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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Políticas Públicas e Educação Física, Esporte e Lazer

Prof Dr Junior Vagner Pereira da Silva


Junior.pereira@ufms.com.br
ÁREA DE ATUAÇÃO
V. Avaliação de tecnologias, políticas e ações em saúde.
Políticas públicas de esporte e lazer
Investigar políticas públicas de esportes e lazer em suas diferentes dimensões
(polity, politics e policy) e etapas.

Políticas públicas de esporte e lazer


Investigar a inclusão de pessoas com deficiência em políticas públicas de
esporte, lazer e saúde desenvolvidas pela administração pública em suas
esferas Federal, Estadual e Municipal.

Políticas públicas, exercícios físicos e promoção da saúde


Investigar políticas públicas de promoção de exercícios físicos e saúde.
ÁREA DE ATUAÇÃO
V. Avaliação de tecnologias, políticas e ações em saúde.
TEMAS DE INTERESSE
Política
capaz de; capacidade; força de exercer certos efeitos.
Poder
“capacidade de influenciar alguém a fazer algo que, de outra forma, ele/ela
não faria” (DAHL, 1957).

“probabilidade de um ator social levar adiante sua vontade, apesar das


resistências que ela enfrenta” (WEBER, 1947).

Poder carismático (RODRIGUES, 2010)


capaz de; capacidade; força de exercer certos efeitos.
Poder
“capacidade de influenciar alguém a fazer algo que, de outra forma, ele/ela
não faria” (DAHL, 1957).

“probabilidade de um ator social levar adiante sua vontade, apesar das


resistências que ela enfrenta” (WEBER, 1947).

Poder tradicional-patriarcal (RODRIGUES, 2010)


capaz de; capacidade; força de exercer certos efeitos.
Poder
“capacidade de influenciar alguém a fazer algo que, de outra forma, ele/ela
não faria” (DAHL, 1957).

“probabilidade de um ator social levar adiante sua vontade, apesar das


resistências que ela enfrenta” (WEBER, 1947).

Poder legal-racional (RODRIGUES, 2010)


Poder = ser capaz de; capacidade; força de exercer certos efeitos.

Os três tipos de poder representam três diversos tipos de motivações:


no poder tradicional, o motivo da obediência é a crença na sacralidade
da pessoa do soberano; no poder racional, o motivo da
obediência deriva da crença na racionalidade do comportamento
conforme a lei; no poder carismático, deriva da crença nos dotes
extraordinários do chefe.

BOBBIO, N. Estado, Governo, Sociedade: para uma teoria geral da


política. São Paulo: Paz e Terra, 1999 (adaptado).
(RODRIGUES, 2010)
SOCIEDADE ANTIGA

Política
polis – do grego - Cidade
Campo da atividade humana no que se refere a
cidade, à administração pública e aos cidadãos.

(RODRIGUES, 2010)
SOCIEDADE MODERNA
o ato de resolver conflitos, de uma forma pacífica.
Política o ato de resolver conflitos, sem o uso da força física.

Ação coletiva, baseada na diversidade de perspectivas sobre fins e


meios, a qual há a necessidade de aceitação coletivamente e seu
caráter impositivo (RODRIGUES, 2010).

...
SOCIEDADE MODERNA
Política

Desta forma as políticas são compreendidas pelo seu envolvimento no cotidiano


da sociedade, nas diversas relações sociais, na família, na escola, no trabalho e
em momentos de lazer. Sempre quando houver um conflito haverá uma situação
política necessitando do consenso. Neste consenso, independentes do âmbito
social estarão intrínsecos as relações de poder e níveis de interesse.

(RODRIGUES, 2010)
Política Pública
Políticas públicas são elaboradas exclusivamente por atores
estatais? Ou também por atores não estatais?

Políticas públicas também se referem a omissão ou


negligência?

Apenas diretrizes estruturantes (de nível estratégico) são


políticas públicas? Ou diretrizes mais operacionais também
podem ser consideradas políticas públicas?
Conceitual 1
Políticas públicas são elaboradas exclusivamente por atores
estatais? Ou também por atores não estatais?
Política Pública
“[...] escolhas em um quadro de conflitos de preferências relativas a diferentes questões, tais como o
objetivo específico da intervenção governamental, as concepções sobre a ação do Estado, a definição
relativa à geração e à alocação de recursos, etc.” (MENICUCCI, 2006, p. 142).

“ato de governar, englobando desde os partidos e órgãos políticos até o desenvolvimento de programas e
projetos, em suma, todas as ações desenvolvidas de forma geral, pelo estado” (MEZZADRI et al., 2015).

