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1º Período
UFCD-9182
Lição nº1 19.09.2022
Sumário: Apresentação.
Objetivos
Lição nº 3 e 4 20.09.2022
Sumário: Legislação em vigor para o exercício da atividade de ama: conceito de ama e objetivos da
atividade de ama. Enquadramento legal: requisitos e condições para o acesso e exercício da atividade
de ama.
Artigo 3.º
Conceito de ama
A ama é a pessoa que, mediante pagamento pela atividade exercida, cuida na sua residência de
crianças até aos três anos de idade ou até atingirem a idade de ingresso nos estabelecimentos de
educação pré-escolar, por tempo correspondente ao período de trabalho ou impedimento da família.
Artigo 4.º
Objetivos
1 - A atividade desenvolvida pela ama visa proporcionar à criança, em colaboração com a família:
a) Um ambiente seguro e familiar;
b) As condições adequadas ao seu desenvolvimento integral, num ambiente de segurança física e
afetiva;
c) Os cuidados adequados às suas necessidades e bem-estar.
2 - A atividade desenvolvida pela ama visa, ainda, facilitar a conciliação da vida familiar e
profissional do agregado familiar da criança.
Artigo 7.º
Requisitos e condições
1 - Para o acesso à profissão de ama e exercício da respetiva atividade é necessário reunir os
seguintes requisitos:
a) Ter idade igual ou superior a 21 anos;
b) Ter completado a escolaridade obrigatória, de acordo com a legislação aplicável à data de
conclusão da mesma;
c) Ter condições de saúde necessárias, comprovadas através da declaração constante da alínea c) do
n.º 2 do artigo 11.º;
d) Ter idoneidade para o exercício da atividade, em conformidade com o disposto no artigo 2.º da
Lei n.º 113/2009, de 17 de setembro;
e) Demonstrar capacidade afetiva, equilíbrio emocional e motivação para ser ama;
f) Ter estabilidade sociofamiliar.
2 - O exercício da atividade de ama está ainda sujeito às seguintes condições:
a) Possuir as condições de higiene e de segurança adequadas, em conformidade com o disposto em
diploma próprio;
b) Dispor na habitação de espaços autonomizáveis que possibilitem a realização de atividades
lúdicas e o descanso das crianças, de acordo com as respetivas idades;
c) Possuir meios expeditos para comunicação com a família.
Despacho 8243/2015
d) Janelas e varandas;
e) Camas e berços;
j) Produtos tóxicos;
k) Fontes de aquecimento;
l) Cozinha;
m) Casa de banho;
n) Piscinas.
Artigo 17.º
Direitos das amas
A ama tem direito a receber da família das crianças acolhidas:
a) Informação atualizada sobre a saúde, comportamento e hábitos da criança;
b) Roupa de reserva adequada à idade da criança;
c) Objetos de uso pessoal e de higiene da criança;
d) Identificação, por escrito, das pessoas a quem deve entregar a criança e quem deve contactar em
caso de emergência;
e) Informação que permita a atualização do processo individual da criança a que se refere o n.º 2 do
artigo 21.º
Artigo 18.º
Deveres da ama
1 - Constituem deveres da ama:
a) Garantir a qualidade dos serviços prestados, tendo em conta o desenvolvimento físico e
emocional da criança;
b) Celebrar contrato de seguro que cubra os acidentes pessoais das crianças, salvo quando a ama
exerce a atividade no âmbito de uma instituição de enquadramento;
c) Frequentar as ações de formação inicial e contínua, nos termos do n.º 4 do artigo 7.º e do artigo
9.º;
d) Colaborar com a família das crianças acolhidas, garantindo permanente informação de forma a
assegurar o bem-estar das mesmas;
e) Assegurar uma alimentação saudável e equilibrada das crianças, garantindo as condições de
higiene e segurança alimentar na preparação dos alimentos;
f) Permitir o acesso da família da criança à sua habitação, sempre que necessário ou quando
solicitado por esta, por motivos relacionados com o exercício da atividade;
g) Avisar, de imediato, em caso de doença ou de acidente, a família da criança e tomar as
providências adequadas quando as situações revistam carácter de urgência;
h) Informar imediatamente a família sempre que a ama, quem coabite com a mesma ou outra criança
desenvolva doença transmissível, respeitando os períodos de afastamento previstos na legislação em
vigor relativos às doenças de evicção escolar;
i) Facultar aos serviços competentes de fiscalização e inspeção o acesso à habitação e às
informações indispensáveis à avaliação da respetiva atividade;
j) Renovar, anualmente, o documento comprovativo do seu estado de saúde, bem como o de quem
com ela coabita;
k) Apresentar, anualmente, o certificado do registo criminal da ama e de quem com ela coabite para
os efeitos previstos na alínea d) do n.º 1 e no n.º 3 do artigo 7.º;
l) Facultar à família o acesso ao processo individual da criança e ao processo da atividade a que se
refere o artigo 21.º;
m) Comunicar às entidades competentes factos que indiciem eventuais situações de risco ou de
perigo que ponham em causa o desenvolvimento integral das crianças;
n) Manter a habitação, os artigos de puericultura e os brinquedos em condições de higiene e
segurança;
o) Informar a família das crianças acolhidas, da intenção de interromper ou cessar a atividade, nos
termos previstos no n.º 2 do artigo 16.º;
p) Entregar, no prazo de 10 dias, aos serviços competentes do ISS, I. P., os documentos referidos nas
alíneas c) e d) do n.º 2 do artigo 11.º sempre que haja alteração das pessoas que coabitem com a
ama;
q) Dispor de livro de reclamações nos termos da legislação em vigor.
2 - O seguro a que se refere a alínea b) do número anterior é objeto de regulamentação por diploma
próprio.
Artigo 21.º
Processo individual da criança e processo da atividade
1 - O exercício da atividade implica a organização de processo individual por criança e de processo
da atividade.
2 - O processo individual da criança é de acesso restrito e confidencial e contém:
a) Ficha de inscrição;
b) Documentação referida no n.º 3 do artigo 19.º;
c) Identificação das pessoas a quem a criança pode ser entregue e quem contactar em caso de
emergência;
d) Ficha para registo de atualização de dados e ocorrências.
3 - O processo da atividade deve estar disponível para consulta e contém:
a) Autorização para o exercício da atividade;
b) Certificados de formação inicial e contínua;
c) Contrato de prestação de serviços, quando aplicável;
d) Cópia do contrato de seguro que cubra os acidentes pessoais das crianças, quando aplicável;
e) Comprovativos referidos nas alíneas j) e k) do n.º 1 do artigo 18.º, devidamente atualizados;
f) Outros documentos relevantes relacionados com o exercício da atividade.
Neste contexto, a creche familiar é entendida como o conjunto de amas que estão enquadradas
por instituições particulares de solidariedade social ou instituições legalmente equiparadas,
assim como pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, desde que disponham de creche.
A creche familiar constitui, assim, uma forma de organização de amas que corresponde a mais
uma resposta destinada ao cuidado de crianças até aos três anos de idade ou até atingirem a
idade de ingresso no estabelecimento de educação pré-escolar, por tempo correspondente ao
período de trabalho ou impedimento dos pais ou de quem exerce as responsabilidades parentais.
Artigo 5.º
g) Disponibilizar à ama cópia dos processos individuais das crianças, tendo em conta o caráter
restrito e confidencial do mesmo;
o) Celebrar contrato de seguro que cubra os acidentes pessoais das crianças em ama, em
conformidade com o disposto na Portaria 226/2015, de 31 de julho.
f) Promover a devida articulação com as equipas locais de intervenção precoce na infância, com
o objetivo de garantir o adequado acompanhamento das crianças com deficiência ou com
alterações nas estruturas ou funções do corpo;
Artigo 6.º
Condições de funcionamento
a) O atendimento das famílias e das amas, procurando facilitar a conciliação da vida familiar e
profissional;
Ministério da solidariedade
Artigo 11.º
1 - Sem prejuízo dos direitos previstos no artigo 17.º do Decreto-Lei 115/2015, de 22 de junho,
a ama enquadrada tem, ainda, direito a apoio técnico e formação contínua por parte da
instituição de enquadramento.
