃO 06
em princípios tão mal assegurados não podia ser senão
mui duvidoso e incerto. Era necessário tentar seriamente, O canto triste dos conquistados:
uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões
os últimos dias de Tenochtitlán
a que até então dera crédito, e começar tudo novamente
a fim de estabelecer um saber firme e inabalável. Nos caminhos jazem dardos quebrados;
DESCARTES, R. Meditações concernentes à Primeira Filosofia.
São Paulo: Abril Cultural, 1973 (adaptado). os cabelos estão espalhados.
TEXTO II
Destelhadas estão as casas,
É o caráter radical do que se procura que exige a
radicalização do próprio processo de busca. Se todo o Vermelhas estão as águas, os rios, como se alguém
espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que as tivesse tingido,
aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada Nos escudos esteve nosso resguardo,
pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma
daquelas que foram anteriormente varridas por essa mas os escudos não detêm a desolação...
mesma dúvida. PINSKY, J. et al. História da América através de textos.
SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado). São Paulo: Contexto, 2007 (fragmento).  

A exposição e a análise do projeto cartesiano indicam que, O texto é um registro asteca, cujo sentido está
para viabilizar a reconstrução radical do conhecimento, relacionado ao(à)
deve-se
A tragédia causada pela destruição da cultura
A retomar o método da tradição para edificar a ciência
desse povo.
com legitimidade.
B tentativa frustrada de resistência a um poder
B questionar de forma ampla e profunda as antigas
considerado superior.
ideias e concepções.
C extermínio das populações indígenas pelo
C investigar os conteúdos da consciência dos homens
menos esclarecidos. Exército espanhol.
D buscar uma via para eliminar da memória saberes D dissolução da memória sobre os feitos de seus
antigos e ultrapassados. antepassados.
E encontrar ideias e pensamentos evidentes que E profetização das consequências da colonização
dispensam ser questionados. da América.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 3


*AZUL75SAB4* 2013

QUESTÃO 07 QUESTÃO 09

Taxa de fecundidade total – Brasil – 1940-2010 De todas as transformações impostas pelo meio
técnico-científico-informacional à logística de transportes,
6,21
interessa-nos mais de perto a intermodalidade. E por
6,16 6,28
uma razão muito simples: o potencial que tal “ferramenta
5,76 logística” ostenta permite que haja, de fato, um sistema de
transportes condizente com a escala geográfica do Brasil.
HUERTAS, D. M. O papel dos transportes na expansão recente da fronteira agrícola brasileira.
4,35
Revista Transporte y Territorio, Universidade de Buenos Aires, n. 3, 2010 (adaptado).

A necessidade de modais de transporte interligados, no


2,85 território brasileiro, justifica-se pela(s)
2,38
A variações climáticas no território, associadas à
1,90 interiorização da produção.
B grandes distâncias e a busca da redução dos custos
de transporte.
C formação geológica do país, que impede o uso de um
1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020
único modal.
IBGE. Censo demográfico 2010: resultados gerais da amostra.
Disponível em: ftp://ftp.ibge.gov.br. Acesso em: 12 mar. 2013. D proximidade entre a área de produção agrícola
intensiva e os portos.
O processo registrado no gráfico gerou a seguinte
E diminuição dos fluxos materiais em detrimento de
consequência demográfica:
fluxos imateriais.
A Decréscimo da população absoluta.
QUESTÃO 10
B Redução do crescimento vegetativo.
C Diminuição da proporção de adultos. Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado
D Expansão de políticas de controle da natalidade. que temido ou temido que amado. Responde-se que
ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é
E Aumento da renovação da população
difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que
economicamente ativa.
amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque
QUESTÃO 08 dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que
são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos
As Brigadas Internacionais foram unidades de de lucro, e enquanto lhes fazes bem são inteiramente
combatentes formadas por voluntários de 53 nacionalidades teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos,
dispostos a lutar em defesa da República espanhola. quando, como acima disse, o perigo está longe; mas
Estima-se que cerca de 60 mil cidadãos de várias quando ele chega, revoltam-se.
partes do mundo – incluindo 40 brasileiros – tenham se MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991.
incorporado a essas unidades. Apesar de coordenadas
pelos comunistas, as Brigadas contaram com A partir da análise histórica do comportamento humano
membros socialistas, liberais e de outras correntes em suas relações sociais e políticas, Maquiavel define o
político-ideológicas. homem como um ser
SOUZA, I. I. A Guerra Civil Europeia. História Viva, n. 70, 2009 (fragmento). A munido de virtude, com disposição nata a praticar
o bem a si e aos outros.
A Guerra Civil Espanhola expressou as disputas em curso
na Europa na década de 1930. A perspectiva política B possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas
comum que promoveu a mobilização descrita foi o(a) para alcançar êxito na política.
C guiado por interesses, de modo que suas ações
A crítica ao stalinismo. são imprevisíveis e inconstantes.
B combate ao fascismo. D naturalmente racional, vivendo em um estado
C rejeição ao federalismo. pré-social e portando seus direitos naturais.
D apoio ao corporativismo. E sociável por natureza, mantendo relações
E adesão ao anarquismo. pacíficas com seus pares.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 4


2013 *AZUL75SAB5*
QUESTÃO 11 QUESTÃO 13

Nos estados, entretanto, se instalavam as oligarquias,


de cujo perigo já nos advertia Saint-Hilaire, e sob o
disfarce do que se chamou “a política dos governadores”.
Em círculos concêntricos esse sistema vem cumular no
próprio poder central que é o sol do nosso sistema.
PRADO, P. Retrato do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1972.

A crítica presente no texto remete ao acordo que


fundamentou o regime republicano brasileiro durante as
três primeiras décadas do século XX e fortaleceu o(a)
A poder militar, enquanto fiador da ordem econômica.
B presidencialismo, com o objetivo de limitar o poder
dos coronéis.
C domínio de grupos regionais sobre a ordem federativa.
D intervenção nos estados, autorizada pelas normas
constitucionais.
E isonomia do governo federal no tratamento das
disputas locais.

QUESTÃO 12
PEDERNEIRAS, R. Revista da Semana, ano 35, n. 40, 15 set. 1934. In: LEMOS, R. (Org.).
No final do século XIX, as Grandes Sociedades Uma história do Brasil através das caricaturas (1840-2001).
Rio de Janeiro: Bom Texto; Letras e Expressões, 2001.
carnavalescas alcançaram ampla popularidade entre os
foliões cariocas. Tais sociedades cultivavam um pretensioso Na imagem, da década de 1930, há uma crítica à conquista
objetivo em relação à comemoração carnavalesca em de um direito pelas mulheres, relacionado com a
si mesma: com seus desfiles de carros enfeitados pelas A redivisão do trabalho doméstico.
principais ruas da cidade, pretendiam abolir o entrudo B liberdade de orientação sexual.
(brincadeira que consistia em jogar água nos foliões) e C garantia da equiparação salarial.
outras práticas difundidas entre a população desde os
D aprovação do direito ao divórcio.
tempos coloniais, substituindo-os por formas de diversão
que consideravam mais civilizadas, inspiradas nos E obtenção da participação eleitoral.
carnavais de Veneza. Contudo, ninguém parecia disposto QUESTÃO 14
a abrir mão de suas diversões para assistir ao carnaval
das sociedades. O entrudo, na visão dos seus animados Então, a travessia das veredas sertanejas é mais
praticantes, poderia coexistir perfeitamente com os desfiles. exaustiva que a de uma estepe nua. Nesta, ao menos,
o viajante tem o desafogo de um horizonte largo e a
 PEREIRA, C. S. Os senhores da alegria: a presença das mulheres nas Grandes Sociedades
carnavalescas cariocas em fins do século XIX. In: CUNHA, M. C. P. Carnavais e outras perspectiva das planuras francas. Ao passo que a outra
frestas: ensaios de história social da cultura. Campinas: Unicamp; Cecult, 2002 (adaptado). o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e estonteia-o;
Manifestações culturais como o carnaval também têm enlaça-o na trama espinescente e não o atrai; repulsa-o
com as folhas urticantes, com o espinho, com os gravetos
sua própria história, sendo constantemente reinventadas
estalados em lanças, e desdobra-se-lhe na frente léguas e
ao longo do tempo. A atuação das Grandes Sociedades, léguas, imutável no aspecto desolado; árvore sem folhas,
descrita no texto, mostra que o carnaval representava um de galhos estorcidos e secos, revoltos, entrecruzados,
momento em que as apontando rijamente no espaço ou estirando-se flexuosos
A distinções sociais eram deixadas de lado em nome pelo solo, lembrando um bracejar imenso, de tortura, da
da celebração. flora agonizante...
CUNHA, E. Os sertões. Disponível em: http://pt.scribd.com. Acesso em: 2 jun. 2012.
B aspirações cosmopolitas da elite impediam a
realização da festa fora dos clubes. Os elementos da paisagem descritos no texto
C liberdades individuais eram extintas pelas regras das correspondem a aspectos biogeográficos presentes na
autoridades públicas. A composição de vegetação xerófila.
D tradições populares se transformavam em matéria de B formação de florestas latifoliadas.
disputas sociais. C transição para mata de grande porte.
E perseguições policiais tinham caráter xenófobo por D adaptação à elevada salinidade.
repudiarem tradições estrangeiras. E homogeneização da cobertura perenifólia.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 5
*AZUL75SAB6* 2013

QUESTÃO 15 QUESTÃO 17

Na produção social que os homens realizam, eles Modelo 1

entram em determinadas relações indispensáveis e


independentes de sua vontade; tais relações de produção
correspondem a um estágio definido de desenvolvimento
das suas forças materiais de produção. A totalidade Fornecedor Estoque Produção Estoque Cliente
dessas relações constitui a estrutura econômica da Modelo 2
sociedade — fundamento real, sobre o qual se erguem as
superestruturas política e jurídica, e ao qual correspondem Requisição Requisição
determinadas formas de consciência social.
Entrega Entrega
MARX, K. Prefácio à Crítica da economia política. In: MARX, K.; ENGELS, F. Cliente Produção Fornecedor
Textos 3. São Paulo: Edições Sociais, 1977 (adaptado).
Disponível em: http://ensino.univates.br. Acesso em: 11 maio 2013 (adaptado).
Para o autor, a relação entre economia e política
Na imagem, estão representados dois modelos
estabelecida no sistema capitalista faz com que
de produção. A possibilidade de uma crise de
A o proletariado seja contemplado pelo processo de superprodução é distinta entre eles em função do
mais-valia. seguinte fator:

B o trabalho se constitua como o fundamento real da A Origem da matéria-prima.


produção material. B Qualificação da mão de obra.
C a consolidação das forças produtivas seja compatível C Velocidade de processamento.
com o progresso humano. D Necessidade de armazenamento.
E Amplitude do mercado consumidor.
D a autonomia da sociedade civil seja proporcional ao
desenvolvimento econômico. QUESTÃO 18
E a burguesia revolucione o processo social de
A África também já serviu como ponto de partida
formação da consciência de classe. para comédias bem vulgares, mas de muito sucesso,
como Um príncipe em Nova York e Ace Ventura: um
QUESTÃO 16 maluco na África; em ambas, a África parece um
lugar cheio de tribos doidas e rituais de desenho
Um trabalhador em tempo flexível controla o animado. A animação O rei Leão, da Disney, o mais
local do trabalho, mas não adquire maior controle bem-sucedido filme americano ambientado na África,
sobre o processo em si. A essa altura, vários estudos não chegava a contar com elenco de seres humanos.
sugerem que a supervisão do trabalho é muitas vezes LEIBOWITZ, E. Filmes de Hollywood sobre África ficam no clichê.
Disponível em: http://notícias.uol.com.br. Acesso em: 17 abr. 2010.
maior para os ausentes do escritório do que para os
presentes. O trabalho é fisicamente descentralizado e A produção cinematográfica referida no texto
o poder sobre o trabalhador, mais direto. contribui para a constituição de uma memória sobre
a África e seus habitantes. Essa memória enfatiza e
SENNETT, R. A corrosão do caráter: consequências pessoais do novo capitalismo.
negligencia, respectivamente, os seguintes aspectos
Rio de Janeiro: Record, 1999 (adaptado).
do continente africano:
Comparada à organização do trabalho característica do A A história e a natureza.
taylorismo e do fordismo, a concepção de tempo analisada B O exotismo e as culturas.
no texto pressupõe que C A sociedade e a economia.
A as tecnologias de informação sejam usadas para D O comércio e o ambiente.
democratizar as relações laborais. E A diversidade e a política.
B as estruturas burocráticas sejam transferidas da
empresa para o espaço doméstico.
C os procedimentos de terceirização sejam aprimorados
pela qualificação profissional.
D as organizações sindicais sejam fortalecidas com a
valorização da especialização funcional.
E os mecanismos de controle sejam deslocados dos
processos para os resultados do trabalho.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 6


2013 *AZUL75SAB7*
QUESTÃO 19 QUESTÃO 21

Disneylândia Um gigante da indústria da internet, em gesto


simbólico, mudou o tratamento que conferia à sua
Multinacionais japonesas instalam empresas em página palestina. O site de buscas alterou sua página
Hong-Kong quando acessada da Cisjordânia. Em vez de “territórios
E produzem com matéria-prima brasileira palestinos”, a empresa escreve agora “Palestina” logo
Para competir no mercado americano abaixo do logotipo.
[...] BERCITO, D. Google muda tratamento de territórios palestinos.
Folha de S. Paulo, 4 maio 2013 (adaptado).
Pilhas americanas alimentam eletrodomésticos
ingleses na Nova Guiné O gesto simbólico sinalizado pela mudança no status dos
territórios palestinos significa o
Gasolina árabe alimenta automóveis americanos na
África do Sul A surgimento de um país binacional.
[...] B fortalecimento de movimentos antissemitas.
Crianças iraquianas fugidas da guerra C esvaziamento de assentamentos judaicos.
Não obtêm visto no consulado americano do Egito D reconhecimento de uma autoridade jurídica.
Para entrarem na Disneylândia E estabelecimento de fronteiras nacionais.
ANTUNES, A. Disponível em: www.radio.uol.com.br. Acesso em: 3 fev. 2013 (fragmento).
QUESTÃO 22
Na canção, ressalta-se a coexistência, no contexto
internacional atual, das seguintes situações: Para que não haja abuso, é preciso organizar as
coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder.
A Acirramento do controle alfandegário e estímulo ao Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo
capital especulativo. corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo,
B Ampliação das trocas econômicas e seletividade dos exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de
fluxos populacionais. executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes
ou as divergências dos indivíduos. Assim, criam-se os
C Intensificação do controle informacional e adoção de poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, atuando
barreiras fitossanitárias. de forma independente para a efetivação da liberdade,
D Aumento da circulação mercantil e desregulamentação sendo que esta não existe se uma mesma pessoa ou
do sistema financeiro. grupo exercer os referidos poderes concomitantemente.
E Expansão do protecionismo comercial e MONTESQUIEU, B. Do espírito das leis. São Paulo: Abril Cultural, 1979 (adaptado).

descaracterização de identidades nacionais. A divisão e a independência entre os poderes são


condições necessárias para que possa haver liberdade
QUESTÃO 20 em um Estado. Isso pode ocorrer apenas sob um modelo
político em que haja

PSD - PTB - UDN A exercício de tutela sobre atividades jurídicas e


políticas.
PSP - PDC - MTR B consagração do poder político pela autoridade
religiosa.
PTN - PST - PSB C concentração do poder nas mãos de elites
técnico-cientifícas.
PRP - PR - PL - PRT D estabelecimento de limites aos atores públicos e às
instituições do governo.
Finados E reunião das funções de legislar, julgar e executar nas
mãos de um governante eleito.
FORTUNA. Correio da Manhã, ano 65, n. 22 264, 2 nov. 1965.

A imagem foi publicada no jornal Correio da Manhã, no dia


de Finados de 1965. Sua relação com os direitos políticos
existentes no período revela a
A extinção dos partidos nanicos.
B retomada dos partidos estaduais.
C adoção do bipartidarismo regulado.
D superação do fisiologismo tradicional.
E valorização da representação parlamentar.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 7
*AZUL75SAB8* 2013

QUESTÃO 23 QUESTÃO 25

Quando ninguém duvida da existência de um outro Vida social sem internet?


mundo, a morte é uma passagem que deve ser celebrada
entre parentes e vizinhos. O homem da Idade Média tem a E NO MSN,
convicção de não desaparecer completamente, esperando VOCÊ
ESTOU !
NO MYSPACE EM
ESTÁ NO E FACEBOOK? TODOS!
a ressurreição. Pois nada se detém e tudo continua ORKUT?
na eternidade. A perda contemporânea do sentimento
religioso fez da morte uma provação aterrorizante, um
trampolim para as trevas e o desconhecido.
DUBY, G. Ano 1000 ano 2000 na pista dos nossos medos.
São Paulo: Unesp, 1998 (adaptado).

VOCÊ ESTÁ EM
Ao comparar as maneiras com que as sociedades têm ATÉ NO TANTOS LUGARES, POR
TWITTER? ISSO RARAMENTE TE VEJO
lidado com a morte, o autor considera que houve um NO MUNDO REAL !
CLARO!
processo de
A mercantilização das crenças religiosas.
B transformação das representações sociais.
C disseminação do ateísmo nos países de maioria cristã.
D diminuição da distância entre saber científico e Disponível em: http://tv-video-edc.blogspot.com. Acesso em: 30 maio 2010.
eclesiástico.
A charge revela uma crítica aos meios de comunicação,
E amadurecimento da consciência ligada à
em especial à internet, porque
civilização moderna.
A questiona a integração das pessoas nas redes virtuais
QUESTÃO 24 de relacionamento.
B considera as relações sociais como menos
O edifício é circular. Os apartamentos dos prisioneiros
importantes que as virtuais.
ocupam a circunferência. Você pode chamá-los, se
C enaltece a pretensão do homem de estar em todos os
quiser, de celas. O apartamento do inspetor ocupa o
lugares ao mesmo tempo.
centro; você pode chamá-lo, se quiser, de alojamento
D descreve com precisão as sociedades humanas no
do inspetor. A moral reformada; a saúde preservada; a
mundo globalizado.
indústria revigorada; a instrução difundida; os encargos
E concebe a rede de computadores como o espaço
públicos aliviados; a economia assentada, como deve
mais eficaz para a construção de relações sociais.
ser, sobre uma rocha; o nó górdio da Lei sobre os Pobres
não cortado, mas desfeito — tudo por uma simples ideia QUESTÃO 26
de arquitetura!
Durante a realeza, e nos primeiros anos republicanos,
BENTHAM, J. O panóptico. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
as leis eram transmitidas oralmente de uma geração para
Essa é a proposta de um sistema conhecido como outra. A ausência de uma legislação escrita permitia aos
panóptico, um modelo que mostra o poder da disciplina nas patrícios manipular a justiça conforme seus interesses.
sociedades contemporâneas, exercido preferencialmente Em 451 a.C., porém, os plebeus conseguiram eleger
por mecanismos
uma comissão de dez pessoas — os decênviros — para
A religiosos, que se constituem como um olho divino escrever as leis. Dois deles viajaram a Atenas, na Grécia,
controlador que tudo vê. para estudar a legislação de Sólon.
B ideológicos, que estabelecem limites pela alienação, COULANGES, F. A cidade antiga. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
impedindo a visão da dominação sofrida.
A superação da tradição jurídica oral no mundo antigo,
C repressivos, que perpetuam as relações de dominação descrita no texto, esteve relacionada à
entre os homens por meio da tortura física.
A adoção do sufrágio universal masculino.
D sutis, que adestram os corpos no espaço-tempo por
B extensão da cidadania aos homens livres.
meio do olhar como instrumento de controle.
C afirmação de instituições democráticas.
E consensuais, que pactuam acordos com base na
compreensão dos benefícios gerais de se ter as D implantação de direitos sociais.
próprias ações controladas. E tripartição dos poderes políticos.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 8


2013 *AZUL75SAB9*
QUESTÃO 27 QUESTÃO 29

A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a Seguiam-se vinte criados custosamente vestidos e
mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não montados em soberbos cavalos; depois destes, marchava
devem estar separados como na inscrição existente o Embaixador do Rei do Congo magnificamente ornado
em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, de seda azul para anunciar ao Senado que a vinda do
e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que Rei estava destinada para o dia dezesseis. Em resposta
amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas obteve repetidas vivas do povo que concorreu alegre e
mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a admirado de tanta grandeza.
identificamos como felicidade. Coroação do Rei do Congo em Santo Amaro, Bahia apud DEL PRIORE, M. Festas e utopias
no Brasil colonial. In: CATELLI JR., R. Um olhar sobre as festas populares brasileiras.
ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010. São Paulo: Brasiliense, 1994 (adaptado).

Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes Originária dos tempos coloniais, a festa da Coroação do
atributos, Aristóteles a identifica como Rei do Congo evidencia um processo de
A busca por bens materiais e títulos de nobreza. A exclusão social.
B plenitude espiritual e ascese pessoal. B imposição religiosa.
C finalidade das ações e condutas humanas. C acomodação política.
D conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas. D supressão simbólica.
E expressão do sucesso individual e reconhecimento E ressignificação cultural.
público.
QUESTÃO 30
QUESTÃO 28
TEXTO I
A nossa luta é pela democratização da propriedade
da terra, cada vez mais concentrada em nosso país.
Cerca de 1% de todos os proprietários controla 46%
das terras. Fazemos pressão por meio da ocupação de
latifúndios improdutivos e grandes propriedades, que não
cumprem a função social, como determina a Constituição
de 1988. Também ocupamos as fazendas que têm origem
na grilagem de terras públicas.
Disponível em: www.mst.org.br. Acesso em: 25 ago. 2011 (adaptado).

TEXTO II
O pequeno proprietário rural é igual a um pequeno
proprietário de loja: quanto menor o negócio mais difícil
de manter, pois tem de ser produtivo e os encargos são
Disponível em: http://BP.blogspot.com. Acesso em: 24 ago. 2011. difíceis de arcar. Sou a favor de propriedades produtivas e
sustentáveis e que gerem empregos. Apoiar uma empresa
Na imagem, visualiza-se um método de cultivo e as
transformações provocadas no espaço geográfico. produtiva que gere emprego é muito mais barato e gera
O objetivo imediato da técnica agrícola utilizada é muito mais do que apoiar a reforma agrária.
LESSA, C. Disponível em: www.observadorpolitico.org.br. Acesso em: 25 ago. 2011 (adaptado).
A controlar a erosão laminar.
Nos fragmentos dos textos, os posicionamentos em
B preservar as nascentes fluviais.
relação à reforma agrária se opõem. Isso acontece porque
C diminuir a contaminação química. os autores associam a reforma agrária, respectivamente, à
D incentivar a produção transgênica.
A redução do inchaço urbano e à crítica ao
E implantar a mecanização intensiva.
minifúndio camponês.
B ampliação da renda nacional e à prioridade ao
mercado externo.
C contenção da mecanização agrícola e ao combate
ao êxodo rural.
D privatização de empresas estatais e ao estímulo
ao crescimento econômico.
E correção de distorções históricas e ao prejuízo
ao agronegócio.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 9
*AZUL75SAB10* 2013

QUESTÃO 31 QUESTÃO 33

Tendo encarado a besta do passado olho no olho,


tendo pedido e recebido perdão e tendo feito correções,
viremos agora a página — não para esquecê-lo,
mas para não deixá-lo aprisionar-nos para sempre.
Avancemos em direção a um futuro glorioso de uma
nova sociedade sul-africana, em que as pessoas valham
não em razão de irrelevâncias biológicas ou de outros
estranhos atributos, mas porque são pessoas de valor
infinito criadas à imagem de Deus.
Desmond Tutu, no encerramento da Comissão da Verdade na África do Sul. Disponível em:
http://td.camara.leg.br. Acesso em: 17 dez. 2012 (adaptado).

No texto, relaciona-se a consolidação da democracia na


África do Sul à superação de um legado
MOREAUX, F. R. Proclamação da Independência.
A populista, que favorecia a cooptação de
dissidentes políticos. Disponível em: www.tvbrasil.org.br. Acesso em: 14 jun. 2010.

B totalitarista, que bloqueava o diálogo com os


movimentos sociais.
C segregacionista, que impedia a universalização
da cidadania.
D estagnacionista, que disseminava a pauperização
social.
E fundamentalista, que engendrava conflitos religiosos.

QUESTÃO 32

Ninguém desconhece a necessidade que todos


os fazendeiros têm de aumentar o número de seus
trabalhadores. E como até há pouco supriam-se os
fazendeiros dos braços necessários? As fazendas eram
alimentadas pela aquisição de escravos, sem o menor
auxílio pecuniário do governo. Ora, se os fazendeiros se
FERREZ, M. D. Pedro II.
supriam de braços à sua custa, e se é possível obtê-los
ainda, posto que de outra qualidade, por que motivo não SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos.
hão de procurar alcançá-los pela mesma maneira, isto é, São Paulo: Cia. das Letras, 1998.
à sua custa?
As imagens, que retratam D. Pedro I e D. Pedro II, procuram
Resposta de Manuel Felizardo de Sousa e Mello, diretor geral das Terras Públicas,
transmitir determinadas representações políticas acerca
ao Senador Vergueiro. In: ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada no Brasil.
São Paulo: Cia. das Letras, 1998 (adaptado). dos dois monarcas e seus contextos de atuação. A ideia
que cada imagem evoca é, respectivamente:
O fragmento do discurso dirigido ao parlamentar do
Império refere-se às mudanças então em curso no campo A Habilidade militar — riqueza pessoal.
brasileiro, que confrontaram o Estado e a elite agrária em B Liderança popular — estabilidade política.
torno do objetivo de C Instabilidade econômica — herança europeia.
A fomentar ações públicas para ocupação das terras D Isolamento político — centralização do poder.
do interior. E Nacionalismo exacerbado — inovação administrativa.
B adotar o regime assalariado para proteção da mão de
obra estrangeira.
C definir uma política de subsídio governamental para o
fomento da imigração.
D regulamentar o tráfico interprovincial de cativos para
sobrevivência das fazendas.
E financiar a fixação de famílias camponesas para
estímulo da agricultura de subsistência.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 10


2013 *AZUL75SAB11*
QUESTÃO 34 QUESTÃO 36
Embora haja dados comuns que dão unidade ao Até hoje admitia-se que nosso conhecimento se devia
fenômeno da urbanização na África, na Ásia e na América regular pelos objetos; porém, todas as tentativas para
Latina, os impactos são distintos em cada continente e descobrir, mediante conceitos, algo que ampliasse nosso
mesmo dentro de cada país, ainda que as modernizações conhecimento, malogravam-se com esse pressuposto.
se deem com o mesmo conjunto de inovações. Tentemos, pois, uma vez, experimentar se não se
ELIAS, D. Fim do século e urbanização no Brasil. Revista Ciência Geográfica,
resolverão melhor as tarefas da metafísica, admitindo que
ano IV, n. 11, set./dez. 1988. os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento.
KANT, I. Crítica da razão pura. Lisboa: Calouste-Gulbenkian, 1994 (adaptado).
O texto aponta para a complexidade da urbanização
nos diferentes contextos socioespaciais. Comparando O trecho em questão é uma referência ao que ficou
a organização socioeconômica das regiões citadas, a conhecido como revolução copernicana na filosofia. Nele,
unidade desse fenômeno é perceptível no aspecto confrontam-se duas posições filosóficas que
A espacial, em função do sistema integrado que envolve A assumem pontos de vista opostos acerca da natureza
as cidades locais e globais. do conhecimento.
B cultural, em função da semelhança histórica e da B defendem que o conhecimento é impossível,
condição de modernização econômica e política. restando-nos somente o ceticismo.
C demográfico, em função da localização das maiores C revelam a relação de interdependência entre os dados
aglomerações urbanas e continuidade do fluxo da experiência e a reflexão filosófica.
campo-cidade. D apostam, no que diz respeito às tarefas da filosofia,
D territorial, em função da estrutura de organização na primazia das ideias em relação aos objetos.
e planejamento das cidades que atravessam as E refutam-se mutuamente quanto à natureza do nosso
fronteiras nacionais. conhecimento e são ambas recusadas por Kant.
E econômico, em função da revolução agrícola que
transformou o campo e a cidade e contribuiu para QUESTÃO 37
fixação do homem ao lugar. Nos últimos decênios, o território conhece grandes
QUESTÃO 35 mudanças em função de acréscimos técnicos que
renovam a sua materialidade, como resultado e condição,
Rua Preciados, seis da tarde. Ao longe, a massa ao mesmo tempo, dos processos econômicos e sociais
humana que abarrota a Praça Puerta Del Sol, em Madri, em curso.
se levanta. Um grupo de garotas, ao ver a cena, corre em SANTOS, M.; SILVEIRA; M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI.
Rio de Janeiro: Record, 2004 (adaptado).
direção à multidão. Milhares de pessoas fazem ressoar o
slogan: “Que não, que não, que não nos representem”. A partir da última década, verifica-se a ocorrência
Um garoto fala pelo megafone: “Demandamos submeter no Brasil de alterações significativas no território,
ocasionando impactos sociais, culturais e econômicos
a referendo o resgate bancário”.
sobre comunidades locais, e com maior intensidade, na
RODRÍGUEZ, O. Puerta Del Sol, o grande alto-falante. Brasil de Fato,
Amazônia Legal, com a
São Paulo, 26 maio-1 jun. 2011(adaptado).
A reforma e ampliação de aeroportos nas capitais
Em 2011, o acampamento dos Indignados espanhóis
dos estados.
expressou todo o descontentamento político da
juventude europeia. Que proposta sintetiza o conjunto de B ampliação de estádios de futebol para a realização de
reivindicações políticas destes jovens? eventos esportivos.
C construção de usinas hidrelétricas sobre os rios
A Voto universal. Tocantins, Xingu e Madeira.
B Democracia direta. D instalação de cabos para a formação de uma rede
C Pluralidade partidária. informatizada de comunicação.
D Autonomia legislativa. E formação de uma infraestrutura de torres que
E Imunidade parlamentar. permitem a comunicação móvel na região.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 11


*AZUL75SAB12* 2013

QUESTÃO 38 QUESTÃO 40
A recuperação da herança cultural africana deve TEXTO I
levar em conta o que é próprio do processo cultural: seu Ela acorda tarde depois de ter ido ao teatro e à dança;
movimento, pluralidade e complexidade. Não se trata, ela lê romances, além de desperdiçar o tempo a olhar
portanto, do resgate ingênuo do passado nem do seu para a rua da sua janela ou da sua varanda; passa horas
cultivo nostálgico, mas de procurar perceber o próprio no toucador a arrumar o seu complicado penteado; um
rosto cultural brasileiro. O que se quer é captar seu número igual de horas praticando piano e mais outras na
movimento para melhor compreendê-lo historicamente. sua aula de francês ou de dança.
MINAS GERAIS. Cadernos do Arquivo 1: Escravidão em Minas Gerais.
Belo Horizonte: Arquivo Público Mineiro, 1988. Comentário do Padre Lopes da Gama acerca dos costumes femininos [1839] apud SILVA, T.
V. Z. Mulheres, cultura e literatura brasileira. Ipotesi — Revista de Estudos Literários,
Com base no texto, a análise de manifestações culturais Juiz de Fora, v. 2. n. 2, 1998.

de origem africana, como a capoeira ou o candomblé, TEXTO II


deve considerar que elas As janelas e portas gradeadas com treliças não eram
A permanecem como reprodução dos valores e cadeias confessas, positivas; mas eram, pelo aspecto e
costumes africanos. pelo seu destino, grandes gaiolas, onde os pais e maridos
B perderam a relação com o seu passado histórico. zelavam, sonegadas à sociedade, as filhas e as esposas.
MACEDO, J. M. Memórias da Rua do Ouvidor [1878]. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br.
C derivam da interação entre valores africanos e a Acesso em: 20 maio 2013 (adaptado).
experiência histórica brasileira.
A representação social do feminino comum aos dois
D contribuem para o distanciamento cultural entre textos é o(a)
negros e brancos no Brasil atual. A submissão de gênero, apoiada pela concepção
E demonstram a maior complexidade cultural dos patriarcal de família.
africanos em relação aos europeus. B acesso aos produtos de beleza, decorrência da
QUESTÃO 39 abertura dos portos.
C ampliação do espaço de entretenimento, voltado às
distintas classes sociais.
D proteção da honra, mediada pela disputa masculina
em relação às damas da corte.
E valorização do casamento cristão, respaldado pelos
interesses vinculados à herança.
QUESTÃO 41
Os produtos e seu consumo constituem a meta
declarada do empreendimento tecnológico. Essa meta
foi proposta pela primeira vez no início da Modernidade,
como expectativa de que o homem poderia dominar a
natureza. No entanto, essa expectativa, convertida em
programa anunciado por pensadores como Descartes e
Bacon e impulsionado pelo Iluminismo, não surgiu “de
Meta de Faminto um prazer de poder”, “de um mero imperialismo humano”,
JK — Você agora tem automóvel brasileiro, para correr mas da aspiração de libertar o homem e de enriquecer
em estradas pavimentadas com asfalto brasileiro, com sua vida, física e culturalmente.
gazolina brasileira. Que mais quer? CUPANI, A. A tecnologia como problema filosófico: três enfoques.
Scientiae Studia, São Paulo, v. 2, n. 4, 2004 (adaptado).
JECA — Um prato de feijão brasileiro, seu doutô!
THÉO. In: LEMOS, R. (Org.). Uma história do Brasil através da caricatura (1840-2001).
Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes e
Rio de Janeiro: Bom Texto; Letras & Expressões, 2001. Bacon, e o projeto iluminista concebem a ciência como
A charge ironiza a política desenvolvimentista do governo uma forma de saber que almeja libertar o homem das
Juscelino Kubitschek, ao intempéries da natureza. Nesse contexto, a investigação
científica consiste em
A evidenciar que o incremento da malha viária diminuiu
A expor a essência da verdade e resolver definitivamente
as desigualdades regionais do país. as disputas teóricas ainda existentes.
B destacar que a modernização das indústrias dinamizou B oferecer a última palavra acerca das coisas que
a produção de alimentos para o mercado interno. existem e ocupar o lugar que outrora foi da filosofia.
C enfatizar que o crescimento econômico implicou C ser a expressão da razão e servir de modelo para
aumento das contradições socioespaciais. outras áreas do saber que almejam o progresso.
D ressaltar que o investimento no setor de bens duráveis D explicitar as leis gerais que permitem interpretar a
incrementou os salários de trabalhadores. natureza e eliminar os discursos éticos e religiosos.
E mostrar que a ocupação de regiões interioranas abriu E explicar a dinâmica presente entre os fenômenos
frentes de trabalho para a população local. naturais e impor limites aos debates acadêmicos.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 12


2013 *AZUL75SAB13*
QUESTÃO 42

Disponível em: http://blig.ig.com.br. Acesso em: 23 ago. 2011 (adaptado).

No esquema, o problema atmosférico relacionado ao ciclo da água acentuou-se após as revoluções industriais.
Uma consequência direta desse problema está na
A redução da flora.
B elevação das marés.
C erosão das encostas.
D laterização dos solos.
E fragmentação das rochas.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 13


*AZUL75SAB14* 2013

QUESTÃO 43 QUESTÃO 45

Empresa vai fornecer 230 turbinas para o segundo Tenho 44 anos e presenciei uma transformação
complexo de energia à base de ventos, no sudeste da impressionante na condição de homens e mulheres
Bahia. O Complexo Eólico Alto Sertão, em 2014, terá gays nos Estados Unidos. Quando nasci, relações
capacidade para gerar 375 MW (megawatts), total homossexuais eram ilegais em todos os Estados Unidos,
suficiente para abastecer uma cidade de 3 milhões menos Illinois. Gays e lésbicas não podiam trabalhar no
de habitantes. governo federal. Não havia nenhum político abertamente
MATOS, C. GE busca bons ventos e fecha contrato de R$ 820 mi na Bahia. gay. Alguns homossexuais não assumidos ocupavam
Folha de S. Paulo, 2 dez. 2012.
posições de poder, mas a tendência era eles tornarem as
A opção tecnológica retratada na notícia proporciona coisas ainda piores para seus semelhantes.
a seguinte consequência para o sistema energético ROSS, A. Na máquina do tempo. Época, ed. 766, 28 jan. 2013.
brasileiro:
A dimensão política da transformação sugerida no texto
A Redução da utilização elétrica.
teve como condição necessária a
B Ampliação do uso bioenergético.
C Expansão das fontes renováveis. A ampliação da noção de cidadania.
D Contenção da demanda urbano-industrial. B reformulação de concepções religiosas.
E Intensificação da dependência geotérmica. C manutenção de ideologias conservadoras.
D implantação de cotas nas listas partidárias.
QUESTÃO 44
E alteração da composição étnica da população.
A escravidão não há de ser suprimida no Brasil por uma
guerra servil, muito menos por insurreições ou atentados
locais. Não deve sê-lo, tampouco, por uma guerra civil,
como o foi nos Estados Unidos. Ela poderia desaparecer,
talvez, depois de uma revolução, como aconteceu na
França, sendo essa revolução obra exclusiva da população
livre. É no Parlamento e não em fazendas ou quilombos
do interior, nem nas ruas e praças das cidades, que se há
de ganhar, ou perder, a causa da liberdade.
NABUCO, J. O abolicionismo [1883]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira;
São Paulo: Publifolha, 2000 (adaptado).

No texto, Joaquim Nabuco defende um projeto político


sobre como deveria ocorrer o fim da escravidão no Brasil,
no qual
A copiava o modelo haitiano de emancipação negra.
B incentivava a conquista de alforrias por meio de
ações judiciais.
C optava pela via legalista de libertação.  
D priorizava a negociação em torno das indenizações
aos senhores.
E antecipava a libertação paternalista dos cativos. 

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 14


 

1° DIA 
CADERNO 1 – AZUL 

CIÊNCIAS HUMANAS    CIÊNCIAS DA NATUREZA 
E SUAS TECNOLOGIAS  E SUAS TECNOLOGIAS 
QUESTÕES  GABARITOS  QUESTÕES  GABARITOS
1   E 46  B
2   A 47  B
3   E 48  E
4   B 49  D
5   A 50  A
6   B 51  B
7   B 52  E
8   B 53  B
9   B 54  D
10   C 55  A
11   C 56  B
12   D 57  A
13   E 58  A
14   A 59  A
15   B 60  B
16   E 61  C
17   D 62  B
18   B 63  C
19   B 64  B
20   C 65  C
21   D 66  A
22   D 67  C
23   B 68  B
24   D 69  E
25   A 70  C
26   B 71  D
27   C 72  E
28   A 73  A
29   E 74  C
30   E 75  E
31   C 76  C
32   C 77  D
33   B 78  B
34   C 79  D
35   B 80  B
36   A 81  A
37   C 82  A
38   C 83  D
39   C 84  B
40   A 85  A
41   C 86  E
42   A 87  B
43   C 88  D
44   C 89  B
45   A  90  A
 

 
*BRAN75SAB2* 2013

CIÊNCIAS HUMANAS QUESTÃO 03


E SUAS TECNOLOGIAS
Embora o aspecto mais óbvio da Guerra Fria fosse
Questões de 1 a 45 o confronto militar e a cada vez mais frenética corrida
armamentista, não foi esse o seu grande impacto. As
QUESTÃO 01 armas nucleares nunca foram usadas. Muito mais óbvias
Ao longo das três últimas décadas, houve uma foram as consequências políticas da Guerra Fria.
explosão de movimentos sociais pelo mundo. Essa HOBSBAWM, E. Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991.
diversidade de movimentos — que vão desde os São Paulo: Cia. das Letras, 1999 (adaptado).

movimentos por direitos civis e os movimentos O conflito entre as superpotências teve sua expressão
feministas dos anos de 1960 e 1970, até os movimentos emblemática no(a)
antinucleares e ecológicos dos anos de 1980 e a
campanha pelos direitos homossexuais da década de A formação do mundo bipolar.
1990 — é normalmente denominado pelos comentadores B aceleração da integração regional.
do tema como novos movimentos sociais. C eliminação dos regimes autoritários.
GIDDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005 (adaptado). D difusão do fundamentalismo islâmico.
Uma explicação para a expansão dos chamados novos E enfraquecimento dos movimentos nacionalistas.
movimentos sociais nas últimas três décadas é a
QUESTÃO 04
A fragilidade das redes globais comunicacionais, como
internet e telefonia.
B garantia dos direitos sociais constitucionais, como
educação e previdência.
C crise das organizações representativas tradicionais,
como partidos e sindicatos.
D instabilidade das instituições políticas democráticas,
como eleições e parlamentos.
E consolidação das corporações transnacionais
monopolistas, como petrolíferas e mineradoras.

QUESTÃO 02
A Inglaterra deve governar o mundo porque é a melhor;
o poder deve ser usado; seus concorrentes imperiais não
são dignos; suas colônias devem crescer, prosperar e
continuar ligadas a ela. Somos dominantes, porque temos AP Wide World Photos/ William Kratzke, 2001.
o poder (industrial, tecnológico, militar, moral), e elas não; Disponível em: http://nymag.com. Acesso em: 29 fev. 2012.
elas são inferiores; nós, superiores, e assim por diante.
SAID, E. Cultura e imperialismo. São Paulo: Cia das Letras, 1995 (adaptado).
Os eventos ocorridos no dia 11 de setembro de 2001
geraram mudanças sociais nos Estados Unidos, que
O texto reproduz argumentos utilizados pelas potências
europeias para dominação de regiões na África e na Ásia, A ampliaram o isolacionismo e autossuficiência da
a partir de 1870. Tais argumentos justificavam suas ações economia norte-americana.
imperialistas, concebendo-as como parte de uma B mitigaram o patriotismo e os laços familiares em razão
das mortes causadas.
A cruzada religiosa.
C atenuaram o xenofobismo e a tensão política entre os
B catequese cristã. países do Oriente e Ocidente.
C missão civilizatória. D aumentaram o preconceito contra os indivíduos de
D expansão comercial ultramarina. origem árabe e religião islâmica.
E política exterior multiculturalista. E diminuíram a popularidade e legitimidade imediata do
chefe de Estado para lidar com o evento.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 2


2013 *BRAN75SAB3*
QUESTÃO 05 QUESTÃO 07

Hobbes realiza o esforço supremo de atribuir ao TEXTO I


contrato uma soberania absoluta e indivisível. Ensina O aparecimento da máquina movida a vapor foi
que, por um único e mesmo ato, os homens naturais o nascimento do sistema fabril em grande escala,
constituem-se em sociedade política e submetem-se a representando um aumento tremendo na produção,
um senhor, a um soberano. Não firmam contrato com abrindo caminho na direção dos lucros, resultado do
esse senhor, mas entre si. É entre si que renunciam, em aumento da procura. Eram forças abrindo um novo mundo.
proveito desse senhor, a todo o direito e toda liberdade HUBERMAN, L. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1974 (adaptado).
nocivos à paz.
CHEVALLIER, J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a nossos dias.
TEXTO II
Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adaptado).
Os edifícios das fábricas adaptavam-se mal à
A proposta de organização da sociedade apresentada no concentração de numerosa mão de obra, reunida
texto encontra-se fundamentada na para longos dias de trabalho, numa situação árdua e
insalubre. O trabalho nas fábricas destruiu o sistema
A imposição das leis e na respeitabilidade ao soberano.
doméstico de produção. Homens, mulheres e crianças
B abdicação dos interesses individuais e na legitimidade deixavam os lugares onde moravam para trabalhar em
do governo. diferentes fábricas.
C alteração dos direitos civis e na representatividade do LEITE, M. M. Iniciação à história social contemporânea.
São Paulo: Cultrix,1980 (adaptado).
monarca.
D cooperação dos súditos e na legalidade do poder As estratégias empregadas pelos textos para abordar o
democrático. impacto da Revolução Industrial sobre as sociedades que
E mobilização do povo e na autoridade do parlamento. se industrializavam são, respectivamente,
A ressaltar a expansão tecnológica e deter-se no
QUESTÃO 06
trabalho doméstico.
Há dois pilares para a concepção multilateral de B acentuar as inovações tecnológicas e priorizar as
justiça: a ideia de que a relação entre Estados é baseada mudanças no mundo do trabalho.
na igualdade jurídica e a noção de que a Carta da ONU C debater as consequências sociais e valorizar a
deveria promover os direitos humanos e o progresso reorganização do trabalho.
social. Do primeiro pilar derivam as normas de não
D indicar os ganhos sociais e realçar as perdas culturais.
intervenção, de respeito à integridade territorial e de não
ingerência. São as normas que garantem as condições E minimizar as transformações sociais e criticar os
dos processos deliberativos justos entre iguais. avanços tecnológicos.
FONSECA JR., G. Justiça e direitos humanos. In: NASSER, R. (Org.). Novas perspectivas
sobre os conflitos internacionais. São Paulo: Unesp, 2010 (adaptado).

Nessa concepção de justiça, o cumprimento das normas


jurídicas mencionadas é a condição indispensável para a
efetivação do seguinte aspecto político:
A Voto censitário.
B Sufrágio universal.
C Soberania nacional.
D Nacionalismo separatista.
E Governo presidencialista.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 3


*BRAN75SAB4* 2013

QUESTÃO 08 A mudança na distribuição das classes de 2005 a 2010


implicou uma expressiva alteração no formato do primeiro
Do outro lado do Atlântico, a coisa é bem diferente.
para o segundo gráfico. Um processo associado a essa
A classe média europeia não está acostumada com a
mudança está indicado no(a)
moleza. Toda pessoa normal que se preze esfria a barriga
no tanque e a esquenta no fogão, caminha até a padaria A expansão do mercado interno.
para comprar o seu próprio pão e enche o tanque de B concentração da renda nacional.
gasolina com as próprias mãos. C persistência da crise internacional.
SETTI, A. Disponível em: http://colunas.revistaepoca.globo.com.
Acesso em: 21 maio 2013 (fragmento). D crescimento demográfico acelerado.
E fracasso das políticas redistributivas.
A diferença entre os costumes assinalados no texto e os
da classe média brasileira é consequência da ocorrência
QUESTÃO 10
no Brasil de
A automação do trabalho nas fábricas, relacionada à Ninguém vive sem ocupar espaço, sem respirar,
expansão tecnológica. sem alimentar-se, sem ter um teto para abrigar-se e, na
B ampliação da oferta de empregos, vinculada à Modernidade, sem o que se incorporou na vida cotidiana:
concessão de direitos sociais. luz, telefone, televisão, rádio, refrigeração dos alimentos
C abertura do mercado nacional, associada à etc. A humanidade não vive sem ocupar espaço, sem
modernização conservadora.
utilizar-se cada vez mais intensamente das riquezas
D oferta de mão de obra barata, conjugada à herança naturais que são apropriadas privadamente.
patriarcal.
RODRIGUES, A. M. Desenvolvimento sustentável: dos conflitos de classes para os conflitos
E consolidação da estabilidade econômica, ligada à de gerações. In: SILVA. J. B. et al. (Orgs.). Panorama da geografia brasileira.
São Paulo: Annablume, 2006 (fragmento).
industrialização acelerada.
O texto defende que duas mudanças provocadas pela
QUESTÃO 09 ação humana na Modernidade são o(a)
Classes sociais no Brasil (2005-2010) A alteração no modo de vida das comunidades e a
delimitação dos problemas ambientais em escala
2005 local.
Classes AB
26 421 B surgimento de novas formas de apropriação dos
milhões (15%) territórios e a utilização pública dos recursos naturais.

Classes C C incorporação de novas tecnologias no processo


62 702 produtivo e a aceleração dos problemas ambientais.
milhões (34%)
D aumento do consumo de bens e mercadorias e a
Classes DE utilização de mão de obra nas unidades produtivas.
92 936 E esgotamento das reservas naturais e a desaceleração
milhões (51%)
da produção de bens de consumo humano.
População Total 182 060 108

2010
Classes AB
42 195
milhões (22%)

Classes C
101 651
milhões (53%)

Classes DE
47 948
milhões (25%)
População Total 191 795 854
Fonte: Cetelem-Ipsos, 2010. O Globo, 23 mar. 2011(adaptado).

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 4


2013 *BRAN75SAB5*
QUESTÃO 11 QUESTÃO 12

O papel da Organização do Tratado do Atlântico Norte Depois de dez anos de aparente imobilidade,
(Otan) alterou-se desde sua origem em 1949. A Otan é
77 950 operários estavam em greve em São Bernardo,
uma aliança militar que se funda sobre um tratado de
segurança coletiva, o qual, por sua vez, indica a criação de Santo André, São Caetano e Diadema – o chamado
uma organização internacional com o objetivo de manter ABCD, coração industrial do país. Em todas as fábricas,
a democracia, a paz e a segurança dos seus integrantes.
os operários cruzaram os braços em silêncio. Apanhado
No começo dos anos de 1990, em função dos de surpresa, o governo militar ficou por algum tempo
conflitos nos Bálcãs, a Otan declarou que a instabilidade
sem ação. Os empregadores, por sua vez, sofriam sérios
na Europa Central afetava diretamente a segurança dos
seus membros. Foi então iniciada a primeira operação prejuízos a cada dia de greve.
ALVES, M. H. M. Estado e oposição no Brasil (1964-1984). Petrópolis: Vozes, 1984 (adaptado).
militar fora do território dos países-membros. Desde então
ela expandiu sua área de interesse para África, Oriente O movimento sindical, em fins dos anos 1970, começou
Médio e Ásia. a se rearticular e a patrocinar greves de significativa
BERTAZZO, J. Atuação da Otan no Pós-Guerra Fria: implicações para a segurança nacional
e para a ONU. Contexto Internacional, Rio de Janeiro, jan.-jun. 2010 (adaptado). repercussão. Essas greves aconteceram em um contexto
Os objetivos dessa organização, nos diferentes períodos político-institucional de
descritos, são, respectivamente:
A revogação da negociação coletiva entre patrões e
A Financiar a indústria bélica – garantir atuação global. empregados.
B Conter a expansão socialista – realizar ataques B afirmação dos direitos individuais por parte de minorias.
preventivos.
C suspensão da legislação trabalhista forjada durante a
C Combater a ameaça soviética – promover auxílio
Era Vargas.
humanitário.
D limitação à liberdade das organizações sindicais e
D Minimizar a influência estadunidense – apoiar
populares.
organismos multilaterais.
E Reconstruir o continente devastado – assegurar E discordância dos empresários com as políticas
estabilidade geopolítica. industriais.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 5


*BRAN75SAB6* 2013

QUESTÃO 13 QUESTÃO 14

Fronteira. Condição antidemocrática de existência O contrário de um fato qualquer é sempre possível,


pois, além de jamais implicar uma contradição, o espírito
das democracias, distinguindo os cidadãos dos
o concebe com a mesma facilidade e distinção como se
estrangeiros, afirma que não pode haver democracia sem ele estivesse em completo acordo com a realidade.
território. Em princípio, portanto, nada de democracia sem Que o Sol não nascerá amanhã é tão inteligível e não
implica mais contradição do que a afirmação de que ele
fronteiras. E, no entanto, as fronteiras perdem o sentido
nascerá. Podemos em vão, todavia, tentar demonstrar sua
no que diz respeito às mercadorias, aos capitais, aos falsidade de maneira absolutamente precisa. Se ela fosse
homens e às informações que as atravessam. As nações demonstrativamente falsa, implicaria uma contradição e
o espírito nunca poderia concebê-la distintamente, assim
não podem mais ser definidas por fronteiras rígidas. Será
como não pode conceber que 1 + 1 seja diferente de 2.
necessário aprender a construir nações sem fronteiras, HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano.
São Paulo: Nova Cultural, 1999 (adaptado).
autorizando a filiação a várias comunidades, o direito de
O filósofo escocês David Hume refere-se a fatos, ou seja,
voto múltiplo, a multilealdade.
a eventos espaço-temporais, que acontecem no mundo.
ATTALI, J. Dicionário do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001 (adaptado). Com relação ao conhecimento referente a tais eventos,
Hume considera que os fenômenos
No texto, a análise da relação entre democracia, cidadania
A acontecem de forma inquestionável, ao serem
e fronteira apresenta sob uma perspectiva crítica a apreensíveis pela razão humana.
necessidade de B ocorrem de maneira necessária, permitindo um saber
próximo ao de estilo matemático.
A reestruturação efetiva do Estado-nação.
C propiciam segurança ao observador, por se basearem
B liberalização controlada dos mercados. em dados que os tornam incontestáveis.
C contestação popular do voto censitário. D devem ter seus resultados previstos por duas
modalidades de provas, com conclusões idênticas.
D garantia jurídica da lealdade nacional.
E exigem previsões obtidas por raciocínio, distinto do
E afirmação constitucional dos territórios. conhecimento baseado em cálculo abstrato.

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2013 *BRAN75SAB7*
QUESTÃO 15 QUESTÃO 16

TEXTO I É preciso ressaltar que, de todas as capitanias


brasileiras, Minas era a mais urbanizada. Não havia ali
O Heliocentrismo não é o “meu sistema”, mas a hegemonia de um ou dois grandes centros. A região era
Ordem de Deus. repleta de vilas e arraiais, grandes e pequenos, em cujas
COPÉRNICO, N. As revoluções dos orbes celestes [1543]. ruas muita gente circulava.
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1984.
PAIVA, E. F. O ouro e as transformações na sociedade colonial. São Paulo: Atual, 1998.
TEXTO II
As regiões da América portuguesa tiveram distintas lógicas
Não vejo nenhum motivo para que as ideias expostas de ocupação. Uma explicação para a especificidade da
neste livro (A origem das espécies) se choquem com as região descrita no texto está identificada na
ideias religiosas. A apropriação cultural diante das influências externas.
DARWIN, C. A origem das espécies [1859]. São Paulo: Escala, 2009.
B produção manufatureira diante do exclusivo comercial.
Os textos expressam a visão de dois pensadores — C insubordinação religiosa diante da hierarquia
Copérnico e Darwin — sobre a questão religiosa e suas eclesiástica.
relações com a ciência, no contexto histórico de construção D fiscalização estatal diante das particularidades
econômicas.
e consolidação da Modernidade. A comparação entre
E autonomia administrativa diante das instituições
essas visões expressa, respectivamente: metropolitanas.
A Articulação entre ciência e fé — pensamento científico
QUESTÃO 17
independente.
B Poder secular acima do poder religioso — defesa dos A cessação do tráfico lançou sobre a escravidão
uma sentença definitiva. Mais cedo ou mais tarde estaria
dogmas católicos.
extinta, tanto mais quanto os índices de natalidade entre os
C Ciência como área autônoma do saber — razão escravos eram extremamente baixos e os de mortalidade,
humana submetida à fé. elevados. Era necessário melhorar as condições de vida
D Moral católica acima da protestante — subordinação da escravaria existente e, ao mesmo tempo, pensar numa
da ciência à religião. outra solução para o problema da mão de obra.
COSTA, E. V. Da Monarquia à República: momentos decisivos. São Paulo: Unesp, 2010.
E Autonomia do pensamento religioso — fomento à fé
por meio da ciência. Em 1850, a Lei Eusébio de Queirós determinou a extinção
do tráfico transatlântico de cativos e colocou em evidência
o problema da falta de mão de obra para a lavoura. Para
os cafeicultores paulistas, a medida que representou uma
solução efetiva desse problema foi o (a)
A valorização dos trabalhadores nacionais livres.
B busca por novas fontes fornecedoras de cativos.
C desenvolvimento de uma economia urbano-industrial.
D incentivo à imigração europeia.
E escravização das populações indígenas.

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*BRAN75SAB8* 2013

QUESTÃO 18 QUESTÃO 19

Imagine uma festa. São centenas de pessoas A substância é um Ser capaz de Ação. Ela é simples
ou composta. A substância simples é aquela que não
aparentemente viajadas, inteligentes, abertas a novas
tem partes. O composto é a reunião das substâncias
amizades. Você seleciona uma delas e começa um simples ou Mônadas. Monas é uma palavra grega que
diálogo. Apesar do assunto envolvente, você olha para significa unidade ou o que é uno. Os compostos ou os
corpos são Multiplicidades, e as Substâncias simples,
o lado, perde o foco e dá início a um novo bate-papo.
as Vidas, as Almas, os Espíritos são unidades. É preciso
Trinta segundos depois, outra pessoa desperta a sua que em toda parte haja substâncias simples porque sem
atenção. Você repete a mesma ação. Lá pelas tantas as simples não haveria as compostas, nem movimento.
Por conseguinte, toda natureza está plena de vida.
você se dá conta de que não lembra o nome de nenhuma
LEIBNIZ, G. W. Discurso de metafísicas e outros textos.
São Paulo: Matins Fontes, 2004 (adaptado).
das pessoas com quem conversou. A internet é mais
ou menos assim, repleta de coisas legais, informações Dentre suas diversas reflexões, Leibniz voltou
sua atenção para o tema da metafísica, que trata
relevantes. São janelas e mais janelas abertas. basicamente do fundamento de realidade das coisas do
Disponível em: http://revistagalileu.globo.com. Acesso em: 19 fev. 2013 (adaptado). mundo. A busca por esse fundamento muitas vezes é
resumida a partir do conceito de substância, que para
Refletindo sobre a correlação entre meios de comunicação ele se refere a algo que é
e vida social, o texto associa a internet a um padrão de A complexo por natureza, constituindo a unidade
sociabilidade que se caracteriza pelo(a) mínima do cosmo.
B estabilizador da realidade, dada a exigência de
A isolamento das pessoas. permanência desta.

B intelectualização dos internautas. C desdobrado no composto, em vez de gerá-lo unindo-


se a outras substâncias simples.
C superficialidade das interações. D considerado simples e múltiplo a um só tempo, por
D mercantilização das relações. ser um todo indecomponível constituído de partes.
E essencial na estrutura do que existe no mundo, sem
E massificação dos gostos. deixar de contribuir para o movimento.

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2013 *BRAN75SAB9*
QUESTÃO 20 QUESTÃO 21

TEXTO I
Devem ser bons serviçais e habilidosos, pois noto
Não é sem razão que o ser humano procura de
que repetem logo o que a gente diz e creio que depressa boa vontade juntar-se em sociedade com outros que
estão já unidos, ou pretendem unir-se, para a mútua
se fariam cristãos; me pareceu que não tinham nenhuma conservação da vida, da liberdade e dos bens a que
chamo de propriedade.
religião. Eu, comprazendo a Nosso Senhor, levarei daqui, LOCKE, J. Segundo tratado sobre governo: ensaio relativo à verdadeira origem,
extensão e objetivo do governo civil. São Paulo: Abril Cultural, 1978 (adaptado).
por ocasião de minha partida, seis deles para Vossas
TEXTO II
Majestades, para que aprendam a falar. Para que essas classes com interesses econômicos
COLOMBO, C. Diários da descoberta da América: as quatro viagens e o testamento.
em conflitos não destruam a si mesmas e à sociedade
Porto Alegre: L&PM, 1984. numa luta estéril, surge a necessidade de um poder que,
na aparência, esteja acima da sociedade, que atenue o
O documento destaca um aspecto cultural relevante conflito, mantenha-o dentro dos limites da ordem.
em torno da conquista da América, que se encontra ENGELS, F. In: GALLINO, L. Dicionário de sociologia.
São Paulo: Paulus, 2005 (adaptado).
expresso em:
Os textos expressam duas visões sobre a forma como
A Deslumbramento do homem branco diante do os indivíduos se organizam socialmente. Tais visões
comportamento exótico das tribos autóctones. apontam, respectivamente, para as concepções:
B Violência militarizada do europeu diante da A Liberal, em defesa da liberdade e da propriedade privada
necessidade de imposição de regras aos ameríndios. — Conflituosa, exemplificada pela luta de classes.
C Cruzada civilizacional frente à tarefa de educar os B Heterogênea, favorável à propriedade privada —
Consensual, sob o controle de classes com interesses
povos nativos pelos parâmetros ocidentais.
comuns.
D Comportamento caridoso dos governos europeus
C Igualitária, baseada na filantropia — Complementar,
diante da receptividade das comunidades indígenas. com objetivos comuns unindo classes antagônicas.
E Compromisso dos agentes religiosos diante da D Compulsória, na qual as pessoas possuem papéis
necessidade de respeitar a diversidade social dos que se complementam — Individualista, na qual as
índios. pessoas lutam por seus interesses.
E Libertária, em defesa da razão humana —
Contraditória, na qual vigora o estado de natureza.

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*BRAN75SAB10* 2013

QUESTÃO 22 QUESTÃO 23
Foi lento o processo de transferência da população
para as cidades, pois durante séculos o Brasil foi um país
agrário. Foi necessário mais de um século (século XVIII
a século XIX) para que a urbanização brasileira atingisse
a maturidade; e mais um século para que assumisse as
características atuais.
ENDLICH, A. M. Perspectivas sobre o urbano e o rural. In: SPOSITO, M. E. B.;
WHITACKER, A. M. (Orgs.). Cidade e campo: relações e contradições entre
o urbano e o rural. São Paulo: Expressão Popular, 2006 (adaptado).

A dinâmica populacional descrita indica a ocorrência do


seguinte processo:
A Migração intrarregional.
B Migração pendular.
C Transumância.
D Êxodo rural.
E Nomadismo.

QUESTÃO 24
O antropólogo americano Marius Barbeau escreveu o
seguinte: sempre que se cante a uma criança uma cantiga
de ninar; sempre que se use uma canção, uma adivinha,
uma parlenda, uma rima de contar, no quarto das crianças
ou na escola; sempre que ditos e provérbios, fábulas,
histórias bobas e contos populares sejam representados;
aí veremos o folclore em seu próprio domínio, sempre em
ação, vivo e mutável, sempre pronto a agarrar e assimilar
novos elementos em seu caminho.
UTLEY, F. L. Uma definição de folclore. In: BRANDÃO, C. R. O que é folclore.
São Paulo: Brasiliense, 1984 (adaptado).

O texto tem como objeto a construção da identidade


cultural, reconhecendo que o folclore, mesmo sendo uma
manifestação associada à preservação das raízes e da
memória dos grupos sociais,
A está sujeito a mudanças e reinterpretações.
B deve ser apresentado de forma escrita.
C segue os padrões de produção da moderna indústria
cultural.
D tende a ser materializado em peças e obras de arte
eruditas.
E expressa as vivências contemporâneas e os anseios
futuros desses grupos.

Disponível em: www.estadao.com.br. Acesso em: 3 dez. 2012 (adaptado).

Nos mapas, está representada a região dos Bálcãs, em


dois momentos do século XX. Uma causa para a mudança
geopolítica representada foi a
A adoção do euro como moeda única.
B suspensão do apoio econômico soviético.
C intervenção internacional liderada pela Otan.
D intensificação das tensões étnicas regionais.
E formação de um Estado islâmico unificado.

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2013 *BRAN75SAB11*
QUESTÃO 25 QUESTÃO 28
Eu mesmo me apresento: sou Antônio: O geoturismo é um segmento turístico recente que
sou Antônio Vicente Mendes Maciel busca priorizar os aspectos naturais negligenciados pelo
(provim da batalha de Deus versus demônio
Com a res publica marca de Caim). ecoturismo: geologia e geomorfologia, como cavernas,
Moisés, do Êxodo ao Deuteronômio, sítios paleontológicos, maciços rochosos, quedas d’água
Sou natural de Quixeramobim, etc., proporcionando uma experiência turística que vai
O Antônio Conselheiro deste chão além da contemplação, agregando informações sobre a
Que vai ser mar e o mar vai ser sertão.
origem e formação dos locais visitados.
ACCIOLY, M. Antônio Conselheiro. In: FERNANDES, R. (Org.). O clarim e a oração: BENTO, L. C. M.; RODRIGUES, S. C. Geoturismo e geomorfossítios: refletindo sobre o
cem anos de Os sertões. São Paulo: Geração Editorial, 2001. potencial turístico de quedas d’água – um estudo de caso do município de Indianápolis-MG.
In: Revista Geográfica Acadêmica, v. 4, n. 2, 2010.
O poema, escrito em 2001, contribui para a construção
de uma determinada memória sobre o movimento de Atualmente, no Brasil, a utilização de pequenas
Canudos, ao retratar seu líder como propriedades rurais para a prática descrita pelo texto é
A crítico do regime político recém-proclamado. indicada como método que
B partidário da abolição da escravidão. A possibilita a exploração de recursos minerais sem
C contrário à distribuição da terra para os humildes. degradação da fauna e da flora locais.
D defensor da autonomia política dos municípios.
B associa a conservação do bioma a ganhos financeiros
E porta-voz do catolicismo ortodoxo romano.
para o proprietário da terra.
QUESTÃO 26 C permite a migração da população rural sem perda de
sua identidade cultural.
Sou um partidário da Comuna de Paris, que, por ter
sido massacrada, sufocada no sangue pelos carrascos da D impede o uso das áreas de mata para cultivos
reação monárquica e clerical, tornou-se ainda mais viva, dependentes de sombreamento.
mais poderosa na imaginação e no coração do proletariado
E viabiliza a produção agrícola com a utilização de
da Europa; sou seu partidário sobretudo porque ela foi
uma negação audaciosa, bem pronunciada, do Estado. culturas comerciais.
BAKUNIN, M. apud SAMIS, A. Negras tormentas: o federalismo e o internacionalismo na
Comuna de Paris. São Paulo: Hedra, 2011. QUESTÃO 29
A Comuna de Paris despertou a reação dos setores Há cinco anos as plantações de algodão de Burkina
sociais mencionados no texto, porque Faso, as maiores da África Ocidental, vêm sendo
A instituiu a participação política direta do povo. contaminadas por organismos geneticamente modificados
B consagrou o princípio do sufrágio universal. (OGMs). E ao que tudo indica, o país é apenas o ponto
C encerrou o período de estabilidade política europeia. de partida para a expansão dessa tecnologia, que traz
D simbolizou a vitória do ideário marxista. enormes benefícios às empresas.
E representou a retomada dos valores do liberalismo. GÉRARD, F. O pesado jogo dos transgênicos [2009]. Disponível em: www.diplomatique.org.br.
Acesso em: 19 mar. 2010 (adaptado).

QUESTÃO 27 Com relação ao lucro obtido pelas empresas produtoras


Com um longo histórico de desencontros, o dos organismos geneticamente modificados, este tende a
desenvolvimento econômico e o meio ambiente andam ser maximizado por meio do(a)
às turras no país. O noticiário dá a impressão de que se
trata de diferenças irreconciliáveis, e talvez sejam. A propriedade intelectual, que rende royalties sobre as
CINTRA, L. A.; MARTINS, R. Revista Carta na Escola, ago. 2009 (fragmento).
patentes de sementes e insumos.
B produção das sementes e insumos nos países
Nesse início de século XXI, um exemplo dos desencontros
entre natureza e economia é o(a) consumidores, acarretando economia em logística.

A replantio de espécies da Mata Atlântica em C elaboração de produtos adaptados às culturas


substituição às lavouras de café. específicas, abandonando as vendas de produtos
B derrubada de trechos de floresta para a conclusão de uniformizados.
viadutos na Rodovia Transamazônica. D manutenção, nos países menos desenvolvidos, de
C expansão da fronteira agrícola na Amazônia, a fim de grandes fazendas voltadas para o abastecimento
expandir as áreas de plantio de soja. interno.
D redução da Mata de Araucárias devido à urbanização
descontrolada nas diferentes regiões do país. E cultivo de plantas com maiores índices de
E diminuição do Pantanal, tendo em vista a expansão produtividade, o que lhes renderia maior publicidade
dos latifúndios, que cumprem sua função social. no combate à fome.

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*BRAN75SAB12* 2013

QUESTÃO 30 QUESTÃO 31

Queixume das operárias da seda TEXTO I


Sempre tecemos panos de seda É notório que o universo do futebol caracteriza-se
E nem por isso vestiremos melhor [...] por ser, desde sua origem, um espaço eminentemente
masculino; como esse espaço não é apenas esportivo,
Nunca seremos capazes de ganhar tanto mas sociocultural, os valores nele embutidos e dele
Que possamos ter melhor comida [...] derivados estabelecem limites que, embora nem sempre
Pois a obra de nossas mãos tão claros, devem ser observados para a perfeita
Nenhuma de nós terá para se manter [...] manutenção da “ordem”, ou da “lógica’” que se atribui ao
jogo e que nele se espera ver confirmada. A entrada das
E estamos em grande miséria mulheres em campo subverteria tal ordem, e as reações
Mas, com os nossos salários, enriquece aquele para daí decorrentes expressam muito bem as relações
quem trabalhamos presentes em cada sociedade: quanto mais machista, ou
Grande parte das noites ficamos acordadas sexista, ela for, mais exacerbadas as suas réplicas.
E todo o dia para isso ganhar FRANZINI, F. Futebol é “coisa pra macho”? Pequeno esboço para uma história das mulheres
no país do futebol. Revista Brasileira de História, v. 25, n. 50, jul.-dez. 2005 (adaptado).
Ameaçam-nos de nos moer de pancada
Os membros quando descansamos TEXTO II
Com o Estado Novo, a circularidade de uma prática
E assim, não nos atrevemos a repousar. cultural nascida na elite e transformada por sua aceitação
CHRÉTIEN DE TROYES apud LE GOFF. J. Civilização do Ocidente Medieval. popular completou o ciclo ao ser apropriada pelo Estado
Lisboa: Edições 70, 1992.
como parte do discurso oficial sobre a nacionalidade.
Tendo em vista as transformações socioeconômicas da A partir daí, o Estado profissionalizou o futebol e passou
Europa Ocidental durante a Baixa Idade Média, o texto a ser o grande promotor do esporte, descrito como uma
apresenta a seguinte situação: expressão da nacionalidade. O futebol brasileiro refletiria
A Uso da coerção no mundo do trabalho artesanal. as qualidades e os defeitos da nação.
B Deslocamento das trabalhadoras do campo para as SANTOS, L. C. V. G. O dia em que adiaram o carnaval: política externa e a construção do
Brasil. São Paulo: EdUNESP, 2010.
cidades.
C Desorganização do trabalho pela introdução do Os dois aspectos ressaltados pelos textos sobre a história
assalariamento. do futebol na sociedade brasileira são respectivamente:
D Enfraquecimento dos laços que ligavam patrões e A Simbolismo político — poder manipulador.
empregadas. B Caráter coletivo — ligação com as demandas
E Ganho das artífices pela introdução da remuneração populares.
pelo seu trabalho. C Potencial de divertimento — contribuição para a
alienação popular.
D Manifestação de relações de gênero — papel
identitário.
E Dimensão folclórica — exercício da dominação de
classes.

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2013 *BRAN75SAB13*
QUESTÃO 32 QUESTÃO 34
A década de 1970 marcou o início das preocupações Há cerca de um ano, 248 famílias de baixa renda
com a relação entre a atividade produtiva no campo e a que moravam em área de deslizamento do Morro do
preservação do meio ambiente no Brasil. Essa mesma Preventório, em Niterói (RJ), ganharam apartamentos
década se destaca pelo avanço das tecnologias de ponta, em um condomínio. Com uma renda média mensal de
que passam a ocupar cada vez mais espaço junto à dois salários mínimos e um apartamento com padrão de
agricultura e, ainda que numa dimensão menor, também, classe média, as famílias foram às compras de móveis
na agricultura familiar. e eletrodomésticos. Mas acabaram surpreendidas com
SILVA, P.S. Tecnologia e meio ambiente: o processo de modernização da agricultura familiar. as primeiras contas que não pagavam na favela: a maior
Revista da Fapese, v. 3, n. 2, jul.-dez., 2007. parte está endividada.
O avanço tecnológico e os impactos socioambientais no SPITZ, C. Entre o céu e o purgatório da inclusão social. O Globo, 10 jun. 2011 (adaptado).

campo brasileiro após a década de 1970 evidenciam uma Uma política pública relacionada com a contradição
relação de equivalência entre descrita e uma ação que reduziria seus efeitos estão
A investimento em maquinários e geração de empregos. identificadas, respectivamente, em:
B expansão das técnicas de cultivo e distribuição A Financeira – expansão das linhas de crédito para as
fundiária. classes médias.
C crescimento da produtividade e redistribuição espacial B Habitacional – apoio a geração de emprego e renda
do cultivo. entre os mais pobres.
D inovações nos pesticidas e redução da contaminação C Demográfica – restrição à migração e incentivo ao
dos trabalhadores. retorno das famílias de migrantes.
E utilização da engenharia genética e conservação dos D Ambiental – preservação de encostas e parques
biomas ameaçados. ecológicos.
E Educacional – combate ao analfabetismo e a evasão
QUESTÃO 33
escolar em comunidades pobres.
Os solos tropicais são naturalmente ácidos, em
QUESTÃO 35
razão da pobreza do material de origem ou devido aos
processos de gênese. Além disso, o manejo das áreas No alvorecer do século XX, o Rio de Janeiro sofreu,
agrícolas pode conduzir os solos à acidificação. de fato, uma intervenção que alterou profundamente
SOUZA, H. A. et al. Calagem e adubação boratada na produção de feijoeiro. sua fisionomia e estrutura, e que repercutiu como um
Revista Ciência Agronômica, v. 42, n. 2, abr.-jun. 2011.
terremoto nas condições de vida da população.
Em solos ácidos como os brasileiros, o método mais BENCHIMOL, J. Reforma urbana e Revolta da Vacina na cidade do Rio de Janeiro.
indicado, com o elemento utilizado para a correção do In: FERREIRA, J.; DELGADO, L. A.N. O Brasil republicano: o tempo do liberalismo
excludente. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
problema descrito no texto é o(a)
O texto refere-se à reforma urbanística ocorrida na capital
A descanso do solo a partir da técnica de pousio.
da República, na qual a ação governamental e seu
B uso da calagem pela introdução de calcário no solo. resultado social encontram-se na:
C aração do solo para realizar a sua descompactação.
A Cobrança de impostos — ocupação da periferia.
D plantio direto para diversificar as culturas.
B Destruição de cortiços — revolta da população pobre.
E rotação de culturas para manter os nutrientes no solo.
C Criação do transporte de massa — ampliação das
favelas.
D Construção de hospitais públicos — insatisfação da
elite urbana.
E Edificação de novas moradias — concentração de
trabalhadores.

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*BRAN75SAB14* 2013

QUESTÃO 36 QUESTÃO 38

Brasileiros de 5 anos ou mais de idade que viviam no A crise do modelo de desenvolvimento brasileiro,
exterior entre 31/07/1995 e 31/07/2005 e retornaram perverso e excludente, foi marcada, especialmente,
para o Brasil pela concentração de renda. As consequências dessa
agravante são observadas por alguns problemas
163 017 caóticos, como gastos infinitos com segurança pública,
180 000 vias saturadas e mal planejadas, poluição hídrica e
160 000
aglomerados urbanos sem infraestrutura.
140 000 SOUZA, J. A. et. al. Ocupação Desordenada. In: Revista Conhecimento Prático
Geografia, abr. 2010 (adaptado).
120 000 78 460
100 000 Brasil No espaço urbano brasileiro, vêm se agravando os
80 000 problemas socioambientais relacionados a um modelo
60 000 de desenvolvimento que configurou formas diversas de
40 000 exclusão social. Uma ação capaz de colaborar com a
20 000 solução desses problemas é
0 A investir de forma eficiente em melhorias na qualidade
2000 2010
de vida no campo para impedir o êxodo rural.
B integrar necessidades econômicas e sociais na
Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 2000 e 2010. Disponível em: www.sidra.ibge.gov.br.
Acesso em: 12 dez. 2012 (adaptado).
formulação de estratégias de planejamento para as
cidades.
Um fator no Brasil que explica a situação social
C transferir as populações das favelas para áreas não
demonstrada no gráfico está expresso em:
suscetíveis à erosão em outros estados.
A Declínio do trabalho formal. D considerar a organização dos espaços urbanos de
B Subsídio econômico do governo. acordo com as condições culturais dos grupos que
C Aumento do controle da migração. os ocupam.
D Decréscimo da renda dos empregados. E facilitar o assentamento de populações nas áreas
fluviais urbanas para incentivar a formação de
E Expansão da demanda de mão de obra.
espaços produtivos democráticos.
QUESTÃO 37

O trabalho de recomposição que nos espera não admite


medidas contemporizadoras. Implica o reajustamento
social e econômico de todos os rumos até aqui seguidos.
Comecemos por desmontar a máquina do favoritismo
parasitário, com toda sua descendência espúria.
Discurso de posse de Getúlio Vargas como chefe do
governo provisório, pronunciado em 03 de novembro de 1930.
FILHO, I. A. Brasil, 500 anos em documento. Rio de Janeiro: Mauad, 1999 (adaptado).

Em seu discurso de posse, como forma de legitimar


o regime político implantado em 1930, Getúlio Vargas
estabelece uma crítica ao
A funcionamento regular dos partidos políticos.
B controle político exercido pelas oligarquias estaduais.
C centralismo presente na Constituição então em vigor.
D mecanismo jurídico que impedia as fraudes eleitorais.
E imobilismo popular nos processos político-eleitorais.

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2013 *BRAN75SAB15*
QUESTÃO 39 QUESTÃO 41

Pense no crescimento tecnológico de sua cidade O Baile Charme, uma das mais conhecidas
nos últimos 10 ou 15 anos e perceberá que, embora ela manifestações culturais do povo carioca, fica cadastrado
como bem cultural de natureza imaterial da cidade.
tenha crescido, a maioria dos novos bairros é moradia de
O decreto considera o Baile Charme uma genuína
pessoas humildes que, ou foram expulsas da área mais invenção carioca, e destaca a riqueza de sua origem na
central pelo progresso técnico-científico, ou vieram do musicalidade africana, que abriga ritmos como o soul,
campo ou de outras regiões buscando melhores condições o funk e o rythim’n blues, da fonte norte-americana, e o
de vida, mas agora residem em lugares desprovidos dos choro, o samba e a bossa-nova, criações nascidas no
Rio. O Baile Charme é cultuado, principalmente na Zona
serviços básicos.
Norte da cidade, seja em clubes, agremiações recreativas
SOUZA, A. J. Texto e sugestões de atividades para abordar os conceitos de progresso e
desenvolvimento. In: Ciência Geográfica, AGB, dez. 1995 (adaptado). e espaços públicos como a área do Viaduto de Madureira.
Disponível em: www.jb.com.br. Acesso em: 2 mar. 2013 (adaptado).
Com as transformações ocorridas nas áreas rurais e
urbanas das cidades pelo advento das tecnologias, as Segundo o texto, o cadastramento do Baile Charme como
bem imaterial da cidade do Rio de Janeiro ocorreu porque
pessoas procuram se beneficiar de novas formas de
essa manifestação cultural
sobrevivência. Para isso, apropriam-se dos espaços
irregularmente. Diante dessa situação, o poder público A possui um grande apelo de público.
deve criar políticas capazes de gerar B simboliza uma região de relevância social.
C contém uma pluralidade de gêneros musicais.
A adaptação das moradias para oferecer qualidade de
D reflete um gosto fonográfico de camadas pobres.
vida às pessoas.
E representa uma diversidade de costumes populares.
B locais de moradia dignos e infraestrutura adequada
para esses novos moradores.
C mutirões entre os moradores para o melhoramento
estético das moradias populares.
D financiamentos para novas construções e
acompanhamento dos serviços técnicos.
E situações de regularização de seus terrenos, mesmo
que em áreas inadequadas.

QUESTÃO 40

O governo de Cingapura, que vem enfrentando


reclamações de residentes que precisam competir com
estrangeiros por emprego, endureceu as regras para que
empresas contratem funcionários de outros países para
posições de nível médio. A partir de janeiro de 2012, um
estrangeiro precisa ganhar 3 000 dólares cingapurianos
(2 493 dólares americanos) ou mais por mês antes de
se qualificar para um visto de trabalho que lhe permitirá
trabalhar em Cingapura.
Cingapura endurece regras para contratação de estrangeiros. Disponível em:
www.estadao.com.br. Acesso em: 17 ago. 2011 (adaptado).

As medidas adotadas pelo governo de Cingapura


objetivam favorecer a
A inserção da mão de obra local no mercado de trabalho.
B participação de população imigrante no setor terciário.
C ação das empresas estatais na economia nacional.
D expansão dos trabalhadores estrangeiros no setor
primário.
E captação de recursos financeiros internacionais.

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*BRAN75SAB16* 2013

QUESTÃO 42 QUESTÃO 44
A vinda da família real deslocou definitivamente o Mas, sendo minha intenção escrever algo de útil
eixo da vida administrativa da Colônia para o Rio de para quem por tal se interesse, pareceu-me mais
Janeiro, mudando também a fisionomia da cidade. conveniente ir em busca da verdade extraída dos fatos e
A presença da Corte implicava uma alteração do não à imaginação dos mesmos, pois muitos conceberam
acanhado cenário urbano da Colônia, mas a marca do repúblicas e principados jamais vistos ou conhecidos
absolutismo acompanharia a alteração. como tendo realmente existido.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995 (fragmento). MAQUIAVEL, N. O príncipe. Disponível em: www.culturabrasil.pro.br.
Acesso em: 4 abr. 2013.
As transformações ocorridas na cidade do Rio de Janeiro
em decorrência da presença da Corte estavam limitadas A partir do texto, é possível perceber a crítica
à superfície das estruturas sociais porque maquiaveliana à filosofia política de Platão, pois há nesta a

A a pujança do desenvolvimento comercial e industrial A elaboração de um ordenamento político com


retirava da agricultura de exportação a posição de fundamento na bondade infinita de Deus.
atividade econômica central na Colônia. B explicitação dos acontecimentos políticos do período
B a expansão das atividades econômicas e o clássico de forma imparcial.
desenvolvimento de novos hábitos conviviam com a C utilização da oratória política como meio de convencer
exploração do trabalho escravo. os oponentes na ágora.
C a emergência das práticas liberais, com a abertura D investigação das constituições políticas de Atenas
dos portos, impedia uma renovação política em prol pelo método indutivo.
da formação de uma sociedade menos desigual. E idealização de um mundo político perfeito existente
D a integração das elites políticas regionais, sob a no mundo das ideias.
liderança do Rio de Janeiro, ensejava a formação de
um projeto político separatista de cunho republicano. QUESTÃO 45
E a dinamização da economia urbana retardava o O servo pertence à terra e rende frutos ao dono da
letramento de mulatos e imigrantes, importante para terra. O operário urbano livre, ao contrário, vende-se
as necessidades do trabalho na cidade. a si mesmo e, além disso, por partes. Vende em leilão
8,10,12,15 horas da sua vida, dia após dia, a quem
QUESTÃO 43
melhor pagar, ao proprietário das matérias-primas, dos
O termo injusto se aplica tanto às pessoas que instrumentos de trabalho e dos meios de subsistência,
infringem a lei quanto às pessoas ambiciosas (no sentido isto é, ao capitalista.
de quererem mais do que aquilo a que têm direito) MARX, K. Trabalho assalariado e capital & salário, preço e lucro.
São Paulo: Expressão Popular, 2010.
e iníquas, de tal forma que as cumpridoras da lei e as
pessoas corretas serão justas. O justo, então, é aquilo O texto indica que houve uma transformação dos espaços
conforme à lei e o injusto é o ilegal e iníquo. urbanos e rurais com a implementação do sistema capitalista,
ARISTÓTELES. Ética à Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural: 1996 (adaptado).
devido às mudanças tecnossociais ligadas ao

Segundo Aristóteles, pode-se reconhecer uma ação justa A desenvolvimento agrário e ao regime de servidão.
quando ela observa o B aumento da produção rural, que fixou a população
nesse meio.
A compromisso com os movimentos desvinculados da
legalidade. C desenvolvimento das zonas urbanas e às novas
relações de trabalho.
B benefício para o maior número possível de indivíduos.
D aumento populacional das cidades associado ao
C interesse para a classe social do agente da ação.
regime de servidão.
D fundamento na categoria de progresso histórico.
E desenvolvimento da produção urbana associada às
E princípio de dar a cada um o que lhe é devido. relações servis de trabalho.