Na perspectiva estadista o estado, e somente ele, por meio da intervenção do governo possui a obrigação
de intervir no ordenamento da população, pelas ações jurídicas, sociais e administrativas (RODRIGUES,
2001; HEIDEMANN; SALM, 2010).
PERSPECTIVAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS

MODELO
ESTADISTA Federal

Função de fomentar serviços


(BOBBIO, 1987)
Estadual ESTADO Municipal
Ações direcionadas ao bem-
estar (DYE, 2010),

Produtor por excelência de PP


(SOUZA, 2006) Distrital
Política Pública
“[...] escolhas em um quadro de conflitos de preferências relativas a diferentes questões, tais como o
objetivo específico da intervenção governamental, as concepções sobre a ação do Estado, a definição
relativa à geração e à alocação de recursos, etc.” (MENICUCCI, 2006, p. 142), e embora não se limite a
ela, visto que também permeia os diversos contextos e instituições da vida cotidiana, como escolas, igrejas,
clubes, família, dentre outras.

“ato de governar, englobando desde os partidos e órgãos políticos até o desenvolvimento de programas e
projetos, em suma, todas as ações desenvolvidas de forma geral, pelo estado” (MEZZADRI et al., 2015).

Na perspectiva estadista o estado, e somente ele, por meio da intervenção do governo possui a obrigação
de intervir no ordenamento da população, pelas ações jurídicas, sociais e administrativas (RODRIGUES,
2001; HEIDEMANN; SALM, 2010).

O que determina se a política é pública ou não para o modelo estadista, é a


personalidade jurídica do ator protagonista.

Centrada no intervencionismo estatal


DIMENSÕES DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

Normas
jurídicas
Polity

Políticas
Públicas
Processo Conteúdos
político
Politics Policy
(FREY, 2000)
POLÍTICAS PÚBLICAS

Modelo Estadista

Modelo Pluralista (ou multicêntricas)


PERSPECTIVAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS

MODELO
Mercado
PLURALISTA Família

Terceiro
Setor

Estado

Políticas Públicas
Política Pública
“[...]. Políticas públicas tratam do conteúdo concreto e do conteúdo simbólico de decisões políticas, e do
processo de construção e atuação dessas decisões. [...]. (SECCHI, 2020, p. 2)”

“Diretriz elaborada para enfrentar um problema público”. [...].


ELEMENTOS DA POLÍTICA PÚBLICA

Resposta
Intencionalidade
a um problema
pública
público

“[...] tratamento ou a resolução de um problema entendido como coletivamente relevante

O que determina se a política é pública ou não para o modelo multicêntrico, é a quem


o problema esta ligada – se for um problema relacionado a coletividade.

Centrada atuação de diversos seguimentos, inclusive, o Estado


POLÍTICAS PÚBLICAS X POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS

(SECCHI, 2020)
Conceitual 2
Políticas públicas também se referem a omissão ou
negligência?
POLÍTICAS SOCIAIS
“tudo aquilo que os governos escolhem fazer ou não fazer” (DYE, 1972).

Ação

Omissão

Discordamos de tal compreensão, haja vista que a omissão materializa mais a


ausência da política pública do que sua presença
Conceitual
3
Apenas diretrizes estruturantes (de nível estratégico) são
políticas públicas? Ou diretrizes mais operacionais também
podem ser consideradas políticas públicas?
POLÍTICAS PÚBLICAS
“políticas públicas são apenas macrodiretrizes estratégicas” (COMPARATO, 1997).

Discordamos de tal compreensão, haja vista que a omissão materializa mais a


ausência da política pública do que sua presença
POLÍTICAS SOCIAIS
Subconjunto das políticas públicas
Saúde Políticas destinadas a áreas específicas
Políticas setorial

Educação

Lazer

Esporte
(RODRIGUES, 2010)
POLÍTICAS SOCIAIS E UNIVERSALIZAÇÃO DOS DIREITOS

- Ampliação (direitos a liberdade, políticos e sociais)

- Extensão (dos direitos individuais aos coletivos – família,


minorias sociais, étnicas...)