2 - Sem prejuízo dos deveres previstos no artigo 18.º do Decreto-Lei 115/2015, de 22 de junho,
a ama enquadrada tem, ainda, o dever de:
Artigo 19.º
Contratualização da prestação de serviços
1 - A admissão da criança em ama é formalizada mediante celebração de contrato de prestação de
serviços, sob a forma escrita, entre a família da criança e a ama, salvo nos casos em que a ama
exerce a atividade no âmbito de uma instituição de enquadramento.
2 - O contrato referido no número anterior define os termos e as condições da prestação de serviços,
contendo a identificação da criança, dos pais ou de quem exerça as responsabilidades parentais, bem
como os direitos e deveres dos contraentes.
3 - No ato de admissão são entregues à ama os seguintes documentos da criança:
a) Cópia do boletim de nascimento ou do cartão de cidadão;
b) Declaração médica em caso de patologia que determine a necessidade de cuidados especiais;
c) Cópia do boletim de vacinas.
Artigo 15.º
Artigo 2.º
Âmbito
O SNIPI abrange as crianças entre os 0 e os 6 anos, com alterações nas funções ou estruturas do
corpo que limitam a participação nas atividades típicas para a respetiva idade e contexto social ou
com risco grave de atraso de desenvolvimento, bem como as suas famílias.
Artigo 3.º
Definições
b) «Risco de alterações ou alterações nas funções e estruturas do corpo» qualquer risco de alteração,
ou alteração, que limite o normal desenvolvimento da criança e a sua participação, tendo em conta os
referenciais de desenvolvimento próprios, consoante a idade e o contexto social;
Resposta social que visa garantir condições de desenvolvimento das crianças com alterações nas
funções ou estruturas do corpo que limitam o crescimento pessoal e social e a sua participação nas
atividades típicas para a idade, bem como das crianças com risco grave de atraso no
desenvolvimento.
2- Ama
Resposta social que consiste no exercício de atividade de ama, destinada a cuidar na sua residência
de crianças até aos três anos de idade, ou até atingir a idade de ingresso no estabelecimento de
educação pré-escolar, por tempo correspondente ao período de trabalho ou impedimento dos pais ou
de quem exerce as responsabilidades parentais (família).
3- Creche familiar
Resposta social que consiste no exercício de atividade de ama quando desenvolvida no âmbito de
uma instituição de enquadramento, destinada ao cuidado de crianças até aos três anos de idade, ou
até atingir a idade de ingresso no estabelecimento de educação pré-escolar, por tempo
correspondente ao período de trabalho ou impedimento dos pais ou de quem exerce as
responsabilidades parentais.
4- Creche
Resposta social de natureza socioeducativa, para acolher crianças até aos 3 anos de idade, durante o
período de impedimento dos pais ou de quem tenha a sua guarda de facto.
Resposta social orientada para o desenvolvimento de crianças com idades compreendidas entre os 3
e a idade de ingresso no ensino básico.
Resposta social que proporciona atividades de lazer a crianças e jovens a partir dos 6 anos, nos
períodos disponíveis das responsabilidades escolares desenvolvendo-se através de diferentes
modelos de intervenção, nomeadamente acompanhamento/inserção, prática de atividades específicas
e multiactividades.
Artigo 13.º
Colaboração
1 - Os serviços públicos, as autoridades administrativas e as entidades policiais têm o dever de
colaborar com as comissões de proteção no exercício das suas atribuições.
2 - O dever de colaboração incumbe igualmente às pessoas singulares e coletivas que para tal sejam
solicitadas.
3 - O dever de colaboração abrange o de informação e o de emissão, sem quaisquer encargos, de
certidões, relatórios e quaisquer outros documentos considerados necessários pelas comissões de
proteção, no exercício das suas competências de promoção e proteção.
CAPÍTULO I
Disposições gerais
Artigo 1.º
Objeto
A presente lei tem por objeto a promoção dos direitos e a proteção das crianças e dos jovens em
perigo, por forma a garantir o seu bem-estar e desenvolvimento integral.
Artigo 3.º
Legitimidade da intervenção
1 - A intervenção para promoção dos direitos e proteção da criança e do jovem em perigo tem
lugar quando os pais, o representante legal ou quem tenha a guarda de facto ponham em perigo
a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento, ou quando esse perigo resulte
de ação ou omissão de terceiros ou da própria criança ou do jovem a que aqueles não se
oponham de modo adequado a removê-lo.
2 - Considera-se que a criança ou o jovem está em perigo quando, designadamente, se encontra
numa das seguintes situações:
a) Está abandonada ou vive entregue a si própria;
b) Sofre maus tratos físicos ou psíquicos ou é vítima de abusos sexuais;
c) Não recebe os cuidados ou a afeição adequados à sua idade e situação pessoal;
d) Está aos cuidados de terceiros, durante período de tempo em que se observou o
estabelecimento com estes de forte relação de vinculação e em simultâneo com o não exercício
pelos pais das suas funções parentais;
e) É obrigada a atividades ou trabalhos excessivos ou inadequados à sua idade, dignidade e
situação pessoal ou prejudiciais à sua formação ou desenvolvimento;
f) Está sujeita, de forma direta ou indireta, a comportamentos que afetem gravemente a sua
segurança ou o seu equilíbrio emocional;
g) Assume comportamentos ou se entrega a atividades ou consumos que afetem gravemente a
sua saúde, segurança, formação, educação ou desenvolvimento sem que os pais, o representante
legal ou quem tenha a guarda de facto se lhes oponham de modo adequado a remover essa
situação.
Artigo 14.º
Apoio logístico
1 - As instalações e os meios materiais de apoio, nomeadamente um fundo de maneio, necessários ao
funcionamento das comissões de proteção são assegurados pelo município, podendo, para o efeito,
ser celebrados protocolos de cooperação com os serviços do Estado representados na Comissão
Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em Risco.
2 - O fundo de maneio destina-se a suportar despesas ocasionais e de pequeno montante resultantes
da ação das comissões de proteção junto das crianças e jovens, suas famílias ou pessoas que têm a
sua guarda de facto.
A palavra ética, no seu sentido etimológico, vem do grego “ethos”, tendo duas formas. A pequenas
formas refere-se ao modo de ser, carácter do indivíduo. A segunda forma está relacionada com os
costumes, os hábitos e com o agir, esta refere-se à pessoa na relação com o outro, onde é
avaliada por terceiros. Esta definição abrange as relações de cada pessoa para consigo e nas
relações para com os outros. Ética é um conjunto de normas que guiam a conduta do indivíduo,
dizendo-lhe o que é permitido e o que é interdito. É a reflexão sobre moral. “A ética orienta as
nossas ações e ensina-nos a agir”.
A palavra deontologia vem do grego: “deon” é dever e “logia” é conhecimento, assenta numa
ciência do dever, do que é justo e conveniente que os homens façam, do valor a que visa e do dever
ou normas que dirigem o comportamento”. A ética nas profissões são os deveres e as
responsabilidades ligadas a cada profissão. A prática profissional e os códigos deontológicos têm de
ter em consideração a ética.
Princípios / Deveres
Conceito
-Em Portugal, a lei nº142/2015 de 8 de setembro, lei de promoção e proteção de crianças e jovens
em perigo tem como primeiro princípio de intervenção o interesse superior da criança e do jovem: “
a intervenção deve atender prioritariamente aos interesses e direitos da criança e do jovem,
nomeadamente á continuidade de relações de afeto de qualidade e significativas, sem prejuízo da
consideração que for devida a outros interesses legítimos no âmbito da pluralidade dos interesses
presentes no caso concreto”. Este princípio é “colocado num plano superior e de hierarquia
relativamente a quaisquer interesses da própria criança ou jovem, ou de qualquer outra pessoa que,
portadoras de interesses legalmente protegidos, conflituam com o interesse superior daqueles”.
(Manata, 2008, p.5)
Sumário: Trabalho de pesquisa em pares- conclusão. Preparação da apresentação oral dos trabalhos
de pesquisa.
Objetivos
Conteúdos
Lição nº 34 12.10.2022
Sumário: Pesquisa sobre a evolução e perspetiva da dinâmica familiar.
Sumário: Reconhecimento do estilo educativo parental referente à realidade de cada aluno/a, tendo
em conta as características implicadas. Projeto 10 minutos a ler.