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2ª Aplicação – 1° DIA
CADERNO 3 – BRANCO

CIÊNCIAS HUMANAS CIÊNCIAS DA NATUREZA


E SUAS TECNOLOGIAS E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÕES GABARITOS QUESTÕES GABARITOS
01 C 46 C
02 C 47 D
03 A 48 B
04 D 49 A
05 B 50 B
06 C 51 A
07 B 52 E
08 D 53 D
09 A 54 A
10 C 55 A
11 B 56 C
12 D 57 B
13 A 58 A
14 E 59 B
15 A 60 D
16 D 61 B
17 D 62 B
18 C 63 A
19 E 64 A
20 C 65 C
21 A 66 B
22 D 67 B
23 D 68 D
24 A 69 E
25 A 70 D
26 A 71 D
27 C 72 B
28 B 73 C
29 A 74 B
30 A 75 D
31 D 76 E
32 C 77 E
33 B 78 B
34 B 79 E
35 B 80 E
36 E 81 B
37 B 82 B
38 B 83 B
39 B 84 C
40 A 85 C
41 E 86 E
42 B 87 C
43 E 88 B
44 E 89 D
45 C 90 E
*AZUL75SAB2* 2014

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS


Questões de 1 a 45

QUESTÃO 01

Fon-Fon!, ano IV, n. 36, 3 set. 1910. Disponível em: objdigital.bn.br. Acesso em: 4 abr. 2014.

A charge, datada de 1910, ao retratar a implantação da rede telefônica no Brasil, indica que esta
A permitiria aos índios se apropriarem da telefonia móvel.
B ampliaria o contato entre a diversidade de povos indígenas.
C faria a comunicação sem ruídos entre grupos sociais distintos.
D restringiria a sua área de atendimento aos estados do norte do país.
E possibilitaria a integração das diferentes regiões do território nacional.
QUESTÃO 02
Sou uma pobre e velha mulher,
Muito ignorante, que nem sabe ler.
Mostraram-me na igreja da minha terra
Um Paraíso com harpas pintado
E o Inferno onde fervem almas danadas,
Um enche-me de júbilo, o outro me aterra.
VILLON, F. In: GOMBRICH, E. História da arte. Lisboa: LTC, 1999.

Os versos do poeta francês François Villon fazem referência às imagens presentes nos templos católicos medievais.
Nesse contexto, as imagens eram usadas com o objetivo de
A refinar o gosto dos cristãos.
B incorporar ideais heréticos.
C educar os fiéis através do olhar.
D divulgar a genialidade dos artistas católicos.
E valorizar esteticamente os templos religiosos.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 2


2014 *AZUL75SAB3*
QUESTÃO 03 QUESTÃO 05

Os dois principais rios que alimentavam o Mar de


Aral, Amurdarya e Sydarya, mantiveram o nível e o
volume do mar por muitos séculos. Entretanto, o projeto
de estabelecer e expandir a produção de algodão
irrigado aumentou a dependência de várias repúblicas
da Ásia Central da irrigação e monocultura. O aumento
da demanda resultou no desvio crescente de água para
a irrigação, acarretando redução drástica do volume de
tributários do Mar de Aral. Foi criado na Ásia Central um
novo deserto, com mais de 5 milhões de hectares, como
resultado da redução em volume.
TUNDISI, J. G. Água no século XXI: enfrentando a escassez. São Carlos: Rima, 2003.

A intensa interferência humana na região descrita NEVES, E. Engraxate. Disponível em: www.grafar.blogspot.com. Acesso em: 15 fev. 2013.

provocou o surgimento de uma área desértica em Considerando-se a dinâmica entre tecnologia e


decorrência da organização do trabalho, a representação contida no
A erosão. cartum é caracterizada pelo pessimismo em relação à
B salinização. A ideia de progresso.
C laterização. B concentração do capital.
D compactação. C noção de sustentabilidade.
E sedimentação. D organização dos sindicatos.
E obsolescência dos equipamentos.
QUESTÃO 04
QUESTÃO 06
É o caráter radical do que se procura que exige a
radicalização do próprio processo de busca. Se todo o Ao deflagrar-se a crise mundial de 1929, a situação
espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que da economia cafeeira se apresentava como se segue.
A produção, que se encontrava em altos níveis,
aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada
teria que seguir crescendo, pois os produtores
pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma
haviam continuado a expandir as plantações até
daquelas que foram anteriormente varridas por essa aquele momento. Com efeito, a produção máxima
mesma dúvida. seria alcançada em 1933, ou seja, no ponto mais baixo
SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. da depressão, como reflexo das grandes plantações de
São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado). 1927-1928. Entretanto, era totalmente impossível obter
Apesar de questionar os conceitos da tradição, a dúvida crédito no exterior para financiar a retenção de novos
estoques, pois o mercado internacional de capitais
radical da filosofia cartesiana tem caráter positivo por
se encontrava em profunda depressão, e o crédito do
contribuir para o(a)
governo desaparecera com a evaporação das reservas.
A dissolução do saber científico. FURTADO, C. Formação econômica do Brasil. São Paulo:
Cia. Editora Nacional, 1997 (adaptado).
B recuperação dos antigos juízos.
C exaltação do pensamento clássico. Uma resposta do Estado brasileiro à conjuntura
econômica mencionada foi o(a)
D surgimento do conhecimento inabalável.
A atração de empresas estrangeiras.
E fortalecimento dos preconceitos religiosos.
B reformulação do sistema fundiário.
C incremento da mão de obra imigrante.
D desenvolvimento de política industrial.
E financiamento de pequenos agricultores.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 3


*AZUL75SAB4* 2014

QUESTÃO 07 QUESTÃO 09

Mas plantar pra dividir TEXTO I


Não faço mais isso, não.
Eu sou um pobre caboclo,
Ganho a vida na enxada.
O que eu colho é dividido
Com quem não planta nada.
Se assim continuar
vou deixar o meu sertão,
mesmo os olhos cheios d’água
e com dor no coração.
Vou pro Rio carregar massas
pros pedreiros em construção. Disponível em: http://twistedsifter.com. Acesso em: 5 nov. 2013 (adaptado).
Deus até está ajudando:
está chovendo no sertão! TEXTO II
Mas plantar pra dividir,
A Índia deu um passo alto no setor de teleatendimento
Não faço mais isso, não.
para países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos
VALE, J.; AQUINO, J. B. Sina de caboclo. São Paulo: Polygram, 1994 (fragmento).
e as nações europeias. Atualmente mais de 245 mil
No trecho da canção, composta na década de 1960, indianos realizam ligações para todas as partes do mundo
retrata-se a insatisfação do trabalhador rural com a fim de oferecer cartões de créditos ou telefones celulares
ou cobrar contas em atraso.
A a distribuição desigual da produção. Disponível em: www.conectacallcenter.com.br. Acesso em: 12 nov. 2013 (adaptado).

B os financiamentos feitos ao produtor rural.


Ao relacionar os textos, a explicação para o processo de
C a ausência de escolas técnicas no campo. territorialização descrito está no(a)
D os empecilhos advindos das secas prolongadas. A aceitação das diferenças culturais.
E a precariedade de insumos no trabalho do campo. B adequação da posição geográfica.
QUESTÃO 08 C incremento do ensino superior.
D qualidade da rede logística.
O cidadão norte-americano desperta num leito
E custo da mão de obra local.
construído segundo padrão originário do Oriente Próximo,
mas modificado na Europa Setentrional antes de ser QUESTÃO 10
transmitido à América. Sai debaixo de cobertas feitas
O jovem espanhol Daniel se sente perdido.
de algodão cuja planta se tornou doméstica na Índia.
Seu diploma de desenhista industrial e seu alto
No restaurante, toda uma série de elementos tomada de conhecimento de inglês devem ajudá-lo a tomar um
empréstimo o espera. O prato é feito de uma espécie de rumo. Mas a taxa de desemprego, que supera 52%
cerâmica inventada na China. A faca é de aço, liga feita entre os que têm menos de 25 anos, o desnorteia.
pela primeira vez na Índia do Sul; o garfo é inventado Ele está convencido de que seu futuro profissional
na Itália medieval; a colher vem de um original romano. não está na Espanha, como o de, pelo menos, 120 mil
Lê notícias do dia impressas em caracteres inventados conterrâneos que emigraram nos últimos dois anos.
pelos antigos semitas, em material inventado na China e O irmão dele, que é engenheiro-agrônomo, conseguiu
por um processo inventado na Alemanha. emprego no Chile. Atualmente, Daniel participa de
uma “oficina de procura de emprego” em países como
LINTON, R. O homem: uma introdução à antropologia. São Paulo: Martins, 1959 (adaptado).
Brasil, Alemanha e China. A oficina é oferecida por
A situação descrita é um exemplo de como os costumes uma universidade espanhola.
resultam da GUILAYN, P. Na Espanha, universidade ensina a emigrar. O Globo, 17 fev. 2013 (adaptado).

A assimilação de valores de povos exóticos. A situação ilustra uma crise econômica que implica
B experimentação de hábitos sociais variados. A valorização do trabalho fabril.
C recuperação de heranças da Antiguidade Clássica. B expansão dos recursos tecnológicos.
D fusão de elementos de tradições culturais diferentes. C exportação de mão de obra qualificada.
E valorização de comportamento de grupos D diversificação dos mercados produtivos.
privilegiados. E intensificação dos intercâmbios estudantis.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 4


2014 *AZUL75SAB5*
QUESTÃO 11 QUESTÃO 13
Compreende-se assim o alcance de uma Quando é meio-dia nos Estados Unidos, o Sol, todo
reivindicação que surge desde o nascimento da cidade mundo sabe, está se deitando na França. Bastaria ir à
na Grécia antiga: a redação das leis. Ao escrevê-las, não França num minuto para assistir ao pôr do sol.
se faz mais que assegurar-lhes permanência e fixidez.
As leis tornam-se bem comum, regra geral, suscetível de SAINT-EXUPÉRY, A. O Pequeno Príncipe. Rio de Janeiro: Agir, 1996.

ser aplicada a todos da mesma maneira. A diferença espacial citada é causada por qual
VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: característica física da Terra?
Bertrand Brasil, 1992 (adaptado).
A Achatamento de suas regiões polares.
Para o autor, a reivindicação atendida na Grécia antiga,
ainda vigente no mundo contemporâneo, buscava garantir B Movimento em torno de seu próprio eixo.
o seguinte princípio: C Arredondamento de sua forma geométrica.
A Isonomia — igualdade de tratamento aos cidadãos. D Variação periódica de sua distância do Sol.
B Transparência — acesso às informações E Inclinação em relação ao seu plano de órbita.
governamentais.
C Tripartição — separação entre os poderes políticos QUESTÃO 14
estatais.
Uma norma só deve pretender validez quando todos
D Equiparação — igualdade de gênero na participação
política. os que possam ser concernidos por ela cheguem (ou
possam chegar), enquanto participantes de um discurso
E Elegibilidade — permissão para candidatura aos
prático, a um acordo quanto à validade dessa norma.
cargos públicos.
HABERMAS, J. Consciência moral e agir comunicativo. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1989.
QUESTÃO 12
Segundo Habermas, a validez de uma norma deve ser
Panayiotis Zavos “quebrou” o último tabu da clonagem estabelecida pelo(a)
humana — transferiu embriões para o útero de mulheres,
que os gerariam. Esse procedimento é crime em inúmeros A liberdade humana, que consagra a vontade.
países. Aparentemente, o médico possuía um laboratório B razão comunicativa, que requer um consenso.
secreto, no qual fazia seus experimentos. “Não tenho C conhecimento filosófico, que expressa a verdade.
nenhuma dúvida de que uma criança clonada irá aparecer
em breve. Posso não ser eu o médico que irá criá-la, mas D técnica científica, que aumenta o poder do homem.
vai acontecer”, declarou Zavos. “Se nos esforçarmos, E poder político, que se concentra no sistema partidário.
podemos ter um bebê clonado daqui a um ano, ou dois,
mas não sei se é o caso. Não sofremos pressão para QUESTÃO 15
entregar um bebê clonado ao mundo. Sofremos pressão
para entregar um bebê clonado saudável ao mundo.” O índio era o único elemento então disponível para
CONNOR, S. Disponível em: www.independent.co.uk. Acesso em: 14 ago. 2012 (adaptado). ajudar o colonizador como agricultor, pescador, guia,
conhecedor da natureza tropical e, para tudo isso,
A clonagem humana é um importante assunto de
deveria ser tratado como gente, ter reconhecidas sua
reflexão no campo da bioética que, entre outras
questões, dedica-se a inocência e alma na medida do possível. A discussão
religiosa e jurídica em torno dos limites da liberdade
A refletir sobre as relações entre o conhecimento da dos índios se confundiu com uma disputa entre
vida e os valores éticos do homem. jesuítas e colonos. Os padres se apresentavam
B legitimar o predomínio da espécie humana sobre as como defensores da liberdade, enfrentando a cobiça
demais espécies animais no planeta. desenfreada dos colonos.
C relativizar, no caso da clonagem humana, o uso dos
CALDEIRA, J. A nação mercantilista. São Paulo: Editora 34, 1999 (adaptado).
valores de certo e errado, de bem e mal.
D legalizar, pelo uso das técnicas de clonagem, os Entre os séculos XVI e XVIII, os jesuítas buscaram
processos de reprodução humana e animal. a conversão dos indígenas ao catolicismo. Essa
E fundamentar técnica e economicamente as pesquisas aproximação dos jesuítas em relação ao mundo indígena
sobre células-tronco para uso em seres humanos. foi mediada pela
A demarcação do território indígena.
B manutenção da organização familiar.
C valorização dos líderes religiosos indígenas.
D preservação do costume das moradias coletivas.
E comunicação pela língua geral baseada no tupi.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 5


*AZUL75SAB6* 2014

QUESTÃO 16

Queijo de Minas vira patrimônio cultural brasileiro


O modo artesanal da fabricação do queijo em Minas Gerais foi registrado nesta quinta-feira (15) como patrimônio
cultural imaterial brasileiro pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O veredicto foi dado em reunião do conselho realizada no Museu de Artes e Ofícios, em Belo Horizonte. O presidente
do Iphan e do conselho ressaltou que a técnica de fabricação artesanal do queijo está “inserida na cultura do que é
ser mineiro”. Folha de S. Paulo, 15 maio 2008.

Entre os bens que compõem o patrimônio nacional, o que pertence à mesma categoria citada no texto está
representado em:

A D

Mosteiro de São Bento (RJ) Conjunto arquitetônico e urbanístico da cidade


de Ouro Preto (MG)

B E

Sítio arqueológico e paisagístico da Ilha do


Campeche (SC)
Tiradentes esquartejado (1893), de Pedro Américo

Ofício das paneleiras de Goiabeiras (ES)

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 6


2014 *AZUL75SAB7*
QUESTÃO 17 QUESTÃO 19

TEXTO I
Olhamos o homem alheio às atividades públicas
não como alguém que cuida apenas de seus próprios
interesses, mas como um inútil; nós, cidadãos atenienses,
decidimos as questões públicas por nós mesmos na
crença de que não é o debate que é empecilho à ação, e
sim o fato de não se estar esclarecido pelo debate antes
de chegar a hora da ação.
TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: UnB, 1987 (adaptado).

TEXTO II
Um cidadão integral pode ser definido por nada mais
nada menos que pelo direito de administrar justiça e
exercer funções públicas; algumas destas, todavia, são
limitadas quanto ao tempo de exercício, de tal modo que
não podem de forma alguma ser exercidas duas vezes
pela mesma pessoa, ou somente podem sê-lo depois de
certos intervalos de tempo prefixados.
ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985.

PAIVA, M. Disponível em: www.redes.unb.br. Acesso em: 25 maio 2014.


Comparando os textos I e II, tanto para Tucídides
A discussão levantada na charge, publicada logo após a (no século V a.C.) quanto para Aristóteles (no século IV a.C.),
promulgação da Constituição de 1988, faz referência ao a cidadania era definida pelo(a)
seguinte conjunto de direitos: A prestígio social.
A Civis, como o direito à vida, à liberdade de expressão B acúmulo de riqueza.
e à propriedade. C participação política.
B Sociais, como direito à educação, ao trabalho e à D local de nascimento.
proteção à maternidade e à infância.
E grupo de parentesco.
C Difusos, como direito à paz, ao desenvolvimento
sustentável e ao meio ambiente saudável. QUESTÃO 20
D Coletivos, como direito à organização sindical, à
participação partidária e à expressão religiosa. Antes de o sol começar a esquentar as terras da faixa
ao sul do Saara conhecida como Sahel, duas dezenas de
E Políticos, como o direito de votar e ser votado, à mulheres da aldeia de Widou, no norte do Senegal, regam
soberania popular e à participação democrática. a horta cujas frutas e verduras alimentam a população
QUESTÃO 18 local. É um pequeno terreno que, visto do céu, forma uma
mancha verde — um dos primeiros pedaços da “Grande
Todo homem de bom juízo, depois que tiver realizado Muralha Verde”, barreira vegetal que se estenderá por
sua viagem, reconhecerá que é um milagre manifesto ter 7 000 km do Senegal ao Djibuti, e é parte de um plano
podido escapar de todos os perigos que se apresentam conjunto de vinte países africanos.
em sua peregrinação; tanto mais que há tantos outros GIORGI, J. Muralha verde. Folha de S. Paulo, 20 maio 2013 (adaptado).

acidentes que diariamente podem aí ocorrer que seria


O projeto ambiental descrito proporciona a seguinte
coisa pavorosa àqueles que aí navegam querer pô-los
consequência regional imediata:
todos diante dos olhos quando querem empreender
suas viagens. A Facilita as trocas comerciais.
J. P. T. Histoire de plusieurs voyages aventureux. 1600. In: DELUMEAU, J. História do B Soluciona os conflitos fundiários.
medo no Ocidente: 1300-1800. São Paulo: Cia. das Letras, 2009 (adaptado).
C Restringe a diversidade biológica.
Esse relato, associado ao imaginário das viagens
D Fomenta a atividade de pastoreio.
marítimas da época moderna, expressa um sentimento de
E Evita a expansão da desertificação.
A gosto pela aventura.
B fascínio pelo fantástico.
C temor do desconhecido.
D interesse pela natureza.
E purgação dos pecados.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 7


*AZUL75SAB8* 2014

QUESTÃO 21 O processo histórico citado contribuiu para a eclosão da


Primeira Grande Guerra na medida em que
Estatuto da Frente Negra Brasileira (FNB) A difundiu as teorias socialistas.
Art. 1º - Fica fundada nesta cidade de São Paulo, para B acirrou as disputas territoriais.
se irradiar por todo o Brasil, a Frente Negra Brasileira, C superou as crises econômicas.
união política e social da Gente Negra Nacional, para a D multiplicou os conflitos religiosos.
afirmação dos direitos históricos da mesma, em virtude E conteve os sentimentos xenófobos.
da sua atividade material e moral no passado e para
reivindicação de seus direitos sociais e políticos, atuais, QUESTÃO 24
na Comunhão Brasileira.
Alguns dos desejos são naturais e necessários;
Diário Oficial do Estado de São Paulo, 4 nov. 1931. outros, naturais e não necessários; outros, nem
Quando foi fechada pela ditadura do Estado Novo, em naturais nem necessários, mas nascidos de vã opinião.
1937, a FNB caracterizava-se como uma organização Os desejos que não nos trazem dor se não satisfeitos
não são necessários, mas o seu impulso pode ser
A política, engajada na luta por direitos sociais para a facilmente desfeito, quando é difícil obter sua satisfação
população negra no Brasil. ou parecem geradores de dano.
B beneficente, dedicada ao auxílio dos negros pobres EPICURO DE SAMOS. Doutrinas principais. In: SANSON, V. F. Textos de filosofia.
Rio de Janeiro: Eduff, 1974.
brasileiros depois da abolição.
No fragmento da obra filosófica de Epicuro, o homem tem
C paramilitar, voltada para o alistamento de negros na como fim
luta contra as oligarquias regionais.
A alcançar o prazer moderado e a felicidade.
D democrático-liberal, envolvida na Revolução
B valorizar os deveres e as obrigações sociais.
Constitucionalista conduzida a partir de São Paulo.
C aceitar o sofrimento e o rigorismo da vida com
E internacionalista, ligada à exaltação da identidade resignação.
das populações africanas em situação de diáspora. D refletir sobre os valores e as normas dadas pela
divindade.
QUESTÃO 22 E defender a indiferença e a impossibilidade de se
atingir o saber.
No século XIX, o preço mais alto dos terrenos situados
no centro das cidades é causa da especialização dos QUESTÃO 25
bairros e de sua diferenciação social. Muitas pessoas,
que não têm meios de pagar os altos aluguéis dos bairros
elegantes, são progressivamente rejeitadas para a
periferia, como os subúrbios e os bairros mais afastados.
RÉMOND, R. O século XIX. São Paulo: Cultrix, 1989 (adaptado).

Uma consequência geográfica do processo socioespacial


descrito no texto é a
A criação de condomínios fechados de moradia.
B decadência das áreas centrais de comércio popular.
C aceleração do processo conhecido como cercamento.
D ampliação do tempo de deslocamento diário da
população.
E contenção da ocupação de espaços sem
infraestrutura satisfatória.
SANZIO, R. Detalhe do afresco A Escola de Atenas. Disponível em: http://fil.cfh.ufsc.br.
Acesso em: 20 mar. 2013.
QUESTÃO 23
No centro da imagem, o filósofo Platão é retratado
Três décadas — de 1884 a 1914 — separam o século XIX apontando para o alto. Esse gesto significa que o
— que terminou com a corrida dos países europeus para a conhecimento se encontra em uma instância na qual o
África e com o surgimento dos movimentos de unificação homem descobre a
nacional na Europa — do século XX, que começou com A suspensão do juízo como reveladora da verdade.
a Primeira Guerra Mundial. É o período do Imperialismo, B realidade inteligível por meio do método dialético.
da quietude estagnante na Europa e dos acontecimentos C salvação da condição mortal pelo poder de Deus.
empolgantes na Ásia e na África. D essência das coisas sensíveis no intelecto divino.
ARENDT, H. As origens do totalitarismo. São Paulo: Cia. das Letras, 2012. E ordem intrínseca ao mundo por meio da sensibilidade.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 8


2014 *AZUL75SAB9*
QUESTÃO 26

Região Metropolitana
de Belo Horizonte

Confins

Ribeirão Vespasiano
das Santa Luzia
Neves

Contagem Sabará
Belo Horizonte
Betim

Ibirité

Nova Lima

Saldo do
deslocamento Fluxo de pessoas

–75 275 a –31 400 15 000 a 31 400


–31 399 a 0 31 401 a 58 300
0 a 19 168 58 301 a 103 200
Itabirito
19 169 a 293 119 limite de município

Nota: O saldo considera apenas as pessoas que se deslocavam para o trabalho e retornavam aos seus municípios diariamente.

BRASIL. IBGE. Atlas do censo demográfico 2010 (adaptado).

O fluxo migratório representado está associado ao processo de


A fuga de áreas degradadas.
B inversão da hierarquia urbana.
C busca por amenidades ambientais.
D conurbação entre municípios contíguos.
E desconcentração dos investimentos produtivos.

QUESTÃO 27

A urbanização brasileira, no início da segunda metade do século XX, promoveu uma radical alteração nas cidades.
Ruas foram alargadas, túneis e viadutos foram construídos. O bonde foi a primeira vítima fatal. O destino do sistema
ferroviário não foi muito diferente. O transporte coletivo saiu definitivamente dos trilhos.
JANOT, L. F. A caminho de Guaratiba. Disponível em: www.iab.org.br. Acesso em: 9 jan. 2014 (adaptado).

A relação entre transportes e urbanização é explicada, no texto, pela


A retirada dos investimentos estatais aplicados em transporte de massa.
B demanda por transporte individual ocasionada pela expansão da mancha urbana.
C presença hegemônica do transporte alternativo localizado nas periferias das cidades.
D aglomeração do espaço urbano metropolitano impedindo a construção do transporte metroviário.
E predominância do transporte rodoviário associado à penetração das multinacionais automobilísticas.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 9


*AZUL75SAB10* 2014

QUESTÃO 28 QUESTÃO 29

A Comissão Nacional da Verdade (CNV) reuniu A filosofia encontra-se escrita neste grande livro
representantes de comissões estaduais e de várias que continuamente se abre perante nossos olhos
instituições para apresentar um balanço dos trabalhos (isto é, o universo), que não se pode compreender
feitos e assinar termos de cooperação com quatro antes de entender a língua e conhecer os caracteres
com os quais está escrito. Ele está escrito em
organizações. O coordenador da CNV estima que, até
língua matemática, os caracteres são triângulos,
o momento, a comissão examinou, “por baixo”, cerca de
circunferências e outras figuras geométricas, sem
30 milhões de páginas de documentos e fez centenas cujos meios é impossível entender humanamente as
de entrevistas. palavras; sem eles, vagamos perdidos dentro de um
Disponível em: www.jb.com.br. Acesso em: 2 mar. 2013 (adaptado). obscuro labirinto.
GALILEI, G. O ensaiador. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
A notícia descreve uma iniciativa do Estado que resultou
da ação de diversos movimentos sociais no Brasil diante No contexto da Revolução Científica do século XVII,
de eventos ocorridos entre 1964 e 1988. O objetivo dessa assumir a posição de Galileu significava defender a
iniciativa é A continuidade do vínculo entre ciência e fé dominante
A anular a anistia concedida aos chefes militares. na Idade Média.
B rever as condenações judiciais aos presos políticos. B necessidade de o estudo linguístico ser acompanhado
do exame matemático.
C perdoar os crimes atribuídos aos militantes
C oposição da nova física quantitativa aos pressupostos
esquerdistas.
da filosofia escolástica.
D comprovar o apoio da sociedade aos golpistas
D importância da independência da investigação
anticomunistas. científica pretendida pela Igreja.
E esclarecer as circunstâncias de violações aos direitos E inadequação da matemática para elaborar uma
humanos. explicação racional da natureza.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 10


2014 *AZUL75SAB11*
QUESTÃO 30 QUESTÃO 32

Parecer CNE/CP nº 3/2004, que instituiu as Diretrizes Em 1879, cerca de cinco mil pessoas reuniram-se
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações para solicitar a D. Pedro II a revogação de uma taxa
Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura de 20 réis, um vintém, sobre o transporte urbano.
Afro-Brasileira e Africana. O vintém era a moeda de menor valor da época. A
polícia não permitiu que a multidão se aproximasse do
Procura-se oferecer uma resposta, entre outras, na área palácio. Ao grito de “Fora o vintém!”, os manifestantes
da educação, à demanda da população afrodescendente, espancaram condutores, esfaquearam mulas, viraram
no sentido de políticas de ações afirmativas. Propõe a bondes e arrancaram trilhos. Um oficial ordenou fogo
divulgação e a produção de conhecimentos, a formação contra a multidão. As estatísticas de mortos e feridos são
de atitudes, posturas que eduquem cidadãos orgulhosos imprecisas. Muitos interesses se fundiram nessa revolta,
de seu pertencimento étnico-racial — descendentes de de grandes e de políticos, de gente miúda e de simples
africanos, povos indígenas, descendentes de europeus, cidadãos. Desmoralizado, o ministério caiu. Uma grande
de asiáticos — para interagirem na construção de uma explosão social, detonada por um pobre vintém.
nação democrática, em que todos igualmente tenham Disponível em: www.revistadehistoria.com.br. Acesso em: 4 abr. 2014 (adaptado).
seus direitos garantidos.
A leitura do trecho indica que a coibição violenta das
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Disponível em: www.semesp.org.br.
Acesso em: 21 nov. 2013 (adaptado). manifestações representou uma tentativa de

A orientação adotada por esse parecer fundamenta uma A capturar os ativistas radicais.
política pública e associa o princípio da inclusão social a B proteger o patrimônio privado.
A práticas de valorização identitária. C salvaguardar o espaço público.
B medidas de compensação econômica. D conservar o exercício do poder.
C dispositivos de liberdade de expressão. E sustentar o regime democrático.
D estratégias de qualificação profissional. QUESTÃO 33
E instrumentos de modernização jurídica.
Existe uma cultura política que domina o sistema
QUESTÃO 31 e é fundamental para entender o conservadorismo
brasileiro. Há um argumento, partilhado pela direita e pela
A Praça da Concórdia, antiga Praça Luís XV, é a maior esquerda, de que a sociedade brasileira é conservadora.
praça pública de Paris. Inaugurada em 1763, tinha em seu Isso legitimou o conservadorismo do sistema político:
centro uma estátua do rei. Situada ao longo do Sena, ela existiriam limites para transformar o país, porque a
é a intersecção de dois eixos monumentais. Bem nesse sociedade é conservadora, não aceita mudanças bruscas.
cruzamento está o Obelisco de Luxor, decorado com Isso justifica o caráter vagaroso da redemocratização e
hieróglifos que contam os reinados dos faraós Ramsés II da redistribuição da renda. Mas não é assim. A sociedade
e Ramsés III. Em 1829, foi oferecido pelo vice-rei do Egito é muito mais avançada que o sistema político. Ele se
ao povo francês e, em 1836, instalado na praça diante de mantém porque consegue convencer a sociedade de que
mais de 200 mil espectadores e da família real. é a expressão dela, de seu conservadorismo.
NOBRE, M. Dois ismos que não rimam. Disponível em: www.unicamp.br.
NOBLAT, R. Disponível em: www.oglobo.com. Acesso em: 12 dez. 2012.
Acesso em: 28 mar. 2014 (adaptado).

A constituição do espaço público da Praça da Concórdia A característica do sistema político brasileiro, ressaltada
ao longo dos anos manifesta o(a) no texto, obtém sua legitimidade da
A lugar da memória na história nacional. A dispersão regional do poder econômico.
B caráter espontâneo das festas populares. B polarização acentuada da disputa partidária.
C lembrança da antiguidade da cultura local. C orientação radical dos movimentos populares.
D triunfo da nação sobre os países africanos. D condução eficiente das ações administrativas.
E declínio do regime de monarquia absolutista. E sustentação ideológica das desigualdades existentes.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 11


*AZUL75SAB12* 2014

QUESTÃO 34 QUESTÃO 36

Disponível em: www.banktrack.org. Acesso em: 7 maio 2013 (adaptado).

A imagem indica pontos com ativo uso de tecnologia,


correspondentes a que processo de intervenção no
espaço?
A Expansão das áreas agricultáveis, com uso intensivo
de maquinário e insumos agrícolas.
B Recuperação de águas eutrofizadas em decorrência
da contaminação por esgoto doméstico.
C Ampliação da capacidade de geração de energia,
com alteração do ecossistema local.
D Impermeabilização do solo pela construção civil nas
áreas de expansão urbana.
E Criação recente de grandes parques industriais de
mediano potencial poluidor.

QUESTÃO 35 Disponível em: www.telescopionaescola.pro.br. Acesso em: 3 abr. 2014 (adaptado).

A partir da análise da imagem, o aparecimento da Dorsal


A convecção na Região Amazônica é um importante Mesoatlântica está associada ao(à)
mecanismo da atmosfera tropical e sua variação,
em termos de intensidade e posição, tem um papel A separação da Pangeia a partir do período Permiano.
importante na determinação do tempo e do clima dessa B deslocamento de fraturas no período Triássico.
região. A nebulosidade e o regime de precipitação C afastamento da Europa no período Jurássico.
determinam o clima amazônico. D formação do Atlântico Sul no período Cretáceo.
FISCH, G.; MARENGO, J. A.; NOBRE, C. A. Uma revisão geral sobre o clima da Amazônia. E constituição de orogêneses no período Quaternário.
Acta Amazônica, v. 28, n. 2, 1998 (adaptado).

O mecanismo climático regional descrito está associado


à característica do espaço físico de
A resfriamento da umidade da superfície.
B variação da amplitude de temperatura.
C dispersão dos ventos contra-alísios.
D existência de barreiras de relevo.
E convergência de fluxos de ar.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 12


2014 *AZUL75SAB13*
QUESTÃO 37

Disponível em: www.ipea.gov.br. Acesso em: 2 ago. 2013.

Na imagem, é ressaltado, em tom mais escuro, um grupo de países que na atualidade possuem características
político-econômicas comuns, no sentido de
A adotarem o liberalismo político na dinâmica dos seus setores públicos.
B constituírem modelos de ações decisórias vinculadas à social-democracia.
C instituírem fóruns de discussão sobre intercâmbio multilateral de economias emergentes.
D promoverem a integração representativa dos diversos povos integrantes de seus territórios.
E apresentarem uma frente de desalinhamento político aos polos dominantes do sistema-mundo.

QUESTÃO 38

Disponível em: http://sys2.sbgf.org.br. Acesso em: 13 maio 2013 (adaptado).

A preservação da sustentabilidade do recurso natural exposto pressupõe


A impedir a perfuração de poços.
B coibir o uso pelo setor residencial.
C substituir as leis ambientais vigentes.
D reduzir o contingente populacional na área.
E introduzir a gestão participativa entre os municípios.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 13


*AZUL75SAB14* 2014

QUESTÃO 39 QUESTÃO 41

O problema central a ser resolvido pelo Novo Em 1961, o presidente De Gaulle apelou com êxito
Regime era a organização de outro pacto de poder que aos recrutas franceses contra o golpe militar dos seus
pudesse substituir o arranjo imperial com grau suficiente comandados, porque os soldados podiam ouvi-lo em
de estabilidade. O próprio presidente Campos Sales
rádios portáteis. Na década de 1970, os discursos do
resumiu claramente seu objetivo: “É de lá, dos estados,
que se governa a República, por cima das multidões aiatolá Khomeini, líder exilado da futura Revolução
que tumultuam agitadas nas ruas da capital da União. Iraniana, eram gravados em fita magnética e prontamente
A política dos estados é a política nacional”. levados para o Irã, copiados e difundidos.
CARVALHO, J. M. Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. HOBSBAWM, E. Era dos extremos: o breve século XX (1914-1991).
São Paulo: Companhia das Letras, 1987 (adaptado). São Paulo: Cia. das Letras, 1995.

Nessa citação, o presidente do Brasil no período expressa Os exemplos mencionados no texto evidenciam um uso
uma estratégia política no sentido de dos meios de comunicação identificado na
A governar com a adesão popular. A manipulação da vontade popular.
B atrair o apoio das oligarquias regionais. B promoção da mobilização política.
C conferir maior autonomia às prefeituras. C insubordinação das tropas militares.
D democratizar o poder do governo central. D implantação de governos autoritários.
E ampliar a influência da capital no cenário nacional. E valorização dos socialmente desfavorecidos.
QUESTÃO 40 QUESTÃO 42
A Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que começa TEXTO I
a ser construída apenas em 1905, foi criada, ao contrário O presidente do jornal de maior circulação do país
das outras grandes ferrovias paulistas, para ser uma destacava também os avanços econômicos obtidos
ferrovia de penetração, buscando novas áreas para a naqueles vinte anos, mas, ao justificar sua adesão aos
agricultura e povoamento. Até 1890, o café era quem militares em 1964, deixava clara sua crença de que a
ditava o traçado das ferrovias, que eram vistas apenas intervenção fora imprescindível para a manutenção da
como auxiliadoras da produção cafeeira. democracia.
CARVALHO, D. F. Café, ferrovias e crescimento populacional: o florescimento da região
noroeste paulista. Disponível em: www.historica.arquivoestado.sp.gov.br. Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 1 set. 2013 (adaptado).
Acesso em: 2 ago. 2012.

TEXTO II
Essa nova orientação dada à expansão ferroviária,
durante a Primeira República, tinha como objetivo a Nada pode ser colocado em compensação à
perda das liberdades individuais. Não existe nada de bom
A articulação de polos produtores para exportação. quando se aceita uma solução autoritária.
B criação de infraestrutura para atividade industrial. FICO, C. A educação e o golpe de 1964. Disponível em: www.brasilrecente.com.
Acesso em: 4 abr. 2014 (adaptado).
C integração de pequenas propriedades policultoras.
D valorização de regiões de baixa densidade demográfica. Embora enfatizem a defesa da democracia, as visões do
movimento político-militar de 1964 divergem ao focarem,
E promoção de fluxos migratórios do campo para a
respectivamente:
cidade.
A Razões de Estado — Soberania popular.
B Ordenação da Nação — Prerrogativas religiosas.
C Imposição das Forças Armadas — Deveres sociais.
D Normatização do Poder Judiciário — Regras morais.
E Contestação do sistema de governo — Tradições
culturais.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 14


1° DIA
CADERNO 1 – AZUL
CIÊNCIAS HUMANAS CIÊNCIAS DA NATUREZA
E SUAS TECNOLOGIAS E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÃO GABARITO QUESTÃO GABARITO
01 E 46 A
02 C 47 D
03 B 48 B
04 D 49 D
05 A 50 D
06 D 51 A
07 A 52 D
08 D 53 A
09 E 54 B
10 C 55 C
11 A 56 D
12 A 57 C
13 B 58 B
14 B 59 D
15 E 60 C
16 C 61 B
17 B 62 E
18 C 63 E
19 C 64 C
20 E 65 A
21 A 66 B
22 D 67 A
23 B 68 E
24 A 69 E
25 B 70 D
26 D 71 E
27 E 72 A
28 E 73 D
29 C 74 D
30 A 75 B
31 A 76 C
32 D 77 B
33 E 78 D
34 C 79 B
35 E 80 E
36 D 81 B
37 C 82 A
38 E 83 B
39 B 84 E
40 D 85 D
41 B 86 E
42 A 87 A
43 B 88 C
44 C 89 D
45 A 90 C
*BRAN75SAB2* 2014

CIÊNCIAS HUMANAS QUESTÃO 03


E SUAS TECNOLOGIAS 2 PXQGR GRV IDWRV JHRJUi¿FRV LQFOXL QmR VRPHQWH
R FOLPD DV SURSULHGDGHV DJUtFRODV RV SRYRDPHQWRV H
Questões de 1 a 45 DV QDo}HVHVWDGRV PDV WDPEpP RV VHQWLPHQWRV RV
FRQFHLWRVHDVWHRULDVJHRJUi¿FDV
QUESTÃO 01
78$1<*HRJUD¿D+XPDQtVWLFD,Q&+5,672)2/(77,$3HUVSHFWLYDVGD*HRJUD¿D
6mR3DXOR',)(/

2 WH[WR DSUHVHQWD XPD SHUVSHFWLYD GH DQiOLVH GDV


PXGDQoDV HVSDFLDLV D SDUWLU GH RXWURV IDWRUHV TXH QmR
DSHQDVRVItVLFRVHVRFLDLVRQGH
A D DQiOLVH GR HVSDoR JHRJUi¿FR FRPSUHHQGH RV
DVSHFWRV ItVLFRV VRFLDLV H VLPEyOLFRV TXH LQFLGHP
VREUHDSURGXomRGDVSDLVDJHQVKXPDQDV
B RVDVSHFWRVItVLFRVGDSDLVDJHPFRPRRFOLPDUHYHODP
=,5$/'2DQRVGHSURQWLGmR,Q/(0265 2UJ Uma História do Brasil através da
DGLQkPLFDGRVIDWRVJHRJUi¿FRVFRPSUHHQGLGRVSRU
caricatura 1840-20015LRGH-DQHLUR/HWUDVH([SUHVV}HV
XPDSOXUDOLGDGHFRQFHLWXDO
1DFKDUJH=LUDOGRLURQL]DXPOHPDDGRWDGRSHORJRYHUQR C D GLPHQVmR VLPEyOLFD GR HVSDoR DSUHHQGLGD SHORV
0pGLFL  GHQXQFLDQGRTXH VHQWLPHQWRVFRQVWLWXLXPDQRYDSHUFHSomRHVSDFLDO
QR LQVWDQWH HP TXH UHYHODP DV SURSULHGDGHV GDV
A RVH[LODGRVIRUDPH[SXOVRVSRUTXHQmRWLQKDPDPRU
SDLVDJHQV
jSiWULD
D SDUD VH DSUHHQGHU R HVSDoR JHRJUi¿FR HP VXD
B R FDPLQKR SDUD RV PRYLPHQWRV GH RSRVLomR HUD D WRWDOLGDGHpQHFHVViULRLGHQWL¿FDURVDVSHFWRVItVLFRV
IXJDGRSDtV GDSDLVDJHPH[SUHVVRVQRFOLPDSRYRDPHQWRHXVR
C RDPRUjSiWULDHUDXPVHQWLPHQWRGHVSUH]DGRSHOR GRVROR
UHJLPHPLOLWDU E R PXQGR GRV IDWRV JHRJUi¿FRV FRQVWLWXLVH GH
D D SURSDJDQGD JRYHUQDPHQWDO RFXOWDYD D SRVWXUD HOHPHQWRV VLPEyOLFRV DSUHHQGLGRV SHODV WHRULDV H
DXWRULWiULDGRUHJLPH FRQFHLWRV JHRJUi¿FRV TXH UHYHODP D FRPSOH[LGDGH
GDGLPHQVmRHVSDFLDO
E D SDVVLYLGDGH GR SRYR EUDVLOHLUR HUD SUHMXGLFLDO DR
GHVHQYROYLPHQWRGDQDomR
QUESTÃO 04
QUESTÃO 02
'HVGH D VXD FULDomR HP  D 2UJDQL]DomR GR
7UDWDGRGR$WOkQWLFR1RUWH 27$1 WHPUHYLVWRUHJXODUPHQWH
20LQLVWpULRGD9HUGDGH—RX0LQLYHUHP1RYLOtQJXD—
DVVXDVWDUHIDVHREMHWLYRVWHQGRHPYLVWDDHYROXomRGR
HUD FRPSOHWDPHQWH GLIHUHQWH GH TXDOTXHU RXWUR REMHWR DPELHQWHHVWUDWpJLFRPXQGLDO1HVWHVDQRVGHKLVWyULD
YLVtYHO (UD XPD HQRUPH SLUkPLGH GH DOYtVVLPR FLPHQWR WDQWR D $OLDQoD TXDQWR R UHVWR GR PXQGR VRIUHUDP
EUDQFR HUJXHQGRVH WHUUDoR VREUH WHUUDoR WUH]HQWRV PXGDQoDV TXH RV IXQGDGRUHV GD 27$1 QmR SRGHULDP
WHUSUHYLVWR
PHWURVVREUHRVROR'HRQGH:LQVWRQFRQVHJXLDOHUHP
'LVSRQtYHOHPZZZULSXFPLQDVEU$FHVVRHPGHMDQ
OHWUDVHOHJDQWHVFRORFDGDVQDIDFKDGDRVWUrVOHPDVGR
'LDQWH GDV WUDQVIRUPDo}HV RFRUULGDV QR FHQiULR
3DUWLGR*8(55$e3$=/,%(5'$'(e(6&5$9,'­2
JHRSROtWLFR PXQGLDO D OHJLWLPLGDGH GHVVD RUJDQL]DomR
,*125Æ1&,$e)25d$ HQIUDTXHFHXVHSRLV
25:(//*19846mR3DXOR1DFLRQDO
A SDVVRX D VH GHGLFDU j OXWD FRQWUD DV RUJDQL]Do}HV
1DUHIHULGDREUD¿FFLRQDORDXWRUFULWLFDUHJLPHVH[LVWHQWHV WHUURULVWDVLQWHUQDFLRQDLV
DRORQJRGRVpFXOR;;2PHFDQLVPRGHGRPLQDomRVRFLDO B GLUHFLRQRXVHXVHVIRUoRVSDUDRVFRQÀLWRVHPSDtVHV
XWLOL]DGRSHODLQVWLWXLomRGHVFULWDQRWH[WRSURPRYHULD HUHJL}HVGRKHPLVIpULRVXO

A RHQDOWHFLPHQWRGRVHQWLPHQWRQDFLRQDOLVWD C SHUGHXSDUWHGHVHXVDOYRVHIXQo}HVLQLFLDLVFRPD
GHUURFDGDGREORFRVRFLDOLVWD
B RLQYHVWLPHQWRPDFLoRQDVIRUoDVPLOLWDUHV
D LQVLVWLXQDPDQXWHQomRGHEDVHVPLOLWDUHVHPiUHDV
C DH[DOWDomRGHXPDOLGHUDQoDFDULVPiWLFD SDFL¿FDGDVGHVGHR¿PGD*XHUUD)ULD
D DSUiWLFDGHUHHODERUDomRGDPHPyULD E GHVYLRXVXDVDWLYLGDGHVSDUDDUHVROXomRGHFRQÀLWRV
E DYDORUL]DomRGHGLUHLWRVFROHWLYRV FLYLVQRkPELWRGRVSDtVHVPHPEURV

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
2014 *BRAN75SAB3*
QUESTÃO 05 QUESTÃO 07

'LVSRQtYHOHPKWWSQRWLFLDVXROFRPEU$FHVVRHPIHY

$ FKDUJH LURQL]D XP SUREOHPD UHFRUUHQWH QDV iUHDV


XUEDQDVQRVSHUtRGRVGHPDLRUSUHFLSLWDomRFXMDVFDXVDV
VmRLQWHQVL¿FDGDVSHOD
A RFRUUrQFLDGRIHQ{PHQRGDFKXYDIURQWDOWtSLFDGDV
iUHDVXUEDQDVORFDOL]DGDVQROLWRUDOEUDVLOHLUR
B DPSOLDomR GR HIHLWR HVWXID SURYRFDGR SHOD RQGD GH
FDORUDXPHQWDQGRDHYDSRUDomRQDVPHWUySROHV
C FRQVWUXomR GH FDQDLV FRQFUHWDGRV H VXEPHUVRV HP
IXQomRGDRFXSDomRGDVPDUJHQVGRVULRVXUEDQRV =,5$/'2DQRVGHSURQWLGmR,Q/(0265 2UJ Uma História do Brasil
D IRUPDomRGHLOKDVGHFDORUQRVFHQWURVXUEDQRVHPDLRU através da caricatura 1840-20015LRGH-DQHLUR/HWUDVH([SUHVV}HV

SUHFLSLWDomRGHYLGRDRDXPHQWRGDWHPSHUDWXUD $LPDJHPHVWiUHODFLRQDGDjVLWXDomRVRFLDOGRVQHJURV
E LPSHUPHDELOL]DomRGRVRORHQRDF~PXORGHOL[RQDV QR%UDVLODSyVDDEROLomRGDHVFUDYLGmRHPGHPDLR
iUHDVGHJUDQGHFLUFXODomRGDVFLGDGHV GHHpUHÀH[RGH
QUESTÃO 06 A XPD OHL TXH UDWL¿FRX D OLEHUWDomR GRV HVFUDYRV
LPSHGLQGRDGLIXVmRGRSUHFRQFHLWRHGDGLVFULPLQDomR
DRVOLEHUWRV
B XP DWR GD 3ULQFHVD ,VDEHO TXH UHVXOWRX QR ¿P GH
PDLVGHWUrVVpFXORVGHHVFUDYLGmRHSRVVLELOLWRXXPD
YLGDGLJQDDRVQHJURV
C XPDOHLTXHOLEHUWRXRVHVFUDYRVPDVVHPYLDELOL]DUD
LQVHUomRGHVWHVQDVRFLHGDGHHVHXDFHVVRDGLUHLWRV
VRFLDLVEiVLFRV
D XP PRYLPHQWR TXH VH GHVHQYROYHX QR %UDVLO H TXH
2$SSOH,XPGRVSULPHLURV
JDUDQWLXFRQGLo}HVGHDFHVVRGHIRUPDLJXDOLWiULDDRV
FRPSXWDGRUHVSHVVRDLV 6WHYH-REVXPGRVFULDGRUHV QHJURVQRPHUFDGRGHWUDEDOKR
IDEULFDGRHP GDHPSUHVD$SSOHHP
E XPSURFHVVRTXHDSHVDUGHOHQWRHJUDGXDOJDUDQWLX
'LVSRQtYHOHPKWWSWRSLFRVHVWDGDRFRPEU$FHVVRHPQRY
'LVSRQtYHOHPZZZIXVLRQGLDU\FRP$FHVVRHPQRY
DFLGDGDQLDDRVH[HVFUDYRVQDPHGLGDHPTXHS{V
¿PjKHGLRQGDLQVWLWXLomRGDHVFUDYLGmR
&RP R LQWHQVR GHVHQYROYLPHQWR GD WHFQRORJLD QR
PXQGR FRQWHPSRUkQHR GLYHUVRV SURGXWRV WRUQDP
VH UDSLGDPHQWH XOWUDSDVVDGRV 7RGDYLD FRPSDUDQGR
DV LPDJHQV H[LVWHP HOHPHQWRV TXH GHPRQVWUDP D
FRQWLQXLGDGH HQWUH RV SULPHLURV FRPSXWDGRUHV SHVVRDLV
HRVDWXDLV(VVDFRQWLQXLGDGHDVVRFLDVH
A jEDVHWHFQROyJLFDXWLOL]DGDQDIDEULFDomRGRSURGXWR
B DRXVRGRSURGXWRQDDWLYLGDGHHPSUHVDULDO
C DRGLUHFLRQDPHQWRGRSURGXWRDXPPHUFDGRHOLWL]DGR
D j GLQDPL]DomR QR SURFHVVDPHQWR H WUDQVPLVVmR GH
LQIRUPDo}HV
E j QHFHVVLGDGH GH RULHQWDomR GH HVSHFLDOLVWDV SDUD
VHXXVR

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
*BRAN75SAB4* 2014

QUESTÃO 08 QUESTÃO 10
$ GLSORPDFLD GH 5LR %UDQFR SDUDGLJPiWLFD SDUD 2XWURUHPpGLRH¿FLHQWHpRUJDQL]DUFRO{QLDVHPDOJXQV
R SHUtRGR EXVFRX DWHQGHU D WUrV SULQFLSDLV REMHWLYRV OXJDUHV DV TXDLV YLUmR D VHU FRPR JULOK}HV LPSRVWRV j
D GH¿QLomR GDV IURQWHLUDV R DXPHQWR GR SUHVWtJLR SURYtQFLDSRUTXHLVWRpQHFHVViULRTXHVHIDoDRXGHYHVH
LQWHUQDFLRQDOGRSDtVHDD¿UPDomRGDOLGHUDQoDEUDVLOHLUD
OiWHUPXLWDIRUoDGHDUPDV1mRpPXLWRTXHVHJDVWDFRPDV
QD$PpULFD GR 6XO 3DUD D FRQVHFXomR GHVVHV ¿QV GH
PRGREDVWDQWHUHDOLVWD5LR%UDQFRRSWRXSHODSROtWLFDGH FRO{QLDVHVHPGHVSHVDH[FHVVLYDSRGHPVHURUJDQL]DGDV
³DOLDQoDQmRHVFULWD´FRPRV(VWDGRV8QLGRV HPDQWLGDV2V~QLFRVTXHWHUmRSUHMXt]RVFRPHODVVHUmRRV
6$1726/&9*O dia em que adiaram o carnaval:SROtWLFDH[WHUQDHDFRQVWUXomRGR
GHTXHPVHWRPDPRVFDPSRVHDVPRUDGLDVSDUDVHGDUHP
%UDVLO6mR3DXOR(G81(63 DGDSWDGR  DRVQRYRVKDELWDQWHV(QWUHWDQWRRVSUHMXGLFDGRVVHUmRD
1RWH[WRHPTXHVWmRDSROtWLFDH[WHUQDEUDVLOHLUDHVWHYH PLQRULD GD SRSXODomR GR (VWDGR H GLVSHUVRV H UHGX]LGRV
GLUHFLRQDGDSDUD jSHQ~ULDQHQKXPGDQRWUDUmRDRSUtQFLSHHRVTXHQmR
IRUDP SUHMXGLFDGRV WHUmR SRU LVVR TXH VH DTXLHWDUHP
A REWHU XP status GH KHJHPRQLD QR FRQWLQHQWH
WHPHURVRVGHTXHRPHVPROKHVVXFHGD
DPHULFDQRGHVFDUWDQGRDDWXDomREULWkQLFDQDUHJLmR
SHODDOLDQoDFRPRV(VWDGRV8QLGRVHIXWXUDPHQWH 0$48,$9(/1O príncipe6mR3DXOR0DUWLQV)RQWHV
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(P O príncipe 0DTXLDYHO DSUHVHQWD FRQVHOKRV SDUD D
B GLVWDQFLDU DV OLJDo}HV FRP D ,QJODWHUUD H DSUR[LPDU PDQXWHQomRGRSRGHUSROtWLFRFRPRRGHVWHWUHFKRTXH
VH GD yUELWD GH LQÀXrQFLD HVWDGXQLGHQVH SRUpP
WHPFRPRREMHWRD
HVWUDWHJLFDPHQWHPDQWHQGRDDXWRQRPLDQDDWXDomR
HREMHWLYRVWUDoDGRV A WUDQVIHUrQFLD GRV LQLPLJRV GD PHWUySROH SDUD D
C DPSOLDUDVWHQV}HVUHJLRQDLVQXPPRYLPHQWREHOLFLVWD FRO{QLD
TXHDSRQWDYDSDUDDUHVROXomRGRVFRQÀLWRVSHODYLD B VXEVWLWXLomR GH OHLV FRVWXPHV H LPSRVWRV GD UHJLmR
PLOLWDUFRQWDQGRFRPRDSRLRSROtWLFRHPDWHULDOGRV
GRPLQDGD
(VWDGRV8QLGRV
D FXPSULU D DJHQGD QRUWHDPHULFDQD LGHQWL¿FDGD C LPSODQWDomRGHXPH[pUFLWRDUPDGRFRQVWLWXtGRSHOD
FRP D 'RXWULQD 0RQURH H D SROtWLFD GR Big Stick SRSXODomRVXEMXJDGD
QXPD DWXDomR GH VXEPLVVmR FDOFXODGD SURFXUDQGR D H[SDQVmRGRSULQFLSDGRFRPPLJUDomRSRSXODFLRQDO
PLQLPL]DURVHIHLWRVQHJDWLYRVGHWDLVLQYHVWLGDV SDUDRWHUULWyULRFRQTXLVWDGR
E HVWDELOL]DU DV WHQV}HV QR FRQWLQHQWH DPHULFDQR E GLVWULEXLomR GH WHUUDV SDUD D SDUFHOD GR SRYR
H FRQFRPLWDQWHPHQWH EXVFDU DOFDQoDU REMHWLYRV
GRPLQDGRTXHSRVVXLPDLRUSRGHUSROtWLFR
HVWUDWpJLFRV JHRJUD¿FDPHQWH ORFDOL]DGRV IRUD GR
HVSDoRFRQWLQHQWDO QUESTÃO 11
QUESTÃO 09
%DVWDUVH D VL PHVPD p XPD PHWD D TXH WHQGH D
2V DQRV -. SRGHP VHU FRQVLGHUDGRV GH SURGXomRGDQDWXUH]DHpWDPEpPRPDLVSHUIHLWRHVWDGR
HVWDELOLGDGHSROtWLFD0DLVGRTXHLVVRIRUDPDQRVGH e SRUWDQWR HYLGHQWH TXH WRGD FLGDGH HVWi QD QDWXUH]D
RWLPLVPRHPEDODGRVSRUDOWRVtQGLFHVGHFUHVFLPHQWR H TXH R KRPHP p QDWXUDOPHQWH IHLWR SDUD D VRFLHGDGH
HFRQ{PLFR SHOR VRQKR UHDOL]DGR GD FRQVWUXomR GH SROtWLFD$TXHOHTXHSRUVXDQDWXUH]DHQmRSRUREUDGR
%UDVtOLD2V³FLQTXHQWDDQRVHPFLQFR´GDSURSDJDQGD DFDVRH[LVWLVVHVHPQHQKXPDSiWULDVHULDXPLQGLYtGXR
R¿FLDOUHSHUFXWLUDPHPDPSODVFDPDGDVGDSRSXODomR GHWHVWiYHO PXLWR DFLPD RX PXLWR DEDL[R GR KRPHP
)$8672%História Concisa do Brasil6mR3DXOR(GLWRUDGD8QLYHUVLGDGHGH6mR3DXOR VHJXQGR+RPHURXPVHUVHPODUVHPIDPtOLDHVHPOHLV
,PSUHQVD2¿FLDOGR(VWDGR
$5,67Ï7(/(6A Política'LVSRQtYHOHPKWWSFIKXIVFEU DGDSWDGR 
2 *RYHUQR -XVFHOLQR .XELWVFKHFN HUD FULWLFDGR FRPR
³HQWUHJXLVWD´SRUDOJXQVGHVHXVRSRVLWRUHVGHYLGRDVXD 3DUD$ULVWyWHOHVDFLGDGHUHVXOWDGHXP D
SROtWLFDGHGHVHQYROYLPHQWRVHUPDUFDGDSHOR D
A GHVHQYROYLPHQWR GD UD]mR H VXDV OHLV TXH YLVDP
A GLPLQXWRLQFHQWLYRjDJULFXOWXUDSRLVFHUFDGHGD DSHUIHLoRDUDQDWXUH]DKXPDQD
SRSXODomRUHVLGLDQD]RQDUXUDO
B FRQYHQomR VRFLDO TXH SUHWHQGH SURWHJHU D
B GHFLVmR GH FRQVWUXomR GH %UDVtOLD H D FRQVHTXHQWH FRPXQLGDGHGRVSHULJRVQDWXUDLV
WUDQVIHUrQFLDGDFDSLWDOIHGHUDO
C DomR YLROHQWD H[WHUQD TXH REMHWLYD WUDQVIRUPDU R
C UHGXomR SODQHMDGD H JUDGDWLYD GD LPSRUWDomR GH
YHtFXORVHGHPDWpULDVSULPDVSDUDDVLQG~VWULDV KRPHPHPXPDQLPDOVRFLDO
D LQFHQWLYR j HQWUDGD GR FDSLWDO HVWUDQJHLUR QR SDtV D HWDSD QDWXUDO GR GHVHQYROYLPHQWR KXPDQR FXMD
SULQFLSDOPHQWHSDUDDLQG~VWULDDXWRPRWLYD ¿QDOLGDGHpDYLGDHPVRFLHGDGH
E HVFDVVH]GHLQYHVWLPHQWRVHPHGXFDomRHDOLPHQWDomR E FRQWUDWRSROtWLFRTXHEHQH¿FLDGHPRGRLJXDOLWiULRRV
iUHDVSDUDDVTXDLVGHVWLQRXSRXFRVUHFXUVRV PHPEURVGDVFDVWDVVRFLDLV

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
2014 *BRAN75SAB5*
QUESTÃO 12

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE GREVES NO BRASIL DOS ANOS 1980


1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992
Greve 664 1 052 1 101 888 2 193 1 952 1 118 623
Grevistas (milhões) 6 194 5 757 9 015 7 426 16 597 9 805 7 528 2 819
Horas paradas (mil) 384 347 821 568 1 296 771 679 141

',((6(&10Relatório de pesquisaSHU¿OGDVSODQWDVDXWRPRELOtVWLFDV

$VUD]}HVGDLQWHQVL¿FDomRGDDomRJUHYLVWDH[HUFLGDSHORVWUDEDOKDGRUHVGXUDQWHDVHJXQGDPHWDGHGDGpFDGDGH
GHYHUDPVH
A DRDYDQoRGDVSROtWLFDVQHROLEHUDLVQRSDtVTXHSURPRYHXDOLEHUDOL]DomRGRVPHUFDGRVHSULYDWL]Do}HV
B DRSODQR&ROORUTXHFRQJHORXRVSUHoRVFRPYLVWDVDEDUUDUDHOHYDGDLQÀDomRQRSDtV
C jFULVHQRVLQGLFDOLVPRQR%UDVLOWDOFRPRRFRUULDHPGLYHUVRVSDtVHVHXURSHXVQHVWDGpFDGD
D jIUDJLOLGDGHVRFLDODSyVGHFRUUHQWHGRORQJRSHUtRGRGDGLWDGXUDPLOLWDUTXHFRQWHYHDDomRRUJDQL]DWLYD
GRVWUDEDOKDGRUHVEUDVLOHLURV
E jV FRQMXQWXUDV HFRQ{PLFD H SROtWLFD GR %UDVLO HP HVSHFLDO j DPSOLDomR GD FDSDFLGDGH RUJDQL]DWLYD GRV
WUDEDOKDGRUHVjLQÀDomRHDRDUURFKRVDODULDO
QUESTÃO 13
Distribuição da população por sexo, segundo os grupos de idade
BRASIL 2010
Mais de 100 anos 0,0% 0,0%
95 a 99 anos 0,0% 0,0%
90 a 94 anos 0,1% 0,1%
85 a 89 anos 0,2% 0,3%
80 a 84 anos 0,4% 0,5%
75 a 79 anos 0,6% 0,8%
70 a 74 anos 0,9% 1,1%
65 a 69 anos 1,2% 1,4%
60 a 64 anos 1,6% 1,8%
55 a 59 anos 2,0% 2,3%
50 a 54 anos 2,5% 2,8%
45 a 49 anos 3,0% 3,2%
40 a 44 anos 3,3% 3,5%
35 a 39 anos 3,5% 3,7%
30 a 34 anos 4,0% 4,2%
25 a 29 anos 4,4% 4,5%
20 a 24 anos 4,5% 4,5%
15 a 19 anos 4,5% 4,4%
10 a 14 anos 4,6% 4,4%
5 a 9 anos 4,0% 3,9%
0 a 4 anos 3,7% 3,6%
Homens Mulheres
,%*('LVSRQtYHOHPZZZFHQVRLEJHJRYEU$FHVVRHPMDQ

2JUi¿FRREWLGRDSDUWLUGDVLQIRUPDo}HVGR&HQVRGHpUHÀH[RGDGLQkPLFDSRSXODFLRQDOGRSDtVHDSUHVHQWDXP D
A FRQWLQXLGDGHGDGLQkPLFDGHPRJUi¿FDEUDVLOHLUDUHSUHVHQWDGDSHORDODUJDPHQWRGHVXDEDVHHHVWUHLWDPHQWRGRWRSR
B HOHYDomRGDSRSXODomRDGXOWDUHÀH[RGRbaby boomQRVDQRV
C GLYHUJrQFLDQRFUHVFLPHQWRTXDQWLWDWLYRGHKRPHQVHPXOKHUHVGHDDQRV
D GHFUpVFLPRGDSRSXODomRMRYHPHFUHVFHQWHDODUJDPHQWRGDSDUWHLQWHUPHGLiULDHGRWRSRGDSLUkPLGH
E GHFOtQLRGDSRSXODomRLGRVDEUDVLOHLUDYLVXDOL]DGDQRWRSRGDSLUkPLGH
&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
*BRAN75SAB6* 2014

QUESTÃO 14 QUESTÃO 16
(P  GH DFRUGR FRP R ,%*( D H[SHFWDWLYD GH e LPSRUWDQWH QmR FRQIXQGLU PRUDOLGDGH — FHUWR
YLGD GR EUDVLOHLUR HUD GH  DQRV H PDQWLQKDVH XPD H HUUDGR — FRP OHL e FODUR TXH D PRUDOLGDGH H D OHL
JUDQGHGLVSDULGDGHHQWUHDH[SHFWDWLYDGHYLGDPDVFXOLQD PXLWDV YH]HV FRLQFLGHP 3RU H[HPSOR URXEDU H PDWDU
HIHPLQLQD$VPXOKHUHVYLYLDPHPPpGLDDQRVHRV p PRUDOPHQWH HUUDGR 7DPEpP p FRQWUD D OHL 0DV D
KRPHQVDQRV PRUDOLGDGHHDOHLQmRSUHFLVDPFRLQFLGLU
/$:62VDUTXLYRV¿ORVy¿FRV6mR3DXOR0DUWLQV)RQWHV
'LVSRQtYHOHPZZZLEJHJRYEU$FHVVRHPGH] IUDJPHQWR 
4XDQGRKiGLVFRUGkQFLDHQWUHPRUDOLGDGHHOHJDOLGDGHQD
$GLVSDULGDGHPHQFLRQDGDQRWH[WRDVVRFLDVH VRFLHGDGHRFRUUHDH[LVWrQFLDGH
A j PDLRU PRUWDOLGDGH YLROHQWD GH MRYHQV GR VH[R A XPDOHJDOLGDGHODLFD
PDVFXOLQR
B OHLVIXQGDGDVHPYDORUHVPRUDLV
B DRWUDEDOKRPDLVLQWHQVRGRVKRPHQVHPUHODomRjV
C Do}HVLOHJDLVFRPRVHQGRLPRUDLV
PXOKHUHV
D OHLVLQMXVWDVQDVRFLHGDGH
C jIDOWDGHXPVLVWHPDGHVD~GHXQLYHUVDOTXHDWHQGD
DPERVRVVH[RV E QRUPDVTXHRS}HPOHLHMXVWLoD
D DR PHQRU WHPSR GH WUDEDOKR H[LJLGR SDUD D QUESTÃO 17
DSRVHQWDGRULDGDVPXOKHUHV
E DPHOKRUHVFRQGLo}HVItVLFDVGHVD~GHGDVPXOKHUHV (P SHVTXLVD UHDOL]DGD UHYHORXVH TXH R %UDVLO p R
HPUHODomRDRVKRPHQV SDtVRQGHRVHPSUHJDGRUHVPDLVXWLOL]DPRVsites HUHGHV
VRFLDLVSDUDFRQWUDWDomR2HVWXGRIRLUHDOL]DGRHPWUH]H
QUESTÃO 15 SDtVHVGLIHUHQWHVFRPH[HFXWLYRV2VUHVXOWDGRV
DSRQWDUDP TXH QR %UDVLO  GDV HPSUHVDV XWLOL]DP
(X JRVWDULD GH HQWUDU QXD QR ULR PDV HVWRX DTXL R PHLR VRFLDO GD LQWHUQHW SDUD UHDOL]DUHP FRQWUDWDo}HV
HQWUH KRPHQV VRPRV WRGRV VROGDGRV 2V SRUWXJXHVHV ¿FDQGR D (VSDQKD HP VHJXQGR OXJDU FRP  (P
GHXPDFDQKRQHLUDERPEDUGHDUDP&DFKRHLUDHQWmRXP WHUFHLUR DSDUHFHP D ,WiOLD H +RODQGD DPEDV FRP XP
EDQGRGH3HULTXLWRVHHQWUHHOHVHXHPDLVFLQFRRXVHLV UHVXOWDGRGHFDGDXPD
PXOKHUHV HQWUDPRV QR ULR GH FXORWH ERWD H SHUQHLUD 'LVSRQtYHOHPZZZLVWRHGLQKHLURFRPEU$FHVVRHPMXO DGDSWDGR 
FDSD DERWRDGD H EDLRQHWD FDODGD 3HQVHL RXWUD YH] QR
VtWLR$OLWXGRHUDFiOLGRRVSDQRVFRQYLGDYDPDRVRQR 1HVVH FRQWH[WR D IRUPD GH LQVHUomR QR PXQGR GR
$TXLOXWDVHSHODYLGDSHOD3iWULD0LQKDEDLRQHWDUDVJD WUDEDOKRQDDWXDOLGDGHp
R YHQWUH GH XP SRUWXJXrV TXH QmR TXHU UHFRQKHFHU D A UHVXOWDGR GDV WUDQVIRUPDo}HV RFRUULGDV D SDUWLU GH
,QGHSHQGrQFLDGR%UDVLOJULWDGDOiQR6XOSHOR,PSHUDGRU SURFHVVRVWHFQROyJLFRVLQRYDGRUHVFRPRRDGYHQWR
'3HGUR GDLQWHUQHW
0$5,$48,7e5,$VG'LVSRQtYHOHPZZZYLGDVOXVRIRQDVSW B IUXWRGDPXGDQoDGRSURFHVVRGHVHOHomRWUDGLFLRQDO
$FHVVRHPMDQ DGDSWDGR 
YLVDQGR SULQFLSDOPHQWH UHGX]LU RV FXVWRV GH
$ DQiOLVH GR WH[WR UHYHOD XP SURFHVVR GH HPDQFLSDomR FRQWUDWDomR
SROtWLFDGR%UDVLOTXHVXSHUDRPDUFRGR*ULWRGR,SLUDQJD C GHFRUUHQWH GD XUJrQFLD GH RFXSDomR GDV YDJDV
HGD¿JXUDGH'3HGUR,SRLVDOXWDSHODLQGHSHQGrQFLD GLVSRQtYHLV IDFLOLWDGD SHOD PDVVL¿FDomR GR XVR GDV
A IRLFRQGX]LGDSRUXPH[pUFLWRSUR¿VVLRQDO UHGHVVRFLDLV
B ¿FRXOLPLWDGDDGLVSXWDVHDFRUGRVSROtWLFRV D SURGXWRGDH[SDQVmRGHSRVWRVGHWUDEDOKRRTXHYHP
H[LJLQGR FDGD YH] PDLV D SUHVHQoD GH SUR¿VVLRQDLV
C IRPHQWRXPRYLPHQWRVVHSDUDWLVWDVGR6XOGRSDtV TXDOL¿FDGRV
D FRQWRXFRPDSDUWLFLSDomRGHGLYHUVRVVHJPHQWRVVRFLDLV E FRPSDWtYHO FRPR SHU¿O SUR¿VVLRQDO DWXDO TXH H[LJH
E FRQVROLGRXXPDLGHLDGHSiWULDTXHH[FOXtDDKHUDQoD GRFDQGLGDWRSOHQRGRPtQLRGDVIHUUDPHQWDVYLUWXDLV
SRUWXJXHVD GHFRPXQLFDomR

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
2014 *BRAN75SAB7*
QUESTÃO 18 QUESTÃO 19

3DUD D FRPSUHHQVmR GD UHDOLGDGH JOREDO p ¬SULPHLUDYLVWDTXHHQFRQWUHLDVLOKDVGHLRQRPHGH


LQGLVSHQViYHO R HQWHQGLPHQWR GR TXH p D YLGD QDV 6DQ6DOYDGRUHPKRPHQDJHPj6XD$OWD0DMHVWDGHTXH
GLIHUHQWHV UHJL}HV GH VHXV IXQFLRQDPHQWRV HVSHFt¿FRV PDUDYLOKRVDPHQWHGHXPHWXGRLVVR2VtQGLRVFKDPDP
GH VXDV HVSDFLDOL]Do}HV GH VXDV UHODo}HV HQ¿P HVWD LOKD GH *XDQDDQL ¬ VHJXQGD LOKD GHL R QRPH GH
6DQWD 0DULD GH &RQFHSFLyQ j WHUFHLUD )HUQDQGLQD j
GH VHX DUUDQMR SDUWLFXODU 8P PHVPR HOHPHQWR ± XP
TXDUWD ,VDEHOD j TXLQWD -XDQD H DVVLP D FDGD XPD
EDQFR XP shopping center XPD FDVD GH FRPpUFLR GH
GHODVGHLXPQRYRQRPH
LQVXPRVDJUtFRODVXPDHVFRODVXSHULRUDYHUWLFDOL]DomR
&ULVWyYmR&RORPER&DUWDD6DQWDQJHO,Q72'25297A Conquista da América
GD KDELWDomR ¿QDQFLDPHQWRV JRYHUQDPHQWDLV XPD DTXHVWmRGRRXWUR6mR3DXOR0DUWLQV)RQWHV

DXWRHVWUDGDXPDHURSRUWRHWF±WHUiLPSDFWRVGLIHUHQWHV
2SURFHVVRGHQRPHDomRHUHQRPHDomRUHDOL]DGRSHORV
HPiUHDVGLVWLQWDVGHXPSDtVRXGRSODQHWD HXURSHXVQRFRQWH[WRGDFRQTXLVWDGD$PpULFDH[SUHVVD
6$17260Metamorfoses do Espaço Habitado)XQGDPHQWRV7HyULFRVH0HWRGROyJLFRV
GD*HRJUD¿D6mR3DXOR(GLWRUDGD8QLYHUVLGDGHGH6mR3DXOR IUDJPHQWR  A D YDORUL]DomR GD QDWXUH]D DPHULFDQD XPD YH] TXH
HOD HUD FRQVLGHUDGD SRU HXURSHXV R SUrPLR SHOD
$R WUDWDU GDV GLIHUHQFLDo}HV HVSDFLDLV R DXWRU SURYRFD
FRQTXLVWDHFRORQL]DomR
XPDUHÀH[mRVREUHDVUHODo}HVHQWUHHVSDoRVGLYHUVRV
TXHVmRH[HPSOL¿FDGDV B R GHVHMR GH HVWDEHOHFHU FRPXQLFDomR FRP RV
LQGtJHQDVXPDYH]TXHDEXVFDSHORRXURGHSHQGLD
A QR HVSDoR UXUDO DWXDO TXH DSUHVHQWD XPD GRFRQWDWRFRPRVQDWLYRV
GHVYLQFXODomR GD SURGXomR DJUtFROD H GR FRQVXPR C D WRPDGD GH SRVVH GR 1RYR 0XQGR XPD YH] TXH
DOLPHQWDU +i WDPEpP XPD DUWLFXODomR PDLV UHQRPHDU HUD LPSRU DRV SRYRV LQGtJHQDV RV VLJQRV
DJXoDGDHQWUHRDJUtFRODHRLQGXVWULDOIHQ{PHQRTXH FXOWXUDLVHXURSHXV
QmRHVWDYDFODURDWpPHDGRVGRVpFXOR;;
D R FDUiWHU VDJUDGR GD $PpULFD XPD YH] TXH IRUD
B QDDQiOLVHGRVHVSDoRVXUEDQRVFRPRKLVWRULFDPHQWH FRQVLGHUDGD SHORV HXURSHXV R SDUDtVR WHUUHVWUH HP
UHODFLRQDGRV j LQGXVWULDOL]DomR R TXH QmR VH SRGH YLUWXGHGDERQGDGHGRVQDWLYRV
D¿UPDU GRV HVSDoRV UXUDLV TXH YrP SDVVDQGR
E DQHFHVVLGDGHGHRULHQWDomRJHRJUi¿FDXPDYH]TXH
SRU SURFHVVRV GH PRGHUQL]DomR WHFQROyJLFD PDV R DWR GH QRPHDU SHUPLWLD FULDU PDSDV SDUD IXWXUDV
FRQVHUYDQGRDGHVDUWLFXODomRFRPDVFLGDGHV YLDJHQVQD$PpULFD
C QDWUDQVLomRGRPRGRGHSURGXomRIHXGDOSDUDRPRGR
GHSURGXomRFDSLWDOLVWDHPTXHDFLGDGHVXUJLXFRPR
XP HVSDoR GH UHSURGXomR GDV UHODo}HV VHUYLV GRV
IHXGRV6RPHQWHDSyVSURFHVVRVUHYROXFLRQiULRVDV
FLGDGHVSDVVDUDPDUHSUHVHQWDUDOLEHUGDGH
D QDGHVDUWLFXODomRHQWUHRVHVSDoRVUXUDLVHXUEDQRV
TXH VH GHX KLVWRULFDPHQWH SHOR IDWR GH R FDPSR
QmRWHUVHVXERUGLQDGRjFLGDGHQRTXHVHUHIHUHj
TXHVWmRGDVWpFQLFDVHWHFQRORJLDV(VVHIDWRH[SOLFD
KRMHRJUDQGHDYDQoRWHFQROyJLFRQDDJULFXOWXUD
E QR HVSDoR XUEDQR RQGH p SRVVtYHO SHUFHEHU
XPD GHVDUWLFXODomR HQWUH RV SURFHVVRV VRFLDLV
HFRQ{PLFRV H WHUULWRULDLV (VVD GHVDUWLFXODomR VH
PDQLIHVWD QDV GLIHUHQWHV H GHVLJXDLV SDLVDJHQV
SUHVHQWHVQDVFLGDGHV

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
*BRAN75SAB8* 2014

QUESTÃO 20 QUESTÃO 21

4XDQGRXPFDUSLQWHLURDSDQKDXPPDUWHORRPDUWHOR 3DUDRVRFLyORJR'RQ6ODWHUDVSHVVRDVFRPSUDPD
VHWRUQDGRSRQWRGHYLVWDGRVHXFpUHEURSDUWHGDVXD YHUVmR PDLV FDUD GH XP SURGXWR QmR SRUTXH WHP PDLRU
PmR4XDQGRXPVROGDGROHYDXPELQyFXORDRVROKRVR YDORU GH XVR GR TXH D YHUVmR PDLV EDUDWD PDV SRUTXH
VHX FpUHEUR Yr DWUDYpV GH XP QRYR FRQMXQWR GH OHQWHV VLJQL¿FD VWDWXV H H[FOXVLYLGDGH H FODUR HVVH VWDWXV
DGDSWDQGRVH LQVWDQWDQHDPHQWH D XP FDPSR GH YLVmR SURYDYHOPHQWHVHUiLQGLFDGRSHODHWLTXHWDGHXPdesigner
RXGHXPDORMDGHGHSDUWDPHQWRV
PXLWR GLIHUHQWH $ QRVVD FDSDFLGDGH GH QRV IXQGLUPRV
%,77(1&285756HGXomRSDUDRFRQVXPR5HYLVWD)LORVR¿DQDQR9,GH]
FRPWRGRWLSRGHIHUUDPHQWDpXPDGDVTXDOLGDGHVTXH
PDLVQRVGLVWLQJXHFRPRHVSpFLH 2V PHLRV GH FRPXQLFDomR XWLOL]DGRV SHODV HPSUHVDV
&$551O que a internet está fazendo com os nossos cérebrosDJHUDomRVXSHU¿FLDO
FRPR IRUPD GH YHQGHU VHXV SURGXWRV ID]HP SDUWH GR
5LRGH-DQHLUR$JLU FRWLGLDQRVRFLDOHWrPSRUXPGHVHXVREMHWLYRVLQGX]LUDV
SHVVRDVDXP D
$ FLrQFLD SURGX] DSDUDWRV WHFQROyJLFRV TXH VH WRUQDP
XPD H[WHQVmR GR VHU KXPDQR 4XDQGR XP EORJXHLUR A YLGDOLYUHGHLGHRORJLDV
XWLOL]DDLQWHUQHWFRPRYHtFXORGHLQIRUPDomRFUtWLFDRVHX B SHQVDPHQWRUHÀH[LYRHFUtWLFR
SHQVDPHQWRp C FRQVXPRGHVSURYLGRGHPRGLVPRV
A H[SUHVVmR GD VXD SUySULD FRQVFLrQFLD PDV FRP D DWLWXGHFRQVXPLVWDPDVVL¿FDGRUD
SHUGDGDQRomRGHSHUWHQFLPHQWR E SRVWXUDGHVSUHRFXSDGDFRPHVWLORV
B SURMHWRLQGLYLGXDOGHGLItFLOUHSHUFXVVmRFROHWLYDSRLV QUESTÃO 22
DWLQJHXPQ~PHUROLPLWDGRGHSHVVRDV
C GLVFXUVRPHUDPHQWHWHyULFRSRUTXHHVWiGHVYLQFXODGR $V FRQVHTXrQFLDV GD FULVH QD ]RQD GR HXUR Vy
GHDVSHFWRVGDUHDOLGDGHVRFLDO HVWmR FRPHoDQGR SDUD D PDLRULD GRV SDtVHV (P 
SHUVHJXLQGR PDLRU FRPSHWLWLYLGDGH D )UDQoD Mi KDYLD
D DomRLQWHOHFWXDOFRPHIHLWRVVRFLDLVGHVHQFDQGHDGRV
HOLPLQDGR R OLPLWH GH  KRUDV VHPDQDLV GH WUDEDOKR
DWUDYpVGRUHFRQKHFLPHQWRQDUHGH
QR SDtV $V HPSUHVDV WDPEpP WrP HQGXUHFLGR QDV
E IHQ{PHQR TXH YLVD DOFDQoDU SRQWXDOPHQWH QHJRFLDo}HVFRPRVVLQGLFDWRVD¿PGHFRUWDUJDVWRVFRP
GHWHUPLQDGRS~EOLFRGHPRGRSODQHMDGRHHVSHFt¿FR PmRGHREUD$VHFRQRPLDVGRVSDtVHVPDLVHQFUHQFDGRV
VmR WDPEpP DV PDLV ³SHVDGDV´ HP WHUPRV GH FXVWR GH
PmRGHREUDHDVPHQRVSURGXWLYDVGD(XURSD
Folha de São PauloGH] DGDSWDGR 

$FULVHQD]RQDGRHXURMiDSUHVHQWDLPSDFWRVQRWUDEDOKR
HQDSURGXomRHPIXQomRGD
A QHFHVVLGDGH GH UHHVWUXWXUDomR HPSUHVDULDO SDUD
GLPLQXLURFXVWRSURGXWLYR
B WUDQVIHUrQFLDGHUHFXUVRV¿QDQFHLURVSDUDRVSDtVHV
FRPPDLRUYLDELOLGDGHHFRQ{PLFD
C LQÀXrQFLD GDV RUJDQL]Do}HV WUDEDOKLVWDV SDUD
DSULPRUDUDJHVWmRH¿FLHQWHGRFDSLWDO
D GLPLQXLomR GDV KRUDV WUDEDOKDGDV VHPDQDOPHQWH
SDUDDGDSWDomRjQRYDGLQkPLFDGHPHUFDGR
E UHGXomRGRLQYHVWLPHQWRQDFDSDFLWDomRSUR¿VVLRQDO
SDUDGLPLQXLURFXVWRGDPmRGHREUD

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
2014 *BRAN75SAB9*
QUESTÃO 23 QUESTÃO 25

1DV ~OWLPDV GpFDGDV D FDSRHLUD HVWi FDGD YH] TEXTO I


PDLV SUHVHQWH QR DPELHQWH HVFRODU VHMD SRU LQWHUPpGLR $UW±2PDULGRpRFKHIHGDVRFLHGDGHFRQMXJDO
GH HVWXGDQWHV TXH D SUDWLFDP QRV LQWHUYDORV GDV DXODV IXQomR TXH H[HUFH FRP D FRODERUDomR GD PXOKHU QR
VHMD FRPR SDUWH GDV SURSRVWDV FXUULFXODUHV GH GLYHUVDV LQWHUHVVHFRPXPGRFDVDOHGRV¿OKRV
LQVWLWXLo}HVGHHQVLQR Código Civil'LVSRQtYHOHPZZZGMLFRPEU$FHVVRHPRXW
'LVSRQtYHOHPKWWSFUYHGXFDFDRPJJRYEU DGDSWDGR 
TEXTO II
&DGD YH] PDLV UHFRQKHFLGD D FDSRHLUD p FRQVLGHUDGD $UWž
D  H[SUHVVmR DUWtVWLFD GR SDtV UHJLVWUDGD FRPR
SDWULP{QLRLPDWHULDOSHOR,3+$16XDSUiWLFDUHSUHVHQWD ,, ± QR kPELWR GD IDPtOLD FRPSUHHQGLGD FRPR D
QDVHVFRODVXP D FRPXQLGDGH IRUPDGD SRU LQGLYtGXRV TXH VmR RX VH
FRQVLGHUDP DSDUHQWDGRV XQLGRV SRU ODoRV QDWXUDLV SRU
A DWLYLGDGHTXHSURSRUFLRQDGLiORJRHLQFOXVmRSDUDRV D¿QLGDGH RX SRU YRQWDGH H[SUHVVD 3DUiJUDIR ~QLFR$V
SUDWLFDQWHV UHODo}HV SHVVRDLV HQXQFLDGDV QHVWH DUWLJR LQGHSHQGHP
B DOWHUQDWLYDTXHFRQWUDULDR(&$ (VWDWXWRGD&ULDQoD GHRULHQWDomRVH[XDO
HGR$GROHVFHQWH  Lei Maria da Penha./HLQGHGHDJRVWRGH
C PHLRGLGiWLFRGHVYLQFXODGRGDFXOWXUDSRSXODU 'LVSRQtYHOHPZZZSODQDOWRJRYEU$FHVVRHPRXW DGDSWDGR 

D PRYLPHQWRWHyULFRHLQWHOHFWXDOVHPSUi[LVFROHWLYD $VOHLVGHXPSDtVH[SUHVVDPRSURFHVVRGHPXGDQoDV
E SUiWLFDVHPYtQFXORLGHQWLWiULRHFXOWXUDO QDVRFLHGDGH1HVVDSHUVSHFWLYDDRFRPSDUDUR&yGLJR
&LYLO GH  H D /HL 0DULD GD 3HQKD DV PXGDQoDV QD
QUESTÃO 24 GH¿QLomRMXUtGLFDGRFRQFHLWRGHIDPtOLDQR%UDVLO