- Especificação (do Ser genérico ao específico – idade, sexo,


condições físicas, intelectuais...)
Políticas sociais
Ocorrência histórica das políticas sociais

(PEREIRA, 2011; BEHING; BOSCHETTI, 2011)


- Pré-capitalismo – caridade privada e meio de punir a vagabundagem (Inglaterra)
Estatuto dos trabalhadores – 1349
Estatuto dos Artesãos – 1563
Leis dos pobres elisabanos – 1531-1601
Lei de Dominício - 1662

- Atribuição de benefícios de proteção social na Alemanha


Seguro saúde (1883)
Seguro acidente (1884)
Pensões por velhice e invalidez (1889)
Seguro desemprego (1926)

- Liberalismo – Século XIX até 1930 (crianças, idosos e pessoas com deficiência)
Ocorrência histórica das políticas sociais

(PEREIRA, 2011; BEHING; BOSCHETTI, 2011)

- 1950 – Administração Pública como agente do promotor de direitos


Menores problemas sociais
Prestação de serviços
Alívio de carências sociais
Eficácia social do governo
Administração que a cidadania reclama
Estado como produtor por excelência de
Políticas Públicas

A partir da Segunda Guerra Mundial (1945)

Regulação (criação de leis) e participação direta na economia (função empresarialpor meio de empresas
estatais) (HEIDEMANN, 2010)

Obrigação por lei em fomentar políticas públicas direcionadas à sociedade (DYE,


2010).

administração pública - presença de um aparato administrativo com a função de


prover a prestação de serviços públicos e o monopólio legítimo da força (BOBBIO,
1987).
OS CUSTOS DA MÁQUINA PÚBLICA E SEU
FINANCIAMENTO
O CUSTO DO FUNCIONAMENTO DA MÁQUINA PÚBLICA
O CUSTO DO FUNCIONAMENTO DA MÁQUINA PÚBLICA

(RODRIGUES, 2010)
O CUSTO DO FUNCIONAMENTO DA MÁQUINA PÚBLICA
(IMPOSTOMETRO, 2021)
ARRECADAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DAS ESFERAS
ADMINISTRATIVAS

(RODRIGUES, 2010)
ARRECADAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DAS ESFERAS
ADMINISTRATIVAS

(RODRIGUES, 2010)
ARRECADAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DAS ESFERAS
ADMINISTRATIVAS

(RODRIGUES, 2010)
(IMPOSTOMETRO, 2021)
(Cruvinel e Palos, 2011)
(IMPOSTOMETRO, 2021)
(IMPOSTOMETRO, 2021)
DESCENTRALIZAÇÃO FISCAL/TRANSFERÊNCIA DE
RECURSOS PÚBLICOS

Constitucionais
Obrigatório
Legais

FINANCIAMENTO Voluntária

Por delegação
Discricionário
Específicas

Para organizações da
sociedade civil
SAÚDE COMO DIREITO SOCIAL
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o
transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015)

Art. 30. Compete aos Municípios:


VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de
atendimento à saúde da população;
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao
orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso
Nacional, na forma do regimento comum.
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de
1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto
encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a
ações e serviços públicos de saúde.
SAÚDE COMO DIREITO SOCIAL

Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos
Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à
previdência e à assistência social.
VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis
específicas para cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde,
previdência e assistência social, preservado o caráter contributivo da previdência
social; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e
ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e
dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de
recursos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
SAÚDE COMO DIREITO SOCIAL
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais
e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público
dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua
execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou
jurídica de direito privado.
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e
hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes
diretrizes: (Vide ADPF 672)
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos
serviços assistenciais;
III - participação da comunidade.
SAÚDE COMO DIREITO SOCIAL
§ 1º. O Sistema Único de Saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da
seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras
fontes. (Parágrafo único renumerado para § 1º pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos
de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 29, de 2000)

I - no caso da União, na forma definida nos termos da lei complementar prevista no § 3º; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 29, de 2000)
I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser inferior a 15% (quinze
por cento); (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 (ICMS,
ITCMD, IPVA) e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a (vinte e um inteiros e cinco décimos por cento
ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal) , e inciso II (do produto da arrecadação do imposto sobre
produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas
exportações de produtos industrializado), deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 (IPTU,
ISS)e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b (vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao
Fundo de Participação dos Municípios ) e § 3º (Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento
dos recursos que receberem nos termos do inciso II). (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS
PÚBLICOS

Lei Comp nº 141,


Constitucionais de 13 de Janeiro
de 2012
Obrigatório
Legais

FINANCIAMENTO Voluntária

Por delegação

Discricionário
Específicas

Para organizações da
sociedade civil
SAÚDE COMO DIREITO SOCIAL
LEI COMPLEMENTAR Nº 141, DE 13 DE JANEIRO DE 2012

Art. 5o A União aplicará, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, o montante


correspondente ao valor empenhado no exercício financeiro anterior, apurado nos termos desta Lei
Complementar, acrescido de, no mínimo, o percentual correspondente à variação nominal do Produto
Interno Bruto (PIB) ocorrida no ano anterior ao da lei orçamentária anual.
Art. 6o Os Estados e o Distrito Federal aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de
saúde, no mínimo, 12% (doze por cento) da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e
dos recursos de que tratam o art. 157, a alínea “a” do inciso I e o inciso II do caput do art. 159, todos
da Constituição Federal, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios.