Família:” Grupo social no qual os membros coabitam unidos por uma complexidade muito ampla de
relações interpessoais, com uma residência comum, colaboração económica e no âmbito deste grupo
existe a função da reprodução” (definição mais tradicional)
Deste modo, e segundo esta visão, a família é considerada como sendo o primeiro grupo humano
organizado e como unidade-base da sociedade.
Evidentemente que a evolução e a mudança que caracterizam de modo significativo o mundo atual
não excluíram a família. Embora considerada uma das instituições mais persistentes no tempo, a
mudança social reflete-se amplamente na família, arrastando-a desde os processos da
industrialização para novas realidades, às quais tem procurado adaptar-se.
Família:” Grupo social em que os seus membros coabitam ligados por uma ampla complexidade de
relações interpessoais. (definição mais adequada às diferentes perspetivas da dinâmica familiar).
Assistimos na evolução das famílias, e segundo o Fórum Democracia Aberta (2008), a motivos
que como vemos originam novas confugurações como se pode observar na figura.
Tipos de família
o Família nuclear
o Uniões livres
o Família homossexual
o Uniões de facto
o Famílias recompostas
o Família monoparental.
Os diferentes tipos de família são entidades dinâmicas com a sua própria identidade, compostas por
membros unidos por laços de sanguinidade, de afetividade ou interesse e que continuem por um
determinado espaço de tempo durante o qual constroem uma história de vida que é unida e
irreplicável.
Família nuclear: Constituída por dois adultos de sexo diferente e os respetivos filhos biológicos ou
adotados, já não é para muitos o modelo de referência, embora continuem na ser o mais presente.
Uniões de facto: trata-se de uma realidade semelhante ao casamento, no entanto não implica a
existência de qualquer contrato escrito.
Uniões livres: não são muito diferentes das uniões de facto, apenas nestas nunca está presente a
ideia de formar família com contratos.
Famílias recompostas: são constituídas por laços conjugais após o divórcio ou separações. É
frequente a existência de filhos de casamentos ou ligações diferentes ocasionando meios irmãos.
Liçãonº40 17/10
Sumário: Formas de parentalidade biológica.
Formas de parentalidade
A parentalidade refere-se às funções executivas de proteção, educação e integração das gerações
mais novas na cultura familiar.
Os casais, quando decidem ter filhos, muitas vezes acreditam que exercer a parentalidade é algo
inato e que a sua experiência enquanto filhos serve de escola para este novo papel. Facto é que,
apesar da parentalidade ser processo tão antigo como o mundo, continua a ser um desafio repleto de
dúvidas e incertezas.
Assim, ainda que o subsistema parental comece por construir um modelo de parentalidade resultante
dos das famílias de origem, é a evolução familiar e os contextos e vivências da própria família como
deve negociar e lidar perante um conflito numa relação vertical, desenvolver o sentido de filiação e
de pertença familiar.
Deve, pois, aprender a participar ativamente neste seu primeiro ambiente de interações face-a-face.
Ambiente esse que deve ser seguro e fornecer todas as ferramentas para que a criança se desenvolva.
Como tal, o nascimento de um filho implica grandes mudanças e adaptações a novos papéis,
responsabilidades e rotinas tendo por isso um enorme impacto na vida pessoal e familiar dos novos
pais.
Tem-se verificado, ainda, que perante situações de stress as famílias reagem distintamente.
Perante uma mesma situação, o nascimento de um filho, uma família pode descompensar, enquanto
outra pode apresentar estratégias de coping (enfrentar o desafio) adequadas e funcionais.
Este processo de transição para a parentalidade, tradicionalmente, tem sido considerado como a crise
mais importante na vida da mulher, implicando adaptações importantes e a curto prazo.
Desde cedo, a mãe tem de ter cuidados redobrados co o seu estilo de vida e hábitos, passará por
transformações físicas e psicológicas e estará envolta pelo peso que a sociedade dá à maternidade.
Há toda uma alteração na vida destes dois seres que se veem no papel de pai e de mãe.
Os progenitores enfrentam tarefas de desenvolvimento cruciais para saberem cuidar e educar de uma
criança, contribuindo desta forma para o desenvolvimento pessoal. Nomeadamente, reavaliação e
reestruturação da relação com os pais (família de origem); reavaliação e reestruturação da relação
com o companheiro; construção da relação com a criança enquanto pessoa separada e reavaliação e
reestruturação da sua própria identidade.
Formas de parentalidade
Parentalidade Biológica
Os casais, quando decidem ter filhos, muitas vezes acreditam que exercer a parentalidade é algo
inato e que sua experiência enquanto filhos serve de escola para este novo papel. Facto é que, apesar
da parentalidade ser um processo tão antigo como o mundo, continua a ser um desafio repleto de
dúvidas e incertezas.
Importa que nesse modelo de parentalidade, nas interações pais-filho, a criança aprenda a noção de
autoridade, o modo como deve negociar e lidar perante um conflito numa relação vertical,
desenvolver o sentido de filiação e de pertença familiar.
A criança deve aprender a participar ativamente neste seu primeiro ambiente de interações face-a-
face. Ambiente esse que deve ser seguro e fornecer todas as ferramentas para que a criança se
desenvolva.
Como tal, o nascimento de um filho implica grandes mudanças e adaptações a novos papéis,
responsabilidades e rotinas, tendo por isso um enorme impacto na vida pessoal e familiar dos novos
pais.
Por isso, as várias classificações do ciclo de vida consideram que o nascimento do primeiro filho é o
acontecimento-chave que propicia a transição para uma nova fase de família.
Este processo de adaptação, de reequilíbrio familiar, pode implicar um período de tempo mais
prolongado.
O processo de adaptação está dependente do stress sentido pela família com o nascimento do filho. E
este aspeto tem sido analisado em diversos estudos, que veem a chegada do primeiro filho como um
momento crise.
Tem-se verificado, ainda, que perante situações de stress as famílias reagem distintamente.
Perante uma mesma situação, o nascimento de um filho, uma família pode descompensar, enquanto
outra pode apresentar estratégias de coping (enfrentar o desafio) adequadas e funcionais.
Este processo de transição para a parentalidade, tradicionalmente, tem sido considerado como a crise
mais importante na vida da mulher, implicando adaptações importantes e a curto prazo.
Desce cedo, a recente mãe tem de ter cuidados redobrados com o seu estilo de vida e hábitos, passará
por transformações físicas e psicológicas e estará envolta pelo peso que a sociedade dá à
maternidade.
Nesta corrida de longa distância, o pai tem cada vez maior influência e intervenção. Se o homem
ficava alheio de toda a experiência da gravidez e deixava a educação das crianças à responsabilidade
da mulher, atualmente há uma verdadeira cooperação entre os progenitores de modo a assegurar o
melhor para os seus filhos e há um vivenciar da paternidade e de todas as emoções a dois.
Assim, o homem participa na prestação de cuidados e na educação dos filhos. Mais, também ele
sofre transformações psicológicas e presta apoio emocional à mãe das crianças, sendo fundamental
neste suporte.
Liçãonº42 e 43 18.10.2022
Sumário: Formas de parentalidade: biológica- monoparentalidade (continuação).
Há toda uma alteração na vida destes dois seres que se veem no papel de pai e de mãe.
Os progenitores enfrentam tarefas de desenvolvimento cruciais para saberem cuidar e educar de uma
criança, contribuindo desta forma, para o desenvolvimento harmonioso da criança e para o próprio
desenvolvimento pessoal. Nomeadamente, reavaliação e reestruturação da relação com o
cônjuge/companheiro; construção de relação com a criança enquanto pessoa separada; e reavaliação
e reestruturação da sua própria identidade.
Monoparentalidade
Famílias monoparentais: famílias onde a geração dos pais está apenas representada por um único
elemento.
Esta situação pode acontecer por vários motivos, ou porque um dos progenitores abandona o lar e o
outro não volta a casar, ou porque a mãe solteira fica com o(s) filho(s).
A monoparentalidade
tradicional explica-se com base em três causas: o falecimento de um cônjuge, o celibato associado à
procriação de filhos fora do casamento e a ausência/emigração do cônjuge.