7HFQRFUDFLD H GHPRFUDFLD VmR DQWLWpWLFDV VH R A VLQDOL]DP D LQFOXVmR GDV XQL}HV KRPRDIHWLYDV QR
SURWDJRQLVWD GD VRFLHGDGH LQGXVWULDO p R HVSHFLDOLVWD FRQFHLWRGHIDPtOLDFULDQGRXPPDUFROHJDOSDUDRV
PRYLPHQWRVTXHOXWDPSHODGLYHUVLGDGHVH[XDO
LPSRVVtYHOTXHYHQKDDVHURFLGDGmRTXDOTXHU$GHPRFUDFLD
VXVWHQWDVHVREUHDKLSyWHVHGHTXHWRGRVSRGHPGHFLGLUD B UHVWULQJHP RV TXHVWLRQDPHQWRV DRV GLUHLWRV
UHVSHLWRGHWXGR$WHFQRFUDFLDDRFRQWUiULRSUHWHQGHTXH UHODFLRQDGRVjVLWXDomRIHPLQLQDPDQWHQGRRSDSHO
VHMDPFRQYRFDGRVSDUDGHFLGLUDSHQDVDTXHOHVSRXFRVTXH GRKRPHPFRPRFKHIHGDVRFLHGDGHFRQMXJDO
GHWrPFRQKHFLPHQWRVHVSHFt¿FRV C UHPHWHPjVRULJHQVSULPiULDVGDIDPtOLDFRQ¿UPDQGR
DUHODomRHQWUHKRPHPPXOKHUHVHXV¿OKRVFRPRD
%2%%,21O futuro da democracia6mR3DXOR3D]H7HUUD
EDVHGDLQVWLWXLomRIDPLOLDU
1DGHPRFUDFLDDSDUWLFLSDomRGRVFLGDGmRVQDVGHFLV}HV D UHIRUoDPRVSDSpLVWUDGLFLRQDLVDWULEXtGRVDRVVH[RV
GHYHVHUDPDLVDPSODSRVVtYHO'HDFRUGRFRPRWH[WRR FRQFHEHQGRGLUHLWRVHGHYHUHVHPFRQIRUPLGDGHFRP
H[HUFtFLRSOHQRGDGHPRFUDFLDSUHVVXS}H RJrQHUR
A TXH DV GHFLV}HV VHMDP WRPDGDV D SDUWLU GH XP E UHFRQKHFHP D QHFHVVLGDGH GH KRPHQV H PXOKHUHV
SULQFtSLRGHPRFUiWLFRRXVHMDWRGRVWrPRGLUHLWRGH HPIRUPDUSHTXHQRVJUXSRVFRQFHGHQGRjIDPtOLDD
RSLQDUDUHVSHLWRGHWXGR IXQomRGHPDQWHUDHVWDELOLGDGHVRFLDO
B TXH DTXHOHV TXH GHWrP FRQKHFLPHQWR WpFQLFR HP
GHWHUPLQDGR DVVXQWR VHMDP RV ~QLFRV D SRGHUHP
RSLQDUHGHFLGLUVREUHRPHVPR
C TXH RV GHWHQWRUHV GR FRQKHFLPHQWR WpFQLFR WHQKDP
SUHIHUrQFLD SDUD GHFLGLU SRLV D GHPRFUDFLD VH
FRQIXQGHFRPDHVSHFLDOL]DomR
D XPD IRUPD GH GHPRFUDFLD QD TXDO WRGRV SRGHP
RSLQDUPDVDSHQDVGHQWURGHVXDHVSHFLDOLGDGH
E D LQFOXVmR GR FRQKHFLPHQWR WpFQLFR FRPR FULWpULR
GH MXOJDPHQWRYLVWR TXH HOH VHUYLULD SDUD DJLOL]DU R
SURFHVVRGHHVFROKD

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
*BRAN75SAB10* 2014

QUESTÃO 26 QUESTÃO 28

Capítulo XIII $ GLVFUHWD PDV FRQWtQXD PHOKRUD GR PHUFDGR GH


WUDEDOKRQRV(8$GHYHSDVVDUGHVSHUFHELGDSDUDXPJUXSR
Dos vadios e capoeiras FXMRSUREOHPDYDLDOpPGHDFKDUHPSUHJRKRPHQVGHD
$UW)D]HUQDVUXDVHSUDoDVSXEOLFDVH[HUFLFLRV DQRVVHPGLSORPDXQLYHUVLWiULRFXMDUHQGDQRV~OWLPRV
GH DJLOLGDGH H GHVWUH]D FRUSRUDO FRQKHFLGRV SHOD FLQFRDQRVFDLX&RPDFULVHRVJDQKRVGRVPHQRV
GHQRPLQDomR FDSRHLUDJHP DQGDU HP FRUUHULDV FRP LQVWUXtGRVFDtUDPDQtYHLVSHUWRGDEDUUHLUDGDSREUH]DQD
DUPDV RX LQVWUXPHQWRV FDSD]HV GH SURGX]LU XPD OHVmR GH¿QLomRGRFHQVRGRV(VWDGRV8QLGRV 86PLODQR
FRUSRUDOSURYRFDQGRWXPXOWRVRXGHVRUGHQVDPHDoDQGR
SDUDIDPtOLDGHTXDWURSHVVRDV 2GLQDPLVPRHDPXGDQoD
SHVVRDFHUWDRXLQFHUWDRXLQFXWLQGRWHPRUGHDOJXPPDO
UiSLGDQDHFRQRPLDDPHULFDQDGHSUHFLDUDPDVKDELOLGDGHV
3HQD±GHSULVmRFHOOXODUSRUGRXVDVHLVPH]HV GHSDUWHGRVWUDEDOKDGRUHV
3DUDJUDSKR XQLFR e FRQVLGHUDGR FLUFXPVWDQFLD Folha de São PauloGH]
DJJUDYDQWHSHUWHQFHURFDSRHLUDDDOJXPDEDQGDRXPDOWD
'HQWUHRVIDWRUHVTXHFRQWULEXtUDPSDUDDGLPLQXLomRGD
$RVFKHIHVRXFDEHoDVVHLPSRUiDSHQDHPGREUR UHQGDGRVWUDEDOKDGRUHVSRGHVHUHODFLRQDU
%5$6,/Código Penal de 1890'LVSRQtYHOHPZZZVHQDGRJRYEU$FHVVRHPMXO
A D LQWHUIHUrQFLD GR (VWDGR QR PHUFDGR GH WUDEDOKR
$ PXGDQoD GLDQWH GD SUiWLFD FXOWXUDO GHVFULWD HVWi SULYLOHJLDQGRRVSRUWDGRUHVGHGLSORPDXQLYHUVLWiULR
UHODFLRQDGDj B DV GHPDQGDV GD JOREDOL]DomR TXH OHYDUDP j
LPSRUWDomR GH PmR GH REUD RULXQGD GRV SDtVHV
A YHUL¿FDomR GH TXH D DPSOLDomR GR SDWULP{QLR
SRVVLELOLWDQRYRVPHUFDGRVGHWUDEDOKR HPHUJHQWHV
B FRPSUHHQVmR GH TXH D FDSRHLUD GHL[RX GH VHU XP C D QHFHVVLGDGH GH PmR GH REUD TXDOL¿FDGD TXH
HOHPHQWRLGHQWLWiULRSDUDRVQHJURV GL¿FXOWD D LQVHUomR GRV WUDEDOKDGRUHV FRP PHQRV
IRUPDomR
C FRPSURYDomR GH TXH D SUiWLFD GD FDSRHLUD IRL
IXQGDPHQWDOSDUDDDEROLomRGDHVFUDYDWXUD D DRSomRGRVHWRUSURGXWLYRSRUHPSUHJDUWUDEDOKDGRUHV
D OHJLWLPDomR GD FRQWULEXLomR GRV QHJURV FRPR FRP PDLRU TXDOL¿FDomR D ¿P GH JDUDQWLU OLQKDV GH
FRPSRQHQWHIXQGDPHQWDOGDFXOWXUDEUDVLOHLUD ¿QDQFLDPHQWRHVWDWDO
E FUHQoDGHTXHXPDHWQLDPLQRULWiULDSUHFLVDWHUVHXV E DV UHIRUPDV SURSRVWDV SHOR (VWDGR SDUD R VHWRU GD
FRVWXPHVSUHVHUYDGRVSHORVOHJLVODGRUHV VD~GHSULYLOHJLDQGRFRQWUDWDomRGHPmRGHREUDGH
DOWDTXDOL¿FDomR
QUESTÃO 27
QUESTÃO 29
8PD YH] TXH D UD]mR PH SHUVXDGH GH TXH GHYR
LPSHGLUPH GH GDU FUpGLWR jV FRLVDV TXH QmR VmR $ LPSODQWDomR GH QRYDV WpFQLFDV H WHFQRORJLDV H R
LQWHLUDPHQWH FHUWDV H LQGXELWiYHLV WDQWR TXDQWR jTXHODV XVR GH LQVXPRV TXtPLFRV DXPHQWDUDP D SURGXomR H D
TXH QRV SDUHFHP PDQLIHVWDPHQWH VHU IDOVDV R PHQRU SURGXWLYLGDGH 2 GHVHQYROYLPHQWR GH QRYDV YDULHGDGHV
PRWLYRGHG~YLGDTXHHXQHODVHQFRQWUDUEDVWDUiSDUDPH GH FXOWLYR IDFLOLWRX D PHFDQL]DomR GLVSHQVDQGR HP
OHYDUDUHMHLWDUWRGDV JUDQGHSDUWHRWUDEDOKRPDQXDO
'(6&$57(650HGLWDo}HVGH)LORVR¿D3ULPHLUD 6$'(5(-,1.,1*6, 2UJV Enciclopédia Contemporânea da América Latina
6mR3DXOR$EULO&XOWXUDO DGDSWDGR  e do Caribe6mR3DXOR%RLWHPSR DGDSWDGR 

$R LQWURGX]LU D G~YLGD FRPR PpWRGR 'HVFDUWHV EXVFD 2LPSDFWRGDVLQRYDo}HVGHVFULWDVQRWH[WRHPUHODomRj


DOFDQoDUXPDFHUWH]DFDSD]GHUHIXQGDUVREUHSULQFtSLRV SHTXHQDSURGXomRDJUtFRODRFRUUHXSRUTXH
VyOLGRVDFLrQFLDHD¿ORVR¿D6HXSURFHGLPHQWRWHyULFR
LQGLFD A DFHQWXRXRDXPHQWRGDULTXH]DHGDFRQFHQWUDomRGD
WHUUDLQWHQVL¿FDQGRDSREUH]DHDPLVpULD
A DFDSDFLGDGHGHRHQWHQGLPHQWRKXPDQRGXYLGDUGDV B SULYLOHJLRX R WUDWR VXVWHQWiYHO GD WHUUD FRPR
FHUWH]DVFODUDVHGLVWLQWDV IXQGDPHQWRGRPRGHORFRQKHFLGRFRPRDJURQHJyFLR
B D LGHLD GH TXH R FHWLFLVPR p EDVH VX¿FLHQWH SDUD C HIHWLYRXDUHGLVWULEXLomRGHWHUUDVHULTXH]DSRUPHLR
HGL¿FDUD¿ORVR¿DPRGHUQD GDRIHUWDGHOLQKDVGHFUpGLWRDRDJULFXOWRUWUDGLFLRQDO
C R URPSLPHQWR FRP R GRJPDWLVPR GD ¿ORVR¿D D LQFHQWLYRXDSHUPDQrQFLDGRVDJULFXOWRUHVIDPLOLDUHV
DULVWRWpOLFRWRPLVWDTXHSUHYDOHFHUDQD,GDGH0pGLD HP VXDV WHUUDV GHYLGR j H[SDQVmR GDV IURQWHLUDV
D D SULPD]LD GRV VHQWLGRV FRPR FDPLQKR VHJXUR GH DJUtFRODV
FRQGXomRGRKRPHPjYHUGDGH E LQWHJURX DV IRUPDV WUDGLFLRQDLV GH WUDEDOKR DR
E RHVWDEHOHFLPHQWRGHXPDUHJUDFDSD]GHFRQVROLGDU DJURQHJyFLRDRSRVVLELOLWDURDUUHQGDPHQWRGHWHUUDV
DWUDGLomRHVFROiVWLFDGHSHQVDPHQWR SDUDDDJULFXOWXUDRUJkQLFD

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
2014 *BRAN75SAB11*
QUESTÃO 30

1RGLDGHDJRVWRSDVVDGRIXJLXGD&RPSDQKLDGH0LQHUDomRGR&XLDEiRHVFUDYRGHQRPH6HYHULQR
GHDQRVGHLGDGHFDEUDFODURHVWDWXUDPDLVTXHUHJXODUERD¿JXUDERQVGHQWHVHWHPXPVLQDOGHFRUWDGXUDGH
XPDSROHJDGDSRXFRPDLVRXPHQRVQDWHVWD/HYRXFKDSpXGHSDOKDWUDQoDGRSDUGHFDOoDVD]XLVSDOHWySUHWR
FDPLVDEUDQFDHRXWUDVURXSDV(VWiDUPDGRGHXPDSLVWRODSHTXHQDGHDOJLEHLUDHXPDIDFDGHSRQWD*UDWL¿FDVH
FRPDTXDQWLDDFLPDGHDTXHPRDSUHHQGHUHOHYiORDVHXVHQKRUUHVLGHQWHHP6DEDUiRXRSXVHUHP
TXDOTXHUFDGHLDGDSURYtQFLD
6DEDUiGHRXWXEURGH
Jornal A Província de Minas2XUR3UHWRHGLomRGH]

2DQ~QFLRGHMRUQDOVREUHDIXJDGRHVFUDYR6HYHULQRPRVWUDXPDVSHFWRLPSRUWDQWHGRHVFUDYLVPREUDVLOHLUR4XDO
GDVVHJXLQWHVD¿UPDo}HVH[SUHVVDWDODVSHFWR"
A $VDOIRUULDVQRVLVWHPDHVFUDYLVWDEUDVLOHLURHUDPREWLGDVWDQWRSHOROLYUHFRQVHQWLPHQWRGRVHQKRUTXDQWRSHODFRPSUD
B $VIXJDVGHHVFUDYRVHUDPGXUDPHQWHUHSULPLGDVSHOR(VWDGRHSHORVVHQKRUHVGHHVFUDYRV
C 2PRYLPHQWRDEROLFLRQLVWDWHYHSDSHOIXQGDPHQWDOSDUDR¿PGDHVFUDYLGmR
D 2SDWHUQDOLVPRGDHVFUDYLGmREUDVLOHLUDJHUDYDDSUHRFXSDomRGRVHQKRUHPFRQVHJXLUHQFRQWUDURVHXHVFUDYR
HPIXJD
E 2VTXLORPERVHUDPRUJDQL]Do}HVUHYROXFLRQiULDVYROWDGDVSDUDRFRPEDWHDRVLVWHPDHVFUDYLVWDEUDVLOHLUR

QUESTÃO 31

'$9,6-*DU¿HOGGHERPKXPRU3RUWR$OHJUH/ 30

$OWHUQDWLYDVDRWLSRGHFRQVXPRFXOWXUDODSUHVHQWDGRQDVWLUDVUHVXOWDULDPGH
A GHPRFUDWL]DomRGRDFHVVRDRXWUDVHVIHUDVGHSURGXomRFXOWXUDO
B HPLVVRUDVFRPSURPHWLGDVFRPSULQFtSLRVFtYLFRV
C FHQVXUDPRUDOLVWDGLDQWHGDVLQIRUPDo}HVYHLFXODGDV
D DFHVVRGDSRSXODomRDRVFDQDLVGHVLQDOIHFKDGR
E PRYLPHQWRGDV,JUHMDVFULVWmVHPGHIHVDGDIDPtOLD

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
*BRAN75SAB12* 2014

QUESTÃO 32 QUESTÃO 34
$ HQ[DGD p XP ERP LQVWUXPHQWR GH MDUGLP GH XP
SRPDU RX GH XPD KRUWD SRUpP SUHWHQGHU DSOLFiOD FRP
SURYHLWR j JUDQGH FXOWXUD p R PHVPR TXH TXHUHU WLUDU
XPDSHoDGHFDQWDULD SHGUDGHFRQVWUXomRGHWDPDQKR
JUDQGH  FRP XP SUHJR RX IDOTXHMDU WRUQDU TXDGUDGR 
XP SmR FRP XPD IDFD$ HQ[DGD PDO DUUDQKD D WHUUD j
FXVWDGHIDGLJDGRPtVHURWUDEDOKDGRU
%85/$0$48()/&&DWHFKLVPRGH$JULFXOWXUD,Q0277$0*8,0$5­(6(
Direito às avessasSRUXPDKLVWyULDVRFLDOGDSURSULHGDGH1LWHUyL8))

1R¿QDOGRVpFXOR;,;RGLVFXUVRTXHD¿UPDYDHVWDUHP
FULVH D DJULFXOWXUD EUDVLOHLUD DSRQWDYD FRPR UD]mR SDUD
HVVHIDWRD
A PDQXWHQomRGHPpWRGRVDUFDLFRVGHSURGXomR
B VXERUGLQDomRHFRQ{PLFDjDWLYLGDGHLQGXVWULDO
C XWLOL]DomRGHLPLJUDQWHVFRPRWUDEDOKDGRUHVUXUDLV
D GLVVHPLQDomRGHSHTXHQDVSURSULHGDGHVDJUtFRODV
E GLYHUVL¿FDomRGRVJrQHURVSURGX]LGRV

'LVSRQtYHOHPZZZFXOWXUDSDUDWRGRVHV$FHVVRHPPDU
QUESTÃO 35
2FDUWD]H[S}HXPGRVOHPDVGD*XHUUD&LYLO(VSDQKROD 3HTXHQR QR SRUWH PDJUR H VyEULR GH P~VFXORV
  FRQÀLWR HP TXH DV IRUoDV UHSXEOLFDQDV WDFLWXUQR H GHVDMHLWDGR HP GHVFDQVR LQWUpSLGR H YLEUiWLO
DSRLDGDV SRU EULJDGDV YROXQWiULDV LQWHUQDFLRQDLV IRUDP TXDQGRVROLFLWDGRSDUDDDomRpRYDTXHLURGR1RUGHVWH
GHUURWDGDVSRUpP XP WLSR FDUDFWHUtVWLFR GR PHLR HP TXH KDELWD 3RYRD R
A UHIUHRX DV WHQGrQFLDV DXWRULWiULDV GRV JRYHUQDQWHV 6HUWmR QRUGHVWLQR SHQHSODQR GH URFKDV FULVWDOLQDV
HXURSHXVQRSHUtRGR WHUUD DWRUPHQWDGD RUD SHODV VHFDV FDXVWLFDQWHV RUD
B FRQVROLGRX R SDSHO GD /LJD GDV 1Do}HV FRPR SHODV FKXYDV WRUUHQFLDLV 3RUFRGRPDWR HPD WDSLU
PHGLDGRUDGRVFRQÀLWRVLQWHUQDFLRQDLV VXoXDUDQDHLVDOJXPDVHVSpFLHVGHVXDIDXQDEUDYLD(
pQHVWHFHQiULRTXHQDVFHVHDJLWDHPRUUHRYDTXHLUR
C LPSHGLX R GHVHQYROYLPHQWR GH FRQÀLWRV PLOLWDUHV
QRUGHVWLQR²RPDLVEUDYLRGRV¿OKRVGR6HUWmR2VHX
LQWHUQDFLRQDLVQRFRQWLQHQWHHXURSHX
WLSRpWQLFRSURYpPGRFRQWDWRGREUDQFRFRORQL]DGRUFRP
D LVRORX SROLWLFDPHQWH D (VSDQKD GDV RXWUDV QDo}HV R JHQWLR GXUDQWH D SHQHWUDomR GR JDGR QRV VHUW}HV GR
HXURSHLDVFRPDDVFHQVmRIUDQTXLVWD 1RUGHVWH3RUUD]}HVHFRQ{PLFDVHKLVWyULFDVDGDSWRXVH
E SURYRFRX FRPRomR PXQGLDO IRUWDOHFHQGR D jDWLYLGDGHFULDWyULD
QHFHVVLGDGHGHFRPEDWHDRIDVFLVPRHXURSHX
/$83Tipos e aspectos do Brasil6mR3DXOR
,QHS0(&5HYLVWDGRV7ULEXQDLV
QUESTÃO 33
2FRQWH[WRQDWXUDOLPHGLDWRGRWtSLFRYDTXHLURPHQFLRQDGR
2 PRGR FRPR FDGD VRFLHGDGH VH RUJDQL]RX pFDUDFWHUL]DGRSHORGRPtQLRGDYHJHWDomR
GHWHUPLQRXDLQWHQVLGDGHGRVLPSDFWRVDPELHQWDLV1HVVD
ORQJDHJUDQGHKLVWyULDGRVVHUHVKXPDQRVQHVWHSODQHWD A PLVWD GH WUDQVLomR XP DPELHQWH FRP FOLPD PDLV
R PXQGR FUHVFHX HP WHUPRV GH SURGXomR FRQVXPR H DPHQRHiUHDVFRPUHOHYRHOHYDGRFRPRR3ODQDOWR
GHJUDGDomR DPELHQWDO H WDPEpP HP GHVLJXDOGDGHV GD%RUERUHPD
VRFLDLVHLPSDFWRVVREUHRVVLVWHPDVGHVXSRUWHjYLGD
B WLSRPRVDLFRFRPDVSHFWRVXEDUEXVWLYRDUEXVWLYRH
)5(,7$6&0Um equilíbrio delicadoFULVHDPELHQWDOHDVD~GHQRSODQHWD
5LRGH-DQHLUR*DUDPRQG DGDSWDGR  SUHVHQoDGHJUDPtQHDVHPVXDPDLRULDGHVHQYROYLGD
HP VRORV SURIXQGRV H iFLGRV FRP SDVWRV QDWXUDLV
2WH[WRDSUHVHQWDFRQWUDGLo}HVLQHUHQWHVDRVVLVWHPDVGH QRVFDPSRVOLPSRV
RUJDQL]DomRGDYLGDVRFLDOTXHVmRFDXVDGDVSHOD
C ODWLIROLDGD HP VXD PDLRULD HP VRORV GH PDVVDSp
A GHSHQGrQFLD GD QDWXUH]D HP UHODomR jV DWLYLGDGHV SURIXQGRV DFLQ]HQWDGRV H GH DOWD IHUWLOLGDGH H
KXPDQDV GRPLQDGDSRUODWLI~QGLRVVHFXODUHV
B QHFHVVLGDGHGHFUHVFLPHQWRHFRQ{PLFRHSUHVHUYDomR D HVSDUVDGD GH FRFDLV FRPR DV SDOPiFHDV RV
DPELHQWDO
EDEDoXDLVHRVFDUQDXEDLVHPVRORVIpUWHLVHPSDUWH
C GLVVRFLDomRHQWUHDVRFLHGDGHHDVRXWUDVIRUPDVGH GHULYDGRV GDV URFKDV EiVLFDV H DPSORV WHUUHQRV
YLGDGD7HUUD UHFREHUWRV GH JUDPtQHDV QDWLYDV IRUPDQGR SDVWRV
D SURGXomR GH PDWpULDSULPD H FRQVXPR GH SURGXWRV QDWXUDLV
LQGXVWULDOL]DGRV
E [HUy¿WD FRP DOJXPDV HVSpFLHV GH FDFWiFHDV
E LQFRPSDWLELOLGDGHHQWUHDVIRUPDVGHYLGDHDUHDOLGDGH EURPHOLiFHDVHSDOPiFHDVHPVXDPDLRULDHPVRORV
ItVLFDGRSODQHWD UDVRVDUHQRVRVHVDOLQRVGHFOLPDWURSLFDOVHPLiULGR

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
2014 *BRAN75SAB13*
QUESTÃO 36 QUESTÃO 38
2 PXQGR UXUDO FRP D 5HYROXomR 9HUGH H VXDV $VXVWHQWDELOLGDGHpRPDLRUGHVD¿RJOREDO3RULVVR
VHPHQWHV KtEULGDV H VHX PDLV UHFHQWH GHVGREUDPHQWR R GHVHQYROYLPHQWR GH XP SDtV SRU PDLV H[HPSODU TXH
FRPDELRWHFQRORJLDGRVWUDQVJrQLFRVHGRSODQWLRGLUHWR YHQKDDVHUVySRGHUiVHUUHDOPHQWHVXVWHQWiYHOTXDQGR
HVWi VRIUHQGR PXGDQoDV HFROyJLFDV VRFLDLV FXOWXUDLV D SHJDGD HFROyJLFD PXQGLDO GHL[DU GH XOWUDSDVVDU D
H VREUHWXGR SROtWLFDV ¬ PHGLGD TXH R FRPSRQHQWH FDSDFLGDGHGHUHJHQHUDomRGDELRVIHUD1mRpGLIHUHQWH
WpFQLFRFLHQWt¿FR SDVVD D VH WRUQDU PDLV LPSRUWDQWH QR HP WHUPRV VHWRULDLV 2 VHWRU DJURSHFXiULR Vy VHUi
SURFHVVR SURGXWLYR PDLRU p R SRGHU GDV LQG~VWULDV GH VXVWHQWiYHOVHWDPEpPRIRUHPRLQGXVWULDORWHUFLiULRH
DOWD WHFQRORJLD TXH SDVVDP D FRPDQGDU RV SURFHVVRV DPLQHUDomR
GH QRUPDWL]DomR FDQGLGDPHQWH FKDPDGRV QRUPDV GH
TXDOLGDGH  9(,*$-(2IXWXURGDFRPLGDGlobo RuralQRXW

'H DFRUGR FRP R WH[WR D EXVFD GD VXVWHQWDELOLGDGH


32572*21d$/9(6&:A Globalização da natureza e a natureza
DPELHQWDO HQYROYH PXGDQoD GH KiELWRV SDUD TXH R
da globalização5LRGH-DQHLUR&LYLOL]DomR%UDVLOHLUD

&RPRDUJXPHQWRGHDXPHQWDUDSURGXomRDJUtFRODSHOD GHVHQYROYLPHQWRVHMDSDXWDGRQR D
LPSOHPHQWDomRGHWHFQRORJLDVDYDQoDGDVHPDQLSXODomR A EXVFDGHDOWHUQDWLYDVWHFQROyJLFDVYLVDQGRUHGX]LUD
JHQpWLFDD5HYROXomR9HUGHLPSOLFRXD MRUQDGDGHWUDEDOKR
A FRQVWUXomR GH PRQRSyOLRV WpFQLFRSURGXWLYRV B WUDEDOKR FRRSHUDWLYR FRP UHPXQHUDomR MXVWD H
DVVRFLDGRVDRVSURWRFRORVGHSDWHQWHV GLVWULEXLomRLJXDOLWiULDGHUHQGD
B SURSRVWD GH WUDQVIRUPDomR VRFLDO FRPELQDGD FRP C VDWLVIDomRGDVQHFHVVLGDGHVGDJHUDomRDWXDODVVLP
PXGDQoDVQRHVWDWXWRFLHQWt¿FRGDSURGXomRDJUtFROD FRPRDVGDVJHUDo}HVIXWXUDV
C HVWUDWpJLD GH RIHUHFHU FRQKHFLPHQWRV WpFQLFRV DRV D LQFHQWLYR j DOWD SURGXWLYLGDGH H DR FRQVXPR SDUD
SHTXHQRV DJULFXOWRUHV SHQVDQGR QD VHJXUDQoD HYLWDUFULVHVHFRQ{PLFDVPXQGLDLV
DOLPHQWDU
E UHGXomR GRV OXFURV DWXDLV D ¿P GH JDUDQWLU FDSLWDO
D LQWHUYHQomR DPELHQWDO FRP R REMHWLYR GH DWHQXDU HSUHVHUYDomRGHUHFXUVRVSDUDDVIXWXUDVJHUDo}HV
RV JUDQGHV LPSDFWRV DPELHQWDLV RULXQGRV GD
PRQRFXOWXUD
E DomR HGXFDFLRQDO FRP LQWHQWR GH FDSDFLWDU RV
WUDEDOKDGRUHV UXUDLV SDUD DWXDUHP FRP WHFQRORJLDV
GHSRQWD

QUESTÃO 37
$ DERUGDJHP GR SDWULP{QLR FXOWXUDO FHQWUDGD QRV
DVSHFWRV WpFQLFRV GD FRQVHUYDomR H GD UHVWDXUDomR
WHQGHDRFXOWDUDLGHLDGHTXHDVXDSUHVHUYDomRpXPD
SUiWLFDVRFLDOTXHLPSOLFDXPSURFHVVRGHLQWHUSUHWDomRGD
FXOWXUD QmR DSHQDV PDWHULDO FRPR VLPEyOLFD SRUWDGRUD
GH UHIHUrQFLD j LGHQWLGDGH j DomR H j PHPyULD GRV
JUXSRVIRUPDGRUHVGDVRFLHGDGH
)216(&$0&/3DUDDOpPGDSHGUDHFDO,Q$%5(85&+$*$60Memória e
patrimônioHQVDLRVFRQWHPSRUkQHRV5LRGH-DQHLUR'3 $ DGDSWDGR 

$GHIHVDGRSDWULP{QLRKLVWyULFREXVFDYDORUL]DURVEHQV
TXH UHSUHVHQWDP D QRVVD LGHQWLGDGH 1HVVH VHQWLGR
Ki PDQLIHVWDo}HV FXOWXUDLV FXMD SUHVHUYDomR GHPDQGD
VHX UHFRQKHFLPHQWR FRPR SDWULP{QLR LPDWHULDO (VVD
FRQFHSomRGHSDWULP{QLRH[SUHVVDVH
A QRFRQMXQWRGHEHQVFXOWXUDLVFODVVL¿FDGRVVHJXQGR
DVXDQDWXUH]DDUTXHROyJLFDKLVWyULFDHHWQRJUi¿FD
B QR WRPEDPHQWR GRV EHQV LPyYHLV FRPR JUXSRV
XUEDQRVVtWLRVDUTXHROyJLFRVHSDLVDJtVWLFRV
C QDSUHVHUYDomRHSURWHomRGHPRQXPHQWRVKLVWyULFRV
HEHQVFXOWXUDLVGHGLYHUVDVUHJL}HVEUDVLOHLUDV
D QR FRQKHFLPHQWR WUDQVPLWLGR HQWUH JHUDo}HV H
UHFULDGRSHODVFRPXQLGDGHVJHUDQGRXPVHQWLPHQWR
GHSHUWHQFLPHQWR
E QR DUTXLYDPHQWR GD SURGXomR LQWHOHFWXDO FRPR RV
OLYURVHDFRQVHUYDomRGHSLQWXUDVHHVFXOWXUDV

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
*BRAN75SAB14* 2014

QUESTÃO 39 QUESTÃO 41
1XPD pSRFD GH UHYLVmR JHUDO HP TXH YDORUHV VmR TEXTO I
FRQWHVWDGRV UHDYDOLDGRV VXEVWLWXtGRV H PXLWDV YH]HV 2PDLRUGRVGHVHQJDQRVVRIULGRVSHORVLPLJUDQWHVIRL
UHFULDGRV D FUtWLFD WHP SDSHO SUHSRQGHUDQWH (VVD GH
RIDWRGHTXHRVVRQKRVFULDGRVSHODLPDJLQDomRIpUWLOHP
IDWR p XPD GDV SULQFLSDLV FDUDFWHUtVWLFDV GDV /X]HV
TXH UHFXVDQGR DV YHUGDGHV GLWDGDV SRU DXWRULGDGHV VXDWHUUDQDWDOQmRIRUDPSRVVtYHLVGHVHUHPUHDOL]DGRVGH
VXEPHWHPWXGRDRFULYRGDFUtWLFD SURQWR+DYLDPVHWRUQDGRJUDQGHVSURSULHWiULRVGHWHUUD
.$17,2MXOJDPHQWRGDUD]mR,Q$%5­2%6 2UJ +LVWyULDGD)LORVR¿D6mR3DXOR PDVHVWDYDPHVFUDYL]DGRVDHOD&DGDTXDOHUDHVFUDYR
1RYD&XOWXUDO
GD ÀRUHVWD YLUJHP TXH FKDPDYDP GH VXD SURSULHGDGH
2,OXPLQLVPRWHFHFUtWLFDVDRVYDORUHVHVWDEHOHFLGRVVRE HGRGXURWUDEDOKRDTXHHVWDYDPREULJDGRVSHODSRVVH
DUXEULFDGDDXWRULGDGHHQHVVHVHQWLGRSURS}H
GDPDWDSRLVVHHOHVQmRDYHQFHVVHPVHULDPYHQFLGRV
A D GHIHVD GR SHQVDPHQWR GRV HQFLFORSHGLVWDV TXH SRUHOD+DYLDPGHOXWDUSDUDTXHFRPRWHPSRHjFXVWD
FRPVHXVHVFULWRVPDQWLQKDPRLGHiULRUHOLJLRVR
GHPXLWRHVIRUoRIRVVHSRVVtYHOWRUQDUHPVHVHQKRUHVGH
B R HVWtPXOR GD YLVmR UHGXFLRQLVWD GR KXPDQLVPR
SHUPHDGD SHOD GHIHVD GH LVHQomR HP TXHVW}HV VXDVUHQGDVHKRPHQVOLYUH
SROtWLFDVHVRFLDLV 5$0%2%$¿sionomia do Rio Grande do Sul (1942)
6mR/HRSROGR(GLWRUD8QLVLQRV DGDSWDGR 
C D FRQVROLGDomR GH XPD YLVmR PRUDO H ¿ORVy¿FD TEXTO II
SDXWDGDHPYDORUHVFRQGL]HQWHVFRPDFHQWUDOL]DomR
SROtWLFD $ H[SDQVmR GDV FRO{QLDV WUDQVIRUPRXVH EHP FHGR
D D PDQXWHQomR GRV SULQFtSLRV GD PHWDItVLFD QXPDYHUGDGHLUDFRUULGDSDUDDPDWDYLUJHP8PDVpULH
GDQGR YDVWDV HVSHUDQoDV GH HPDQFLSDomR SDUD D GH IHQ{PHQRV QDWXUDLV H VRFLDLV VH GHYH D HVVH IDWR
KXPDQLGDGH $QWHVGHWXGRpRGHVPDWDPHQWRSURJUHVVLYRGDIUDOGD
E R LQFHQWLYR GR VDEHU HOLPLQDQGR VXSHUVWLo}HV H GDVHUUD3UDWLFDPHQWHWRGRVRVWHUUHQRVMiSHUGHUDPVXD
DYDQoDQGRQDGLPHQVmRGDFLGDGDQLDHGDFLrQFLD
FDSD VLOYiWLFD R TXH UHVWD VmR RV WUHFKRV LPSUHVWiYHLV
QUESTÃO 40 QRV ÀDQFRV PDLV tQJUHPHV H URFKRVRV GDV PRQWDQKDV
TEXTO I H DV FLQWDV GH PDWR TXH ODGHLDP RV GHJUDXV GD VHUUD
$ DQLVWLD SRGH VHU FRQVLGHUDGD PXLWR PDLV XPD &DSRHLUDV H PDWRV VHFXQGiULRV VXMRV FDUDFWHUL]DP D
FRQFHVVmRGRTXHXPDFRQTXLVWDRXPDLVSUHFLVDPHQWH HVWUDGD WULOKDGD SHOD DJULFXOWXUD GH H[SORUDomR GRV FHP
XPD PDQREUD SROtWLFD FRP GXDV ¿QDOLGDGHV UHGX]LU D DQRVSDVVDGRV
SUHVVmRDGYLQGDGHVHWRUHVRUJDQL]DGRVFRQWUDRUHJLPH *5(66/(53Os velhos Gressler&DQGHOiULD7LSRJUD¿D)UDQFLVFR6FKPLGW
HSURGX]LUGHIHVDVVXEVWDQWLYDVjVSRVVtYHLVUHYLV}HVGR
SDVVDGRFRPRWpUPLQRSUHYLVWRGRDXWRULWDULVPR 'HDFRUGRFRPRVWH[WRVDUHODomRGRVFRORQRVFRPRV
62$5(66$35$'2/%%2SURFHVVRSROtWLFRGDDQLVWLDHRV HFRVVLVWHPDVQRSURFHVVRGHRFXSDomRGDUHJLmR6XOGR
HVSDoRVGHDXWRQRPLDPLOLWDU,Q6$1726&07(/(6(7(/(6-$
Desarquivando a ditadura:PHPyULDHMXVWLoDQR%UDVLO6mR3DXOR SDtVFDUDFWHUL]DYDVHSHOR D
+XFLWHF DGDSWDGR 
A QHFHVVLGDGH GH RFXSDomR H GH H[SORUDomR GD
TEXTO II QDWXUH]DVHPOHYDUHPFRQWDRVGDQRVFDXVDGRVDR
$ DQLVWLD IRL XPD FRQTXLVWD 1mR IRL GiGLYD IRL OXWD PHLRDPELHQWH
1mRWHPTXHUHYHU
B GHJUDGDomRGHSDUWHGDÀRUHVWDVXEWURSLFDOHPIXQomR
(QWUHYLVWDFRP7KHUH]LQKDGH*RGR\=HUELQL'LVSRQtYHOHP
GRXVRGHIHUUDPHQWDVHWpFQLFDVTXHSHUPLWLDPRXVR
ZZZIROKDXROFRPEU$FHVVRHPDJR IUDJPHQWR 

$/HLGH$QLVWLDDSURYDGDSHOR&RQJUHVVR1DFLRQDOHP VXVWHQWiYHOGDWHUUD
GHDJRVWRGHWHPVLGRGHEDWLGDSHODVRFLHGDGH C GHVPDWDPHQWR GD PDWD GH DUDXFiULD Mi TXH RV
EUDVLOHLUD1RVWH[WRVDVSRVLo}HVDVVXPLGDVUHYHODP
LPLJUDQWHVDOHPmHVHSRORQHVHVFKHJDUDPHPPDVVD
A UHWRPDGD GD GLWDGXUD PLOLWDU HP QRPH GD XQLGDGH j5HJLmR6XOFDXVDQGRJUDQGHLPSDFWRDPELHQWDO
QDFLRQDO
B YDORUL]DomRGRVPRYLPHQWRVOLJDGRVjOXWDDUPDGDD D GHVÀRUHVWDPHQWR GD UHJLmR SHOR GHVHQYROYLPHQWR
SDUWLUGDDEHUWXUDGRVDUTXLYRV GD DWLYLGDGH SHFXiULD SURPRYHQGR D RFXSDomR
C UHODWLYL]DomR GRV GLUHLWRV KXPDQRV FRP EDVH QD H[WHQVLYDGDWHUUDHVXDSUHSDUDomRFRPRSDVWR
H[SHULrQFLDGLWDWRULDOEUDVLOHLUD E VXSUHPDFLD GD QDWXUH]D VREUH D DomR GR KRPHP
D UHHVFULWD GD KLVWyULD GR WHUURULVPR HVTXHUGLVWD SDUD SRLVDGHPRUDHDGL¿FXOGDGHGHDGDSWDomRDRVROR
FRPSUHHQGHURSDVVDGR
SRVVLELOLWDUDP TXH R GHVPDWDPHQWR QmR FDXVDVVH
E UHÀH[mR FUtWLFD VREUH R SDVVDGR HP IXQomR GH
PXGDQoDVQRFHQiULRSROtWLFR GDQRVSHUPDQHQWHVDRHFRVVLVWHPD

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
2014 *BRAN75SAB15*
QUESTÃO 42 QUESTÃO 44

6HJXQGR R 3URJUDPD GDV 1Do}HV 8QLGDV SDUD R )HLMRDGD p XP SUDWR TXH FRQVLVWH QXP JXLVDGR GH
'HVHQYROYLPHQWR 318'   GD UHQGD PXQGLDO IHLMmR FRP FDUQH e XP SUDWR FRP RULJHP QR 1RUWH GH
HQFRQWUDYDVH QDV PmRV GRV  PDLV ULFRV HQTXDQWR 3RUWXJDOHTXHKRMHHPGLDFRQVWLWXLXPGRVSUDWRVPDLV
RV  PDLV SREUHV GHWLQKDP DSHQDV  GD UHQGD WtSLFRV GD FR]LQKD EUDVLOHLUD (P 3RUWXJDO FR]LQKDVH
TXDWURDQRVGHSRLVRVPDLVULFRVKDYLDPDXPHQWDGR FRP IHLMmR EUDQFR QR QRURHVWH 0LQKR H 'RXUR /LWRUDO 
VXDSDUFHODSDUDGDULTXH]D RX IHLMmR YHUPHOKR QR QRUGHVWH 7UiVRVPRQWHV  H
9,=(17,1,3)A nova ordem globalUHODo}HVLQWHUQDFLRQDLVGRVpFXOR
JHUDOPHQWH LQFOXL WDPEpP RXWURV YHJHWDLV WRPDWH
3RUWR$OHJUH(G8)5*6 FHQRXUDV RX FRXYH  MXQWDPHQWH FRP D FDUQH GH SRUFR
RXGHYDFDjVTXDLVVHSRGHPMXQWDUFKRXULoRPRUFHOD
4XH FDUDFWHUtVWLFD VRFLRHFRQ{PLFD HVWi HYLGHQFLDGD
RX IDULQKHLUD 1R %UDVLO RV QHJURV ID]LDP XPD PLVWXUD
QRWH[WR" GH IHLM}HV SUHWRV H GH YiULRV WLSRV GH FDUQH GH SRUFR H
A +RPRJHQHLGDGHVRFLDO GHERL$WXDOPHQWHRSUDWRFKHJDjPHVDDFRPSDQKDGR
GHIDURIDDUUR]EUDQFRFRXYHUHIRJDGDHODUDQMDIDWLDGD
B &RQFHQWUDomRGHUHQGD
HQWUHRXWURVLQJUHGLHQWHV
C 'HVHPSUHJRHVWUXWXUDO &$6&8'2/&História da alimentação no Brasil5LRGH-DQHLUR,WDWLDLD
D &UHVFLPHQWRPDFURHFRQ{PLFR
$ FULDomR GD IHLMRDGD QD FXOLQiULD EUDVLOHLUD HVWi
E ([SDQVmRSRSXODFLRQDO UHODFLRQDGDQRWH[WRjDWLYLGDGH
QUESTÃO 43 A PHUFDQWLOH[HUFLGDSHORVKRPHQVTXHWUDQVSRUWDYDP
PHUFDGRULDHJDGR
7RGRV TXH PRUDP HP JUDQGHV FLGDGHV FRQYLYHP
B DJURSHFXiULDH[HUFLGDSHORVKRPHQVTXHWUDEDOKDYDP
GLDULDPHQWH FRP D SROXLomR GR DU H VRIUHP RV HIHLWRV QRFDPSR
GHVVH JUDQGH PDO 2OKRV LUULWDGRV H ODFULPHMDQWHV R
C PLQHUDGRUD H[HUFLGD SHORV KRPHQV TXH H[WUDtDP R
LQF{PRGR FDXVDGR SRU RGRUHV GHVDJUDGiYHLV H jV
RXUR
YH]HV UHSXJQDQWHV DV WHQWDWLYDV GH PDQWHU D FDVD
OLPSDGDTXHOHSyQHJURHROHRVRSURYRFDGRSHODIXOLJHP D FXOLQiULD H[HUFLGD QD VHQ]DOD FRP DV VREUDV GD
GDV FKDPLQpV GDV LQG~VWULDV 7XGR LVVR VmR SUREOHPDV FR]LQKDGRVVHQKRUHV
FRQVLGHUDGRVQRUPDLVQDYLGDGRVKDELWDQWHVGRVJUDQGHV E FRPHUFLDOH[HUFLGDSHORVFDYDOHLURVGR6XOGR%UDVLO
FHQWURVXUEDQRV
%5$1&260085*(/(Poluição do ar6mR3DXOR0RGHUQD

'HVWDFDVH GHQWUH RV SUREOHPDV DPELHQWDLV TXH


FDUDFWHUL]DP R DXPHQWR GD WHPSHUDWXUD QDV iUHDV
XUEDQDVR D
A LOKDGHFDORU
B LQYHUVmRWpUPLFD
C HIHLWRHVWXID
D UDUHIDomRGDFDPDGDGHR]{QLR
E FKXYDiFLGD

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
*BRAN75SAB16* 2014

QUESTÃO 45

Precipitação total e temperatura média mensal 1961-1990


(ºC)
350,0 28,0
300,0 26,0
24,0
Precipitação (mm)

250,0
22,0
200,0 20,0
150,0 18,0
16,0
100,0
14,0
50,0 12,0
0,0 10,0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Meses
Precipitação Temperatura

,10(7Normais climatológicas do Brasil  'LVSRQtYHOHPZZZOFHHVDOTXVSEU$FHVVRHPRXW DGDSWDGR 

$UHODomRHQWUHSUHFLSLWDomRHWHPSHUDWXUDDSUHVHQWDGDLQGLFDWUDWDUVHGHXPFOLPD
A WURSLFDOFRPGXDVHVWDo}HVEHPGH¿QLGDVXPDVHFDHRXWUDFKXYRVDWHPSHUDWXUDVPpGLDVPHQVDLVHOHYDGDV
DPSOLWXGHVWpUPLFDVDQXDLVDFHQWXDGDV
B WHPSHUDGR FRP FKXYDV EHP GLVWULEXtGDV GXUDQWH R DQR WHPSHUDWXUDV TXHQWHV QR YHUmR H IULDV QR LQYHUQR H
DPSOLWXGHVWpUPLFDVDQXDLVDFHQWXDGDV
C HTXDWRULDOFRPRFRUUrQFLDGHFKXYDVHPWRGRVRVPHVHVGRDQRFRPWHPSHUDWXUDVPHQVDLVHOHYDGDVHDPSOLWXGHV
WpUPLFDVDQXDLVEDL[DV
D VXEWURSLFDOFRPFKXYDVEHPGLVWULEXtGDVDRORQJRGRDQRWHPSHUDWXUDVFRPPpGLDVEDL[DVQRLQYHUQRHHOHYDGDV
QRYHUmRHDPSOLWXGHVWpUPLFDVDQXDLVDFHQWXDGDV
E WURSLFDO GH DOWLWXGH FRP FKXYDV FRQFHQWUDGDV QR YHUmR WHPSHUDWXUDV PpGLDV DQXDLV EDL[DV H DPSOLWXGHV
WpUPLFDVPHGLDQDV

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
3ª Aplicação - 1° DIA
CADERNO 3 – BRANCO
CIÊNCIAS HUMANAS CIÊNCIAS DA NATUREZA
E SUAS TECNOLOGIAS E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÃO GABARITO QUESTÃO GABARITO
01 D 46 D
02 D 47 A
03 A 48 B
04 C 49 E
05 E 50 A
06 D 51 D
07 C 52 C
08 B 53 B
09 D 54 A
10 D 55 A
11 D 56 A
12 E 57 A
13 D 58 B
14 A 59 E
15 D 60 C
16 D 61 E
17 A 62 B
18 A 63 B
19 C 64 E
20 D 65 E
21 D 66 C
22 A 67 C
23 A 68 C
24 A 69 C
25 A 70 B
26 D 71 D
27 C 72 B
28 C 73 A
29 A 74 E
30 B 75 B
31 A 76 B
32 E 77 E
33 B 78 C
34 A 79 C
35 E 80 D
36 A 81 D
37 D 82 C
38 C 83 E
39 E 84 C
40 E 85 D
41 A 86 A
42 B 87 D
43 A 88 E
44 D 89 D
45 C 90 B
*BRAN75SAB2* 2014

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS QUESTÃO 03


TECNOLOGIAS FIGURA 1
Questões de 1 a 45
QUESTÃO 01
Maria da Penha
Você não vai ter sossego na vida, seu moço
Se me der um tapa
Da dona “Maria da Penha”
Você não escapa
O bicho pegou, não tem mais a banca
De dar cesta básica, amor
Vacilou, tá na tranca
5HVSHLWRD¿QDOpERPHHXJRVWR
[...]
3ULQFHVD$OH[DQGUD'LVSRQtYHOHPZZZGHPRFUDFLDIDVKLRQFRPEU$FHVVRHPDJR
Não vem que eu não sou
0XOKHUGH¿FDUHVFXWDQGRHVFXODFKR FIGURA 2
$TXLREXUDFRpPDLVHPEDL[R
$QRVVDSDL[mRMiIRLWDUGH
[...]
Se quer um conselho, não venha
&RPHVVDDUURJkQFLDIHUUHQKD
Vai dar com a cara
Bem na mão da “Maria da Penha”
ALCIONE. De tudo o que eu gosto. Rio de Janeiro: Indie; Warner, 2007.

$OHWUDGDFDQomRID]UHIHUrQFLDDXPDLQLFLDWLYDGHVWLQDGD
D FRPEDWHU XP WLSR GH GHVUHVSHLWR H H[FOXVmR VRFLDO
associado, principalmente, à(s)
A mudanças decorrentes da entrada da mulher no
mercado de trabalho.
B IRUPDV GH DPHDoD GRPpVWLFD TXH VH UHVWULQJHP j
YLROrQFLDItVLFD
C UHODo}HVGHJrQHURVRFLDOPHQWHFRQVWUXtGDVDRORQJR
da história. 'XTXHVDGH&DPEULGJH.DWH0LGGOHWRQ'LVSRQtYHOHPKWWSURFNDQGJODPRXUEORJVSRWFRP

D YLROrQFLD GRPpVWLFD FRQWUD D PXOKHU UHODFLRQDGD $FHVVRHPDJR

jSREUH]D $V¿JXUDVLQGLFDPPXGDQoDVQRXQLYHUVRIHPLQLQRFRPRD
E LQJHVWmRH[FHVVLYDGHiOFRROSHORVKRPHQV
A decadência da Monarquia, revelada pela aparição
QUESTÃO 02 VROLWiULDHLQIRUPDOGDVQREUHV
Sempre teceremos panos de seda B UHGXomR QD HVFRODULGDGH VLPEROL]DGD SHOD YLGD
E nem por isso vestiremos melhor dinâmica e sem dedicação à leitura.
Seremos sempre pobres e nuas C ampliação do status, FRQIHULGD SHOD SDVVDJHP GR
(WHUHPRVVHPSUHIRPHHVHGH ORFDOU~VWLFRSDUDRVMDUGLQVGRSDOiFLR
1XQFDVHUHPRVFDSD]HVGHJDQKDUWDQWR
Que possamos ter melhor comida. D LQFOXVmR QD SROtWLFD UHSUHVHQWDGD SHOD GLIHUHQoD
CHRÉTIEN DE TROYES. Yvain ou le chevalier au lion (1177-1181). Apud MACEDO, J. R.
entre o espaço privado e o espaço público.
A mulher na Idade Média6mR3DXOR&RQWH[WR DGDSWDGR  E YDORUL]DomRGRFRUSRVDOLHQWDGDSHORXVRGHURXSDV
2WHPDGRWUDEDOKRIHPLQLQRYHPVHQGRDERUGDGRSHORV PDLVFXUWDVHSHODSRVWXUDPDLVUHOD[DGD
HVWXGRV KLVWyULFRV PDLV UHFHQWHV $OJXPDV IRQWHV VmR
importantes para essa abordagem, tal como o poema
apresentado, que alude à
A inserção das mulheres em atividades tradicionalmente
masculinas.
B ambição das mulheres em ocupar lugar preponderante
na sociedade.
C possibilidade de mobilidade social das mulheres na
LQG~VWULDWr[WLOPHGLHYDO
D H[SORUDomRGDVPXOKHUHVQDVPDQXIDWXUDVWr[WHLVQR
mundo urbano medieval.
E VHUYLGmRIHPLQLQDFRPRWLSRGHPmRGHREUDYLJHQWH
nas tecelagens europeias.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 2


2014 *BRAN75SAB3*
QUESTÃO 04 QUESTÃO 05
Quem acompanhasse os debates na Câmara dos 2SUySULRPRYLPHQWRRSHUiULRQmRSRGHVHUUHGX]LGR
DepXWDGRV HP  SRGHULD RXYLU D OHLWXUD GH XPD DXPFRQÀLWRGHLQWHUHVVHVHFRQ{PLFRVRXDXPDUHDomR
PRomRGHID]HQGHLURVGR5LRGH-DQHLUR³1LQJXpPQR FRQWUDDSUROHWDUL]DomR(OHpDQLPDGRSRUXPDLPDJHP
Brasil sustenta a escravidão pela escravidão, mas não GH³FLYLOL]DomR´LQGXVWULDOSHODLGHLDGHXPSURJUHVVRGDV
há um só brasileiro que não se oponha aos perigos da IRUoDVGHSURGXomRXWLOL]DGRSDUDREHPGHWRGRV2TXH
GHVRUJDQL]DomR GR DWXDO VLVWHPD GH WUDEDOKR´ /LYUHV p EHP GLIHUHQWH GD XWRSLD LJXDOLWDULVWD VLPSOHV SRXFR
os negros, as cidades seriam invadidas por “turbas preocupada com as condições de crescimento.
LJQDUDV´ ³JHQWH UHIUDWiULD DR WUDEDOKR H iYLGD GH TOURAINE, A. Os movimentos sociais. In: FORRACHI, M. M.; MARTINS, J. S. (Org.).
Sociologia e sociedade5LRGH-DQHLUR/LYURV7pFQLFRVH&LHQWt¿FRV
RFLRVLGDGH´$SURGXomRVHULDGHVWUXtGDHDVHJXUDQoD
GDV IDPtOLDV HVWDULD DPHDoDGD 9HLR D $EROLomR R &RQVLGHUDQGRDFDUDFWHUL]DomRDSUHVHQWDGDSHORWH[WRD
$SRFDOLSVH ¿FRX SDUD GHSRLV H R %UDVLO PHOKRURX RX busca pela igualdade pressupõe o(a)
VHUi TXH DOJXpP GXYLGD"  3DVVDGRV GH] DQRV GR A HVWtPXORGDOXWDSROtWLFD
LQtFLR GR GHEDWH HP WRUQR GDV Do}HV D¿UPDWLYDV H GR
B DGRomRGDLGHRORJLDPDU[LVWD
UHFXUVRjVFRWDVSDUDIDFLOLWDURDFHVVRGRVQHJURVjV
XQLYHUVLGDGHVS~EOLFDVEUDVLOHLUDVIHOL]PHQWHpSRVVtYHO C FROHWLYL]DomRGRVPHLRVGHSURGXomR
FRQIHULU D FRQVLVWrQFLD GRV DUJXPHQWRV DSUHVHQWDGRV D DSURIXQGDPHQWRGRVFRQÀLWRVVRFLDLV
FRQWUD HVVD LQLFLDWLYD 'H VDtGD YHLR D DGYHUWrQFLD E LQWHQVL¿FDomRGRFUHVFLPHQWRHFRQ{PLFR
GH TXH DV FRWDV H[DFHUEDULDP D TXHVWmR UDFLDO (VVD
ameaça vai completar 18 anos e não se registraram QUESTÃO 06
FDVRVVLJQL¿FDWLYRVGHH[DFHUEDomR $RIDODUGRFDUiWHUGHXPKRPHPQmRGL]HPRVTXH
GASPARI, E. As cotas e a urucubaca. Folha de S. PauloMXQ HOHpViELRRXTXHSRVVXLHQWHQGLPHQWRPDVTXHpFDOPR
RX WHPSHUDQWH 1R HQWDQWR ORXYDPRV WDPEpP R ViELR
O argumento elaborado pelo autor sugere que as
UHIHULQGRVH DR KiELWR H DRV KiELWRV GLJQRV GH ORXYRU
censuras às cotas raciais são chamamos virtude.
A politicamente ignoradas. ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco6mR3DXOR1RYD&XOWXUDO

B VRFLDOPHQWHMXVWL¿FDGDV (P$ULVWyWHOHVRFRQFHLWRGHYLUWXGHpWLFDH[SUHVVDD
C FXOWXUDOPHQWHTXDOL¿FDGDV A H[FHOrQFLDGHDWLYLGDGHVSUDWLFDGDVHPFRQVRQkQFLD
D historicamente equivocadas. com o bem comum.
E HFRQRPLFDPHQWHIXQGDPHQWDGDV B FRQFUHWL]DomR XWLOLWiULD GH Do}HV TXH UHYHODP D
PDQLIHVWDomRGHSURSyVLWRVSULYDGRV
C concordância das ações humanas aos preceitos
emanados da divindade.
D UHDOL]DomRGHDo}HVTXHSHUPLWHPDFRQ¿JXUDomRGD
SD]LQWHULRU
E PDQLIHVWDomRGHDo}HVHVWpWLFDVFRURDGDVGHDGRUQR
HEHOH]D

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 3


*BRAN75SAB4* 2014

QUESTÃO 07 QUESTÃO 09
No sistema democrático de Schumpeter, os únicos TEXTO I
SDUWLFLSDQWHV SOHQRV VmR RV PHPEURV GH HOLWHV SROtWLFDV
em partidos e em instituições públicas. O papel dos 'HSXWDGR GH¿QLomRGRVpFXOR;9,,, 
FLGDGmRVRUGLQiULRVpQmRDSHQDVDOWDPHQWHOLPLWDGRPDV Substant. Aquele a quem se deu alguma comissão
IUHTXHQWHPHQWHUHWUDWDGRFRPRXPDLQWUXVmRLQGHVHMDGD GH MXULVGLomR RX FRQKHFLPHQWR 0DQGDGR GD SDUWH GH
QR IXQFLRQDPHQWR WUDQTXLOR GR SURFHVVR ³S~EOLFR´ GH alguma República, ou soberano. O que tem comissão do
tomada de decisões. ministro próprio.
HELD, D. Modelos de democracia%HOR+RUL]RQWH3DLGHLD
SILVA, A. M. Diccionario da lingua portugueza. Lisboa:
2I¿FLQDGH6LPmR7KDGGHR)HUUHLUD DGDSWDGR 
2PRGHORGHVLVWHPDGHPRFUiWLFRDSUHVHQWDGRSHORWH[WR
pressupõe a TEXTO II
A consolidação da racionalidade comunicativa. 'HSXWDGR GH¿QLomRGRVpFXOR;;, 
B DGRomRGRVLQVWLWXWRVGRSOHELVFLWRHGRUHIHUHQGR
[...]
C condução de debates entre cidadãos iguais e o
Estado. $TXHOHTXHUHSUHVHQWDRVLQWHUHVVHVGHRXWUHPHP
D VXEVWLWXLomR GD GLQkPLFD UHSUHVHQWDWLYD SHOD FtYLFR UHXQL}HVHGHFLV}HVR¿FLDLV
participativa. $TXHOHTXHpHOHLWRSDUDOHJLVODUHUHSUHVHQWDURV
E GHOLEHUDomR GRV OtGHUHV SROtWLFRV FRP UHVWULomR GD interesses dos cidadãos.
participação das massas.
$TXHOHTXHpFRPLVVLRQDGRSDUDWUDWDUGRVQHJyFLRV
QUESTÃO 08 alheios.
AULETE, C. Minidicionário contemporâneo da língua portuguesa.
As relações do Estado brasileiro com o movimento 6mR3DXOR/H[LNRQ DGDSWDGR 
RSHUiULR H VLQGLFDO EHP FRPR DV SROtWLFDV S~EOLFDV
$ PXGDQoD PDLV VLJQL¿FDWLYD QR VHQWLGR GD SDODYUD
voltadas para as questões sociais durante o primeiro
³GHSXWDGR´HQWUHRVpFXOR;9,,,HRVGLDVGHKRMHGiVH
JRYHUQR GD (UD 9DUJDV   VmR WHPDV pelo(a)
amplamente estudados pela academia brasileira em seus
YiULRVDVSHFWRV6mRWDPEpPRVWHPDVPDLVOHPEUDGRV A DXPHQWRQDLPSRUWkQFLDFRPRUHSUHVHQWDomRSROtWLFD
pela sociedade quando se pensa no legado varguista. dos cidadãos.
'¶$5$Ò-20&(VWDGRFODVVHWUDEDOKDGRUDHSROtWLFDVVRFLDLV,Q)(55(,5$-'(/*$'2 B FUHVFHQWHSDUWLFLSDomRGRVIXQFLRQiULRVQRSRGHUGR
L. A. (Org.).O tempo do nacional-estatismoGRLQtFLRDRDSRJHXGR(VWDGR1RYR Estado.
5LRGH-DQHLUR&LYLOL]DomR%UDVLOHLUD
C incentivo à intermediação dos interesses de
'XUDQWHRJRYHUQRGH*HW~OLR9DUJDVIRUDPGHVHQYROYLGDV particulares.
ações de cunho social, dentre as quais se destaca a D criação de diversas pequenas cidades-repúblicas.
A GLVVHPLQDomR GH RUJDQL]Do}HV SDUDPLOLWDUHV E diminuição do poder das assembleias.
LQVSLUDGDVQRVUHJLPHVIDVFLVWDVHXURSHXV
B aprovação de normas que buscavam garantir a posse
das terras aos pequenos agricultores.
C FULDomRGHXPFRQMXQWRGHOHLVWUDEDOKLVWDVDVVRFLDGDV
ao controle das representações sindicais.
D implementação de um sistema de previdência e
seguridade para atender aos trabalhadores rurais.
E LPSODQWDomRGHDVVRFLDo}HVFLYLVFRPRXPDHVWUDWpJLD
SDUDDSUR[LPDUDVFODVVHVPpGLDVHRJRYHUQR

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
2014 *BRAN75SAB5*
QUESTÃO 10 QUESTÃO 12
'HVGH  R ,QVWLWXWR GR 3DWULP{QLR +LVWyULFR H 6HQGRRVKRPHQVSRUQDWXUH]DWRGRVOLYUHVLJXDLV
$UWtVWLFR 1DFLRQDO ,SKDQ  WHP UHJLVWUDGR FHUWRV EHQV H LQGHSHQGHQWHV QLQJXpP SRGH VHU H[SXOVR GH VXD
LPDWHULDLV FRPR SDWULP{QLR FXOWXUDO GR SDtV (QWUH DV SURSULHGDGH H VXEPHWLGR DR SRGHU SROtWLFR GH RXWUHP
PDQLIHVWDo}HVTXHMiJDQKDUDPHVVHstatusHVWiRRItFLR sem dar consentimento. A maneira única em virtude da
GDVEDLDQDVGRDFDUDMp(QIDWL]HVHRRItFLRGDVEDLDQDV qual uma pessoa qualquer renuncia à liberdade natural
QmR D UHFHLWD GR DFDUDMp 4XDQGR XPD EDLDQD SUHSDUD e se reveste dos laços da sociedade civil consiste em
R DFDUDMp Ki XPD VpULH GH FyGLJRV LPSHUFHSWtYHLV SDUD FRQFRUGDU FRP RXWUDV SHVVRDV HP MXQWDUVH H XQLUVH
TXHPROKDGHIRUD$FRUGDURXSDDDPDUUDGRVSDQRV HP FRPXQLGDGH SDUD YLYHUHP FRP VHJXUDQoD FRQIRUWR
e os adereços mudam de acordo com o santo e com H SD] XPDV FRP DV RXWUDV JR]DQGR JDUDQWLGDPHQWH
D KLHUDUTXLD GHOD QR FDQGRPEOp 2 ,SKDQ FRQWD TXH GDV SURSULHGDGHV TXH WLYHUHP H GHVIUXWDQGR GH PDLRU
UHJLVWUDQGR R RItFLR ³HVVH H RXWURV PXQGRV OLJDGRV DR SURWHomRFRQWUDTXHPTXHUTXHQmRIDoDSDUWHGHOD
SUHSDURGRDFDUDMpSRGHPVHUGHVFRUWLQDGRV´
LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. Os pensadores6mR3DXOR1RYD&XOWXUDO
.$=5$GLIHUHQoDHQWUHRDFDUDMpHRVDQGXtFKHGH%DXUXRevista de História da
Biblioteca Nacional, n. 13, out. 2006 (adaptado). 6HJXQGRD7HRULDGD)RUPDomRGR(VWDGRGH-RKQ/RFNH
De acordo com o autor, o Iphan evidencia a necessidade para viver em sociedade, cada cidadão deve
GH VH SURWHJHUHP FHUWDV PDQLIHVWDo}HV KLVWyULFDV SDUD A PDQWHU D OLEHUGDGH GR HVWDGR GH QDWXUH]D GLUHLWR
TXHFRQWLQXHPH[LVWLQGRGHVWDFDQGRVHQHVVHFDVRD inalienável.
A PLVWXUD GH WUDGLo}HV DIULFDQDV LQGtJHQDV H B abrir mão de seus direitos individuais em prol do bem
portuguesas no preparo do alimento por parte das comum.
FR]LQKHLUDVEDLDQDV
C abdicar de sua propriedade e submeter-se ao poder
B relação com o sagrado no ato de preparar o alimento, GRPDLVIRUWH
VREUHVVDLQGRVHRXVRGHVtPERORVHLQVtJQLDVSHODV
D concordar com as normas estabelecidas para a vida
FR]LQKHLUDV
em sociedade.
C XWLOL]DomR GH FHUWRV LQJUHGLHQWHV TXH VH PRVWUDP
FDGDYH]PDLVUDURVGHHQFRQWUDUFRPDVPXGDQoDV E UHQXQFLDUjSRVVHMXUtGLFDGHVHXVEHQVPDVQmRj
nos hábitos alimentares. sua independência.
D necessidade de preservação dos locais tradicionais QUESTÃO 13
GH SUHSDUR GR DFDUDMp DPHDoDGRV FRP DV
WUDQVIRUPDo}HVXUEDQDVQRSDtV $ LQWURGXomR GD RUJDQL]DomR FLHQWt¿FD WD\ORULVWD
E LPSRUWkQFLD GH VH WUHLQDUHP DV FR]LQKHLUDV EDLDQDV GR WUDEDOKR H VXD IXVmR FRP R IRUGLVPR DFDEDUDP SRU
D ¿P GH UHVJDWDU R PRGR WUDGLFLRQDO GH SUHSDUR GR UHSUHVHQWDU D IRUPD PDLV DYDQoDGD GD UDFLRQDOL]DomR
DFDUDMpTXHUHPRQWDjHVFUDYLGmR capitalista do processo de trabalho ao longo de várias
GpFDGDVGRVpFXOR;;
QUESTÃO 11 ANTUNES, R. Os sentidos do trabalhoHQVDLRVREUHDD¿UPDomRHDQHJDomRGRWUDEDOKR
6mR3DXOR%RLWHPSR DGDSWDGR 
$MXVWLoDpDSULPHLUDYLUWXGHGDVLQVWLWXLo}HVVRFLDLV
FRPRDYHUGDGHRpGRVVLVWHPDVGHSHQVDPHQWR&DGD 2 REMHWLYR GHVVH PRGHOR GH RUJDQL]DomR GR WUDEDOKR p
SHVVRDSRVVXLXPDLQYLRODELOLGDGHIXQGDGDQDMXVWLoDTXH R DOFDQFH GD H¿FLrQFLD Pi[LPD QR SURFHVVR SURGXWLYR
nem mesmo o bem-estar da sociedade como um todo industrial que, para tanto,
SRGHLJQRUDU3RUHVVDUD]mRDMXVWLoDQHJDTXHDSHUGD
GH OLEHUGDGH GH DOJXQV VH MXVWL¿TXH SRU XP EHP PDLRU A DGRWD HVWUXWXUDV GH SURGXomR KRUL]RQWDOL]DGDV
partilhado por todos. SULYLOHJLDQGRDVWHUFHLUL]Do}HV
HAWLS, J. 8PDWHRULDGDMXVWLoD. São Paulo: Martins Fontes, 2000 (adaptado). B UHTXHU WUDEDOKDGRUHV TXDOL¿FDGRV SROLYDOHQWHV H
aptos para as oscilações da demanda.
2 ¿OyVRIR D¿UPD TXH D LGHLD GH MXVWLoD DWXD FRPR XP
LPSRUWDQWH IXQGDPHQWR GD RUJDQL]DomR VRFLDO H DSRQWD C procede à produção em pequena escala, mantendo
FRPRVHXHOHPHQWRGHDomRHIXQFLRQDPHQWRR RVHVWRTXHVEDL[RVHDGHPDQGDFUHVFHQWH
D GHFRPS}H D SURGXomR HP WDUHIDV IUDJPHQWDGDV
A povo.
e repetitivas, complementares na construção do
B Estado. produto.
C governo. E RXWRUJDDRVWUDEDOKDGRUHVDH[WHQVmRGDMRUQDGDGH
D LQGLYtGXR WUDEDOKRSDUDTXHHOHVGH¿QDPRULWPRGHH[HFXomR
E magistrado. GHVXDVWDUHIDV

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
*BRAN75SAB6* 2014

QUESTÃO 14 QUESTÃO 15
Número de imigrantes
Perfil do comércio Brasil-China internacionais do Brasil
Em 2010 268 000

Vendas do Brasil para a China 143 000

Básicos Semimanufaturados
83,7% 11,8%
Entre 1995 e 2000 Entre 2005 e 2010
US$
30,785 ,%*('LVSRQtYHOHPZZZLEJHJRYEU$FHVVRHPDJR
bilhões
A variação do número de imigrantes internacionais no
4,5% %UDVLO YHUL¿FDGD SHOD DQiOLVH GR JUi¿FR p UHVXOWDGR
Manufaturados direto da
A VLWXDomRLQWHUQDFLRQDOGHFULVHHFRQ{PLFD
B limitação europeia à entrada de estrangeiros.
Vendas da China para o Brasil C DWUDomRH[HUFLGDSHODVEHODVSDLVDJHQVQDWXUDLV
D OHJLVODomRIDFLOLWDGRUDGDHQWUDGDGHHVWUDQJHLURV
Manufaturados Básicos
E HVFROKD GR SDtV FRPR VHGH GH JUDQGHV HYHQWRV
97,5% 2,1% esportivos.

US$ QUESTÃO 16
25,593
bilhões
Participação das regiões no PIB do país, em %
0,4%
Semimanufaturados

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Norte


Indústria e Comércio Exterior.
4,7 5,3
$/9$5(1*$''LVSRQtYHOHPKWWSJJORERFRP$FHVVRHPGH] IUDJPHQWR  Nordeste
1DV ~OWLPDV GpFDGDV WHP VH REVHUYDGR XP LQFUHPHQWR 13 13,5
QRFRPpUFLRHQWUHR%UDVLOHD&KLQD$FRPSDUDomRHQWUH
RVJUi¿FRVGHPRQVWUDD
Centro-Oeste
A SRVLomR GR %UDVLO FRPR JUDQGH H[SRUWDGRU GH 8,8 9,3
commodities. Sudeste
B IDOWD GH FRPSOHPHQWDULGDGH SURGXWLYD HQWUH RV GRLV
SDtVHV 2002 56,7 55,4
C vantagem competitiva da China no setor de produção 2010
DJUtFROD Sul
D proporcionalidade entre as trocas de bens de alto
16,9 16,5
valor agregado.
E restrita participação de bens de alta tecnologia no
Fonte: IBGE.
FRPpUFLRELODWHUDO
'LVSRQtYHOHPZZZDFHUYRIROKDFRPEU$FHVVRHPGH] IUDJPHQWR 

$V WUDMHWyULDV GH SDUWLFLSDomR GDV UHJL}HV 6XGHVWH H


Nordeste, apresentadas no mapa, estão, respectivamente,
associadas ao(à)
A UHGXomR GD UHQGD PpGLD H j ÀH[LELOL]DomR GDV OHLV
ambientais.
B HQFDUHFLPHQWR GD PmR GH REUD H j SROtWLFD GH
LQFHQWLYRV¿VFDLV
C H[SDQVmR GD PDOKD URGRYLiULD H j LQVWDODomR GH
JUDQGHVSURMHWRVKLGUHOpWULFRV
D diminuição da participação do setor de serviços e à
ampliação do agronegócio.
E DXPHQWR GR ÀX[R PLJUDWyULR LQWHUUHJLRQDO H j
GHVFREHUWDGHQRYDVMD]LGDVGHFDUYmRPLQHUDO

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 6


2014 *BRAN75SAB7*
QUESTÃO 17 QUESTÃO 18

TEXTO I $ PLWRORJLD FRPSDUDGD VXUJH QR VpFXOR ;9,,, (VVD


WHQGrQFLDLQÀXHQFLRXRHVFULWRUFHDUHQVH-RVpGH$OHQFDU
TXHLQVSLUDGRSHORHVWLORGDHSRSHLDKRPpULFDQDIlíada,
propõe em Iracema XPD HVSpFLH GH PLWR IXQGDGRU GR
povo brasileiro. Assim como a Ilíada vincula a constituição
GR SRYR KHOrQLFR j *XHUUD GH 7URLD GHÀDJUDGD SHOR
romance proibido de Helena e Páris, Iracema vincula a
IRUPDomR GR SRYR EUDVLOHLUR DRV FRQÀLWRV HQWUH tQGLRV H
FRORQL]DGRUHV DWUDYHVVDGRV SHOR DPRU SURLELGR HQWUH
XPDtQGLD²,UDFHPD²HRFRORQL]DGRUSRUWXJXrV0DUWLP
Soares Moreno.
DETIENNE, M. $LQYHQomRGDPLWRORJLD5LRGH-DQHLUR-RVp2O\PSLR DGDSWDGR 

A comparação estabelecida entre a Ilíada e Iracema


demonstra que essas obras
A FRPELQDP IROFORUH H FXOWXUD HUXGLWD HP VHXV HVWLORV
HVWpWLFRV
B articulam resistência e opressão em seus gêneros
literários.
C associam história e mito em suas construções
$EDSRUX'LVSRQtYHOHPZZZIROKDXROFRPEU$FHVVRHPDJR identitárias.
TEXTO II D UHÀHWHP SDFL¿VPR H EHOLFLVPR HP VXDV HVFROKDV
(PMDQHLURGH7DUVLODTXHULDGDUXPSUHVHQWHGH ideológicas.
DQLYHUViULRHVSHFLDODRVHXPDULGR2VZDOGGH$QGUDGH E WUDGX]HP UHYROWD H FRQIRUPLVPR HP VHXV SDGU}HV
Pintou o Abaporu(OHVDFKDUDPTXHSDUHFLDXPD¿JXUD alegóricos.
LQGtJHQDDQWURSyIDJDH7DUVLODOHPEURXVHGRGLFLRQiULR
WXSLJXDUDQLGHVHXSDL%DWL]RXVHRTXDGURGHAbaporu, QUESTÃO 19
TXH VLJQL¿FD KRPHP TXH FRPH FDUQH KXPDQD R
DQWURSyIDJR(2VZDOGHVFUHYHXR0DQLIHVWR$QWURSyIDJR ÈUHDVHPHVWDEHOHFLPHQWRGHDWLYLGDGHVHFRQ{PLFDV
HIXQGDUDPR0RYLPHQWR$QWURSRIiJLFR VHPSUHVHFRORFDUDPFRPRJUDQGHFKDPDUL])RLDVVLP
QR OLWRUDO QRUGHVWLQR QR LQtFLR GD FRORQL]DomR FRP R
'LVSRQtYHOHPZZZWDUVLODGRDPDUDOFRPEU$FHVVRHPDJR DGDSWDGR 
SDXEUDVLO D FDQDGHDo~FDU R IXPR DV SURGXo}HV
O movimento originado da obra Abaporu pretendia GH DOLPHQWRV H R FRPpUFLR 2 HQULTXHFLPHQWR UiSLGR
se apropriar H[DFHUERXRHVStULWRGHDYHQWXUDGRKRPHPPRGHUQR
A da cultura europeia, para originar algo brasileiro. FARIA, S. C. A Colônia em movimento5LRGH-DQHLUR1RYD)URQWHLUD DGDSWDGR 

B GDDUWHFOiVVLFDSDUDFRSLDURVHXLGHDOGHEHOH]D 2SURFHVVRGHVFULWRQRWH[WRWURX[HFRPRHIHLWRR D
C do ideário republicano, para celebrar a modernidade. A DFXPXODomR GH FDSLWDLV QD &RO{QLD SURSLFLDQGR D
D GDV WpFQLFDV DUWtVWLFDV QDWLYDV SDUD FRQVDJUDU VXD FULDomRGHXPDPELHQWHLQWHOHFWXDOHIHUYHVFHQWH
tradição. B surgimento de grandes cidades coloniais, voltadas
E da herança colonial brasileira, para preservar sua SDUD R FRPpUFLR H FRP JUDQGH FRQFHQWUDomR
identidade. monetária.
C concentração da população na região litorânea, pela
IDFLOLGDGHGHHVFRDPHQWRGDSURGXomR
D IDYRUHFLPHQWRGRVQDWXUDLVGD&RO{QLDQDFRQFHVVmR
GHWtWXORVGHQREUH]DH¿GDOJXLDSHOD0RQDUTXLD
E construção de relações de trabalho menos
desiguais que as da Metrópole, inspiradas pelo
empreendedorismo.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 7


*BRAN75SAB8* 2014

QUESTÃO 20 QUESTÃO 22
(PGH]HPEURGHFRPHoRXXPDJUHYHGHGRLV 3DVVDGD D IHVWD GD DEROLomR RV H[HVFUDYRV
PHVHV QR SULQFLSDO SRUWR GD ÈIULFD 2FLGHQWDO )UDQFHVD procuraram distanciar-se do passado de escravidão,
Dacar. As autoridades só conseguiram levar os grevistas negando-se a se comportar como antigos cativos.
de volta ao trabalho com grandes aumentos de salário e, Em diversos engenhos do Nordeste, negaram-se a
RTXHpDLQGDPDLVLPSRUWDQWHSRQGRHPSUiWLFDWRGRR receber a ração diária e a trabalhar sem remuneração.
DSDUDWR GH UHODo}HV LQGXVWULDLV XVDGR QD )UDQoD ² HP 4XDQGR GHFLGLUDP ILFDU LVVR QmR VLJQLILFRX TXH
UHVXPRDJLQGRFRPRVHRVJUHYLVWDVIRVVHPPRGHUQRV concordassem em se submeter às mesmas condições
operários industriais. de trabalho do regime anterior.
COOPER, F.; HOLT, T.; SCOTT, R. $OpPGDHVFUDYLGmR.
FRAGA, W.; ALBUQUERQUE, W. R. Uma história da cultura afro-brasileira.
5LRGH-DQHLUR&LYLOL]DomR%UDVLOHLUD DGDSWDGR 
6mR3DXOR0RGHUQD DGDSWDGR 

'XUDQWHRQHRFRORQLDOLVPRRWUDEDOKRIRUoDGR²TXHQmR 6HJXQGR R WH[WR RV SULPHLURV DQRV DSyV D DEROLomR GD


VHFRQIXQGHFRPDHVFUDYLGmR²IRLXPDFRQVWDQWHHP HVFUDYLGmRQR%UDVLOWLYHUDPFRPRFDUDFWHUtVWLFDR D
GLYHUVDVUHJL}HVGRFRQWLQHQWHDIULFDQRDWpRVpFXOR;;
'HDFRUGRFRPRWH[WRVXDVXSHUDomRGHULYDGD A FDUiWHURUJDQL]DWLYRGRPRYLPHQWRQHJUR
A FUtWLFDPRUDOGDLQWHOHFWXDOLGDGHPHWURSROLWDQD B equiparação racial no mercado de trabalho.
B pressão articulada dos organismos multilaterais. C EXVFDSHORUHFRQKHFLPHQWRGRH[HUFtFLRGDFLGDGDQLD
C UHVLVWrQFLDRUJDQL]DGDGRVWUDEDOKDGRUHVQDWLYRV D HVWDEHOHFLPHQWR GR VDOiULR PtQLPR SRU SURMHWR
D concessão pessoal dos empresários imperialistas. legislativo.
E EDL[DOXFUDWLYLGDGHGRVHPSUHHQGLPHQWRVFDSLWDOLVWDV E HQWXVLDVPRFRPDH[WLQomRGDVSpVVLPDVFRQGLo}HV
de trabalho.
QUESTÃO 21
QUESTÃO 23
Os escravos, obviamente, dispunham de poucos
UHFXUVRV SROtWLFRV PDV QmR GHVFRQKHFLDP R TXH VH 9HQH]D HPHUJLQGR REVFXUDPHQWH DR ORQJR GR
passava no mundo dos poderosos. Aproveitaram-se LQtFLR GD ,GDGH 0pGLD GDV iJXDV jV TXDLV GHYLD VXD
das divisões entre estes, selecionaram temas que lhes imunidade a ataques, era nominalmente submetida
LQWHUHVVDYDPGRLGHiULROLEHUDOHDQWLFRORQLDOWUDGX]LUDPH DR ,PSpULR %L]DQWLQR PDV QD SUiWLFD HUD XPD FLGDGH
HPSUHVWDUDPVLJQL¿FDGRVSUySULRVjVUHIRUPDVRSHUDGDV HVWDGR LQGHSHQGHQWH QD DOWXUD GR VpFXOR ; 9HQH]D
QRHVFUDYLVPREUDVLOHLURDRORQJRGRVpFXOR;,; era única na cristandade por ser uma comunidade
REIS, J. J. Nos achamos em campo a tratar da liberdade: a resistência negra no Brasil comercial: “Essa gente não lavra, semeia ou colhe uvas”,
oitocentista. In: MOTA, C. G. (Org.). 9LDJHPLQFRPSOHWDDH[SHULrQFLDEUDVLOHLUD FRPR XP VXUSUHVR REVHUYDGRU GR VpFXOR ;, FRQVWDWRX
  6mR3DXOR6HQDF
&RPHUFLDQWHV YHQH]LDQRV SXGHUDP QHJRFLDU WHUPRV
$R ORQJR GR VpFXOR ;,; RV QHJURV HVFUDYL]DGRV IDYRUiYHLV SDUD FRPHUFLDU FRP &RQVWDQWLQRSOD PDV
FRQVWUXtUDPYDULDGDVIRUPDVSDUDUHVLVWLUjHVFUDYLGmRQR WDPEpPVHUHODFLRQDUDPFRPPHUFDGRUHVGRLVOm
%UDVLO$HVWUDWpJLDGHOXWDFLWDGDQRWH[WREDVHDYDVHQR FLETCHER, R. A cruz e o crescenteFULVWLDQLVPRHLVOmGH0DRPpj5HIRUPD
aproveitamento das 5LRGH-DQHLUR1RYD)URQWHLUD

A estruturas urbanas como ambiente para escapar do $H[SDQVmRGDVDWLYLGDGHVGHWURFDVQD%DL[D,GDGH


cativeiro. 0pGLD GLQDPL]DGDV SRU FHQWURV FRPR 9HQH]D
B GLPHQV}HVWHUULWRULDLVFRPRHOHPHQWRSDUDIDFLOLWDUDV UHIOHWHR D
IXJDV A importância das cidades comerciais.
C OLPLWDo}HV HFRQ{PLFDV FRPR SUHVVmR SDUD R ¿P GR B integração entre a cidade e o campo.
escravismo.
C GLQDPLVPRHFRQ{PLFRGD,JUHMDFULVWm
D FRQWUDGLo}HVSROtWLFDVFRPREUHFKDSDUDDFRQTXLVWD
da liberdade. D FRQWUROHGDDWLYLGDGHFRPHUFLDOSHODQREUH]DIHXGDO
E LGHRORJLDVRULJLQiULDVFRPRDUWLItFLRSDUDUHVJDWDUDV E ação reguladora dos imperadores durante as trocas
UDt]HVDIULFDQDV comerciais.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 8