Art. 7o Os Municípios e o Distrito Federal aplicarão anualmente em ações e serviços públicos de


saúde, no mínimo, 15% (quinze por cento) da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156
e dos recursos de que tratam o art. 158 e a alínea “b” do inciso I do caput e o § 3º do art. 159, todos
da Constituição Federal.

Art. 12º - Fundo Nacional de Saúde


LAZER COMO DIREITOS SOCIAL - CF
DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o
transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição;

DO DESPORTO
Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como
direito de cada um, observados:
§ 3º O Poder Público incentivará o lazer, como forma de promoção social...

DOS DIREITOS SOCIAIS


Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao
adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de
toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
ESPORTE COMO DIREITO INDIVIDUAL

DA UNIÃO
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento
e inovação;

DO DESPORTO
Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como
direito de cada um, observados:
II - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto
educacional e, em casos específicos, para a do desporto de rendimento;
DISCREPÂNCIAS
Art. 55. Até que seja aprovada a lei de diretrizes orçamentárias, trinta por cento, no mínimo, do orçamento da
seguridade social, excluído o seguro-desemprego, serão destinados ao setor de saúde.

Art. 74 - § 3º O produto da arrecadação da contribuição de que trata este artigo será destinado integralmente ao
Fundo Nacional de Saúde, para financiamento das ações e serviços de saúde. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 12, de 1996)

Art. 195 - § 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações de
assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios,
observada a respectiva contrapartida de recursos.

Art. 198 - § 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da
seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes.

Art. 198 - § 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços
públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre:

I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser inferior a
15% (quinze por cento);
TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS
PÚBLICOS

Lei Comp nº 141,


Constitucionais de 13 de Janeiro
de 2012
Obrigatório
Legais

FINANCIAMENTO Voluntária

Por delegação

Discricionário
Específicas

Para organizações da
sociedade civil
LAZER E ESPORTE COMO DIREITO
Lei nº 8.672, de 6 de julho de 1993
Art. 2o O desporto, como direito individual, tem como base os princípios:
V - do direito social, caracterizado pelo dever do Estado em fomentar as práticas
desportivas formais e não-formais;
VIII - da educação, voltado para o desenvolvimento integral do homem como ser
autônomo e participante, e fomentado por meio da prioridade dos recursos públicos ao
desporto educacional;
IX - da qualidade, assegurado pela valorização dos resultados desportivos, educativos e
dos relacionados à cidadania e ao desenvolvimento físico e moral;
X - da descentralização, consubstanciado na organização e funcionamento harmônicos
de sistemas desportivos diferenciados e autônomos para os níveis federal, estadual,
distrital e municipal;
Art. 6o Constituem recursos do Ministério do Esporte:
Art. 7o Os recursos do INDESP terão a seguinte destinação:

Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998 (Lei Pelé)


POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER E ESPORTE – TEMER (2016-2019)

Medida provisória nº 841, de 1º de Janeiro de 2018 (Fundo Nacional de


Segurança Pública e destinação do produto de arrecadação das loterias).

Lei nº 13.756/2018 (Dispõe sobre o Fundo Nacional de Segurança Pública e


destinação do produto de arrecadação as loterias)
POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER E ESPORTE – TEMER (2016-2019)
Lei nº 13.467/2017 (Mudanças nas leis trabalhistas)

Jornada de trabalho e descanso diário


Artigo 58 - § 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva
ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de
transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de
trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.
2º O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por
qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando,
tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o
empregador fornecer a condução. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)

Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes,


mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho,
estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas
de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação.
POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER E ESPORTE – TEMER (2016-2019)
Jornada de trabalho e descanso diário
Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por
escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente (férias, FGTS,
previdência e 13º salário proporcionais). (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

Art. 59 - § 5º O banco de horas de que trata o § 2o deste artigo poderá ser pactuado por acordo individual
escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses. (Redação dada pela Lei nº 13.467,
de 2017)

Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de
um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou
contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.

