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2º semestre 2022

FAD0053 – DIREITO
EMPRESARIAL II
FACULDADE DE DIREITO

Prof. Dr. ALVARO A C MARIANO


Teoria Geral dos Contratos
Empresariais

1 Introdução e delimitação do tema

2 Princípios gerais dos contratos empresariais

3 Interpretação

Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO


3 Interpretação dos
contratos empresariais

Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO


Interpretação dos negócios jurídicos
empresariais

Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO


Interpretação dos negócios jurídicos
empresariais
• Direito regido por “princípios peculiares”

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Interpretação dos negócios jurídicos
empresariais
• Direito regido por “princípios peculiares”

Interpretar um contrato de
concessão mercantil de veículos
automotores terrestres não é o
mesmo que interpretar a compra
e venda de carros entre vizinhos

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Interpretação dos negócios jurídicos
empresariais
• Direito regido por “princípios peculiares”
• Interpretação deve considerar
▫ A interação do agente econômico com o mercado
mercado

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Interpretação dos negócios jurídicos
empresariais
• Direito regido por “princípios peculiares”
• Interpretação deve considerar
▫ A interação do agente econômico com o mercado
mercado
▫ Pressupostos de funcionamento do sistema

os “vetores”

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Regras de interpretação dos negócios
jurídicos empresariais

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Regras de interpretação dos negócios
jurídicos empresariais
• Sistematização de Pothier (1761)
Traduzida para o português em 1835 (Correia Teles)

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Regras de interpretação dos negócios
jurídicos empresariais
• Sistematização de Pothier (1761)

• Visconde de Cairu
“Princípios de direito mercantil e leis de marinha”

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Regras de interpretação dos negócios
jurídicos empresariais
• Sistematização de Pothier (1761)

• Visconde de Cairu

• Código de Napoleão de 1807 (art. 1.156 e ss.)

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Regras de interpretação dos negócios
jurídicos empresariais
• Sistematização de Pothier (1761)

• Visconde de Cairu

• Código de Napoleão de 1807 (art. 1.156 e ss.)

• Código Comercial de 1850 (art. 131, especialmente)

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Sistematização de Pothier

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Sistematização de Pothier

Relevância histórica: importância para a


legislação e doutrina posteriores

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Sistematização de Pothier

Relevância histórica: importância para a


legislação e doutrina posteriores

Real dimensão dessa sistemática

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Sistematização de Pothier
• Regra primeira
“Nas convenções mais se deve indagar qual foi a
intenção commum das partes contrahentes, do que
qual he o sentido grammatical das palavras”

Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO


vSistematização de Pothier
• Regra primeira
“Nas convenções mais se deve indagar qual foi a
intenção commum
comum das partes contrahentes, do que
qual he o sentido grammatical das palavras”

Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO


Sistematização de Pothier
• Regra primeira
“Nas convenções mais se deve indagar qual foi a
intenção commum
comum das partes contrahentes, do que
qual he o sentido grammatical das palavras”

≠ “intenção das partes”

Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO


Sistematização de Pothier
• Regra primeira
“Nas convenções mais se deve indagar qual foi a
intenção commum
comum das partes contrahentes, do que
qual he o sentido grammatical das palavras”

≠ “intenção das partes”

Intento comum

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Sistematização de Pothier
• Regra primeira
“Nas convenções mais se deve indagar qual foi a
intenção commum
comum das partes contrahentes, do que
qual he o sentido grammatical das palavras”

≠ “intenção das partes”

Intento comum CAUSA OBJETIVA


Praxis
mercadológica Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO
Sistematização de Pothier
• Regra primeira
“Nas convenções mais se deve indagar qual foi a
intenção commum
comum das partes contrahentes, do que
qual he o sentido grammatical das palavras”

NÃO CAUSA
≠ “intenção das partes” SUBJETIVA

Intento comum CAUSA OBJETIVA


Praxis
mercadológica Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO
Sistematização de Pothier
• Regra segunda
“Quando huma clausula he susceptivel de dous
sentidos, deve entender-se naquelle, em que ella póde
ter effeito; e não naquelle, em que não teria effeito
algum.”

Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO


Sistematização de Pothier
• Regra segunda
“Quando huma clausula he susceptivel de dous
sentidos, deve entender-se naquelle, em que ella póde
ter effeito; e não naquelle, em que não teria effeito
algum.”

As partes não contratam pelo “prazer” de contratar

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Sistematização de Pothier
• Regra segunda
“Quando huma clausula he susceptivel de dous
sentidos, deve entender-se naquelle, em que ella póde
ter effeito; e não naquelle, em que não teria effeito
algum.”

As partes não contratam pelo “prazer” de contratar

Preservação do negócio
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Sistematização de Pothier
• Regra terceira
“Quando em hum contracto os termos são susceptiveis
de dous sentidos, devem entender-se no sentido que
mais convém à natureza do contracto”

Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO


Sistematização de Pothier
• Regra terceira
“Quando em hum contracto os termos são susceptiveis
de dous sentidos, devem entender-se no sentido que
mais convém à natureza docontracto
natureza do contracto”

TIPIFICAÇÃO “SOCIAL”

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Sistematização de Pothier
• Regra terceira
“Quando em hum contracto os termos são susceptiveis
de dous sentidos, devem entender-se no sentido que
mais convém à natureza docontracto
natureza do contracto”

TIPIFICAÇÃO “SOCIAL”

mercadológica

Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO


Sistematização de Pothier
• Regra terceira
“Quando em hum contracto os termos são susceptiveis
de dous sentidos, devem entender-se no sentido que
mais convém à natureza docontracto
natureza do contracto”

TIPIFICAÇÃO “SOCIAL”

Função econômica mercadológica

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Sistematização de Pothier
• Regra quarta

“Aquilo que em hum contracto he ambiguo,


interpreta-se conforme o uso do paiz.”

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Sistematização de Pothier
• Regra quarta

“Aquilo que em hum contracto he ambiguo,


interpreta-se conforme o uso
uso do paiz.”

FORÇA
INTERPRETATIVA

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Sistematização de Pothier
• Regra quinta
“O uso he de tamanha authoridade na interpretação
dos contractos; que se subentedem as cláusulas do
uso, ainda que não se exprimissem.”

Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO


Sistematização de Pothier
• Regra quinta
“O uso he de tamanha authoridade na interpretação
dos contractos; que se subentedem as cláusulas do
uso,
uso ainda que não se exprimissem.”

FORÇA INTEGRATIVA

Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO


vSistematização de Pothier
• Regra quinta
“O uso he de tamanha authoridade na interpretação
dos contractos; que se subentedem as cláusulas do
uso,
uso ainda que não se exprimissem.”

FORÇA INTEGRATIVA naturalia negotii

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Sistematização de Pothier
• Regra quinta
“O uso he de tamanha authoridade na interpretação
dos contractos; que se subentedem as cláusulas do
uso,
uso ainda que não se exprimissem.”

FORÇA INTEGRATIVA naturalia negotii

“notas de anônima repetição”


Natalino Irti
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Sistematização de Pothier
• Regra sexta
“Huma clausula deve interpretar-se pelas outras do
mesmo instrumento, ou ellas precederão, ou ellas se
sigão áquella.”

Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO


Sistematização de Pothier
• Regra sexta
“Huma clausula deve interpretar-se pelas outras do
mesmo instrumento, ou ellas precederão, ou ellas
se sigão áquella.”

▫ “A causa ou fim objetivo do contrato realizam


‘uma só função econômica’” Paula A. Forgioni

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Sistematização de Pothier
• Regra sétima
“Na duvida huma clausula deve interpretrar-se
contra aquelle que tem estipulado huma cousa, em
descargo daquelle que tem contrahido a obrigação.”

Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO


Sistematização de Pothier
• Regra sétima
“Na duvida huma clausula deve interpretrar-se
contra aquelle que tem estipulado huma cousa, em
descargo daquelle que tem contrahido a obrigação.”

“O credor deve imputar a si o não se ter explicado


Pothier
melhor.”

Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO


Sistematização de Pothier
• Regra sétima
“Na duvida huma clausula deve interpretrar-se
contra aquelle que tem estipulado huma cousa, em
descargo daquelle que tem contrahido a obrigação.”

“O credor deve imputar a si o não se ter explicado


Pothier
melhor.”