Torna-se pertinente referir que as famílias monoparentais não constituem um grupo homogéneo, pois
pode existir dentro destas uma enorme diversidade de situações.
Por exemplo, há famílias monoparentais que vivem isoladas e outras que vivem com familiares,
mães solteiras muito novas com filhos pequenos e mães viúvas a viver com filhos adultos, pais
inseridos no mercado de trabalho e outros que trabalham.
A monoparentalidade é, em Portugal, uma situação essencialmente vivida no feminino, podendo ser
assim conceptualizada como uma dimensão de fragilidade social das famílias.
Esta situação pode ser explicada por uma razão principal: após um nascimento fora do casamento
(ou de união de facto) e depois da separação ou um divórcio, são quase as mulheres que ficam com
os filhos à sua guarda.
Pais e mães sós, geralmente viúvos, que vivem com os filhos adultos, estando pouco
inseridos no mercado de trabalho, em especial as mulheres e cuja fonte de rendimento
familiar exclusiva é na maior parte das vezes uma pensão mensal da Segurança Social;
Mães solteiras com menos de 24 anos, a viverem sozinhas com seus filhos menores e com
elevada participação no mercado de trabalho;
Mães e pais divorciados a viverem com um ou dois filhos, possuindo um nível de instrução
mais elevado e estando mais fortemente inseridos no mercado de trabalho.
O perfil atual destas famílias próximo do perfil dos países da Europa do Sul, onde existe por um
lado, uma grande proporção dos pais e mães sós a viver com os seus filhos e, por outro lado, uma
inserção doméstica caracterizada pela proporção elevada destas famílias para viverem com outras
pessoas, nomeadamente com outros familiares formas de apoio familiar prestadas a estas famílias,
para que assim estas possam ser inseridas no mercado de trabalho.
Esta fragilidade emocional não é de forma alguma sentida apenas pela mulher. A figura paterna
encontra-se quase sempre ausente nestas famílias, porque se demitiu das suas funções devido ao
afastamento (voluntário, imposto pela mãe ou família materna).
No entanto, é importante salientar que a Família Monoparental não é necessariamente uma família
de risco nem tão pouco oriundas desta estão sujeitas a fatores de risco.
Tudo depende do modo como a rutura é gerida pelos cônjuges e de outras problemáticas sociais
associadas que aumentam o grau de vulnerabilidade destas famílias, nomeadamente a precariedade
económica.
Liçãonº44 19/10
Sumário: Formas de parentalidade: adoção.
Adoção
A adoção é um processo gradual que leva a que uma pessoa, individualmente considerada, ou um
casal se tornem pai, mãe ou pais, de uma ou mais crianças, permitindo a estas concretizar o seu
direito fundamental de crescer num ambiente familiar, em clima de felicidade, amor e compreensão.
Antes de adotar, os candidatos devem ser avaliados para verificar se dispõem das capacidades
necessárias para se tornarem pais adotivos. Devem ainda receber uma formação específica para a
adoção.
Assim, a avaliação da capacidade e idoneidade para adotar, efetuada pelos organismos de Segurança
Social, segue se uma fase de formação em que os candidatos selecionados recebem preparação para
lidar com as especificidades da parentalidade adotiva.
Através da adoção a criança ou jovem adotado:
torna-se filho do adotante e passa a fazer parte da sua família, para todos os efeitos legais,
incluindo os sucessórios;
deixa de ter relações familiares com a sua família de origem;
perde os seus apelidos de origem e adquire os apelidos dos adotantes;
pode nalgumas situações mudar o nome próprio (se o adotante o pedir e o tribunal
concordar);
A adoção é definitiva, não podendo ser revogada, nem mesmo de acordo com o adotante e o
adotado.
A adoção assenta numa verdade afetiva e sociológica, diferente da verdade biológica fundadora do
parentesco, mas que é tão válida como esta.
Os debates acerca da parentalidade biológica e social ganham neste terreno uma nova e importante
dimensão.
Uma das pressões da modernidade implica que ser-se pessoa está, em muito, relacionado com a
capacidade de se reproduzir, e não tentar, perante uma falha biológica, é considerado ser-se menos
pessoa, dadas as opções tecnológicas disponíveis.
Os decisores institucionais são mais propensos a caracterizar o parentesco adotivo como inferior ao
biológico do que a comunidade em geral. A ausência de filhos numa família é vista como estigma,
que já vem de longe e que vários estudos demonstram não ter sido alterado.
Os casais sem filhos continuam a ser olhados com desaprovação, seja esta ausência da criança por
escolha (e daí egoísta) ou por questões biológicas (e, por isso, dignos de pena).
A mulher adulta que não concebe ou encontra uma forma alternativa de maternidade é vista de forma
depreciativa por não estar a cumprir a função normativa da maturidade feminina.
1. As famílias adotivas são consideradas inferiores porque o laço biológico é assumido como sendo
importante para a plena ligação filial;
2. O passado genético obscuro dos adotados é visto com desconfiança, sendo, assim, estas crianças
de segunda classe;
3. Por não estarem ligados por sangue aos seus filhos, os pais adotivos são considerados pais
menos bons.
Outro fator será a existência de fatores de ordem cultural que conduzem a que instituições e os
técnicos esgotem até á exaustão as soluções legais que possibilitem a manutenção da ligação da
criança à família biológica, mostrando grande dificuldade em cortar com essas relações.
Após uma conturbada história legislativa, com avanços e recuos, Portugal apresenta hoje uma lei de
adoção com prazos estreitos para a reaproximação família biológica (Três meses de manifesto
desinteresse), com uma forte incidência no estabelecimento atempado de projetos de vida.
A nova lei parece ter sido um passo em frente na proteção das crianças em perigo. (UFCD 9182)
A lei afirma expressamente que a adoção visa realizar o superior interesse da criança, algo que já
estava subjacente ao espírito do anterior regime jurídico da adoção, mas cuja consagração expressa,
nas normas do código civil, tem um importante valor simbólico suscetível de fornecer orientações
concretas ao intérprete e de o vincular a uma conceção da adoção, como o instituto centrado nos
interesses da criança e no seu direito a ter uma família.
Também na equiparação da filiação biológica com a filiação afetiva houve uma evolução, ao centrar
a análise dos laços afetivos no ponto de vista da criança e não no dos pais.
Sumário: Preparação do debate sobre o conteúdo do filme – família biológica e família adotiva.
Sumário: Preparação do debate sobre o conteúdo do filme – família biológica e família adotiva
(continuação).
Sumário: Debate com base no filme “I am Sam” - Deverá a criança a criança ficar com o pai
biológico ou com a família adotiva?
Apadrinhamento Civil
O apadrinhamento civil é uma relação jurídica do tipo familiar que se constitui entre uma criança ou
jovem com menos de 18 anos e uma pessoa singular ou família, a quem são atribuídas as
responsabilidades parentais, e entre quem se estabelecem vínculos afetivos.
Os pais e/ou restante família biológica mantêm o direito de visitar, manter o relacionamento com a
criança ou jovem e acompanhar o seu desenvolvimento (progressão escolar, situação de saúde, etc.).
Qualquer criança ou jovem com menos de 18 anos pode ser apadrinhada, desde que não possa ser
adotada.
São várias as entidades que podem solicitar que a criança ou jovem seja apadrinhado:
O Ministro Publico.
A comissão de proteção de crianças e jovens em risco.
O organismo de segurança social.
Os pais biológicos da criança ou jovem.
A própria criança ou jovem se for maior de 12 anos.
Acolhimento familiar
Refira-se que se considera que constituem uma família duas pessoas casadas entre si ou vivam em
comunhão de mesa e habitação.
Com as novas regras publicadas em 2008, o acolhimento familiar passa a ser profissionalizado, ou
seja, as famílias de acolhimento não podendo ter relações de parentesco com as crianças ou jovens
que acolhem, ao contrário do que antes poderia suceder.
Segundo a tipologia presente na lei de proteção, o acolhimento familiar é uma medida de colocação
temporária que pode ser de curta duração- sempre que o retorno das crianças à sua família biológica
seja previsível num prazo não superior a seis meses- ou de longa duração- nas situações em que se
ultrapassa os seis meses de duração.