§ 4o A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação,
a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período
suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de
trabalho. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER E ESPORTE – TEMER (2016-2019)

FÉRIAS
Art. 134 - § 1o Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão
ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior
a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias
corridos, cada um. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

Edital nº 01/2017 (Programa Segundo Tempo – Padrão, Universitário e Paradesporto)


Edital nº 02/2017 (Programa Esporte e Lazer da Cidade)
Edital nº 01/2018( Brincando com Esporte – crianças de 6 a 17 anos)
Edital nº 2/2018 (XI Jogos Desportivos da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa)
Edital nº 3/2018 (XXV Jogos Sul-Americanos Escolares)
POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER E ESPORTE – TEMER (2016-2019)

FÉRIAS
Art. 134 - § 1o Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser
usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze
dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um.
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

Edital nº 01/2017 (Programa Segundo Tempo – Padrão, Universitário e Paradesporto)


Edital nº 02/2017 (Programa Esporte e Lazer da Cidade)
Edital nº 01/2018( Brincando com Esporte – crianças de 6 a 17 anos)
Edital nº 2/2018 (XI Jogos Desportivos da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa)
Edital nº 3/2018 (XXV Jogos Sul-Americanos Escolares)
POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER E ESPORTE - BOLSONARO

Descanso semanal
Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro)
horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa
do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte (Revogado pela Medida
Provisória nº 905, de 2019).
Art. 67. É assegurado a todo empregado um repouso semanal remunerado de vinte e quatro
horas consecutivas, preferencialmente aos domingos. (Redação dada pela Medida
Provisória nº 905, de 2019) (Revogado pela Medida Provisória n. 955, de 2020)
Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro)
horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa
do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte.
Parágrafo único - Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos
elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e
constando de quadro sujeito à fiscalização.
Art. 68 - O trabalho em domingo, seja total ou parcial, na forma do art. 67, será sempre subordinado à
permissão prévia da autoridade competente em matéria de trabalho.
Parágrafo único - A permissão será concedida a título permanente nas atividades que, por sua natureza ou
pela conveniência pública, devem ser exercidas aos domingos, cabendo ao Ministro do Trabalho, Industria e
Comercio, expedir instruções em que sejam especificadas tais atividades. Nos demais casos, ela será dada
sob forma transitória, com discriminação do período autorizado, o qual, de cada vez, não excederá de 60
(sessenta) dias. (Revogado pela Medida Provisória nº 905, de 2019)
Art. 68. Fica autorizado o trabalho aos domingos e aos feriados. (Redação dada pela Medida Provisória nº
905, de 2019) (Revogado pela Medida Provisória n. 955, de 2020)
1º O repouso semanal remunerado deverá coincidir com o domingo, no mínimo, uma vez no período
máximo de quatro semanas para os setores de comércio e serviços e, no mínimo, uma vez no período máximo
de sete semanas para o setor industrial. (Incluído pela Medida Provisória nº 905, de 2019) (Revogado pela
Medida Provisória n. 955, de 2020)
Art. 68 - O trabalho em domingo, seja total ou parcial, na forma do art. 67, será sempre subordinado à
permissão prévia da autoridade competente em matéria de trabalho.
Parágrafo único - A permissão será concedida a título permanente nas atividades que, por sua natureza ou pela
conveniência pública, devem ser exercidas aos domingos, cabendo ao Ministro do Trabalho, Industria e
Comercio, expedir instruções em que sejam especificadas tais atividades. Nos demais casos, ela será dada sob
forma transitória, com discriminação do período autorizado, o qual, de cada vez, não excederá de 60 (sessenta)
dias.
Art. 70 - Salvo o disposto nos artigos 68 e 69, é vedado o trabalho em dias feriados nacionais e feriados
religiosos, nos têrmos da legislação própria. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

Art. 70. O trabalho aos domingos e aos feriados será remunerado em dobro, exceto se o empregador
determinar outro dia de folga compensatória. (Redação dada pela Medida Provisória nº 905, de 2019)
(Revogado pela Medida Provisória n. 955, de 2020)

Parágrafo único. A folga compensatória para o trabalho aos domingos corresponderá ao repouso semanal
remunerado. (Incluído pela Medida Provisória nº 905, de 2019) (Revogado pela Medida Provisória n. 955, de
2020)

Art. 70 - Salvo o disposto nos artigos 68 e 69, é vedado o trabalho em dias feriados nacionais e feriados
religiosos, nos termos da legislação própria. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER E ESPORTE - BOLSONARO

Aposentadoria
Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019.
POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER E ESPORTE - BOLSONARO