Quem está em posição superior costuma


ditar os termos do contrato
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Sistematização de Pothier
• Regra sétima
“Na duvida huma clausula deve interpretrar-se
contra aquelle que tem estipulado huma cousa, em
descargo daquelle que tem contrahido a obrigação.”

“O credor deve imputar a si o não se ter explicado


Pothier
melhor.”
CONTRATOS
DE ADESÃO Quem está em posição superior costuma
CONTRATOS ditar os termos do contrato
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EM GERAL
Sistematização de Pothier
• Regra oitava
“Por muito genericos que sejão os termos em que foi
concebida uma convenção, ella só comprehende as cousas,
sobre as quaes parece que os contrahentes se propozerão
tratar, e não as cousas que elles não pensárão.”

Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO


Sistematização de Pothier
• Regra oitava
“Por muito genericos que sejão os termos em que foi
concebida uma convenção, ella só comprehende as cousas,
sobre as quaes parece que os contrahentes se propozerão
tratar, e não as cousas que elles não pensárão.”

FUNÇÃO Não se pode admitir interpretação


ECONÔMICA extensiva

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Sistematização de Pothier
• Regra nona
“Quando o objeto da convenção he huma universalidade de
cousas, comprehende que todas as cousas particulares que
compoem aquella universalidade, ainda aquellas de que as
partes não tivessem conhecimento.”

Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO


Sistematização de Pothier
• Regra nona
“Quando o objeto da convenção he huma universalidade de
cousas, comprehende que todas as cousas particulares que
compoem aquella universalidade, ainda aquellas de que as
partes não tivessem conhecimento.”

Caso das universalidades, especialmente dos


estabelecimentos empresariais

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Sistematização de Pothier
• Regra décima
“Quando em hum contracto se exprimio hum caso, por
causa da dúvida que poderia haver, se a obrigação
resultante do contracto se estenderia áquelle caso; não se
julga por isso ter querido restringir a extensão da
obrigação, nos outros casos que por direito se
comprehendem nella, como se fossem expressos”

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Sistematização de Pothier
• Regra décima primeira
“Nos contractos, bem como nos testamentos, huma
cláusula concebida no plural se distribue muitas vezes em
muitas cláusulas singulares.”

• Regra décima segunda


“O que está no fim de uma fraze ordinariamente se refere a
toda a fraze, e não áquillo só que a precede
immediatamente; com tanto que este final da fraze
concorde em genero e numero com a fraze toda.”
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Sistematização de Pothier
• Regras
▫ décima
▫ décima primeira Saber a intenção
das partes
▫ décima segunda

objetiva

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Código Comercial de 1850
Art. 130 - As palavras dos contratos e convenções
mercantis devem inteiramente entender-se segundo o
costume e uso recebido no comércio, e pelo mesmo modo
e sentido por que os negociantes se costumam explicar,
posto que entendidas de outra sorte possam significar
coisa diversa.

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Código Comercial de 1850
Art. 130 - As palavras dos contratos e convenções
mercantis devem inteiramente entender-se segundo o
costume e uso recebido no comércio, e pelo mesmo modo
e sentido por que os negociantes se costumam explicar,
posto que entendidas de outra sorte possam significar
coisa diversa.

Art. 131 - Sendo necessário interpretar as cláusulas


do contrato, a interpretação, além das regras
sobreditas, será regulada sobre as seguintes bases:

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Art. 131 - Sendo necessário interpretar as cláusulas do
contrato, a interpretação, além das regras sobreditas, será
regulada sobre as seguintes bases
• 1 - a inteligência simples e adequada, que for mais conforme à
boa fé, e ao verdadeiro espírito e natureza do contrato, deverá
sempre prevalecer à rigorosa e restrita significação das
palavras;

Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO


Art. 131 - Sendo necessário interpretar as cláusulas do
contrato, a interpretação, além das regras sobreditas, será
regulada sobre as seguintes bases
• 1 - a inteligência simples e adequada, que for mais conforme à
boa fé, e ao verdadeiro espírito e natureza do contrato, deverá
sempre prevalecer à rigorosa e restrita significação das
palavras;

Respeito à boa-fé objetiva


(e não subjetiva)

Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO


Art. 131 - Sendo necessário interpretar as cláusulas do
contrato, a interpretação, além das regras sobreditas, será
regulada sobre as seguintes bases
• 1 - a inteligência simples e adequada, que for mais conforme à
boa fé, e ao verdadeiro espírito e natureza do contrato, deverá
sempre prevalecer à rigorosa e restrita significação das
palavras;

Respeito à boa-fé objetiva


Vontade objetiva e
desprezo pela
(e não subjetiva)
intenção individual
de cada
contratante

Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO


Art. 131 - Sendo necessário interpretar as cláusulas do
contrato, a interpretação, além das regras sobreditas, será
regulada sobre as seguintes bases
• 1 - a inteligência simples e adequada, que for mais conforme à
boa fé, e ao verdadeiro espírito e natureza do contrato, deverá
sempre prevalecer à rigorosa e restrita significação das
palavras;

Respeito à boa-fé objetiva


Vontade objetiva e
desprezo pela
(e não subjetiva)
intenção individual
de cada
contratante Função
econômica do
contrato
Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO
Art. 131 - Sendo necessário interpretar as cláusulas do
contrato, a interpretação, além das regras sobreditas, será
regulada sobre as seguintes bases
• 1 - a inteligência simples e adequada, que for mais conforme à
boa fé, e ao verdadeiro espírito e natureza do contrato, deverá
sempre prevalecer à rigorosa e restrita significação das
palavras;
• 2 - as cláusulas duvidosas serão entendidas pelas que o não
forem, e que as partes tiverem admitido; e as antecedentes e
subseqüentes, que estiverem em harmonia, explicarão as
ambíguas;

Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO


Art. 131 - Sendo necessário interpretar as cláusulas do
contrato, a interpretação, além das regras sobreditas, será
regulada sobre as seguintes bases
• 1 - a inteligência simples e adequada, que for mais conforme à
boa fé, e ao verdadeiro espírito e natureza do contrato, deverá
sempre prevalecer à rigorosa e restrita significação das
palavras;
• 2 - as cláusulas duvidosas serão entendidas pelas que o não
forem, e que as partes tiverem admitido; e as antecedentes e
subseqüentes, que estiverem em harmonia, explicarão as
ambíguas;
• 3 - o fato dos contraentes posterior ao contrato, que tiver
relação com o objeto principal, será a melhor explicação da
vontade que as partes tiverem no ato da celebração do mesmo
contrato;
Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO
Art. 131 - Sendo necessário interpretar as cláusulas do
contrato, a interpretação, além das regras sobreditas, será
regulada sobre as seguintes bases
• 1 - a inteligência simples e adequada, que for mais conforme à
boa fé, e ao verdadeiro espírito e natureza do contrato, deverá
sempre prevalecer à rigorosa e restrita significação das
O comportamento das
palavras; partes (posterior ao
• 2 - as cláusulas duvidosas serão entendidas pelas
negócio) que oforma
como não de
forem, e que as partes tiverem admitido; e as àantecedentes
chegar vontade comume
subseqüentes, que estiverem em harmonia, explicarão as
ambíguas;
• 3 - o fato dos contraentes posterior ao contrato, que tiver
relação com o objeto principal, será a melhor explicação da
vontade que as partes tiverem no ato da celebração do mesmo
contrato;
Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO
Art. 131 - Sendo necessário interpretar as cláusulas do
contrato, a interpretação, além das regras sobreditas, será
regulada sobre as seguintes bases
• 4 - o uso e prática geralmente observada no comércio nos
casos da mesma natureza, e especialmente o costume do lugar
onde o contrato deva ter execução, prevalecerá a qualquer
inteligência em contrário que se pretenda dar às palavras;

Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO


Art. 131 - Sendo necessário interpretar as cláusulas do
contrato, a interpretação, além das regras sobreditas, será
regulada sobre as seguintes bases
• 4 - o uso e prática geralmente observada no comércio nos
casos da mesma natureza, e especialmente o costume do lugar
onde o contrato deva ter execução, prevalecerá a qualquer
inteligência em contrário que se pretenda dar às palavras;

Força normativa dos usos e


costumes

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Art. 131 - Sendo necessário interpretar as cláusulas do
contrato, a interpretação, além das regras sobreditas, será
regulada sobre as seguintes bases
• 4 - o uso e prática geralmente observada no comércio nos
casos da mesma natureza, e especialmente o costume do lugar
onde o contrato deva ter execução, prevalecerá a qualquer
inteligência em contrário que se pretenda dar às palavras;