2014 *BRAN75SAB9*
QUESTÃO 24 QUESTÃO 25
TEXTO I 4XDQGR 'HXV FRQIXQGLX DV OtQJXDV QD WRUUH GH
2 SUtQFLSH ' -RmR 9, SRGLD WHU GHFLGLGR ¿FDU HP %DEHO SRQGHURX )LOR +HEUHX TXH WRGRV ¿FDUDP PXGRV
3RUWXJDO1HVVHFDVRR%UDVLOFRPFHUWH]DQmRH[LVWLULD H VXUGRV SRUTXH DLQGD TXH WRGRV IDODVVHP H WRGRV
$ &RO{QLD VH IUDJPHQWDULD FRPR VH IUDJPHQWRX D SDUWH ouvissem, nenhum entendia o outro. Na antiga Babel,
HVSDQKROD GD $PpULFD 7HUtDPRV HP YH] GR %UDVLO GH KRXYH VHWHQWD H GXDV OtQJXDV QD %DEHO GR ULR GDV
KRMH FLQFR RX VHLV SDtVHV GLVWLQWRV -RVp 0XULOR GH $PD]RQDVMiVHFRQKHFHPPDLVGHFHQWRHFLQTXHQWD
Carvalho) E assim, quando lá chegamos, todos nós somos mudos
e todos eles, surdos. Vede agora quanto estudo e quanto
TEXTO II WUDEDOKRVHUmRQHFHVViULRVSDUDTXHHVVHVPXGRVIDOHP
+i QR %UDVLO XPD LQVLVWrQFLD HP UHIRUoDU R OXJDU e esses surdos ouçam.
FRPXPVHJXQGRRTXDOIRL'-RmR9,RUHVSRQViYHOSHOD VIEIRA, A. Sermões pregados no Brasil. In: RODRIGUES, J. H. História viva.
6mR3DXOR*OREDO DGDSWDGR 
XQLGDGHGRSDtV,VVRQmRpYHUGDGH$XQLGDGHGR%UDVLO
IRLFRQVWUXtGDDRORQJRGRWHPSRHpDQWHVGHWXGRXPD 1R GHFRUUHU GD FRORQL]DomR SRUWXJXHVD QD$PpULFD DV
IDEULFDomRGD&RURD$LGHLDGHTXHHUDSUHFLVRIRUWDOHFHU tentativas de resolução do problema apontado pelo padre
XP,PSpULRFRPRVWHUULWyULRVGH3RUWXJDOH%UDVLOFRPHoRX $QW{QLR9LHLUDUHVXOWDUDPQD
MiQRVpFXOR;9,,, (YDOGR&DEUDOGH0HOOR
A ampliação da violência nas guerras intertribais.
1808 – O primeiro ano do resto de nossas vidas. Folha de S. PauloQRY DGDSWDGR 
B GHVLVWrQFLDGDHYDQJHOL]DomRGRVSRYRVQDWLYRV
(P  IRL FRPHPRUDGR R ELFHQWHQiULR GD FKHJDGD
C LQGLIHUHQoDGRVMHVXtWDVHPUHODomRjGLYHUVLGDGHGH
GD IDPtOLD UHDO SRUWXJXHVD DR %UDVLO 1RV WH[WRV GRLV
OtQJXDVDPHULFDQDV
importantes historiadores brasileiros se posicionam
GLDQWHGHXPGRVSRVVtYHLVOHJDGRVGHVVHHSLVyGLRSDUD D pressão da Metrópole pelo abandono da catequese
D KLVWyULD GR SDtV 2 OHJDGR GLVFXWLGR H XP DUJXPHQWR QDVUHJL}HVGHGLItFLODFHVVR
TXHVXVWHQWDDGLIHUHQoDGRSULPHLURSRQWRGHYLVWDSDUD E VLVWHPDWL]DomR GDV OtQJXDV QDWLYDV QXPD HVWUXWXUD
o segundo estão associados, respectivamente, em: JUDPDWLFDOIDFLOLWDGRUDGDFDWHTXHVH
A ,QWHJULGDGH WHUULWRULDO ² &HQWUDOL]DomR GD
DGPLQLVWUDomRUpJLDQD&RUWH QUESTÃO 26
B 'HVLJXDOGDGHVRFLDO²&RQFHQWUDomRGDSURSULHGDGH (P EXVFD GH PDWpULDVSULPDV H GH PHUFDGRV SRU
IXQGLiULDQRFDPSR
FDXVD GD DFHOHUDGD LQGXVWULDOL]DomR RV HXURSHXV
C +RPRJHQHLGDGH LQWHOHFWXDO ² 'LIXVmR GDV LGHLDV
liberais nas universidades. UHWDOKDUDP HQWUH VL D ÈIULFD 0DLV GR TXH DOHJDo}HV
HFRQ{PLFDV KDYLD MXVWL¿FDWLYDV SROtWLFDV FLHQWt¿FDV
D 8QLIRUPLGDGHFXOWXUDO²0DQXWHQomRGDPHQWDOLGDGH
HVFUDYLVWDQDVID]HQGDV LGHROyJLFDV H DWp ¿ODQWUySLFDV 2 UHL EHOJD /HRSROGR ,,
E &RQWLQXLGDGHHVSDFLDO²&RRSWDomRGRVPRYLPHQWRV GHIHQGLDRWUDEDOKRPLVVLRQiULRHDFLYLOL]DomRGRVQDWLYRV
VHSDUDWLVWDVQDVSURYtQFLDV do Congo, argumento desmascarado pelas atrocidades
praticadas contra a população.
NASCIMENTO, C. PartilhDGDÈIULFDRDVVRPEURGRFRQWLQHQWHPXWLODGRRevista de
História da Biblioteca NacionalDQRQGH] DGDSWDGR 

$ DWXDomR GRV SDtVHV HXURSHXV FRQWULEXLX SDUD TXH D


ÈIULFD²HQWUHH²VHWUDQVIRUPDVVHHPXPD
HVSpFLHGHJUDQGH³FROFKDGHUHWDOKRV´(VVHSURFHVVRIRL
motivado pelo(a)
A EXVFD GH DFHVVR j LQIUDHVWUXWXUD HQHUJpWLFD GRV
SDtVHVDIULFDQRV
B tentativa de regulação da atividade comercial com os
SDtVHVDIULFDQRV
C UHVJDWH KXPDQLWiULR GDV SRSXODo}HV DIULFDQDV HP
VLWXDomRGHH[WUHPDSREUH]D
D GRPtQLRVREUHRVUHFXUVRVFRQVLGHUDGRVHVWUDWpJLFRV
SDUDRIRUWDOHFLPHQWRGDVQDo}HVHXURSHLDV
E QHFHVVLGDGH GH H[SDQGLU DV IURQWHLUDV FXOWXUDLV GD
(XURSDSHORFRQWDWRFRPRXWUDVFLYLOL]Do}HV

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
*BRAN75SAB10* 2014

QUESTÃO 27 QUESTÃO 29
Os holandeses desembarcaram em Pernambuco O enclave supõe a presença de “muros sociais”
no ano de 1630, em nome da Companhia das Índias internos que separam e distanciam populações e grupos
2FLGHQWDLV :,& HIRUDPDRVSRXFRVRFXSDQGRDFRVWD de um mesmo lugar. Tais muros revelam as grandes
TXHLDGDIR]GR5LR6mR)UDQFLVFRDR0DUDQKmRQRDWXDO
contradições e discrepâncias presentes nas cidades
Nordeste brasileiro. Eles chegaram ao ponto de destruir
Olinda, antiga sede da capitania de Duarte Coelho, para brasileiras. É aqui que o território merece ser considerado
HUJXHUQR5HFLIHXPDSHTXHQD$PVWHUGm XP QRYR HOHPHQWR QDV SROtWLFDV S~EOLFDV HQTXDQWR
1$6&,0(1725/;$WRTXHGHFDL[DVRevista de História da Biblioteca Nacional,
XP VXMHLWR FDWDOLVDGRU GH SRWrQFLDV QR SURFHVVR GH
DQRQMXO UHIXQGDomRGRVRFLDO
'RSRQWRGHYLVWDHFRQ{PLFRDVUD]}HVTXHOHYDUDPRV KOGA, D. Medidas de cidades: entre territórios de vida e territórios vividos.
KRODQGHVHVDLQYDGLUHPRQRUGHVWHGD&RO{QLDGHFRUULDP 6mR3DXOR&RUWH]

GRIDWRGHTXHHVVDUHJLmR 1R FRQWH[WR DWXDO GDV P~OWLSODV WHUULWRULDOL]Do}HV


A era a mais importante área produtora de açúcar na DSRQWDGDV QR IUDJPHQWR D IRUPDomR GH HQFODYHV
$PpULFDSRUWXJXHVD IRUWL¿FDGRVQRHVSDoRXUEDQRpUHVXOWDGRGD
B SRVVXtD DV PDLV ULFDV PDWDV GH SDXEUDVLO QR OLWRUDO A autossegregação elitista em prol de garantia de
GDV$PpULFDV
segurança.
C FRQWDYD FRP R SRUWR PDLV HVWUDWpJLFR SDUD D
navegação no Atlântico Sul. B VHJPHQWDomRVRFLDOGDVSROtWLFDVS~EOLFDVSRUQtYHLV
de carência.
D representava o principal entreposto de escravos
DIULFDQRVSDUDDV$PpULFDV C LQÀXrQFLD GH JUXSRV SROtWLFRV JOREDLV HP UHGH QR
E FRQVWLWXtDXPUHGXWRGHULFRVFRPHUFLDQWHVGHDo~FDU cotidiano urbano.
GHRULJHPMXGDLFD D ampliação dos territórios móveis nas áreas
residenciais tradicionais.
QUESTÃO 28
E necessidade da população em associar
2VPRYLPHQWRVVRFLDLVGRVpFXOR;;,Do}HVFROHWLYDV espacialmente trabalho e moradia.
GHOLEHUDGDV TXH YLVDP j WUDQVIRUPDomR GH YDORUHV H
LQVWLWXLo}HV GD VRFLHGDGH PDQLIHVWDPVH QD H SHOD QUESTÃO 30
internet. O mesmo pode ser dito do movimento ambiental,
o movimento das mulheres, vários movimentos pelos $ SULQFLSDO IRUPD GH UHODomR HQWUH R KRPHP H D
GLUHLWRV KXPDQRV PRYLPHQWRV GH LGHQWLGDGH pWQLFD QDWXUH]D RX PHOKRU HQWUH R KRPHP H R PHLR p GDGD
movimentos religiosos, movimentos nacionalistas e SHOD WpFQLFD ² XP FRQMXQWR GH PHLRV LQVWUXPHQWDLV H
GRV GHIHQVRUHVSURSRQHQWHV GH XPD OLVWD LQ¿QGiYHO GH VRFLDLVFRPRVTXDLVRKRPHPUHDOL]DVXDYLGDSURGX]
SURMHWRVFXOWXUDLVHFDXVDVSROtWLFDV e, ao mesmo tempo, cria espaço.
CASTELLS, M. A galáxia da internetUHÀH[}HVVREUHDLQWHUQHWRVQHJyFLRVHDVRFLHGDGH SANTOS, M. $QDWXUH]DGRHVSDoR. São Paulo: Edusp, 2002 (adaptado).
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

'H DFRUGR FRP R WH[WR D SRSXODomR HQJDMDGD HP $ UHODomR HVWDEHOHFLGD QR WH[WR DVVRFLDGD D XPD
SURFHVVRV SROtWLFRV SRGH XWLOL]DU D UHGH PXQGLDO GH SURIXQGDGHJUDGDomRDPELHQWDOpYHUL¿FDGDQD
FRPSXWDGRUHV FRPR UHFXUVR SDUD PRELOL]DomR SRLV D A UDFLRQDOL]DomRGRXVRGHUHFXUVRVKtGULFRVSDUD¿QV
LQWHUQHWFDUDFWHUL]DVHSRU de abastecimento residencial.
A diminuir a insegurança do sistema eleitoral. B DSURSULDomRGHUHVHUYDVH[WUDWLYLVWDVSDUDDWHQGHUj
B UHIRUoDU D SRVVLELOLGDGH GH PDLRU SDUWLFLSDomR demanda de subsistência.
TXDOL¿FDGD
C retirada da cobertura vegetal com o intuito de
C JDUDQWLU R FRQWUROH GDV LQIRUPDo}HV JHUDGDV QDV desenvolver a agricultura intensiva.
PRELOL]Do}HV
D ampliação da produção de alimentos orgânicos
D LQFUHPHQWDU R HQJDMDPHQWR FtYLFR SDUD DOpP GDV
IURQWHLUDVORFDLV SDUDPLQLPL]DUSUREOHPDVGDIRPH
E DPSOLDU D SDUWLFLSDomR SHOD VROXomR GD HVFDVVH] GH E UHRUGHQDomR GR HVSDoR UXUDO SDUD IDYRUHFHU R
tempo dos cidadãos. desenvolvimento do ecoturismo.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 10


2014 *BRAN75SAB11*
QUESTÃO 31

QUINO. Toda Mafalda6mR3DXOR0DUWLQV)RQWHV DGDSWDGR 

1RVTXDGULQKRVID]VHUHIHrência a um evento que correspondia a um dos grandes medos da população mundial no


SHUtRGRGD*XHUUD)ULD'XUDQWHHVVHSHUtRGRDSRVVLELOLGDGHGHRFRUUrQFLDGHVVHHYHQWRHUDJUDQGHHPIXQomRGR D
A acirramento da rivalidade Norte-Sul.
B LQWHQVL¿FDomRGDFRUULGDDUPDPHQWLVWD
C RFRUUrQFLDGHFULVHVHFRQ{PLFDVJOREDLV
D emergência de novas potências mundiais.
E DSURIXQGDPHQWRGHGHVLJXDOGDGHVVRFLDLV

QUESTÃO 32
'HPRGRJHUDORVORJUDGRXURVGH)RUWDOH]DDWpPHDGRVGRVpFXOR;,;HUDPFRQKHFLGRVSRUGHVLJQDo}HVVXUJLGDV
GDWUDGLomRRXGHIXQo}HVHHGL¿FDo}HV TXH OKHV FDUDFWHUL]DYDP$VVLP FKDPDYDVH7UDYHVVD GD 0XQLFLSDOLGDGH
DWXDO*XLOKHUPH5RFKD SRUODGHDURSUpGLRGD,QWHQGrQFLD0XQLFLSDO6%HUQDUGR KRMH3HGUR3HUHLUD SRUFRQWD
GHLJUHMDKRP{QLPD5XDGR&DMXHLUR DWXDO3HGUR%RUJHV SRUDEULJDUXPDGDVPDLVDQWLJDVHSRSXODUHViUYRUHVGD
FDSLWDO-iD3UDoD-RVpGH$OHQFDUQDGpFDGDGHHUDSRSXODUPHQWHGHVLJQDGDSRU3UDoDGR3DWURFtQLRSRLVHP
VHXODGRQRUWHVHHQFRQWUDYDXPDLJUHMDKRP{QLPD
SILVA FILHO, A. L. M. FortalezaLPDJHQVGDFLGDGH)RUWDOH]D0XVHXGR&HDUi6HFXOW&( DGDSWDGR 

Os atos de nomeação dos logradouros, analisados de uma perspectiva histórica, constituem


A IRUPDVGHSURPRYHURVQRPHVGDVDXWRULGDGHVLPSHULDLV
B PRGRVR¿FLDLVHSRSXODUHVGHSURGXomRGDPHPyULDQDVFLGDGHV
C UHFXUVRVDUTXLWHW{QLFRVIXQFLRQDLVjUDFLRQDOL]DomRGRHVSDoRXUEDQR
D PDQHLUDVGHKLHUDUTXL]DUHVWUDWRVVRFLDLVHGLYLGLUDVSRSXODo}HVXUEDQDV
E PHFDQLVPRVGHLPSRVLomRGRVLWLQHUiULRVVRFLDLVHÀX[RVHFRQ{PLFRVQDFLGDGH

QUESTÃO 33
1DSULPHLUDGpFDGDGRVpFXOR;;UHIRUPDUDFLGDGHGR5LRGH-DQHLURSDVVRXDVHURVLQDOPDLVHYLGHQWHGD
PRGHUQL]DomRTXHVHGHVHMDYDSURPRYHUQR%UDVLO2SRQWRFXOPLQDQWHGRHVIRUoRGHPRGHUQL]DomRVHGHXQDJHVWmR
GRSUHIHLWR3HUHLUD3DVVRVHQWUHH³25LRFLYLOL]DYDVH´HUDIUDVHFpOHEUHjpSRFDHFRQGHQVDYDRHVIRUoR
para iluminar as vielas escuras e esburacadas, controlar as epidemias, destruir os cortiços e remover as camadas
populares do centro da cidade.
OLIVEIRA, L. L. Sinais de modernidade na Era Vargas: vida literária, cinema e rádio. In: FERREIRA, J.; DELGADO, L. A. (Org.). O tempo do nacional-estatismoGRLQtFLRDRDSRJHXGR
(VWDGR1RYR5LRGH-DQHLUR&LYLOL]DomR%UDVLOHLUD

2SURFHVVRGHPRGHUQL]DomRPHQFLRQDGRQRWH[WRWUD]LDXPSDUDGR[RTXHVHH[SUHVVDYDQR D
A substituição de vielas por amplas avenidas.
B impossibilidade de se combaterem as doenças tropicais.
C LGHDOGHFLYLOL]DomRDFRPSDQKDGRGHPDUJLQDOL]DomR
D VREUHSRVLomRGHSDGU}HVDUTXLWHW{QLFRVLQFRPSDWtYHLV
E SURMHWRGHFLGDGHLQFRPSDWtYHOFRPDUXJRsidade do relevo.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 11


*BRAN75SAB12* 2014

QUESTÃO 34 QUESTÃO 36

(QTXDQWRDVUHEHOL}HVDJLWDYDPRSDtVDVWHQGrQFLDV
SROtWLFDVQRFHQWURGLULJHQWHLDPVHGH¿QLQGR$SDUHFLDP
HP JHUPH RV GRLV JUDQGHV SDUWLGRV LPSHULDLV ² R
Conservador e o Liberal. Os conservadores reuniam
magistrados, burocratas, uma parte dos proprietários
rurais, especialmente do Rio de Janeiro, Bahia e
Pernambuco, e os grandes comerciantes, entre os quais
muitos portugueses. Os liberais agrupavam a pequena
FODVVHPpGLDXUEDQDDOJXQVSDGUHVHSURSULHWiULRVUXUDLV
de áreas menos tradicionais, sobretudo de São Paulo,
Minas e Rio Grande do Sul.
FAUSTO, B. História do Brasil6mR3DXOR(GXVS

1R WH[WR R DXWRU FRPSDUD D FRPSRVLomR GDV IRUoDV


SROtWLFDVTXHDWXDUDPQR6HJXQGR5HLQDGR  
'RLVDVSHFWRVTXHFDUDFWHUL]DPRVSDUWLGRV&RQVHUYDGRU $ (VWiWXD GR /DoDGRU WRPEDGD FRPR SDWULP{QLR
e Liberal estão indicados, respectivamente, em: HP  p XP PRQXPHQWR GH 3RUWR $OHJUH56 TXH
UHSUHVHQWDRJD~FKR HPWUDMHVWtSLFRV 
A $EROLomR GD HVFUDYLGmR ² $GRomR GR WUDEDOKR
'LVSRQtYHOHPZZZSRUWRDOHJUHWXUEU$FHVVRHPDJR DGDSWDGR 
assalariado.
B 'LIXVmR GD LQGXVWULDOL]DomR ² &RQVHUYDomR GR 2PRQXPHQWRLGHQWL¿FDXP D
ODWLI~QGLRPRQRFXOWRU A H[HPSORGHEHPLPDWHULDO
C 3URPRomR GR SURWHFLRQLVPR ² 5HPRomR GDV B IRUPDGHH[SRVLomRGDLQGLYLGXDOLGDGH
EDUUHLUDVDOIDQGHJiULDV C modo de enaltecer os ideais de liberdadade.
D 3UHVHUYDomR GR XQLWDULVPR ² $PSOLDomR GD D PDQLIHVWDomRKLVWyULFRFXOWXUDOGHXPDSRSXODomR
GHVFHQWUDOL]DomRSURYLQFLDO
E maneira de propor mudanças nos costumes.
E ,PSOHPHQWDomR GR UHSXEOLFDQLVPR ² &RQWLQXDomR
da monarquia constitucional. QUESTÃO 37

QUESTÃO 35 Canto dos lavradores de Goiás


7HPID]HQGDHID]HQGD
4XHpJUDQGHSHUIHLWDPHQWH
Sobe serra desce serra
Salta muita água corrente
6HPODYRXUDHVHPQLQJXpP
O dono mora ausente.
Lá só tem caçambeiro
Tira onda de valente
,VVRpTXHpJUDQGHEDUUHLUD
4XHHVWiHPQRVVDIUHQWH
Tem muita gente sem terra
'LVSRQtYHOHPZZZLQGLDQDHGX!$FHVVRHPDJR DGDSWDGR  Tem muita terra sem gente.
As redes sociais tornaram-se espaços importantes de MARTINS, J. S. Cativeiro da terra6mR3DXOR&LrQFLDV+XPDQDV

relacionamento e comunicação. A charge apresenta o


No canto registraGRSHODFXOWXUDSRSXODUDFDUDFWHUtVWLFD
LPSDFWR GD LQWHUQHW QD YLGD GRV LQGLYtGXRV TXDQGR ID]
UHIHUrQFLDj GRPXQGRUXUDOEUDVLOHLURQRVpFXOR;;GHVWDFDGDpD

A DPSOLDomRGRSRGHUGRVFOpULJRVQRFRQWUROHGRV¿pLV A atuação da bancada ruralista.


B adequação dos ritos sacramentais ao cotidiano. B H[SDQVmRGDIURQWHLUDDJUtFROD
C perda de privacidade em ambiente virtual. C YDORUL]DomRGDDJULFXOWXUDIDPLOLDU
D reinterpretação da noção de pecado. D PDQXWHQomRGDFRQFHQWUDomRIXQGLiULD
E PRGHUQL]DomRGDVLQVWLWXLo}HVUHOLJLRVDV E implementação dDPRGHUQL]DomRFRQVHUYDGRUD

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 12


2014 *BRAN75SAB13*
QUESTÃO 38
2XVRLQWHQVRGDViJXDVVXEWHUUkQHDVVHPSODQHMDPHQWRWHPFDXVDGRVpULRVSUHMXt]RVjVRFLHGDGHDRXVXiULR
HDRPHLRDPELHQWH(PYiULDVSDUWHVGRPXQGRSHUFHEHVHTXHDH[SORUDomRGHIRUPDLQFRUUHWDWHPOHYDGRD
SHUGDVGRSUySULRDTXtIHUR
7(,;(,5$:HWDODecifrando a Terra6mR3DXOR&LD(GLWRUD1DFLRQDO DGDSWDGR 

1RWH[WRDSRQWDPVHGL¿FXOGDGHVDVVRFLDGDVDRXVRGHXPLPSRUWDQWHUHFXUVRQDWXUDO8PSUREOHPDGHULYDGRGH
VXDXWLOL]DomRHXPDUHVSHFWLYDFDXVDSDUDVXDRFRUUrQFLDVmR
A &RQWDPLQDomRGRDTXtIHUR²&RQWHQomRLPSUySULDGRLQJUHVVRGLUHWRGHiJXDVXSHU¿FLDO
B ,QWUXVmRVDOLQD²([WUDomRUHGX]LGDGDiJXDGRFHGRVXEVROR
C 6XSHUH[SORUDomRGHSRoRV²&RQVWUXomRLQH¿FD]GHFDSWDo}HVVXEVXSHU¿FLDLV
D 5HEDL[DPHQWRGRQtYHOGDiJXD²%RPEHDPHQWRGRSRoRHTXLYDOHQWHjUHSRVLomRQDWXUDO
E (QFDUHFLPHQWRGDH[SORUDomRVXVWHQWiYHO²&RQVHUYDomRGDFREHUWXUDYHJHWDOORFDO

QUESTÃO 39

Escoamento das águas das chuvas


Precipitação
100%
Evapotranspiração

40%
Escoamento Precipitação
Superficial
10%

Água 50%
Subterrânea

Precipitação Escoamento
100% de telhados
Evapotranspiração
15%
25%

30%

Vazão
Esgoto
45%
Pluvial

Água 30%
Subterrânea

'LVSRQtYHOHPZZZHVVHQWLDHGLWRUDLIIHGXEU$FHVVRHPMXQ

Comparando o escoamento natural das águas de chuva com o escoamento em áreas urbanas, nota-se que a
XUEDQL]DomRSURPRYHPDLRU
A YD]mRKtGULFDQDVHVWUXWXUDVDUWL¿FLDLVFRQVWUXtGDVSHODVDWLYLGDGHVKXPDQDV
B DUPD]HQDJHPVXEWHUUkQHDXPDYH]TXHQDViUHDVXUEDQL]DGDVRFLFORKLGUROyJLFRpDOWHUDGRSHODVDWLYLGDGHV
antrópicas.
C evapotranspiração, pois, nas áreas urbanas, a diminuição da cobertura vegetal promove aumento no processo de
transpiração.
D WUDQVIHUrQFLDGHGHVFDUJDVXEWHUUkQHDSRLVDRDXPHQWDUDLPSHUPHDELOL]DomRWUD]VHFRPRFRQVHTXrQFLDPDLRU
DOLPHQWDomRGROHQoROIUHiWLFR
E LQ¿OWUDomRSRLVDRDXPHQWDUDLPSHUPHDELOL]DomRHVWDEHOHFHVHXPDUHODomRGLUHWDPHQWHSURSRUFLRQDOGHVVHV
elementos na composição do ciclo hidrológico.
CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 13
*BRAN75SAB14* 2014

QUESTÃO 40 QUESTÃO 42
8PD FLGDGH TXH UHGX] HPLVV}HV HOHWUL¿FD FRP 2V GHVHTXLOtEULRV TXH VH UHJLVWUDP QDV HQFRVWDV
HQHUJLD VRODU VHXV HVWiGLRV PDV GHL[D EDLUURV VHP RFRUUHPQDPDLRULDGDVYH]HVHPIXQomRGDSDUWLFLSDomR
VDQHDPHQWR EiVLFR VHP DVVLVWrQFLD PpGLFD H VHP GR FOLPD H GH DOJXQV DVSHFWRV GDV FDUDFWHUtVWLFDV GDV
escola de qualidade nunca será sustentável. A mudança HQFRVWDV TXH LQFOXHP D WRSRJUD¿D JHRORJLD JUDX GH
GRUHJLPHGHFKXYDVTXHMiRFRUUHSRUFDXVDGDPXGDQoD intemperismo, solo e tipo de ocupação.
FOLPiWLFDID]FRPTXHLQXQGDo}HVHPiUHDVFRPHVJRWR CUNHA, S. B.; GUERRA, A. J. T. Degradação ambiental. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S.
H OL[}HV D FpX DEHUWR SURSDJXHP GRHQoDV GDV TXDLV R B. (Org.). Geomorfologia e meio ambiente5LRGH-DQHLUR%HUWUDQG%UDVLO
sistema de saúde não cuidará apropriadamente.
2V GHVHTXLOtEULRV UHVXOWDQWHV GD DWXDomR KXPDQD
$%5$1&+(66$VXVWHQWDELOLGDGHpKXPDQDHHFROyJLFD'LVSRQtYHOHPZZZHFRSROLWLFD MXQWRjVYHUWHQWHVtQJUHPHVGRUHOHYRVmRIRUWHPHQWH
FRPEU$FHVVRHPMXO DGDSWDGR 
ligados ao(à)
3UREOHPDWL]DQGR D QRomR GH VXVWHQWDELOLGDGH R
A aumento da atividade industrial.
DUJXPHQWRDSUHVHQWDGRQRWH[WRVXJHUHTXHR D
B crescimento populacional urbano desordenado.
A WHFQRORJLD YHUGH p QHFHVViULD DR SODQHMDPHQWR
C desconcentração das atividades comerciais e dos
urbano.
serviços.
B PXGDQoDFOLPiWLFDpSURYRFDGDSHORFUHVFLPHQWRGDV
D LQVWDODomR GH HTXLSDPHQWRV XUEDQRV QD SHULIHULD GD
cidades.
cidade.
C FRQVXPR FRQVFLHQWH p FDUDFWHUtVWLFR GH FLGDGHV
E FRQVWUXomR GH SURMHWRV KDELWDFLRQDLV YROWDGRV j
sustentáveis.
SRSXODomRGHEDL[DUHQGD
D GHVHQYROYLPHQWR XUEDQR p LQFRPSDWtYHO FRP D
preservação ambiental. QUESTÃO 43
E GHVHQYROYLPHQWR VRFLDO p FRQGLomR SDUD R
desenvolvimento sustentável.

QUESTÃO 41
$ YRDGHLUD FDQRD GH DOXPtQLR FRP PRWRU GH SRSD
XVDGD FRPR PHLR GH WUDQVSRUWH ÀXYLDO SHORV ULEHLULQKRV
GD$PD]{QLDJDQKRXXPDYHUVmRPRYLGDDHQHUJLDVRODU
HPYH]GHFRPEXVWtYHO
%5$6,/.9RDGHLUDPRYLGDDHQHUJLDVRODUpRSomRSDUDRWUDQVSRUWHÀXYLDOQD$PD]{QLD Madeira para
Folha de S. Paulo, 12 maio 2012. celulose e papel

1R WH[WR HVWi GHVFULWD XPD VLWXDomR GH PXGDQoD QD Quantidade produzida em 2006
(metros cúbicos)
WHFQRORJLDGRWUDQVSRUWHÀXYLDOQD$PD]{QLD&RQ¿JXUDVH
2 624 058
como uma consequência ambiental derivada da mudança
apresentada a redução 1 500 000

A da área de mata ciliar. 650 000

B da erosão dos solos aluviais. 170 000

C GHGHVFDUJDVHOpWULFDVQDViJXDV 2

D GRDVVRUHDPHQWRGRVFXUVRVÀXYLDLV 'LVSRQtYHOHPZZZIFWXQHVSEU$FHVVRHPDJR

E GDHPLVVmRGHSROXHQWHVDWPRVIpULFRV A distribuição espacial de madeira para papel e celulose


QR%UDVLOSRVVXLXPDHVWUDWpJLDORJtVWLFDTXHUHVXOWDQD
A UHJLmRSURGXWLYDFRQWtQXDGHSHU¿OOLWRUkQHR
B LQWHJUDomRLQWHUPRGDOHQWUH6XO6XGHVWHH1RUWHGRSDtV
C FRQVWUXomR GH HL[RV URGRYLiULRV HQWUH DV ]RQDV
produtoras.
D RUJDQL]DomR GD SURGXomR SUy[LPD jV iUHDV GH
escoamento.
E ORFDOL]DomRGRVHWRUQRVOLPLWHVGDVXQLGDGHVSROtWLFR
administrativas.

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
2014 *BRAN75SAB15*
QUESTÃO 44
8PDPDLRUGLVSRQLELOLGDGHGHFRPEXVWtYHOIyVVLOFRPRDFRQWHFHFRPDVFUHVFHQWHVSRVVLELOLGDGHVEUDVLOHLUDV
p IRQWH GH LPSRUWDQWHV SHUVSHFWLYDV HFRQ{PLFDV SDUD R SDtV$R PHVPR WHPSR SRUpP QXPD pSRFD GH SUHVVmR
PXQGLDO SRU DOLPHQWRV H ELRFRPEXVWtYHLV DV UHVHUYDV QDFLRQDLV GH iJXD GRFH R FOLPD IDYRUiYHO H R GRPtQLR GH
WHFQRORJLDVGHSRQWDQRVHWRUFRQIHUHPjPDWUL]HQHUJpWLFDEUDVLOHLUDXPSDSHOFKDYHQDPXGDQoDGRSDUDGLJPD
HQHUJpWLFRSURGXWLYR
SODRÉ, M. 5HLQYHQWDQGRDHGXFDomRGLYHUVLGDGHGHVFRORQL]DomRHUHGHV3HWUySROLV9R]HV

1RWH[WRpUHVVDOWDGDDLPSRUWkQFLDGDPDWUL]HQHUJpWLFDEUDVLOHLUDHQTXDQWRUHIHUrQFLDGHFDUiWHUPDLVVXVWHQWiYHO
(VVDLPSRUWkQFLDpGHULYDGDGD
A FRQTXLVWDGDDXWRVVX¿FLrQFLDSHWUROtIHUDSHODGHVFREHUWDGHQRYDVMD]LGDV
B H[SDQVmRGDIURQWHLUDDJUtFRODLQWHQVLYDSDUDSURGXomRGHELRFRPEXVWtYHLV
C superação do uso de energia não renovável no setor de transporte de cargas.
D DSURSULDomRGDVFRQGLo}HVQDWXUDLVGRWHUULWyULRSDUDGLYHUVL¿FDomRGDVIRQWHV
E UHGXomRGRLPSDFWRVRFLDODGYLQGRGDVXEVWLWXLomRGHWHUPHOpWULFDVSRUKLGUHOpWULFDV

QUESTÃO 45

Território e territorialização da produção de soja

LEGENDA

Território da soja

Territorialização da produção
de soja

Área plantada de soja em 2006

597 858

330 000 (hectares)


150 000 Atlas da questão agrária brasileira
38 000 100 0 200 400 600 km

1
Dados: IBGE - Produção Agrícola Municipal

GIRARDI, E. P. $WODVGDTXHVWmRDJUiULDEUDVLOHLUD'LVSRQtYHOHPZZZIFWXQHVSEU$FHVVRHPDJR DGDSWDGR 

$IRUPDomRGRWHUULWyULRGDVRMDQR%UDVLOUHÀHWLXDVHJXLQWHFDUDFWHUtVWLFDHVSDFLDO
A Inclusão de regiões com elevadas concentrações populacionais.
B ,QFRUSRUDomRGHHVSDoRVFRPEDL[DIHUWLOLGDGHQDWXUDOGRVVRORV
C ,QWHJUDomRFRPHVSDoRVGHFRQVROLGDomRGHUHVHUYDVH[WUDWLYLVWDV
D 1HFHVVLGDGHGHSUR[LPLGDGHItVLFDFRPRVSULQFLSDLVSRUWRVGRSDtV
E 5HXWLOL]DomRGHiUHDVSURGXWLYDVGHFDGHQWHVGDWUDGLFLRQDOFXOWXUDFDQDYLHLUD

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
2ª Aplicação - 1° DIA
CADERNO 3 – BRANCO
CIÊNCIAS HUMANAS CIÊNCIAS DA NATUREZA
E SUAS TECNOLOGIAS E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÃO GABARITO QUESTÃO GABARITO
01 C 46 B
02 D 47 A
03 E 48 D
04 D 49 C
05 E 50 B
06 A 51 A
07 E 52 D
08 C 53 A
09 A 54 E
10 B 55 B
11 D 56 B
12 D 57 D
13 D 58 C
14 A 59 C
15 A 60 D
16 B 61 E
17 A 62 E
18 C 63 B
19 C 64 D
20 C 65 A
21 D 66 B
22 C 67 B
23 A 68 A
24 A 69 C
25 E 70 E
26 D 71 C
27 A 72 C
28 D 73 E
29 A 74 B
30 C 75 E
31 B 76 D
32 B 77 E
33 C 78 A
34 D 79 E
35 C 80 C
36 D 81 C
37 D 82 B
38 A 83 E
39 A 84 A
40 E 85 D
41 E 86 B
42 B 87 B
43 D 88 E
44 D 89 C
45 B 90 C
*Amar75SAB2* 2015

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS No texto, faz-se referência a um tipo de pressão da


sociedade contemporânea sobre a agricultura. Essa
4XHVW}HVGHD pressão objetiva a seguinte transformação na atividade
agrícola:
QUESTÃO 01 A $PSOLDomR GH SROtWLFDV GH ¿QDQFLDPHQWR YROWDGDV
para a produção de transgênicos.
TEXTO I B Modernização do modo de produção focado na alta
Os problemas ambientais são consequência direta produtividade da terra.
da intervenção humana nos diferentes ecossistemas
da Terra, causando desequilíbrios no meio ambiente e C Expansão do agronegócio relacionado ao mercado
comprometendo a qualidade de vida. consumidor externo.
Disponível em: www.repository.utl.pt. Acesso em: 29 jul. 2012.
D Promoção de práticas destinadas à conservação de
recursos naturais.
TEXTO II E Inserção de modelos orientados ao uso intensivo de
agroquímicos.

QUESTÃO 03

8PD GLPHQVmR GD ÀH[LELOL]DomR GR WHPSR GH


trabalho é a sutileza cada vez maior das fronteiras
que separam o espaço de trabalho e o do lar, o tempo
de trabalho e o de não trabalho. Os mecanismos
modernos de comunicação permitem que, no horário
de descanso, os trabalhadores permaneçam ligados
à empresa. Mesmo não exercendo diretamente suas
DWLYLGDGHVSUR¿VVLRQDLVRWUDEDOKDGRU¿FDjGLVSRVLomR
GD HPSUHVD RX OHYD SUREOHPDV SDUD UHÀHWLU HP FDVD
É muito comum o trabalhador estar de plantão, para o
caso de a empresa ligar para o seu celular ou pager.
A remuneração para esse estado de alerta é irrisória
Disponível em: www.netuno.eco.br. Acesso em: 29 jul. 2012.
ou inexistente.
As imagens representam as geleiras da Groenlândia, KREIN, J. D. Mudanças e tendências recentes na regulação do trabalho. In: DEDECCA,
que sofreram e sofrem impactos, resultantes do(a) C. S.; PRONI, M. W. (Org.). 3ROtWLFDVS~EOLFDVHWUDEDOKR: textos para estudo dirigido.
Campinas: IE/Unicamp; Brasília: MTE, 2006 (adaptado).
A ilha de calor.
A relação entre mudanças tecnológicas e tempo de
B chuva ácida. trabalho apresentada pelo texto implica o
C erosão eólica.
A prolongamento da jornada de trabalho com a
D inversão térmica. LQWHQVL¿FDomRGDH[SORUDomR
E aquecimento global. B aumento da fragmentação da produção com a
racionalização do trabalho.
QUESTÃO 02
C privilégio de funcionários familiarizados com
A crescente conscientização sobre os efeitos do equipamentos eletrônicos.
modelo intensivo de produção, adotado de forma geral na D crescimento da contratação de mão de obra pouco
TXDOL¿FDGD
agricultura, tem gerado também uma série de reações.
De fato, a agricultura está cada vez mais pressionada E declínio dos salários pagos aos empregados mais
idosos.
pelo conjunto de relações que mantém com a sociedade
em geral, sendo emergente o que comumente se
denomina “questão ambiental”. Essas relações, às
YH]HV GH GHSHQGrQFLD jV YH]HV GH FRQÀLWR VmR DV
que determinam uma chamada ampla para mudanças
orientadas à sustentabilidade, não só da atividade
agrícola em si, senão que afete de maneira geral a todo o
entorno no qual a agricultura está inserida.
GOMES, J. C. C. Desenvolvimento rural, transição de formatos tecnológicos, elaboração
social da qualidade, interdisciplinaridade e participação. In: PORTO, V. H.; WIZNIEWSKY,
C. R. F. ; SIMICH, T. (Org.). $JULFXOWRUIDPLOLDU: sujeito de um novo método
de pesquisa, o participativo. Pelotas: Embrapa, 2004.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 2


2015 *Amar75SAB3*
QUESTÃO 04 QUESTÃO 06

Em 1881, a Câmara dos Deputados aprovou uma A população negra teve que enfrentar sozinha o
UHIRUPD QD OHL HOHLWRUDO EUDVLOHLUD D ¿P GH LQWURGX]LU R GHVD¿R GD DVFHQVmR VRFLDO H IUHTXHQWHPHQWH SURFXURX
fazê-lo por rotas originais, como o esporte, a música e a
YRWRGLUHWR$JUDQGHQRYLGDGHSRUpP¿FRXSRUFRQWDGD
dança. Esporte, sobretudo o futebol, música, sobretudo o
exigência de que os eleitores soubessem ler e escrever.
samba, e dança, sobretudo o carnaval, foram os principais
$V FRQVHTXrQFLDV ORJR VH UHÀHWLUDP QDV HVWDWtVWLFDV canais de ascensão social dos negros até recentemente.
Em 1872, havia mais de 1 milhão de votantes, já em A libertação dos escravos não trouxe consigo a igualdade
1886, pouco mais de 100 mil cidadãos participaram das HIHWLYD(VVDLJXDOGDGHHUDD¿UPDGDQDVOHLVPDVQHJDGD
eleições parlamentares. Houve um corte de quase 90 por na prática. Ainda hoje, apesar das leis, aos privilégios e
cento do eleitorado. arrogâncias de poucos correspondem o desfavorecimento
e a humilhação de muitos.
CARVALHO, J. M. &LGDGDQLDQR%UDVLO: o longo caminho. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2006 (adaptado). CARVALHO, J. M. &LGDGDQLDQR%UDVLO: o longo caminho. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2006 (adaptado).

Nas últimas décadas do século XIX, o Império do Brasil Em relação ao argumento de que no Brasil existe uma
passou por transformações como as descritas, que democracia racial, o autor demonstra que
representaram a
A essa ideologia equipara a nação a outros países
A ascensão dos “homens bons”. modernos.
B restrição dos direitos políticos. B esse modelo de democracia foi possibilitado pela
miscigenação.
C superação dos currais eleitorais.
C essa peculiaridade nacional garantiu mobilidade
D D¿UPDomRGRHOHLWRUDGRPRQDUTXLVWD social aos negros.
E ampliação da representação popular. D HVVH PLWR FDPXÀRX IRUPDV GH H[FOXVmR HP UHODomR
aos afrodescendentes.
QUESTÃO 05 E essa dinâmica política depende da participação ativa
de todas as etnias.
Em 1943, Getúlio Vargas criou o Departamento de
Propaganda e Difusão Cultural junto ao Ministério da QUESTÃO 07
Justiça, esvaziando o Ministério da Educação não só da
'HFUHWROHLGHGHVHWHPEURGH
propaganda, mas também do rádio e do cinema. A decisão
tinha como objetivo colocar os meios de comunicação Art. 1º – O cidadão guarda-nacional que por si
apresentar outra pessoa para o serviço do Exército por
de massa a serviço direto do Poder Executivo, iniciativa
tempo de nove anos, com a idoneidade regulada pelas
que tinha inspiração direta no recém-criado Ministério da OHLVPLOLWDUHV¿FDUiLVHQWRQmRVyGRUHFUXWDPHQWRVHQmR
Propaganda alemão. também do serviço da Guarda Nacional. O substituído é
CAPELATO, M. H. 3URSDJDQGDSROtWLFDHFRQWUROHGRVPHLRVGHFRPXQLFDomR. responsável por o que o substituiu, no caso de deserção.
Rio de Janeiro: FGV, 1999. Arquivo Histórico do Exército. 2UGHPGRGLDGR([pUFLWR, n. 455, 1865 (adaptado).

No contexto citado, a transferência de funções entre No artigo, tem-se um dos mecanismos de formação dos
PLQLVWpULRVWHYHFRPR¿QDOLGDGHR D “Voluntários da Pátria”, encaminhados para lutar na Guerra
do Paraguai. Tal prática passou a ocorrer com muita
A desativação de um sistema tradicional de frequência no Brasil nesse período e indica o(a)
comunicação voltado para a educação.
A forma como o Exército brasileiro se tornou o mais
B controle do conteúdo da informação por meio de bem equipado da América do Sul.
uma orientação política e ideológica. B incentivo dos grandes proprietários à participação dos
C subordinação do Ministério da Educação ao VHXV¿OKRVQRFRQÀLWR
Ministério da Justiça e ao Poder Executivo. C solução adotada pelo país para aumentar o
FRQWLQJHQWHGHHVFUDYRVQRFRQÀLWR
D ampliação do raio de atuação das emissoras de rádio
D HQYLRGHHVFUDYRVSDUDRVFRQÀLWRVDUPDGRVYLVDQGR
como forma de difusão da cultura popular.
VXDTXDOL¿FDomRSDUDRWUDEDOKR
E demonstração de força política do Executivo diante E fato de que muitos escravos passaram a substituir
de ministérios herdados do governo anterior. seus proprietários em troca de liberdade.
CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 3
*Amar75SAB4* 2015

48(67­2

SANTIAGO. O interior. In: LEMOS, R. (Org.). 8PDKLVWyULDGR%UDVLODWUDYpVGDFDULFDWXUD: 1840-2001. Rio de Janeiro: Letras & Expressões, 2001 (adaptado).

O diálogo entre os personagens da charge evidencia, no Brasil, a(s)


A reinserção do país na economia globalizada.
B transformações políticas na vigência do Estado Novo.
C alterações em áreas estratégicas para o desenvolvimento do país.
D suspensão das eleições legislativas durante o período da Ditadura Militar.
E volta da democracia após um período sem eleições diretas para o Executivo Federal.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 4


2015 *Amar75SAB5*
48(67­2 QUESTÃO 11
Suponha homens numa morada subterrânea, em
forma de caverna, cuja entrada, aberta à luz, se estende
sobre todo o comprimento da fachada; eles estão lá
desde a infância, as pernas e o pescoço presos por
correntes, de tal sorte que não podem trocar de lugar e
só podem olhar para frente, pois os grilhões os impedem
de voltar a cabeça; a luz de uma fogueira acesa ao
longe, numa elevada do terreno, brilha por detrás deles;
entre a fogueira e os prisioneiros, há um caminho
ascendente; ao longo do caminho, imagine um pequeno
muro, semelhante aos tapumes que os manipuladores
de marionetes armam entre eles e o público e sobre os
quais exibem seus prestígios.
PLATÃO.$5HS~EOLFD. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2007.

Essa narrativa de Platão é uma importante manifestação


Disponível em: www.rededemocratica.org. Acesso em: 28 set. 2012. cultural do pensamento grego antigo, cuja ideia central,
GRSRQWRGHYLVWD¿ORVy¿FRHYLGHQFLDR D
Na imagem, encontram-se referências a um momento de
intensa agitação estudantil no país. Tal mobilização se A caráter antropológico, descrevendo as origens do
homem primitivo.
explica pela
B sistema penal da época, criticando o sistema
A divulgação de denúncias de corrupção envolvendo o carcerário da sociedade ateniense.
presidente da República. C vida cultural e artística, expressa por dramaturgos
trágicos e cômicos gregos.
B criminalização dos movimentos sociais realizada pelo
D sistema político elitista, provindo do surgimento da
Governo Federal.
pólis e da democracia ateniense.
C adoção do arrocho salarial implementada pelo E teoria do conhecimento, expondo a passagem do
Ministério da Fazenda. mundo ilusório para o mundo das ideias.
D compra de apoio político promovida pelo Poder QUESTÃO 12
Executivo.
Se os nossos adversários, que admitem a existência
E violência da repressão estatal atribuída às Forças
de uma natureza não criada por Deus, o Sumo Bem,
Armadas. quisessem admitir que essas considerações estão certas,
deixariam de proferir tantas blasfêmias, como a de atribuir
QUESTÃO 10 a Deus tanto a autoria dos bens quanto dos males. Pois
sendo Ele fonte suprema da Bondade, nunca poderia ter
O reconhecimento da união homoafetiva levou o
criado aquilo que é contrário à sua natureza.
debate à esfera pública, dividindo opiniões. Apesar da
AGOSTINHO. $QDWXUH]DGR%HP. Rio de Janeiro: Sétimo Selo, 2005 (adaptado).
grande repercussão gerada pela mídia, a população ainda
QmR VH ID] VX¿FLHQWHPHQWH HVFODUHFLGD FRQIXQGLQGR Para Agostinho, não se deve atribuir a Deus a origem do
o conceito de união estável com casamento. Apesar mal porque
de ter sido legitimado pelo Supremo Tribunal Federal A o surgimento do mal é anterior à existência de Deus.
(STF), o reconhecimento da união homoafetiva é fruto do B o mal, enquanto princípio ontológico, independe de
protagonismo dos movimentos sociais como um todo. Deus.
ARÊDES, N.; SOUZA, I.; FERREIRA, E. Disponível em: http://reporterpontocom.wordpress.com. C Deus apenas transforma a matéria, que é, por
Acesso em: 1 mar. 2012 (adaptado).
natureza, má.
As decisões em favor das minorias, tomadas pelo Poder D por ser bom, Deus não pode criar o que lhe é oposto,
Judiciário, foram possíveis pela organização desses o mal.
grupos. Ainda que não sejam assimiladas por toda a E Deus se limita a administrar a dialética existente entre
população, essas mudanças o bem e o mal.
A contribuem para a manutenção da ordem social.
B reconhecem a legitimidade desses pleitos.
C dependem da iniciativa do Poder Legislativo Federal.
D resultam na celebração de um consenso político.
E excedem o princípio da isonomia jurídica.
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*Amar75SAB6* 2015

QUESTÃO 13 A mudança aSUHVHQWDGD QD WDEHOD p UHÀH[R GD /HL


Em 1960, os 20% mais ricos da população mundial Eusébio de Queiróz que, em 1850,
dispunham de um capital trinta vezes mais elevado do A aboliu a escravidão no território brasileiro.
que o dos 20% mais pobres, o que já era escandaloso.
Mas, ao invés de melhorar, a situação ainda se agravou. B GH¿QLXRWUi¿FRGHHVFUDYRVFRPRSLUDWDULD
Hoje, o capital dos ricos em relação ao dos pobres é, não C elevou as taxas para importação de escravos.
mais trinta, mas oitenta e duas vezes mais elevado.
D libertou os escravos com mais de 60 anos.
RAMONET, I. *XHUUDVGRVpFXOR;;,: novos temores e novas ameaças.
Petrópolis: Vozes, 2003 (adaptado). E garantiu o direito de alforria aos escravos.
Que característica socioeconômica está expressa no
texto? QUESTÃO 16
A ([SDQVmRGHPRJUi¿FD O acúmulo gradual de sais nas camadas superiores
B Homogeneidade social. do solo, um processo chamado salinização, retarda o
C Concentração de renda. crescimento das safras, diminui a produção das culturas
e, consequentemente, mata as plantas e arruína o solo.
D Desemprego conjuntural.
A salinização mais grave ocorre na Ásia, em especial na
E Desenvolvimento econômico. China, na Índia e no Paquistão.
QUESTÃO 14 MILLER, G. &LrQFLDDPELHQWDO. São Paulo: Thomson, 2007.

Mediante o Código de Posturas de 1932, o poder O fenômeno descrito no texto representa um grande
público enumera e prevê, para os habitantes de Fortaleza, impacto ambiental em áreas agrícolas e tem como causa
uma série de proibições condicionadas pela hora: após
direta o(a)
as 22 horas era vetada a emissão de sons em volume
acentuado. O uso de buzinas, sirenes, vitrolas, motores A rotação de cultivos.
ou qualquer objeto que produzisse barulho seria punido
com multa. No início dos anos 1940 o último bonde partia B associação de culturas.
da Praça do Ferreira às 23 horas. C plantio em curvas de nível.
SILVA FILHO, A. L. M. )RUWDOH]D: imagens da cidade. Fortaleza: D manipulação genética das plantas.
Museu do Ceará; Secult, 2001 (adaptado).
E instalação de sistemas de irrigação.
Como Fortaleza, muitas capitais brasileiras
experimentaram, na primeira metade do século XX, um QUESTÃO 17
novo tipo de vida urbana, marcado por condutas que
evidenciam uma
A experiência temporal regida pelo tempo orgânico e 138
pessoal. 140

B H[SHULrQFLD TXH ÀH[LELOL]DYD D REHGLrQFLD DR WHPSR 120 111


do relógio.
Milhões de habitantes

100
C relação de códigos que estimulavam o trânsito de 80,4
pessoas na cidade. 80

D normatização do tempo com vistas à disciplina dos 60 52,1


corpos na cidade. 38,8 41,1 38,6
35,8
33,2 31,3 31,8
E cultura urbana capaz de conviver com diferentes 40 28,3
18,8
experiências temporais. 20
12,9

QUESTÃO 15 0
1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000

(VWLPDWLYDGRQ~PHURGHHVFUDYRVDIULFDQRV Urbana Rural

GHVHPEDUFDGRVQR%UDVLOHQWUHRV IBGE. 7HQGrQFLDVGHPRJUi¿FDV: uma análise da sinopse preliminar


DQRVGHD GRFHQVRGHPRJUi¿FR5LRGH-DQHLUR,%*(

2 SURFHVVR LQGLFDGR QR JUi¿FR GHPRQVWUD XP DXPHQWR


1~PHURGHHVFUDYRVDIULFDQRV VLJQL¿FDWLYRGDSRSXODomRXUEDQDHPUHODomRjSRSXODomR
$QR
GHVHPEDUFDGRVQR%UDVLO rural no Brasil. Esse fenômeno pode ser explicado pela
1846 64 262 A atração de mão de obra pelo setor produtivo
1847 75 893 concentrado nas áreas urbanas.
1848 76 338 B manutenção da instabilidade climática nas áreas
1849 70 827 rurais.
C concentração da oferta de ensino nas áreas urbanas.
1850 37 672
D inclusão da população das áreas urbanas em
1851 7 058 programas assistenciais.
1852 1 234 E redução dos subsídios para os setores da economia
Disponível em: www.slavevoyages.org. Acesso em: 24 fev. 2012 (adaptado). localizados nas áreas rurais.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 6


2015 *Amar75SAB7*
48(67­2

Os nossos ancestrais dedicavam-se à caça, à pesca e à coleta de frutas e vegetais, garantindo sua subsistência,
porque ainda não conheciam as práticas de agricultura e pecuária. Uma vez esgotados os alimentos, viam-se
obrigados a transferir o acampamento para outro lugar.
HALL, P. P. *HVWmRDPELHQWDO. São Paulo: Pearson, 2011 (adaptado).

O texto refere-se ao movimento migratório denominado


A sedentarismo.
B transumância.
C êxodo rural.
D nomadismo.
E pendularismo.

48(67­2

48(,52=),/+2$3%,$6,07pFQLFDVGHFDUWRJUD¿D,Q9(1785,/$% 2UJ *HRJUD¿D: práticas de campo, laboratório e sala de aula. São Paulo: Sarandi, 2011 (adaptado).

$V¿JXUDVUHSUHVHQWDPDGLVWkQFLDUHDO D) entre duas residências e a distância proporcional (d) em uma representanção


FDUWRJUi¿FDDVTXDLVSHUPLWHPHVWDEHOHFHUUHODo}HVHVSDFLDLVHQWUHRPDSDHRWHUUHQR3DUDDLOXVWUDomRDSUHVHQWDGD
a escala numérica correta é

A 1/50.
B 1/5 000.
C 1/50 000.
D 1/80 000.
E 1/80 000 000.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 7


*Amar75SAB8* 2015

QUESTÃO 20 QUESTÃO 22

Dubai é uma cidade-estado planejada para estarrecer Na sociedade democrática, as opiniões de cada
um não são fortalezas ou castelos para que neles nos
os visitantes. São tamanhos e formatos grandiosos, em
encerremos como forma de autoafirmação pessoal.
hotéis e centros comerciais reluzentes, numa colagem de Não só temos de ser capazes de exercer a razão
estilos e atrações que parece testar diariamente os limites em nossas argumentações, como também devemos
da arquitetura voltada para o lazer. O maior shopping do desenvolver a capacidade de ser convencidos pelas
tórrido Oriente Médio abriga uma pista de esqui, a orla do melhores razões. A partir dessa perspectiva, a verdade
buscada é sempre um resultado, não ponto de partida:
*ROIR3pUVLFRJDQKDPLOLRQiULDVLOKDVDUWL¿FLDLVRFHQWUR e essa busca inclui a conversação entre iguais, a
¿QDQFHLURDQXQFLDSDUDEUHYHDWRUUHPDLVDOWDGRPXQGR polêmica, o debate, a controvérsia.
(a Burj Dubai) e tem ainda o projeto de um campo de
SAVATER, F. $VSHUJXQWDVGDYLGD. São Paulo: Martins Fontes, 2001 (adaptado).
golfe coberto! Coberto e refrigerado, para usar com sol e
A ideia de democracia presente no texto, baseada na
chuva, inverno e verão.
concepção de Habermas acerca do discurso, defende
Disponível em: http://viagem.uol.com.br. Acesso em: 30 jul. 2012 (adaptado). que a verdade é um(a)
No texto, são descritas algumas características da A alvo objetivo alcançável por cada pessoa, como
agente racional autônomo.
paisagem de uma cidade do Oriente Médio. Essas
características descritas são resultado do(a) B critério acima dos homens, de acordo com o qual
podemos julgar quais opiniões são as melhores.
A criação de territórios políticos estratégicos. C construção da atividade racional de comunicação
B preocupação ambiental pautada em decisões entre os indivíduos, cujo resultado é um consenso.
governamentais. D produto da razão, que todo indivíduo traz latente
GHVGHRQDVFLPHQWRPDVTXHVyVH¿UPDQRSURFHVVR
C utilização de tecnologia para transformação do educativo.
espaço. E resultado que se encontra mais desenvolvido nos
D demanda advinda da extração local de espíritos elevados, a quem cabe a tarefa de convencer
os outros.
combustíveis fósseis.
E emprego de recursos públicos na redução de QUESTÃO 23
desigualdades sociais.
&RORQL]DU D¿UPDYD HP  XP HPLQHQWH MXULVWD
QUESTÃO 21 “é relacionar-se com os países novos para tirar benefícios
dos recursos de qualquer natureza desses países,
Sabe-se o que era a mata do Nordeste, antes da
aproveitá-los no interesse nacional, e ao mesmo tempo
monocultura da cana: um arvoredo tanto e tamanho e tão levar às populações primitivas as vantagens da cultura
basto e de tantas prumagens que não podia homem dar LQWHOHFWXDO VRFLDO FLHQWt¿FD PRUDO DUWtVWLFD OLWHUiULD
conta. O canavial desvirginou todo esse mato grosso do comercial e industrial, apanágio das raças superiores.
modo mais cru: pela queimada. A fogo é que foram se A colonização é, pois, um estabelecimento fundado em
abrindo no mato virgem os claros por onde se estendeu país novo por uma raça de civilização avançada, para
o canavial civilizador, mas ao mesmo tempo devastador. UHDOL]DURGXSOR¿P que acabamos de indicar”.
FREYRE, G. 1RUGHVWH. São Paulo: Global, 2004 (adaptado). MÉRIGNHAC. Précis de législation et d´économie coloniales. Apud LINHARES, M. Y.
$OXWDFRQWUDD0HWUySROH (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense, 1981.
Analisando os desdobramentos da atividade canavieira
$GH¿QLomRGHFRORQL]Domo apresentada no texto tinha a
sobre o meio físico, o autor salienta um paradoxo, função ideológica de
caracterizado pelo(a)
A dissimular a prática da exploração mediante a ideia
A demanda de trabalho, que favorecia a escravidão. de civilização.
B modelo civilizatório, que acarretou danos ambientais. B compensar o saque das riquezas mediante a
educação formal dos colonos.
C rudimento das técnicas produtivas, que eram
LQH¿FLHQWHV C formar uma identidade colonial mediante a
recuperação de sua ancestralidade.
D natureza da atividade econômica, que concentrou D reparar o atraso da Colônia mediante a incorporação
riqueza. dos hábitos da Metrópole.
E predomínio da monocultura, que era voltada para E promover a elevação cultural da Colônia mediante a
exportação. incorporação de tradições metropolitanas.
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2015 *Amar75SAB9*
QUESTÃO 24 QUESTÃO 26

TEXTO I Após ter examinado cuidadosamente todas as


Não é possível passar das trevas da ignorância para a FRLVDV FXPSUH HQ¿P FRQFOXLU H WHU SRU FRQVWDQWH TXH
esta proposição, eu sou, eu existo, é necessariamente
luz da ciência a não ser lendo, com um amor sempre mais
verdadeira todas as vezes que a enuncio ou que a
vivo, as obras dos Antigos. Ladrem os cães, grunhem os
concebo em meu espírito.
porcos! Nem por isso deixarei de ser um seguidor dos
DESCARTES, R. Meditações. 3HQVDGRUHV. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
Antigos. Para eles irão todos os meus cuidados e, todos
os dias, a aurora me encontrará entregue ao seu estudo. A proposição “eu sou, eu existo” corresponde a um dos
BLOIS, P. Apud PEDRERO SÁNCHEZ, M. G. +LVWyULDGD,GDGH0pGLD:
PRPHQWRV PDLV LPSRUWDQWHV QD UXSWXUD GD ¿ORVR¿D GR
texto e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000. VpFXOR;9,,FRPRVSDGU}HVGDUHÀH[mRPHGLHYDOSRU
TEXTO II A estabelecer o ceticismo como opção legítima.
A nossa geração tem arraigado o defeito de recusar B utilizar silogismos linguísticos como prova ontológica.
admitir tudo o que parece vir dos modernos. Por isso, C inaugurar a posição teórica conhecida como
quando descubro uma ideia pessoal e quero torná-la empirismo.
pública, atribuo-a a outrem e declaro: — Foi fulano de tal D estabelecer um princípio indubitável para o
que o disse, não sou eu. E para que acreditem totalmente conhecimento.
nas minhas opiniões, digo: — O inventor foi fulano de tal, E TXHVWLRQDU D UHODomR HQWUH D ¿ORVR¿D H R WHPD GD
não sou eu. existência de Deus.
BATH, A. Apud PEDRERO SÁNCHEZ, M. G. +LVWyULDGD,GDGH0pGLD: texto e testemunhas.
São Paulo: Unesp, 2000. QUESTÃO 27
Nos textos são apresentados pontos de vista distintos O impulso para o ganho, a perseguição do lucro, do
sobre as mudanças culturais ocorridas no século XII no
dinheiro, da maior quantidade possível de dinheiro não
Ocidente. Comparando os textos, os autores discutem tem, em si mesma, nada que ver com o capitalismo.
o(a) Tal impulso existe e sempre existiu. Pode-se dizer que
A produção do conhecimento face à manutenção dos tem sido comum a toda sorte e condição humanas em
argumentos de autoridade da Igreja. todos os tempos e em todos os países, sempre que se
B caráter dinâmico do pensamento laico frente à tenha apresentada a possibilidade objetiva para tanto.
estagnação dos estudos religiosos. O capitalismo, porém, identifica-se com a busca do
C VXUJLPHQWRGRSHQVDPHQWRFLHQWt¿FRHPRSRVLomRj lucro, do lucro sempre renovado por meio da empresa
tradição teológica cristã. permanente, capitalista e racional. Pois assim deve
D desenvolvimento do racionalismo crítico ao opor fé ser: numa ordem completamente capitalista da
e razão. sociedade, uma empresa individual que não tirasse
vantagem das oportunidades de obter lucros estaria
E FRQVWUXomRGHXPVDEHUWHROyJLFRFLHQWt¿FR
condenada à extinção.
QUESTÃO 25 WEBER, M. $pWLFDSURWHVWDQWHHRHVStULWRGRFDSLWDOLVPR.
São Paulo: Martin Claret, 2001 (adaptado).

1mRDFKRTXHVHMDSRVVtYHOLGHQWL¿FDUDJOREDOL]DomR O capitalismo moderno, segundo Max Weber, apresenta


apenas com a criação de uma economia global, embora como característica fundamental a
este seja seu ponto focal e sua característica mais óbvia.
Precisamos olhar além da economia. Antes de tudo, A competitividade decorrente da acumulação de capital.
a globalização depende da eliminação de obstáculos B LPSOHPHQWDomRGDÀH[LELOLGDGHSURGXWLYDHFRPHUFLDO
técnicos, não de obstáculos econômicos. Isso tornou C ação calculada e planejada para obter rentabilidade.
possível organizar a produção, e não apenas o comércio,
D socialização das condições de produção.
em escala internacional.
HOBSBAWM, E. 2QRYRVpFXOR: entrevista a Antonio Polito.
E mercantilização da força de trabalho.
São Paulo: Cia. das Letras, 2000 (adaptado).

Um fator essencial para a organização da produção, na


conjuntura destacada no texto, é a
A criação de uniões aduaneiras.
B difusão de padrões culturais.
C melhoria na infraestrutura de transportes.
D supressão das barreiras para comercialização.
E organização de regras nas relações internacionais.
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*Amar75SAB10* 2015

48(67­2 A aproximação entre a letra da canção e a crítica de


Adorno indica o(a)
2¿OyVRIR$XJXVWH&RPWH  SUHHQFKHVXD
doutrina com uma imagem do progresso social na qual se A lado efêmero e restritivo da indústria cultural.
conjugam ciência e política: a ação política deve assumir B baixa renovação da indústria de entretenimento.
R DVSHFWR GH XPD DomR FLHQWt¿FD H D SROtWLFD GHYH VHU C LQÀXrQFLDGDP~VLFDDPHULFDQDQDFXOWXUDEUDVLOHLUD
HVWXGDGDGHPDQHLUDFLHQWt¿FD DItVLFDVRFLDO 'HVGHTXH D fusão entre elementos da indústria cultural e da
a Revolução Francesa favoreceu a integração do povo na cultura popular.
vida social, o positivismo obstina-se no programa de uma
E declínio da forma musical em prol de outros meios de
FRPXQLGDGH SDFt¿FD ( R (VWDGR LQVWLWXLomR GR ³UHLQR entretenimento.
absoluto da lei”, é a garantia da ordem que impede o
retorno potencial das revoluções e engendra o progresso. QUESTÃO 30
RUBY, C. ,QWURGXomRj¿ORVR¿DSROtWLFD. São Paulo: Unesp, 1998 (adaptado).
A pura lealdade na amizade, embora até o presente
A característica do Estado positivo que lhe permite não tenha existido nenhum amigo leal, é imposta a todo
garantir não só a ordem, como também o desejado homem, essencialmente, pelo fato de tal dever estar
progresso das nações, é ser implicado como dever em geral, anteriormente a toda
experiência, na ideia de uma razão que determina a
A espaço coletivo, onde as carências e desejos da vontade segundo princípios a priori.
população se realizam por meio das leis.
KANT, I. )XQGDPHQWDomRGDPHWDItVLFDGRVFRVWXPHV. São Paulo: Barcarolla, 2009.
B SURGXWR FLHQWt¿FR GD ItVLFD VRFLDO WUDQVFHQGHQGR H
transformando as exigências da realidade. A passagem citada expõe um pensamento
caracterizado pela
C HOHPHQWR XQL¿FDGRU RUJDQL]DQGR H UHSULPLQGR VH
necessário, as ações dos membros da comunidade. A H¿FiFLDSUiWLFDGDUD]mRHPStULFD
D programa necessário, tal como a Revolução B transvaloração dos valores judaico-cristãos.
Francesa, devendo portanto se manter aberto a C recusa em fundamentar a moral pela experiência.
novas insurreições. D comparação da ética a uma ciência de rigor
E agente repressor, tendo um papel importante a cada matemático.
revolução, por impor pelo menos um curto período de E importância dos valores democráticos nas relações
ordem. de amizade.
48(67­2 QUESTÃO 31
TEXTO I A conquista pelos ingleses de grandes áreas da Índia
A melhor banda de todos os tempos da última semana deu o impulso inicial à produção e venda organizada
O melhor disco brasileiro de música americana de ópio. A Companhia das Índias Orientais obteve o
monopólio da compra do ópio indiano e depois vendeu
O melhor disco dos últimos anos de sucessos do
licenças para mercadores selecionados, conhecidos como
passado “mercadores nativos”. Depois de vender ópio na China,
O maior sucesso de todos os tempos entre os dez esses mercadores depositavam a prata que recebiam
maiores fracassos por ele com agentes da companhia em Cantão, em troca
Não importa contradição de cartas de crédito; a companhia, por sua vez, usava a
O que importa é televisão prata para comprar chá, porcelana e outros artigos que
seriam vendidos na Inglaterra.
Dizem que não há nada que você não se acostume
SPENCE, J. (PEXVFDGD&KLQDPRGHUQD. São Paulo: Cia. das Letras, 1996 (adaptado).
Cala a boca e aumenta o volume então.
MELLO, B.; BRITTO, S. $PHOKRUEDQGDGHWRGRVRVWHPSRVGD~OWLPDVHPDQD. A análise das trocas comerciais citadas permite
São Paulo: Abril Music, 2001 (fragmento). interpretar as relações de poder que foram estabelecidas.
A partir desse pressuposto, o processo sócio-histórico
TEXTO II
LGHQWL¿FDGRQRWH[WRp
2IHWLFKLVPRQDP~VLFDHDUHJUHVVmRGDDXGLomR A a expansão político-econômica de países do Oriente,
Aldous Huxley levantou em um de seus ensaios a iniciada nas últimas décadas do século XX.
seguinte pergunta: quem ainda se diverte realmente hoje B a consolidação do cenário político entreguerras, na
num lugar de diversão? Com o mesmo direito poder-se-ia primeira metade do século XX.
perguntar: para quem a música de entretenimento serve C o colonialismo europeu, que marcou a expansão
ainda como entretenimento? Ao invés de entreter, parece europeia no século XV.
que tal música contribui ainda mais para o emudecimento D o imperialismo, cujo ápice ocorreu na segunda
dos homens, para a morte da linguagem como expressão, metade do século XIX.
para a incapacidade de comunicação. E as libertações nacionais, ocorridas na segunda
ADORNO, T. 7H[WRVHVFROKLGRV. São Paulo: Nova Cultural, 1999. metade do século XX.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 10


2015 *Amar75SAB11*
QUESTÃO 32 QUESTÃO 33
É simplesmente espantoso que esses núcleos tão
desiguais e tão diferentes se tenham mantido aglutinados
numa só nação. Durante o período colonial, cada um
deles teve relação direta com a metrópole. Ocorreu o
H[WUDRUGLQiULR ¿]HPRV XP SRYRQDomR HQJOREDQGR
todas aquelas províncias ecológicas numa só entidade
cívica e política.
RIBEIRO, D. 2SRYREUDVLOHLUR: formação e sentido do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1988.

Após a conquista da autonomia, a questão primordial


do Brasil residia em como garantir sua unidade
político-territorial diante das características e práticas
herdadas da colonização. Relacionando o projeto
de independência à construção do Estado nacional
brasileiro, a sua particularidade decorreu da
A ordenação de um pacto que reconheceu os direitos
DUARTE, P. A. )XQGDPHQWRVGHFDUWRJUD¿D. Florianópolis: UFSC, 2002.
políticos aos homens, independentemente de cor,
$V GLIHUHQWHV UHSUHVHQWDo}HV FDUWRJUi¿FDV WUD]HP sexo ou religião.
consigo as ideologias de uma época. A representação
destacada se insere no contexto das Cruzadas por B estruturação de uma sociedade que adotou
os privilégios de nascimento como critério de
A UHYHODU DVSHFWRV GD HVWUXWXUD GHPRJUi¿FD GH XP hierarquização social.
povo.
C realização de acordos entre as elites regionais, que
B sinalizar a disseminação global de mitos e preceitos evitou confrontos armados contrários ao projeto
políticos. luso-brasileiro.
C utilizar técnicas para demonstrar a centralidade de D concessão da autonomia política regional, que
algumas regiões.
atendeu aos interesses socioeconômicos dos
D mostrar o território para melhor administração dos grandes proprietários.
recursos naturais.
E D¿UPDomR GH XP UHJLPH FRQVWLWXFLRQDO PRQiUTXLFR
E UHÀHWLUDGLQkPLFDVRFLRFXOWXUDODVVRFLDGDjYLVmRGH que garantiu a ordem associada à permanência da
mundo eurocêntrica. escravidão.

QUESTÃO 34

NANI. Disponível em: www.nanihumor.com. Acesso em: 7 ago. 2012.

$V QRYDV WHFQRORJLDV IRUDP PDVVL¿FDGDV DOFDQoDQGR


e impactando de diferentes formas os lugares. A ironia
proposta pela charge indica que o acesso à tecnologia está
A vinculado a mudanças na paisagem.
B garantido de forma equitativa aos cidadãos.
C priorizado para resolver as desigualdades.
D relacionado a uma ação redentora na vida social.
E dissociado de revoluções na realidade socioespacial.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 11


*Amar75SAB12* 2015

QUESTÃO 35 QUESTÃO 37

Se vamos ter mais tempo de lazer no futuro A humanidade conhece, atualmente, um fenômeno
espacial novo: pela primeira vez na história humana, a
automatizado, o problema não é como as pessoas vão
população urbana ultrapassa a rural no mundo. Todavia,
consumir essas unidades adicionais de tempo de lazer, a urbanização é diferenciada entre os continentes.
mas que capacidade para a experiência terão as pessoas DURAND, M. F. et al. $WODVGDPXQGLDOL]DomR: compreender o espaço mundial
contemporâneo. São Paulo: Saraiva, 2009.
com esse tempo livre. Mas se a notação útil do emprego
do tempo se torna menos compulsiva, as pessoas talvez No texto, faz-se referência a um processo espacial de
tenham de reaprender algumas das artes de viver que escala mundial. Um indicador das diferenças continentais
desse processo espacial está presente em:
foram perdidas na Revolução Industrial: como preencher
os interstícios de seu dia com relações sociais e pessoais; A Orientação política de governos locais.
como derrubar mais uma vez as barreiras entre o trabalho B Composição religiosa de povos originais.
e a vida. C Tamanho desigual dos espaços ocupados.
THOMPSON, E. P. &RVWXPHVHPFRPXP: estudos sobre a cultura popular tradicional.
D Distribuição etária dos habitantes do território.
São Paulo: Cia. das Letras, 1998 (adaptado). E Grau de modernização de atividades econômicas.
A partir da reÀH[mRGRKLVWRULDGRUXPDUJXPHQWRFRQWUiULR
à transformação promovida pela Revolução Industrial na
relação dos homens com o uso do tempo livre é o(a)
A LQWHQVL¿FDomRGDEXVFDGROXFURHFRQ{PLFR
B ÀH[LELOL]DomRGRVSHUtRGRVGHIpULDVWUDEDOKLVWDV
C esquecimento das formas de sociabilidade
tradicionais.
D aumento das oportunidades de confraternização
familiar.
E multiplicação das possibilidades de entretenimento
virtual.

QUESTÃO 36

A razão principal que leva o capitalismo como sistema


a ser tão terrivelmente destrutivo da biosfera é que, na
maioria dos casos, os produtores que lucram com a
destruição não a registram como um custo de produção,
mas sim, precisamente ao contrário, como uma redução
no custo. Por exemplo, se um produtor joga lixo em um rio,
poluindo suas águas, esse produtor considera que está
economizando o custo de outros métodos mais seguros,
porém mais caros de dispor do lixo.
WALLERSTEIN, I. 8WRStVWLFDRXDVGHFLV}HVKLVWyULFDVGRVpFXORYLQWHHXP.
Petrópolis: Vozes, 2003.

A pressão dos movimentos socioambientais, na tentativa


de reverter a lógica descrita no texto, aponta para a
A emergência de um sistema econômico global que
secundariza os lucros.
B redução dos custos de tratamento de resíduos pela
LVHQomR¿VFDOGDVHPSUHVDV
C ÀH[LELOL]DomRGRWUDEDOKRFRPRHVWUDWpJLDSRVLWLYDGH
corte de custos empresariais.
D incorporação de um sistema normativo ambiental no
processo de produção industrial.
E minimização do papel do Estado em detrimento das
organizações não governamentais.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 12


2015 *Amar75SAB13*
48(67­2

Consumo de energia elétrica


per capita 2007 (tep)
0,0 a 1,5
1,5 a 3,0
3,0 a 4,5
4,5 a 6,0
>6,0

BRASIL. $WODVGDHQHUJLDHOpWULFDGR%UDVLO. Brasília: Agência Nacional de Energia Elétrica, 2008 (adaptado).

A distribuição do consumo de energia elétrica per capitaYHUL¿FDGDQRFDUWRJUDPDpUHVXOWDGRGD


A extensão territorial dos Estados-nação.
B GLYHUVL¿FDomRGDPDWUL]HQHUJpWLFDORFDO
C capacidade de integração política regional.
D proximidade com áreas de produção de petróleo.
E instalação de infraestrutura para atender à demanda.

48(67­2
2tFRQHGRVFRQÀLWRVTXHDVVRODPDUHJLmRGDEDFLDGR;LQJXQDDWXDOLGDGHpRSURMHWRGDKLGUHOpWULFDGH%HOR
Monte. Prevista para ser implantada no Médio Xingu, tem a capacidade de gerar, segundo os estudos da Eletronorte,
PLOPHJDZDWWVGHHQHUJLDRTXHIDULDGHODDVHJXQGDPDLRUKLGUHOpWULFDGR%UDVLO(QWUHDGHVLYRVTXHUHÀHWHPR
teor polêmico do projeto — “Eu quero Belo Monte” e “Fora Belo Monte” —, os moradores de Altamira, cidade polo da
região onde a usina deverá ser construída, se dividem.
MARTINHO, N. O coração do Brasil. +RUL]RQWH*HRJUi¿FR, n. 129, jun. 2010 (adaptado).

Na polêmica apresentada, de acordo com a perspectiva dos trabalhadores da região, um argumento favorável e outro
contrário à implementação do projeto estão, respectivamente, na
A urbanização da periferia e valorização dos imóveis rurais.
B UHFXSHUDomRGDDXWRHVWLPDHFULDomRGHHPSUHJRVTXDOL¿FDGRV
C expansão de lavouras e crescimento do assalariamento agrícola.
D captação de investimentos e expropriação dos posseiros pobres.
E adoção do preservacionismo e estabelecimento de reservas permanentes.

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*Amar75SAB14* 2015

QUESTÃO 40 QUESTÃO 41

As autoridades de Kiribati, arquipélago do Oceano (QHUJLDGH1RURQKDYLUiGDIRUoDGDViJXDV


3DFt¿FRIRUPDGRSRUDWyLVHXPDLOKDGHFRUDOHVWmR
A energia de Fernando de Noronha virá do mar, do
conscientizando sua população para que aceitem que,
ar, do sol e até do lixo produzido por seus moradores e
nas próximas décadas, terão de fugir do país. A estimativa
visitantes. É o que promete o projeto de substituição da
é que, em um período de 50 anos, as ilhas podem
matriz energética da ilha, que prevê a troca dos geradores
desaparecer. O governo convocou os líderes de todas atuais, que consomem 310 mil litros de diesel por mês.
as ilhas para convencê-los da importância de mudar a GUIBU, F. )ROKDGH63DXOR, 19 ago. 2012 (adaptado).
mentalidade das pessoas, com pleno conhecimento que
é uma questão muito sensível porque ameaça a própria No texto, está apresentada a nova matriz energética do
Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha.
identidade de um país. Kiribati já antecipou convênios
A escolha por essa nova matriz prioriza o(a)
com Austrália e Nova Zelândia para enviar seus cidadãos
aos países vizinhos, algo que muitos dos moradores do A expansão da oferta de energia, para aumento da
arquipélago não aceitam. atividade turística.
Disponível em: http://noticias.terra.com.br. Acesso em: 28 jul. 2012. B uso de fontes limpas, para manutenção das condições
ecológicas da região.
No texto, faz-se referência a um problema que se tornou
C barateamento dos custos energéticos, para estímulo
um tema recorrente na agenda global. Nesse sentido,
da ocupação permanente.
a preocupação apresentada pela população de Kiribati
fundamenta-se na previsão de D desenvolvimento de unidades complementares, para
solução da carência energética local.
A submersão de terras habitadas, decorrente da
E diminuição dos gastos operacionais de transporte,
elevação do nível do mar. para superação da distância do continente.
B ocorrência de tsunamis, derivada de mudanças no
eixo de rotação do planeta. QUESTÃO 42

C erupções vulcânicas frequentes, visto que estão Falava-se, antes, de autonomia da produção para
assentados sobre o Círculo do Fogo. VLJQL¿FDUTXHXPDHPSUHVDDRDVVHJXUDUXPDSURGXomR
D terremotos com magnitude extrema, devido à buscava também manipular a opinião pela via da
publicidade. Nesse caso, o fato gerador do consumo seria
proximidade de bordas de placas tectônicas.
a produção. Mas, atualmente, as empresas hegemônicas
E furacões de grande intensidade, em função de produzem o consumidor antes mesmo de produzirem
UHGXomRGDWHPSHUDWXUDPpGLDGR2FHDQR3DFt¿FR os produtos. Um dado essencial do entendimento do
consumo é que a produção do consumidor, hoje, precede
a produção dos bens e dos serviços.
SANTOS, M. 3RUXPDRXWUDJOREDOL]DomR: do pensamento único à consciência universal.
Rio de Janeiro: Record, 2000 (adaptado).

O tipo de relação entre produção e consumo discutido no


texto pressupõe o(a)
A aumento do poder aquisitivo.
B estímulo à livre concorrência.
C criação de novas necessidades.
D formação de grandes estoques.
E implantação de linhas de montagem.

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2015 *Amar75SAB15*
QUESTÃO 43 QUESTÃO 44

&RQ¿GrQFLDGRLWDELUDQR
De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço:
esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil;
este São Benedito do velho santeiro Alfredo Durval;
este couro de anta, estendido no sofá de visitas;
este orgulho, esta cabeça baixa.

Tive ouro, tive gado, tive fazendas.


Hoje sou funcionário público.
,WDELUDpDSHQDVXPDIRWRJUD¿DQDSDUHGH
Mas como dói.
ANDRADE, C. D. 6HQWLPHQWRGRPXQGR. São Paulo: Cia. das Letras, 2012 (fragmento).

O poeta pensa a região como lugar, pleno de afetos.


A longa história da ocupação de Minas Gerais, iniciada
com a mineração, deixou marcas que se atualizam em
Itabira, pequena cidade onde nasceu o poeta. Nesse
sentido, a evocação poética indica o(a)
A pujança da natureza resistindo à ação humana.
B sentido de continuidade do progresso.
C cidade como imagem positiva da identidade mineira.
*,/0$5'LVSRQtYHOHPZZZGH¿FLHQWH¿VLFRFRP$FHVVRHPGH]
D percepção da cidade como paisagem da memória.
E valorização do processo de ocupação da região.
2 FDUWXP HYLGHQFLD XP GHVD¿R TXH R WHPD GD LQFOXVmR
social impõe às democracias contemporâneas. Esse QUESTÃO 45
GHVD¿RH[LJHDFRPELQDomRHQWUH
A utilidade do escravo é semelhante à do animal.
A SDUWLFLSDomR SROtWLFD H IRUPDomR SUR¿VVLRQDO Ambos prestam serviços corporais para atender às
diferenciada. necessidades da vida. A natureza faz o corpo do escravo
B exercício da cidadania e políticas de transferência de e do homem livre de forma diferente. O escravo tem
renda. corpo forte, adaptado naturalmente ao trabalho servil. Já
C modernização das leis e ampliação do mercado de o homem livre tem corpo ereto, inadequado ao trabalho
trabalho. braçal, porém apto à vida do cidadão.
D universalização de direitos e reconhecimento das ARISTÓTELES. 3ROtWLFD. Brasília: UnB, 1985.

diferenças. O trabalho braçal é considerado, na filosofia


E FUHVFLPHQWRHFRQ{PLFRHÀH[LELOL]DomRGRVSURFHVVRV aristotélica, como
seletivos.
A indicador da imagem do homem no estado de
natureza.
B condição necessária para a realização da virtude
humana.
C atividade que exige força física e uso limitado da
racionalidade.
D referencial que o homem deve seguir para viver uma
vida ativa.
E mecanismo de aperfeiçoamento do trabalho por
meio da experiência.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 15


2ª APLICAÇÃO
Gabarito 2015
1° DIA – CADERNO 2 – AMARELO

CIÊNCIAS HUMANAS CIÊNCIAS DA NATUREZA


E SUAS TECNOLOGIAS E SUAS TECNOLOGIAS

QUESTÃO GABARITO QUESTÃO GABARITO


1 E 46 C
2 D 47 D
3 A 48 C
4 B 49 C
5 B 50 D
6 D 51 C
7 E 52 D
8 E 53 C
9 A 54 E
10 B 55 B
11 E 56 B
12 D 57 C
13 C 58 C
14 D 59 B
15 B 60 A
16 E 61 A
17 A 62 E
18 D 63 C
19 C 64 C
20 C 65 A
21 B 66 B
22 C 67 E
23 A 68 C
24 A 69 E
25 C 70 B
26 D 71 C
27 C 72 D
28 C 73 B
29 A 74 B
30 C 75 B
31 D 76 C
32 C 77 C
33 E 78 B
34 E 79 C
35 C 80 D
36 D 81 A
37 E 82 D
38 E 83 B
39 D 84 C
40 A 85 D
41 B 86 A
42 C 87 D
43 D 88 D
44 D 89 D
45 C 90 A
*AZUL75SAB2*
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS QUESTÃO 03

Questões de 1 a 45

QUESTÃO 01
Sentimos que toda satisfação de nossos desejos
advinda do mundo assemelha-se à esmola que mantém
hoje o mendigo vivo, porém prolonga amanhã a sua
fome. A resignação, ao contrário, assemelha-se à
fortuna herdada: livra o herdeiro para sempre de todas
as preocupações.
SCHOPENHAUER, A. Aforismo para a sabedoria da vida. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

O trecho destaca uma ideia remanescente de uma


tradição filosófica ocidental, segundo a qual a felicidade
se mostra indissociavelmente ligada à
A consagração de relacionamentos afetivos.
B administração da independência interior.
C fugacidade do conhecimento empírico.
D liberdade de expressão religiosa.
E busca de prazeres efêmeros. Os moradores de Andalsnes, na Noruega, poderiam
QUESTÃO 02 se dar ao luxo de morar perto do trabalho nos dias úteis e
de se refugiar na calmaria do bosque aos fins de semana.
Batizado por Tancredo Neves de “Nova República”, E sem sair da mesma casa. Bastaria achar uma vaga
o período que marca o reencontro do Brasil com os para estacionar o imóvel antes de curtir o novo endereço.
governos civis e a democracia ainda não completou Disponível em: http://casavogue.globo.com. Acesso em: 3 out. 2015 (adaptado).
seu quinto ano e já viveu dias de grande comoção.
Começou com a tragédia de Tancredo, seguiu pela Uma vez implementada, essa proposta afetaria a
euforia do Plano Cruzado, conheceu as depressões da dinâmica do espaço urbano por reduzir a intensidade do
inflação e das ameaças da hiperinflação e desembocou seguinte processo:
na movimentação que antecede as primeiras eleições
diretas para presidente em 29 anos. A Êxodo rural.
O álbum dos presidentes: a história vista pelo JB. Jornal do Brasil, 15 nov. 1989. B Movimento pendular.
O período descrito apresenta continuidades e rupturas C Migração de retorno.
em relação à conjuntura histórica anterior. Uma dessas D Deslocamento sazonal.
continuidades consistiu na E Ocupação de áreas centrais.
A representação do legislativo com a fórmula do
bipartidarismo. QUESTÃO 04
B detenção de lideranças populares por crimes de O Rio de Janeiro tem projeção imediata no próprio
subversão. estado e no Espírito Santo, em parcela do sul do estado
C presença de políticos com trajetórias no regime da Bahia, e na Zona da Mata, em Minas Gerais, onde
autoritário. tem influência dividida com Belo Horizonte. Compõem
D prorrogação das restrições advindas dos atos a rede urbana do Rio de Janeiro, entre outras cidades:
institucionais. Vitória, Juiz de Fora, Cachoeiro de Itapemirim, Campos
E estabilidade da economia com o congelamento anual dos Goytacazes, Volta Redonda - Barra Mansa, Teixeira
de preços. de Freitas, Angra dos Reis e Teresópolis.
Disponível em: http://ibge.gov.br. Acesso em: 9 jul. 2015 (adaptado).