Lei Pelé – nº 9.615, de 24 de março de 1998


I - receitas oriundas de concursos de prognósticos previstos em lei;
I - receitas oriundas de exploração de loteria destinadas ao cumprimento do disposto no art.
7º; (Redação dada pela Medida Provisória nº 841, de 2018 (Vigência encerrada))
I - receitas oriundas de concursos de prognósticos previstos em lei;
II - adicional de quatro e meio por cento incidente sobre cada bilhete, permitido o arredondamento do seu valor
feito nos concursos de prognósticos a que se refere o Decreto-Lei nº 594, de 27 de maio de 1969, e a Lei no 6.717,
de 12 de novembro de 1979, destinado ao cumprimento do disposto no art. 7o; (Revogado pela Medida
Provisória nº 841, de 2018 (Vigência encerrada)
II - adicional de quatro e meio por cento incidente sobre cada bilhete, permitido o arredondamento do seu valor
feito nos concursos de prognósticos a que se refere o Decreto-Lei nº 594, de 27 de maio de 1969, e a Lei no 6.717,
de 12 de novembro de 1979, destinado ao cumprimento do disposto no art. 7o;
III - doações, legados e patrocínios; (Revogado pela Medida Provisória nº 841, de 2018 (Vigência
encerrada)
III - doações, legados e patrocínios;
IV - prêmios de concursos de prognósticos da Loteria Esportiva Federal, não
reclamados; (Revogado pela Medida Provisória nº 841, de 2018 (Vigência encerrada)
IV - prêmios de concursos de prognósticos da Loteria Esportiva Federal, não reclamados;
POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER E ESPORTE - BOLSONARO
Lei nº 13.756, de 12 de dezembro de 2018
Conteúdos

(FREY, 2000)
POLÍTICAS SOCIAIS
Subconjunto das políticas
Políticas destinadas a áreas específicas

(RODRIGUES, 2010)
Plano

Programa Programa Programa

Projeto

Projeto
Plano do
Esporte

PELC PST ...

Projeto

Projeto
FINANCIAMENTO DO ESPORTE E UNIVERSIDADE
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

PROEXT (2007-2016)
Objetiva apoiar as instituições públicas de ensino superior no desenvolvimento de programas ou projetos de
extensão que contribuam com a implantação de políticas públicas.

Linha 4 - Promoção da saúde


Subtema:
Promoção da Saúde

Linha 13 – Esporte e Lazer


Subtemas:
Acesso ao esporte e lazer por pessoas com deficiência;
Esporte e lazer e desenvolvimento humano;
Legado Olímpico;
Esporte e lazer na cultura escolar;
Tecnologias de esporte e lazer;
Jovens atletas;
Gestão de políticas públicas de esporte e lazer;
Manifestações culturais.
FINANCIAMENTO DO ESPORTE E UNIVERSIDADE
2003

OBJETIVOS
1.Produzir pesquisas induzidas e semi-induzidas, visando
maximizar o acesso ao conhecimento científico e
2015 tecnológico nas áreas da gestão do esporte recreativo e
do lazer;

2.Difundir os resultados dos estudos e pesquisa


realizados pela Rede CEDES.
FINANCIAMENTO DO ESPORTE E UNIVERSIDADE (ME)
OBJETIVOS
Democratizar o acesso da comunidade universitária (de instituições
públicas de ensino superior), prioritariamente do corpo discente, aos
conteúdos das práticas corporais por meio do esporte educacional de
2009 qualidade.

PÚBLICO-ALVO (300)
Comunidade acadêmica (instituições públicas de ensino superior),
prioritariamente discentes.

FINANCIAMENTO
Recursos humanos (Coordenador Geral, Interlocutor, professor e
acadêmicos de Educação Física/Esporte).
Materiais esportivos.
Kit material pedagógico.
Cursos de capacitação.
Uniformes.
FINANCIAMENTO DO ESPORTE E UNIVERSIDADE (ME)
OBJETIVOS
Democratizar o acesso de crianças, adolescentes, jovens e adultos com
2009 deficiência aos conteúdos das práticas corporais, por meio do esporte
educacional de qualidade.

PÚBLICO-ALVO (60, sendo 70% com e 30% sem deficiência)


Pessoas com e sem deficiência.

FINANCIAMENTO
Recursos humanos (Coordenador Geral, Interlocutor, professor e
acadêmicos de Educação Física/Esporte).
Materiais esportivos.
Kit material pedagógico.
Cursos de capacitação.
Uniformes.
FINANCIAMENTO DO ESPORTE E UNIVERSIDADE (ME)
2003
OBJETIVOS
Democratizar o lazer e o esporte recreativo.