O tempo é uma dimensão crucial na análise das intervenções sociais, nestes casos, os prazos são de
especial relevância, evitando que o acolhimento e a adoção se confundam na mente dos seus
intervenientes.
O acolhimento familiar é uma resposta social especialmente útil de apoio à criança é à família.
É assegurado, desta forma, a proteção à criança ou jovem do risco a que estão sujeitos no seu
contexto de origem, proporcionando-lhes os cuidados necessários e oferecendo-lhes uma
oportunidade de acesso a modos relacionais distintos dos vivenciados no seu contexto familiar de
origem.
Simultaneamente, é um recurso social e de apoio disponível para as famílias que estão impedidas de
desempenhar as suas funções normais.
Não obstante o crescimento desta resposta nos últimos anos, trata-se ainda de um recurso escasso.
De acordo com um estudo realizado pelo Ministério do trabalho e da Solidariedade existem alguns
fatores que contribuem para o estado de “semiabandono” que se encontra esta medida de colocação.
Destacam-se: a fraca promoção da medida, a ausência de critérios de seleção específicos das pessoas
envolvidas ao nível das suas motivações e do seu equilíbrio emocional, a falta de formação prévia e
acompanhamento técnico, a existência de critérios demasiado restritivos na definição dos níveis
etários das crianças a serem acolhidas, bem como para as famílias acolhedoras.
Existem posições diferentes no que respeita ao acolhimento familiar, os defensores desta medida
afirmam que é fundamental para o desenvolvimento da criança ou do jovem a sua integração num
ambiente familiar que permita o desenvolvimento da sua autoestima e autonomia, contribuindo
assim para a construção da sua identidade.
As qualidades do acolhimento familiar que lhe confere capacidades para satisfazer um conjunto
diversificado de necessidades dos menores são: oferta de um espaço familiar; mantém a criança na
comunidade; oferece á criança a oportunidade de desenvolver relações estreitas com a família de
acolhimento; permite á criança continuar vinculada e identificada com a família biológica; inclui a
família biológica na proteção da criança; oferece apoio na transição para a vida adulto; proporciona
acompanhamento e apoio medida de enquadramento para a criança e para a família de acolhimento.
Por outro lado, o acolhimento familiar pode defrontar-se com alguns riscos, entres os quais: a
separação do agregado familiar de origem, o risco da parentalização da relação educativa que se
estabelece entre a família de acolhimento e as crianças ou jovens acolhidos, podendo mesmo chegar
á apropriação em relação ao menos, a conflitualização acrescida da vida da criança ou jovem, e a
rutura da família de acolhimento com as consequentes sucessivas da criança ou jovem.
Tutela de menores
O que é a tutela?
É um meio de suprimir a incapacidade do menos, pelo qual este é confiado a uma pessoa capaz, que
o toma ao seu cuidado, com sua representação e administração de bens.
O tutor tem os mesmos direitos e obrigações dos pais, devendo exercer a tutela com a diligência de
um bom pai de família.
Serão obrigatoriamente sujeitos a tutela, os menores que se encontrem nas seguintes situações, se os
pais: tiverem falecido; estiverem inibidos do poder paternal quanto à regência da pessoa do filho;
estiverem há mais de 6 meses impedidos de facto de exercer o poder paternal, como seja o caso de
falta de conhecimento do seu paradeiro ou se encontrarem emigrados; forem incógnitos.
(desconhecidos)
Em princípio, podem ser nomeados tutores todas as pessoas maiores ou emancipadas, que não
estejam excluídas por lei, e, de entre elas, preferencialmente, os parentes ou afins do menor, ou, de
entre as pessoas que de facto tenham cuidado ou estejam a cuidar do menor ou tenham por ele
evidenciado afeição.
Pode o tutor ser nomeado pelos pais do menor, no caso de virem a falecer ou de se tornarem
incapazes, através de testamento, documento autêntico ou autenticado. Também pode ser nomeado
pelo tribunal de Família e Menores, ouvido o “concelho de família” (órgão que vai vigiar e colaborar
com o tutor).
Podem ocorrer situações de escusa (recusa), como seja o caso de maiores de 65 anos de idade,
padecer de doença, exerce atividade profissional absorvente ou ter carência de meios económicos.
Zelar pelos interesses do menos, não podendo praticar atos que lhe sejam prejudiciais.
Um dos seus deveres consiste em utilizar os rendimentos do menos nas respetivas despesas de
sustento, de edução e na administração dos seus bens.
A falta de cumprimento dos deveres que lhe foram confiados ou a manifesta falta de aptidão para o
exercício da função de tutor pode determinar a sua exoneração (afastamento da função).
Pela maioridade ou emancipação do menor, pela sua adoção, pelo termo da inibição da
responsabilidade parental, pela cessação do impedimento dos pais, pelo estabelecimento da
maternidade ou parentalidade.
Sumário: Apresentação oral dos trabalhos de pesquisa em grupo. Auto e heteroavaliação. Fim da
UFCD 9186.
Critérios de avaliação.
10648
Objetivos
Conteúdos
1. Conceito de educação.
2. Destinatários.
3. Valor da educação.
4. Contextos de atendimento á criança/jovem
4.1. No estabelecimento escolar
4.2. No domicílio
4.3. Em instituições de acolhimento
4.4. No hospital
4.5. No centro de atividades de ocupação de tempos livres
4.6. Nas atividades de ocupação de tempos livres.
5. Principais agentes educativos
5.1. Criança
5.2. Família
5.3. Representantes legais
5.4. Comunidade
5.5. Educadores
6. Papel do educador como agente educativo e seu perfil psicopedagógico
7. Interação estabelecimento escolar/instituições de apoio/ família comunidade.
Normas;
Valores;
Conhecimentos;
Deveres;
Direitos;
Etiqueta social;
Comportamentos.
Conceito de educação
A educação pode ser definida como sendo o processo de socialização dos indivíduos. Ao receber
educação, a pessoa assimila e adquire conhecimentos. A educação também envolve uma
sensibilização cultural e de comportamento, onde as novas gerações adquirem as formas de se
estar na vida das gerações anteriores.
O processo educativo é materializado numa série de habilitações e valores, que ocasionam mudanças
intelectuais, emocionais e sociais no indivíduo. De acordo com o grau de sensibilização alcançado,
esses valores podem durar toda a vida ou apenas durante um determinado período de tempo.
A educação pode ser vista como um verdadeiro sistema, já que ela abrange alguns procedimentos e
também ferramentas. Ou seja, ela não funciona sozinha.
Por exemplo: a educação escolar ou universitária faz uso de livros para que os alunos adquiram
conhecimento com auxílio deles e do professor que ministra as aulas.
No caso das crianças, a educação visa fomentar o processo de estruturação do pensamento e das
formas de expressão. Contribui para o processo de maturidade sensório-motor e estimula a
integração e o convívio em grupo.
A educação formal ou escolar, por sua vez, consiste na apresentação sistemática de ideias, factos e
técnicas aos alunos. Uma pessoa exerce uma influência ordenada e voluntária sobre outra com a
intenção de a formar. Assim, o sistema escolar é a formar pela qual uma sociedade transmite e
preserva a sua existência coletiva entre as novas gerações.
Por outro lado, convém salientar que a sociedade moderna atribui grande importância ao conceito de
educação permanente ou contínua, que defende que o processo educativo não se limita meramente á
infância e á juventude, já que o ser humano deve adquirir conhecimentos ao longo de toda a sua
vida.
No campo da educação, outro aspeto fundamental é a avaliação, que apresenta os resultados do
processo de ensino e de aprendizagem. A avaliação ajuda a melhorar a educação e, de certa forma,
nunca tem fim, pois cada atividade realizada por um indivíduo é submetida a uma análise para
determinar se alcançou ou não os objetivos pretendidos.
Muitos relacionam educação com conhecimento, ajudando tratar-se de sinónimos. No entanto não é
bem assim. Podemos afirmar que a educação se trata de um tipo de conhecimento, porém não podem
afirmar que o conhecimento é um tipo de educação.
Tendo como exemplo a citação anterior sobre alguém que possui conhecimento ter educação, uma
pessoa que possui conhecimento sobre drogas sintéticas não pode ser considerada alguém que
possua educação.