O conceito que expressa a relação entre o espaço


apresentado e a cidade do Rio de Janeiro é:
A Frente pioneira.
B Zona de transição.
C Região polarizada.
D Área de conurbação.
E Periferia metropolitana.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 2


*AZUL75SAB3*
QUESTÃO 05 QUESTÃO 07
TEXTO I TEXTO I
Documentos do século XVI algumas vezes se
referem aos habitantes indígenas como “os brasis”,
ou “gente brasília” e, ocasionalmente no século
XVII, o termo “brasileiro” era a eles aplicado, mas as
referências ao status econômico e jurídico desses
eram muito mais populares. Assim, os termos “negro
da terra” e “índios” eram utilizados com mais frequência
do que qualquer outro.
SCHWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da nação. Pensando o Brasil: a construção de
um povo. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000).
São Paulo: Senac, 2000 (adaptado).

TEXTO II
Índio é um conceito construído no processo de
conquista da América pelos europeus. Desinteressados
pela diversidade cultural, imbuídos de forte preconceito
para com o outro, o indivíduo de outras culturas,
espanhóis, portugueses, franceses e anglo-saxões
terminaram por denominar da mesma forma povos tão
díspares quanto os tupinambás e os astecas.
SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005.

Ao comparar os textos, as formas de designação dos


grupos nativos pelos europeus, durante o período
analisado, são reveladoras da
A concepção idealizada do território, entendido como
geograficamente indiferenciado. Tradução: “As mulheres do futuro farão da Lua um
B percepção corrente de uma ancestralidade comum às lugar mais limpo para se viver”.
populações ameríndias. Disponível em: www.propagandashistoricas.com.br. Acesso em: 16 out. 2015.

C compreensão etnocêntrica acerca das populações TEXTO II


dos territórios conquistados.
Metade da nova equipe da Nasa
D transposição direta das categorias originadas no é composta por mulheres
imaginário medieval.
Até hoje, cerca de 350 astronautas americanos
E visão utópica configurada a partir de fantasias de
já estiveram no espaço, enquanto as mulheres não
riqueza.
chegam a ser um terço desse número. Após o anúncio
QUESTÃO 06 da turma composta 50% por mulheres, alguns internautas
escreveram comentários machistas e desrespeitosos
Ser ou não ser — eis a questão. sobre a escolha nas redes sociais.
Disponível em: https://catracalivre.com.br. Acesso em: 10 mar. 2016.
Morrer — dormir — Dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo!
A comparação entre o anúncio publicitário de 1968 e a
Os sonhos que hão de vir no sono da morte
repercussão da notícia de 2016 mostra a
Quando tivermos escapado ao tumulto vital
A elitização da carreira científica.
Nos obrigam a hesitar: e é essa a reflexão B qualificação da atividade doméstica.
Que dá à desventura uma vida tão longa. C ambição de indústrias patrocinadoras.
SHAKESPEARE, W. Hamlet. Porto Alegre: L&PM, 2007. D manutenção de estereótipos de gênero.
Este solilóquio pode ser considerado um precursor do E equiparação de papéis nas relações familiares.
existencialismo ao enfatizar a tensão entre
A consciência de si e angústia humana.
B inevitabilidade do destino e incerteza moral.
C tragicidade da personagem e ordem do mundo.
D racionalidade argumentativa e loucura iminente.
E dependência paterna e impossibilidade de ação.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 3


*AZUL75SAB4*
QUESTÃO 08 QUESTÃO 09

A África Ocidental é conhecida pela dinâmica das Quanto mais complicada se tornou a produção
suas mulheres comerciantes, caracterizadas pela perícia, industrial, mais numerosos passaram a ser os elementos
autonomia e mobilidade. A sua presença, que fora da indústria que exigiam garantia de fornecimento.
atestada por viajantes e por missionários portugueses que Três deles eram de importância fundamental: o trabalho,
visitaram a costa a partir do século XV, consta também na a terra e o dinheiro. Numa sociedade comercial, esse
ampla documentação sobre a região. A literatura é rica fornecimento só poderia ser organizado de uma forma:
em referências às grandes mulheres como as vendedoras tornando-os disponíveis à compra. Agora eles tinham que
ambulantes, cujo jeito para o negócio, bem como a ser organizados para a venda no mercado. Isso estava
autonomia e mobilidade, é tão típico da região. de acordo com a exigência de um sistema de mercado.
HAVIK, P. Dinâmicas e assimetrias afro-atlânticas: a agência feminina e representações em Sabemos que em um sistema como esse, os lucros só
mudança na Guiné (séculos XIX e XX). In: PANTOJA, S. (Org.). Identidades, memórias e podem ser assegurados se se garante a autorregulação
histórias em terras africanas. Brasília: LGE; Luanda: Nzila, 2006.
por meio de mercados competitivos interdependentes.
A abordagem realizada pelo autor sobre a vida social da POLANYI, K. A grande transformação: as origens de nossa época.

África Ocidental pode ser relacionada a uma característica Rio de Janeiro: Campus, 2000 (adaptado).

marcante das cidades no Brasil escravista nos séculos A consequência do processo de transformação
XVIII e XIX, que se observa pela socioeconômica abordado no texto é a
A restrição à realização do comércio ambulante por A expansão das terras comunais.
africanos escravizados e seus descendentes.
B limitação do mercado como meio de especulação.
B convivência entre homens e mulheres livres, de
C consolidação da força de trabalho como mercadoria.
diversas origens, no pequeno comércio.
D diminuição do comércio como efeito da industrialização.
C presença de mulheres negras no comércio de rua de
diversos produtos e alimentos. E adequação do dinheiro como elemento padrão
das transações.
D dissolução dos hábitos culturais trazidos do continente
de origem dos escravizados. QUESTÃO 10
E entrada de imigrantes portugueses nas atividades
ligadas ao pequeno comércio urbano. O que ocorreu na Bahia de 1798, ao contrário das
outras situações de contestação política na América
portuguesa, é que o projeto que lhe era subjacente
não tocou somente na condição, ou no instrumento, da
integração subordinada das colônias no império luso.
Dessa feita, ao contrário do que se deu nas Minas Gerais
(1789), a sedição avançou sobre a sua decorrência.
JANCSÓ, I.; PIMENTA, J. P. Peças de um mosaico. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta:
a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000.

A diferença entre as sedições abordadas no texto


encontrava-se na pretensão de
A eliminar a hierarquia militar.
B abolir a escravidão africana.
C anular o domínio metropolitano.
D suprimir a propriedade fundiária.
E extinguir o absolutismo monárquico.

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*AZUL75SAB5*
QUESTÃO 11 QUESTÃO 13

TEXTO I A Operação Condor está diretamente vinculada


às experiências históricas das ditaduras civil-militares
que se disseminaram pelo Cone Sul entre as décadas
de 1960 e 1980. Depois do Brasil (e do Paraguai de
Stroessner), foi a vez da Argentina (1966), Bolívia
(1966 e 1971), Uruguai e Chile (1973) e Argentina
(novamente, em 1976). Em todos os casos se
instalaram ditaduras civil-militares (em menor ou
maior medida) com base na Doutrina de Segurança
Nacional e tendo como principais características um
anticomunismo militante, a identificação do inimigo
interno, a imposição do papel político das Forças
Armadas e a definição de fronteiras ideológicas.
PADRÓS, E. S. et al. Ditadura de Segurança Nacional no Rio Grande do Sul (1964-1985):
história e memória. Porto Alegre: Corag, 2009 (adaptado).

Disponível em: http://portal.iphan.gov.br. Acesso em: 6 abr. 2016.


Levando-se em conta o contexto em que foi criada, a
TEXTO II referida operação tinha como objetivo coordenar a
A eleição dos novos bens, ou melhor, de novas A modificação de limites territoriais.
formas de se conceber a condição do patrimônio cultural B sobrevivência de oficiais exilados.
nacional, também permite que diferentes grupos sociais, C interferência de potências mundiais.
utilizando as leis do Estado e o apoio de especialistas,
D repressão de ativistas oposicionistas.
revejam as imagens e alegorias do seu passado, do que
querem guardar e definir como próprio e identitário. E implantação de governos nacionalistas.
ABREU, M.; SOIHET, R.; GONTIJO, R. (Org.). Cultura política e leituras do passado: QUESTÃO 14
historiografia e ensino de história. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.
A regulação das relações de trabalho compõe uma
O texto chama a atenção para a importância da proteção
estrutura complexa, em que cada elemento se ajusta aos
de bens que, como aquele apresentado na imagem, se demais. A Justiça do Trabalho é apenas uma das peças
identificam como: dessa vasta engrenagem. A presença de representantes
A Artefatos sagrados. classistas na composição dos órgãos da Justiça do
Trabalho é também resultante da montagem dessa
B Heranças materiais. regulação. O poder normativo também reflete essa
C Objetos arqueológicos. característica. Instituída pela Constituição de 1934, a
D Peças comercializáveis. Justiça do Trabalho só vicejou no ambiente político do
Estado Novo instaurado em 1937.
E Conhecimentos tradicionais.
ROMITA, A. S. Justiça do Trabalho: produto do Estado Novo. In: PANDOLFI, D. (Org.).
Repensando o Estado Novo. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1999.
QUESTÃO 12
A criação da referida instituição estatal na conjuntura
No início de maio de 2014, a instalação da histórica abordada teve por objetivo
plataforma petrolífera de perfuração HYSY-981 nas
águas contestadas do Mar da China Meridional A legitimar os protestos fabris.
suscitou especulações sobre as motivações chinesas. B ordenar os conflitos laborais.
Na avaliação de diversos observadores ocidentais, C oficializar os sindicatos plurais.
Pequim pretendeu, com esse gesto, demonstrar que D assegurar os princípios liberais.
pode impor seu controle e dissuadir outros países de E unificar os salários profissionais.
seguir com suas reivindicações de direito de exploração
dessas águas, como é o caso do Vietnã e das Filipinas.
KLARE, M.T. A guerra pelo petróleo se joga no mar. Le Monde Diplomatique Brasil, abr. 2015.

A ação da China em relação à situação descrita no texto


evidencia um conflito que tem como foco o(a):
A Distribuição das zonas econômicas especiais.
B Monopólio das inovações tecnológicas extrativas.
C Dinamização da atividade comercial.
D Jurisdição da soberania territorial.
E Embargo da produção industrial.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 5


*AZUL75SAB6*
QUESTÃO 15
Hoje, a indústria cultural assumiu a herança civilizatória da democracia de pioneiros e empresários, que tampouco
desenvolvera uma fineza de sentido para os desvios espirituais. Todos são livres para dançar e para se divertir, do
mesmo modo que, desde a neutralização histórica da religião, são livres para entrar em qualquer uma das inúmeras
seitas. Mas a liberdade de escolha da ideologia, que reflete sempre a coerção econômica, revela-se em todos os
setores como a liberdade de escolher o que é sempre a mesma coisa.
ADORNO, T; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.

A liberdade de escolha na civilização ocidental, de acordo com a análise do texto, é um(a)


A legado social.
B patrimônio político.
C produto da moralidade.
D conquista da humanidade.
E ilusão da contemporaneidade.

QUESTÃO 16

Parceria Transpacífica

Canadá

Estados Unidos
Japão
México
Vietnã
Cingapura Brunei Darussalam
Malásia
Peru
Austrália
Chile
Nova Zelândia

Disponível em: http://portuguese.brazil.usembassy.gov. Acesso em: 11 maio 2016 (adaptado).

Dentro das atuais redes produtivas, o referido bloco apresenta composição estratégica por se tratar de um conjunto
de países com
A elevado padrão social.
B sistema monetário integrado.
C alto desenvolvimento tecnológico.
D identidades culturais semelhantes.
E vantagens locacionais complementares.

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*AZUL75SAB7*
QUESTÃO 17 QUESTÃO 18
Segundo a Conferência de Quioto, os países
centrais industrializados, responsáveis históricos pela
poluição, deveriam alcançar a meta de redução de
5,2% do total de emissões segundo níveis de 1990.
O nó da questão é o enorme custo desse processo,
demandando mudanças radicais nas indústrias para
que se adaptem rapidamente aos limites de emissão
estabelecidos e adotem tecnologias energéticas limpas.
A comercialização internacional de créditos de sequestro
ou de redução de gases causadores do efeito estufa
foi a solução encontrada para reduzir o custo global do
Disponível em: www.unric.org. Acesso em: 9 ago. 2013. processo. Países ou empresas que conseguirem reduzir
A ONU faz referência a uma projeção cartográfica em seu as emissões abaixo de suas metas poderão vender este
logotipo. A figura que ilustra o modelo dessa projeção é: crédito para outro país ou empresa que não consiga.
BECKER, B. Amazônia: geopolítica na virada do II milênio. Rio de Janeiro: Garamond, 2009.

As posições contrárias à estratégia de compensação


presente no texto relacionam-se à ideia de que
ela promove
A A retração nos atuais níveis de consumo.
B surgimento de conflitos de caráter diplomático.
C diminuição dos lucros na produção de energia.
D desigualdade na distribuição do impacto ecológico.
E decréscimo dos índices de desenvolvimento
econômico.

QUESTÃO 19
B Dados recentes mostram que muitos são os
países periféricos que dependem dos recursos
enviados pelos imigrantes que estão nos países
centrais. Grande parte dos países da América Latina,
por exemplo, depende hoje das remessas de seus
imigrantes. Para se ter uma ideia mais concreta,
recentes dados divulgados pela ONU revelaram
que somente os indianos recebem 10 bilhões de
dólares de seus compatriotas no exterior. No México,
C segundo maior volume de divisas, esse valor chega
a 9,9 bilhões de dólares e nas Filipinas, o terceiro, a
8,4 bilhões.
HAESBAERT, R.; PORTO-GONÇALVES, C. W. A nova des-ordem mundial.
São Paulo: Edunesp, 2006.

Um aspecto do mundo globalizado que facilitou a


ocorrência do processo descrito, na transição do
século XX para o século XXI, foi o(a)
A integração de culturas distintas.
D
B avanço técnico das comunicações.
C quebra de barreiras alfandegárias.
D flexibilização de regras trabalhistas.
E desconcentração espacial da produção.

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*AZUL75SAB8*
QUESTÃO 20 QUESTÃO 22

Nunca nos tornaremos matemáticos, por exemplo,


embora nossa memória possua todas as demonstrações
feitas por outros, se nosso espírito não for capaz de
resolver toda espécie de problemas; não nos tornaríamos
filósofos, por ter lido todos os raciocínios de Platão e
Aristóteles, sem poder formular um juízo sólido sobre
o que nos é proposto. Assim, de fato, pareceríamos ter
aprendido, não ciências, mas histórias.
DESCARTES, R. Regras para a orientação do espírito. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

Em sua busca pelo saber verdadeiro, o autor considera o


conhecimento, de modo crítico, como resultado da
A investigação de natureza empírica.
B retomada da tradição intelectual.
C imposição de valores ortodoxos.
D autonomia do sujeito pensante.
E liberdade do agente moral.

QUESTÃO 21
SATRAPI, M. Persépolis. São Paulo: Cia. das Letras, 2007 (adaptado).
Pois quem seria tão inútil ou indolente a ponto
de não desejar saber como e sob que espécie de A memória recuperada pela autora apresenta a
constituição os romanos conseguiram em menos de relação entre
cinquenta e três anos submeter quase todo o mundo
habitado ao seu governo exclusivo — fato nunca antes A conflito trabalhista e engajamento sindical.
ocorrido? Ou, em outras palavras, quem seria tão B organização familiar e proteção à infância.
apaixonadamente devotado a outros espetáculos ou
estudos a ponto de considerar qualquer outro objetivo C centralização econômica e pregação religiosa.
mais importante que a aquisição desse conhecimento? D estrutura educacional e desigualdade de renda.
POLÍBIO. História. Brasília: Editora UnB, 1985. E transformação política e modificação de costumes.
A experiência a que se refere o historiador Políbio, nesse
QUESTÃO 23
texto escrito no século II a.C., é a
A ampliação do contingente de camponeses livres. TEXTO I
B consolidação do poder das falanges hoplitas. Fragmento B91: Não se pode banhar duas vezes no
mesmo rio, nem substância mortal alcançar duas vezes
C concretização do desígnio imperialista.
a mesma condição; mas pela intensidade e rapidez da
D adoção do monoteísmo cristão. mudança, dispersa e de novo reúne.
E libertação do domínio etrusco. HERÁCLITO. Fragmentos (Sobre a natureza). São Paulo: Abril Cultural, 1996 (adaptado).

TEXTO II
Fragmento B8: São muitos os sinais de que o ser
é ingênito e indestrutível, pois é compacto, inabalável
e sem fim; não foi nem será, pois é agora um todo
homogêneo, uno, contínuo. Como poderia o que é
perecer? Como poderia gerar-se?
PARMÊNIDES. Da natureza. São Paulo: Loyola, 2002 (adaptado).

Os fragmentos do pensamento pré-socrático expõem


uma oposição que se insere no campo das
A investigações do pensamento sistemático.
B preocupações do período mitológico.
C discussões de base ontológica.
D habilidades da retórica sofística.
E verdades do mundo sensível.
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*AZUL75SAB9*
QUESTÃO 24 QUESTÃO 26
A democracia deliberativa afirma que as partes TEXTO I
do conflito político devem deliberar entre si e, por
meio de argumentação razoável, tentar chegar a um
acordo sobre as políticas que seja satisfatório para
todos. A democracia ativista desconfia das exortações
à deliberação por acreditar que, no mundo real da
política, onde as desigualdades estruturais influenciam
procedimentos e resultados, processos democráticos
que parecem cumprir as normas de deliberação
geralmente tendem a beneficiar os agentes mais
poderosos. Ela recomenda, portanto, que aqueles que
se preocupam com a promoção de mais justiça devem
realizar principalmente a atividade de oposição crítica,
em vez de tentar chegar a um acordo com quem sustenta
estruturas de poder existentes ou delas se beneficia.
YOUNG, I. M. Desafios ativistas à democracia deliberativa.
Revista Brasileira de Ciência Política, n. 13, jan.-abr. 2014.

As concepções de democracia deliberativa e de


democracia ativista apresentadas no texto tratam como
imprescindíveis, respectivamente,
A a decisão da maioria e a uniformização de direitos.
B a organização de eleições e o movimento anarquista.
C a obtenção do consenso e a mobilização das minorias. Imagem de São Benedito. Disponível em: http://acervo.bndigital.bn.br.
D a fragmentação da participação e a desobediência civil. Acesso em: 6 jan. 2016 (adaptado).

E a imposição de resistência e o monitoramento da TEXTO II


liberdade. Os santos tornaram-se grandes aliados da Igreja para
QUESTÃO 25 atrair novos devotos, pois eram obedientes a Deus e ao
poder clerical. Contando e estimulando o conhecimento
A promessa da tecnologia moderna se converteu sobre a vida dos santos, a Igreja transmitia aos fiéis os
em uma ameaça, ou esta se associou àquela de forma ensinamentos que julgava corretos e que deviam ser
indissolúvel. Ela vai além da constatação da ameaça imitados por escravos que, em geral, traziam outras
física. Concebida para a felicidade humana, a submissão crenças de suas terras de origem, muito diferentes das
da natureza, na sobremedida de seu sucesso, que agora que preconizava a fé católica.
se estende à própria natureza do homem, conduziu OLIVEIRA, A. J. Negra devoção. Revista de História da Biblioteca Nacional,
ao maior desafio já posto ao ser humano pela sua n. 20, maio 2007 (adaptado).
própria ação. O novo continente da práxis coletiva que
Posteriormente ressignificados no interior de certas
adentramos com a alta tecnologia ainda constitui, para a
irmandades e no contato com outra matriz religiosa, o
teoria ética, uma terra de ninguém.
ícone e a prática mencionada no texto estiveram desde
JONAS, H. O princípio da responsabilidade. Rio de Janeiro:
Contraponto; Editora PUC-Rio, 2011 (adaptado).
o século XVII relacionados a um esforço da Igreja
Católica para
As implicações éticas da articulação apresentada no texto
impulsionam a necessidade de construção de um novo A reduzir o poder das confrarias.
padrão de comportamento, cujo objetivo consiste em B cristianizar a população afro-brasileira.
garantir o(a) C espoliar recursos materiais dos cativos.
A pragmatismo da escolha individual. D recrutar libertos para seu corpo eclesiástico.
B sobrevivência de gerações futuras. E atender a demanda popular por padroeiros locais.
C fortalecimento de políticas liberais.
D valorização de múltiplas etnias.
E promoção da inclusão social.

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*AZUL75SAB10*
QUESTÃO 27 QUESTÃO 29
Em 1935, o governo brasileiro começou a negar vistos O conceito de função social da cidade incorpora a
a judeus. Posteriormente, durante o Estado Novo, uma organização do espaço físico como fruto da regulação
circular secreta proibiu a concessão de vistos a “pessoas social, isto é, a cidade deve contemplar todos os seus
de origem semita”, inclusive turistas e negociantes, o que moradores e não somente aqueles que estão no mercado
causou uma queda de 75% da imigração judaica ao longo formal da produção capitalista da cidade. A tradição dos
daquele ano. Entretanto, mesmo com as imposições da códigos de edificação, uso e ocupação do solo no Brasil
lei, muitos judeus continuaram entrando ilegalmente no sempre partiram do pressuposto de que a cidade não tem
país durante a guerra e as ameaças de deportação em divisões entre os incluídos e os excluídos socialmente.
massa nunca foram concretizadas, apesar da extradição QUINTO JR., L. P. Nova legislação urbana e os velhos fantasmas.
de alguns indivíduos por sua militância política. Estudos Avançados (USP), n. 47, 2003 (adaptado).

GRIMBERG, K. Nova língua interior: 500 anos de história dos judeus no Brasil. In: IBGE.
Brasil: 500 anos de povoamento. Rio de Janeiro: IBGE, 2000 (adaptado).
Uma política governamental que contribui para viabilizar a
função social da cidade, nos moldes indicados no texto, é a
Uma razão para a adoção da política de imigração
mencionada no texto foi o(a) A qualificação de serviços públicos em bairros
periféricos.
A receio do controle sionista sobre a economia nacional.
B implantação de centros comerciais em eixos
B reserva de postos de trabalho para a mão de obra rodoviários.
local.
C proibição de construções residenciais em regiões
C oposição do clero católico à expansão de novas íngremes.
religiões.
D disseminação de equipamentos culturais em locais
D apoio da diplomacia varguista às opiniões dos turísticos.
líderes árabes.
E desregulamentação do setor imobiliário em áreas
E simpatia de membros da burocracia pelo projeto favelizadas.
totalitário alemão.
QUESTÃO 30
QUESTÃO 28
O bioma Cerrado foi considerado recentemente
Pirro afirmava que nada é nobre nem vergonhoso,
um dos 25 hotspots de biodiversidade do mundo,
justo ou injusto; e que, da mesma maneira, nada existe do
segundo uma análise em escala mundial das regiões
ponto de vista da verdade; que os homens agem apenas
biogeográficas sobre áreas globais prioritárias para
segundo a lei e o costume, nada sendo mais isto do que
conservação. O conceito de hotspot foi criado tendo
aquilo. Ele levou uma vida de acordo com esta doutrina,
em vista a escassez de recursos direcionados para
nada procurando evitar e não se desviando do que quer
conservação, com o objetivo de apresentar os chamados
que fosse, suportando tudo, carroças, por exemplo,
“pontos quentes”, ou seja, locais para os quais existe
precipícios, cães, nada deixando ao arbítrio dos sentidos.
maior necessidade de direcionamento de esforços,
LAÉRCIO, D. Vidas e sentenças dos filósofos ilustres. Brasília: Editora UnB, 1988.
buscando evitar a extinção de muitas espécies que
O ceticismo, conforme sugerido no texto, caracteriza-se por: estão altamente ameaçadas por ações antrópicas.
PINTO, P. P.; DINIZ-FILHO, J. A. F. In: ALMEIDA, M. G. (Org.). Tantos cerrados:
A Desprezar quaisquer convenções e obrigações múltiplas abordagens sobre a biogeodiversidade e singularidade cultural.
da sociedade. Goiânia: Vieira, 2005 (adaptado).

B Atingir o verdadeiro prazer como o princípio e o A necessidade desse tipo de ação na área mencionada
fim da vida feliz. tem como causa a
C Defender a indiferença e a impossibilidade de
obter alguma certeza. A intensificação da atividade turística.
D Aceitar o determinismo e ocupar-se com a B implantação de parques ecológicos.
esperança transcendente. C exploração dos recursos minerais.
E Agir de forma virtuosa e sábia a fim de enaltecer o D elevação do extrativismo vegetal.
homem bom e belo. E expansão da fronteira agrícola.

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*AZUL75SAB11*
QUESTÃO 31 QUESTÃO 33
TEXTO I
Mais de 50 mil refugiados entraram no território
húngaro apenas no primeiro semestre de 2015.
Budapeste lançou os “trabalhos preparatórios” para a
construção de um muro de quatro metros de altura e
175 km ao longo de sua fronteira com a Sérvia, informou
o ministro húngaro das Relações Exteriores. “Uma
resposta comum da União Europeia a este desafio da
imigração é muito demorada, e a Hungria não pode
esperar. Temos que agir”, justificou o ministro.
Disponível em: www.portugues.rfi.fr. Acesso em: 19 jun. 2015 (adaptado).

TEXTO II
O Alto Comissariado das Nações Unidas para
Refugiados (ACNUR) critica as manifestações de
xenofobia adotadas pelo governo da Hungria. O país foi
invadido por cartazes nos quais o chefe do executivo insta
os imigrantes a respeitarem as leis e a não “roubarem” Disponível em: www.imageforum-diffusion.afp.com. Acesso em: 6 jan. 2016.
os empregos dos húngaros. Para o ACNUR, a medida é
surpreendente, pois a xenofobia costuma ser instigada O regime do Apartheid adotado de 1948 a 1994 na
por pequenos grupos radicais e não pelo próprio governo África do Sul fundamentava-se em ações estatais de
do país. segregacionismo racial. Na imagem, fuzileiros navais
Disponível em: http://pt.euronews.com. Acesso em: 19 jun. 2015 (adaptado).
fazem valer a “lei do passe” que regulamentava o(a)

O posicionamento governamental citado nos textos é A concentração fundiária, impedindo os negros de


criticado pelo ACNUR por ser considerado um caminho tomar posse legítima do uso da terra.
para o(a) B boicote econômico, proibindo os negros de consumir
A alteração do regime político. produtos ingleses sem resistência armada.
B fragilização da supremacia nacional. C sincretismo religioso, vetando os ritos sagrados dos
C expansão dos domínios geográficos. negros nas cerimônias oficiais do Estado.
D cerceamento da liberdade de expressão. D controle sobre a movimentação, desautorizando
E fortalecimento das práticas de discriminação. os negros a transitar em determinadas áreas das
cidades.
QUESTÃO 32
E exclusão do mercado de trabalho, negando à
A sociologia ainda não ultrapassou a era das população negra o acesso aos bens de consumo.
construções e das sínteses filosóficas. Em vez de
assumir a tarefa de lançar luz sobre uma parcela restrita QUESTÃO 34
do campo social, ela prefere buscar as brilhantes
generalidades em que todas as questões são levantadas A linhagem dos primeiros críticos ambientais
sem que nenhuma seja expressamente tratada. brasileiros não praticou o elogio laudatório da beleza e
Não é com exames sumários e por meio de intuições da grandeza do meio natural brasileiro. O meio natural foi
rápidas que se pode chegar a descobrir as leis de uma elogiado por sua riqueza e potencial econômico, sendo
realidade tão complexa. Sobretudo, generalizações às sua destruição interpretada como um signo de atraso,
vezes tão amplas e tão apressadas não são suscetíveis ignorância e falta de cuidado.
de nenhum tipo de prova.
PÁDUA, J. A. Um sopro de destruição: pensamento político e crítica ambiental no Brasil
DURKHEIM, E. O suicídio: estudo de sociologia. São Paulo: Martins Fontes, 2000. escravista (1786-1888). Rio de Janeiro: Zahar, 2002 (adaptado).

O texto expressa o esforço de Émile Durkheim em Descrevendo a posição dos críticos ambientais brasileiros
construir uma sociologia com base na dos séculos XVIII e XIX, o autor demonstra que, via de
A vinculação com a filosofia como saber unificado. regra, eles viam o meio natural como
B reunião de percepções intuitivas para demonstração. A ferramenta essencial para o avanço da nação.
C formulação de hipóteses subjetivas sobre a vida B dádiva divina para o desenvolvimento industrial.
social.
C paisagem privilegiada para a valorização fundiária.
D adesão aos padrões de investigação típicos das
ciências naturais. D limitação topográfica para a promoção da urbanização.
E incorporação de um conhecimento alimentado pelo E obstáculo climático para o estabelecimento da
engajamento político. civilização.

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*AZUL75SAB12*
QUESTÃO 35

O coronelismo era fruto de alteração na relação de forças entre os proprietários rurais e o governo, e significava o
fortalecimento do poder do Estado antes que o predomínio do coronel. Nessa concepção, o coronelismo é, então, um
sistema político nacional, com base em barganhas entre o governo e os coronéis. O coronel tem o controle dos cargos
públicos, desde o delegado de polícia até a professora primária. O coronel hipoteca seu apoio ao governo, sobretudo
na forma de voto.
CARVALHO, J. M. Pontos e bordados: escritos de história política. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998 (adaptado).

No contexto da Primeira República no Brasil, as relações políticas descritas baseavam-se na


A coação das milícias locais.
B estagnação da dinâmica urbana.
C valorização do proselitismo partidário.
D disseminação de práticas clientelistas.
E centralização de decisões administrativas.

QUESTÃO 36

Dessalinização das águas


Capacidade total de dessalinização das águas salobras ou salinas (por país em metros cúbicos por dia)

Japão
Espanha 1 054 274
2 588 658

Estados Unidos
5 653 941

Emirados Árabes Unidos


6 228 017
Arábia Saudita
6 879 869
Kuwait
2 111 558

Capacidade instalada (m³/dia): 5 001 a 50 000 50 001 a 500 000


500 001 a 1 000 000 acima de 1 000 000

EUA. Relatório da Academia Nacional de Ciências, 2008 (adaptado).

Conforme a análise do documento cartográfico, a área de concentração das usinas de dessalinização é


explicada pelo(a)

A pioneirismo tecnológico.
B condição hidropedológica.
C escassez de água potável.
D efeito das mudanças climáticas.
E busca da sustentabilidade ambiental.

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*AZUL75SAB13*
QUESTÃO 37 QUESTÃO 39
Vi os homens sumirem-se numa grande tristeza. Pesca industrial provoca destruição na África
Os melhores cansaram-se das suas obras. Proclamou-se
uma doutrina e com ela circulou uma crença: Tudo é O súbito desaparecimento do bacalhau dos
oco, tudo é igual, tudo passou! O nosso trabalho foi grandes cardumes da Terra Nova, no final do século XX
inútil; o nosso vinho tornou-se veneno; o mau olhado — o que ninguém havia previsto —, teve o efeito de
amareleceu-nos os campos e os corações. Secamos um eletrochoque planetário. Lançada pelos bascos
de todo, e se caísse fogo em cima de nós, as nossas no século XV, a pesca e depois a sobrepesca desse
cinzas voariam em pó. Sim; cansamos o próprio fogo. grande peixe de água fria levaram ao impensável.
Todas as fontes secaram para nós, e o mar retirou-se. Ao Canadá o bacalhau nunca mais voltou. E o que
Todos os solos se querem abrir, mas os abismos não ocorreu no Atlântico Norte está acontecendo em outros
nos querem tragar! mares. Os maiores navios do mundo seguem agora
em direção ao sul, até os limites da Antártida, para
NIETZSCHE, F. Assim falou Zaratustra. Rio de Janeiro: Ediouro, 1977.
competir pelos estoques remanescentes.
O texto exprime uma construção alegórica, que traduz um MORA, J. S. Disponível em: www.diplomatique.com.br. Acesso em: 14 jan. 2014.
entendimento da doutrina niilista, uma vez que
O problema exposto no texto jornalístico relaciona-se à
A reforça a liberdade do cidadão.
A insustentabilidade do modelo de produção e consumo.
B desvela os valores do cotidiano.
B fragilidade ecológica de ecossistemas costeiros.
C exorta as relações de produção.
C inviabilidade comercial dos produtos marinhos.
D destaca a decadência da cultura.
D mudança natural nos oceanos e mares.
E amplifica o sentimento de ansiedade.
E vulnerabilidade social de áreas pobres.
QUESTÃO 38
QUESTÃO 40
A mundialização introduz o aumento da produtividade
do trabalho sem acumulação de capital, justamente
pelo caráter divisível da forma técnica molecular-digital
do que resulta a permanência da má distribuição da
renda: exemplificando mais uma vez, os vendedores
de refrigerantes às portas dos estádios viram sua
produtividade aumentada graças ao just in time dos
fabricantes e distribuidores de bebidas, mas para realizar
o valor de tais mercadorias, a forma do trabalho dos
vendedores é a mais primitiva. Combinam-se, pois,
acumulação molecular-digital com o puro uso da força
de trabalho.
OLIVEIRA, F. Crítica à razão dualista e o ornitorrinco. Campinas: Boitempo, 2003.

Os aspectos destacados no texto afetam diretamente


questões como emprego e renda, sendo possível explicar
essas transformações pelo(a)
A crise bancária e o fortalecimento do capital industrial.
B inovação toyotista e a regularização do trabalho
formal.
C impacto da tecnologia e as modificações na
estrutura produtiva.
O Cruzeiro, década de 1960. Disponível em: www.memoriaviva.com.br. D emergência da globalização e a expansão do
Acesso em: 28 fev. 2012 (adaptado).
setor secundário.
No anúncio, há referências a algumas das transformações E diminuição do tempo de trabalho e a necessidade de
ocorridas no Brasil nos anos 1950 e 1960. No entanto, diploma superior.
tais referências omitem transformações que impactaram
segmentos da população, como a
A exaltação da tradição colonial.
B redução da influência estrangeira.
C ampliação da imigração internacional.
D intensificação da desigualdade regional.
E desconcentração da produção industrial.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 13


*AZUL75SAB14*
QUESTÃO 41 QUESTÃO 43
Ser moderno é encontrar-se em um ambiente
que promete aventura, poder, alegria, crescimento,
autotransformação e transformação das coisas em
redor — mas ao mesmo tempo ameaça destruir tudo
o que temos, tudo o que sabemos, tudo o que somos.
A experiência ambiental da modernidade anula todas as
fronteiras geográficas e raciais, de classe e nacionalidade:
nesse sentido, pode-se dizer que a modernidade une a
espécie humana. Porém, é uma unidade paradoxal, uma
unidade de desunidade.
BERMAN, M. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade.
São Paulo: Cia. das Letras, 1986 (adaptado).

O texto apresenta uma interpretação da modernidade que


a caracteriza como um(a)
A dinâmica social contraditória.
B interação coletiva harmônica.
C fenômeno econômico estável.
D sistema internacional decadente.
E processo histórico homogeneizador.

QUESTÃO 42

Não estou mais pensando como costumava pensar.


Percebo isso de modo mais acentuado quando estou
lendo. Mergulhar num livro, ou num longo artigo,
costumava ser fácil. Isso raramente ocorre atualmente.
Agora minha atenção começa a divagar depois de duas
ou três páginas. Creio que sei o que está acontecendo.
Por mais de uma década venho passando mais tempo Uma scena franco-brazileira: “franco” — pelo local e os
on-line, procurando e surfando e algumas vezes personagens, o local que é Paris e os personagens que
acrescentando informação à grande biblioteca da são pessôas do povo da grande capital; “brazileira” pelo
internet. A internet tem sido uma dádiva para um escritor que ahi se está bebendo: café do Brazil. O Lettreiro diz
como eu. Pesquisas que antes exigiam dias de procura a verdade apregoando que esse é o melhor de todos os
em jornais ou na biblioteca agora podem ser feitas em cafés. (Essa página foi desenhada especialmente para
minutos. Como disse o teórico da comunicação Marshall A Illustração Brazileira pelo Sr. Tofani, desenhista do
McLuhan nos anos 60, a mídia não é apenas um canal Je Sais Tout.)
passivo para o tráfego de informação. Ela fornece a A Illustração Brazileira, n. 2, 15 jun. 1909 (adaptado).
matéria, mas também molda o processo de pensamento.
A página do periódico do início do século XX documenta
E o que a net parece fazer é pulverizar minha capacidade
um importante elemento da cultura francesa, que é
de concentração e contemplação.
revelador do papel do Brasil na economia mundial,
CARR, N. Is Google making us stupid? Disponível em: www.theatlantic.com. indicado no seguinte aspecto:
Acesso em: 17 fev. 2013 (adaptado).
A Prestador de serviços gerais.
Em relação à internet, a perspectiva defendida pelo autor
B Exportador de bens industriais.
ressalta um paradoxo que se caracteriza por
C Importador de padrões estéticos.
A associar uma experiência superficial à abundância D Fornecedor de produtos agrícolas.
de informações.
E Formador de padrões de consumo.
B condicionar uma capacidade individual à
desorganização da rede.
C agregar uma tendência contemporânea à aceleração
do tempo.
D aproximar uma mídia inovadora à passividade da
recepção.
E equiparar uma ferramenta digital à tecnologia
analógica.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 14


*AZUL75SAB15*
QUESTÃO 44

Participei de uma entrevista com o músico Renato Teixeira. Certa hora, alguém pediu para listar as
diferenças entre a música sertaneja antiga e a atual. A resposta dele surpreendeu a todos: “Não há diferença
alguma. A música caipira sempre foi a mesma. É uma música que espelha a vida do homem no campo, e a
música não mente. O que mudou não foi a música, mas a vida no campo”. Faz todo sentido: a música caipira
de raiz exalava uma solidão, um certo distanciamento do país “moderno”. Exigir o mesmo de uma música feita
hoje, num interior conectado, globalizado e rico como o que temos, é impossível. Para o bem ou para o mal, a
música reflete seu próprio tempo.
BARCINSKI, A. Mudou a música ou mudaram os caipiras? Folha de São Paulo, 4 jun. 2012 (adaptado).

A questão cultural indicada no texto ressalta o seguinte aspecto socioeconômico do atual campo brasileiro:
A Crescimento do sistema de produção extensiva.
B Expansão de atividades das novas ruralidades.
C Persistência de relações de trabalho compulsório.
D Contenção da política de subsídios agrícolas.
E Fortalecimento do modelo de organização cooperativa.

QUESTÃO 45

O número de filhos por casal diminui rapidamente. Para a maioria


dos economistas, isso representa um alerta para o futuro.

Taxa de fecundidade total

5,8 6,0
BRASIL
5,0
China
4,4
Coreia do Sul 4,0
Portugal
2,9 3,0
EUA
2,4
Japão 1,9 2,0

1,0

1970 1980 1990 2000 2010


Fontes: IBGE e OCDE

Disponível em: http://epoca.globo.com. Acesso em: 20 out. 2015 (adaptado).

Uma consequência socioeconômica para os países que vivenciam o fenômeno demográfico ilustrado é a
diminuição da
A oferta de mão de obra nacional.
B média de expectativa de vida.
C disponibilidade de serviços de saúde.
D despesa de natureza previdenciária.
E imigração de trabalhadores qualificados.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 15


Gabarito 2016
1° DIA
CADERNO 1 – AZUL

CIÊNCIAS HUMANAS CIÊNCIAS DA NATUREZA


E SUAS TECNOLOGIAS E SUAS TECNOLOGIAS

QUESTÃO GABARITO QUESTÃO GABARITO


1 B 46 B
2 C 47 C
3 B 48 A
4 C 49 D
5 C 50 B
6 A 51 C
7 D 52 E
8 C 53 D
9 C 54 C
10 B 55 C
11 E 56 B
12 D 57 A
13 D 58 D
14 B 59 B
15 E 60 D
16 E 61 C
17 A 62 A
18 D 63 D
19 B 64 B
20 D 65 E
21 C 66 B
22 E 67 D
23 C 68 B
24 C 69 E
25 B 70 A
26 B 71 D
27 E 72 C
28 C 73 C
29 A 74 A
30 E 75 E
31 E 76 A
32 D 77 C
33 D 78 D
34 A 79 B
35 D 80 E
36 C 81 D
37 D 82 B
38 D 83 C
39 A 84 A
40 C 85 C
41 A 86 A
42 A 87 E
43 D 88 B
44 B 89 E
45 A 90 E
*AZUL75SAB2*
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 1 a 45
QUESTÃO 01

CANADÁ
TERRITÓRIO
DE OREGON

LUISIANA
COMPRADA
DA FRANÇA RECONHECIDO
CEDIDO PELO EM 1803 PELO TREZE
MÉXICO EM 1848 TRATADO COLÔNIAS
DE 1783 ORIGINAIS

OCEANO ANEXAÇÃO
PACÍFICO DO TEXAS OCEANO
(1845) ATLÂNTICO
ADQUIRIDO
EM 1853

FLÓRIDA
COMPRADA
EM 1819
MÉXICO

ALBUQUERQUE, M. M.; REIS, A. C. F.; CARVALHO, C. D. Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro, Fename, 1977 (adaptado).

Nos Estados Unidos, durante o século XIX, tal como representada no mapa, a relação entre território e nação foi
UHFRQ¿JXUDGDSRUXPDSROtWLFDTXH
A transferiu as populações indígenas para territórios de fronteira anexados, protegendo a cultura protestante dos
migrantes fundadores da nação norte-americana.
B UHVSRQGHX jV DPHDoDV HXURSHLDV SHOR ¿P GD HVFUDYLGmR LQWHJUDQGR D SRSXODomR GH HVFUDYRV DR SURMHWR GH
expansão por meio da doação de terras.
C assinou acordos com países latino-americanos, ajudando na reestruturação da economia desses países após
suas independências.
D projetou o avanço de populações excedentes para além da faixa atlântica, reformulando fronteiras para o
estabelecimento de um país continental.
E instalou manufaturas nas áreas compradas e anexadas, visando utilizar a mão de obra barata das populações
em trânsito.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 2


*AZUL75SAB3*
QUESTÃO 02 QUESTÃO 04

[...] O SERVIDOR —'L]LDPVHU¿OKRGRUHL


ÉDIPO — Foi ela quem te entregou a criança?
O SERVIDOR — Foi ela, Senhor.
ÉDIPO — Com que intenção?
O SERVIDOR — Para que eu a matasse.
ÉDIPO — Uma mãe! Mulher desgraçada!
O SERVIDOR — Ela tinha medo de um oráculo dos
deuses.
ÉDIPO — O que ele anunciava?
O SERVIDOR — Que essa criança um dia mataria
Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 9 nov. 2011. seu pai.
3DUD DOpP GH REMHWLYRV HVSHFt¿FRV PXLWRV PRYLPHQWRV ÉDIPO — Mas por que tu a entregaste a este homem?
sociais interferem no contexto sociopolítico e ultrapassam
dimensões imediatas, como foi o caso das mobilizações O SERVIDOR — Tive piedade dela, mestre. Acreditei
operárias, ocorridas em 1979 na cidade de São Paulo. que ele a levaria ao país de onde vinha. Ele te salvou a
Nesse sentido, ao mesmo tempo em que lutavam por vida, mas para os piores males! Se és realmente aquele
seus direitos, essas mobilizações contribuíram com o(a) de quem ele fala, saibas que nasceste marcado pela
infelicidade.
A elaboração de novas políticas que garantiram a
estabilidade econômica do país. ÉDIPO — 2K$L GH PLP (QWmR QR ¿QDO WXGR VHULD
verdade! Ah! Luz do dia, que eu te veja aqui pela última
B instalação de empresas multinacionais no Brasil.
YH] Mi TXH KRMH PH UHYHOR R ¿OKR GH TXHP QmR GHYLD
C legalização dos sindicatos no Brasil. nascer, o esposo de quem não devia ser, o assassino de
D surgimento das políticas governamentais quem não deveria matar!
assistencialistas. SÓFOCLES. Édipo Rei. Porto Alegre: L&PM, 2011.
E processo de redemocratização do Brasil.
O trecho da obra de Sófocles, que expressa o núcleo da
tragédia grega, revela o(a)
QUESTÃO 03
A condenação eterna dos homens pela prática
A característica fundamental é que ele não é mais LQMXVWL¿FDGDGRLQFHVWR
somente um agricultor ou um pecuarista: ele combina B legalismo estatal ao punir com a prisão perpétua o
atividades agropecuárias com outras atividades não crime de parricídio.
agrícolas dentro ou fora de seu estabelecimento, tanto
nos ramos tradicionais urbano-industriais como nas C busca pela explicação racional sobre os fatos até
novas atividades que vêm se desenvolvendo no meio então desconhecidos.
rural, como lazer, turismo, conservação da natureza, D FDUiWHUDQWURSRPyU¿FRGRVGHXVHVQDPHGLGDHPTXH
moradia e prestação de serviços pessoais. imitavam os homens.
SILVA, J. G. O novo rural brasileiro. Revista Nova Economia, n. 1, maio 1997 (adaptado). E impossibilidade de o homem fugir do destino
predeterminado pelos deuses.
Essa nova forma de organização social do trabalho é
denominada
A terceirização.
B pluriatividade.
C agronegócio.
D cooperativismo.
E associativismo.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 3


*AZUL75SAB4*
QUESTÃO 05 QUESTÃO 06

Em virtude da importância dos grandes volumes de


matérias-primas na indústria química — eram necessárias
dez a doze toneladas de ingredientes para fabricar uma
tonelada de soda —, a indústria teve uma localização
EHP GH¿QLGD TXDVH TXH GHVGH R LQtFLR 2V WUrV FHQWURV
principais eram a área de Glasgow e as margens do
Mersey e do Tyne.
LANDES, D. S. Prometeu desacorrentado: transformação tecnológica e desenvolvimento
industrial na Europa ocidental, desde 1750 até a nossa época.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994.

A relação entre a localização das indústrias químicas


e das matérias-primas nos primórdios da Revolução
Industrial provocou a
A busca pela isenção de impostos.
B LQWHQVDTXDOL¿FDomRGDPmRGHREUD
C diminuição da distância dos mercados consumidores.
D concentração da produção em determinadas regiões
do país.
E necessidade do desenvolvimento de sistemas de
comunicação.

Xilogravura, 1869. O indígena, representando o Império, coroa QUESTÃO 07


com louros o monarca.
A Justiça de São Paulo decidiu multar os
Com seu manto real em verde e amarelo, as cores supermercados que não fornecerem embalagens de
da casa dos Habsburgo e Bragança, mas que lembravam papel ou material biodegradável. De acordo com a
também os tons da natureza do “Novo Mundo”, cravejado decisão, os estabelecimentos que descumprirem a
GHHVWUHODVUHSUHVHQWDQGRR&UX]HLURGR6XOH¿QDOPHQWH norma terão de pagar multa diária de R$ 20 mil, por ponto
com o cabeção de penas de papo de tucano em volta de venda. As embalagens deverão ser disponibilizadas
do pescoço, D. Pedro II foi coroado imperador do Brasil. GHJUDoDHHPTXDQWLGDGHVX¿FLHQWH
O monarca jamais foi tão tropical. Entre muitos ramos
Disponível em: www.estadao.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012 (adaptado).
de café e tabaco, coroado como um César em meio a
coqueiros e paineiras, D. Pedro transformava-se em A legislação e os atos normativos descritos estão
sinônimo da nacionalidade. ancorados na seguinte concepção:
SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos.
São Paulo: Cia. das Letras, 1998 (adaptado). A Implantação da ética comercial.
No Segundo Reinado, a Monarquia brasileira recorreu B Manutenção da livre concorrência.
ao simbolismo de determinadas figuras e alegorias. C Garantia da liberdade de expressão.
A análise da imagem e do texto revela que o objetivo de D Promoção da sustentabilidade ambiental.
tal estratégia era E Enfraquecimento dos direitos do consumidor.
A exaltar o modelo absolutista e despótico.
B valorizar a mestiçagem africana e nativa.
C reduzir a participação democrática e popular.
D mobilizar o sentimento patriótico e antilusitano.
E obscurecer a origem portuguesa e colonizadora.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 4


*AZUL75SAB5*
QUESTÃO 08 QUESTÃO 10
O número de votantes potenciais em 1872 era de
1 097 698, o que correspondia a 10,8% da população
total. Esse número poderia chegar a 13%, quando
separamos os escravos dos demais indivíduos.
Em 1886, cinco anos depois de a Lei Saraiva ter sido
aprovada, o número de cidadãos que poderiam se
TXDOL¿FDU HOHLWRUHV HUD GH   LVWR p  GD
população.
CASTELLUCCI, A. A. S. Trabalhadores, máquina política e eleições na Primeira
República. Disponível em: www.ifch.unicamp.br. Acesso em: 28 jul. 2012.

A explicação para a alteração envolvendo o número de


eleitores no período é a
A criação da Justiça Eleitoral.
B exigência da alfabetização.
C redução da renda nacional.
D exclusão do voto feminino.
E coibição do voto de cabresto.
Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br. Acesso em: 12 ago. 2012.

$ SURMHomR FDUWRJUi¿FD GR PDSD FRQ¿JXUDVH FRPR QUESTÃO 11


hegemônica desde a sua elaboração, no século XVI.
A sua principal contribuição inovadora foi a A justiça e a conformidade ao contrato consistem
em algo com que a maioria dos homens parece
A redução comparativa das terras setentrionais. concordar. Constitui um princípio julgado estender-se
B manutenção da proporção real das áreas até os esconderijos dos ladrões e às confederações dos
representadas. maiores vilões; até os que se afastaram a tal ponto da
própria humanidade conservam entre si a fé e as regras
C consolidação das técnicas utilizadas nas cartas
da justiça.
medievais.
LOCKE, J. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 2000 (adaptado).
D valorização dos continentes recém-descobertos
pelas Grandes Navegações. De acordo com Locke, até a mais precária coletividade
E adoção de um plano em que os paralelos fazem depende de uma noção de justiça, pois tal noção
ângulos constantes com os meridianos. A identifica indivíduos despreparados para a vida
em comum.
QUESTÃO 09
B contribui com a manutenção da ordem e do
Ações de educação patrimonial são realizadas equilíbrio social.
em diferentes contextos e localidades e têm mostrado C estabelece um conjunto de regras para a formação
resultados surpreendentes ao trazer à tona a autoestima da sociedade.
das comunidades. Em alguns casos, promovem o D determina o que é certo ou errado num contexto de
desenvolvimento local e indicam soluções inovadoras LQWHUHVVHVFRQÀLWDQWHV
de reconhecimento e salvaguarda do patrimônio cultural
E representa os interesses da coletividade, expressos
para muitas populações.
pela vontade da maioria.
PELEGRINI, S. C. A.; PINHEIRO, A. P. (Orgs.). Tempo, memória e
patrimônio cultural. Piauí: Edupi, 2010.

A valorização dos bens mencionados encontra-se


correlacionada a ações educativas que promovem a(s)
A evolução de atividades artesanais herdadas do
passado.
B representações sociais formadoras de identidades
coletivas.
C mobilizações políticas criadoras de tradições
culturais urbanas.
D hierarquização de festas folclóricas praticadas por
grupos locais.
E formação escolar dos jovens para o trabalho realizado
nas comunidades.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 5


*AZUL75SAB6*
QUESTÃO 12 QUESTÃO 13
Aquarela do Brasil $ JHRJUD¿D PXQGLDO GD LQRYDomR VRIUHX XPD
UHYLUDYROWD TXH PRELOL]D IDWRUHV KXPDQRV ¿QDQFHLURV
Brasil!
e tecnológicos.
Meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro Esforço humano: com 1,15 milhão de pesquisadores,
a China dispõe de um potencial equivalente a 82% da
Vou cantar-te nos meus versos
capacidade norte-americana e 79% da europeia; segundo
O Brasil, samba que dá a National Science Foundation norte-americana, o país
Bamboleio que faz gingar deverá concentrar 30% de todos os pesquisadores do
mundo até 2025.
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor (VIRUoR ¿QDQFHLUR HP  SHOD SULPHLUD YH] D
Brasil! Pra mim! Pra mim, pra mim! China apresentou um orçamento para pesquisa que a
colocou em segundo lugar no mundo — ainda bastante
Ah! Abre a cortina do passado longe dos Estados Unidos, mas à frente do Japão.
Tira a mãe preta do Cerrado Esforço tecnológico: em 2011, o país se tornou o
Bota o rei congo no congado primeiro depositante mundial de patentes, graças a uma
Brasil! Pra mim! estratégia nacional que visa passar do Made in China
(produzido na China) para o Designed in China (projetado
Deixa cantar de novo o trovador na China).
A merencória luz da lua CARROUÉ, L. Desindustrialização. Disponível em: www.diplomatique.org.br.
Toda canção do meu amor Acesso em: 30 jul. 2013 (adaptado).

Quero ver a sá dona caminhando O texto apresenta um novo fator a ser considerado
Pelos salões arrastando SDUD UHÀHWLU VREUH R SDSHO SURGXWLYR HQWUH RV SDtVHV
O seu vestido rendado representado pela
Brasil! Pra mim, pra mim, pra mim! A aplicação da ciência e tecnologia no desenvolvimento
ARY BARROSO. Aquarela do Brasil, 1939 (fragmento). produtivo, que aumenta o potencial inventivo.
Muito usual no Estado Novo de Vargas, a composição de B ampliação da capacidade da indústria de base, que
Ary Barroso é um exemplo típico de FRRSHUDSDUDGLYHUVL¿FDURVQtYHLVSURGXWLYRV
C H[SORUDomRGDPmRGHREUDEDUDWDTXHDWUDLÀX[RGH
A música de sátira. investimentos industriais para os países.
B samba exaltação.
D LQVHUomRGHSHVTXLVDVDSOLFDGDVDRVHWRU¿QDQFHLUR
C hino revolucionário. que incentiva a livre concorrência.
D propaganda eleitoral. E transnacionalização do capital industrial, que eleva os
E marchinha de protesto. lucros em escala planetária.

QUESTÃO 14

A demanda da comunidade afro-brasileira por


UHFRQKHFLPHQWR YDORUL]DomR H D¿UPDomR GH GLUHLWRV QR
que diz respeito à educação, passou a ser particularmente
apoiada com a promulgação da Lei 10.639/2003, que
alterou a Lei 9.394/1996, estabelecendo a obrigatoriedade
do ensino de história e cultura afro-brasileiras e africanas.
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnicorraciais e para
o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
Brasília: Ministério da Educação, 2005.

A alteração legal no Brasil contemporâneo descrita no


texto é resultado do processo de
A aumento da renda nacional.
B mobilização do movimento negro.
C melhoria da infraestrutura escolar.
D ampliação das disciplinas obrigatórias.
E politização das universidades públicas.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 6


*AZUL75SAB7*
QUESTÃO 15 QUESTÃO 16
A imagem da relação patrão-empregado geralmente TEXTO I
veiculada pelas classes dominantes brasileiras na Dezenas de milhares de pessoas compareceram
República Velha era de que esta relação se assemelhava à maior manifestação anti-troika (Comissão Europeia,
HPPXLWRVDVSHFWRVjUHODomRHQWUHSDLVH¿OKRV2SDWUmR Banco Central Europeu e FMI) em Atenas contra a
era uma espécie de “juiz doméstico” que procurava guiar austeridade e os cortes de gastos públicos aprovados
e aconselhar o trabalhador, que, em troca, devia realizar neste domingo no parlamento grego.
suas tarefas com dedicação e respeitar o seu patrão. Disponível em: www.cartamaior.com.br. Acesso em: 8 nov. 2013.
CHALHOUB, S. Trabalho, lar e botequim: o cotidiano dos trabalhadores do
TEXTO II
Rio de Janeiro da Belle Époque. Campinas: Unicamp, 2001.
As políticas de austeridade transferem o ônus
No contexto da transição do trabalho escravo para o econômico para as classes trabalhadoras. Para diminuir
trabalho livre, a construção da imagem descrita no texto RV SUHMXt]RV GR FDSLWDO ¿QDQFHLUR VRFLDOL]DP DV SHUGDV
tinha por objetivo entre as classes trabalhadoras. O capitalismo não foi
A HVYD]LDU R FRQÀLWR GH XPD UHODomR EDVHDGD capaz de integrar os trabalhadores e ao mesmo tempo
na desigualdade entre os indivíduos que dela protegê-los.
participavam. Entrevista com Ruy Braga. Revista IHU online. Disponível em: www.ihu.unisinos.br.
Acesso em: 8 nov. 2013 (adaptado).
B driblar a lentidão da nascente Justiça do Trabalho,
TXHQmRFRQVHJXLDFRQWHURVFRQÀLWRVFRWLGLDQRV Diante dos fatos e da análise apresentados, a política
C separar os âmbitos público e privado na organização econômica e a demanda popular correlacionada
GR WUDEDOKR SDUD DXPHQWDU D H¿FLrQFLD GRV encontram-se, respectivamente, em
funcionários. A controle da dívida interna e implementação das
D burlar a aplicação das leis trabalhistas conquistadas regras patronais.
pelos operários nos primeiros governos civis do B afrouxamento da economia de mercado e superação
período republicano. da lógica individualista.
E compensar os prejuízos econômicos sofridos pelas C DSOLFDomR GH SODQR GHVHQYROYLPHQWLVWD H D¿UPDomR
elites em função da ausência de indenização pela das conquistas neoliberais.
libertação dos escravos. D defesa dos interesses corporativos do capital e
manutenção de direitos sociais.
E mudança na estrutura do sistema produtivo e
democratização do acesso ao trabalho.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 7


*AZUL75SAB8*
QUESTÃO 17 QUESTÃO 19
A Lei das Doze Tábuas, de meados do século V a.C.,
¿[RXSRUHVFULWRXPYHOKRGLUHLWRFRVWXPHLUR1RUHODWLYR
às dívidas não pagas, o código permitia, em última
análise, matar o devedor; ou vendê-lo como escravo “do
outro lado do Tibre” — isto é, fora do território de Roma.
CARDOSO, C. F. S. O trabalho compulsório na Antiguidade. Rio de Janeiro: Graal, 1984.

A referida lei foi um marco na luta por direitos na Roma


Antiga, pois possibilitou que os plebeus
A PRGL¿FDVVHP D HVWUXWXUD DJUiULD DVVHQWDGD QR
latifúndio.
B exercessem a prática da escravidão sobre seus
devedores.
C conquistassem a possibilidade de casamento com ILLINGWORTH, L. G. Outubro de 1962. Disponível em: www.llgc.org.uk. Acesso em: 8 mar. 2016.
os patrícios.
D ampliassem a participação política nos cargos A charge faz alusão à intensa rivalidade entre as duas
políticos públicos. maiores potências do século XX. O momento mais tenso
dessa disputa foi provocado pela
E reinvindicassem as mudanças sociais com base no
conhecimento das leis. A ampliação da Guerra do Vietnã.
B construção do muro de Berlim.
QUESTÃO 18 C instalação de mísseis em Cuba.
Os andróginos tentaram escalar o céu para combater D eclosão da Guerra dos Sete Dias.
os deuses. No entanto, os deuses em um primeiro E invasão do território do Afeganistão.
momento pensam em matá-los de forma sumária. Depois
decidem puni-los da forma mais cruel: dividem-nos em
dois. Por exemplo, é como se pegássemos um ovo cozido
e, com uma linha, dividíssemos ao meio. Desta forma, até
hoje as metades separadas buscam reunir-se. Cada um
com saudade de sua metade, tenta juntar-se novamente a
ela, abraçando-se, enlaçando-se um ao outro, desejando
formar um único ser.
PLATÃO. O banquete. São Paulo: Nova Cultural, 1987.

No trecho da obra O banquete, Platão explicita, por meio


de uma alegoria, o
A EHPVXSUHPRFRPR¿PGRKRPHP
B prazer perene como fundamento da felicidade.
C ideal inteligível como transcendência desejada.
D amor como falta constituinte do ser humano.
E autoconhecimento como caminho da verdade.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 8


*AZUL75SAB9*
QUESTÃO 20
Em 1967, o geógrafo brasileiro Pedro Pinchas Geiger propôs uma divisão regional do país em regiões
geoeconômicas ou complexos regionais. Essa divisão baseia-se no processo histórico de formação do território
EUDVLOHLUROHYDQGRHPFRQWDHVSHFLDOPHQWHRVHIHLWRVGDLQGXVWULDOL]DomR'HVVDIRUPDEXVFDVHUHÀHWLUDUHDOLGDGH
do país e compreender seus mais profundos contrastes.

Disponível em: http://educacao.uol.com.br. Acesso em: 23 ago. 2012 (adaptado).

A divisão em regiões geoeconômicas ou complexos regionais encontra-se na seguinte representação:

N N

A D

N N

B E

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 9


*AZUL75SAB10*
QUESTÃO 21 QUESTÃO 22
TEXTO I Pode-se admitir que a experiência passada dá
Cidadão somente uma informação direta e segura sobre
Tá vendo aquele edifício, moço? determinados objetos em determinados períodos do
Ajudei a levantar tempo, dos quais ela teve conhecimento. Todavia, é esta
)RLXPWHPSRGHDÀLomR a principal questão sobre a qual gostaria de insistir: por
que esta experiência tem de ser estendida a tempos
Eram quatro condução
futuros e a outros objetos que, pelo que sabemos,
Duas pra ir, duas pra voltar
unicamente são similares em aparência. O pão que
Hoje depois dele pronto
outrora comi alimentou-me, isto é, um corpo dotado de
2OKRSUDFLPDH¿FRWRQWR
tais qualidades sensíveis estava, a este tempo, dotado
Mas me vem um cidadão
de tais poderes desconhecidos. Mas, segue-se daí que
(PHGL]GHVFRQ¿DGR
este outro pão deve também alimentar-me como ocorreu
“Tu tá aí admirado
na outra vez, e que qualidades sensíveis semelhantes
Ou tá querendo roubar?”
devem sempre ser acompanhadas de poderes ocultos
Meu domingo tá perdido
semelhantes? A consequência não parece de nenhum
Vou pra casa entristecido
modo necessária.
Dá vontade de beber
HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1995.
E pra aumentar meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio O problema descrito no texto tem como consequência a
Que eu ajudei a fazer.
A universabilidade do conjunto das proposições de
observação.
BARBOSA, L. In: ZÉ RAMALHO. 20 Super Sucessos.
Rio de Janeiro: Sony Music, 1999 (fragmento).
B QRUPDWLYLGDGHGDVWHRULDVFLHQWt¿FDVTXHVHYDOHPGD
TEXTO II experiência.
2 WUDEDOKDGRU ¿FD PDLV SREUH j PHGLGD TXH SURGX] C GL¿FXOGDGH GH VH IXQGDPHQWDU DV OHLV FLHQWt¿FDV HP
mais riqueza e sua produção cresce em força e extensão. bases empíricas.
O trabalhador torna-se uma mercadoria ainda mais barata
D inviabilidade de se considerar a experiência na
à medida que cria mais bens. Esse fato simplesmente
construção da ciência.
subentende que o objeto produzido pelo trabalho, o seu
produto, agora se lhe opõe como um ser estranho, como E FRUUHVSRQGrQFLD HQWUH D¿UPDo}HV VLQJXODUHV H
uma força independente do produtor. D¿UPDo}HVXQLYHUVDLV
MARX, K. 0DQXVFULWRVHFRQ{PLFRV¿ORVy¿FRV(Primeiro manuscrito).
São Paulo: Boitempo Editorial, 2004 (adaptado).

Com base nos textos, a relação entre trabalho e modo de


produção capitalista é
A baseada na desvalorização do trabalho
especializado e no aumento da demanda social por
novos postos de emprego.
B fundada no crescimento proporcional entre o
número de trabalhadores e o aumento da produção
de bens e serviços.
C estruturada na distribuição equânime de renda e no
declínio do capitalismo industrial e tecnocrata.
D instaurada a partir do fortalecimento da luta de
classes e da criação da economia solidária.
E derivada do aumento da riqueza e da ampliação da
exploração do trabalhador.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 10


*AZUL75SAB11*
QUESTÃO 23 QUESTÃO 25
TEXTO I A história não corresponde exatamente ao que foi
O Cerrado brasileiro apresenta diversos aspectos realmente conservado na memória popular, mas àquilo
favoráveis, mas tem como problema a baixa fertilidade de que foi selecionado, escrito, descrito, popularizado e
seus solos. A grande maioria é ácido, com baixo pH. institucionalizado por quem estava encarregado de fazê-lo.
Disponível em: www.fmb.edu.br. Acesso em: 21 dez. 2012 (adaptado).
Os historiadores, sejam quais forem seus objetivos, estão
envolvidos nesse processo, uma vez que eles contribuem,
TEXTO II conscientemente ou não, para a criação, demolição e
O crescimento da participação da Região Central do reestruturação de imagens do passado que pertencem
Brasil na produção de soja foi estimulado, entre outros não só ao mundo da investigação especializada, mas
IDWRUHV SRU DYDQoRV FLHQWt¿FRV HP WHFQRORJLDV SDUD também à esfera pública na qual o homem atua como
manejo de solos. ser político.
Disponível em: www.conhecer.org.br. Acesso em: 19 dez. 2012 (adaptado). HOBSBAWN, E.; RANGER, T. A invenção das tradições.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984 (adaptado).
Nos textos, são apresentados aspectos do processo
Uma vez que a neutralidade é inalcançável na atividade
de ocupação de um bioma brasileiro. Uma tecnologia
PHQFLRQDGDpWDUHIDGRSUR¿VVLRQDOHQYROYLGR
que permite corrigir os limites impostos pelas condições
naturais está indicada em: A criticar as ideias dominantes.
A Calagem. B respeitar os interesses sociais.
B Hidroponia. C defender os direitos das minorias.
C Terraceamento. D explicitar as escolhas realizadas.
D Cultivo orgânico. E VDWLVID]HURV¿QDQFLDGRUHVGHSHVTXLVDV
E Rotação de culturas. QUESTÃO 26
QUESTÃO 24 Cúpula dos Povos começa como
contraponto à Rio+20
A favela é vista como um lugar sem ordem, capaz
de ameaçar os que nela não se incluem. Atribuir-lhe a (QTXDQWR D FRQIHUrQFLD R¿FLDO QR 5LRFHQWUR QD
LGHLD GH SHULJR p R PHVPR TXH UHD¿UPDU RV YDORUHV H Barra, é restrita a participantes credenciados, que
estruturas da sociedade que busca viver diferentemente só entram depois de passar por um forte controle de
GR TXH VH FRQVLGHUD YLYHU QD IDYHOD $OJXQV R¿FLDQWHV segurança, a Cúpula dos Povos é aberta ao público,
do direito, ao defenderem ou acusarem réus moradores em tendas ao ar livre no Aterro do Flamengo. Ela é
de favelas, usam em seus discursos representações aberta também às tribos e discussões mais diversas,
previamente formuladas pela sociedade e incorporadas em mesas de debate e painéis geridos pelos próprios
QHVVH FDPSR SUR¿VVLRQDO 6XDV IDODV VH IXQGDPHQWDP participantes, buscando promover a mobilização social.
nas representações inventadas a respeito da favela e Problemas ambientais, econômicos, sociais, políticos
que acabam por marcar a identidade dos indivíduos que H GH PLQRULDV VHUmR GLVFXWLGRV QR HYHQWR D¿UPD XPD
nela residem. ativista norte-americana, em alusão ao movimento que
RINALDI, A. Marginais, delinquentes e vítimas: um estudo sobre a representação da categoria ocupou Wall Street, em Nova York, no ano passado.
favelado no tribunal do júri da cidade do Rio de Janeiro. In: ZALUAR, A.; ALVITO, M. (Orgs.).
Um século de favela. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1998. Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 14 ago. 2012.

O estigma apontado no texto tem como consequência o(a) Uma articulação entre as agendas ambientalistas e a
antiglobalização indica a
A aumento da impunidade criminal.
B enfraquecimento dos direitos civis. A KXPDQL]DomRGRVLVWHPDFDSLWDOLVWD¿QDQFHLUR
C distorção na representação política. B consolidação do movimento operário internacional.
D crescimento dos índices de criminalidade. C promoção de consenso com as elites políticas locais.
E LQH¿FLrQFLDGDVPHGLGDVVRFLRHGXFDWLYDV D constituição de espaços de debates transversais
globais.
E construção das pautas com os partidos políticos
socialistas.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 11


*AZUL75SAB12*
QUESTÃO 27

THAVES. Jornal do Brasil, 19 fev. 1997 (adaptado).

A forma de organização interna da indústria citada gera a seguinte consequência para a mão de obra nela inserida:
A Ampliação da jornada diária.
B Melhoria da qualidade do trabalho.
C Instabilidade nos cargos ocupados.
D (¿FLrQFLDQDSUHYHQomRGHDFLGHQWHV
E Desconhecimento das etapas produtivas.
QUESTÃO 28

FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. 'p¿FLWKDELWDFLRQDOPXQLFLSDOQR%UDVLO. Belo Horizonte: FJP/CEI, 2013.

Relacionando as informações do mapa com o processo de ocupação brasileiro, as áreas de maior precariedade
estão associadas
A ao fenômeno da marcha para o oeste.
B à divergência de poderes políticos locais.
C ao processo de ocupação imigratória tardia.
D à presença de espaços de baixo potencial produtivo.
E a baixos investimentos públicos em equipamentos urbanos.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 12
*AZUL75SAB13*
QUESTÃO 29 QUESTÃO 31
TEXTO I
Até aqui expus a natureza do homem (cujo orgulho e
outras paixões o obrigaram a submeter-se ao governo),
juntamente com o grande poder do seu governante,
o qual comparei com o Leviatã, tirando essa comparação
dos dois últimos versículos do capítulo 41 de Jó, onde
Deus, após ter estabelecido o grande poder do Leviatã,
lhe chamou Rei dos Soberbos. Não há nada na Terra,
disse ele, que se lhe possa comparar.
HOBBES, T. O Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
AROEIRA. Disponível em: http://appsodia.ig.com.br. Acesso em: 19 jun. 2012 (adaptado).
TEXTO II
O processo ambiental ao qual a charge faz referência
tende a se agravar em função do(a) Eu asseguro, tranquilamente, que o governo civil é a
A H[SDQVmRJUDGXDOGDViUHDVGHGHVHUWL¿FDomR solução adequada para as inconveniências do estado de
natureza, que devem certamente ser grandes quando os
B aumento acelerado do nível médio dos oceanos.
homens podem ser juízes em causa própria, pois é fácil
C FRQWUROH H¿FD] GD HPLVVmR DQWUySLFD GH JDVHV
poluentes. imaginar que um homem tão injusto a ponto de lesar o
D crescimento paulatino do uso de fontes energéticas LUPmR GL¿FLOPHQWH VHUi MXVWR SDUD FRQGHQDU D VL PHVPR
alternativas. pela mesma ofensa.
E dissenso político entre países componentes de LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. Petrópolis: Vozes, 1994.
acordos climáticos internacionais.
Thomas Hobbes e John Locke, importantes teóricos
QUESTÃO 30 contratualistas, discutiram aspectos ligados à natureza
humana e ao Estado. Thomas Hobbes, diferentemente de
Arrependimentos terminais John Locke, entende o estado de natureza como um(a)
Em Antes de partir, uma cuidadora especializada em A condição de guerra de todos contra todos, miséria
doentes terminais fala do que eles mais se arrependem universal, insegurança e medo da morte violenta.
na hora de morrer. “Não deveria ter trabalhado tanto”, diz
XPGRVSDFLHQWHV³'HVHMDULDWHU¿FDGRHPFRQWDWRFRP B organização pré-social e pré-política em que o homem
meus amigos”, lembra outro. “Desejaria ter coragem de nasce com os direitos naturais: vida, liberdade,
expressar meus sentimentos.” “Não deveria ter levado a igualdade e propriedade.
vida baseando-me no que esperavam de mim”, diz um
C capricho típico da menoridade, que deve ser
terceiro. Há cem anos ou cinquenta, quem sabe, sem
dúvida seriam outros os arrependimentos terminais. eliminado pela exigência moral, para que o homem
“Gostaria de ter sido mais útil à minha pátria.” “Deveria possa constituir o Estado civil.
ter sido mais obediente a Deus.” “Gostaria de ter deixado D situação em que os homens nascem como detentores
mais patrimônio aos meus descendentes.” de livre-arbítrio, mas são feridos em sua livre decisão
COELHO, M. Folha de São Paulo, 2 jan. 2013. pelo pecado original.
O texto compara hipoteticamente dois padrões morais E estado de felicidade, saúde e liberdade que é
que divergem por se basearem respectivamente em destruído pela civilização, que perturba as relações
A satisfação pessoal e valores tradicionais. sociais e violenta a humanidade.
B relativismo cultural e postura ecumênica.
C tranquilidade espiritual e costumes liberais.
D UHDOL]DomRSUR¿VVLRQDOHFXOWRjSHUVRQDOLGDGH
E engajamento político e princípios nacionalistas.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 13


*AZUL75SAB14*
QUESTÃO 32 QUESTÃO 34
20RYLPHQWR1HJUR8QL¿FDGR 018 GLVWLQJXHVHGR As convicções religiosas dos escravos eram
Teatro Experimental do Negro (TEN) por sua crítica ao entretanto colocadas a duras provas quando de
discurso nacional hegemônico. Isto é, enquanto o TEN sua chegada ao Novo Mundo, onde eram batizados
defende a plena integração simbólica dos negros na obrigatoriamente “para a salvação de sua alma” e
identidade nacional “híbrida”, o MNU condena qualquer deviam curvar-se às doutrinas religiosas de seus
tipo de assimilação, fazendo do combate à ideologia da mestres. Iemanjá, mãe de numerosos outros orixás,
democracia racial uma das suas principais bandeiras de foi sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, e
luta, visto que, aos olhos desse movimento, a igualdade Nanã Buruku, a mais idosa das divindades das águas,
formal assegurada pela lei entre negros e brancos e foi comparada a Sant’Ana, mãe da Virgem Maria.
a difusão do mito de que a sociedade brasileira não é VERGER, P. Orixás: deuses iorubás na África e no Novo Mundo. São Paulo: Corrupio, 1981.
racista teriam servido para sustentar, ideologicamente, a
opressão racial. O sincretismo religioso no Brasil colônia foi uma estratégia
utilizada pelos negros escravizados para
COSTA, S. Dois Atlânticos: teoria social, antirracismo, cosmopolitismo.
Belo Horizonte: UFMG, 2006 (adaptado).
A compreender o papel do sagrado para a cultura
No texto, são comparadas duas organizações do europeia.
movimento negro brasileiro, criadas em diferentes B garantir a aceitação pelas comunidades dos
contextos históricos: o TEN, em 1944, e o MNU, em 1978. convertidos.
Ao assumir uma postura divergente da do TEN, o C preservar as crenças e a sua relação com o sagrado.
MNU pretendia
D integrar as distintas culturas no Novo Mundo.
A pressionar o governo brasileiro a decretar a E possibilitar a adoração de santos católicos.
igualdade racial.
B denunciar a permanência do racismo nas relações
sociais.
C contestar a necessidade da igualdade entre negros
e brancos.
D defender a assimilação do negro por meios não
democráticos.
E divulgar a ideia da miscigenação como marca da
nacionalidade.

QUESTÃO 33
A presença de uma corrente migratória por si só não
explica a condição de vida dos imigrantes. Esta será
somente a aparência de um fenômeno mais profundo,
estruturado em relações socioeconômicas muitas vezes
perversas. É o que podemos dizer dos indivíduos que são
deslocados do campo para as cidades e obrigados a viver
em condições de vida culturalmente diferentes das que
vivenciaram em seu lugar de origem.
SCARLATO, F. C. População e urbanização brasileira. In: ROSS, J. L. S.
*HRJUD¿DGR%UDVLO. São Paulo: Edusp, 2009.

O texto faz referência a um movimento migratório que


UHÀHWHR D
A processo de deslocamento de trabalhadores
motivados pelo aumento da oferta de empregos
no campo.
B dinâmica experimentada por grande quantidade
de pessoas, que resultou no inchaço das grandes
cidades.
C SHUPXWD GH ORFDLV HVSHFt¿FRV REHGHFHQGR D
fatores cíclicos naturais.
D circulação de pessoas diariamente em função do
emprego.
E cultura de localização itinerante no espaço.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 14


*AZUL75SAB15*
QUESTÃO 35 QUESTÃO 37
Quando a Corte chegou ao Rio de Janeiro, a
Lado ocupado pelo motorista em um automóvel
Colônia tinha acabado de passar por uma explosão
populacional. Em pouco mais de cem anos, o número
de habitantes aumentara dez vezes.
GOMES, L. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma Corte corrupta
enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil.
São Paulo: Planeta do Brasil, 2008 (adaptado).

$DOWHUDomRGHPRJUi¿FDGHVWDFDGDQRSHUtRGRWHYHFRPR
causa a atividade
A cafeeira, com a atração da imigração europeia.
B LQGXVWULDOFRPDLQWHQVL¿FDomRGRr[RGRUXUDO
C PLQHUDGRUDFRPDDPSOLDomRGRWUi¿FRDIULFDQR
D canavieira, com o aumento do apresamento indígena.
E manufatureira, com a incorporação do trabalho
assalariado.

QUESTÃO 36
Disponível em: http://repairpal.com. Acesso em: 14 jan. 2014 (adaptado).
O processo de justiça é um processo ora de A interpretação da imagem demonstra que a distribuição
GLYHUVL¿FDomR GR GLYHUVR RUD GH XQL¿FDomR GR LGrQWLFR de países onde se dirige do lado direito coincide, em
A igualdade entre todos os seres humanos em relação JUDQGH SDUWH FRP D ]RQD GH LQÀXrQFLD RX GRPLQDomR
aos direitos fundamentais é o resultado de um processo exercida pela
de gradual eliminação de discriminações e, portanto,
GH XQL¿FDomR GDTXLOR TXH LD VHQGR UHFRQKHFLGR FRPR A Índia.
idêntico: uma natureza comum do homem acima de B Austrália.
qualquer diferença de sexo, raça, religião etc. C Inglaterra.
BOBBIO, N. Teoria geral da políticaD¿ORVR¿DSROtWLFDHDVOLo}HVGRVFOiVVLFRV D Indonésia.
Rio de Janeiro: Campus, 2000.
E África do Sul.
De acordo com o texto, a construção de uma sociedade
democrática fundamenta-se em: QUESTÃO 38
A A norma estabelecida pela disciplina social.
Ninguém delibera sobre coisas que não podem
B A pertença dos indivíduos à mesma categoria. ser de outro modo, nem sobre as que lhe é impossível
C A ausência de constrangimentos de ordem pública. ID]HU 3RU FRQVHJXLQWH FRPR R FRQKHFLPHQWR FLHQWt¿FR
D A debilitação das esperanças na condição humana. envolve demonstração, mas não há demonstração de
coisas cujos primeiros princípios são variáveis (pois todas
E A garantia da segurança das pessoas e valores elas poderiam ser diferentemente), e como é impossível
sociais. deliberar sobre coisas que são por necessidade, a
sabedoria prática não pode ser ciência, nem arte: nem
ciência, porque aquilo que se pode fazer é capaz de
ser diferentemente, nem arte, porque o agir e o produzir
são duas espécies diferentes de coisa. Resta, pois,
a alternativa de ser ela uma capacidade verdadeira e
raciocinada de agir com respeito às coisas que são boas
ou más para o homem.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1980.

Aristóteles considera a ética como pertencente ao campo


do saber prático. Nesse sentido, ela difere-se dos outros
saberes porque é caracterizada como
A FRQGXWDGH¿QLGDSHODFDSDFLGDGHUDFLRQDOGHHVFROKD
B capacidade de escolher de acordo com padrões
FLHQWt¿FRV
C conhecimento das coisas importantes para a vida
do homem.
D técnica que tem como resultado a produção de
boas ações.
E política estabelecida de acordo com padrões
democráticos de deliberação.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 15
*AZUL75SAB16*
QUESTÃO 39 QUESTÃO 41
Simples, saborosa e, acima de tudo, exótica. Se a
culinária brasileira tem o tempero do estranhamento,
esta verdade decorre de dois elementos: a dimensão
GRWHUULWyULRHDLQ¿QLGDGHGHLQJUHGLHQWHV3HUFHEHVH
que o segredo da cozinha brasileira é a mistura com
ingredientes e técnicas indígenas. É esse o elemento
que a torna autêntica.
POMBO, N. Cardápio Brasil. Nossa História, n. 29, mar. 2006 (adaptado).

O processo de formação identitária descrito no texto está


associado à
A imposição de rituais sagrados.
B assimilação de tradições culturais.
C WLSL¿FDomRGHKiELWRVFRPXQLWiULRV
D hierarquização de conhecimentos tribais.
E superação de diferenças etnorraciais.
“Precauções que aconselhamos à Sua Alteza,
QUESTÃO 40 o Sr. Conde D’Eu, quando tiver de visitar escolas.
Se Sua Alteza imitasse o seu augusto sogro, Dom
Durante as três últimas décadas, algumas regiões Pedro II, não teria nunca ocasião de contestar
do Centro-Sul do Brasil mudaram do ponto de vista da fatos históricos”.
organização humana, dos espaços herdados da natureza,
AGOSTINI, A. Revista Illustrada, n. 309, 29 jul. 1882 (adaptado).
incorporando padrões que abafaram, por substituição
parcial, anteriores estruturas sociais e econômicas. Segundo a charge, os últimos anos da Monarquia foram
Essas mudanças ocorreram, principalmente, devido à marcados por
implantação de infraestruturas viárias e energéticas,
além da descoberta de impensadas vocações dos solos A debates promovidos em espaços públicos, contando
regionais para atividades agrárias rentáveis. com a presença da família real.
AB’SABER, A. N. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas.
B atividades intensas realizadas pelo Conde D'Eu,
São Paulo: Ateliê Editorial, 2003 (adaptado). numa tentativa de salvar o regime monárquico.
A transformação regional descrita está relacionada ao C revoltas populares em escolas, com o intuito de
seguinte processo característico desse espaço rural: destituir o monarca do poder e coroar o seu genro.
D críticas oriundas principalmente da imprensa,
A Expansão do mercado interno. colocando em dúvida a continuidade do regime
B Valorização do manejo familiar. político.
C Exploração de espécies nativas. E dúvidas em torno da validade das medidas tomadas
D Modernização de métodos produtivos. pelo imperador, fazendo com que o Conde D'Eu
assumisse o governo.
E Incorporação de mão de obra abundante.
QUESTÃO 42
Quando surgiram as primeiras notícias sobre a
presença de seres estranhos, chegados em barcos
grandes como montanhas, que montavam numa espécie
de veados enormes, tinham cães grandes e ferozes e
possuíam instrumentos lançadores de fogo, Montezuma
HVHXVFRQVHOKHLURV¿FDUDPSHQVDQGRGHXPODGRWDOYH]
Quetzalcóatl houvesse regressado, mas, de outro, não
WLQKDPHVVDFRQ¿UPDomR
PINSKY, J. et. al. História da América através de textos. São Paulo: Contexto, 2007 (adaptado).