Força normativa dos usos e


Art. 133 - Omitindo-se na costumes
redação do contrato cláusulas
necessárias à sua execução,
deverá presumir-se que as partes
se sujeitaram ao que é de uso e
prática em tais casos entre os Força Força
comerciantes, no lugar da integrativa normativa
execução do contrato. Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO
Art. 131 - Sendo necessário interpretar as cláusulas do
contrato, a interpretação, além das regras sobreditas, será
regulada sobre as seguintes bases
• 4 - o uso e prática geralmente observada no comércio nos
casos da mesma natureza, e especialmente o costume do lugar
onde o contrato deva ter execução, prevalecerá a qualquer
inteligência em contrário que se pretenda dar às palavras;
• 5 - nos casos duvidosos, que não possam resolver-se segundo
as bases estabelecidas, decidir-se-á em favor do devedor

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Código Civil de 2002

Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO


Código Civil de 2002
Nas declarações de vontade se atenderá mais à
Art.
112 intenção nelas consubstanciada do que ao sentido
literal da linguagem.

Prof. Dr. ÁLVARO A C MARIANO


Código Civil de 2002
Nas declarações de vontade se atenderá mais à
Art.
112 intenção nelas consubstanciada do que ao sentido
literal da linguagem.
Os negócios jurídicos devem ser interpretados
Art.
113 conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua
celebração.

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Código Civil de 2002
Nas declarações de vontade se atenderá mais à
Art.
112 intenção nelas consubstanciada do que ao sentido
literal da linguagem.
Os negócios jurídicos devem ser interpretados
Art.
113 conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua
celebração.
Art. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia
114 interpretam-se estritamente.

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Código Civil de 2002
Nas declarações de vontade se atenderá mais à
Art.
112 intenção nelas consubstanciada do que ao sentido
literal da linguagem.
Os negócios jurídicos devem ser interpretados
Art.
113 conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua
celebração.
Art. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia
114 interpretam-se estritamente.
Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade,
Art.
ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente
157
desproporcional ao valor da prestação oposta.
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Código Civil de 2002
Nas declarações de vontade se atenderá
Enunciado mais
DCO CJFà n. 28:
Art.
112 intenção nelas consubstanciadaEm dorazão
que ao
do sentido
literal da linguagem. profissionalismo com que
Os negócios jurídicos devem serosinterpretados
empresários devem
Art. exercer sua atividade,
113 conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua
os contratos empresariais
celebração. não podem ser anulados
pelo vício da lesão
Art. Os negócios jurídicos benéficos fundada
e a renúncia
na
114 interpretam-se estritamente. inexperiência.
Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade,
Art.
ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente
157
desproporcional ao valor da prestação oposta.
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Código Civil de 2002

Art. A liberdade de contratar será exercida em razão e


421 nos limites da função social do contrato.

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Código Civil de 2002

Art. A liberdade de contratar será exercida em razão e


421 nos limites da função social do contrato.
Os contratantes são obrigados a guardar, assim
Art.
422 na conclusão do contrato, como em sua execução,
os princípios de probidade e boa-fé.

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Código Civil de 2002

Art. A liberdade de contratar será exercida em razão e


421 nos limites da função social do contrato.
Os contratantes são obrigados a guardar, assim
Art.
422 na conclusão do contrato, como em sua execução,
os princípios de probidade e boa-fé.
Quando houver no contrato de adesão cláusulas
Art.
423 ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a
interpretação mais favorável ao aderente.

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Código Civil de 2002

Art. A liberdade de contratar será exercida em razão e


421 nos limites da função social do contrato.
Os contratantes são obrigados a guardar, assim
Art.
422 na conclusão do contrato, como em sua execução,
os princípios de probidade e boa-fé.
Quando houver no contrato de adesão cláusulas
Art.
423 ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a
interpretação mais favorável ao aderente.
Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que
Art.
424
estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito
resultante da
Prof.natureza
Dr. ÁLVARO A C do negócio.
MARIANO
MP 881/2019 (

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