Conhecimento é essencial para qualquer área, atividade ou ação, enquanto a educação pode ser vista
como algo mais relacionado, de alguma forma, com a formação moral do indivíduo.
Com tudo o que fora visto até aqui, podemos concluir que a educação também está ligada a
socialização, tendo em vista que a formação moral existe por causa do ato de se socializar.
Valor de Educação
A educação vai muito além do que se pode e deve aprender na escola. Em casa, a educação não se
resume ao acompanhamento do desempenho escolar. Ás famílias pede-se que eduquem através do
exemplo, que não se deve resumir à forma com que se entregam ao seu emprego.
A educação, no seu sentido mais nobre e verdadeiro, não tem relação alguma com ter ou não um
curso superior. Mais do que conhecer os valores, ser bem-educado é ser valioso.
Será que as crianças que passam os dias a ver os seus pais a apostar tudo nas carreiras, como se isso
fosse o a mais importante, aprendem a ser felizes? Afinal, o que é mais importante? O trabalho ou a
família? A escola ou a família?
Até há quem chegue, cedo do seu papel, a culpar a escola pela má-educação dos filhos!
Será que os adultos que se demitem de educar, julgando que isso é uma obrigação das escolas,
acreditam que a felicidade dos filhos só depende do seu rendimento escolar?
Aos pais cabe cuidar e educar através das regras, dos exemplos, do tempo e da atenção que dedicam
aos seus filhos. O trabalho deve ser um meio e nunca um fim, tal como a escola, tem o seu lugar,
mas não é o essencial.
O maior problema dos jovens de hoje parece ser o seu insaciável consumismo, que os levará para
longe da paz e os escravizará até ao limite.
A educação é o que fica depois das adversidades do mundo nos terem obrigado a despir as nossas
superficialidades.
Promover o acolhimento que favoreça adaptação da criança na escola é um fator que será importante
para todo o ano letivo e, talvez, por toda a vida escolar da criança. Evitar constrangimentos, traumas
e rejeição à escola deve ser uma tarefa inerente aos educadores comprometidos com o bem-estar do
educando como requisito da aprendizagem.
Diante disso, a escola pode promover ações simples e que servirão de “quebra-gelo” para a inserção
na vida ou à nova escola.
Para crianças com mais dificuldades de desligar-se da família, a sugestão é que o responsável
acompanhe a criança ficando na escola, por períodos decrescentes de tempo por alguns dias, até ela
sentir-se mais segura.
Promover pequenas experiências de ficar, sem os pais e irmãos, em casa de familiares e amigos pode
ser útil para algumas crianças, pois já possibilita acostumar-se com a ausência dos entes mais
próximos.
Os primeiros dias de aula podem ser utilizados para promover um clima de interação entre alunos
“veteranos” e “caloiros” de formar harmonia e divertida.
Uma prática bem interessante de realizar essa interação é criando a oportunidade de alunos
realizarem uma vista completa às dependências da escola, explicando todo o funcionamento para os
novatos. Esse passeio pode ser ainda mais interessante se os veteranos forem motivados a criar
surpresas e atividades interativas para surpreender e acolher os novos alunos.
A escola ainda pode optar por alguém do quarto de funcionários, que seja dinâmico e divertido para
realizar essa apresentação. Usar uma caracterização (mascote da escola ou personagem relacionado)
pode ser especialmente motivador.
A orientação para que os professores recebam de forma mais afetiva o novo aluno parece ser
redundante, mas reiterar a garantia desse tipo de atitude é fundamente. Afinal, expor uma criança,
que muitas vezes já apresenta traços de timidez e pouca sociabilidade, pode ser uma forma cruel de
castrar todas as expectativas em relação à sua nova escola.
Dessa forma, priorizar atividades coletivas, com o cuidado de não colocar ninguém em evidência nos
primeiros dias de aula, pode ser um alívio e também um estímulo saudável para aqueles alunos que
precisam de um pouco mais de tempo para se integrarem.
Garantindo que a adaptação da criança na escola seja tranquila, são aumentadas as possibilidades de
sucesso em toda a dinâmica escolar, que será consolidada de forma natural e contínua. Afinal, nem
mesmo todos os adultos são produzidos em lugares em que nunca estiveram.
Um acolhimento bem-sucedido mostra à criança que a escola é um ambiente em que ela pode sentir-
se bem, divertir-se e fazer novas amizades, podendo ser ela mesma, mesmo sendo mais tímida ou
extrovertida.
Além disso, a segurança oferecida por uma escola recetiva será o caminho para crianças que
sofreram traumas, abusos e perdas encontrarem na educação uma forma de modificar a sua realidade
de forma positiva.
No domicílio
Pequenas, mas com vontades próprias, as crianças necessitam de disciplina para conhecerem os
limites e valores importantes como o respeito. No entanto, a disciplina não deve ser reservada
exclusivamente para os momentos em que as crianças se portam mal, deve ser algo contínuo para
que a criança saiba ela própria distinguir entre o que é certo o que é errado. Mune-se destas
estratégias para ter sempre crianças bem-comportadas.
Regras e limites: A melhor forma de facilitar a disciplina de uma criança é estabelecer regras e
limites claros, ou seja, que sejam claramente percetíveis pela criança. As regras e os limites são
fundamentais para a criança aprender o autocontrolo, para saber o que está certo e errado, facilitando
a vivência dentro e fora da esfera familiar. Conhecidas as regras, a vida tornar-se mais fácil para pais
e crianças.
Consequências claras: Da mesma forma que as crianças têm de ser simples e claras, também as
consequências devem ser. Se existe um castigo para o mau comportamento – ir para a cama mais
cedo, não poder ver televisão ou brincar com um certo brinquedo – é importante que essa
consequência se materialize. Só assim é que as crianças vão perceber que não podem contornar as
regras, nem desafiar os limites sem terem de lidar com as consequências. Por mais que lhe possa
custar, há que cumprir as consequências – nunca ninguém disse que a disciplina ia ser fácil, mas
mais importante do que isso é que seja eficaz. A longo prazo valerá a pena.
O respeito é muito bonito. Ensinar a criança a respeitar não só os adultos, mas todas as pessoas que
a rodeiam passa por coisas tão simples como aprender a dizer “por favor” ou “obrigado”. Não gritar
ou bater são outras ações que devem ser controladas, para limitar a agressividade nas crianças. Fale
com a criança da mesma forma que gostaria que ela falasse consigo e nos dias em que a pequenada
se exaltar (acontece a todos!) peça-lhe para se sentar quieta durante 5 minutos para se acalmar antes
de voltar a falar consigo. É importante que a criança possa falar e expressar tudo o que lhe apetece,
mas sempre com respeito pelo outro.
Sim em vez de não. Quando se pensa em disciplina para crianças, a palavra que vem imediatamente
à cabeça é “não”, porém, esta deve ser substituída pelo “sim” sempre que possível, ou seja, troque o
“não deves” por “deves”. Ao focar o comportamento que quer ver em vez daquele que não quer ver,
é mais fácil a criança aprender – por exemplo, em vez de dizer “não batas com os carrinhos na mesa”
diga “ao fazeres isso podes estragar a mesa, brinca com os carrinhos no chão, aí andam mais
depressa”.
Descobrir as causas. Se o mau comportamento é uma constante e todos os atos de disciplina estão a
ser infrutíferos, é importante avaliar a situação e perceber qual o motivo por de trás da
desobediência: será que aconteceu alguma coisa na escola? Será que a criança não se sente bem?
Estará a dormir o suficiente? O mau comportamento nem sempre é capricho infantil, por isso,
converse com a criança depois de ela se acalmar e tente avaliar melhor a situação e a forma como a
pode resolver.
Seja firme. O segredo por de trás do sucesso da disciplina infantil é a capacidade de manter-se
firme, ou seja, se a criança já sabe que não pode levar brinquedos para a escola, não ceda só porque
ela resolveu fazer uma birra gigante; se a hora de dormir é ás 20h30, não ceda porque a criança quer
brincar mais um bocadinho. No momento em que ceder, a criança vai continuar a testar os limites
vezes sem conta.
Gosto de ti. Ser firme não significa que não pode dizer à criança quando gosta dela ou dar-lhe um
abraço depois de lhe chamar a atenção pelo mau comportamento ou de explicar porque não gostou
de determinada ação ou palavras. É uma forma interessante de mostrar à criança que a disciplina
não significa que se goste menos um do outro e que apesar dos conflitos tudo vai acabar bem.