A dúvida apresentada inseria-se no contexto da chegada


dos primeiros europeus à América, e sua origem estava
relacionada ao
A domínio da religião e do mito.
B exercício do poder e da política.
C controle da guerra e da conquista.
D QDVFLPHQWRGD¿ORVR¿DHGDUD]mR
E desenvolvimento da ciência e da técnica.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 16


*AZUL75SAB17*
QUESTÃO 43 QUESTÃO 44
)XQGDPRV FRPR D¿UPDP DOJXQV FLHQWLVWDV R
antropoceno: uma nova era geológica com altíssimo poder
GHGHVWUXLomRIUXWRGRV~OWLPRVVpFXORVTXHVLJQL¿FDUDP
um transtorno perverso do equilíbrio do sistema-Terra.
Como enfrentar esta nova situação nunca ocorrida antes
de forma globalizada e profunda? Temos pessoalmente
trabalhado os paradigmas da sustentabilidade e do
cuidado como relação amigável e cooperativa para
com a natureza. Queremos, agora, agregar a ética da
responsabilidade.
BOFF, L. Responsabilidade coletiva. Disponível em: http://leonardoboff.wordpress.com.
Acesso em: 14 maio 2013.

$ pWLFD GD UHVSRQVDELOLGDGH SURWDJRQL]DGD SHOR ¿OyVRIR


alemão Hans Jonas e reinvindicada no texto é expressa
pela máxima:
A "A tua ação possa valer como norma para todos
os homens."
B "A norma aceita por todos advenha da ação
comunicativa e do discurso."
C "A tua ação possa produzir a máxima felicidade para
a maioria das pessoas."
D 2 WHX DJLU DOPHMH DOFDQoDU GHWHUPLQDGRV ¿QV TXH
SRVVDPMXVWL¿FDURVPHLRV
E "O efeito de tuas ações não destrua a possibilidade
futura da vida das novas gerações."
BROCOS, R. A redenção de Cam, 1895.
Disponível em: http://mnba.gov.br. Acesso em: 13 jan. 2013.

Na imagem, o autor procura representar as diferentes


gerações de uma família associada a uma noção
consagrada pelas elites intelectuais da época, que
era a de
A defesa da democracia racial.
B idealização do universo rural.
C crise dos valores republicanos.
D constatação do atraso sertanejo.
E embranquecimento da população.

QUESTÃO 45
O mercado tende a gerir e regulamentar todas as
atividades humanas. Até há pouco, certos campos
— cultura, esporte, religião — ficavam fora do seu
alcance. Agora, são absorvidos pela esfera do
mercado. Os governos confiam cada vez mais nele
(abandono dos setores de Estado, privatizações).
RAMONET, I. Guerras do século XXI: novos temores e novas ameaças.
Petrópolis: Vozes, 2003.

No texto é apresentada uma lógica que constitui


uma característica central do seguinte sistema
socioeconômico:
A Socialismo.
B Feudalismo.
C Capitalismo.
D Anarquismo.
E Comunitarismo.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 17
Gabarito 2016
1° DIA
CADERNO 1 – AZUL

2ª APLICAÇÃO

CIÊNCIAS HUMANAS CIÊNCIAS DA NATUREZA


E SUAS TECNOLOGIAS E SUAS TECNOLOGIAS

QUESTÃO GABARITO QUESTÃO GABARITO


1 D 46 A
2 E 47 A
3 B 48 D
4 E 49 C
5 E 50 A
6 D 51 C
7 D 52 C
8 E 53 E
9 B 54 C
10 B 55 A
11 B 56 C
12 B 57 D
13 A 58 E
14 B 59 D
15 A 60 Anulado
16 D 61 C
17 E 62 C
18 D 63 D
19 C 64 C
20 B 65 C
21 E 66 A
22 C 67 A
23 A 68 C
24 B 69 B
25 D 70 C
26 D 71 B
27 E 72 D
28 E 73 E
29 E 74 B
30 A 75 E
31 A 76 B
32 B 77 A
33 B 78 C
34 C 79 C
35 C 80 A
36 B 81 E
37 C 82 B
38 A 83 D
39 B 84 E
40 D 85 B
41 D 86 B
42 A 87 E
43 E 88 D
44 E 89 A
45 C 90 B
* BR0 9 7 5 SAB2 * 2016

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS


Questões de 01 a 45
QUESTÃO 01
2VJDUJDORVURGRYLiULRVGR%UDVLOHRFDyWLFRWUkQVLWRGDVVXDVPHWUySROHVIRUoDPRVJRYHUQRVHVWDGXDLVHIHGHUDO
DUHWRPDURVSODQRVGHLPSODQWDomRGRVWUHQVUHJLRQDLV'XUDQWHDV~OWLPDVTXDWURGpFDGDVDPDOKDIHUURYLiULDIRL
HVTXHFLGDHVXFDWHDGDWDQWRTXHKRMHHPWRGRRSDtVDSHQDVGXDVOLQKDVGHSDVVDJHLURVHVWmRHPIXQFLRQDPHQWR
7UDQVSRUWDPPLOKmRGHSHVVRDVHQWUH%HOR+RUL]RQWH 0* H9LWyULD (6 HHQWUH6mR/XtV 0$ H&DUDMiV 3$ ʊDV
GXDVRSHUDGDVSHODPLQHUDGRUD9DOH1RVDQRVPDLVGHPLOK}HVGHSDVVDJHLURVXWLOL]DYDPWUHQVLQWHUXUEDQRV
QRWHUULWyULRQDFLRQDO
'LVSRQtYHOHPZZZHVWDGDRFRPEU$FHVVRHPVHW

2VXFDWHDPHQWRGRPHLRGHWUDQVSRUWHGHVFULWRIRLSURYRFDGRSHOD
A redução da demanda populacional por trens interurbanos.
B LQDGHTXDomRGRVWUDMHWRVHPIXQomRGDH[WHQVmRGRSDtV
C SUHFDUL]DomRWHFQROyJLFDIUHQWHDRXWURVPHLRVGHGHVORFDPHQWR
D SULRUL]DomRGDPDOKDURGRYLiULDQRSHUtRGRGHPRGHUQL]DomRGRHVSDoR
E DPSOLDomRGRVSUREOHPDVDPELHQWDLVDVVRFLDGRVjFRQVHUYDomRGDVIHUURYLDV.
QUESTÃO 02

'$+0(5$'LVSRQtYHOHPKWWSPDOYDGRVZRUGSUHVVFRP$FHVVRHPGH]

$QDOLVDURSURFHVVRDWXDOGHFLUFXODomRHGHDUPD]HQDPHQWRGHGHWHUPLQDGRVEHQVFXOWXUDLVGLDQWHGDWUDQVIRUPDomR
GHFRUUHQWHGRLPSDFWRGHQRYDVWHFQRORJLDVLQGLFDTXHKRMH
A DVP~VLFDVHRVWH[WRVWrPSULYLOHJLDGRXPIRUPDWRGLJLWDOWRUQDQGRLQDGPLVVtYHOVXDDFXPXODomR
B DUHGHPXQGLDOGHFRPSXWDGRUHVDFDEDFRPRFKDPDGRGLUHLWRDXWRUDOTXHpLQDSOLFiYHOHPUHODo}HVYLUWXDLV
C DVHJXUDQoDHDLQFOXVmRGLJLWDOVmRSUREOHPDVH[SRQGRDLPSRVVLELOLGDGHGHUHDOL]DUXPFRPpUFLRIHLWRon-line.
D DVPtGLDVGLJLWDLVHDLQWHUQHWSHUPLWLUDPPDLRUÀX[RGHVVHVSURGXWRVSRLVVHXDF~PXORLQGHSHQGHGHJUDQGHV
bases materiais.
E DSLUDWDULDpRUHFXUVRXWLOL]DGRSHORVFRQVXPLGRUHVYLVWRTXHVmRLPSHGLGRVGHDGTXLULUOHJDOPHQWHDOJRGHVSURYLGR
GHVXSRUWHItsico.
&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
2016 * BR0 9 7 5 SAB3 *
QUESTÃO 03 QUESTÃO 05

$ FHQD GH WmR FRWLGLDQD Mi QmR FDXVD PDLV 'H DOFDQFH QDFLRQDO R 0RYLPHQWR GRV
HVWUDQKH]DD,VDEHO6ZDQ$RERWDUREDUFRQDViJXDVGD 7UDEDOKDGRUHV 5XUDLV 6HP 7HUUD 067  UHSUHVHQWD
%DtDGH*XDQDEDUDDYHOHMDGRUDSUHFLVDVHGHVYHQFLOKDU D LQFRUSRUDomR j YLGD SROtWLFD GH SDUFHOD LPSRUWDQWH
GH VDFRV SOiVWLFRV WDPSLQKDV GH UHIULJHUDQWHV ODWDV GD SRSXODomR WUDGLFLRQDOPHQWH H[FOXtGD SHOD IRUoD
GR ODWLI~QGLR 0LOKDUHV GH WUDEDOKDGRUHV UXUDLV VH
palitos de sorvete. Um dos cartões-postais cariocas
organizaram e pressionaram o governo em busca
recebe diariamente uma média de cem toneladas de GH WHUUD SDUD FXOWLYDU H GH ¿QDQFLDPHQWR GH VDIUDV
OL[R ÀXWXDQWH FDUUHJDGR SHORV ULRV TXH FRUWDP D UHJLmR 6HXVPpWRGRVʊDLQYDVmRGHWHUUDVS~EOLFDVRXQmR
metropolitana do Rio de Janeiro. FXOWLYDGDV ʊ WDQJHQFLDP D LOHJDOLGDGH PDV WHQGR
$/(1&$5(7RQHODGDVGHGHVFDVRO GloboDEU DGDSWDGR  HPYLVWDDRSUHVVmRVHFXODUGHTXHIRUDPYtWLPDVHD
H[WUHPDOHQWLGmRGRVJRYHUQRVHPUHVROYHURSUREOHPD
2SUREOHPDDPELHQWDOGHVFULWRWHPVXDFDXVDDVVRFLDGDj DJUiULRSRGHPVHUFRQVLGHUDGRVOHJtWLPRV
A LQH¿FLrQFLDGHHFREDUUHLUDV &$59$/+2-0Cidadania no Brasil: o longo caminho.
5LRGH-DQHLUR&LYLOL]DomR%UDVLOHLUD DGDSWDGR 
B GHVRUJDQL]DomRGRWXULVPRORFDO
Argumenta-se que as reivindicações apresentadas por
C LQDGHTXDomRGDFROHWDGRPLFLOLDU PRYLPHQWRVVRFLDLVFRPRRGHVFULWRQRWH[WRWrPFRPR
D PRYLPHQWDomRGDViUHDVSRUWXiULDV REMHWLYRFRQWULEXLUSDUDRSURFHVVRGH
E UDUHIDomRGDRFXSDomRSRSXODFLRQDO A LQRYDomRLQVWLWXFLRQDO
B RUJDQL]DomRSDUWLGiULD
QUESTÃO 04 C UHQRYDomRSDUODPHQWDU
D HVWDWL]DomRGDSURSULHGDGH
E GHPRFUDWL]DomRGRVLVWHPD

QUESTÃO 06
7HQGRVHOLYUDGRGRHQWXOKRGRPDTXLQiULRYROXPRVR
H GDV HQRUPHV HTXLSHV GH IiEULFD R FDSLWDO YLDMD OHYH
DSHQDV FRP D EDJDJHP GH PmR SDVWD FRPSXWDGRU
SRUWiWLOHWHOHIRQHFHOXODU2QRYRDWULEXWRGDYRODWLOLGDGH
IH]GHWRGRFRPSURPLVVRHVSHFLDOPHQWHGRFRPSURPLVVR
HVWiYHO DOJR DR PHVPR WHPSR UHGXQGDQWH H SRXFR
inteligente: seu estabelecimento paralisaria o movimento
HIXJLULDGDGHVHMDGDFRPSHWLWLYLGDGHUHGX]LQGRa priori as
opções que poderiam levar ao aumento da produtividade.
%$80$1=Modernidade líquida5LRGH-DQHLUR=DKDU
'LVSRQtYHOHPZZZFXOWXUDEDJRYEU$FHVVRHPMDQ
1RWH[WRID]VHUHIHUrQFLDDXPSURFHVVRGHWUDQVIRUPDomR
$LPDJHPUHWUDWDXPDSUiWLFDFXOWXUDOEUDVLOHLUDFXMDUDL] GRPXQGRSURGXWLYRFXMDFRQVHTXrQFLDpR D
KLVWyULFDHVWiDVVRFLDGDj A UHJXODPHQWDomRGHOHLVWUDEDOKLVWDVPDLVUtJLGDV
A liberdade religiosa. B IUDJLOL]DomRGDVUHODo}HVKLHUiUTXLFDVGHWUDEDOKR
B PLJUDomRIRUoDGD C GHFUpVFLPRGRQ~PHURGHIXQFLRQiULRVGDVHPSUHVDV
C GHYRomRHFXPrQLFD D incentivo ao investimento de longos planos de
carreiras.
D DWLYLGDGHPLVVLRQiULD
E GHVYDORUL]DomR GRV SRVWRV GH JHUHQFLDPHQWR
E PRELOL]DomRSROtWLFD corporativo.

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
* BR0 9 7 5 SAB4 * 2016

QUESTÃO 07 QUESTÃO 09
2V HVFUDYRV WRUQDPVH SURSULHGDGH QRVVD VHMD HP $H[SHULrQFLDGRPRYLPHQWRRUJDQL]DGRGHPXOKHUHV
YLUWXGH GD OHL FLYLO VHMD GD OHL FRPXP GRV SRYRV HP QR %UDVLO RIHUHFH H[FHOHQWH H[HPSOR GH FRPR VH SRGH
virtude da lei civil, se qualquer pessoa de mais de vinte XWLOL]DU D OHL HP IDYRU GD PHOKRULD GR status MXUtGLFR GD
DQRV SHUPLWLU D YHQGD GH VL SUySULD FRP D ¿QDOLGDGH GH FRQGLomRVRFLDOGRDYDQoRQRVHQWLGRGHXPDSUHVHQoD
lucrar conservando uma parte do preço da compra; e em PDLVHIHWLYDQRSURFHVVRGHGHFLVmRSROtWLFD$RORQJRGH
YLUWXGH GD OHL FRPXP GRV SRYRV VmR QRVVRV HVFUDYRV quase todo o século XX, com mais intensidade em algumas
DTXHOHVTXHIRUDPFDSWXUDGRVQDJXHUUDHDTXHOHVTXH décadas do que em outras, as mulheres brasileiras
VmR¿OKRVGHQRVVDVHVFUDYDV FRQVHJXLUDP REWHU YLWyULDV H[SUHVVLYDV$OJXPDV YH]HV
CARDOSO, C. F. Trabalho compulsório na Antiguidade6mR3DXOR*UDDO
DEROLQGR GLVSRVLWLYRV OHJDLV GLVFULPLQDWyULRV RXWUDV
conseguindo aprovar novas leis.
A obra InstitutasGRMXULVWD$HOLXV0DUFLDQXV VpFXOR,,,G&  TABAK, F. A lei como instrumento de mudança social. In: TABAK, F.; VERUCCI, F.
LQVWUXL VREUH D HVFUDYLGmR QD 5RPD DQWLJD 1RGLUHLWR A difícil igualdade: os direitos da mulher como direitos humanos.
e na sociedade romana desse período, os escravos 5LRGH-DQHLUR5HOXPH'XPDUi

compunham uma $ DWXDomR GR PRYLPHQWR VRFLDO DERUGDGR QR WH[WR


A PmRGHREUDHVSHFLDOL]DGDSURWHJLGDSHODOHL resultou, na década de 1930, em
B IRUoDGHWUDEDOKRVHPDSUHVHQoDGHH[FLGDGmRV A direito de voto.
C categoria de trabalhadores oriundos dos mesmos B garantia de cotas.
povos. C acesso ao trabalho.
D FRQGLomR OHJDO LQGHSHQGHQWH GD RULJHP pWQLFD GR D RUJDQL]DomRSDUWLGiULD
indivíduo. E igualdade de oportunidades.
E comunidade criada a partir do estabelecimento das
leis escritas. QUESTÃO 10

QUESTÃO 08 1R DQLYHUViULR GR SULPHLUR GHFrQLR GD 0DUFKD VREUH


5RPD HP RXWXEUR GH  0XVVROLQL LUi LQDXJXUDU VXD
Estamos, pois, de acordo quando, ao ver algum Via dell Impero; a nova Via Sacra do Fascismo, ornada
REMHWRGL]HPRV³(VWHREMHWRTXHHVWRXYHQGRDJRUDWHP FRPHVWiWXDVGH&pVDU$XJXVWR7UDMDQRVHUYLUiDRFXOWR
tendência para assemelhar-se a um outro ser, mas, por GR DQWLJR H j JOyULD GR ,PSpULR 5RPDQR H GH HVSDoR
WHUGHIHLWRVQmRFRQVHJXHVHUWDOFRPRRVHUHPTXHVWmR FRPHPRUDWLYRGRXIDQLVPRLWDOLDQR¬VVRPEUDVGRSDVVDGR
H OKH p SHOR FRQWUiULR LQIHULRU´ $VVLP SDUD SRGHUPRV recriado ergue-se a nova Roma, que pode vangloriar-se e
ID]HUHVWDVUHÀH[}HVpQHFHVViULRTXHDQWHVWHQKDPRV FHOHEUDUVHXVLPSHUDGRUHVHKRPHQVIRUWHVVHXVJUDQGHV
WLGRRFDVLmRGHFRQKHFHUHVVHVHUGHTXHVHDSUR[LPDR SRHWDVHDSyORJRVFRPR+RUiFLRH9LUJtOLR
GLWRREMHWRDLQGDTXHLPSHUIHLWDPHQWH 6,/9$*História antiga e usos do passado: um estudo de apropriações da Antiguidade
VRERUHJLPHGH9LFK\6mR3DXOR$QQDEOXPH DGDSWDGR 
3/$7­2Fédon6mR3DXOR$EULO&XOWXUDO
$UHWRPDGDGD$QWLJXLGDGHFOiVVLFDSHODSHUVSHFWLYDGR
Na epistemologia platônica, conhecer um determinado SDWULP{QLRFXOWXUDOIRLUHDOL]DGDFRPRREMHWLYRGH
REMHWRLPSOLFD
A D¿UPDU R LGHiULR FULVWmR SDUD UHFRQTXLVWDU D
A estabelecer semelhanças entre o que é observado grandeza perdida.
em momentos distintos. B XWLOL]DU RV YHVWtJLRV UHVWDXUDGRV SDUD MXVWL¿FDU R
B FRPSDUDU R REMHWR REVHUYDGR FRP XPD GHVFULomR regime político.
detalhada dele. C GLIXQGLU RV VDEHUHV DQFHVWUDLV SDUD PRUDOL]DU RV
C GHVFUHYHU FRUUHWDPHQWH DV FDUDFWHUtVWLFDV GR REMHWR costumes sociais.
observado. D UHID]HU R XUEDQLVPR FOiVVLFR SDUD IDYRUHFHU D
D ID]HU FRUUHVSRQGrQFLD HQWUH R REMHWR REVHUYDGR H SDUWLFLSDomRSROtWLFD
seu ser. E UHFRPSRUDRUJDQL]DomRUHSXEOLFDQDSDUDIRUWDOHFHUD
E LGHQWL¿FDURXWURH[HPSODULGrQWLFRDRREVHUYDGR DGPLQLVWUDomRHVWDWDO

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
2016 * BR0 9 7 5 SAB5 *
QUESTÃO 11 QUESTÃO 13

2V GLDV GR 1X FRPR XP GRV ~OWLPRV ULRV GH FXUVR Enquanto o pensamento de Santo Agostinho
OLYUH GD UHJLmR HVWmR WHUPLQDQGR 2 JRYHUQR FKLQrV UHSUHVHQWD R GHVHQYROYLPHQWR GH XPD ¿ORVR¿D FULVWm
surpreendeu ambientalistas este ano ao reavivar planos LQVSLUDGD HP 3ODWmR R SHQVDPHQWR GH 6mR 7RPiV
GH FRQVWUXLU XVLQDV KLGUHOpWULFDV HP iUHDV UHPRWDV GR UHDELOLWD D ¿ORVR¿D GH $ULVWyWHOHV ʊ DWp HQWmR YLVWD
VRE VXVSHLWD SHOD ,JUHMD ʊ PRVWUDQGR VHU SRVVtYHO
FXUVRVXSHULRUGR1XRFHQWURGHXP3DWULP{QLR0XQGLDO
GHVHQYROYHU XPD OHLWXUD GH$ULVWyWHOHV FRPSDWtYHO FRP
da Unesco na província de Yunnan, sudoeste da China,
D GRXWULQD FULVWm 2 DULVWRWHOLVPR GH 6mR 7RPiV DEULX
TXH VH FODVVL¿FD HQWUH RV OXJDUHV HFRORJLFDPHQWH PDLV caminho para o estudo da obra aristotélica e para a
GLYHUVL¿FDGRVHIUiJHLVGRPXQGR2VFUtWLFRVGL]HPTXHR OHJLWLPDomR GR LQWHUHVVH SHODV FLrQFLDV QDWXUDLV XP
SURMHWRREULJDUiDUHPDQHMDUGH]HQDVGHPLQRULDVpWQLFDV GRV SULQFLSDLV PRWLYRV GR LQWHUHVVH SRU $ULVWyWHOHV
QRVSODQDOWRVGH<XQQDQHGHVWUXLUiRVFDPSRVGHGHVRYD nesse período.
GHGH]HQDVGHHVSpFLHVGHSHL[HVDPHDoDGDV 0$5&21'(6'7H[WRVEiVLFRVGH¿ORVR¿D5LRGH-DQHLUR=DKDU

'LVSRQtYHOHPZZZIROKDXROFRPEU$FHVVRHPPDLR DGDSWDGR 
$,JUHMD&DWyOLFDSRUPXLWRWHPSRLPSHGLXDGLYXOJDomRGD
(VVH SURMHWR VLQDOL]D XPD LQWHUIHUrQFLD QR PHLR ItVLFR REUDGH$ULVWyWHOHVSHORIDWRGHDREUDDULVWRWpOLFD
PRWLYDGDSHOR D A YDORUL]DUDLQYHVWLJDomRFLHQWt¿FDFRQWUDULDQGRFHUWRV
A EXVFDGRVHWRUSULPiULRSRULQIUDHVWUXWXUD dogmas religiosos.
B GHFODUDUDLQH[LVWrQFLDGH'HXVFRORFDQGRHPG~YLGD
B GHPDQGDGDSRSXODomRSRUHQHUJLDVOLPSDV
toda a moral religiosa.
C LQWHUHVVH GR (VWDGR HP GLYHUVL¿FDU D PDWUL]
C FULWLFDU D ,JUHMD &DWyOLFD LQVWLJDQGR D FULDomR GH
energética. outras instituições religiosas.
D QHFHVVLGDGH GRV FHQWURV XUEDQRV HP REWHU iJXD D evocar pensamentos de religiões orientais, minando a
SRWiYHO H[SDQVmRGRFULVWLDQLVPR
E compromisso da iniciativa privada com o E contribuir para o desenvolvimento de sentimentos
GHVHQYROYLPHQWRVXVWHQWiYHO antirreligiosos, seguindo sua teoria política.

QUESTÃO 12 QUESTÃO 14

$ /HL GR 6LVWHPD 1DFLRQDO GH 8QLGDGHV GH $LPSRUWkQFLDGRDUJXPHQWRGH+REEHVHVWiHPSDUWH


&RQVHUYDomR VXUJH GH XP FRQÀLWR PXLWR VpULR GH QR IDWR GH TXH HOH VH DPSDUD HP VXSRVLo}HV EDVWDQWH
LQWHUHVVHVGHXPODGRDDWLYLGDGHLOLPLWDGDHH[SDQVLYDGH plausíveis sobre as condições normais da vida humana.
3DUD H[HPSOL¿FDU R DUJXPHQWR QmR VXS}H TXH WRGRV
H[SORUDomRGHUHFXUVRVQDWXUDLVGHRXWURDQHFHVVLGDGH
VHMDPGHIDWRPRYLGRVSRURUJXOKRHYDLGDGHSDUDEXVFDU
GH JDUDQWLU D PDQXWHQomR GDV EDVHV QDWXUDLV SDUD D
R GRPtQLR VREUH RV RXWURV HVVD VHULD XPD VXSRVLomR
H[LVWrQFLD GR KRPHP H SDUD D SUySULD FRQWLQXLGDGH GD GLVFXWtYHO TXH SRVVLELOLWDULD D FRQFOXVmR SUHWHQGLGD
DWLYLGDGHHFRQ{PLFDH[SDQVLYDTXHVHTXHUUHSUHVDU SRU +REEHV PDV GH PRGR IiFLO GHPDLV 2 TXH WRUQD R
52'5,*8(6-(56LVWHPD1DFLRQDOGH8QLGDGHVGH&RQVHUYDomR DUJXPHQWR DVVXVWDGRU H OKH DWULEXL LPSRUWkQFLD H IRUoD
Revista dos Tribunais GUDPiWLFD p TXH HOH DFUHGLWD TXH SHVVRDV QRUPDLV DWp
PHVPRDVPDLVDJUDGiYHLVSRGHPVHULQDGYHUWLGDPHQWH
$ GLYHUVLGDGH QD FODVVL¿FDomR GDV XQLGDGHV GH
ODQoDGDVQHVVHWLSRGHVLWXDomRTXHUHVYDODUiHQWmRHP
FRQVHUYDomRGH¿QLGDVSHODOHLUHYHODDH[LVWrQFLDGHXP um estado de guerra.
impasse, pois
5$:/6-&RQIHUrQFLDVVREUHDKLVWyULDGD¿ORVR¿DSROtWLFD.
A UHVWULQJHRXVRGDSRSXODomRORFDOjIXQomRWXUtVWLFD 6mR3DXOR:0) DGDSWDGR 

B amplia as possibilidades do termo desenvolvimento 2 WH[WR DSUHVHQWD XPD FRQFHSomR GH ¿ORVR¿D SROtWLFD
VXVWHQWiYHO conhecida como
C UHIRUoDDOyJLFDGDSUHVHUYDomRGRVUHFXUVRVQDWXUDLV A DOLHQDomRLGHROyJLFD
D devolve a gerência desses espaços para o poder B PLFURItVLFDGRSRGHU
S~EOLFR C estado de natureza.
E JDUDQWH D SULRULGDGH GD FULDomR GH QRYDV iUHDV QR D contrato social.
espaço rural. E vontade geral.

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
* BR0 9 7 5 SAB6 * 2016

QUESTÃO 15

48,120DIDOGD'LVSRQtYHOHPZZZQRYDDFURSROHSW$FHVVRHPIHY

$¿JXUDGRLQTXLOLQRDRTXDODSHUVRQDJHPGDWLULQKDVHUHIHUHpR D
A FRQVWUDQJLPHQWRSRUROKDUHVGHUHSURYDomR
B FRVWXPHLPSRVWRDRV¿OKRVSRUFRDomR
C FRQVFLrQFLDGDREULJDomRPRUDO
D pessoa habitante da mesma casa.
E temor de possível castigo.

QUESTÃO 16

Flor da negritude
1DVFLGRQXPDFDVDDQWLJDSHTXHQDFRPJUDQGHTXLQWDODUERUL]DGRORFDOL]DGDQRVXE~UELRGH/LQVGH9DVFRQFHORV
R5HQDVFHQoD&OXEHIRLIXQGDGRSRUVyFLRVWRGRVQHJURV%XVFDYDVHLQVWDXUDUSRUPHLRGR5HQDVFHQoDXP
FDPSRGHUHODo}HVHPTXHRV¿OKRVGHIDPtOLDVQHJUDVEHPVXFHGLGDVSXGHVVHPHQFRQWUDUSHVVRDVFRQVLGHUDGDV
GRPHVPRQtYHOVRFLDOHFXOWXUDOSDUD¿QVGHDPL]DGHRXFDVDPHQWR2VKRPHQVXVDYDPWUDMHVREULJDWRULDPHQWH
IRUPDLVÀRUHVQDODSHODjVYH]HVGHsummerRXDWpGHIUDTXH$VPXOKHUHVVHYHVWLDPFRPPXLWDVVHGDVFHWLQVH
UHQGDVQmRHVTXHFHQGRDVOXYDVHRVFKDSpXV
*,$&20,1,60Revista de História da Biblioteca NacionalVHW DGDSWDGR 

1RLQtFLRGRVDQRVDIXQGDomRGR5HQDVFHQoD&OXEHFRPRHVSDoRGHFRQYLYrQFLDGHPRQVWUDR D
A LQH[SHULrQFLDDVVRFLDWLYDTXHOHYRXDHOLWHQHJUDDLPLWDURVFOXEHVGRVEUDQFRV
B isolamento da comunidade destacada que ignorava a democracia racial brasileira.
C LQWHUHVVHGHXPJUXSRGHQHJURVQDD¿UPDomRVRFLDOSDUDVHOLYUDUGRSUHFRQFHLWR
D H[LVWrQFLDGHXPDHOLWHQHJUDLPXQHDRSUHFRQFHLWRSHODSRVLomRVRFLDOTXHRFXSDYD
E FULDomRGHXPUDFLVPRLQYHUWLGRTXHLPSHGLDDSUHVHQoDGHSHVVRDVEUDQFDVQHVVHVFOXEHV

QUESTÃO 17
8PD IiEULFD QD TXDO RV RSHUiULRV IRVVHP HIHWLYD H LQWHJUDOPHQWH VLPSOHV SHoDV GH PiTXLQDV H[HFXWDQGR
FHJDPHQWH DV RUGHQV GD GLUHomR SDUDULD HP TXLQ]H PLQXWRV 2 FDSLWDOLVPR Vy SRGH IXQFLRQDU FRP D FRQWULEXLomR
FRQVWDQWHGDDWLYLGDGHSURSULDPHQWHKXPDQDGHVHXVVXEMXJDGRVTXHDRPHVPRWHPSRWHQWDUHGX]LUHGHVXPDQL]DU
o mais possível.
CASTORIADIS, C. A instituição imaginária da sociedade5LRGH-DQHLUR3D]H7HUUD

2WH[WRGHVWDFDDOpPGDGLQkPLFDPDWHULDOGRFDSLWDOLVPRDLPSRUWkQFLDGDGLPHQVmRVLPEyOLFDGDVRFLHGDGHTXH
consiste em
A HODERUDUVLJQL¿FDo}HVHYDORUHVQRPXQGRSDUDGRWiORGHXPVHQWLGRTXHWUDQVFHQGHDFRQFUHWXGHGDYLGD
B HVWDEHOHFHUUHODo}HVO~GLFDVHQWUHDYLGDHDUHDOLGDGHVHPDSUHWHQVmRGHWUDQVIRUPDURPXQGRGRVKRPHQV
C DWXDUVREUHDYLYrQFLDUHDOHPRGL¿FiODSDUDHVWDEHOHFHUUHODo}HVLQWHUSHVVRDLVEDVHDGDVQRLQWHUHVVHP~WXR
D FULDU GLVFXUVRV GHVWLQDGRV D H[HUFHU R FRQYHQFLPHQWR VREUH DXGLrQFLDV LQGHSHQGHQWHPHQWH GDV SRVLo}HV
GHIHQGLGDV
E GHIHQGHUDFDULGDGHFRPRUHDOL]DomRSHVVRDOSRUPHLRGHSUiWLFDVDVVLVWHQFLDLVQDGHIHVDGRVPHQRVIDYRUHFLGRV

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
2016 * BR0 9 7 5 SAB7 *
QUESTÃO 18 QUESTÃO 20
4XDQGRUHÀHWLPRVVREUHDTXHVWmRGDMXVWLoDDOJXPDV
DVVRFLDo}HV VmR IHLWDV TXDVH LQWXLWLYDPHQWH WDLV FRPR
a de equilíbrio entre as partes, princípio de igualdade,
GLVWULEXLomR HTXLWDWLYD PDV ORJR DV GL¿FXOGDGHV VH
mostram. Isso porque a nossa sociedade, sendo bastante
GLYHUVL¿FDGD DSUHVHQWD XPD KHWHURJHQHLGDGH WDQWR HP
WHUPRVGDVGLYHUVDVFXOWXUDVTXHFRH[LVWHPHPXPPXQGR
LQWHUOLJDGR FRPR HP UHODomR DRV PRGRV GH YLGD H DRV
valores que surgem no interior de uma mesma sociedade.
&+(',$..$SOXUDOLGDGHFRPRLGHLDUHJXODGRUDDQRomRGHMXVWLoDDSDUWLUGD¿ORVR¿DGH
/\RWDUGTrans/Form/AçãoQ DGDSWDGR 

$ UHODomR HQWUH MXVWLoD H SOXUDOLGDGH DSUHVHQWDGD SHOD


DXWRUDHVWiLQGLFDGDHP
A $ FRPSOH[LGDGH GD VRFLHGDGH OLPLWD R H[HUFtFLR GD
MXVWLoD H D LPSHGH GH DWXDU D IDYRU GD GLYHUVLGDGH
cultural.
B $ GLYHUVLGDGH FXOWXUDO H GH YDORUHV WRUQD D MXVWLoD
PDLV FRPSOH[D H GLVWDQWH GH XP SDUkPHWUR JHUDO
orientador.
C 2 SDSHO GD MXVWLoD UHIHUHVH j PDQXWHQomR GH
SULQFtSLRV ¿[RV H LQFRQGLFLRQDLV HP IXQomR GD
diversidade cultural e de valores.
D 2 SUHVVXSRVWR GD MXVWLoD p IRPHQWDU R FULWpULR GH
LJXDOGDGHD¿PGHTXHHVVHYDORUWRUQHVHDEVROXWR OITICICA, H. Parangolé'LVSRQtYHOHPZZZPXKNDEH$FHVVRHPPDLR
em todas as sociedades.
,QVSLUDGDHPIDQWDVLDVGH&DUQDYDODDUWHDSUHVHQWDGDVH
E 2 DVSHFWR IXQGDPHQWDO GD MXVWLoD p R H[HUFtFLR GH RSXQKDjFRQFHSomRGHSDWULP{QLRYLJHQWHQDVGpFDGDV
GRPLQDomR H FRQWUROH HYLWDQGR D GHVLQWHJUDomR GH GHHQDPHGLGDHPTXH
XPDVRFLHGDGHGLYHUVL¿FDGD
A VHDSURSULDYDGDVH[SUHVV}HVGDFXOWXUDSRSXODUSDUD
QUESTÃO 19 SURGX]LUXPDDUWHHIrPHUDGHVWLQDGDDRSURWHVWR
B UHVJDWDYD VtPERORV DPHUtQGLRV H DIULFDQRV SDUD VH
$ UHQDWXUDOL]DomR GH ULRV H FyUUHJRV p Ki PXLWR DGDSWDUDH[SRVLo}HVHPHVSDoRVS~EOLFRV
WHPSRXPDUHDOLGDGHQD(XURSDQR-DSmRQD&RUHLDGR
C DEVRUYLDHOHPHQWRVJUi¿FRVGDSURSDJDQGDSDUDFULDU
Sul, nos Estados Unidos e em outros países. No Brasil
REMHWRVFRPHUFLDOL]iYHLVSHODVJDOHULDV
DLQGD VmR PXLWR WtPLGDV DV LQLFLDWLYDV PDV DOJXPDV
SRXFDVFLGDGHVHVWmRDGRWDQGRHVVDLPSRUWDQWHSUiWLFD D valorizava elementos da arte popular para construir
representações da identidade brasileira.
'LVSRQtYHOHPKWWSVRVULRVGREUDVLOEORJVSRWFRPEU$FHVVRHPGH] DGDSWDGR 
E incorporava elementos da cultura de massa para
$ OHJLVODomR EUDVLOHLUD DYDQoRX DR HVWDEHOHFHU FRPR DWHQGHUjVH[LJrQFLDVGRVPXVHXV
XQLGDGHWHUULWRULDOSDUDDJHVWmRGHVVHUHFXUVR
A os biomas.
B DVUHVHUYDVHFROyJLFDV
C as unidades do relevo.
D DVEDFLDVKLGURJUi¿FDV
E DViUHDVGHSUHVHUYDomRDPELHQWDO

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
* BR0 9 7 5 SAB8 * 2016

QUESTÃO 21 QUESTÃO 23

2 0DU GH $UDO ORFDOL]DGR HQWUH R &D]DTXLVWmR H R 1RVVDVYLGDVVmRGRPLQDGDVQmRVySHODVLQXWLOLGDGHV


8]EHTXLVWmRHUDDWpRTXDUWRPDLRUODJRGRPXQGR GH QRVVRV FRQWHPSRUkQHRV FRPR WDPEpP SHODV GH
FREULQGRXPDiUHDGHPLOTXLO{PHWURVTXDGUDGRVFRP KRPHQV TXH Mi PRUUHUDP Ki YiULDV JHUDo}HV $OpP
XPYROXPHHVWLPDGRGHPDLVGHTXLO{PHWURVF~ELFRV disso, cada inutilidade ganha credibilidade e reverência
O Aral e toda a bacia do lago ganharam notoriedade FRPFDGDGpFDGDSDVVDGDGHVGHVXDSURPXOJDomR,VVR
mundial como uma das maiores degradações ambientais VLJQL¿FDTXHFDGDVLWXDomRVRFLDOHPTXHQRVHQFRQWUDPRV
GRVpFXOR;;FDXVDGDVSHORKRPHPeUHIHULGDFRPRD QmR Vy p GH¿QLGD SRU QRVVRV FRQWHPSRUkQHRV FRPR
³&KHUQRE\O&DODGD´XPDFDWiVWURIHVLOHQFLRVDTXHHYROXLX DLQGDSUHGH¿QLGDSRUQRVVRVSUHGHFHVVRUHV(VVHIDWRp
OHQWDPHQWHGHIRUPDTXDVHLPSHUFHSWtYHODRORQJRGDV H[SUHVVRQRDIRULVPRVHJXQGRRTXDORVPRUWRVVmRPDLV
~OWLPDVGpFDGDV2IXWXURGR$UDOpLQFHUWR$~QLFDFHUWH]D poderosos que os vivos.
pTXHRODJRpDJRUDFHQiULRGHXPDFDWiVWURIHDPELHQWDO %(5*(53Perspectivas sociológicasXPDYLVmRKXPDQtVWLFD
j PHGLGD TXH R QtYHO GH iJXD GHFOLQD H R HFRVVLVWHPD 3HWUySROLV9R]HV DGDSWDGR 

GHJUDGDVHSURYRFDQGRXPDPELHQWHGHGHWHULRUDomRH
6HJXQGR D SHUVSHFWLYD DSUHVHQWDGD QR WH[WR RV
FRQGLo}HV GH YLGD H GH VD~GH SUHFiULDV SDUD RV SRYRV
LQGLYtGXRV GH GLIHUHQWHV JHUDo}HV FRQYLYHP QXPD
TXHYLYHPjVPDUJHQVGRODJR
mesma sociedade, com tradições que
6$17,$*2('LVSRQtYHOHPZZZLQIRHVFRODFRP$FHVVRHPGH] DGDSWDGR 
A SHUPDQHFHP FRPR GHWHUPLQDo}HV GD RUJDQL]DomR
2VLPSDFWRVDPELHQWDLVQR0DUGH$UDOVmRGLUHWDPHQWH social.
resultantes da B promovem o esquecimento dos costumes.
A H[SORUDomR GH SHWUyOHR HP iJXDV SURIXQGDV GHVVH C FRQ¿JXUDPDVXSHUDomRGHYDORUHV
PDUSDUDDWHQGHUjGHPDQGDFHQWURDVLiWLFD D sobrevivem como heranças sociais.
B DSOLFDomRGHSHVWLFLGDVQDVODYRXUDVGHVHXHQWRUQR E atuam como aptidões instintivas.
para aumentar a produtividade.
C FRQVWUXomR GH HGL¿FDo}HV HP VXDV PDUJHQV SDUD
desenvolver a atividade turística.
D XWLOL]DomRGHVXDViJXDVSDUDDWHQGHUjVQHFHVVLGDGHV
GDLQG~VWULDSHVTXHLUD
E H[WUDomRGDViJXDVGHVHXVDÀXHQWHVSDUDDLUULJDomR
de lavouras.

QUESTÃO 22

Ô ô, com tanto pau no mato


(PED~ED pFRURQp
Com tanto pau no mato, ê ê
Com tanto pau no mato
(PED~EDpFRURQp

EmbaúbaiUYRUHFRPXPHLQ~WLOSRUVHUSRGUHSRU
dentro, segundo o historiador Stanley Stein.
STEIN, S. J. VassourasXPPXQLFtSLREUDVLOHLURGRFDIp
5LRGH-DQHLUR1RYD)URQWHLUD DGDSWDGR 

2V YHUVRV ID]HP SDUWH GH XP MRQJR JrQHUR SRpWLFR


musical cantado por escravos e seus descendentes no
%UDVLOQRVpFXOR;,;HSURFXUDPH[SUHVVDUD
A H[SORUDomRUXUDO
B bravura senhorial.
C resistência cultural.
D violência escravista.
E ideologia paternalista.

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
2016 * BR0 9 7 5 SAB9 *
QUESTÃO 24
TEXTO I
Embora eles, artistas modernos, se deem como novos precursores duma arte a ir, nada é mais velho que a arte
DQRUPDO'HKiPXLWRVMiTXHDHVWXGDPRVSVLTXLDWUDVHPVHXVWUDWDGRVGRFXPHQWDQGRVHQRVLQ~PHURVGHVHQKRV
TXHRUQDPDVSDUHGHVLQWHUQDVGRVPDQLF{PLRV(VVDVFRQVLGHUDo}HVVmRSURYRFDGDVSHODH[SRVLomRGD6UD0DOIDWWL
6HMDPVLQFHURVIXWXULVPRFXELVPRLPSUHVVLRQLVPRHtutti quanti QmRSDVVDPGHRXWURVWDQWRVUDPRVGDDUWHFDULFDWXUDO
/2%$7203DUDQRLDRXPLVWL¿FDomRDSURSyVLWRGDH[SRVLomRGH$QLWD0DOIDWWLO Estado de São PauloGH] DGDSWDGR 

TEXTO II
$QLWD0DOIDWWLSRVVXLGRUDGHXPDDOWDFRQVFLrQFLDGRTXHID]DYLEUDQWHDUWLVWDQmRWHPHXOHYDQWDUFRPRVVHXV
cinquenta trabalhos as mais irritadas opiniões e as mais contrariantes hostilidades. As suas telas chocam o preconceito
IRWRJUi¿FRTXHJHUDOPHQWHVHOHYDQRHVStULWRSDUDDVQRVVDVH[SRVLo}HVGHSLQWXUD1DDUWHDUHDOLGDGHQDLOXVmRp
RTXHWRGRVSURFXUDP(RVQDWXUDOLVWDVPDLVSHUIHLWRVVmRRVTXHPHOKRUFRQVHJXHPLOXGLU
$1'5$'(2$H[SRVLomR$QLWD0DOIDWWLJornal do CommercioMDQ DGDSWDGR 

TEXTO III

0$/)$77,$O homem amareloÏOHRVREUHWHOD[FP'LVSRQtYHOHPZZZHVWDGDRFRPEU$FHVVRHPIHY

$DQiOLVHGRVGRFXPHQWRVDSUHVHQWDGRVGHPRQVWUDTXHRFHQiULRDUWtVWLFREUDVLOHLURQRSULPHLURTXDUWHOGRVpFXOR;;
HUDFDUDFWHUL]DGRSHOR D
A GRPtQLRGRDFDGHPLFLVPRTXHGL¿FXOWDYDDUHFHSomRGDYHUWHQWHUHDOLVWDQDREUDGH$QLWD0DOIDWWL
B GLVVRQkQFLDHQWUHDVYHUWHQWHVDUWtVWLFDVTXHGLYHUJLDPVREUHDYDOLGDGHGRPRGHORHVWpWLFRHXURSHX
C H[DOWDomRGDEHOH]DHGDULJLGH]GDIRUPDTXHMXVWL¿FDYDPDDGDSWDomRGDHVWpWLFDHXURSHLDjUHDOLGDGHEUDVLOHLUD
D LPSDFWRGHQRYDVOLQJXDJHQVHVWpWLFDVTXHDOWHUDYDPRFRQFHLWRGHDUWHHDEDVWHFLDPDEXVFDSRUXPDSURGXomR
artística nacional.
E LQÀXrQFLDGRVPRYLPHQWRVDUWtVWLFRVHXURSHXVGHYDQJXDUGDTXHOHYDYDRVPRGHUQLVWDVDFRSLDUHPVXDVWpFQLFDV
HWHPiWLFDV

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
* BR0 9 7 5 SAB1 0 * 2016

QUESTÃO 25 QUESTÃO 26
A atividade atualmente chamada de ciência tem
VH PRVWUDGR IDWRU LPSRUWDQWH QR GHVHQYROYLPHQWR
GD FLYLOL]DomR OLEHUDO VHUYLX SDUD HOLPLQDU FUHQoDV H
SUiWLFDVVXSHUVWLFLRVDVSDUDDIDVWDUWHPRUHVEURWDGRV
GD LJQRUkQFLD H SDUD IRUQHFHU EDVH LQWHOHFWXDO GH
DYDOLDomR GH FRVWXPHV KHUGDGRV H GH QRUPDV
tradicionais de conduta.
1$*(/(HWDO CiênciaQDWXUH]DHREMHWLYR6mR3DXOR&XOWUL[ DGDSWDGR 

Quais características permitem conceber a ciência com


os aspectos críticos mencionados?
A $SUHVHQWDU H[SOLFDo}HV HP XPD OLQJXDJHP
determinada e isenta de erros.
B 3RVVXLU SURSRVLo}HV TXH VmR UHFRQKHFLGDV FRPR
LQTXHVWLRQiYHLVHQHFHVViULDV
C 6HU IXQGDPHQWDGD HP XP FRUSR GH FRQKHFLPHQWR
autoevidente e verdadeiro.
D Estabelecer rigorosa correspondência entre princípios
H[SOLFDWLYRVHIDWRVREVHUYDGRV
E Constituir-se como saber organizado ao permitir
FODVVL¿FDo}HVGHGX]LGDVGDUHDOLGDGH

QUESTÃO 27

A eugenia, tal como originalmente concebida, era


D DSOLFDomR GH ³ERDV SUiWLFDV GH PHOKRUDPHQWR´ DR
DSULPRUDPHQWRGDHVSpFLHKXPDQD)UDQFLV*DOWRQIRLR
SULPHLUR D VXJHULU FRP GHVWDTXH R YDORU GD UHSURGXomR
+(1),/'LUHWDV-i,Q/(0265 2UJ  Uma história do Brasil através da humana controlada, considerando-a produtora do
caricatura (1840-2001)5LRGH-DQHLUR/HWUDV ([SUHVV}HV DSHUIHLoRDPHQWRGDHVSpFLH
$ LPDJHP ID] UHIHUrQFLD D XPD LQWHQVD PRELOL]DomR 526(0O espectro de Darwin5LRGH-DQHLUR=DKDU DGDSWDGR 

popular e pode ser traduzida como 8P UHVXOWDGR GD DSOLFDomR GHVVD WHRULD GLVVHPLQDGD D
A D FDPSDQKD SRSXODU TXH FRQIURQWDYD D OHJLWLPLGDGH SDUWLUGDVHJXQGDPHWDGHGRVpFXOR;,;IRLR D
das eleições indiretas no país. A DSURYDomRGHPHGLGDVGHLQFOXVmRVRFLDO
B D PDQLIHVWDomR GH PLOKDUHV GH SHVVRDV HP SURO GD B DGRomR GH FULDQoDV FRP GLIHUHQWHV FDUDFWHUtVWLFDV
UHDOL]DomRGHHOHLo}HVSDUDR6HQDGR ItVLFDV
C DV SDVVHDWDV UHDOL]DGDV HP SURO GR ¿P GD 'LWDGXUD C HVWDEHOHFLPHQWR GH OHJLVODomR TXH FRPEDWLD DV
0LOLWDUQR%UDVLOHQD$UJHQWLQD divisões sociais.
D RVFRPtFLRVHPDQLIHVWDo}HVSRSXODUHVSHODDEHUWXUD D SULVmRHHVWHULOL]DomRGHSHVVRDVFRPFDUDFWHUtVWLFDV
SROtWLFDGHIRUPDOHQWDHVHJXUD FRQVLGHUDGDVLQIHULRUHV
E RPRYLPHQWRTXHH[LJLDRGLUHLWRjLJXDOGDGHGHYRWR E GHVHQYROYLPHQWR GH SUyWHVHV TXH SRVVLELOLWDYDP D
para homens e mulheres. UHDELOLWDomRGHSHVVRDVGH¿FLHQWHV

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
2016 * BR0 9 7 5 SAB1 1 *
QUESTÃO 28 QUESTÃO 29
2V ULFRV DGTXLULUDP XPD REULJDomR UHODWLYDPHQWH j As camadas dirigentes paulistas na segunda
FRLVDS~EOLFDXPDYH]TXHGHYHPVXDH[LVWrQFLDDRDWR PHWDGH GR VpFXOR ;,; UHFRUULDP j KLVWyULD H j ¿JXUD
GH VXEPLVVmR j VXD SURWHomR H ]HOR R TXH QHFHVVLWDP dos bandeirantes. Para os paulistas, desde o início da
SDUD YLYHU R (VWDGR HQWmR IXQGDPHQWD R VHX GLUHLWR GH FRORQL]DomRRVKDELWDQWHVGH3LUDWLQLQJD DQWLJRQRPHGH
FRQWULEXLomRGRTXHpGHOHVQHVVDREULJDomRYLVDQGRD
6mR3DXOR WLQKDPVLGRUHVSRQViYHLVSHODDPSOLDomRGR
PDQXWHQomRGHVHXVFRQFLGDGmRV,VVRSRGHVHUUHDOL]DGR
WHUULWyULRQDFLRQDOHQULTXHFHQGRDPHWUySROHSRUWXJXHVD
SHODLPSRVLomRGHXPLPSRVWRVREUHDSURSULHGDGHRXD
DWLYLGDGHFRPHUFLDOGRVFLGDGmRVRXSHORHVWDEHOHFLPHQWR FRP R RXUR H H[SDQGLQGR VXDV SRVVHVV}HV *UDoDV j
GHIXQGRVHGHXVRGRVMXURVREWLGRVDSDUWLUGHOHVQmR LQWHJUDomR WHUULWRULDO TXH SURPRYHUDP RV EDQGHLUDQWHV
SDUDVXSULUDVQHFHVVLGDGHVGR(VWDGR XPDYH]TXHHVWH HUDPWLGRVDLQGDFRPRIXQGDGRUHVGDXQLGDGHQDFLRQDO
é rico), mas para suprir as necessidades do povo. 5HSUHVHQWDYDP D OHDOGDGH j SURYtQFLD GH 6mR 3DXOR H
KANT, I. A metafísica dos costumes%DXUX(GLSUR ao Brasil.
$%8'.03DXOLVWDVXQLYRVRevista de História da Biblioteca Nacional,
6HJXQGRHVVHWH[WRGH.DQWR(VWDGR QMXO DGDSWDGR 

A deve sustentar todas as pessoas que vivem sob seu


1R SHUtRGR GD KLVWyULD QDFLRQDO DQDOLVDGR D HVWUDWpJLD
SRGHUD¿PGHTXHDGLVWULEXLomRVHMDSDULWiULD
GHVFULWDWLQKDFRPRREMHWLYR
B HVWiDXWRUL]DGRDFREUDULPSRVWRVGRVFLGDGmRVULFRV
SDUDVXSULUDVQHFHVVLGDGHVGRVFLGDGmRVSREUHV A SURPRYHU R SLRQHLULVPR LQGXVWULDO SHOD VXEVWLWXLomR
C dispõe de poucos recursos e, por esse motivo, de importações.
é obrigado a cobrar impostos idênticos dos seus B TXHVWLRQDU R JRYHUQR UHJHQFLDO DSyV D
membros. GHVFHQWUDOL]DomRDGPLQLVWUDWLYD
D GHOHJD DRV FLGDGmRV R GHYHU GH VXSULU DV C UHFXSHUDUDKHJHPRQLDSHUGLGDFRPR¿PGDSROtWLFD
necessidades do Estado, por causa do seu elevado GRFDIpFRPOHLWH
FXVWRGHPDQXWHQomR
D DXPHQWDU D SDUWLFLSDomR SROtWLFD HP IXQomR GD
E tem a incumbência de proteger os ricos das
LPSRVLo}HV SHFXQLiULDV GRV SREUHV SRLV RV ULFRV H[SDQVmRFDIHHLUD
pagam mais tributos. E legitimar o movimento abolicionista durante a crise
do escravismo.

QUESTÃO 30

2EMHWRV WULYLDOL]DGRV SRU VHX ODUJR XVR RV UHOyJLRV


VmRPDLVTXHLQVWUXPHQWRVLQGLVSHQViYHLVjURWLQDGLiULD
apontam para um modo historicamente construído de
lidar com o tempo. O emprego mais rigoroso e cotidiano
de instrumentos que registram a passagem do tempo
SRGH VHU FRQVWDWDGR SHOD SURGXomR PDVVL¿FDGD GH
UHOyJLRVHPHVSDoRVS~EOLFRVQRDPELHQWHGRPpVWLFRH
QRV LQFRQWiYHLV PRYLPHQWRV GR KRPHP XUEDQR RXWURUD
na algibeira, atualmente no pulso. Em seus ponteiros, a
VXFHVVmRGRVLQVWDQWHVpSDGURQL]DGDHPXQLGDGHV¿[DV
horas, minutos, segundos.
6,/9$),/+2$/0FortalezaLPDJHQVGDFLGDGH)RUWDOH]D0XVHXGR&HDUi
6HFXOW&( DGDSWDGR 

'XUDQWHRVpFXOR;;HVVDIRUPDGHFRQFHEHURWHPSR
H[SHULPHQWDGDVREUHWXGRQRHVSDoRXUEDQRWUD]LQGtFLRV
de uma cultura marcada pela
A RUJDQL]DomRGRWHPSRGHPRGRRUJkQLFRHSHVVRDO
B UHFXVDDRFRQWUROHGRWHPSRH[HUFLGRSHORVUHOyJLRV
C GHPRFUDWL]DomR QRV XVRV H DSURSULDo}HV GR WHPSR
cotidiano.
D QHFHVVLGDGHGHXPDPDLRUPDWHPDWL]DomRGRWHPSR
cotidiano.
E XWLOL]DomR GR UHOyJLR FRPR H[SHULrQFLD QDWXUDO GH
HODERUDomRGRWHPSR

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
* BR0 9 7 5 SAB1 2 * 2016

QUESTÃO 31

$LPDJHPDSUHVHQWDXPH[HPSORGHFURTXLGHVtQWHVHVREUHRWXULVPRQD)UDQoD

T urism o na Fra nç a
BENELUX
ROYAUME-UNI
ALLEMAGNE

NORMANDIE

BRETAGNE VOSGES

Châteaux
de la Loire
JURA SUISSE

VENDÉE
MASSIF
CENTRAL
ITALIE

ALPES
Provence
romaine
PAYS
BASQUE
CÔTE D’ AZUR
LANGUEDOC
PYRENÉES

Eixos e Fluxos Regiões Turísticas


Fluxo de Turistas Estrangeiros Principais Regiões de Turismo Balneário

Outras Regiões de Turismo Balneário


Eixos Principais
Turismo de Montanha
Eixos Secundários
Turismo Verde
Planejamento
Turismo Cultural Muito Importante
Litorais Planejados Turismo Cultural Importante

Parques Nacionais Estações

321786&+.$113$*$1(//,7/&$&(7(1+3DUDHQVLQDUHDSUHQGHUJHRJUD¿D6mR3DXOR&RUWH] DGDSWDGR 

2VFURTXLVVmRHVTXHPDVJUi¿FRVTXH
A WrPDVPHGLGDVUHSUHVHQWDGDVHPHVFDODXQLIRUPH
B UHVVDOWDPDGLVWULEXLomRHVSDFLDOGRVIHQ{PHQRVHRVIDWRUHVGHORFDOL]DomR
C WrPDUHSUHVHQWDomRJUi¿FDGHGLVWkQFLDVGRWHUUHQRIHLWDVREUHXPDOLQKDUHWDJUDGXDGD
D LQGLFDP D UHODomR HQWUH D GLPHQVmR GR HVSDoR UHDO H D GR HVSDoR UHSUHVHQWDGR SRU PHLR GH XPD SURSRUomR
numérica.
E SURSRUFLRQDPDREWHQomRGHLQIRUPDo}HVDFHUFDGHXPREMHWRiUHDRXIHQ{PHQRORFDOL]DGRQD7HUUDVHPTXH
KDMDFRQWDWRItVLFR

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
2016 * BR0 9 7 5 SAB1 3 *
QUESTÃO 32

Carta de princípios
$VDOWHUQDWLYDVSURSRVWDVQR)yUXP6RFLDO0XQGLDOFRQWUDS}HPVHDXPSURFHVVRGHJOREDOL]DomRFRPDQGDGR
pelas grandes corporações multinacionais e pelos governos e instituições internacionais a serviço de seus interesses,
com a cumplicidade de governos nacionais.
'LVSRQtYHOHPKWWSIVPSRDFRPEU$FHVVRHPDJR

2IyUXPPHQFLRQDGRWHPFRPRREMHWLYRGLVFXWLUSURSRVWDVTXHFRQFUHWL]HPD
A SURSRVLomRGDLJXDOGDGHFXOWXUDOHQWUHRVSRYRV
B DPSOLDomRGRÀX[RSRSXODFLRQDOHQWUHRV(VWDGRV
C FRQVWUXomRGHXPDUHODomRVROLGiULDHQWUHRVSDtVHV
D LQWHQVL¿FDomRGDVUHODo}HVHFRQ{PLFDVHQWUHDVQDo}HV
E KRPRJHQHL]DomRGRFRQVXPRHQWUHDSRSXODomRPXQGLDO

QUESTÃO 33

São Luís

CENTRO DE VIGILÂNCIA

UNIDADE DE VIGILÂNCIA

UNIDADE DE TELECOMUNICAÇÕES
UNIDADE DE VIGILÂNCIA
E TELECOMUNICAÇÕES
PELOTÃO DE FRONTEIRA

PELOTÃO DE FRONTEIRA
EM IMPLANTAÇÃO
'LVSRQtYHOHPZZZJHRJUD¿DSDUDWRGRVFRPEU$FHVVRHPDJR

$DQiOLVHGDLPDJHPUHPHWHDXPDHVWUDWpJLDTXHSUHVVXS}HR D
A SUHRFXSDomRJRYHUQDPHQWDOFRPDHQWUDGDGHLPLJUDQWHVQRSDtV
B GHWHUPLQDomRGRJRYHUQRHPLPSHGLUDH[SDQVmRGHSDtVHVYL]LQKRV
C XWLOL]DomRGHWHFQRORJLDVQRSURFHVVRGHWHUULWRULDOL]DomRGRHVSDoREUDVLOHLUR
D GHFLVmRGRJRYHUQRHPSURWHJHUDViUHDVGHFRQVWUXomRGHKLGUHOpWULFDVQR%UDVLO
E GLUHFLRQDPHQWRGRVLQYHVWLPHQWRVPLOLWDUHVSDUDDSURWHomRGHUHFXUVRVELRJHQpWLFRV

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
* BR0 9 7 5 SAB1 4 * 2016

QUESTÃO 34 QUESTÃO 35
$V LQIRUPDo}HV VXJHULGDV SRU$QW{QLR 0DQXHO HVWmR (QIHUPRDGHQRYHPEURQDVHJXQGDIHLUDRYHOKR
LPHUVDV HP XP MRUQDO GLYLGLGR HQWUH R ³UHDO´ H R TXH /LPD YROWRX DR WUDEDOKR LJQRUDQGR TXH QR HQWUHWHPSR
SRGHPRVFKDPDUGH³VLWXDFLRQDO´2DUWLVWDWUDQVIRUPDWRGR caíra o regime. Sentou-se e viu que tinham tirado da
RFOLPDGHUHSUHVVmRQDSUySULDPDWpULDGHVHXWUDEDOKR SDUHGH D YHOKD OLWRJUD¿D UHSUHVHQWDQGR ' 3HGUR GH
XWLOL]DQGRRVPHLRVGHFRPXQLFDomRFRPRDUPD LU{QLFD  $OFkQWDUD &RPR QD RFDVLmR SDVVDVVH XP FRQWtQXR
FRQWUDDHVWUXWXUDGHSRGHUGHXP(VWDGRDXWRULWiULR perguntou-lhe:
SCOVINO, F. Com as armas do inimigo. Revista de História da Biblioteca Nacional, — Por que tiraram da parede o retrato de Sua
QVHW DGDSWDGR 
0DMHVWDGH"
1R FRQWH[WR KLVWyULFR GHVFULWR D HVWUDWpJLD DGRWDGD SRU
O contínuo respondeu, num tom lentamente
DOJXQVVHJPHQWRVGDLPSUHQVDSDUDDFRQVWUXomRGHXPD
desdenhoso:
FUtWLFDVRFLRSROtWLFDIRLDGH
² 2UD FLGDGmR TXH ID]LD DOL D ¿JXUD GR 3HGUR
A EXUODU D FHQVXUD FRQWULEXLQGR SDUD D DQiOLVH GD
Banana?
vida social.
B MXVWL¿FDU R UHJLPH YLJHQWH DSUHVHQWDQGR YHUV}HV ²3HGUR%DQDQD²UHSHWLXUDLYRVRRYHOKR/LPD
diversas da realidade. E, sentando-se, pensou com tristeza:
C HVWLPXODU D OLYUH LQWHUSUHWDomR GRV IDWRV DWHQGHQGR
aos interesses dominantes. ² 1mR GRX WUrV DQRV SDUD TXH LVVR VHMD XPD
5HS~EOLFD
D DSULPRUDU R DOFDQFH GDV LQIRUPDo}HV DSUHVHQWDQGR
$=(9('2$Vidas alheias3RUWR$OHJUHVH DGDSWDGR 
as notícias em tempo real.
E PDQLSXODUDYLVmRFROHWLYDSURPRYHQGRLQWHUSUHWDo}HV A crônica de Artur Azevedo, retratando os dias imediatos
GLVWRUFLGDVGDVQRWtFLDVR¿FLDLV jLQVWDXUDomRGD5HS~EOLFDQR%UDVLOUHIHUHVHDR j
A DXVrQFLD GH SDUWLFLSDomR SRSXODU QR SURFHVVR GH
TXHGDGD0RQDUTXLD
B WHQVmR VRFLDO HQYROYLGD QR SURFHVVR GH LQVWDXUDomR
do novo regime.
C PRELOL]DomR GH VHWRUHV VRFLDLV QD UHVWDXUDomR GR
antigo regime.
D WHPRUGRVVHWRUHVEXURFUiWLFRVFRPRQRYRUHJLPH
E GHPRUDQDFRQVROLGDomRGRQRYRUHJLPH

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
2016 * BR0 9 7 5 SAB1 5 *
QUESTÃO 36 QUESTÃO 37
$PHDoDUHDOjVHJXUDQoDGHPDLVGHSHVVRDVGH $UW ž ± 6mR GLUHLWRV GRV WUDEDOKDGRUHV XUEDQRV
FDVDVGH3ODQDOWLQDGH*RLiVDYRoRURFDTXHOHYRX e rurais, além de outros que visem a melhoria de sua
j GHFUHWDomR GH VLWXDomR GH HPHUJrQFLD QR PXQLFtSLR FRQGLomRVRFLDO
SHOR 0LQLVWpULR GD ,QWHJUDomR 1DFLRQDO IRL YLVWRULDGD
SHOR SURFXUDGRUJHUDO GH -XVWLoD GH *RLiV H SRU YiULDV ;;9±DVVLVWrQFLDJUDWXLWDDRV¿OKRVHGHSHQGHQWHV
DXWRULGDGHV GDV WUrV HVIHUDV GH JRYHUQR 'XUDQWH D GHVGH R QDVFLPHQWR DWp  FLQFR  DQRV GH LGDGH HP
YLVWRULDGDHURVmRTXHMiPHGHTXDVHTXLO{PHWURVGH FUHFKHV H SUpHVFRODV 5HGDomR GDGD SHOD (PHQGD
H[WHQVmRIRLFRQ¿UPDGDDOLEHUDomRGHUHFXUVRVYLVDQGR &RQVWLWXFLRQDOQGH 
paralisar o processo degradante. 'LVSRQtYHOHPZZZMXVEUDVLOFRPEU$FHVVRHPIHY DGDSWDGR 
'LVSRQtYHOHPKWWSPSJRMXVEUDVLOFRPEU$FHVVRHPDJR DGDSWDGR 
$ LQFOXVmR GR GLUHLWR j FUHFKH H j SUpHVFROD QD
&RQVWLWXLomRGD5HS~EOLFD)HGHUDWLYDGR%UDVLOSRGHVHU
H[SOLFDGDSHOD
A UHGXomRGDWD[DGHIHFXQGLGDGHQRSDtV
B SUHFDUL]DomR GDV UHGHV GH HVFRODV S~EOLFDV
brasileiras.
C PRELOL]DomR GDV PXOKHUHV LQVHULGDV QR PHUFDGR GH
trabalho.
D DWXDomRGDLQLFLDWLYDSULYDGDFRQVRDQWHjVGHPDQGDV
VRFLDLVGDSRSXODomR
E FRQVWDWDomR GRV HOHYDGRV tQGLFHV GH PDXVWUDWRV
VRIULGRVSHODVFULDQoDVQR%UDVLO

QUESTÃO 38
'LVSRQtYHOHPKWWSDOJROHJEU$FHVVRHPDJR DGDSWDGR 
$ 6HJXQGD 5HYROXomR ,QGXVWULDO QR ILQDO GR
2 IHQ{PHQR QRWLFLDGR VREUH D iUHD XUEDQD GH
século XIX e início do século XX, nos EUA, período em
3ODQDOWLQD *2 WHPVXDRULJHPH[SOLFDGDSHOD
TXH D HOHWULFLGDGH SDVVRX JUDGDWLYDPHQWH D ID]HU SDUWH
A IUDFD FREHUWXUD YHJHWDO H FRPSRVLomR GR VROR do cotidiano das cidades e a alimentar os motores das
UHVXOWDGRGDDomRHURVLYDQDWXUDOGDVFKXYDV IiEULFDVFDUDFWHUL]RXVHSHODDGPLQLVWUDomRFLHQWt¿FDGR
B UHODomRHQWUHRGHFOLYHGRWHUUHQRHDIRUoDHURVLYDGD WUDEDOKRHSHODSURGXomRHPVpULH
iJXDUHVXOWDGRGDHYROXomRGRUHOHYR 0(5/2$5&/$3,61/$VD~GHHRVSURFHVVRVGHWUDEDOKRQRFDSLWDOLVPR
UHÀH[}HVQDLQWHUIDFHGDSVLFRGLQkPLFDGRWUDEDOKRHGDVRFLRORJLDGRWUDEDOKR
C declividade do terreno e intensidade das chuvas, Psicologia e SociedadeQDEU
UHVXOWDGR GR HVFRDPHQWR VXSHU¿FLDO GDV iJXDV
pluviais. 'HDFRUGRFRPRWH[WRQDSULPHLUDPHWDGHGRVpFXOR;;
o capitalismo produziu um novo espaço geoeconômico e
D GHJUDGDomR DPELHQWDO H GH¿FLrQFLD QD GUHQDJHP
GH iJXDV SOXYLDLV UHVXOWDGR GD RFXSDomR H XVR XPDUHYROXomRTXHHVWiUHODFLRQDGDFRPD
inadequado do solo. A SUROLIHUDomRGHSHTXHQDVHPpGLDVHPSUHVDVTXHVH
E GHFRPSRVLomR H WUDQVSRUWH GH VHGLPHQWRV SRU equiparam com as novas tecnologias e aumentaram
HVFRDPHQWR VXSHU¿FLDO UHVXOWDGR GH SURFHVVRV DSURGXomRFRPDSRUWHGRJUDQGHFDSLWDO
HURVLYRVQDWXUDLVjVHQFRVWDV B WpFQLFDGHSURGXomRIRUGLVWDTXHLQVWLWXLXDGLYLVmRHD
KLHUDUTXL]DomRGRWUDEDOKRHPTXHFDGDWUDEDOKDGRU
realizava apenas uma etapa do processo produtivo.
C SDVVDJHP GR VLVWHPD GH SURGXomR DUWHVDQDO SDUD
R VLVWHPD GH SURGXomR IDEULO FRQFHQWUDQGRVH
SULQFLSDOPHQWH QD SURGXomR Wr[WLO GHVWLQDGD DR
mercado interno.
D independência política das nações colonizadas, que
permitiu igualdade nas relações econômicas entre
os países produtores de matérias-primas e os países
industrializados.
E FRQVWLWXLomR GH XPD FODVVH GH DVVDODULDGRV TXH
SRVVXtDPFRPRIRQWHGHVXEVLVWrQFLDDYHQGDGHVXD
IRUoD GH WUDEDOKR H TXH OXWDYDP SHOD PHOKRULD GDV
FRQGLo}HVGHWUDEDOKRQDVIiEULFDV

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
* BR0 9 7 5 SAB1 6 * 2016

QUESTÃO 39 QUESTÃO 41
2 DSDUHFLPHQWR GD SyOLV VLWXDGR HQWUH RV VpFXORV e KRMH D QRVVD IHVWD QDFLRQDO 2 %UDVLO LQWHLUR GD
9,,, H 9,, D& FRQVWLWXL QD KLVWyULD GR SHQVDPHQWR FDSLWDOGR,PSpULRDPDLVUHPRWDHLQVLJQL¿FDQWHGHVXDV
grego, um acontecimento decisivo. Certamente, no plano DOGHRODVFRQJUHJDVHXQkQLPHSDUDFRPHPRUDURGLDTXH
intelectual como no domínio das instituições, a vida social RWLURXGHQWUHDVQDo}HVGHSHQGHQWHVSDUDFRORFiORHQWUH
HDVUHODo}HVHQWUHRVKRPHQVWRPDPXPDIRUPDQRYD as nações soberanas, e entregou-lhe os seus destinos,
FXMD RULJLQDOLGDGH IRL SOHQDPHQWH VHQWLGD SHORV JUHJRV TXHDWpHQWmRKDYLDP¿FDGRDFDUJRGHXPSRYRHVWUDQKR
PDQLIHVWDQGRVHQRVXUJLPHQWRGD¿ORVR¿D Gazeta de NotíciasVHW
VERNANT, J.-P. As origens do pensamento grego5LRGH-DQHLUR'LIHO DGDSWDGR 
$V IHVWLYLGDGHV HP WRUQR GD ,QGHSHQGrQFLD GR %UDVLO
6HJXQGR 9HUQDQW D ¿ORVR¿D QD DQWLJD *UpFLD IRL PDUFDPRQRVVRFDOHQGiULRGHVGHRVDQRVLPHGLDWDPHQWH
UHVXOWDGRGR D SRVWHULRUHVDRGHVHWHPEURGH(VVDFRPHPRUDomR
HVWiGLUHWDPHQWHUHODFLRQDGDFRP
A FRQVWLWXLomRGRUHJLPHGHPRFUiWLFR
B contato dos gregos com outros povos. A D FRQVWUXomR H PDQXWHQomR GH VtPERORV SDUD D
IRUPDomRGHXPDLGHQWLGDGHQDFLRQDO
C desenvolvimento no campo das navegações.
B o domínio da elite brasileira sobre os principais cargos
D aparecimento de novas instituições religiosas.
SROtWLFRVTXHVHHIHWLYRXORJRDSyV
E VXUJLPHQWRGDFLGDGHFRPRRUJDQL]DomRVRFLDO
C RV LQWHUHVVHV GH VHQKRUHV GH WHUUDV TXH DSyV D
,QGHSHQGrQFLDH[LJLUDPDDEROLomRGDHVFUDYLGmR
QUESTÃO 40
D R DSRLR SRSXODU jV PHGLGDV WRPDGDV SHOR JRYHUQR
7RGDVDVFRLVDVVmRGLIHUHQFLDo}HVGHXPDPHVPD LPSHULDOSDUDDH[SXOVmRGHHVWUDQJHLURVGRSDtV
FRLVD H VmR D PHVPD FRLVD ( LVWR p HYLGHQWH 3RUTXH E D FRQVFLrQFLD GD SRSXODomR VREUH RV VHXV GLUHLWRV
VHDVFRLVDVTXHVmRDJRUDQHVWHPXQGRʊWHUUDiJXD DGTXLULGRV SRVWHULRUPHQWH j WUDQVIHUrQFLD GD &RUWH
DU H IRJR H DV RXWUDV FRLVDV TXH VH PDQLIHVWDP QHVWH para o Rio de Janeiro.
PXQGR ʊ VH DOJXPD GHVWDV FRLVDV IRVVH GLIHUHQWH GH
TXDOTXHU RXWUD GLIHUHQWH HP VXD QDWXUH]D SUySULD H
VH QmR SHUPDQHFHVVH D PHVPD FRLVD HP VXDV PXLWDV
PXGDQoDV H GLIHUHQFLDo}HV HQWmR QmR SRGHULDP DV
FRLVDV GH QHQKXPD PDQHLUD PLVWXUDUVH XPDV jV
RXWUDV QHP ID]HU EHP RX PDO XPDV jV RXWUDV QHP
a planta poderia brotar da terra, nem um animal ou
TXDOTXHURXWUDFRLVDYLUjH[LVWrQFLDVHWRGDVDVFRLVDV
QmR IRVVHP FRPSRVWDV GH PRGR D VHUHP DV PHVPDV
7RGDVDVFRLVDVQDVFHPDWUDYpVGHGLIHUHQFLDo}HVGH
XPD PHVPD FRLVD RUD HP XPD IRUPD RUD HP RXWUD
retomando sempre a mesma coisa.
',Ï*(1(6,Q%251+(,0*$2V¿OyVRIRVSUpVRFUiWLFRV6mR3DXOR&XOWUL[

2WH[WRGHVFUHYHDUJXPHQWRVGRVSULPHLURVSHQVDGRUHV
GHQRPLQDGRV SUpVRFUiWLFRV 3DUD HOHV D SULQFLSDO
SUHRFXSDomR¿ORVy¿FDHUDGHRUGHP
A FRVPROyJLFD SURSRQGR XPD H[SOLFDomR UDFLRQDO GR
PXQGRIXQGDPHQWDGDQRVHOHPHQWRVGDQDWXUH]D
B SROtWLFDGLVFXWLQGRDVIRUPDVGHRUJDQL]DomRGDSyOLV
ao estabelecer as regras da democracia.
C pWLFD GHVHQYROYHQGR XPD ¿ORVR¿D GRV YDORUHV
YLUWXRVRVTXHWHPDIHOLFLGDGHFRPRREHPPDLRU
D estética, procurando investigar a aparência dos entes
sensíveis.
E KHUPHQrXWLFD FRQVWUXLQGR XPD H[SOLFDomR XQtYRFD
da realidade.

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
2016 * BR0 9 7 5 SAB1 7 *
QUESTÃO 42 QUESTÃO 44
$ *XHUUD )ULD IRL DFLPD GH WXGR XP SURGXWR GD TEXTO I
KHWHURJHQHLGDGHQRVLVWHPDLQWHUQDFLRQDOʊSDUDUHSHWLU (QWUH RV DQRV  H  R FUHVFLPHQWR GD
GDKHWHURJHQHLGDGHGDRUJDQL]DomRLQWHUQDHGDSUiWLFD LPLJUDomR MXGDLFD SDUD D 3DOHVWLQD IRL H[SRQHQFLDO
LQWHUQDFLRQDO ʊ H VRPHQWH SRGHULD VHU HQFHUUDGD SHOD SDVVDQGR GH   LPLJUDQWHVDQR HP  SDUD PDLV
REWHQomRGHXPDQRYDKRPRJHQHLGDGH2UHVXOWDGRGLVWR GHHP(PYLQWHDQRVDSRSXODomRMXGDLFD
IRLTXHenquanto os dois sistemas distintos existiram, o havia passado de menos de 10% para mais de 30% da
FRQÀLWR GD *XHUUD )ULD HVWDYD GHVWLQDGR D FRQWLQXDU D SRSXODomRORFDO
*XHUUD)ULDQmRSRGHULDWHUPLQDUFRPRFRPSURPLVVRRX *$77$=$A Guerra da Palestina6mR3DXOR8VLQDGR/LYUR
a convergência, mas somente com a prevalência de um
destes sistemas sobre o outro. TEXTO II
+$//,'$<)Repensando as relações internacionais3RUWR$OHJUH(G8)5*6 8PHVWDGRVHPLLQGHSHQGHQWHVREFRQWUROHEULWkQLFR
IRLDIyUPXODTXHD*Um%UHWDQKDXVRXSDUDDDGPLQLVWUDomR
$ FDUDFWHUL]DomR GD *XHUUD )ULD DSUHVHQWDGD SHOR WH[WR GDViUHDVTXHWRPDUDGRLPSpULRWXUFR$H[FHomRIRLD
LPSOLFDLQWHUSUHWiODFRPRXP D Palestina, que eles administraram diretamente, tentando
A HVIRUoRGHKRPRJHQHL]DomRGRVLVWHPDLQWHUQDFLRQDO HP YmR FRQFLOLDU SURPHVVDV IHLWDV DRV MXGHXV VLRQLVWDV
QHJRFLDGRHQWUH(VWDGRV8QLGRVH8QLmR6RYLpWLFD HPWURFDGHDSRLRFRQWUDD$OHPDQKDHDRViUDEHVHP
troca de apoio contra os turcos.
B guerra, visando o estabelecimento de um renovado
HOBSBAWN, E. Era dos extremos6mR3DXOR&LDGDV/HWUDV
sistema social, híbrido de socialismo e capitalismo.
C FRQÀLWR LQWHUVLVWrPLFR HP TXH SDtVHV FDSLWDOLVWDV 1RVWUHFKRVVmRWHPDWL]DGRVRGHVWLQRGHXPWHUULWyULR
H VRFLDOLVWDV FRPSHWLULDP DWp R ¿P SHOR SRGHU GH QRSHUtRGRHQWUHDVGXDV*UDQGHV*XHUUDV0XQGLDLV
LQÀXrQFLDHPHVFDODPXQGLDO $ RULHQWDomR GD SROtWLFD EULWkQLFD UHODWLYD D HVVD UHJLmR
D FRPSURPLVVR FDSLWDOLVWD GH WUDQVIRUPDU DV HVWiLQGLFDGDQD
sociedades homogêneas dos países socialistas em A FULDomRGHXP(VWDGRDOLDGR
democracias liberais. B RFXSDomRGHiUHDVVDJUDGDV
E HQIUHQWDPHQWR EpOLFR HQWUH FDSLWDOLVPR H VRFLDOLVPR C UHDomRDRPRYLPHQWRVRFLDOLVWD
SHOD KRPRJHQHL]DomR VRFLDO GH VXDV UHVSHFWLYDV
D SURPRomRGRFRPpUFLRUHJLRQDO
iUHDVGHLQÀXrQFLDSROtWLFD
E H[SORUDomRGHMD]LGDVSHWUROtIHUDV
QUESTÃO 43
QUESTÃO 45
A teoria da democracia participativa é construída em
WRUQR GD D¿UPDomR FHQWUDO GH TXH RV LQGLYtGXRV H VXDV
LQVWLWXLo}HV QmR SRGHP VHU FRQVLGHUDGRV LVRODGDPHQWH
$ H[LVWrQFLD GH LQVWLWXLo}HV UHSUHVHQWDWLYDV HP QtYHO
QDFLRQDO QmR EDVWD SDUD D GHPRFUDFLD SRLV R Pi[LPR
GH SDUWLFLSDomR GH WRGDV DV SHVVRDV D VRFLDOL]DomR
RX ³WUHLQDPHQWR VRFLDO´ SUHFLVD RFRUUHU HP RXWUDV
HVIHUDV GH PRGR TXH DV DWLWXGHV H DV TXDOLGDGHV
SVLFROyJLFDV QHFHVViULDV SRVVDP VH GHVHQYROYHU (VVH 'LVSRQtYHOHPZZZPDOYDGRVFRPEU$FHVVRHPGH]
GHVHQYROYLPHQWRRFRUUHSRUPHLRGRSUySULRSURFHVVRGH
$ WLULQKD FRPSDUD GRLV YHtFXORV GH FRPXQLFDomR
SDUWLFLSDomR$SULQFLSDOIXQomRGDSDUWLFLSDomRQDWHRULD
DWULEXLQGRGHVWDTXHj
GHPRFUiWLFDSDUWLFLSDWLYDpSRUWDQWRHGXFDWLYD
3$7(0$1&Participação e teoria democrática5LRGH-DQHLUR3D]H7HUUD A UHVLVWrQFLDGRFDPSRYLUWXDOjDGXOWHUDomRGHGDGRV
B interatividade dos programas de entretenimento
1HVVDWHRULDDDVVRFLDomRHQWUHSDUWLFLSDomRHHGXFDomR
abertos.
WHPFRPRIXQGDPHQWRD
C FRQ¿DQoDGRWHOHVSHFWDGRUQDVQRWtFLDVYHLFXODGDV
A DVFHQVmRGDVFDPDGDVSRSXODUHV D FUHGLELOLGDGHGDVIRQWHVQDHVIHUDFRPSXWDFLRQDO
B RUJDQL]DomRGRVLVWHPDSDUWLGiULR E DXWRQRPLDGRLQWHUQDXWDQDEXVFDGHLQIRUPDo}HV
C H¿FLrQFLDGDJHVWmRS~EOLFD
D DPSOLDomRGDFLGDGDQLDDWLYD
E legitimidade do processo legislativo.

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
Gabarito 2016
1° DIA
CADERNO 9 – BRANCO

3ª APLICAÇÃO

CIÊNCIAS HUMANAS CIÊNCIAS DA NATUREZA


E SUAS TECNOLOGIAS E SUAS TECNOLOGIAS

QUESTÃO GABARITO QUESTÃO GABARITO


1 D 46 E
2 D 47 B
3 C 48 B
4 B 49 D
5 E 50 C
6 C 51 B
7 D 52 A
8 D 53 B
9 A 54 C
10 B 55 C
11 C 56 B
12 B 57 B
13 A 58 D
14 C 59 C
15 C 60 E
16 C 61 B
17 A 62 A
18 B 63 C
19 D 64 E
20 A 65 A
21 E 66 C
22 C 67 E
23 D 68 B
24 D 69 C
25 A 70 E
26 D 71 E
27 D 72 A
28 B 73 E
29 D 74 E
30 D 75 D
31 B 76 A
32 C 77 A
33 C 78 C
34 A 79 D
35 A 80 A
36 D 81 D
37 C 82 B
38 B 83 C
39 E 84 D
40 A 85 D
41 A 86 E
42 C 87 A
43 D 88 C
44 A 89 A
45 E 90 E
*SA0175AZ20*
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS QUESTÃO 48
A moralidade, Bentham exortava, não é uma questão
Questões de 46 a 90 de agradar a Deus, muito menos de fidelidade a regras
abstratas. A moralidade é a tentativa de criar a maior
QUESTÃO 46 quantidade de felicidade possível neste mundo. Ao decidir
o que fazer, deveríamos, portanto, perguntar qual curso
No império africano do Mali, no século XIV, Tombuctu de conduta promoveria a maior quantidade de felicidade
foi centro de um comércio internacional onde tudo era para todos aqueles que serão afetados.
negociado — sal, escravos, marfim etc. Havia também RACHELS, J. Os elementos da filosofia moral. Barueri-SP: Manole, 2006.
um grande comércio de livros de história, medicina, Os parâmetros da ação indicados no texto estão em
astronomia e matemática, além de grande concentração conformidade com uma
de estudantes. A importância cultural de Tombuctu pode
ser percebida por meio de um velho provérbio: “O sal vem A f undamentação científica de viés positivista.
do norte, o ouro vem do sul, mas as palavras de Deus e B convenção social de orientação normativa.
os tesouros da sabedoria vêm de Tombuctu”.  C transgressão comportamental religiosa.
ASSUMPÇÃO, J. E. África: uma história a ser reescrita. In: MACEDO, J. R. (Org.). D racionalidade de caráter pragmático.
Desvendando a história da África. Porto Alegre: UFRGS, 2008 (adaptado).
E inclinação de natureza passional.
Uma explicação para o dinamismo dessa cidade e sua
importância histórica no período mencionado era o(a) QUESTÃO 49
A i solamento geográfico do Saara ocidental. Fala-se muito nos dias de hoje em direitos do homem.
B exploração intensiva de recursos naturais. Pois bem: foi no século XVIII — em 1789, precisamente —
C posição relativa nas redes de circulação. que uma Assembleia Constituinte produziu e proclamou
em Paris a Declaração dos Direitos do Homem e do
D tráfico transatlântico de mão de obra servil. Cidadão. Essa Declaração se impôs como necessária
E competição econômica dos reinos da região. para um grupo de revolucionários, por ter sido preparada
por uma mudança no plano das ideias e das mentalidades:
QUESTÃO 47 o Iluminismo.
FORTES, L. R. S. O Iluminismo e os reis filósofos.
Após a Declaração Universal dos Direitos Humanos São Paulo: Brasiliense, 1981 (adaptado).
pela ONU, em 1948, a Unesco publicou estudos de
cientistas de todo o mundo que desqualificaram as Correlacionando temporalidades históricas, o texto
doutrinas racistas e demonstraram a unidade do gênero apresenta uma concepção de pensamento que tem como
humano. Desde então, a maioria dos próprios cientistas uma de suas bases a
europeus passou a reconhecer o caráter discriminatório A modernização da educação escolar.
da pretensa superioridade racial do homem branco e a
condenar as aberrações cometidas em seu nome. B atualização da disciplina moral cristã.
SILVEIRA, R. Os selvagens e a massa: papel do racismo científico na montagem da
C divulgação de costumes aristocráticos.
hegemonia ocidental. Afro-Ásia, n. 23, 1999 (adaptado). D socialização do conhecimento científico.
A posição assumida pela Unesco, a partir de 1948, foi E universalização do princípio da igualdade civil.
motivada por acontecimentos então recentes, dentre os
quais se destacava o(a) QUESTÃO 50

A a taque feito pelos japoneses à base militar americana Art. 231. São reconhecidos aos índios sua
de Pearl Harbor.   organização social, costumes, línguas, crenças e
tradições, e os direitos originários sobre as terras
B desencadeamento da Guerra Fria e de novas que tradicionalmente ocupam, competindo à União
rivalidades entre nações. demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os
C morte de milhões de soldados nos combates da seus bens.
Segunda Guerra Mundial.  BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 27 abr. 2017.
D execução de judeus e eslavos presos em guetos e
campos de concentração nazistas. A persistência das reivindicações relativas à aplicação
desse preceito normativo tem em vista a vinculação
E lançamento de bombas atômicas em Hiroshima e histórica fundamental entre
Nagasaki pelas forças norte-americanas.
A tnia e miscigenação racial.
e
B sociedade e igualdade jurídica.
C espaço e sobrevivência cultural.
D progresso e educação ambiental.
E bem-estar e modernização econômica.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 20
*SA0175AZ21*
QUESTÃO 51 QUESTÃO 52
A configuração do espaço urbano da região do
Entorno do Distrito Federal assemelha-se às demais
aglomerações urbanas e regiões metropolitanas do país,
onde é facilmente identificável a constituição de um
centro dinâmico e desenvolvido, onde se concentram
as oportunidades de trabalho e os principais serviços,
e a constituição de uma região periférica concentradora
de população de baixa renda, com acesso restrito às
principais atividades com capacidade de acumulação
e produtividade, e aos serviços sociais e infraestrutura
básica.
CAIADO, M. C. A migração intrametropolitana e o processo de estruturação do espaço urbano
da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno. In: HOGAN, D. J. et al.
(Org.). Migração e ambiente nas aglomerações urbanas. Campinas: Nepo/Unicamp, 2002.

A organização interna do aglomerado urbano descrito é


resultado da ocorrência do processo de
A expansão vertical.
B polarização nacional. 
C emancipação municipal.
D segregação socioespacial.
E desregulamentação comercial.

QUESTÃO 53
México, Colômbia, Peru e Chile decidiram seguir um
caminho mais curto para a integração regional. Os quatro
países, em meados de 2012, criaram a Aliança do Pacífico
e eliminaram, em 2013, as tarifas aduaneiras de 90% do
total de produtos comercializados entre suas fronteiras.
OLIVEIRA, E. Aliança do Pacífico se fortalece e Mercosul fica à sua sombra.
O Globo, 24 fev. 2013 (adaptado).

O acordo descrito no texto teve como objetivo econômico


para os países-membros
Fotografia de Augusto Gomes Leal e da ama de leite
Mônica, cartão de visita de 1860. A promover a livre circulação de trabalhadores.
KOUTSOUKOS, S. S. M. Amas mercenárias: o discurso dos doutores em medicina e os retratos B fomentar a competitividade no mercado externo.
de amas – Brasil, segunda metade do século XIX. História, Ciência, Saúde-Manguinhos,
2009.  Disponível em: http://dx.doi.org. Acesso em: 8 maio 2013. C restringir investimentos de empresas multinacionais.
D adotar medidas cambiais para subsidiar o setor agrícola.
A fotografia, datada de 1860, é um indício da cultura
escravista no Brasil, ao expressar a E reduzir a fiscalização alfandegária para incentivar o
consumo.
A ambiguidade do trabalho doméstico exercido pela
ama de leite, desenvolvendo uma relação de
proximidade e subordinação em relação aos senhores.
B integração dos escravos aos valores das classes médias,
cultivando a família como pilar da sociedade imperial.
C melhoria das condições de vida dos escravos
observada pela roupa luxuosa, associando o trabalho
doméstico a privilégios para os cativos.
D esfera da vida privada, centralizando a figura feminina
para afirmar o trabalho da mulher na educação letrada
dos infantes.
E distinção étnica entre senhores e escravos,
demarcando a convivência entre estratos sociais
como meio para superar a mestiçagem.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 21


*SA0175AZ22*
QUESTÃO 54 QUESTÃO 56

Os maiores consumidores da infraestrutura logística


% de chuva para exportação no Brasil são os produtos a granel,
Tipologia de área dentre os quais se destacam o minério de ferro, petróleo
retida no
escoada
local e seus derivados e a soja, que, por possuírem baixo
Bacias naturais/florestas 80 a 100 0 a 20 valor agregado, e por serem movimentados em grandes
Bacias com ocupação volumes, necessitam de uma infraestrutura de grande
40 a 60 40 a 60 porte e baixos custos. No caso da soja, a infraestrutura
agrícola/cultivos
Bacias com ocupação deixa muito a desejar, resultando em enormes filas de
40 a 50 50 a 60 navios, caminhões e trens, que, por ficarem grande parte
residencial
Bacias com ocupação do tempo ociosos nas filas, têm seu custo majorado,
0 a 10 90 a 100 onerando fortemente o exportador, afetando sua
urbana pesada
margem de lucro e ameaçando nossa competitividade
MACHADO, P. J. O.; TORRES, F. T. P. Introdução à hidrogeografia.
São Paulo: Cengage Learning, 2012 (adaptado).
internacional.
FLEURY, P. F. A infraestrutura e os desafios logísticos das exportações brasileiras.
A leitura dos dados revela que as áreas com maior Rio de Janeiro: CEL; Coppead; UFRJ, 2005 (adaptado).
cobertura vegetal têm o potencial de intensificar o
No contexto do início do século XXI, uma ação para
processo de
solucionar os problemas logísticos da soja apresentados
A erosão laminar. no texto seria a
B intemperismo físico. A isenção de impostos de transportes.
C enchente nas cidades. B construção de terminais atracadouros.
D compactação do solo. C diversificação dos parceiros comerciais.
E recarga dos aquíferos. D contratação de trabalhadores portuários.
QUESTÃO 55 E intensificação do policiamento das rodovias.

O desgaste acelerado sempre existirá se o QUESTÃO 57


agricultor não tiver o devido cuidado de combater as
causas, relacionadas a vários processos, tais como: A diversidade de atividades relacionadas ao
empobrecimento químico e lixiviação provocados pelo setor terciário reforça a tendência mais geral de
esgotamento causado pelas colheitas e pela lavagem desindustrialização de muitos dos países desenvolvidos
vertical de nutrientes da água que se infiltra no solo, sem que estes, contudo, percam o comando da economia.
bem como pela retirada de elementos nutritivos com as Essa mudança implica nova divisão internacional do
colheitas. Os nutrientes retirados, quando não repostos, trabalho, que não é mais apoiada na clara segmentação
são comumente substituídos por elementos tóxicos, setorial das atividades econômicas.
como, por exemplo, o alumínio.
RIO, G. A. P. A espacialidade da economia. In: CASTRO, I. E.; GOMES, P. C. C.; CORRÊA,
LEPSCH, I. Formação e conservação dos solos. R. L. (Org.). Olhares geográficos: modos de ver e viver o espaço. Rio de Janeiro:
São Paulo: Oficina de Textos, 2002 (adaptado). Bertrand Brasil, 2012 (adaptado).

A dinâmica ambiental exemplificada no texto gera a Nesse contexto, o fenômeno descrito tem como um de
seguinte consequência para o solo agricultável: seus resultados a

A levação da acidez.
E A saturação do setor secundário.
B Ampliação da salinidade. B ampliação dos direitos laborais.
C Formação de voçorocas. C bipolarização do poder geopolítico.
D Remoção da camada superior. D consolidação do domínio tecnológico.
E Intensificação do escoamento superficial. E primarização das exportações globais.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 22


*SA0175AZ23*
QUESTÃO 58 As temperaturas médias mensais e as taxas de
pluviosidade expressas no climograma apresentam o
Muitos países se caracterizam por terem populações clima típico da seguinte cidade:
multiétnicas. Com frequência, evoluíram desse modo
ao longo de séculos. Outras sociedades se tornaram A C idade do Cabo (África do Sul), marcado pela
multiétnicas mais rapidamente, como resultado de reduzida amplitude térmica anual.
políticas incentivando a migração, ou por conta de legados B Sydney (Austrália), caracterizado por precipitações
coloniais e imperiais. abundantes no decorrer do ano.
GIDDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Penso, 2012 (adaptado).
C Mumbai (Índia), definido pelas chuvas monçônicas
torrenciais.
Do ponto de vista do funcionamento das democracias D Barcelona (Espanha), afetado por massas de ar seco.
contemporâneas, o modelo de sociedade descrito E Moscou (Rússia), influenciado pela localização
demanda, simultaneamente, geográfica em alta latitude.
A defesa do patriotismo e rejeição ao hibridismo. QUESTÃO 60
B universalização de direitos e respeito à diversidade.
Procuramos demonstrar que o desenvolvimento
C segregação do território e estímulo ao autogoverno. pode ser visto como um processo de expansão das
D políticas de compensação e homogeneização do idioma. liberdades reais que as pessoas desfrutam. O enfoque
E padronização da cultura e repressão aos nas liberdades humanas contrasta com visões mais
particularismos. restritas de desenvolvimento, como as que identificam
desenvolvimento com crescimento do Produto Nacional
QUESTÃO 59 Bruto, ou industrialização. O crescimento do PNB pode
ser muito importante como um meio de expandir as
liberdades. Mas as liberdades dependem também de
Figura 1
outros determinantes, como os serviços de educação e
saúde e os direitos civis.
ºC mm
SEN, A. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Cia. das Letras, 2010.
50 100
A concepção de desenvolvimento proposta no texto
40 80 fundamenta-se no vínculo entre
A i ncremento da indústria e atuação no mercado
30 60 financeiro.
B criação de programas assistencialistas e controle de
20 40 preços.
C elevação da renda média e arrecadação de impostos.
10 20 D garantia da cidadania e ascensão econômica.
E ajuste de políticas econômicas e incentivos fiscais.
0 0
QUESTÃO 61
−10 A primeira Guerra do Golfo, genuinamente apoiada
J F M A M J J A S O N D pelas Nações Unidas e pela comunidade internacional,
assim como a reação imediata ao Onze de Setembro,
Taxa de pluviosidade Temperatura demonstravam a força da posição dos Estados Unidos na
Figura 2 era pós-soviética.
HOBSBAWM, E. Globalização, democracia e terrorismo. São Paulo: Cia. das Letras, 2007.

Um aspecto que explica a força dos Estados Unidos,


apontada pelo texto, reside no(a)
Moscou
A p oder de suas bases militares espalhadas ao redor do
Barcelona
mundo.
Mumbai
B alinhamento geopolítico da Rússia em relação aos EUA.
C política de expansionismo territorial exercida sobre Cuba.
Cidade do Cabo Sydney D aliança estratégica com países produtores de
petróleo, como Kuwait e Irã.
E incorporação da China à Organização do Tratado
Disponível em: https://pt.climate-data.org. Acesso em: 12 maio 2017 (adaptado). do Atlântico Norte (Otan).

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*SA0175AZ24*
QUESTÃO 62 A visão expressa nesse texto do século XX remete a qual
aspecto do pensamento moderno?
O New Deal visa restabelecer o equilíbrio entre o
custo de produção e o preço, entre a cidade e o campo, A A relação entre liberdade e autonomia do Liberalismo.
entre os preços agrícolas e os preços industriais, reativar B A independência entre poder e moral do Racionalismo.
o mercado interno — o único que é importante —, pelo
controle de preços e da produção, pela revalorização C A
convenção entre cidadãos e soberano do
dos salários e do poder aquisitivo das massas, isto é, Absolutismo.
dos lavradores e operários, e pela regulamentação das D A
dialética entre indivíduo e governo autocrata do
condições de emprego. Idealismo.
CROUZET, M. Os Estados perante a crise. In: História geral das civilizações. E A
contraposição entre bondade e condição selvagem
São Paulo: Difel, 1977 (adaptado).
do Naturalismo.
Tendo como referência os condicionantes históricos do
entreguerras, as medidas governamentais descritas QUESTÃO 65
objetivavam
A representação de Demócrito é semelhante à de
A fl exibilizar as regras do mercado financeiro. Anaxágoras, na medida em que um infinitamente múltiplo
é a origem; mas nele a determinação dos princípios
B fortalecer o sistema de tributação regressiva.
fundamentais aparece de maneira tal que contém aquilo
C introduzir os dispositivos de contenção creditícia. que para o que foi formado não é, absolutamente, o
D racionalizar os custos da automação industrial
aspecto simples para si. Por exemplo, partículas de
mediante negociação sindical. carne e de ouro seriam princípios que, através de sua
E recompor os mecanismos de acumulação econômica concentração, formam aquilo que aparece como figura.
por meio da intervenção estatal. HEGEL, G. W. F. Crítica moderna. In: SOUZA, J. C. (Org.). Os pré-socráticos: vida e obra.
São Paulo: Nova Cultural, 2000 (adaptado).   

QUESTÃO 63 O texto faz uma apresentação crítica acerca do


E venham, então, os alegres incendiários de dedos pensamento de Demócrito, segundo o qual o “princípio
carbonizados! Vamos! Ateiem fogo às estantes das constitutivo das coisas” estava representado pelo(a)
bibliotecas! Desviem o curso dos canais, para inundar
A número, que fundamenta a criação dos deuses.
os museus! Empunhem as picaretas, os machados,
os martelos e deitem abaixo sem piedade as cidades B devir, que simboliza o constante movimento dos objetos.
veneradas! C água, que expressa a causa material da origem
MARINETTI, F. T. Manifesto futurista. Disponível em: www.sibila.com.br.
do universo.
Acesso em: 2 ago. 2012 (adaptado). D imobilidade, que sustenta a existência do ser atemporal.
Que princípio marcante do Futurismo e comum a várias E átomo, que explica o surgimento dos entes.
correntes artísticas e culturais das primeiras três décadas
do século XX está destacado no texto? QUESTÃO 66

A tradição é uma força incontornável.


A Uma conversação de tal natureza transforma o
ouvinte; o contato de Sócrates paralisa e embaraça;
B A arte é expressão da memória coletiva.
leva a refletir sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma
C A modernidade é a superação decisiva da história. direção incomum: os temperamentais, como Alcibíades,
D A realidade cultural é determinada economicamente. sabem que encontrarão junto dele todo o bem de que
E A memória é um elemento crucial da identidade cultural. são capazes, mas fogem porque receiam essa influência
poderosa, que os leva a se censurarem. É sobretudo
QUESTÃO 64 a esses jovens, muitos quase crianças, que ele tenta
imprimir sua orientação.
Uma sociedade é uma associação mais ou menos
BRÉHIER, E. História da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1977.
autossuficiente de pessoas que em suas relações mútuas
reconhecem certas regras de conduta como obrigatórias O texto evidencia características do modo de vida
e que, na maioria das vezes, agem de acordo com elas. socrático, que se baseava na
Uma sociedade é bem ordenada não apenas quando
está planejada para promover o bem de seus membros, A c ontemplação da tradição mítica.
mas quando é também efetivamente regulada por uma B sustentação do método dialético.
concepção pública de justiça. Isto é, trata-se de uma C relativização do saber verdadeiro.
sociedade na qual todos aceitam, e sabem que os outros D valorização da argumentação retórica.
aceitam, o mesmo princípio de justiça.
E investigação dos fundamentos da natureza.
RAWLS, J. Uma teoria da justiça. São Paulo: Martins Fontes, 1997 (adaptado).

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*SA0175AZ25*
QUESTÃO 67 QUESTÃO 69

A grande maioria dos países ocidentais democráticos A instalação de uma refinaria obedece a diversos
adotou o Tribunal Constitucional como mecanismo de fatores técnicos. Um dos mais importantes é a
localização, que deve ser próxima tanto dos centros
controle dos demais poderes. A inclusão dos Tribunais
de consumo como das áreas de produção. A Petrobras
no cenário político implicou alterações no cálculo para possui refinarias estrategicamente distribuídas pelo país.
a implementação de políticas públicas. O governo, Elas são responsáveis pelo processamento de milhões
além de negociar seu plano político com o Parlamento, de barris de petróleo por dia, suprindo o mercado com
teve que se preocupar em não infringir a Constituição. derivados que podem ser obtidos a partir de petróleo
Essa nova arquitetura institucional propiciou o nacional ou importado.
MURTA, A. L. S. Energia: o vício da civilização; crise energética e alternativas sustentáveis.
desenvolvimento de um ambiente político que viabilizou a Rio de Janeiro: Garamond, 2011.
participação do Judiciário nos processos decisórios.
A territorialização de uma unidade produtiva depende de
CARVALHO, E. R. Revista de Sociologia e Política, n. 23, nov. 2004 (adaptado). diversos fatores locacionais. A partir da leitura do texto,
O texto faz referência a uma importante mudança na o fator determinante para a instalação das refinarias de
dinâmica de funcionamento dos Estados contemporâneos petróleo é a proximidade a
que, no caso brasileiro, teve como consequência a A s edes de empresas petroquímicas.
A adoção de eleições para a alta magistratura. B zonas de importação de derivados.
B diminuição das tensões entre os entes federativos. C polos de desenvolvimento tecnológico.
C suspensão do princípio geral dos freios e contrapesos. D áreas de aglomerações de mão de obra.
E espaços com infraestrutura de circulação.
D judicialização de questões próprias da esfera legislativa.
E profissionalização do quadro de funcionários da Justiça. QUESTÃO 70

QUESTÃO 68 Mas era sobretudo a lã que os compradores, vindos


da Flandres ou da Itália, procuravam por toda a parte.
Ao destruir uma paisagem de árvores de troncos Para satisfazê-los, as raças foram melhoradas através
retorcidos, folhas e arbustos ásperos sobre os solos do aumento progressivo das suas dimensões. Esse
ácidos, não raro laterizados ou tomados pelas formas crescimento prosseguiu durante todo o século XIII, e
bizarras dos cupinzeiros, essa modernização lineariza e as abadias da Ordem de Cister, onde eram utilizados
aparentemente não permite que se questione a pretensão os métodos mais racionais de criação de gado,
modernista de que a forma deve seguir a função. desempenharam certamente um papel determinante
HAESBAERT, R. “Gaúchos” e baianos no “novo” Nordeste: entre a globalização econômica
nesse aperfeiçoamento.
e a reinvenção das identidades territoriais. In: CASTRO, I. E.; GOMES, P. C. C.; CORRÊA, DUBY, G. Economia rural e vida no campo no Ocidente medieval.
R. L. (Org.). Brasil: questões atuais da reorganização do território. Lisboa: Estampa, 1987 (adaptado).
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.
O texto aponta para a relação entre aperfeiçoamento da
O processo descrito ocorre em uma área biogeográfica atividade pastoril e avanço técnico na Europa ocidental
com predomínio de vegetação feudal, que resultou do(a)
A tropófila e clima tropical. A c rescimento do trabalho escravo.
B xerófila e clima semiárido. B desenvolvimento da vida urbana.
C hidrófila e clima equatorial. C padronização dos impostos locais.
D aciculifoliada e clima subtropical. D uniformização do processo produtivo.
E semidecídua e clima tropical úmido. E desconcentração da estrutura fundiária.

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*SA0175AZ26*
QUESTÃO 71

Tudo sobre a batalha de Belo Monte. Disponível em: http://arte.folha.uol.com.br. Acesso em: 10 jan. 2014.

Comparando os dados das hidrelétricas, uma característica territorial positiva de Belo Monte é o(a)

A r eduzido espaço relativo inundado.


B acentuado desnível do relevo local.
C elevado índice de urbanização regional.
D presença dos grandes parques industriais.
E proximidade de fronteiras internacionais estratégicas.

QUESTÃO 72
Trata-se da perda progressiva da produtividade de biomas inteiros, afetando parcelas muito expressivas
dos domínios subúmidos e semiáridos em todas as regiões quentes do mundo. É nessas áreas, ecologicamente
transicionais, que a pressão sobre a biomassa se faz sentir com muita força, devido à retirada da cobertura florestal,
ao superpastoreio e às atividades mineradoras não controladas, desencadeando um quadro agudo de degradação
ambiental, refletido pela incapacidade de suporte para o desenvolvimento de espécies vegetais, seja uma floresta
natural ou plantações agrícolas.
CONTI, J. B. A geografia física e as relações sociedade-natureza no mundo tropical. In: CARLOS, A. F. A. (Org.). Novos caminhos da geografia. São Paulo: Contexto, 1999 (adaptado).

O texto enfatiza uma consequência da relação conflituosa entre a sociedade humana e o ambiente, que diz respeito
ao processo de

A inversão térmica.
B poluição atmosférica.
C eutrofização da água.
D contaminação dos solos.
E desertificação de ecossistemas.

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*SA0175AZ27*
QUESTÃO 73 QUESTÃO 75
O fenômeno da mobilidade populacional vem, Palestinos se agruparam em frente a aparelhos de
desde as últimas décadas do século XX, apresentando televisão e telas montadas ao ar livre em Ramalah, na
transformações significativas no seu comportamento, não Cisjordânia, para acompanhar o voto da resolução que
só no Brasil como também em outras partes do mundo. pedia o reconhecimento da chamada Palestina como
Esses novos processos se materializam, entre outros um Estado observador não membro da Organização
aspectos, na dimensão interna, pelo redirecionamento das Nações Unidas (ONU). O objetivo era esperar pelo
dos fluxos migratórios para as cidades médias, em nascimento, ao menos formal, de um Estado palestino.
detrimento dos grandes centros urbanos; pelos Depois da aprovação da resolução, centenas de pessoas
deslocamentos de curta duração e a distâncias menores; foram à praça da cidade com bandeiras palestinas,
pelos movimentos pendulares, que passam a assumir soltaram fogos de artifício, fizeram buzinaços e dançaram
maior relevância nas estratégias de sobrevivência, não pelas ruas. Aprovada com 138 votos dos 193 da
mais restritos aos grandes aglomerados urbanos. Assembleia-Geral, a resolução eleva o status do Estado
palestino perante a organização.
OLIVEIRA, L. A. P.; OLIVEIRA, A. T. R. Reflexões sobre os deslocamentos populacionais
no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2011 (adaptado). Palestinos comemoram elevação de status na ONU com bandeiras e fogos. Disponível
em: http://folha.com. Acesso em: 4 dez. 2012 (adaptado).
A redefinição dos fluxos migratórios internos no Brasil,
A mencionada resolução da ONU referendou o(a)
no período apontado no texto, tem como causa a
intensificação do processo de A elimitação institucional das fronteiras territoriais.
d
B aumento da qualidade de vida da população local.
A escapitalização do setor primário.
d
C implementação do tratado de paz com os israelenses.
B ampliação da economia informal.
D apoio da comunidade internacional à demanda

C tributação da área residencial citadina. nacional.
D desconcentração da atividade industrial. E equiparação da condição política com a dos demais
E saturação da empregabilidade no setor terciário. países.

QUESTÃO 74 QUESTÃO 76

A participação da mulher no processo de decisão Sou filho natural de uma negra, africana livre, da Costa
política ainda é extremamente limitada em praticamente da Mina (Nagô de Nação), de nome Luiza Mahin, pagã, que
todos os países, independentemente do regime sempre recusou o batismo e a doutrina cristã. Minha mãe
econômico e social e da estrutura institucional vigente era baixa de estatura, magra, bonita, a cor era de um preto
em cada um deles. É fato público e notório, além de retinto e sem lustro, tinha os dentes alvíssimos como a neve,
empiricamente comprovado, que as mulheres estão em era muito altiva, geniosa, insofrida. Dava-se ao comércio
geral sub-representadas nos órgãos do poder, pois a — era quitandeira, muito laboriosa e, mais de uma vez, na
proporção não corresponde jamais ao peso relativo dessa Bahia, foi presa como suspeita de envolver-se em planos
parte da população. de insurreição de escravos, que não tiveram efeito.
AZEVEDO, E. “Lá vai verso!”: Luiz Gama e as primeiras trovas burlescas de Getulino. In:
TABAK, F. Mulheres públicas: participação política e poder. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2002. CHALHOUB, S.; PEREIRA, L. A. M. A história contada: capítulos de história social da
literatura no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998 (adaptado).
No âmbito do Poder Legislativo brasileiro, a tentativa de
reverter esse quadro de sub-representação tem envolvido Nesse trecho de suas memórias, Luiz Gama ressalta a
a implementação, pelo Estado, de importância dos(as)

A l eis de combate à violência doméstica. A l aços de solidariedade familiar.


B cotas de gênero nas candidaturas partidárias. B estratégias de resistência cultural.
C programas de mobilização política nas escolas. C mecanismos de hierarquização tribal.
D propagandas de incentivo ao voto consciente. D instrumentos de dominação religiosa.
E apoio financeiro às lideranças femininas. E limites da concessão de alforria.

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*SA0175AZ28*
QUESTÃO 77 QUESTÃO 79
Figura 1
TEXTO I
FORMAÇÃO DA BRISA MARINHA
Sólon é o primeiro nome grego que nos vem à
mente quando terra e dívida são mencionadas juntas.
BAIXA ALTA PRESSÃO Logo depois de 600 a.C., ele foi designado “legislador”
PRESSÃO em Atenas, com poderes sem precedentes, porque a
MORNO exigência de redistribuição de terras e o cancelamento
QUENTE
das dívidas não podiam continuar bloqueados pela
TERRA oligarquia dos proprietários de terra por meio da força ou
MAR
de pequenas concessões.
FINLEY, M. Economia e sociedade na Grécia antiga.
São Paulo: WMF Martins Fontes, 2013 (adaptado).

Figura 2 TEXTO II
FORMAÇÃO DO TERRAL A “Lei das Doze Tábuas” se tornou um dos textos
fundamentais do direito romano, uma das principais
heranças romanas que chegaram até nós. A publicação
ALTA PRESSÃO BAIXA dessas leis, por volta de 450 a.C., foi importante,
PRESSÃO pois o conhecimento das “regras do jogo” da vida
FRIO MORNO em sociedade é um instrumento favorável ao homem
comum e potencialmente limitador da hegemonia e
TERRA MAR arbítrio dos poderosos.
 FUNARI, P. P. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2011 (adaptado).

O ponto de convergência entre as realidades


SALGADO-LABOURIAU, M. L. História ecológica da Terra.
sociopolíticas indicadas nos textos consiste na ideia de
São Paulo: Edgard Blucher, 1994 (adaptado). que a
Nas imagens constam informações sobre a formação de
brisas em áreas litorâneas. Esse processo é resultado de A d
iscussão de preceitos formais estabeleceu a
A niformidade do gradiente de pressão atmosférica.
u democracia.
B aquecimento diferencial da superfície. B i
nvenção de códigos jurídicos desarticulou as
C quedas acentuadas de médias térmicas. aristocracias.
D mudanças na umidade relativa do ar. C f ormulação de regulamentos oficiais instituiu as
E variações altimétricas acentuadas. sociedades.
QUESTÃO 78 D d
efinição de princípios morais encerrou os conflitos
Durante o Estado Novo, os encarregados da de interesses.
propaganda procuraram aperfeiçoar-se na arte da E c riação de normas coletivas diminuiu as
empolgação e envolvimento das “multidões” através das desigualdades de tratamento.
mensagens políticas. Nesse tipo de discurso, o significado
das palavras importa pouco, pois, como declarou QUESTÃO 80
Goebbels, “não falamos para dizer alguma coisa, mas
para obter determinado efeito”. Com a Lei de Terras de 1850, o acesso à terra só
CAPELATO, M. H. Propaganda política e controle dos meios de comunicação.
In: PANDOLFI, D. (Org.). Repensando o Estado Novo. Rio de Janeiro: FGV, 1999.
passou a ser possível por meio da compra com pagamento
em dinheiro. Isso limitava, ou mesmo praticamente
O controle sobre os meios de comunicação foi uma impedia, o acesso à terra para os trabalhadores escravos
marca do Estado Novo, sendo fundamental à propaganda
política, na medida em que visava que conquistavam a liberdade.
 OLIVEIRA, A. U. Agricultura brasileira: transformações recentes. In: ROSS, J. L. S.
A c onquistar o apoio popular na legitimação do novo Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2009.
governo.
B ampliar o envolvimento das multidões nas decisões O fato legal evidenciado no texto acentuou o processo de
políticas.
C aumentar a oferta de informações públicas para a A reforma agrária.
sociedade civil. B expansão mercantil.
D estender a participação democrática dos meios de C concentração fundiária.
comunicação no Brasil.
E alargar o entendimento da população sobre as D desruralização da elite.
intenções do novo governo. E mecanização da produção.

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*SA0175AZ29*
QUESTÃO 81 QUESTÃO 83

Estão aí, como se sabe, dois candidatos à presidência, No período anterior ao golpe militar de 1964, os
os senhores Eduardo Gomes e Eurico Dutra, e um terceiro, documentos episcopais indicavam para os bispos
o senhor Getúlio Vargas, que deve ser candidato de algum que o desenvolvimento econômico, e claramente o
grupo político oculto, mas é também o candidato popular. desenvolvimento capitalista, orientando-se no sentido
Porque há dois “queremos”: o “queremos” dos que da justa distribuição da riqueza, resolveria o problema
querem ver se continuam nas posições e o “queremos” da miséria rural e, consequentemente, suprimiria a
popular... Afinal, o que é que o senhor Getúlio Vargas é? possibilidade do proselitismo e da expansão comunista
É fascista? É comunista? É ateu? É cristão? Quer sair? entre os camponeses. Foi nesse sentido que o golpe de
Estado, de 31 de março de 1964, foi acolhido pela Igreja.
Quer ficar? O povo, entretanto, parece que gosta dele
por isso mesmo, porque ele é “à moda da casa”. MARTINS, J. S. A política do Brasil: lúmpen e místico. São Paulo: Contexto, 2011 (adaptado).

A Democracia. 16 set. 1945, apud GOMES, A. C.; D’ARAÚJO, M. C. Em que pesem as divergências no interior do clero após
Getulismo e trabalhismo. São Paulo: Ática, 1989. a instalação da ditadura civil-militar, o posicionamento
O movimento político mencionado no texto caracterizou-se mencionado no texto fundamentou-se no entendimento
por da hierarquia católica de que o(a)

A reclamar a participação das agremiações partidárias. A l uta de classes é estimulada pelo livre mercado.
B apoiar a permanência da ditadura estadonovista. B poder oligárquico é limitado pela ação do Exército.
C demandar a confirmação dos direitos trabalhistas. C doutrina cristã é beneficiada pelo atraso do interior.
D espaço político é dominado pelo interesse

D r eivindicar a transição constitucional sob influência
empresarial.
do governante.
E manipulação ideológica é favorecida pela privação
E r esgatar a representatividade dos sindicatos sob
material.
controle social.
QUESTÃO 84
QUESTÃO 82
O conceito de democracia, no pensamento de
O instituto popular, de acordo com o exame da Habermas, é construído a partir de uma dimensão
razão, fez da figura do alferes Xavier o principal dos procedimental, calcada no discurso e na deliberação.
inconfidentes, e colocou os seus parceiros a meia ração de A legitimidade democrática exige que o processo de
glória. Merecem, decerto, a nossa estima aqueles outros; tomada de decisões políticas ocorra a partir de uma
eram patriotas. Mas o que se ofereceu a carregar com os ampla discussão pública, para somente então decidir.
pecadores de Israel, o que chorou de alegria quando viu Assim, o caráter deliberativo corresponde a um
comutada a pena de morte dos seus companheiros, pena processo coletivo de ponderação e análise, permeado
que só ia ser executada nele, o enforcado, o esquartejado, pelo discurso, que antecede a decisão.
o decapitado, esse tem de receber o prêmio na proporção VITALE, D. Jürgen Habermas, modernidade e democracia deliberativa.
Cadernos do CRH (UFBA), v. 19, 2006 (adaptado).
do martírio, e ganhar por todos, visto que pagou por todos.
O conceito de democracia proposto por Jürgen Habermas
ASSIS, M. Gazeta de Notícias, n. 114, 24 abr. 1892.
pode favorecer processos de inclusão social. De acordo
No processo de transição para a República, a narrativa com o texto, é uma condição para que isso aconteça o(a)
machadiana sobre a Inconfidência Mineira associa
A participação direta periódica do cidadão.
A redenção cristã e cultura cívica. B debate livre e racional entre cidadãos e Estado.
B veneração aos santos e radicalismo militar. C interlocução entre os poderes governamentais.
C apologia aos protestantes e culto ufanista. D eleição de lideranças políticas com mandatos

D tradição messiânica e tendência regionalista. temporários.
E representação eclesiástica e dogmatismo ideológico. E controle do poder político por cidadãos mais
esclarecidos.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 29


*SA0175AZ30*
QUESTÃO 85 QUESTÃO 87
Uma pessoa vê-se forçada pela necessidade a pedir Figura 1
dinheiro emprestado. Sabe muito bem que não poderá Mínimas - Quinta-feira
pagar, mas vê também que não lhe emprestarão nada se CPTEC/INPE 28/08/2014
não prometer firmemente pagar em prazo determinado.
Sente a tentação de fazer a promessa; mas tem ainda
consciência bastante para perguntar a si mesma: não é 24º
proibido e contrário ao dever livrar-se de apuros desta 23º
maneira? Admitindo que se decida a fazê-lo, a sua 22º
máxima de ação seria: quando julgo estar em apuros 24º 24º
de dinheiro, vou pedi-lo emprestado e prometo pagá-lo, 23º
18º 22º
embora saiba que tal nunca sucederá. 21º
18º 22º
KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
23º
De acordo com a moral kantiana, a “falsa promessa de 22º
pagamento” representada no texto 22º
17º
17º
A assegura que a ação seja aceita por todos a partir da
livre discussão participativa. 19º
11º 20º
B garante que os efeitos das ações não destruam a
possibilidade da vida futura na terra. 11º 19º

C opõe-se ao princípio de que toda ação do homem
possa valer como norma universal. 9º
D materializa-se no entendimento de que os fins da 4º
ação humana podem justificar os meios.
E permite que a ação individual produza a mais ampla
felicidade para as pessoas envolvidas. Disponível em: http://img0.cptec.inpe.br. Acesso em: 25 ago. 2014 (adaptado).

QUESTÃO 86 Figura 2

O terremoto de 8,8 na escala Richter que atingiu a Umidade relativa do ar, por região do país,
costa oeste do Chile, em fevereiro, provocou mudanças para o dia 28/08/2014
significativas no mapa da região. Segundo uma análise
preliminar, toda a cidade de Concepción se deslocou pelo Umidade relativa
menos três metros para o oeste. Buenos Aires moveu-se Regiões
(intervalo médio)
cerca de 2,5 centímetros para oeste, enquanto Santiago,
mais próxima do local do evento, deslocou-se quase Norte 60 - 70%
30 centímetros para o oeste-sudoeste. As cidades de
Valparaíso, no Chile, e Mendoza, na Argentina, também Nordeste 90 - 100%
tiveram suas posições alteradas significativamente
Centro-Oeste 55 - 65%
(13,4 centímetros e 8,8 centímetros, respectivamente).
Revista InfoGNSS, Curitiba, ano 6, n. 31, 2010.
Sudeste 65 - 75%
No texto, destaca-se um tipo de evento geológico
frequente em determinadas partes da superfície terrestre. Sul 90 - 100%
Esses eventos estão concentrados em Disponível em: http://imagens.climatempo.com.br. Acesso em: 25 ago. 2014 (adaptado).

A áreas vulcânicas, onde o material magmático se No dia em que foram colhidos os dados meteorológicos
eleva, formando cordilheiras. apresentados, qual fator climático foi determinante para
B faixas costeiras, onde o assoalho oceânico recebe explicar os índices de umidade relativa do ar nas regiões
sedimentos, provocando tsunamis. Nordeste e Sul?
C estreitas faixas de intensidade sísmica, no contato das A Altitude, que forma barreiras naturais.
placas tectônicas, próximas a dobramentos modernos.
B Vegetação, que afeta a incidência solar.
D escudos cristalinos, onde as rochas são submetidas
aos processos de intemperismo, com alterações C Massas de ar, que provocam precipitações.
bruscas de temperatura. D Correntes marítimas, que atuam na troca de calor.
E áreas de bacias sedimentares antigas, localizadas no E Continentalidade, que influencia na amplitude
centro das placas tectônicas, em regiões conhecidas da temperatura.
como pontos quentes.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 30


*SA0175AZ31*
QUESTÃO 88 QUESTÃO 90
Se, pois, para as coisas que fazemos existe um fim Figura 1 Figura 2
que desejamos por ele mesmo e tudo o mais é desejado
no interesse desse fim; evidentemente tal fim será o bem, Recorte fotográfico de Maria Traje de coleção de
ou antes, o sumo bem. Mas não terá o conhecimento, Bonita, década de 1930. Zuzu Angel.
porventura, grande influência sobre essa vida? Se assim
é, esforcemo-nos por determinar, ainda que em linhas
gerais apenas, o que seja ele e de qual das ciências ou
faculdades constitui o objeto. Ninguém duvidará de que
o seu estudo pertença à arte mais prestigiosa e que
mais verdadeiramente se pode chamar a arte mestra.
Ora, a política mostra ser dessa natureza, pois é ela que
determina quais as ciências que devem ser estudadas
num Estado, quais são as que cada cidadão deve
aprender, e até que ponto; e vemos que até as faculdades
tidas em maior apreço, como a estratégia, a economia e
a retórica, estão sujeitas a ela. Ora, como a política utiliza
as demais ciências e, por outro lado, legisla sobre o que
devemos e o que não devemos fazer, a finalidade dessa
ciência deve abranger as das outras, de modo que essa
finalidade será o bem humano.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. In: Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991 (adaptado).

Para Aristóteles, a relação entre o sumo bem e a


organização da pólis pressupõe que

A o bem dos indivíduos consiste em cada um perseguir


seus interesses.
B o sumo bem é dado pela fé de que os deuses são os
portadores da verdade.
C a política é a ciência que precede todas as demais na
organização da cidade.
D a educação visa formar a consciência de cada pessoa ABRAÃO, B. Disponível em: www.brasilcult.pro.br. Disponível em: www.zuzuangel.com.br.
para agir corretamente. Acesso em: 18 maio 2013. Acesso em: 18 maio 2013.

E a democracia protege as atividades políticas Elaborada em 1969, a releitura contida na Figura 2 revela
necessárias para o bem comum. aspectos de uma trajetória e obra dedicadas à
QUESTÃO 89 A valorização de uma representação tradicional da
mulher.
O comércio soube extrair um bom proveito da
interatividade própria do meio tecnológico. A possibilidade B descaracterização de referências do folclore
de se obter um alto desenho do perfil de interesses do nordestino.
usuário, que deverá levar às últimas consequências o C fusão de elementos brasileiros à moda da Europa.
princípio da oferta como isca para o desejo consumista, D massificação do consumo de uma arte local.
foi o principal deles. E criação de uma estética de resistência.
SANTAELLA, L. Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura.
São Paulo: Paulus, 2003 (adaptado).

Do ponto de vista comercial, o avanço das novas


tecnologias, indicado no texto, está associado à

A a
tuação dos consumidores como fiscalizadores da
produção.
B exigência de consumidores conscientes de seus
direitos.
C relação direta entre fabricantes e consumidores.
D individualização das mensagens publicitárias.
E manutenção das preferências de consumo.

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1° DIA - CADERNO 1 – Azul
Gabarito 2017
LINGUAGENS, CÓDIGOS CIÊNCIAS HUMANAS
E SUAS TECNOLOGIAS E SUAS TECNOLOGIAS
GABARITO
QUESTÃO QUESTÃO GABARITO
INGLÊS ESPANHOL
1 D E 46 C
2 D D 47 D
3 C B 48 D
4 D E 49 E
5 E E 50 C
6 B 51 A
7 D 52 D
8 A 53 B
9 E 54 E
10 D 55 A
11 A 56 B
12 A 57 D
13 B 58 B
14 C 59 E
15 E 60 D
16 C 61 A
17 D 62 E
18 A 63 C
19 E 64 A
20 B 65 E
21 A 66 B
22 D 67 D
23 E 68 A
24 D 69 E
25 E 70 B
26 D 71 A
27 B 72 E
28 B 73 D
29 B 74 B
30 D 75 D
31 E 76 B
32 A 77 B
33 B 78 A
34 B 79 E
35 C 80 C
36 C 81 D
37 A 82 A
38 B 83 E
39 A 84 B
40 A 85 C
41 E 86 C
42 D 87 C
43 D 88 C
44 C 89 D
45 B 90 E
*SA0175AZ20*

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS QUESTÃO 48


Questões de 46 a 90 A tribo não possui um rei, mas um chefe que não
é chefe de Estado. O que significa isso? Simplesmente
QUESTÃO 46 que o chefe não dispõe de nenhuma autoridade, de
No Segundo Congresso Internacional de Ciências nenhum poder de coerção, de nenhum meio de dar uma
Geográficas, em 1875, a que compareceram o ordem. O chefe não é um comandante, as pessoas da
presidente da República, o governador de Paris e tribo não têm nenhum dever de obediência. O espaço
o presidente da Assembleia, o discurso inaugural da chefia não é o lugar do poder. Essencialmente
do almirante La Roucière-Le Noury expôs a atitude encarregado de eliminar conflitos que podem surgir
predominante no encontro: “Cavalheiros, a Providência entre indivíduos, famílias e linhagens, o chefe só dispõe,
nos ditou a obrigação de conhecer e conquistar a terra. para restabelecer a ordem e a concórdia, do prestígio
Essa ordem suprema é um dos deveres imperiosos que lhe reconhece a sociedade. Mas evidentemente
inscritos em nossas inteligências e nossas atividades. prestígio não significa poder, e os meios que o chefe
A geografia, essa ciência que inspira tão bela devoção detém para realizar sua tarefa de pacificador limitam-se
e em cujo nome foram sacrificadas tantas vítimas, ao uso exclusivo da palavra.
tornou-se a filosofia da terra”. CLASTRES, P. A sociedade contra o Estado.
SAID, E. Cultura e política. São Paulo: Cia. das Letras, 1995. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982 (adaptado).

No contexto histórico apresentado, a exaltação da ciência O modelo político das sociedades discutidas no texto
geográfica decorre do seu uso para o(a) contrasta com o do Estado liberal burguês porque se
baseia em:
A preservação cultural dos territórios ocupados.
B formação humanitária da sociedade europeia. A Imposição ideológica e normas hierárquicas.
C catalogação de dados úteis aos propósitos colonialistas. B Determinação divina e soberania monárquica.
D desenvolvimento de técnicas matemáticas de C Intervenção consensual e autonomia comunitária.
construção de cartas. D Mediação jurídica e regras contratualistas.
E consolidação do conhecimento topográfico como E Gestão coletiva e obrigações tributárias.
campo acadêmico.
QUESTÃO 49
QUESTÃO 47
O filósofo reconhece-se pela posse inseparável
A existência em Jerusalém de um hospital voltado do gosto da evidência e do sentido da ambiguidade.
para o alojamento e o cuidado dos peregrinos, assim
Quando se limita a suportar a ambiguidade, esta se
como daqueles entre eles que estavam cansados ou
chama equívoco. Sempre aconteceu que, mesmo aqueles
doentes, fortaleceu o elo entre a obra de assistência
que pretenderam construir uma filosofia absolutamente
e de caridade e a Terra Santa. Ao fazer, em 1113, do
Hospital de Jerusalém um estabelecimento central da positiva, só conseguiram ser filósofos na medida em que,
ordem, Pascoal II estimulava a filiação dos hospitalários simultaneamente, se recusaram o direito de se instalar no
do Ocidente a ele, sobretudo daqueles que estavam saber absoluto. O que caracteriza o filósofo é o movimento
ligados à peregrinação na Terra Santa ou em outro lugar. que leva incessantemente do saber à ignorância, da
A militarização do Hospital de Jerusalém não diminuiu a ignorância ao saber, e um certo repouso neste movimento.
vocação caritativa primitiva, mas a fortaleceu. MERLEAU-PONTY, M. Elogio da filosofia.
Lisboa: Guimarães, 1998 (adaptado).
DEMURGER, A. Os Cavaleiros de Cristo. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, 2002 (adaptado).
O texto apresenta um entendimento acerca dos elementos
O acontecimento descrito vincula-se ao fenômeno constitutivos da atividade do filósofo, que se caracteriza por
ocidental do(a)
A reunir os antagonismos das opiniões ao método
A surgimento do monasticismo guerreiro, ocasionado dialético.
pelas cruzadas.
B ajustar a clareza do conhecimento ao inatismo das
B descentralização do poder eclesiástico, produzida
ideias.
pelo feudalismo.
C associar a certeza do intelecto à imutabilidade da
C alastramento da peste bubônica, provocado pela
expansão comercial. verdade.
D afirmação da fraternidade mendicante, estimulada D conciliar o rigor da investigação à inquietude do
pela reforma espiritual. questionamento.
E criação das faculdades de medicina, promovida pelo E compatibilizar as estruturas do pensamento aos
renascimento urbano. princípios fundamentais.

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*SA0175AZ21*

QUESTÃO 50 O texto apresenta uma elaboração teórica de Tomás de


Aquino caracterizada por
Figura 1
A reiterar a ortodoxia religiosa contra os heréticos.
B sustentar racionalmente doutrina alicerçada na fé.
C explicar as virtudes teologais pela demonstração.
D flexibilizar a interpretação oficial dos textos sagrados.
E justificar pragmaticamente crença livre de dogmas.

QUESTÃO 52
TEXTO I
Tudo aquilo que é válido para um tempo de guerra,
em que todo homem é inimigo de todo homem, é válido
também para o tempo durante o qual os homens vivem
sem outra segurança senão a que lhes pode ser oferecida
por sua própria força e invenção.
HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Abril Cultural, 1983.
Disponível em: www.thehenryford.org. Acesso em: 3 maio 2018.
TEXTO II
Figura 2 Não vamos concluir, com Hobbes que, por não ter
nenhuma ideia de bondade, o homem seja naturalmente
mau. Esse autor deveria dizer que, sendo o estado de
natureza aquele em que o cuidado de nossa conservação
é menos prejudicial à dos outros, esse estado era, por
conseguinte, o mais próprio à paz e o mais conveniente
ao gênero humano.
ROUSSEAU, J.-J. Discurso sobre a origem e o fundamento da desigualdade entre os
homens. São Paulo: Martins Fontes, 1993 (adaptado).

Os trechos apresentam divergências conceituais entre


autores que sustentam um entendimento segundo o qual
a igualdade entre os homens se dá em razão de uma
A predisposição ao conhecimento.
B submissão ao transcendente.
Disponível em: www.abc.net.au. Acesso em: 3 maio 2018. C tradição epistemológica.
Esse ônibus relaciona-se ao ato praticado, em 1955, D condição original.
por Rosa Parks, apresentada em fotografia ao lado de E vocação política.
Martin Luther King. O veículo alcançou o estatuto de
obra museológica por simbolizar o(a) QUESTÃO 53
A impacto do medo da corrida armamentista. Foi-se o tempo em que era possível mostrar um
B democratização do acesso à escola pública. mundo econômico organizado em camadas bem
definidas, onde grandes centros urbanos se ligavam,
C preconceito de gênero no transporte coletivo.
por si próprios, a economias adjacentes “lentas”, com o
D deflagração do movimento por igualdade civil. ritmo muito mais rápido do comércio e das finanças de
E eclosão da rebeldia no comportamento juvenil. longo alcance. Hoje tudo ocorre como se essas camadas
sobrepostas estivessem mescladas e interpermeadas.
QUESTÃO 51 Interdependências de curto e longo alcance não podem
Desde que tenhamos compreendido o significado mais ser separadas umas das outras.
da palavra “Deus”, sabemos, de imediato, que Deus BRENNER, N. A globalização como reterritorialização. Cadernos Metrópole,
n. 24, jul.-dez. 2010 (adaptado).
existe. Com efeito, essa palavra designa uma coisa de
tal ordem que não podemos conceber nada que lhe seja A maior complexidade dos espaços urbanos
maior. Ora, o que existe na realidade e no pensamento é contemporâneos ressaltada no texto explica-se pela
maior do que o que existe apenas no pensamento. Donde A expansão de áreas metropolitanas.
se segue que o objeto designado pela palavra “Deus”,
B emancipação de novos municípios.
que existe no pensamento, desde que se entenda essa
palavra, também existe na realidade. Por conseguinte, a C consolidação de domínios jurídicos.
existência de Deus é evidente. D articulação de redes multiescalares.
TOMÁS DE AQUINO. Suma teológica. Rio de Janeiro: Loyola, 2002.
E redefinição de regiões administrativas.
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*SA0175AZ22*

QUESTÃO 54 QUESTÃO 56
TEXTO I Anamorfose é a transformação cartográfica espacial
E pois que em outra cousa nesta parte me não posso em que a forma dos objetos é distorcida, de forma a
vingar do demônio, admoesto da parte da cruz de Cristo realçar o tema. A área das unidades espaciais às quais
Jesus a todos que este lugar lerem, que deem a esta terra o tema se refere é alterada de forma proporcional ao
o nome que com tanta solenidade lhe foi posto, sob pena respectivo valor.
GASPAR, A. J. Dicionário de ciências cartográficas. Lisboa: Lidel, 2004.
de a mesma cruz que nos há de ser mostrada no dia final,
os acusar de mais devotos do pau-brasil que dela. A técnica descrita foi aplicada na seguinte forma de
BARROS, J. In: SOUZA, L. M. Inferno atlântico: demonologia e colonização: representação do espaço:
séculos XVI-XVIII. São Paulo: Cia. das Letras, 1993.

TEXTO II
E deste modo se hão os povoadores, os quais, por
mais arraigados que na terra estejam e mais ricos que
sejam, tudo pretendem levar a Portugal, e, se as fazendas A
e bens que possuem souberam falar, também lhes
houveram de ensinar a dizer como os papagaios, aos 456

quais a primeira coisa que ensinam é: papagaio real para 440


Portugal, porque tudo querem para lá. 432

20m
SALVADOR, F. V. In: SOUZA, L. M. (Org.). História da vida privada no Brasil:
420
cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.

20m
416
As críticas desses cronistas ao processo de colonização 400

portuguesa na América estavam relacionadas à B


A utilização do trabalho escravo.
B implantação de polos urbanos. 440
420
456
416 432

400
C devastação de áreas naturais.
Canadá
D ocupação de terras indígenas.
E expropriação de riquezas locais.

QUESTÃO 55 Estados Unidos

Os soviéticos tinham chegado a Cuba muito cedo


na década de 1960, esgueirando-se pela fresta aberta
pela imediata hostilidade norte-americana em relação C Cuba República
México Dominicana
ao processo social revolucionário. Durante três décadas Guatemala
Venezuela
os soviéticos mantiveram sua presença em Cuba com Colômbia
Equador Brasil
bases e ajuda militar, mas, sobretudo, com todo o apoio Peru

econômico que, como saberíamos anos mais tarde, Chile

Argentina
mantinha o país à tona, embora nos deixasse em dívida
com os irmãos soviéticos – e depois com seus herdeiros
russos – por cifras que chegavam a US$ 32 bilhões.
Ou seja, o que era oferecido em nome da solidariedade D
socialista tinha um preço definido.
PADURA, L. Cuba e os russos. Folha de São Paulo,
19 jul. 2014 (adaptado).

O texto indica que durante a Guerra Fria as relações


internas em um mesmo bloco foram marcadas pelo(a)
A busca da neutralidade política.
B estímulo à competição comercial. E
C subordinação à potência hegemônica.
D elasticidade das fronteiras geográficas.
E compartilhamento de pesquisas científicas.

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QUESTÃO 57 QUESTÃO 59
A poetisa Emília Freitas subiu a um palanque, A rebelião luso-brasileira em Pernambuco começou
nervosa, pedindo desculpas por não possuir títulos nem a ser urdida em 1644 e explodiu em 13 de junho de
conhecimentos, mas orgulhosa ofereceu a sua pena 1645, dia de Santo Antônio. Uma das primeiras medidas
que “sem ser hábil, é, em compensação, guiada pelo
de João Fernandes foi decretar nulas as dívidas que
poder da vontade”. Maria Tomásia pronunciava orações
que levantavam os ouvintes. A escritora Francisca os rebeldes tinham com os holandeses. Houve grande
Clotilde arrebatava, declamando seus poemas. Aquelas adesão da “nobreza da terra”, entusiasmada com esta
“angélicas senhoras”, “heroínas da caridade”, levantavam proclamação heroica.
dinheiro para comprar liberdades e usavam de seu VAINFAS, R. Guerra declarada e paz fingida na restauração portuguesa. Tempo, n. 27, 2009.

entusiasmo a fim de convencer os donos de escravos a


O desencadeamento dessa revolta na América portuguesa
fazerem alforrias gratuitamente.
MIRANDA, A. Disponível em: www.opovoonline.com.br. Acesso em: 10 jun. 2015. seiscentista foi o resultado do(a)

As práticas culturais narradas remetem, historicamente, A fraqueza bélica dos protestantes batavos.
ao movimento B comércio transatlântico da África ocidental.
A feminista. C auxílio financeiro dos negociantes flamengos.
B sufragista. D diplomacia internacional dos Estados ibéricos.
C socialista. E interesse econômico dos senhores de engenho.
D republicano.
E abolicionista. QUESTÃO 60
Em Beirute, no Líbano, quando perguntado sobre
QUESTÃO 58
onde se encontram os refugiados sírios, a resposta do
A democracia que eles pretendem é a democracia homem é imediata: “em todos os lugares e em lugar
dos privilégios, a democracia da intolerância e do ódio. nenhum”. Andando ao acaso, não é raro ver, sob um
A democracia que eles querem é para liquidar com a prédio ou num canto de calçada, ao abrigo do vento, uma
Petrobras, é a democracia dos monopólios, nacionais e família refugiada em volta de uma refeição frugal posta
internacionais, a democracia que pudesse lutar contra
sobre jornais como se fossem guardanapos. Também se
o povo. Ainda ontem eu afirmava que a democracia
vê de vez em quando uma tenda com a sigla ACNUR
jamais poderia ser ameaçada pelo povo, quando o povo
livremente vem para as praças – as praças que são do (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados),
povo. Para as ruas – que são do povo. erguida em um dos raros terrenos vagos da capital.
Disponível em: www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos/discurso-de-joao-goulart-no- JABER, H. Quem realmente acolhe os refugiados?
comicio-da-central. Acesso em: 29 out. 2015. Le Monde Diplomatique Brasil, out. 2015 (adaptado).

Em um momento de radicalização política, a retórica no O cenário descrito aponta para uma crise humanitária que
discurso do presidente João Goulart, proferido no comício é explicada pelo processo de
da Central do Brasil, buscava justificar a necessidade de
A migração massiva de pessoas atingidas por catástrofe
A conter a abertura econômica para conseguir a adesão natural.
das elites.
B hibridização cultural de grupos caracterizados por
B impedir a ingerência externa para garantir a
homogeneidade social.
conservação de direitos.
C regulamentar os meios de comunicação para coibir os C desmobilização voluntária de militantes cooptados
partidos de oposição. por seitas extremistas.
D aprovar os projetos reformistas para atender a D peregrinação religiosa de fiéis orientados por
mobilização de setores trabalhistas. lideranças fundamentalistas.
E incrementar o processo de desestatização para E desterritorialização forçada de populações afetadas
diminuir a pressão da opinião pública. por conflitos armados.

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*SA0175AZ24*

QUESTÃO 61 QUESTÃO 63
TEXTO I Trajetória de ciclones tropicais
Programa do Partido Social Democrático (PSD)
Capitais estrangeiros
É indispensável manter clima propício à entrada
de capitais estrangeiros. A manutenção desse clima
recomenda a adoção de normas disciplinadoras dos
investimentos e suas rendas, visando reter no país a
maior parcela possível dos lucros auferidos.

TEXTO II
Programa da União Democrática Nacional (UDN)
O capital
Apelar para o capital estrangeiro, necessário para os Disponível em: http://globalwarmingart.com. Acesso em: 12 jul. 2015 (adaptado).
empreendimentos da reconstrução nacional e, sobretudo,
para o aproveitamento das nossas reservas inexploradas, Qual característica do meio físico é condição necessária
dando-lhe um tratamento equitativo e liberdade para a para a distribuição espacial do fenômeno representado?
saída dos juros.
CHACON, V. História dos partidos brasileiros: discurso e práxis dos seus programas.
A Cobertura vegetal com porte arbóreo.
Brasília: UnB, 1981 (adaptado).
B Barreiras orográficas com altitudes elevadas.
Considerando as décadas de 1950 e 1960 no Brasil, os C Pressão atmosférica com diferença acentuada.
trechos dos programas do PSD e UDN convergiam na
D Superfície continental com refletividade intensa.
defesa da
E Correntes marinhas com direções convergentes.
A autonomia de atuação das multinacionais.
B descentralização da cobrança tributária. QUESTÃO 64
C flexibilização das reservas cambiais. Outra importante manifestação das crenças
D liberdade de remessa de ganhos. e tradições africanas na Colônia eram os objetos
E captação de recursos do exterior. conhecidos como “bolsas de mandinga”. A insegurança
tanto física como espiritual gerava uma necessidade
QUESTÃO 62 generalizada de proteção: das catástrofes da natureza,
A situação demográfica de Israel é muito particular. das doenças, da má sorte, da violência dos núcleos
Desde 1967, a esquerda sionista afirma que Israel deveria urbanos, dos roubos, das brigas, dos malefícios de
se desfazer rapidamente da Cisjordânia e da Faixa de feiticeiros etc. Também para trazer sorte, dinheiro e até
Gaza, argumentando a partir de uma lógica demográfica atrair mulheres, o costume era corrente nas primeiras
aparentemente inexorável. Devido à taxa de nascimento décadas do século XVIII, envolvendo não apenas
árabe ser muito mais elevada, a anexação dos territórios escravos, mas também homens brancos.
CALAINHO, D. B. Feitiços e feiticeiros. In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil para ocupados.
palestinos, formal ou informal, acarretaria dentro de uma Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013 (adaptado).
ou duas gerações uma maioria árabe “entre o rio e o mar”.
DEMANT, P. Israel: a crise próxima. História, n. 2, jul.-dez. 2014. A prática histórico-cultural de matriz africana descrita no
texto representava um(a)
A preocupação apresentada no texto revela um aspecto
da condução política desse Estado identificado ao(à) A expressão do valor das festividades da população
A abdicação da interferência militar em conflito local. pobre.
B busca da preeminência étnica sobre o espaço B ferramenta para submeter os cativos ao trabalho
nacional. forçado.
C admissão da participação proativa em blocos C estratégia de subversão do poder da monarquia
regionais. portuguesa.
D rompimento com os interesses geopolíticos das D elemento de conversão dos escravos ao catolicismo
potências globais. romano.
E compromisso com as resoluções emanadas dos E instrumento para minimizar o sentimento de
organismos internacionais. desamparo social.

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*SA0175AZ25*

QUESTÃO 65 QUESTÃO 67
Os portos sempre foram respostas ao comércio Precipitações (mm)
praticado em grande volume, que se dá via marítima, 90
lacustre e fluvial, e sofreram adaptações, ou Vazão em áreas urbanizadas
80
modernizações, de acordo com um conjunto de fatores 70
que vão desde a sua localização privilegiada frente a 60
extensas hinterlândias, passando por sua conectividade 50 Vazão em áreas não urbanizadas
com modernas redes de transportes que garantam 40
acessibilidade, associados, no atual momento, à
30
tecnologia, que os transformam em pontas de lança de
20
uma economia globalizada que comprime o tempo em
10
nome da produtividade e da competitividade.
ROCHA NETO, J. M.; CRAVIDÃO, F. D. Portos no contexto do meio técnico.
Mercator, n. 2, maio-ago. 2014 (adaptado). 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Tempo (h)
Uma mudança que permitiu aos portos adequarem-se Disponível em: www.biologiasur.org. Acesso em: 4 jul. 2015 (adaptado).
às novas necessidades comerciais apontadas no
texto foi a A dinâmica hidrológica expressa no gráfico demonstra
que o processo de urbanização promove a
A intensificação do uso de contêineres.
A redução do volume dos rios.
B compactação das áreas de estocagem.
B expansão do lençol freático.
C burocratização dos serviços de alfândega.
D redução da profundidade dos atracadouros. C diminuição do índice de chuvas.
E superação da especialização dos cargueiros. D retração do nível dos reservatórios.
E ampliação do escoamento superficial.
QUESTÃO 66
QUESTÃO 68
O século XVIII é, por diversas razões, um século
diferenciado. Razão e experimentação se aliavam no O encontro entre o Velho e o Novo Mundo, que a
que se acreditava ser o verdadeiro caminho para o descoberta de Colombo tornou possível, é de um tipo
estabelecimento do conhecimento científico, por tanto muito particular: é uma guerra – ou a Conquista –, como
tempo almejado. O fato, a análise e a indução passavam se dizia então. E um mistério continua: o resultado do
a ser parceiros fundamentais da razão. É ainda no século combate. Por que a vitória fulgurante, se os habitantes da
XVIII que o homem começa a tomar consciência de sua América eram tão superiores em número aos adversários
situação na história. e lutaram no próprio solo? Se nos limitarmos à conquista
ODALIA, N. In: PINSKY, J.; PINSKY, C. B. História da cidadania. São Paulo: Contexto, 2003.
do México – a mais espetacular, já que a civilização
No ambiente cultural do Antigo Regime, a discussão mexicana é a mais brilhante do mundo pré-colombiano
filosófica mencionada no texto tinha como uma de suas – como explicar que Cortez, liderando centenas de
características a homens, tenha conseguido tomar o reino de Montezuma,
A aproximação entre inovação e saberes antigos. que dispunha de centenas de milhares de guerreiros?
TODOROV, T. A conquista da América. São Paulo: Martins Fontes, 1991 (adaptado).
B conciliação entre revelação e metafísica platônica.
C vinculação entre escolástica e práticas de pesquisa. No contexto da conquista, conforme análise apresentada
no texto, uma estratégia para superar as disparidades
D separação entre teologia e fundamentalismo religioso.
levantadas foi
E contraposição entre clericalismo e liberdade de
pensamento. A implantar as missões cristãs entre as comunidades
submetidas.
B utilizar a superioridade física dos mercenários
africanos.
C explorar as rivalidades existentes entre os povos
nativos.
D introduzir vetores para a disseminação de doenças
epidêmicas.
E comprar terras para o enfraquecimento das teocracias
autóctones.

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*SA0175AZ26*

QUESTÃO 69 QUESTÃO 71
São Paulo, 10 de janeiro de 1979. Os seus líderes terminaram presos e assassinados.
Exmo. Sr. Presidente Ernesto Geisel. A “marujada” rebelde foi inteiramente expulsa da
Considerando as instruções dadas por V. S. de que esquadra. Num sentido histórico, porém, eles foram
sejam negados os passaportes aos senhores Francisco vitoriosos. A “chibata” e outros castigos físicos infamantes
Julião, Miguel Arraes, Leonel Brizola, Luis Prestes, nunca mais foram oficialmente utilizados; a partir de
Paulo Schilling, Gregório Bezerra, Márcio Moreira Alves então, os marinheiros – agora respeitados – teriam
e Paulo Freire. suas condições de vida melhoradas significativamente.
Considerando que, desde que nasci, me identifico Sem dúvida fizeram avançar a História.
MAESTRI, M. 1910: a revolta dos marinheiros – uma saga negra. São Paulo: Global, 1982.
plenamente com a pele, a cor dos cabelos, a cultura,
o sorriso, as aspirações, a história e o sangue destes A eclosão desse conflito foi resultado da tensão acumulada
oito senhores. na Marinha do Brasil pelo(a)
Considerando tudo isto, por imperativo de minha
A engajamento de civis analfabetos após a emergência
consciência, venho por meio desta devolver o passaporte
de guerras externas.
que, negado a eles, me foi concedido pelos órgãos
competentes de seu governo. B insatisfação de militares positivistas após a
Carta do cartunista Henrique de Souza Filho, conhecido como Henfil. In: HENFIL. consolidação da política dos governadores.
Cartas da mãe. Rio de Janeiro: Codecri, 1981 (adaptado).
C rebaixamento de comandantes veteranos após a
No referido contexto histórico, a manifestação do repressão a insurreições milenaristas.
cartunista Henfil expressava uma crítica ao(à) D sublevação das classes populares do campo após a
A censura moral das produções culturais. instituição do alistamento obrigatório.
B limite do processo de distensão política. E manutenção da mentalidade escravocrata da
C interferência militar de países estrangeiros. oficialidade após a queda do regime imperial.
D representação social das agremiações partidárias. QUESTÃO 72
E impedimento de eleição das assembleias estaduais.
Uma pesquisa realizada por Carolina Levis,
QUESTÃO 70 especialista em ecologia do Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia, e publicada na revista Science,
A primeira fase da dominação da economia sobre a
demonstra que as espécies vegetais domesticadas pelas
vida social acarretou, no modo de definir toda realização
civilizações pré-colombianas são as mais dominantes.
humana, uma evidente degradação do ser para o ter.
A fase atual, em que a vida social está totalmente tomada “A domesticação de plantas na floresta começou há mais
pelos resultados da economia, leva a um deslizamento de 8 000 anos. Primeiro eram selecionadas as plantas
generalizado do ter para o parecer, do qual todo ter efetivo com características que poderiam ser úteis ao homem e
deve extrair seu prestígio imediato e sua função última. em um segundo momento era feita a propagação dessas
Ao mesmo tempo, toda realidade individual tornou-se espécies. Começaram a cultivá-las em pátios e jardins,
social, diretamente dependente da força social, moldada por meio de um processo quase intuitivo de seleção”.
por ela. OLIVEIRA, J. Indígenas foram os primeiros a alterar o ecossistema da Amazônia.
Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 11 dez. 2017 (adaptado).
DEBORD, G. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 2015.

O texto apresenta um novo olhar sobre a configuração da


Uma manifestação contemporânea do fenômeno descrito
no texto é o(a) Floresta Amazônica por romper com a ideia de

A valorização dos conhecimentos acumulados. A primazia de saberes locais.


B exposição nos meios de comunicação. B ausência de ação antrópica.
C aprofundamento da vivência espiritual. C insuficiência de recursos naturais.
D fortalecimento das relações interpessoais. D necessidade de manejo ambiental.
E reconhecimento na esfera artística. E predominância de práticas agropecuárias.

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*SA0175AZ27*

QUESTÃO 73 Essa imagem foi impressa em cartilha escolar durante a


vigência do Estado Novo com o intuito de
TEXTO I
Quando um exército atravessa montanhas, florestas, A destacar a sabedoria inata do líder governamental.
zonas de precipícios, ou marcha ao longo de desfiladeiros, B atender a necessidade familiar de obediência infantil.
alagadiços ou pântanos, ou qualquer outro terreno onde C promover o desenvolvimento consistente das atitudes
a deslocação é árdua, está em terreno difícil. O terreno solidárias.
onde é apertado e a sua saída é tortuosa e onde uma
pequena força inimiga pode atacar a minha, embora D conquistar a aprovação política por meio do apelo
maior, é cercado. carismático.
TZU, S. A arte da guerra. São Paulo: Martin Claret, 2001. E estimular o interesse acadêmico por meio de
exercícios intelectuais.
TEXTO II
O objetivo principal era encontrar e matar Osama Bin QUESTÃO 75
Laden. Onde ele se esconde? Não podemos esquecer a
dificuldade de ocupação do país, que possui um relevo Os países industriais adotaram uma concepção
montanhoso, cheio de cavernas, onde fica fácil, para diferente das relações familiares e do lugar da fecundidade
quem está acostumado com esse relevo, esconder-se. na vida familiar e social. A preocupação de garantir uma
OLIVEIRA, M. G.; SANTOS, M. S. Ásia: uma visão histórica, política e econômica do
continente. Rio de Janeiro: E-Papers, 2009 (adaptado).
transmissão integral das vantagens econômicas e sociais
adquiridas tem como resultado uma ação voluntária de
As situações apresentadas atestam a importância da
limitação do número de nascimentos.
relação entre a topografia e o(a) GEORGE, P. Panorama do mundo atual. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1968 (adaptado).

A construção de vias terrestres.


Em meados do século XX, o fenômeno social descrito
B preservação do meio ambiente. contribuiu para o processo europeu de
C emprego de armamentos sofisticados.
A estabilização da pirâmide etária.
D intimidação contínua da população local.
B conclusão da transição demográfica.
E domínio cognitivo da configuração espacial.
C contenção da entrada de imigrantes.
QUESTÃO 74 D elevação do crescimento vegetativo.
E formação de espaços superpovoados.

QUESTÃO 76

Código Penal dos Estados Unidos do Brasil, 1890


Dos crimes contra a saúde pública
Art. 156. Exercer a medicina em qualquer dos seus
ramos, a arte dentária ou a farmácia; praticar a homeopatia,
a dosimetria, o hipnotismo ou magnetismo animal, sem
estar habilitado segundo as leis e regulamentos.
Art. 158. Ministrar, ou simplesmente prescrever,
como meio curativo para uso interno ou externo, e sob
qualquer forma preparada, substância de qualquer dos
reinos da natureza, fazendo, ou exercendo assim, o ofício
denominado curandeiro.
Disponível em: http://legis.senado.gov.br. Acesso em: 21 dez. 2014 (adaptado).

No início da Primeira República, a legislação penal vigente


evidenciava o(a)
A negligência das religiões cristãs sobre as moléstias.
B desconhecimento das origens das crenças tradicionais.
C preferência da população pelos tratamentos alopáticos.
D abandono pela comunidade das práticas terapêuticas
de magia.
E condenação pela ciência dos conhecimentos populares
Disponível em: http://cpdoc.fgv.br. Acesso em: 6 dez. 2017. de cura.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 27
*SA0175AZ28*

QUESTÃO 77 QUESTÃO 80
A presunção de que a superfície das chapadas Em algumas línguas de Moçambique não existe
e chapadões representa uma velha peneplanície é a palavra “pobre”. O indivíduo é pobre quando não
corroborada pelo fato de que ela é coberta por acumulações tem parentes. A pobreza é a solidão, a ruptura das
superficiais, tais como massas de areia, camadas de relações familiares que, na sociedade rural, servem de
apoio à sobrevivência. Os consultores internacionais,
cascalhos e seixos e pela ocorrência generalizada de
especialistas em elaborar relatórios sobre a miséria,
concreções ferruginosas que formam uma crosta laterítica, talvez não tenham em conta o impacto dramático da
denominada “canga”. destruição dos laços familiares e das relações de
WEIBEL, L. Disponível em: http://biblioteca.ibge.gov.br. Acesso em: 8 jul. 2015 (adaptado). entreajuda. Nações inteiras estão tornando-se “órfãs”,
Qual tipo climático favorece o processo de alteração do e a mendicidade parece ser a única via de uma
agonizante sobrevivência.
solo descrito no texto? COUTO, M. E se Obama fosse africano? & outras intervenções.
Portugal: Caminho, 2009 (adaptado).
A Árido, com déficit hídrico.
B Subtropical, com baixas temperaturas. Em uma leitura que extrapola a esfera econômica, o
autor associa o acirramento da pobreza à
C Temperado, com invernos frios e secos.
A afirmação das origens ancestrais.
D Tropical, com sazonalidade das chuvas.
B fragilização das redes de sociabilidade.
E Equatorial, com pluviosidade abundante.
C padronização das políticas educacionais.
QUESTÃO 78 D fragmentação das propriedades agrícolas.
O marco inicial das discussões parlamentares E globalização das tecnologias de comunicação.
em torno do direito do voto feminino são os debates
QUESTÃO 81
que antecederam a Constituição de 1824, que não
trazia qualquer impedimento ao exercício dos direitos TEXTO I
políticos por mulheres, mas, por outro lado, também As fronteiras, ao mesmo tempo que se separam, unem
não era explícita quanto à possibilidade desse e articulam, por elas passando discursos de legitimação
exercício. Foi somente em 1932, dois anos antes de da ordem social tanto quanto do conflito.
estabelecido o voto aos 18 anos, que as mulheres CUNHA, L. Terras lusitanas e gentes dos brasis: a nação e o seu retrato literário.
Revista Ciências Sociais, n. 2, 2009.
obtiveram o direito de votar, o que veio a se concretizar
no ano seguinte. Isso ocorreu a partir da aprovação do TEXTO II
Código Eleitoral de 1932. As últimas barreiras ao livre movimento do dinheiro
Disponível em: http://tse.jusbrasil.com.br. Acesso em: 14 maio 2018.
e das mercadorias e informação que rendem dinheiro
Um dos fatores que contribuíram para a efetivação da andam de mãos dadas com a pressão para cavar novos
medida mencionada no texto foi a fossos e erigir novas muralhas que barrem o movimento
daqueles que em consequência perdem, física ou
A superação da cultura patriarcal. espiritualmente, suas raízes.
B influência de igrejas protestantes. BAUMAN, Z. Globalização: as consequências humanas.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.
C pressão do governo revolucionário.
A ressignificação contemporânea da ideia de fronteira
D fragilidade das oligarquias regionais. compreende a
E campanha de extensão da cidadania.
A liberação da circulação de pessoas.
QUESTÃO 79 B preponderância dos limites naturais.
A quem não basta pouco, nada basta. C supressão dos obstáculos aduaneiros.
EPICURO. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1985. D desvalorização da noção de nacionalismo.
Remanescente do período helenístico, a máxima E seletividade dos mecanismos segregadores.
apresentada valoriza a seguinte virtude:
A Esperança, tida como confiança no porvir.
B Justiça, interpretada como retidão de caráter.
C Temperança, marcada pelo domínio da vontade.
D Coragem, definida como fortitude na dificuldade.
E Prudência, caracterizada pelo correto uso da razão.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 28


*SA0175AZ29*

QUESTÃO 82
TEXTO I
Há mais de duas décadas, os cientistas e ambientalistas têm alertado para o fato de a água doce ser um recurso
escasso em nosso planeta. Desde o começo de 2014, o Sudeste do Brasil adquiriu uma clara percepção dessa
realidade em função da seca.

TEXTO II
Dinâmicas atmosféricas no Brasil
Elementos relevantes ao transporte de umidade na América do Sul a leste dos Andes pelos Jatos de Baixos Níveis
(JBN), Frentes Frias (FF) e transporte de umidade do Atlântico Sul, assim como a presença da Zona de Convergência
do Atlântico Sul (ZCAS), para um verão normal e para o verão seco de 2014. “A” representa o centro da anomalia de
alta pressão atmosférica.

Verão normal ônia Amazônia


Amaz Verão de 2014
JBN JBN 0°

Fluxo do Fluxo do
Oceano Atlântico Oceano Atlântico

ZCAS
Solo úmido 20° S
Solo
seco
A 20° S

FF
FF
40° S 40° S

60° W 60° W

MARENGO, J. A. et al. A seca e a crise hídrica de 2014-2015 em São Paulo. Revista USP, n. 106, 2015 (adaptado).

De acordo com as informações apresentadas, a seca de 2014, no Sudeste, teve como causa natural o(a)
A constituição de frentes quentes barrando as chuvas convectivas.
B formação de anticiclone impedindo a entrada de umidade.
C presença de nebulosidade na região de cordilheira.
D avanço de massas polares para o continente.
E baixa pressão atmosférica no litoral.

QUESTÃO 83
Não é verdade que estão ainda cheios de velhice espiritual aqueles que nos dizem: “Que fazia Deus antes de criar
o céu e a terra? Se estava ocioso e nada realizava”, dizem eles, “por que não ficou sempre assim no decurso dos
séculos, abstendo-se, como antes, de toda ação? Se existiu em Deus um novo movimento, uma vontade nova para
dar o ser a criaturas que nunca antes criara, como pode haver verdadeira eternidade, se n’Ele aparece uma vontade
que antes não existia?”
AGOSTINHO. Confissões. São Paulo: Abril Cultural, 1984.

A questão da eternidade, tal como abordada pelo autor, é um exemplo da reflexão filosófica sobre a(s)
A essência da ética cristã.
B natureza universal da tradição.
C certezas inabaláveis da experiência.
D abrangência da compreensão humana.
E interpretações da realidade circundante.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 29


*SA0175AZ30*

QUESTÃO 84 QUESTÃO 86
Rodrigo havia sido indicado pela oposição para fiscal A agricultura ecológica e a produção orgânica de
alimentos estão ganhando relevância em diferentes
duma das mesas eleitorais. Pôs o revólver na cintura,
partes do mundo. No campo brasileiro, também
uma caixa de balas no bolso e encaminhou-se para acontece o mesmo. Impulsionado especialmente pela
seu posto. A chamada dos eleitores começou às sete expansão da demanda de alimentos saudáveis, o setor
da manhã. Plantados junto da porta, os capangas do cresce a cada ano, embora permaneça relativamente
Trindade ofereciam cédulas com o nome dos candidatos marginalizado na agenda de prioridades da política
oficiais a todos os eleitores que entravam. Estes, em sua agrícola praticada no país.
quase totalidade, tomavam docilmente dos papeluchos e AQUINO, J. R.; GAZOLLA, M.; SCHNEIDER, S. In: SAMBUICHI, R. H. R. et al. (Org.).
A política nacional de agroecologia e produção orgânica no Brasil: uma trajetória de
depositavam-nos na urna, depois de assinar a autêntica. luta pelo desenvolvimento rural sustentável. Brasília: Ipea, 2017 (adaptado).

Os que se recusavam a isso tinham seus nomes Que tipo de intervenção do poder público no espaço
acintosamente anotados. rural é capaz de reduzir a marginalização produtiva
VERISSIMO, E. O tempo e o vento. São Paulo: Globo, 2003 (adaptado). apresentada no texto?
A Subsidiar os cultivos de base familiar.
Erico Verissimo tematiza em obra ficcional o seguinte
aspecto característico da vida política durante a B Favorecer as práticas de fertilização química.
Primeira República: C Restringir o emprego de maquinário moderno.
D Controlar a expansão de sistemas de irrigação.
A Identificação forçada de homens analfabetos.
E Regulamentar o uso de sementes selecionadas.
B Monitoramento legal dos pleitos legislativos.
QUESTÃO 87
C Repressão explícita ao exercício de direito.
D Propaganda direcionada à população do campo.
E Cerceamento policial dos operários sindicalizados.

QUESTÃO 85
Então disse: “Este é o local onde construirei. Tudo
pode chegar aqui pelo Eufrates, o Tigre e uma rede de
canais. Só um lugar como este sustentará o exército e a
população geral”. Assim ele traçou e destinou as verbas
para a sua construção, e deitou o primeiro tijolo com sua
própria mão, dizendo: “Em nome de Deus, e em louvor
a Ele. Construí, e que Deus vos abençoe”.
AL-TABARI, M. Uma história dos povos árabes.
São Paulo: Cia. das Letras, 1995 (adaptado).

A decisão do califa Al-Mansur (754-775) de construir


Bagdá nesse local orientou-se pela
A disponibilidade de rotas e terras férteis como base da
dominação política.
B proximidade de áreas populosas como afirmação da
superioridade bélica.
C submissão à hierarquia e à lei islâmica como controle
do poder real.
D fuga da península arábica como afastamento dos
conflitos sucessórios.
E ocupação de região fronteiriça como contenção do
Tônico para a saúde da mulher. Disponível em: www.propagandashistoricas.com.br.
avanço mongol. Acesso em: 28 nov. 2017.

O anúncio publicitário da década de 1940 reforça os


seguintes estereótipos atribuídos historicamente a uma
suposta natureza feminina:
A Pudor inato e instinto maternal.
B Fragilidade física e necessidade de aceitação.
C Isolamento social e procura de autoconhecimento.
D Dependência econômica e desejo de ostentação.
E Mentalidade fútil e conduta hedonista.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 30
*SA0175AZ31*

QUESTÃO 88
Participação percentual do extrativismo vegetal e da silvicultura no valor
%
da produção primária florestal — Brasil — 1996-2014
90,0
80,0
70,0
60,0
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2012

2013

2014
2011
Silvicultura Extrativismo vegetal
IBGE. Produção da extração vegetal e da silvicultura. Rio de Janeiro: IBGE, 2014 (adaptado).

Considerando as diferenças entre extrativismo vegetal e silvicultura, a variação das curvas do gráfico foi influenciada
pela tendência de
A conservação do bioma nativo.
B estagnação do setor primário.
C utilização de madeira de reflorestamento.
D redução da produção de móveis.
E retração da indústria alimentícia.

QUESTÃO 89
No início da década de 1990, dois biólogos importantes, Redford e Robinson, produziram um modelo largamente
aceito de “produção sustentável” que previa quantos indivíduos de cada espécie poderiam ser caçados de forma
sustentável baseado nas suas taxas de reprodução. Os seringueiros do Alto Juruá tinham um modelo diferente: a
quem lhes afirmava que estavam caçando acima do sustentável (dentro do modelo), eles diziam que não, que o nível
da caça dependia da existência de áreas de refúgio em que ninguém caçava. Ora, esse acabou sendo o modelo
batizado de “fonte-ralo” proposto dez anos após o primeiro por Novaro, Bodmer e o próprio Redford e que suplantou
o modelo anterior.
CUNHA, M. C. Revista USP, n. 75, set.-nov. 2007.

No contexto da produção científica, a necessidade de reconstrução desse modelo, conforme exposto no texto, foi
determinada pelo confronto com um(a)
A conclusão operacional obtida por lógica dedutiva.
B visão de mundo marcada por preconceitos morais.
C hábito social condicionado pela religiosidade popular.
D conhecimento empírico apropriado pelo senso comum.
E padrão de preservação construído por experimentação dirigida.