O poder é seu. Não há volta a dar, os pais são quem manda, por isso, utilize isso para seu benefício.
As crianças observam e copiam tudo aquilo que seja do mundo adulto, por isso, se estiver sempre a
gritar com a pequenada, eles vão pensar que não há nada de errado com isso e serão certamente um
espelho do mesmo tipo de comportamento. Ao respirar fundo e pensar duas vezes antes de falar,
pode fazê-lo de forma calma, lembrando à criança que é assim que se fala e se deve comportar. Cabe
a si estabelecer o tem das situações, que as crianças acabam por seguir esse caminho.
Avanços e recuos. Disciplinar uma criança não é algo que acontece de um dia para o outro e,
embora seja mais fácil percebam as regras à medida que vão crescendo, isso não significa que de vez
em quando não haja uma grande birra, portas a bater, irmãos a brigar ou outros comportamentos
menos positivos.
Em instituições de acolhimento
O acolhimento em instituições é uma das medidas de promoção dos direitos e proteção de crianças e
jovens em perigo previstas no n. º1 do artigo 35.º da Lei de Proteção de crianças e Jovens em Perigo
(Lei de proteção). Consiste na colaboração da criança ou do jovem aos cuidados de uma entidade
que disponha de instalações e equipamento de acolhimento permanente e de uma equipa técnica que
lhes garanta os cuidados adequados às suas necessidades e lhes proporcione condições que permitam
a sua educação, bem-estar e desenvolvimento integral.
No primeiro caso, tem lugar em casa de acolhimento temporário (CAT), por prazo não superior a
seis meses, período que apenas pode ser excedido quando, por razões justificadas, seja previsível o
retorno à família ou enquanto se procede ao diagnóstico da respetiva situação e à definição do
encaminhamento subsequente.
Já o acolhimento prolongado tem lugar em lar de infância e juventude (LIJ) e ocorre quando as
circunstâncias do caso aconselhem um acolhimento de duração superior a seis meses.
A entrada numa instituição é, necessariamente, uma ocasião delicada, que normalmente se sucede a
um momento imediatamente anterior de igual modo traumático: a retirada da família natural.
O processo de admissão em sentido escrito – entrada na instituição e não, como poderia ser, toda
a frase posterior à retirada do menos da família natural – inicia-se com a receção da criança ou do
jovem na casa. Mas, desde a deteção de situação de perigo até à entrada na casa de acolhimento,
cada criança e jovem já percorreu um caminho a que se chamará processos de institucionalização.
Pode sintetizar-se que, após a deteção das situações de perigo (muitas vezes assegurada pelas
entidades de primeira linha, como os estabelecimentos de ensino, os serviços de saúde e as
instituições particulares de solidariedade social), as crianças ou jovens são encaminhados para os
CAT e lares, em regra, pelos tribunais ou pelas comissões de proteção de crianças e jovens, mas
sempre em articulação com os serviços da Segurança Social.
De resto, há que contar com os casos de institucionalização após intervenção das forças policiais,
designadamente nas situações de emergência.
Quase sem exceção, a receção é assegurada apenas por um dos adultos que trabalha na casa, o
qual pode ser chamado(a) coordenador(a), diretor(a), prefeito(a), técnico(a), uma vez que é indistinta
a utilização destes diferentes títulos para designar, no essencial, o mesmo desempenho de tarefas de
chefia do pessoal da instituição.
De qualquer forma, o momento da chegada dos novos residentes é quase sempre confiado,
individualmente, ao principal responsável do grupo de profissionais que trabalha na casa, ainda
que sempre que possível haja apoio por parte de psicólogos ou de técnicos de ação social, caso as
instituições disponham de recursos humanos naquelas áreas.
Quando a chegada à casa acontece durante a noite – as mais das vezes em resultado de uma
retirada de emergência da família natural -, a incumbência passa a ser, quase invariavelmente, da
funcionária que assegura a vigilância noturna.
Outro aspeto essencial desta primeira fase de permanência na instituição diz respeito, por um lado, à
preparação da receção da receção por quem por quem já reside na casa e, por outro lado, à
formação que é fornecida ao novo habitante da casa.
Quanto ao primeiro aspeto, destaca-se a circunstância de não de não estar generalizado o hábito de
fazer uma especial preparação das outras crianças e dos jovens já residentes nas instituições.
De resto, a receção consiste, no essencial, numa conversa com o novo utente seguida da sua
apresentação aos restantes habitantes da casa. Em qualquer caso, em regra há tradição de designar
uma pessoa como única ou principal responsável para assegurar o recebimento dos novos
elementos.
A explicação inicial dos direitos e deveres dos novos utentes apenas pode ser feita adequadamente
em conversa(s) informal(ais), uma vez que não seria aceitável que o momento do recebimento de um
menor prementemente carecido de proteção desse lugar a uma palesta técnica sobre direitos e
obrigações legais.
Como é bom ver, os direitos das crianças e jovens em acolhimento são os que resultam do artigo 58.º
da Lei de Proteção e podem ser elencados da seguinte maneira:
a) Contactos pessoais regulares com a família e outras pessoas com quem tenham especiais
relações afetivas, com condições de privacidade;
b) Educação adequada ao desenvolvimento integral da personalidade;
c) Cuidados de saúde, formação escolar e profissional, participação em atividades culturais,
desportivas e recreativas;
d) Espaço de privacidade e grau de autonomia na condução da sua vida;
e) Dinheiro de bolso;
f) Inviolabilidade da correspondência;
g) Limitação das transferências às situações do seu interesse;
h) Contactos confidenciais com as comissões de proteção, o Ministério Público, juiz e os
advogados.
No hospital
A admissão de uma criança no hospital só deve ter lugar quando os cuidados necessários á suas
doenças não possam ser prestadas em casa, em consulta externa ou em hospital de dia.
Uma criança hospitalizada tem direito a ter os pais ou seus substitutos, junto dela, dia e noite,
qualquer que seja a sua idade ou o seu estado.
Os pais devem ser encorajados a ficar junto do seu filho, devendo ser-lhes facultadas facilidades
materiais sem que isso implique qualquer encargo financeiro ou perda de salário. Os pais devem ser
informados sobre as regras e as rotinas próprias do serviço para que participem ativamente na
assistência à criança.
Deve evitar-se todo o exame ou tratamento que não seja indispensável. As agressões físicas ou
emocionais e a dor devem ser reduzidas ao mínimo.
As crianças não devem ser admitidas em serviços de adultos. Devem ficar reunidas em grupos
etários para beneficiarem de jogos, recreios e atividades educativas adaptadas à idade, com toda a
segurança. As pessoas que as visitam devem ser aceites sem limites de idade.
O hospital não deve oferecer às crianças um ambiente que corresponda às necessidades físicas,
afetivas e educativas, quer no aspeto do equipamento, quer no do pessoal e da segurança.
A equipa de saúde deve ter a formação adequada para responder às necessidades psicológicas e
emocionais da criança e da família.
A equipa de saúde deve estar organizada de modo a assegurar a continuidade dos cuidados que são
prestados a cada criança.
A intimidade de cada criança deve ser respeitada. A criança deve ser tratada com cuidado e
compreensão em todas as circunstâncias.
Sumário: Visionamento do filme “Clube dos Poetas Mortos”, de Peter Weir. (continuação).
Sumário: Visionamento do filme “Clube dos Poetas Mortos”, de Peter Weir. (conclusão).
Sumário: Exposição de ideias sobre a importância do ato educativo no filme “Clube dos Poetas
Mortos”.
Sumário: Exposição de ideias sobre a importância do papel do educador no filme “Clube dos Poetas
Mortos”.
A ocupação dos tempos livres, sendo uma necessidade da parte dos pais de ocuparem os seus filhos
após a saída da escola, é vista como um complemento educativo que deverá reforçar o processo
de socialização da criança e das suas aprendizagens a par da escola.
As aprendizagens têm de ser feitas de uma forma agradável e lúdica, promovendo a imaginação e
a criatividade de cada criança.