QUESTÃO 90
Um dos teóricos da democracia moderna, Hans Kelsen, considera elemento essencial da democracia real (não
da democracia ideal, que não existe em lugar algum) o método da seleção dos líderes, ou seja, a eleição. Exemplar,
neste sentido, é a afirmação de um juiz da Corte Suprema dos Estados Unidos, por ocasião de uma eleição de 1902:
“A cabine eleitoral é o templo das instituições americanas, onde cada um de nós é um sacerdote, ao qual é confiada a
guarda da arca da aliança e cada um oficia do seu próprio altar”.
BOBBIO, N. Teoria geral da política. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000 (adaptado).

As metáforas utilizadas no texto referem-se a uma concepção de democracia fundamentada no(a)


A justificação teísta do direito.
B rigidez da hierarquia de classe.
C ênfase formalista na administração.
D protagonismo do Executivo no poder.
E centralidade do indivíduo na sociedade.

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Gabarito 2018

1° DIA - CADERNO 1 – Azul


LINGUAGENS, CÓDIGOS CIÊNCIAS HUMANAS
E SUAS TECNOLOGIAS E SUAS TECNOLOGIAS
GABARITO
QUESTÃO QUESTÃO GABARITO
INGLÊS ESPANHOL
1 B B 46 C
2 B B 47 A
3 D C 48 C
4 E D 49 D
5 C B 50 D
6 C 51 B
7 E 52 D
8 C 53 D
9 B 54 E
10 A 55 C
11 B 56 C
12 D 57 E
13 B 58 D
14 E 59 E
15 D 60 E
16 A 61 E
17 C 62 B
18 D 63 C
19 D 64 E
20 B 65 A
21 B 66 E
22 B 67 E
23 E 68 C
24 A 69 B
25 D 70 B
26 E 71 E
27 C 72 B
28 A 73 E
29 C 74 D
30 E 75 B
31 D 76 E
32 B 77 D
33 E 78 E
34 B 79 C
35 A 80 B
36 B 81 E
37 C 82 B
38 B 83 D
39 E 84 C
40 A 85 A
41 E 86 A
42 C 87 B
43 A 88 C
44 D 89 D
45 A 90 E
*SA0175AZ21*

CIÊNCIAS HUMANAS A geração de imagens por meio da tecnologia ilustrada


E SUAS TECNOLOGIAS depende da variação do(a):

Questões de 46 a 90 A Albedo dos corpos físicos.


B Profundidade do lençol freático.
Questão 46 C Campo de magnetismo terrestre.
D Qualidade dos recursos minerais.
A pegada ecológica gigante que estamos a deixar E Movimento de translação planetária.
no planeta está a transformá-lo de tal forma que os
especialistas consideram que já entramos numa Questão 48
nova época geológica, o Antropoceno. E muitos Dizem que Humboldt, naturalista do século XIX,
defendem que, se não travarmos a crise ambiental, mais maravilhado pela geografia, flora e fauna da
região sul-americana, via seus habitantes como se
rapidamente transformaremos a Terra em Vênus do que fossem mendigos sentados sobre um saco de ouro,
iremos a Marte. A expressão “Antropoceno” é atribuída referindo-se a suas incomensuráveis riquezas naturais
ao químico e prêmio Nobel Paul Crutzen, que a propôs não exploradas. De alguma maneira, o cientista ratificou
nosso papel de exportadores de natureza no que seria
durante uma conferência em 2000, ao mesmo tempo o mundo depois da colonização ibérica: enxergou-nos
que anunciou o fim do Holoceno — a época geológica como territórios condenados a aproveitar os recursos
em que os seres humanos se encontram há cerca de naturais existentes.
ACOSTA, A. Bem viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos.
12 mil anos, segundo a União Internacional das Ciências São Paulo: Elefante, 2016 (adaptado).
Geológicas (UICG), a entidade que define as unidades
A relação entre ser humano e natureza ressaltada
de tempo geológicas. no texto refletia a permanência da seguinte corrente
filosófica:
SILVA, R. D. Antropoceno: e se formos os últimos seres vivos
a alterar a Terra? Disponível em: www.publico.pt.
A Relativismo cognitivo.
Acesso em: 5 dez. 2017 (adaptado).
B Materialismo dialético.
A concepção apresentada considera a existência de uma C Racionalismo cartesiano.
nova época geológica concebida a partir da capacidade D Pluralismo epistemológico.
de influência humana nos processos E Existencialismo fenomenológico.

A eruptivos. Questão 49
B exógenos. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está investigando
C tectônicos. o extermínio de abelhas por intoxicação por agrotóxicos
D magmáticos. em colmeias de São Paulo e Minas Gerais. Os estudos
com inseticidas do tipo neonicotinoides devem estar
E metamórficos. concluídos no primeiro semestre de 2015. Trata-se de
um problema de escala mundial, presente, inclusive,
Questão 47 em países do chamado primeiro mundo, e que traz,
como consequência, grave ameaça aos seres vivos
do planeta, inclusive ao homem.
Atmosfera Sol IBAMA. Polinizadores em risco de extinção são ameaça
Satélite à vida do ser humano. Disponível em: www.mma.gov.br.
Energia solar Acesso em: 10 mar. 2014.
incidente
Energia solar Qual solução para o problema apresentado garante a
refletida produtividade da agricultura moderna?

A Preservação da área de mata ciliar.


B Adoção da prática de adubação química.
Floresta Rio Pastagens Rodovia C Utilização da técnica de controle biológico.
D Ampliação do modelo de monocultura tropical.
Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em: 11 dez. 2018 (adaptado).
E Intensificação da drenagem do solo de várzea.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 21
*SA0175AZ22*

Questão 50 Questão 52
A hospitalidade pura consiste em acolher aquele que O processamento da mandioca era uma atividade
chega antes de lhe impor condições, antes de saber e já realizada pelos nativos que viviam no Brasil antes da
indagar o que quer que seja, ainda que seja um nome ou chegada de portugueses e africanos. Entretanto, ao longo
um “documento” de identidade. Mas ela também supõe do processo de colonização portuguesa, a produção
que se dirija a ele, de maneira singular, chamando-o de farinha foi aperfeiçoada e ampliada, tornando-se
portanto e reconhecendo-lhe um nome próprio: lugar-comum em todo o território da colônia portuguesa
“Como você se chama?” A hospitalidade consiste em na América. Com a consolidação do comércio atlântico
fazer tudo para se dirigir ao outro, em lhe conceder, em suas diferentes conexões, a farinha atravessou os
até mesmo perguntar seu nome, evitando que essa mares e chegou aos mercados africanos.
pergunta se torne uma “condição”, um inquérito policial, BEZERRA, N. R. Escravidão, farinha e tráfico atlântico:
um novo olhar sobre as relações entre o Rio de Janeiro e
um fichamento ou um simples controle das fronteiras.
Benguela (1790-1830). Disponível em: www.bn.br.
Uma arte e uma poética, mas também toda uma política Acesso em: 20 ago. 2014 (adaptado).
dependem disso, toda uma ética se decide aí.
Considerando a formação do espaço atlântico,
DERRIDA, J. Papel-máquina. São Paulo:
Estação Liberdade, 2004 (adaptado).
esse produto exemplifica historicamente a

Associado ao contexto migratório contemporâneo, A difusão de hábitos alimentares.


o conceito de hospitalidade proposto pelo autor impõe a B disseminação de rituais festivos.
necessidade de C ampliação dos saberes autóctones.
A anulação da diferença. D apropriação de costumes guerreiros.
B cristalização da biografia. E diversificação de oferendas religiosas.
C incorporação da alteridade. Questão 53
D supressão da comunicação.
E verificação da proveniência. Brasil, Alemanha, Japão e Índia pedem reforma
do Conselho de Segurança
Questão 51 Os representantes do G4 (Brasil, Alemanha, Índia e
Japão) reiteraram, em setembro de 2018, a defesa pela
Em sentido geral e fundamental, Direito é a técnica ampliação do Conselho de Segurança da Organização
da coexistência humana, isto é, a técnica voltada a das Nações Unidas (ONU) durante reunião em
tornar possível a coexistência dos homens. Como Nova York (Estados Unidos). Em declaração conjunta,
técnica, o Direito se concretiza em um conjunto de regras de dez itens, os chanceleres destacaram que o
(que, nesse caso, são leis ou normas); e tais regras órgão, no formato em que está, com apenas cinco
têm por objeto o comportamento intersubjetivo, isto é, membros permanentes e dez rotativos, não reflete
o século 21. “A reforma do Conselho de Segurança é
o comportamento recíproco dos homens entre si.
essencial para enfrentar os desafios complexos de
ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. hoje. Como aspirantes a novos membros permanentes
São Paulo: Martins Fontes, 2007. de um conselho reformado, os ministros reiteraram
seu compromisso de trabalhar para fortalecer o
O sentido geral e fundamental do Direito, conforme foi funcionamento da ONU e da ordem multilateral global,
destacado, refere-se à bem como seu apoio às respectivas candidaturas”,
afirma a declaração conjunta.
A aplicação de códigos legais.
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br.
B regulação do convívio social. Acesso em: 7 dez. 2018 (adaptado).
C legitimação de decisões políticas.
Os países mencionados no texto justificam sua
D mediação de conflitos econômicos. pretensão com base na seguinte característica comum:
E representação da autoridade constituída.
A Extensividade de área territorial.
B Protagonismo em escala regional.
C Investimento em tecnologia militar.
D Desenvolvimento de energia nuclear.
E Disponibilidade de recursos minerais.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 22


*SA0175AZ23*

Questão 54 A dinâmica de transformação da geografia das


indústrias descrita expõe a complementaridade entre
Dificilmente passa-se uma noite sem que dispersão espacial e
algum sitiante tenha seu celeiro ou sua pilha de
cereais destruídos pelo fogo. Vários trabalhadores A autonomia tecnológica.
não diretamente envolvidos nos ataques pareciam B crises de abastecimento.
apoiá-los, como se vê neste depoimento ao The Times: C descentralização política.
“deixa queimar, pena que não foi a casa”; “podemos nos D concentração econômica.
aquecer agora”; “nós só queríamos algumas batatas,
há um fogo ótimo para cozinhá-las”. E compartilhamento de lucros.
HOBSBAWM, E.; RUDÉ, G. Capitão Swing. Rio de Janeiro: Questão 57
Francisco Alves, 1982 (adaptado).

A revolta descrita no texto, ocorrida na Inglaterra no Regiões áridas e semiáridas do mundo


século XIX, foi uma reação ao seguinte processo
socioespacial:
A Restrição da propriedade privada. 30° N
B Expropriação das terras comunais. Trópico
de Câncer
C Imposição da estatização fundiária. 0° Equador
D Redução da produção monocultora. Trópico
E Proibição das atividades artesanais. de Capricórnio

30° S
Questão 55 SEMIÁRIDA
ÁRIDA (DESERTO)

Entre os combatentes estava a mais famosa


heroína da Independência. Nascida em Feira de SALGADO-LABOURIAL, M. L. História ecológica da Terra.
Santana, filha de lavradores pobres, Maria Quitéria São Paulo: Edgard Blucher, 1994 (adaptado).
de Jesus tinha trinta anos quando a Bahia começou No Hemisfério Sul, a sequência latitudinal dos desertos
a pegar em armas contra os portugueses. Apesar da representada na imagem sofre uma interrupção no Brasil
proibição de mulheres nos batalhões de voluntários, devido à seguinte razão:
decidiu se alistar às escondidas. Cortou os cabelos,
amarrou os seios, vestiu-se de homem e incorporou-se A Existência de superfícies de intensa refletividade.
às fileiras brasileiras com o nome de Soldado Medeiros. B Preponderância de altas pressões atmosféricas.
GOMES, L. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010. C Influência de umidade das áreas florestais.
D Predomínio de correntes marinhas frias.
No processo de Independência do Brasil, o caso
mencionado é emblemático porque evidencia a E Ausência de massas de ar continentais.

A rigidez hierárquica da estrutura social. Questão 58


B inserção feminina nos ofícios militares. De fato, não é porque o homem pode usar a
vontade livre para pecar que se deve supor que Deus
C adesão pública dos imigrantes portugueses. a concedeu para isso. Há, portanto, uma razão pela
D flexibilidade administrativa do governo imperial. qual Deus deu ao homem esta característica, pois sem
E receptividade metropolitana aos ideais ela não poderia viver e agir corretamente. Pode-se
emancipatórios. compreender, então, que ela foi concedida ao homem
para esse fim, considerando-se que se um homem a
usa para pecar, recairão sobre ele as punições divinas.
Questão 56 Ora, isso seria injusto se a vontade livre tivesse sido
dada ao homem não apenas para agir corretamente,
A reestruturação global da indústria, condicionada mas também para pecar. Na verdade, por que deveria
pelas estratégias de gestão global da cadeia de valor ser punido aquele que usasse sua vontade para o fim
dos grandes grupos transnacionais, promoveu um forte para o qual ela lhe foi dada?
deslocamento do processo produtivo, até mesmo de AGOSTINHO. O livre-arbítrio. In: MARCONDES, D. Textos básicos
plantas industriais inteiras, e redirecionou os fluxos de de ética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.
produção e de investimento. Entretanto, o aumento da Nesse texto, o filósofo cristão Agostinho de Hipona
participação dos países em desenvolvimento no produto sustenta que a punição divina tem como fundamento o(a)
global deu-se de forma bastante assimétrica quando se
compara o dinamismo dos países do leste asiático com A desvio da postura celibatária.
o dos demais países, sobretudo os latino-americanos, B insuficiência da autonomia moral.
no período 1980-2000. C afastamento das ações de desapego.
SARTI, F.; HIRATUKA, C. Indústria mundial: mudanças e D distanciamento das práticas de sacrifício.
tendências recentes. Campinas: Unicamp, n. 186, dez. 2010. E violação dos preceitos do Velho Testamento.

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Questão 59

Disponível em: https://hypescience.com. Acesso em: 1 dez. 2018 (adaptado).

A divisão política do mundo como apresentada na imagem seria possível caso o planeta fosse marcado
pela estabilidade do(a)

A ciclo hidrológico.
B processo erosivo.
C estrutura geológica.
D índice pluviométrico.
E pressão atmosférica.

Questão 60
A cidade medieval é, antes de mais nada, uma sociedade da abundância, concentrada num pequeno espaço
em meio a vastas regiões pouco povoadas. Em seguida, é um lugar de produção e de trocas, onde se articulam
o artesanato e o comércio, sustentados por uma economia monetária. É também o centro de um sistema de
valores particular, do qual emerge a prática laboriosa e criativa do trabalho, o gosto pelo negócio e pelo dinheiro,
a inclinação para o luxo, o senso da beleza. É ainda um sistema de organização de um espaço fechado
com muralhas, onde se penetra por portas e se caminha por ruas e praças e que é guarnecido por torres.
LE GOFF, J.; SCHMITT, J.-C. Dicionário temático do Ocidente Medieval. Bauru: Edusc, 2006.

No texto, o espaço descrito se caracteriza pela associação entre a ampliação das atividades urbanas e a

A emancipação do poder hegemônico da realeza.


B aceitação das práticas usurárias dos religiosos.
C independência da produção alimentar dos campos.
D superação do ordenamento corporativo dos ofícios.
E permanência dos elementos arquitetônicos de proteção.

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Questão 61 Questão 63
TEXTO I TEXTO I
Ouve o barulho do rio, meu filho A centralização econômica, o protecionismo e
Deixa esse som te embalar a expansão ultramarina engrandeceram o Estado,
As folhas que caem no rio, meu filho embora beneficiassem a burguesia incipiente.
Terminam nas águas do mar ANDERSON, P. In: DEYON, P. O mercantilismo.
Lisboa: Gradiva,1989 (adaptado).
Quando amanhã por acaso faltar
Uma alegria no seu coração TEXTO II
Lembra do som dessas águas de lá As interferências da legislação e das práticas
exclusivistas restringem a operação benéfica da lei
Faz desse rio a sua oração.
natural na esfera das relações econômicas.
MONTE, M. et al. O rio. In: Infinito particular. Rio de Janeiro:
SMITH, A. A riqueza das Nações. São Paulo:
Sony; Universal Music, 2006 (fragmento).
Abril Cultural, 1983 (adaptado).
TEXTO II
Entre os séculos XVI e XIX, diferentes concepções sobre
O atrativo ecoturístico não é somente o banho de as relações entre Estado e economia foram formuladas.
cachoeira, sentar e caminhar pela praia, cavalgar, Tais concepções, associadas a cada um dos textos,
mas conhecer a biodiversidade, às vezes supostamente confrontam-se, respectivamente, na oposição entre as
em extinção. Observar baleias, nadar com o golfinho, práticas de
tocar em corais, sair ao encontro de dezenas de jacarés
em seu hábitat natural são símbolos que fascinam um A valorização do pacto colonial — combate à livre-
ecoturista. A natureza é transformada em espetáculo -iniciativa.
diferente da vida urbana moderna. B defesa dos monopólios régios — apoio à livre
SANTANA, P. V. Ecoturismo: uma indústria sem chaminé? concorrência.
São Paulo: Labur Edições, 2008.
C formação do sistema metropolitano — crítica à livre
São identificadas nos textos, respectivamente, as seguintes navegação.
posturas em relação à natureza: D abandono da acumulação metalista — estímulo ao
livre-comércio.
A Exploração e romantização.
E eliminação das tarifas alfandegárias — incentivo ao
B Sacralização e profanação. livre-cambismo.
C Preservação e degradação.
D Segregação e democratização. Questão 64
E Idealização e mercantilização. A lenda diz que, em um belo dia ensolarado,
Newton estava relaxando sob uma macieira. Pássaros
Questão 62 gorjeavam em suas orelhas. Havia uma brisa gentil.
A maior parte das agressões e manifestações Ele cochilou por alguns minutos. De repente,
discriminatórias contra as religiões de matrizes africanas uma maçã caiu sobre a sua cabeça e ele acordou com
ocorrem em locais públicos (57%). É na rua, na via pública, um susto. Olhou para cima. “Com certeza um pássaro
que tiveram lugar mais de 2/3 das agressões, geralmente ou um esquilo derrubou a maçã da árvore”, supôs. Mas
em locais próximos às casas de culto dessas religiões. não havia pássaros ou esquilos na árvore por perto.
O transporte público também é apontado como um local Ele, então, pensou: “Apenas alguns minutos antes,
em que os adeptos das religiões de matrizes africanas a maçã estava pendurada na árvore. Nenhuma força
são discriminados, geralmente quando se encontram externa fez ela cair. Deve haver alguma força subjacente
paramentados por conta dos preceitos religiosos. que causa a queda das coisas para a terra”.
REGO, L. F.; FONSECA, D. P. R.; GIACOMINI, S. M. SILVA, C. C.; MARTINS, R. A. Estudos de história e filosofia das ciências.
Cartografia social de terreiros no Rio de Janeiro. São Paulo: Livraria da Física, 2006 (adaptado).
Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2014.
Em contraponto a uma interpretação idealizada, o
As práticas descritas no texto são incompatíveis com a texto aponta para a seguinte dimensão fundamental da
dinâmica de uma sociedade laica e democrática porque ciência moderna:
A asseguram as expressões multiculturais. A Falsificação de teses.
B promovem a diversidade de etnias. B Negação da observação.
C falseiam os dogmas teológicos. C Proposição de hipóteses.
D estimulam os rituais sincréticos. D Contemplação da natureza.
E restringem a liberdade de credo. E Universalização de conclusões.
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Questão 65 Questão 67
Para Maquiavel, quando um homem decide dizer TEXTO I
a verdade pondo em risco a própria integridade física, Considero apropriado deter-me algum tempo na
tal resolução diz respeito apenas a sua pessoa. Mas se contemplação deste Deus todo perfeito, ponderar
esse mesmo homem é um chefe de Estado, os critérios totalmente à vontade seus maravilhosos atributos,
considerar, admirar e adorar a incomparável beleza
pessoais não são mais adequados para decidir sobre
dessa imensa luz.
ações cujas consequências se tornam tão amplas,
DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
já que o prejuízo não será apenas individual,
mas coletivo. Nesse caso, conforme as circunstâncias e TEXTO II
os fins a serem atingidos, pode-se decidir que o melhor Qual será a forma mais razoável de entender como é
para o bem comum seja mentir. o mundo? Existirá alguma boa razão para acreditar que
o mundo foi criado por uma divindade todo-poderosa?
ARANHA, M. L. Maquiavel: a lógica da força.
Não podemos dizer que a crença em Deus é “apenas”
São Paulo: Moderna, 2006 (adaptado).
uma questão de fé.
O texto aponta uma inovação na teoria política na época RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.
moderna expressa na distinção entre
Os textos abordam um questionamento da construção
A idealidade e efetividade da moral. da modernidade que defende um modelo
B nulidade e preservabilidade da liberdade. A centrado na razão humana.
C ilegalidade e legitimidade do governante. B baseado na explicação mitológica.
D verificabilidade e possibilidade da verdade. C fundamentado na ordenação imanentista.
E objetividade e subjetividade do conhecimento. D focado na legitimação contratualista.
E configurado na percepção etnocêntrica.
Questão 66
Questão 68
A criação do Sistema Único de Saúde (SUS)
A comunidade de Mumbuca, em Minas Gerais,
como uma política para todos constitui-se uma
tem uma organização coletiva de tal forma expressiva
das mais importantes conquistas da sociedade
que coopera para o abastecimento de mantimentos da
brasileira no século XX. O SUS deve ser valorizado cidade do Jequitinhonha, o que pode ser atestado pela
e defendido como um marco para a cidadania e o feira aos sábados. Em Campinho da Independência, no
avanço civilizatório. A democracia envolve um modelo Rio de Janeiro, o artesanato local encanta os
de Estado no qual políticas protegem os cidadãos frequentadores do litoral sul do estado, além do
e reduzem as desigualdades. O SUS é uma diretriz restaurante quilombola que atende aos turistas.
que fortalece a cidadania e contribui para assegurar o ALMEIDA, A. W. B. (Org.). Cadernos de debates nova cartografia
exercício de direitos, o pluralismo político e o bem-estar social: Territórios quilombolas e conflitos. Manaus: Projeto Nova
Cartografia Social da Amazônia; UEA Edições, 2010 (adaptado).
como valores de uma sociedade fraterna, pluralista
e sem preconceitos, conforme prevê a Constituição No texto, as estratégias territoriais dos grupos de
Federal de 1988. remanescentes de quilombo visam garantir:
RIZZOTO, M. L. F. et al. Justiça social, democracia com direitos A Perdão de dívidas fiscais.
sociais e saúde: a luta do Cebes. Revista Saúde em Debate,
n. 116, jan.-mar. 2018 (adaptado).
B Reserva de mercado local.
C Inserção econômica regional.
Segundo o texto, duas características da concepção da
D Protecionismo comercial tarifário.
política pública analisada são:
E Benefícios assistenciais públicos.
A Paternalismo e filantropia.
B Liberalismo e meritocracia.
C Universalismo e igualitarismo.
D Nacionalismo e individualismo.
E Revolucionarismo e coparticipação.
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Questão 69 Questão 71
No sistema capitalista, as muitas manifestações
Localizado a 160 km da cidade de Porto Velho
de crise criam condições que forçam a algum tipo de
(capital do estado de Rondônia), nos limites da Reserva racionalização. Em geral, essas crises periódicas têm o
Extrativista Jaci-Paraná e Terra Indígena Karipunas, efeito de expandir a capacidade produtiva e de renovar
o povoado de União Bandeirantes surgiu em 2000 a as condições de acumulação. Podemos conceber cada
partir de movimentos de camponeses, madeireiros, crise como uma mudança do processo de acumulação
pecuaristas e grileiros que, à revelia do ordenamento para um nível novo e superior.
territorial e diante da passividade governamental,
HARVEY, D. A produção capitalista do espaço.
demarcaram e invadiram terras na área rural São Paulo: Annablume, 2005 (adaptado).
fundando a vila. Atualmente, constitui-se na região A condição para a inclusão dos trabalhadores no novo
de maior produção agrícola e leiteira do município de processo produtivo descrito no texto é a
Porto Velho, fornecendo, inclusive, alimentos para a
Hidrelétrica de Jirau. A associação sindical.
B participação eleitoral.
SILVA, R. G. C. Amazônia globalizada — o exemplo de Rondônia.
Confins, n. 23, 2015 (adaptado). C migração internacional.
A dinâmica de ocupação territorial descrita foi decorrente da D qualificação profissional.
E regulamentação funcional.
A mecanização do processo produtivo.
B adoção da colonização dirigida. Questão 72
C realização de reforma agrária. Art. 90. As nomeações dos deputados e
senadores para a Assembleia Geral, e dos membros
D ampliação de franjas urbanas.
dos Conselhos Gerais das províncias, serão feitas
E expansão de frentes pioneiras. por eleições, elegendo a massa dos cidadãos ativos em
assembleias paroquiais, os eleitores de província,
Questão 70 e estes, os representantes da nação e província.
Em nenhuma outra época o corpo magro adquiriu Art. 92. São excluídos de votar nas assembleias
um sentido de corpo ideal e esteve tão em evidência paroquiais:
como nos dias atuais: esse corpo, nu ou vestido,
exposto em diversas revistas femininas e masculinas, I. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais
está na moda: é capa de revistas, matérias de jornais, se não compreendem os casados, os oficiais
militares, que forem maiores de vinte e um anos, os
manchetes publicitárias, e se transformou em sonho
bacharéis formados e os clérigos de ordens sacras.
de consumo para milhares de pessoas. Partindo dessa II. Os filhos de famílias, que estiverem na
concepção, o gordo passa a ter um corpo visivelmente companhia de seus pais, salvo se servirem a
sem comedimento, sem saúde, um corpo estigmatizado ofícios públicos.
pelo desvio, o desvio pelo excesso. Entretanto, como III. Os criados de servir, em cuja classe não entram
afirma a escritora Marylin Wann, é perfeitamente os guarda-livros, e primeiros caixeiros das
possível ser gordo e saudável. Frequentemente os casas de comércio, os criados da Casa Imperial,
gordos adoecem não por causa da gordura, mas sim que não forem de galão branco, e os
pelo estresse, pela opressão a que são submetidos. administradores das fazendas rurais e fábricas.
VASCONCELOS, N. A.; SUDO, I.; SUDO, N. Um peso na alma: IV. Os religiosos e quaisquer que vivam em
o corpo gordo e a mídia. Revista Mal-Estar e Subjetividade, comunidade claustral.
n. 1, mar. 2004 (adaptado). V. Os que não tiverem de renda líquida anual cem
mil réis por bens de raiz, indústria, comércio,
No texto, o tratamento predominante na mídia sobre a
ou emprego.
relação entre saúde e corpo recebe a seguinte crítica:
BRASIL. Constituição de 1824. Disponível em: www.planalto.gov.br.
Acesso em: 4 abr. 2015 (adaptado).
A Difusão das estéticas antigas.
B Exaltação das crendices populares. De acordo com os artigos do dispositivo legal
apresentado, o sistema eleitoral instituído no início do
C Propagação das conclusões científicas. Império é marcado pelo(a)
D Reiteração dos discursos hegemônicos.
A representação popular e sigilo individual.
E Contestação dos estereótipos consolidados.
B voto indireto e perfil censitário.
C liberdade pública e abertura política.
D ética partidária e supervisão estatal.
E caráter liberal e sistema parlamentar.

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Questão 73 Questão 75
O cristianismo incorporou antigas práticas relativas TEXTO I
ao fogo para criar uma festa sincrética. A igreja retomou Os segredos da natureza se revelam mais sob a
a distância de seis meses entre os nascimentos de Jesus tortura dos experimentos do que no seu curso natural.
Cristo e João Batista e instituiu a data de comemoração
BACON, F. Novum Organum, 1620. In: HADOT, P. O véu de Ísis:
a este último de tal maneira que as festas do solstício de
ensaio sobre a história da ideia de natureza.
verão europeu com suas tradicionais fogueiras se tornaram São Paulo: Loyola, 2006.
“fogueiras de São João”. A festa do fogo e da luz no entanto
não foi imediatamente associada a São João Batista. TEXTO II
Na Baixa Idade Média, algumas práticas tradicionais da O ser humano, totalmente desintegrado do todo,
festa (como banhos, danças e cantos) foram perseguidas não percebe mais as relações de equilíbrio da natureza.
por monges e bispos. A partir do Concílio de Trento Age de forma totalmente desarmônica sobre o ambiente,
(1545-1563), a Igreja resolveu adotar celebrações em causando grandes desequilíbrios ambientais.
torno do fogo e associá-las à doutrina cristã.
GUIMARÃES, M. A dimensão ambiental na educação.
CHIANCA, L. Devoção e diversão: expressões contemporâneas de Campinas: Papirus, 1995.
festas e santos católicos. Revista Anthropológicas,
n. 18, 2007 (adaptado). Os textos indicam uma relação da sociedade diante da
natureza caracterizada pela
Com o objetivo de se fortalecer, a instituição mencionada
no texto adotou as práticas descritas, que consistem em A objetificação do espaço físico.
A promoção de atos ecumênicos. B retomada do modelo criacionista.
B fomento de orientações bíblicas. C recuperação do legado ancestral.
C apropriação de cerimônias seculares. D infalibilidade do método científico.
D retomada de ensinamentos apostólicos. E formação da cosmovisão holística.
E ressignificação de rituais fundamentalistas.
Questão 76
Questão 74
Essa atmosfera de loucura e irrealidade, criada
Penso que não há um sujeito soberano, fundador, pela aparente ausência de propósitos, é a verdadeira
uma forma universal de sujeito que poderíamos cortina de ferro que esconde dos olhos do mundo
encontrar em todos os lugares. Penso, pelo contrário, todas as formas de campos de concentração. Vistos de
que o sujeito se constitui através das práticas de fora, os campos e o que neles acontece só podem ser
sujeição ou, de maneira mais autônoma, através de práticas descritos com imagens extraterrenas, como se a vida
de liberação, de liberdade, como na Antiguidade — a partir, fosse neles separada das finalidades deste mundo.
obviamente, de um certo número de regras, de estilos, Mais que o arame farpado, é a irrealidade dos detentos
que podemos encontrar no meio cultural. que ele confina que provoca uma crueldade tão incrível
FOUCAULT, M. Ditos e escritos V: ética, sexualidade, política. que termina levando à aceitação do extermínio como
Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004. solução perfeitamente normal.
O texto aponta que a subjetivação se efetiva numa dimensão ARENDT, H. Origens do totalitarismo. São Paulo:
Cia. das Letras, 1989 (adaptado).
A legal, pautada em preceitos jurídicos.
A partir da análise da autora, no encontro das
B racional, baseada em pressupostos lógicos. temporalidades históricas, evidencia-se uma crítica à
C contingencial, processada em interações sociais. naturalização do(a)
D transcendental, efetivada em princípios religiosos.
A ideário nacional, que legitima as desigualdades sociais.
E essencial, fundamentada em parâmetros
substancialistas. B alienação ideológica, que justifica as ações individuais.
C cosmologia religiosa, que sustenta as tradições
hierárquicas.
D segregação humana, que fundamenta os projetos
biopolíticos.
E enquadramento cultural, que favorece os
comportamentos punitivos.

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Questão 77 Questão 79
A soberania dos cidadãos dotados de plenos direitos
era imprescindível para a existência da cidade-estado.
Segundo os regimes políticos, a proporção desses
cidadãos em relação à população total dos homens
livres podia variar muito, sendo bastante pequena nas
aristocracias e oligarquias e maior nas democracias.
CARDOSO, C. F. A cidade-estado clássica. São Paulo: Ática, 1985.

Nas cidades-estado da Antiguidade Clássica, a proporção


de cidadãos descrita no texto é explicada pela adoção do
seguinte critério para a participação política:
A Controle da terra.
B Liberdade de culto.
C Igualdade de gênero.
D Exclusão dos militares.
E Exigência da alfabetização.
Fala-se aqui de uma arte criada nas ruas e para
as ruas, marcadas antes de tudo pela vida cotidiana,
seus conflitos e suas possibilidades, que poderiam Questão 80
envolver técnicas, agentes e temas que não fossem A Revolta da Vacina (1904) mostrou claramente
encontrados nas instituições mais tradicionais e formais. o aspecto defensivo, desorganizado, fragmentado
VALVERDE, R. R. H. F. Os limites da inversão: a heterotopia do da ação popular. Não se negava o Estado, não se
Beco do Batman. Boletim Goiano de Geografia (Online). reivindicava participação nas decisões políticas;
Goiânia, v. 37, n. 2, maio/ago. 2017 (adaptado). defendiam-se valores e direitos considerados acima da
A manifestação artística expressa na imagem e intervenção do Estado.
apresentada no texto integra um movimento CARVALHO, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República
contemporâneo de que não foi. São Paulo: Cia. das Letras, 1987 (adaptado).

A regulação das relações sociais. A mobilização analisada representou um alerta,


B apropriação dos espaços públicos. na medida em que a ação popular questionava
C padronização das culturas urbanas.
A a alta de preços.
D valorização dos formalismos estéticos.
B a política clientelista.
E revitalização dos patrimônios históricos.
C as reformas urbanas.
Questão 78 D o arbítrio governamental.
E as práticas eleitorais.
TEXTO I
Duas coisas enchem o ânimo de admiração e Questão 81
veneração sempre crescentes: o céu estrelado sobre
mim e a lei moral em mim. A partir da segunda metade do século XVIII,
KANT, I. Crítica da razão prática. Lisboa: Edições 70, s/d (adaptado). o número de escravos recém-chegados cresce no Rio e
se estabiliza na Bahia. Nenhum lugar servia tão bem à
TEXTO II recepção de escravos quanto o Rio de Janeiro.
Duas coisas admiro: a dura lei cobrindo-me e o
estrelado céu dentro de mim. FRANÇA, R. O tamanho real da escravidão. O Globo,
5 abr. 2015 (adaptado).
FONTELA, O. Kant (relido). In: Poesia completa.
São Paulo: Hedra, 2015. Na matéria, o jornalista informa uma mudança na
A releitura realizada pela poeta inverte as seguintes dinâmica do tráfico atlântico que está relacionada à
ideias centrais do pensamento kantiano: seguinte atividade:

A Possibilidade da liberdade e obrigação da ação. A Coleta de drogas do sertão.


B Aprioridade do juízo e importância da natureza. B Extração de metais preciosos.
C Necessidade da boa vontade e crítica da metafísica. C Adoção da pecuária extensiva.
D Prescindibilidade do empírico e autoridade da razão. D Retirada de madeira do litoral.
E Interioridade da norma e fenomenalidade do mundo. E Exploração da lavoura de tabaco.

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Questão 82 Questão 84
Tratava-se agora de construir um ritmo novo. A Declaração Universal dos Direitos Humanos,
Para tanto, era necessário convocar todas as forças adotada e proclamada pela Assembleia Geral da ONU
vivas da Nação, todos os homens que, com vontade na Resolução 217-A, de 10 de dezembro de 1948,
de trabalhar e confiança no futuro, pudessem erguer, foi um acontecimento histórico de grande relevância.
num tempo novo, um novo Tempo. E, à grande Ao afirmar, pela primeira vez em escala planetária, o
convocação que conclamava o povo para a gigantesca papel dos direitos humanos na convivência coletiva,
tarefa, começaram a chegar de todos os cantos da pode ser considerada um evento inaugural de uma nova
imensa pátria os trabalhadores: os homens simples concepção de vida internacional.
e quietos, com pés de raiz, rostos de couro e mãos
LAFER, C. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948).
de pedra, e no calcanho, em carro de boi, em lombo In: MAGNOLI, D. (Org.). História da paz. São Paulo: Contexto, 2008.
de burro, em paus-de-arara, por todas as formas
possíveis e imagináveis, em sua mudez cheia de A declaração citada no texto introduziu uma nova
esperança, muitas vezes deixando para trás mulheres concepção nas relações internacionais ao possibilitar a
e filhos a aguardar suas promessas de melhores dias;
foram chegando de tantos povoados, tantas cidades A superação da soberania estatal.
cujos nomes pareciam cantar saudades aos seus B defesa dos grupos vulneráveis.
ouvidos, dentro dos antigos ritmos da imensa pátria... C redução da truculência belicista.
Terra de sol, Terra de luz... Brasil! Brasil! Brasília!
D impunidade dos atos criminosos.
MORAES, V.; JOBIM, A. C. Brasília, sinfonia da alvorada. III — A chegada
dos candangos. Disponível em: www.viniciusdemoraes.com.br.
E inibição dos choques civilizacionais.
Acesso em: 14 ago. 2012 (adaptado).
Questão 85
No texto, a narrativa produzida sobre a construção
de Brasília articula os elementos políticos e
socioeconômicos indicados, respectivamente, em:

A Apelo simbólico e migração inter-regional.


B Organização sindical e expansão do capital.
C Segurança territorial e estabilidade financeira.
D Consenso partidário e modernização rodoviária.
E Perspectiva democrática e eficácia dos transportes.

Questão 83
Saudado por centenas de militantes de movimentos
sociais de quarenta países, o papa Francisco
encerrou no dia 09/07/2015 o 2º Encontro Mundial dos
Movimentos Populares, em Santa Cruz de La Sierra,
na Bolívia. Segundo ele, a “globalização da esperança,
que nasce dos povos e cresce entre os pobres, “Nossa cultura não cabe nos seus museus”.
deve substituir esta globalização da exclusão e
TOLENTINO, A. B. Patrimônio cultural e discursos museológicos.
da indiferença”.
Midas, n. 6, 2016.
Disponível em: http://cartamaior.com.br.
Acesso em: 15 jul. 2015 (adaptado). Produzida no Chile, no final da década de 1970,
a imagem expressa um conflito entre culturas e sua
No texto há uma crítica ao seguinte aspecto do
presença em museus decorrente da
mundo globalizado:
A valorização do mercado das obras de arte.
A Liberdade política.
B definição dos critérios de criação de acervos.
B Mobilidade humana.
C ampliação da rede de instituições de memória.
C Conectividade cultural.
D Disparidade econômica. D burocratização do acesso dos espaços expositivos.
E Complementaridade comercial. E fragmentação dos territórios das comunidades
representadas.

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Questão 86 Questão 88
A ocasião fez o ladrão: Francis Drake travava sua O bônus demográfico é caracterizado pelo período
guerra de pirataria contra a Espanha papista quando em que, por causa da redução do número de filhos
por mulher, a estrutura populacional fica favorável
roubou as tropas de mulas que levavam o ouro do
ao crescimento econômico. Isso acontece porque há
Peru para o Panamá. Graças à cumplicidade da rainha proporcionalmente menos crianças na população, e o
Elizabeth I, ele reincide e saqueia as costas do Chile e do percentual de idosos ainda não é alto.
Peru antes de regressar pelo Oceano Pacífico, e depois
pelo Índico. Ora, em Ternate ele oferece sua proteção a GOIS, A. O Globo, 5 abr. 2015 (adaptado).
um sultão revoltado com os portugueses; assim nasce o A ação estatal que contribui para o aproveitamento do
primeiro entreposto inglês ultramarino. bônus demográfico é o estímulo à
FERRO, M. História das colonizações. Das colonizações
às independências. Séculos XIII a XX. A atração de imigrantes.
São Paulo: Cia. das Letras, 1996. B elevação da carga tributária.
A tática adotada pela Inglaterra do século XVI, conforme C qualificação da mão de obra.
citada no texto, foi o meio encontrado para D admissão de exilados políticos.
A restabelecer o crescimento da economia mercantil. E concessão de aposentadorias.
B conquistar as riquezas dos territórios americanos. Questão 89
C legalizar a ocupação de possessões ibéricas.
D ganhar a adesão das potências europeias. Os moradores de Utqiagvik passaram dois meses
quase totalmente na escuridão
E fortalecer as rotas do comércio marítimo.
Os habitantes desta pequena cidade no Alasca
Questão 87 — o estado dos Estados Unidos mais ao norte —
já estão acostumados a longas noites sem ver a luz
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) do dia. Em 18 de novembro de 2018, seus pouco mais
realizou 248 ações fiscais e resgatou um total de de 4 mil habitantes viram o último pôr do sol do ano.
1 590 trabalhadores da situação análoga à de escravo, A oportunidade seguinte para ver a luz do dia ocorreu no
em 2014, em todo o país. A análise do enfrentamento dia 23 de janeiro de 2019, às 13 h 04 min (horário local).
do trabalho em condições análogas às de escravo Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 16 maio 2019 (adaptado).
materializa a efetivação de parcerias inéditas no
trato da questão, podendo ser referenciadas ações O fenômeno descrito está relacionado ao fato de a cidade
fiscais realizadas com o Ministério da Defesa, citada ter uma posição geográfica condicionada pela
Exército Brasileiro, Instituto Brasileiro do Meio A continentalidade.
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
B maritimidade.
(Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio). C longitude.
Disponível em: http://portal.mte.gov.br. D latitude.
Acesso em: 4 fev. 2015 (adaptado). E altitude.
A estratégia defendida no texto para reduzir o problema Questão 90
social apontado consiste em:
A fome não é um problema técnico, pois ela não se
A Articular os órgãos públicos. deve à falta de alimentos, isso porque a fome convive
B Pressionar o Poder Legislativo. hoje com as condições materiais para resolvê-la.
C Ampliar a emissão das multas. PORTO-GONÇALVES, C. W. Geografia da riqueza, fome e meio
ambiente. In: OLIVEIRA, A. U.; MARQUES, M. I. M. (Org.). O campo
D Limitar a autonomia das empresas. no século XXI: território de vida, de luta e de construção da justiça
E Financiar as pesquisas acadêmicas. social. São Paulo: Casa Amarela; Paz e Terra, 2004 (adaptado).

O texto demonstra que o problema alimentar apresentado


tem uma dimensão política por estar associado ao(à)

A escala de produtividade regional.


B padrão de distribuição de renda.
C dificuldade de armazenamento de grãos.
D crescimento da população mundial.
E custo de escoamento dos produtos.
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1º DIA - CADERNO 1 Azul Gabarito 2019

LINGUAGENS, CÓDIGOS CIÊNCIAS HUMANAS


E SUAS TECNOLOGIAS E SUAS TECNOLOGIAS
GABARITO
QUESTÃO QUESTÃO GABARITO
INGLÊS ESPANHOL
1 B A 46 B
2 D B 47 A
3 A C 48 C
4 B A 49 C
5 E D 50 C
6 B 51 B
7 C 52 A
8 B 53 B
9 A 54 B
10 A 55 A
11 D 56 D
12 D 57 C
13 B 58 B
14 E 59 C
15 C 60 E
16 D 61 E
17 A 62 E
18 A 63 B
19 E 64 C
20 C 65 A
21 D 66 C
22 A 67 A
23 E 68 C
24 C 69 E
25 B 70 E
26 E 71 D
27 C 72 B
28 B 73 C
29 C 74 C
30 C 75 A
31 D 76 D
32 E 77 B
33 E 78 E
34 A 79 A
35 A 80 D
36 A 81 B
37 D 82 A
38 D 83 D
39 B 84 B
40 B 85 B
41 C 86 B
42 D 87 A
43 C 88 C
44 E 89 D
45 B 90 B
*010175AZ20*

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Questão 48


Questões de 46 a 90 Nas últimas décadas, uma acentuada feminização
Questão 46 no mundo do trabalho vem ocorrendo. Se a participação
Embora inegáveis os benefícios que ambas as masculina pouco cresceu no período pós-1970, a
economias têm auferido do intercâmbio comercial, o Brasil intensificação da inserção das mulheres foi o traço
tem reiterado seu objetivo de desenvolver com a China marcante. Entretanto, essa presença feminina se dá mais
uma relação comercial menos assimétrica. Os números no espaço dos empregos precários, onde a exploração,
revelam com clareza a assimetria. As exportações em grande medida, se encontra mais acentuada.
NOGUEIRA, C. M. As trabalhadoras do telemarketing: uma nova divisão sexual do trabalho?
brasileiras de produtos básicos, especialmente soja, In: ANTUNES, R. et al. Infoproletários: degradação real do trabalho virtual.
São Paulo: Boitempo, 2009.
minério de ferro e petróleo, compõem, dependendo do
ano, algo entre 75% e 80% da pauta, ao passo que as A transformação descrita no texto tem sido insuficiente
importações brasileiras consistem, aproximadamente, para o estabelecimento de uma condição de igualdade de
em 95% de produtos industrializados chineses, que vão oportunidade em virtude da(s)
desde os mais variados bens de consumo até máquinas
A estagnação de direitos adquiridos e do anacronismo
e equipamentos de alto valor.
LEÃO, V. C. Prefácio. In: CINTRA, M. A. M.; SILVA FILHO, E. B.; PINTO, E. C. (Org.).
da legislação vigente.
China em transformação: dimensões econômicas e geopolíticas do desenvolvimento.
Rio de Janeiro: Ipea, 2015. B manutenção do status quo gerencial e dos padrões
Uma ação estatal de longo prazo capaz de reduzir a de socialização familiar.
assimetria na balança comercial brasileira, conforme C
desestruturação da herança patriarcal e das
exposto no texto, é o(a) mudanças do perfil ocupacional.
A expansão do setor extrativista. D disputas na composição sindical e da presença na
B incremento da atividade agrícola. esfera político-partidária.
C diversificação da matriz energética. E exigências de aperfeiçoamento profissional e de
D fortalecimento da pesquisa científica.
habilidades na competência diretiva.
E monitoramento do fluxo alfandegário. Questão 49
Questão 47
A propriedade compreende, em seu conteúdo e alcance,
As estatísticas mais recentes do Brasil rural revelam além do tradicional direito de uso, gozo e disposição por
um paradoxo que interessa a toda sociedade: o emprego parte de seu titular, a obrigatoriedade do atendimento de
de natureza agrícola definha em praticamente todo o país, sua função social, cuja definição é inseparável do requisito
mas a população residente no campo voltou a crescer; ou
obrigatório do uso racional da propriedade e dos recursos
pelo menos parou de cair. Esses sinais trocados sugerem
ambientais que lhe são integrantes. O proprietário, como
que a dinâmica agrícola, embora fundamental, já não
membro integrante da comunidade, se sujeita a obrigações
determina sozinha os rumos da demografia no campo.
crescentes que, ultrapassando os limites do direito de
Esse novo cenário é explicado em parte pelo incremento
vizinhança, no âmbito do direito privado, abrangem o campo
do emprego não agrícola no campo. Ao mesmo tempo,
dos direitos da coletividade, visando o bem-estar geral, no
aumentou a massa de desempregados, inativos e
âmbito do direito público.
aposentados que mantêm residência rural. JELINEK, R. O princípio da função social da propriedade e sua repercussão sobre o
SILVA, J. G. Velhos e novos mitos do rural brasileiro. Estudos Avançados, n. 43, dez. 2001. sistema do Código Civil. Disponível em: www.mp.rs.gov.br. Acesso em: 20 fev. 2013.

Sobre o espaço brasileiro, o texto apresenta argumentos Os movimentos em prol da reforma agrária, que
que refletem a atuam com base no conceito de direito à propriedade
apresentado no texto, propõem-se a
A heterogeneidade do modo de vida agrário.
B redução do fluxo populacional nas cidades. A reverter o processo de privatização fundiária.
C correlação entre força de trabalho e migração sazonal. B ressaltar a inviabilidade da produção latifundiária.
D indissociabilidade entre local de moradia e acesso à C defender a desapropriação dos espaços improdutivos.
renda. D impedir a produção exportadora nas terras agricultáveis.
E desregulamentação das propriedades nas zonas de E coibir o funcionamento de empresas agroindustriais
fronteira. no campo.

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*010175AZ21*

Questão 50
A expansão das cidades e a formação das aglomerações urbanas no Brasil foram marcadas pela produção
industrial e pela consolidação das metrópoles como locais de seu desenvolvimento. Na segunda metade do século XX,
as metrópoles brasileiras estenderam-se por áreas de ocupação contínua, configurando densas regiões urbanizadas.
MOURA, R. Arranjos urbano-regionais no Brasil: especificidades e reprodução de padrões. Disponível em: www.ub.edu. Acesso em: 11 fev. 2015.

O resultado do processo geográfico descrito foi o(a)


A valorização da escala local.
B crescimento das áreas periféricas.
C densificação do transporte ferroviário.
D predomínio do planejamento estadual.
E inibição de consórcios intermunicipais.
Questão 51
Zona de pastoreio e cultura do algodão e cereais do agreste (1963)

PASTOREIO - - - - - - - - - - - - - - -

PLANTIO E LIMPA - - - - - - - - - -

CRESCIMENTO- - - - - - - - - - -

CONVENÇÕES COLHEITA DE FEIJÃO - - - - - - - -

COLHEITA DE MILHO VERDE - - -

COLHEITA DE MILHO SECO - - -

COLHEITA DE ALGODÃO - - - - - -

ANDRADE, M. C. A terra e o homem no Nordeste. São Paulo: Brasiliense, 1963.

A dinâmica produtiva apresentada na imagem tem como estratégia central a


A separação pelo tipo de solo.
B exportação da colheita sazonal.
C priorização da tecnologia moderna.
D adequação pelo tempo da natureza.
E intensificação da atividade pecuária.

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Questão 52 Questão 54
Dois grandes eventos históricos tornaram possível A arte pré-histórica africana foi incontestavelmente um
um caso como o de Menocchio: a invenção da imprensa veículo de mensagens pedagógicas e sociais. Os San,
que constituem hoje o povo mais próximo da realidade
e a Reforma. A imprensa lhe permitiu confrontar os
das representações rupestres, afirmam que seus
livros com a tradição oral em que havia crescido e lhe
antepassados lhes explicaram sua visão do mundo a partir
forneceu as palavras para organizar o amontoado de desse gigantesco livro de imagens que são as galerias.
ideias e fantasias que nele conviviam. A Reforma lhe A educação dos povos que desconhecem a escrita está
deu audácia para comunicar o que pensava ao padre do baseada sobretudo na imagem e no som, no audiovisual.
KI-ZERBO, J. A arte pré-histórica africana. In: KI-ZERBO, J. (Org.)
vilarejo, conterrâneos, inquisidores — mesmo não tendo História geral da África, I: metodologia e pré-história da África.
Brasília: Unesco, 2010.
conseguido dizer tudo diante do papa, dos cardeais e dos
De acordo com o texto, a arte mencionada é importante
príncipes, como queria.
GINZBURG, C. O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido para os povos que a cultivam por colaborar para o(a)
pela Inquisição. São Paulo: Cia. das Letras, 2006.
A transmissão dos saberes acumulados.
Os acontecimentos históricos citados ajudaram esse
B expansão da propriedade individual.
indivíduo, no século XVI, a repensar a visão católica do
C ruptura da disciplina hierárquica.
mundo ao possibilitarem a
D surgimento dos laços familiares.
A consulta pública das bibliotecas reais.
E rejeição de práticas exógenas.
B sofisticação barroca do ritual litúrgico.
Questão 55
C aceitação popular da educação secular.
Será que as coisas lhe pareceriam diferentes se, de
D interpretação autônoma dos textos bíblicos.
fato, todas elas existissem apenas na sua mente — se
E correção doutrinária das heresias medievais.
tudo o que você julgasse ser o mundo externo real fosse
Questão 53 apenas um sonho ou alucinação gigante, de que você
“Devo estar chegando perto do centro da Terra. Deixe jamais fosse despertar? Se assim fosse, então é claro
ver: deve ter sido mais de seis mil quilômetros, por aí...” que você nunca poderia despertar, como faz quando
(como se vê, Alice tinha aprendido uma porção de coisas sonha, pois significaria que não há mundo “real” no qual
desse tipo na escola, e embora essa não fosse uma despertar. Logo, não seria exatamente igual a um sonho
oportunidade lá muito boa de demonstrar conhecimentos, ou alucinação normal.
já que não havia ninguém por perto para escutá-la, em NAGEL, T. Uma breve introdução à filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

todo caso era bom praticar um pouco) “... sim, deve ser O texto confere visibilidade a uma doutrina filosófica
mais ou menos essa a distância... mas então qual seria contemporânea conhecida como:
a latitude ou longitude em que estou?” (Alice não tinha A Personalismo, que vincula a realidade circundante
a menor ideia do que fosse latitude ou longitude, mas aos domínios do pessoal.
achou que eram palavras muito imponentes).
CARROLL, L. Aventuras de Alice: no País das Maravilhas, Através do espelho e outros textos.
B Falsificacionismo, que estabelece ciclos de problemas
São Paulo: Summus, 1980. para refutar uma conjectura.
O texto descreve uma confusão da personagem em
C Falibilismo, que rejeita mecanismos mentais para
relação sustentar uma crença inequívoca.
A ao tipo de projeção cartográfica. D Idealismo, que nega a existência de objetos
B aos contornos dos fusos horários. independentemente do trabalho cognoscente.
C à localização do norte magnético. E Solipsismo, que reconhece limitações cognitivas para
D aos referenciais de posição relativa. compreender uma experiência compartilhada.
E às distorções das formas continentais.

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*010175AZ23*

Questão 56 Questão 59
A demanda mundial para a produção de alimentos Escudos antigos ou maciços cristalinos são
aumenta progressivamente a taxas muito altas. blocos imensos de rochas antigas. Estes escudos
Atualmente, na maioria dos países, continentes e regiões,
são constituídos por rochas cristalinas (magmático-
a água consumida na agricultura é de cerca de 70% da
disponibilidade total. plutônicas), formadas em eras pré-cambrianas, ou
TUNDISI, J. G. Recursos hídricos no futuro: problemas e soluções. por rochas metamórficas (material sedimentar) do
Estudos Avançados, n. 63, 2008 (adaptado).
Paleozoico. São resistentes, estáveis, porém bastante
Para que haja a redução da pressão sobre o recurso
desgastadas. Correspondem a 36% da área territorial
natural mencionado, a expansão da agricultura demanda
melhorias no(a) e dividem-se em duas grandes porções: o Escudo das
Guianas (norte da Planície Amazônica) e o Escudo
A fertilização química do solo.
Brasileiro (porção centro-oriental brasileira).
B escoamento hídrico do terreno. Disponível em: http://ambientes.ambientebrasil.com.br. Acesso em: 25 jun. 2015.
C manutenção de poços artesianos.
As estruturas geológicas indicadas no texto são
D eficiência das técnicas de irrigação. importantes economicamente para o Brasil por
E velocidade das máquinas colheitadeiras. concentrarem
Questão 57
A fontes de águas termais.
No caso do Departamento de Defesa dos Estados
Unidos, a ênfase está posta no traçado de uma estratégia B afloramentos de sal-gema.
geral de desarticulação, não só dos inimigos reais como C jazidas de minerais metálicos.
dos potenciais, inserida na concepção preventiva que D depósitos de calcário agrícola.
supõe que a mínima dissidência é um sinal de perigo e de E reservas de combustível fóssil.
guerra futura. Deve-se ter capacidade para responder a
uma guerra convencional tanto quanto para enfrentar um Questão 60
inimigo difuso, atentando simultaneamente para todas Em A morte de Ivan Ilitch, Tolstoi descreve com
as áreas geográficas do planeta. Trata-se, sem dúvida, detalhes repulsivos o terror de encarar a morte
da estratégia com pretensões mais abrangentes que se iminente. Ilitch adoece depois de um pequeno acidente
desenvolveu até agora. e logo compreende que se encaminha para o fim de
CECEÑA, A. E. Hegemonias e emancipações no século XXI.
Buenos Aires: Clacso, 2005 (adaptado). modo impossível de parar. “Nas profundezas de seu
Tomando o texto como parâmetro, qual tendência coração, ele sabia estar morrendo, mas em vez de se
contemporânea impulsiona a formulação de estratégias
acostumar com a ideia, simplesmente não o fazia e não
mais abrangentes por parte do Estado americano?
conseguia compreendê-la”.
A Erradicação dos conflitos em territórios. KAZEZ, J. O peso das coisas: filosofia para o bem-viver. Rio de Janeiro: Tinta Negra, 2004.

B Propagação de organizações em redes. O texto descreve a experiência do personagem de Tolstoi


C Eliminação das diferenças regionais. diante de um aspecto incontornável de nossas vidas.
D Ampliação de modelo democrático. Esse aspecto foi um tema central na tradição filosófica
E Projeção da diplomacia mundial.
A marxista, no contexto do materialismo histórico.
Questão 58
O planejamento deixou de controlar o crescimento B logicista, no propósito de entendimento dos fatos.
urbano e passou a encorajá-lo por todos os meios C utilitarista, no sentido da racionalidade das ações.
possíveis e imagináveis. Cidades, a nova mensagem D pós-modernista, na discussão da fluidez das relações.
soou em alto e bom som, eram máquinas de produzir E existencialista, na questão do reconhecimento de si.
riquezas; o primeiro e principal objetivo do planejamento
devia ser o de azeitar a máquina.
HALL, P. Cidades do amanhã: uma história intelectual do planejamento e do projeto
urbanos no século XX. São Paulo: Perspectiva, 2016 (adaptado).
O modelo de planejamento urbano problematizado no
texto é marcado pelo(a)
A primazia da gestão popular.
B uso de práticas sustentáveis.
C construção do bem-estar social.
D soberania do poder governamental.
E ampliação da participação empresarial.

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Questão 61 Questão 63
Desde o mundo antigo e sua filosofia, que o trabalho
A Divisão Internacional do Trabalho significa
tem sido compreendido como expressão de vida e
que alguns países se especializam em ganhar
degradação, criação e infelicidade, atividade vital e
e outros, em perder. Nossa comarca no mundo,
escravidão, felicidade social e servidão. Trabalho e
que hoje chamamos América Latina, foi precoce:
fadiga. Na Modernidade, sob o comando do mundo da
especializou-se em perder desde os remotos
mercadoria e do dinheiro, a prevalência do negócio (negar
tempos em que os europeus do Renascimento se
o ócio) veio sepultar o império do repouso, da folga e da
aventuraram pelos mares e lhe cravaram os dentes
preguiça, criando uma ética positiva do trabalho.
na garganta. Passaram-se os séculos e a América ANTUNES, R. O século XX e a era da degradação do trabalho. In: SILVA, J. P. (Org.).
Latina aprimorou suas funções. Por uma sociologia do século XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adaptado).

GALEANO, E. As veias abertas da América Latina. São Paulo: Paz e Terra, 1978. O processo de ressignificação do trabalho nas sociedades
Escrito na década de 1970, o texto considera a modernas teve início a partir do surgimento de uma nova
participação da América Latina na Divisão Internacional mentalidade, influenciada pela
do Trabalho marcada pela A reforma higienista, que combateu o caráter excessivo
e insalubre do trabalho fabril.
A produção inovadora de padrões de tecnologia.
B Reforma Protestante, que expressou a importância
B superação paulatina do caráter agroexportador.
das atividades laborais no mundo secularizado.
C apropriação imperialista dos recursos territoriais.
C força do sindicalismo, que emergiu no esteio do
D valorização econômica dos saberes tradicionais.
anarquismo reivindicando direitos trabalhistas.
E dependência externa do suprimento de alimentos.
D participação das mulheres em movimentos sociais,
Questão 62 defendendo o direito ao trabalho.
Sexto rei sumério (governante entre os séculos XVIII e E visão do catolicismo, que, desde a Idade Média,
XVII a.C.) e nascido em Babel, “Khammu-rabi” (pronúncia defendia a dignidade do trabalho e do lucro.
em babilônio) foi fundador do I Império Babilônico Questão 64
(correspondente ao atual Iraque), unificando amplamente É difícil imaginar que nos anos 1990, num país
o mundo mesopotâmico, unindo os semitas e os sumérios com setores da população na pobreza absoluta e sem
e levando a Babilônia ao máximo esplendor. O nome uma rede de benefícios sociais em que se apoiar, um
de Hamurabi permanece indissociavelmente ligado ao governo possa abandonar o papel de promotor de
código jurídico tido como o mais remoto já descoberto: o programas de geração de emprego, de assistência
Código de Hamurabi. O legislador babilônico consolidou social, de desenvolvimento da infraestrutura e de
a tradição jurídica, harmonizou os costumes e estendeu o promoção de regiões excluídas, na expectativa de
direito e a lei a todos os súditos. que o mercado venha algum dia a dar uma resposta
Disponível em: www.direitoshumanos.usp.br. Acesso em: 12 fev. 2013 (adaptado).
adequada a tudo isso.
SORJ, B. A nova sociedade brasileira. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000 (adaptado).
Nesse contexto de organização da vida social, as leis
contidas no Código citado tinham o sentido de Nesse contexto, a criticada postura dos governos frente
à situação social do país coincidiu com a priorização de
A assegurar garantias individuais aos cidadãos livres. que medidas?
B tipificar regras referentes aos atos dignos de
A Expansão dos investimentos nas empresas públicas
punição.
e nos bancos estatais.
C conceder benefícios de indulto aos prisioneiros de B Democratização do crédito habitacional e da aquisição
guerra. de moradias populares.
D promover distribuição de terras aos desempregados C Enxugamento da carga fiscal individual e da
urbanos. contribuição tributária empresarial.
E conferir prerrogativas políticas aos descendentes de D Reformulação do acesso ao ensino superior e do
estrangeiros. financiamento científico nacional.
E Reforma das políticas macroeconômicas e dos
mecanismos de controle inflacionário.

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Questão 65

O conjunto representado pelo agronegócio demanda condições específicas que passam a ser exigidas dos
territórios. Como há uma elevação da formação de fluxos, materiais e imateriais, a crescente articulação com as
escalas que vão do local ao global terminam por pressionar o Estado a agir visando uma instalação no território
de fixos diversos, bem como de uma regulação específica.
LIMA, R. C.; PENNA, N. A. A logística de transportes do agronegócio em Mato Grosso (Brasil). Confins, n. 26, fev. 2016.

O mapa e o texto se complementam indicando que a expansão das rodovias se deu como resposta ao(à)

A alteração da matriz econômica.


B substituição do modal hidroviário.
C retração do contingente demográfico.
D projeção do escoamento produtivo.
E estagnação de lavouras policultoras.
Questão 66
Um dos resquícios franceses na dança são os comandos proferidos pelo marcador da quadrilha. Seu papel é
anunciar os próximos passos da coreografia. O abrasileiramento de termos franceses deu origem, por exemplo, ao
saruê (soirée — reunião social noturna, ordem para todos se juntarem no centro do salão), anarriê (en arrière — para
trás) e anavã (en avant — para frente).
Disponível em: www.ebc.com.br. Acesso em: 6 jul. 2015.

A característica apresentada dessa manifestação popular resulta do seguinte processo socio-histórico:


A Massificação da arte erudita.
B Rejeição de hábitos elitistas.
C Laicização dos rituais religiosos.
D Restauração dos costumes antigos.
E Apropriação de práticas estrangeiras.
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Questão 67 De acordo com o texto, novos estudos têm valorizado


a história do indivíduo por se constituir como
Vale da Grande possibilidade de
Fenda A adesão ao método positivista.
Vulcões B expressão do papel das elites.
C resgate das narrativas heroicas.
D acesso ao cotidiano das comunidades.
E interpretação das manifestações do divino.
Questão 69
A sociedade como um sistema justo de cooperação
social consiste em uma das ideias familiares
fundamentais, que dá estrutura e organização à justiça
como equidade. A cooperação social guia-se por
regras e procedimentos publicamente reconhecidos
e aceitos por aqueles que cooperam como sendo
apropriados para regular a sua conduta. Diz-se que a
cooperação é justa porque seus termos são tais que
todos os participantes podem razoavelmente aceitar,
desde que todos os demais também o aceitem.
FERES JR., J.; POGREBINSCHI, T. Teoria política contemporânea: uma introdução.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

No contexto do pensamento político, a ideia apresentada


mostra-se consoante o(a)
A ideal republicano de governo.
B corrente tripartite dos poderes.
Disponível em: https://noticias.uol.com.br. Acesso em: 13 jun. 2018 (adaptado). C posicionamento crítico do socialismo.
Os aspectos físicos apresentados originam-se da atuação D legitimidade do absolutismo monárquico.
da força natural de E entendimento do contratualismo moderno.
Questão 70
A colisão de placas tectônicas.
B rifteamento da crosta terrestre. Com efeito, até a destruição de Cartago, o povo e o
Senado romano governavam a República em harmonia
C subducção da plataforma oceânica.
e sem paixão, e não havia entre os cidadãos luta por
D formação de cadeias montanhosas. glória ou dominação; o medo do inimigo mantinha a
E metamorfismo de bordas continentais. cidade no cumprimento do dever. Mas, assim que o
Questão 68 medo desapareceu dos espíritos, introduziram-se os
males pelos quais a prosperidade tem predileção, isto
A reabilitação da biografia histórica integrou as é, a libertinagem e o orgulho.
aquisições da história social e cultural, oferecendo SALÚSTIO. A conjuração de Catilina/A guerra de Jugurta. Petrópolis:
Vozes, 1990 (adaptado).
aos diferentes atores históricos uma importância
O acontecimento histórico mencionado no texto de
diferenciada, distinta, individual. Mas não se tratava
Salústio, datado de I a.C., manteve correspondência com
mais de fazer, simplesmente, a história dos grandes o processo de
nomes, em formato hagiográfico — quase uma vida
A demarcação de terras públicas.
de santo —, sem problemas, nem máculas. Mas de
B imposição da escravidão por dívidas.
examinar os atores (ou o ator) célebres ou não, como
C restrição da cidadania por parentesco.
testemunhas, como reflexos, como reveladores de uma
D restauração de instituições ancestrais.
época.
DEL PRIORE, M. Biografia: quando o indivíduo encontra a história. E expansão das fronteiras extrapeninsulares.
Topoi, n. 19, jul.-dez. 2009.

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*010175AZ27*

Questão 71 Questão 73

O cântico da terra Declaração de Salamanca – 1994


Acreditamos e proclamamos que: toda criança
Eu sou a terra, eu sou a vida.
tem direito fundamental à educação e deve ser dada
A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu. a oportunidade de atingir e manter o nível adequado
Teu arado, tua foice, teu machado. de aprendizagem; toda criança possui características,
interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem
O berço pequenino de teu filho.
que são únicas; sistemas educacionais deveriam ser
O algodão de tua veste designados e programas educacionais deveriam ser
e o pão de tua casa. implementados no sentido de se levar em conta a vasta
diversidade de tais características e necessidades.
E um dia bem distante Disponível em: http://portal.mec.gov.br. Acesso em: 4 out. 2015.

a mim tu voltarás.
Como signatário da Declaração citada, o Brasil
E no canteiro materno de meu seio comprometeu-se com a elaboração de políticas públicas
tranquilo dormirás. educacionais que contemplem a

Plantemos a roça. A criação de privilégios.


B contenção dos gastos.
Lavremos a gleba.
CORALINA, C. Textos e contextos: poemas dos becos de Goiás e estórias mais.
C pluralidade dos sujeitos.
São Paulo: Global, 1997 (fragmento). D padronização do currículo.
No contexto das distintas formas de apropriação da terra, E valorização da meritocracia.
o poema de Cora Coralina valoriza a relação entre Questão 74

A grileiros e controle territorial. TEXTO I


B meeiros e divisão do trabalho. Os meus pensamentos são todos sensações.
C camponeses e uso da natureza. Penso com os olhos e com os ouvidos
D indígenas e manejo agroecológico. E com as mãos e os pés
E latifundiários e fertilização do solo. E com o nariz e a boca.
PESSOA, F. O guardador de rebanhos – IX. In: GALHOZ, M. A. (Org.). Obras poéticas.
Questão 72 Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1999 (fragmento).

Montaigne deu o nome para um novo gênero TEXTO II


literário; foi dos primeiros a instituir na literatura
Tudo aquilo que sei do mundo, mesmo por ciência, eu
moderna um espaço privado, o espaço do “eu”, do texto
o sei a partir de uma visão minha ou de uma experiência
íntimo. Ele cria um novo processo de escrita filosófica,
do mundo sem a qual os símbolos da ciência não
no qual hesitações, autocríticas, correções entram no
poderiam dizer nada.
próprio texto. MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da percepção. São Paulo:
COELHO, M. Montaigne. São Paulo: Publifolha, 2001 (adaptado). Martins Fontes, 1999 (adaptado).

O novo gênero de escrita aludido no texto é o(a) Os textos mostram-se alinhados a um entendimento
acerca da ideia de conhecimento, numa perspectiva que
A confissão, que relata experiências de transformação.
ampara a
B ensaio, que expõe concepções subjetivas de um tema.
C carta, que comunica informações para um conhecido. A anterioridade da razão no domínio cognitivo.
D meditação, que propõe preparações para o B confirmação da existência de saberes inatos.
conhecimento. C valorização do corpo na apreensão da realidade.
E diálogo, que discute assuntos com diferentes
D verificabilidade de proposições no campo da lógica.
interlocutores.
E possibilidade de contemplação de verdades atemporais.

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Questão 75 No fragmento, Aristóteles promove uma reflexão que


Afirmar que a cartografia da época moderna integrou o associa dois elementos essenciais à discussão sobre a
processo de invenção da América por parte dos europeus vida em comunidade, a saber:
significa que os conhecimentos dos ameríndios sobre o A Ética e política, pois conduzem à eudaimonia.
território foram ignorados pela cartografia europeia ou que B Retórica e linguagem, pois cuidam dos discursos
eles foram privados de sua representação territorial e da na ágora.
autoridade que seus conhecimentos tinham sobre o espaço. C Metafísica e ontologia, pois tratam da filosofia primeira.
OLIVEIRA, T. K. Desconstruindo mapas, revelando espacializações: reflexões sobre o uso
da cartografia em estudos sobre o Brasil colonial. Revista Brasileira de História,
D Democracia e sociedade, pois se referem a relações
n. 68, 2014 (adaptado).
sociais.
Na análise contida no texto, a representação cartográfica E Geração e corrupção, pois abarcam o campo da
da América foi marcada por physis.
A asserção da cultura dos nativos. Questão 78
B avanço dos estudos do ambiente. O toyotismo, a partir dos anos 1970, teve grande
C afirmação das formas de dominação. impacto no mundo ocidental, quando se mostrou para
D exatidão da demarcação das regiões. os países avançados como uma opção possível para a
E aprimoramento do conceito de fronteira. superação de uma crise de acumulação.
ANTUNES, R. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho.
Questão 76 São Paulo: Boitempo, 2009 (adaptado).

A principal característica da situação social dos A característica organizacional do modelo em questão,


anglo-americanos é seu caráter eminentemente requerida no contexto de crise, foi o(a)
democrático. Afirmei anteriormente que reinava uma
A expansão dos grandes estoques.
igualdade muito grande entre os emigrantes que foram
se estabelecer na Nova Inglaterra. Para isso contribuiu B incremento da fabricação em massa.
a influência das leis de sucessão. Estabelecidas C adequação da produção à demanda.
de uma maneira, as leis de sucessão reúnem, D aumento da mecanização do trabalho.
concentram e agrupam em um só a propriedade e o E centralização das etapas de planejamento.
poder. Estabelecidas por outros princípios, produzem Questão 79
o oposto: dividem, partilham e disseminam os bens e O fenômeno histórico conhecido como “tráfico de
o poder.
TOCQUEVILLE, A. A democracia na América. Belo Horizonte: Itatiaia; coolies” esteve associado diretamente ao período que vai
São Paulo: Edusp, 1977 (adaptado).
do final da década de 1840 até o ano de 1874, quando
O texto tematiza o papel desempenhado por uma norma
milhares de chineses foram encaminhados principalmente
na criação de um ambiente propício ao(à)
para Cuba e Peru e muitos abusos no recrutamento de
A emprego do trabalho escravo.
mão de obra foram identificados. O tráfico de coolies
B consolidação dos valores burgueses.
C banimento das dissidências religiosas. ou, em outros termos, o transporte por meios coativos
D contenção da identificação nacionalista. de mão de obra de um lugar para outro, foi comparado
E hierarquização dos agentes econômicos. ao tráfico africano de escravos por muitos periodistas e
Questão 77 analistas do século XIX.
Vemos que toda cidade é uma espécie de SANTOS, M. A. Migrações e trabalho sob contrato no século XIX. História, n. 12, 2017.

comunidade, e toda comunidade se forma com vistas A comparação mencionada no texto foi possível em razão
a algum bem, pois todas as ações de todos os homens da seguinte característica:
são praticadas com vistas ao que lhe parece um bem;
A Oferta de contrato formal.
se todas as comunidades visam algum bem, é evidente B Origem étnica dos grupos de trabalhadores.
que a mais importante de todas elas e que inclui todas as C Conhecimento das tarefas desenvolvidas.
outras tem mais que todas este objetivo e visa ao mais D Controle opressivo das vidas dos indivíduos.
importante de todos os bens. E Investimento requerido dos empregadores.
ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB,1988.

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Questão 80 A característica física que justifica a fixação do homem


Os seringueiros amazônicos eram invisíveis no nos locais apresentados no texto é a ocorrência de
cenário nacional nos anos 1970. Começaram a se
articular como um movimento agrário no início dos anos A solo fértil.
1980, e na década seguinte conseguiram reconhecimento B encosta íngreme.
nacional, obtendo a implantação das primeiras reservas
C vegetação diversificada.
extrativas após o assassinato de Chico Mendes. Assim,
em vinte anos, os camponeses da floresta passaram da D drenagem eficiente.
invisibilidade à posição de paradigma de desenvolvimento E clima ameno.
sustentável com participação popular. Questão 83
ALMEIDA, M. W. B. Direitos à floresta e ambientalismo: seringueiros e suas lutas.
Revista Brasileira de Ciências Sociais, n. 55, 2004. Ao abrigo do teto, sua jornada de fé começava na
De acordo com o texto, a visibilidade dos seringueiros sala de jantar. Na pequena célula cristã, dividia-se a
amazônicos foi estabelecida pela relação entre refeição e durante elas os crentes conversavam, rezavam
e liam cartas de correligionários residentes em locais
A crescimento econômico e migração de trabalhadores.
diferentes do Império Romano (século II da Era Cristã).
B produção de borracha e escassez de recursos naturais.
Esse ambiente garantia peculiar apoio emocional às
C reivindicação de terra e preservação de mata nativa.
experiências intensamente individuais que abrigava.
D incentivo governamental e conservação de territórios. SENNET, R. Carne e pedra. Rio de Janeiro: Record, 2008.
E modernização de plantio e comércio de látex.
Questão 81 Um motivo que explica a ambientação da prática descrita
no texto encontra-se no(a)
Porque todos confessamos não se poder viver sem
alguns escravos, que busquem a lenha e a água, e A regra judaica, que pregava a superioridade espiritual
façam cada dia o pão que se come, e outros serviços
que não são possíveis poderem-se fazer pelos dos cultos das sinagogas.
Irmãos Jesuítas, máxime sendo tão poucos, que seria B moralismo da legislação, que dificultava as reuniões
necessário deixar as confissões e tudo mais. Parece- abertas da juventude livre.
me que a Companhia de Jesus deve ter e adquirir
escravos, justamente, por meios que as Constituições C adesão do patriciado, que subvertia o conceito
permitem, quando puder para nossos colégios e casas original dos valores estrangeiros.
de meninos.
LEITE, S. História da Companhia de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro:
D decisão política, que censurava as manifestações
Civilização Brasileira, 1938 (adaptado).
públicas da doutrina dissidente.
O texto explicita premissas da expansão ultramarina E violência senhorial, que impunha a desestruturação
portuguesa ao buscar justificar a
forçada das famílias escravas.
A propagação do ideário cristão. Questão 84
B valorização do trabalho braçal. A colisão entre uma placa continental e uma oceânica
C adoção do cativeiro na Colônia. provocará a subducção desta última sob a placa
D adesão ao ascetismo contemplativo. continental, que, a exemplo dos arcos e ilhas, produzirá
E alfabetização dos indígenas nas Missões. um arco magmático na borda do continente, composto
Questão 82 por rochas vulcânicas acompanhado de deformações e
As cidades de Puebla, no México, e Legazpi, nas metamorfismo tanto de rochas preexistentes como de
Filipinas, não têm quase nada em comum. Estão muito parte das rochas formadas no processo.
longe uma da outra e são habitadas por povos muito TEIXEIRA, W. et al. (Org.). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000.
diferentes. O que as une é um trágico detalhe de sua
geografia. Elas foram erguidas na vizinhança de alguns Qual feição fisiográfica é gerada pelo processo tectônico
dos vulcões mais perigosos do mundo: o mexicano apresentado?
Popocatepétl e o filipino Mayon. Seus habitantes
precisam estar prontos para correr a qualquer hora. Eles A Planícies abissais.
fazem parte dos 550 milhões de indivíduos que moram B Planaltos cristalinos.
em zonas de risco vulcânico no mundo. Ao contrário do
C Depressões absolutas.
que seria sensato, continuam ali, indiferentes ao perigo
que os espreita. D Bacias sedimentares.
ANGELO, C. Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 24 out. 2015 (adaptado). E Dobramentos modernos.

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Questão 85 Esse documento, elaborado no contexto da Revolução


O movimento sedicioso ocorrido na capitania Francesa, reflete uma profunda mudança social ao
de Pernambuco, no ano 1817, foi analisado de estabelecer a
formas diferentes por dois meios de comunicação
A manutenção das terras comunais.
daquela época. O Correio Braziliense apontou para
o fato de ser “a comoção no Brasil motivada por um B supressão do poder constituinte.
descontentamento geral, e não por maquinações de C falência da sociedade burguesa.
alguns indivíduos”. Já a Gazeta do Rio de Janeiro D paridade do tratamento jurídico.
considerou o movimento como um “pontual desvio E abolição dos partidos políticos.
de norma, apenas uma ‘mancha’ nas ‘páginas da
Questão 87
História Portuguesa’, tão distinta pelos testemunhos
Na Grécia, o conceito de povo abrange tão
de amor e respeito que os vassalos desta nação
consagram ao seu soberano”. somente aqueles indivíduos considerados cidadãos.
JANCSÓ, I.; PIMENTA, J. P. Peças de um mosaico. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem Incompleta:
Assim é possível perceber que o conceito de povo era
a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000 (adaptado).
muito restritivo. Mesmo tendo isso em conta, a forma
Os fragmentos das matérias jornalísticas sobre o democrática vivenciada e experimentada pelos gregos
acontecimento, embora com percepções diversas, atenienses nos séculos IV e V a.C. pode ser caracterizada,
relacionam-se a um aspecto do processo de fundamentalmente, como direta.
independência da colônia luso-americana expresso MANDUCO, A. Ciência política. São Paulo: Saraiva, 2011.
em dissensões entre
Naquele contexto, a emergência do sistema de governo
A quadros dirigentes em torno da abolição da ordem
mencionado no excerto promoveu o(a)
escravocrata.
B grupos regionais acerca da configuração político- A competição para a escolha de representantes.
-territorial. B campanha pela revitalização das oligarquias.
C intelectuais laicos acerca da revogação do domínio C estabelecimento de mandatos temporários.
eclesiástico. D declínio da sociedade civil organizada.
D homens livres em torno da extensão do direito de voto. E participação no exercício do poder.
E elites locais acerca da ordenação do monopólio
fundiário.
Questão 86
Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão – 1789

Os representantes do povo francês, tendo em vista


que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos
direitos do homem são as únicas causas dos males
públicos e da corrupção dos governos, resolveram
declarar solenemente os direitos naturais, inalienáveis e
sagrados do homem, a fim de que esta declaração, sempre
presente em todos os membros do corpo social, lhes
lembre permanentemente seus direitos e seus deveres; a
fim de que as reivindicações dos cidadãos, fundadas em
princípios simples e incontestáveis, se dirijam sempre à
conservação da Constituição e à felicidade geral.
Disponível em: www.direitoshumanosusp.br. Acesso em: 7 jun. 2018 (adaptado).

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Questão 88 Segundo o autor, qual é a origem do conhecimento


TEXTO I humano?

A A potência inata da mente.


B A revelação da inspiração divina.
C O estudo das tradições filosóficas.
D A vivência dos fenômenos do mundo.
E O desenvolvimento do raciocínio abstrato.
Questão 90
TEXTO I

O aumento de casos suspeitos de febre amarela em


Minas pode estar relacionado à tragédia de Mariana,
em 2015, segundo a bióloga da Fiocruz Márcia Chame.
Rio Tietê, São Paulo (SP). Foto: Delfim Martins/Pulsar. A hipótese tem como ponto de partida a localização das
TEXTO II cidades mineiras que identificaram até o momento casos
O Rio Tietê está morto. Ao menos uma parte de pacientes com sintomas da doença. Grande parte está
dele: 137 quilômetros, para ser mais preciso. Uma na região próxima do Rio Doce, afetado pelo rompimento
pesquisa da Fundação SOS Mata Atlântica mostra
que, em 2016, o trecho do rio com qualidade de da Barragem de Fundão, em novembro de 2015.
FORMENTI, L. Para bióloga, surto de febre amarela pode ter relação com tragédia de
água classificada como ruim ou péssima começa Mariana. O Estado de São Paulo, 14 jan. 2017.
em Itaquaquecetuba, passa por toda a Região
Metropolitana de São Paulo e chega até Cabreúva, TEXTO II
já no interior de São Paulo. Nesse trecho, a água não
tem oxigênio suficiente para abrigar vida. Por outro lado, Servio Ribeiro considera remota a
Disponível em: http://epoca.globo.com. Acesso em: 7 dez. 2017 (adaptado).
possibilidade de influência da tragédia de Mariana (MG)
Considerando a análise dos textos, a condição atual neste surto de febre amarela em Minas Gerais. “A febre
desse rio tem como origem a
amarela é uma doença de interior de floresta. O mosquito
A valorização do sítio urbano. que a transmite põe ovos em cavidades de árvores e em
B extinção da vegetação nativa.
bromélias. É um mosquito da estrutura da floresta. Ele
C recepção de densa carga de dejetos.
D captação desordenada do regime pluvial. não se relaciona muito com grandes corpos-d’água e
E expansão do uso de defensivos químicos. com rios. As cidades afetadas pela doença estão em uma

Questão 89 região onde os rejeitos não chegaram com força para

Adão, ainda que supuséssemos que suas faculdades derrubar a floresta”, diz o biólogo.
RODRIGUES, L. Especialistas investigam relação entre febre amarela e degradação
racionais fossem inteiramente perfeitas desde o início, ambiental. Agência Brasil, 25 jan. 2017.

não poderia ter inferido da fluidez e transparência da


Sobre a tragédia de Mariana, os textos apresentam
água que ela o sufocaria, nem da luminosidade e calor
do fogo que este poderia consumi-lo. Nenhum objeto divergência quanto ao(à)
jamais revela, pelas qualidades que aparecem aos
A poluição dos rios locais.
sentidos, nem as causas que o produziram, nem os
efeitos que dele provirão; e tampouco nossa razão é B identificação da área afetada.
capaz de extrair, sem auxílio da experiência, qualquer C destruição da vegetação nativa.
conclusão referente à existência efetiva de coisas ou
D aparecimento de enfermidade endêmica.
questões de fato.
HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Unesp, 2003.
E surgimento de comunidades desabrigadas.

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1º DIA - CADERNO 1
Azul Gabarito 2020

LINGUAGENS, CÓDIGOS CIÊNCIAS HUMANAS


E SUAS TECNOLOGIAS E SUAS TECNOLOGIAS
GABARITO
QUESTÃO QUESTÃO GABARITO
INGLÊS ESPANHOL
1 A A 46 D
2 A C 47 A
3 E E 48 B
4 D E 49 C
5 D E 50 B
6 C 51 D
7 E 52 D
8 A 53 D
9 B 54 A
10 C 55 E
11 B 56 D
12 A 57 B
13 E 58 E
14 B 59 C
15 B 60 E
16 E 61 C
17 D 62 B
18 A 63 B
19 C 64 E
20 D 65 D
21 B 66 E
22 A 67 B
23 A 68 D
24 D 69 E
25 A 70 E
26 D 71 C
27 D 72 B
28 E 73 C
29 B 74 C
30 B 75 C
31 E 76 B
32 B 77 A
33 A 78 C
34 A 79 D
35 A 80 C
36 D 81 C
37 E 82 A
38 B 83 D
39 C 84 E
40 A 85 B
41 A 86 D
42 A 87 E
43 C 88 C
44 B 89 D
45 B 90 D

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