É preciso estar com elas, saber escutar as suas experiências e os seus sonhos, tentar minimizar as
suas preocupações e problemas, saber entrar no jogo e na aventura que elas quiserem viver.
O CATL deve:
As atividades de tempos livres, realizadas nos períodos pós-escolares, designam ações de formação
e desenvolvimento pessoal de crianças. Contribuem para um crescimento saudável, com destaque
para a criação de novas relações sociais e de novos valores.
É nas férias de verão que maioria das crianças tem maior disponibilidade horária para as ocupações
de tempos livres. Por conseguinte, esta é a época em que os miúdos podem concretizar todos os seus
desejos.
Nesta altura, fazem-se novos amigos, partilham-se experiências novas e diferentes, fortalecem-se
laços relacionais e criam-se espaços de interesses comuns. Existe tempo para dialogar, para
aprender a ouvir e para sentir-se ouvido. Adicionalmente, estimulam-se as competências pessoais
e sociais, que ajudam as crianças na sua aprendizagem constante ao nível da gestão das emoções e
dos comportamentos.
Os centros de Atividades de Tempos Livres (CATL) são ideias para ocupar as crianças com
exercícios em várias áreas. No verão, estas instituições oferecem atividades lúdico-pedagógicas,
recreativas, culturais e livres. Entre estas, inserem-se:
Visitas de estudo;
Jogos didáticos e cooperativos;
Expressão artística e dramática;
Yoga e mindfulness.
Os centros disponibilizam uma panóplia de ações adequada às diversas camadas etárias. Desta
forma, permitem a ocupação salutar do tempo livre dos mais novos. Por outro lado, dão uma
resposta aos pais que não conseguem estar todo o período de férias com os filhos.
A procura por instituições de ocupação de tempos livres cresceu de forma exponencial nos
últimos anos. Tal revela que os pais estão mais sensibilizados para estas questões e que não hesitam
em procurar respostas sociais.
Os CATL têm vindo a revelar-se de grande importância. São espaços que contribuem para o
desenvolvimento do comportamento, atitude, conhecimento e capacidade de socialização das
crianças e jovens.
As atividades organizadas por estes centros são também essenciais para promover os talentos e
aptidões naturais das crianças. Ao mesmo tempo, permitem que os mais novos desenvolvam
capacidades de socialização. Assim, não estão tão suscetíveis a problemas de saúde como ansiedade
e depressão, cada vez mais comuns nestas faixas etárias.
Está provado que a exposição a muitos estímulos provada um stress acumulado às crianças e
jovens. Isto porque, além de não serem capazes de processar toda as informações, são também
forçadas a um crescimento demasiado rápido.
Como pais, queremos dar o melhor aos nossos filhos. No entanto, nem sempre agimos da maneira
adequada. As crianças passam demasiado tempo nas escolas. Ao oferecer-lhes uma variedade tão
grande de dispositivos móveis (computadores, consolas, telemóveis e tablets), fazemos com que
brinquem superficialmente. Dessa forma, os mais novos não são estimulados a desenvolver a
imaginação e ficam igualmente ansiosos e deprimidos.
Lição n. 84 17.11.2022
Lição n. 85 21.11.2022
Lição n. 86 21.11.2022
Sumário: Trabalhos de pesquisa individuais sobre conteúdos sobre os conteúdos da UFCD 10648
(continuação).
Lição n. 87 22.11.2022
Lição n. 88 22.11.2022
Lição n. 89 23.11.2022
Lição n. 90 24.11.2022
UFCD 10649
Lição n. º91 24.11.2022
Sumário: Atividades no âmbito do 36.º Aniversário da Escola Secundária com 3.º CEB de Cristina
Torres.
Sumário: Atividades no âmbito do 36.º Aniversário da Escola Secundária com 3.º CEB de Cristina
Torres.
Critérios de avaliação.
Lição n. º94 25.11.2022
10649
Fundamentos de Pedagogia 50 horas=60 tempos
Objetivos
Conteúdos
Modelo Sistémico
Modelo Mediático
o Emissor- Professor
o Mensagem- Curso
o Canal- Media
o Recetor- Estudante
Processamento da informação
Construtivismo
O sistema tecnológico tem de ser capaz de atender à especificidade de cada aluno, ao seu
ritmo, capacidade e dificuldades.
Sabemos que nem todos aprendemos da mesma forma, desde logo, pela resultante de diferentes
trajetórias, experiências pessoais e conhecimentos adquiridos. Mas também enquadrados por
diferentes motivações e condicionados por barreiras psicológicas diversas que eventualmente
provocam baixos níveis de autoestima, ou de autoconfiança: medo do desconhecido, do ridículo,
do fracasso. A capacidade de motivação ganha assim uma importância vital no contexto
educativo e em particular na educação a distância com a mediação por tecnologia. As ciências
da educação apresentam 7 fatores sistémicos determinantes da aprendizagem de onde se
destaca a motivação: motivação, interesses pessoais, clareza de finalidades e objetivos, aprender
fazendo, liberdade de errar em segurança, autoavaliação e liberdade para aprender. Neste
contexto a motivação define-se na resposta à questão do educando/formando: «que vantagens
/benefícios irei ter com esta aprendizagem/formação?»
O quadro seguinte é uma síntese do caminho percorrido pela investigação nesta área do
conhecimento. Habilidade definem-se dois tipos de motivação: a inicial e a contínua. Esta
realidade deve ser tida em consideração, muito em particular, na formação à distância.
Alguns dos investigadores pioneiros
Investigadores Teoria
Hawthorne e Elton Mayo de Harvard Pioneiros nos anos 20 e 30 do Séc. XX
Abraham Maslow A pirâmide das necessidades
Frederick Herberg Nos anos 50 defende os fatores positivos e
negativos da motivação
Douglas McGregor Cria as teorias X e Y
Resis Likert Com outros especialistas em
comportamento dos anos 60 e 70
aprofunda os princípios de Douglas
Teorias de aprendizagem
As teorias comportamentalistas, ou o do behaviorismo, são uma corrente que afirma que o
único objeto de estudo da psicologia é o comportamento observável suscetível de ser metido. De
acordo com esta corrente, o comportamento dos indivíduos é observável, mensurável e
controlável cientificamente, tal como acontece com os factos estudados pelas ciências
naturais e extas.
Baseado no condicionamento clássico de Ivan Pavlov, John Broadus Watson (1878-1958) foi
considerado o pai do behaviorismo ao defender a Psicologia como um ramo puramente objetivo
e experimental das ciências naturais, a aprendizagem é uma modificação do comportamento
provocado por um estímulo proveniente do meio envolvente. Assim, de acordo com esta
corrente e no contexto da FCT, é necessário que se criem estímulos que possibilitem a
aprendizagem do formato, pois a aprendizagem implica uma conexão necessária entre estímulos
e respostas.
Burrhus Skinner, o teórico mais importante desta corrente, sublinha a importância das
respostas e das suas consequências no processo de aprendizagem.
O reforço, que assume uma importância basilar na teoria de Skinner, é uma consequência
de um comportamento que condiciona a repetição ou a extinção desse comportamento Skinner
identificou 3 tipos de reforços:
Reforço positivo
Exemplo: O elogio do tutor ao bom desempenho do formador que executou corretamente uma
tarefa, em virtude da atenção que prestou, terá como consequência o fortalecimento da atenção e
do interesse do formador no período de FCT.
Reforço negativo
O reforço negativo é um estímulo que prevê consequências não desejadas pelo indivíduo. Este
tipo de reforço pretende enfraquecer um comportamento em proveito de outro, retirando um
estímulo agradável. O estímulo negativo é devolvido após a obtenção da resposta pretendida.
Exemplo: O chefe de equipa reclama com o trabalhador até este cumprir uma certa regra ou
tarefa de forma correta. Após cumpri-la, o trabalhador escapa às reclamações (reforçando o
comportamento desejado).
Punição/Castigo
Exemplo: Tomada de medidas coercivas para uma pessoa que ignorou as normas de higiene e
segurança, gerando uma situação de perigo para ela e para os colegas de trabalho.
A punição difere do reforço negativo no sentido que, não modifica o comportamento de quem
a promove, nem – a longo prazo – de quem a recebe. Por exemplo, a punição de ser preso não
modifica o comportamento do punido.