PÚBLICO-ALVO (300)
Pessoas em todas as idades, com e sem deficiência.

FINANCIAMENTO
Recursos humanos (Coordenador Geral, Coordenador Pedagógico,
Coordenador Setorial, Coordenador de Núcleo, Agentes sociais de
esporte e lazer).
Materiais esportivos.
Kit material pedagógico.
Cursos de capacitação.
Uniformes.
FINANCIAMENTO DO ESPORTE E UNIVERSIDADE (ME)
OBJETIVOS
Democratizar o acesso ao lazer e ao esporte recreativo para a pessoa
idosa na perspectiva da Promoção da Saúde.

PÚBLICO-ALVO (300)
Pessoas acima de 60 anos, com e sem deficiência.

FINANCIAMENTO
Recursos humanos (Coordenador Geral, Coordenador Pedagógico,
Coordenador Setorial, Coordenador de Núcleo, Agentes sociais de
esporte e lazer).
Materiais esportivos.
Kit material pedagógico.
Cursos de capacitação.
Uniformes.
(BUENO, 2008)
(BUENO, 2008)

Almeida e Marchi Júnior (2010) e


Athayde et al.

(CARNEIRO, ATHAYDE, MASCARENHAS, 2019)


POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER E ESPORTE – BOLSONARO

Medida provisória nº 870, de 1º de Janeiro de 2019 (Organização da


estruturação ministerial da Presidência)
Lei nº 13.844, de 18 de Junho de 2019 (Organização da estruturação
ministerial da Presidência)

Policy networks
X
Issue network

(Klauss Frey, 2000)


Secretária Executiva

Secretaria Especial
de Desenvolvimento
Social

Secretaria Especial do
Esporte

Secretaria Nacional de Secretaria Nacional de Secretaria Nacional de Secretaria Nacional de


Esporte Alto Esporte, Educação, Futebol e Defesa dos Paredesporto
Rendimento Lazer e Inclusão Social Torcedores

Edital de Chamamento Público nº 4/2019


Secretaria Nacional de
(XXVBrasileira
Autoridade Jogos Sul-Americanos Escolares,)
Secretaria Nacional de
Incentivo e Fomento de Controle e Paradesporto
ao Esporte Dopagem
MODELOS DE ANÁLISE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

Ciclos representações simplificadas do mundo real


Incrementalista e nos auxiliam a melhor compreender,
Pluralista ordenar e simplificar a realidade da política
pública; identificar aspectos importantes das
Racionalista políticas sociais; compreender o que é
Arenas de Poder importante e o que não é neste cenário;
Participativo orientar a pesquisa e a investigação; propor
explicações e prever suas consequências
Institucionalismo histórico (DYE, 2010).
Múltiplos fluxos

(RUA, 1999)
SOCIEDADE MODERNA
o ato de resolver conflitos, de uma forma pacífica.
Política o ato de resolver conflitos, sem o uso da força física.

 Lutas (pior de todas situações, porque para um ganhar outro tem que perder)
 Jogos (vencer o adversário em uma situação específica sem eliminá-lo totalmente do processo, de
tal maneira que ele possa vir a ser um aliado num momento posteriores – negociações, barganhas,
conluios, coalizões de interesses).
 Debates (convencimento dos demais sobre a importância de sua proposta, sendo o vencedor
aquele que se mostra capaz de transformar o adversário em um aliado - persuasão). Envolve
análise e argumentação. Aqui o conhecimento técnico desempenha um papel importante).

 Ameaças (imposição de danos ou prejuízos ou a suspensão de favores ou benefícios).

 Pressão pública (manifestações individual ou coletiva dos atores privados)


(RUA, 1999)
DECISÃO ATORES POLÍTICOS FORMATAÇÃO
Visíveis/públicos Invisíveis/privados

Executivo Consumidores

Legislativo Empresários

Judiciário Servidos Públicos

Gestores públicos Sindicatos

Burocratas Mídia

Banco Mundial Terceiro Setor


Ciclo Político

 Policy Cycle, ou ciclo de políticas: modelo tradicional baseado em “estágios” ou “ciclos” por meio
dos quais o desenvolvimento de qualquer política poderia ser explicado (1ª versão proposta por
Harold Lasswell, anos 1950, retrabalhada posteriormente por vários autores)

AGENDA-SETTING FORMULAÇÃO DECISÃO/ADOÇÃO

AVALIAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO

(DYE, 2008)
Ciclo Político
• As fases do ciclo de políticas públicas correspondem aos momentos principais da
metodologia de solução de problemas:

Estágios do Ciclo de Solução de problemas/modelo racional Atores principais


Políticas
Agenda-Setting Reconhecimento do problema Invisíveis e visíveis
(burocratas)
Formulação Proposta de soluções Invisíveis e Visíveis
(Burocratas e Servidores
Públicos)
Decisão Escolha de uma solução Visíveis (cargos de
confiança, funcionários
do governo, políticos
eleitos)
Implementação Soluções são colocadas em ação Burocratas, Servidores
públicos assalariados
Monitoramento/Avaliação Acompanhamento e análise final dos Equipe executora e
Ciclo Político
Agenda-Setting
 Estuda e discute a composição da agenda de governo (lista de temas os quais são objetos de
atenção por parte das autoridades governamentais).
 Captar a atenção dos formuladores de políticas.
 Inclusão de uma questão na lista de prioridade do Poder Público.
Demandas novas
Demandas recorrentes
Demandas reprimidas (RUA, 2000)

 Em que consiste a escolha de um tema ou projeto?

se constitui mecanismo altamente seletivo, que envolve concorrência entre problemas e


hierarquização de prioridades, sendo estas pautadas em divergências de opinião, normas,
interesses, percepções e juízos cognitivos. ESCOLHA DAQUELES QUE SOFRERÃO
INTERVENÇÃO DO PODER PÚBLICO.
Consumidores – Empresários - Servidos Públicos – Sindicatos – Mídias
Ciclo Político
Formulação
 Criação de opções.

 Divisar e escolher opções políticas.

 Identificação, refinamento e formalização de opções (O que fazer?).

 Definição de como fazer?

 Análise de méritos e riscos.

 Seleção e especificação da alternativa considerada mais conveniente – objetivos, marco jurídico,


administrativo, financeiro.)

 Perdedores podem apelar / sempre alguém ganha e outro perde.

 Fases – apreciação, diálogo, formulação e consolidação.


Atores invisíveis e Visíveis (Burocratas e Servidos Públicos)
Formulação

Apreciação Formulação
Deliberação,
Dados/evidências apresentação

1 3
relatórios, das propostas,
depoimentos de análise das
experts, consulta restrições e
pública)
Diálogo identificação da
mais viável Consolidação
Reuniões
abertas, Formação de

2 4
diálogos conseno sobre a
(experts, proposta
representantes
de
organizações)
Restrições

Substantivas Procedimentais

Institucionais
(Constituição
Inerente do Federal;
Natureza
próprio
organizativa do
problema Estado; padrões
vigentes de
ideias e crenças)
Restrições

Substantivas

Inerente do
próprio
problema
Restrições

 Tipo de governo
Procedimentais

 Espaço dos direitos sociais na Constituição Federal

 Direito propriamente dito

 Pressuposto de direito

 Ideologia política
Formulação

Apreciação Formulação
Deliberação,
Dados/evidências apresentação

1 3
relatórios, das propostas,
depoimentos de análise das
experts, consulta restrições e
pública)
Diálogo identificação da
mais viável Consolidação
Reuniões
abertas, Formação de

2 4
diálogos consenso sobre
(experts, a proposta mais
representantes viável
de
organizações)
Ciclo Político Criminaliz
ação

Formulação
Construção
de espaços
Não esportivos
intervir

Campanhas
publicitárias

Equipes
multidisci
plares

Remuneração
de pessoas Vale
fisicamente academia
Aulas de
ativas
Educação
Física
Ciclo Político
Decisão
 Aprovação de uma, mais de uma ou nenhuma alternativa.

 Declaração de intenção (ação ou inação).

 Conjunto de ações destinadas a atingir os objetivos estabelecidos pela política.

 Regulamentação.

Atores com cargos formais - Poder executivo / Poder Judiciário / Poder legislativo / Burocratas /
Funcionários do executivo
FORMULAÇÃO monitora
mento

Decisão
Melhoria
de
espaços
físicos

Promoção
de ações

Equipes
multidisci
plares
Exercício de fixação 1 - FORMULAÇÃO
PROBLEMA – Falta de espaços para vivências de lazer por idosos
Na condição de servidor público, com conhecimentos técnicos, elenque 7 respostas possíveis ao problema. Depois,
descarte duas, marcando a caixa em vermelho e entre as cinco restantes, marque de azul 3 que seriam mais viáveis
Exercício de fixação 2 - FORMULAÇÃO
PROBLEMA – Baixo índice de experiências de adolescentes com interesses culturais artísticos do lazer
Na condição de servidor público, com conhecimentos técnicos, elenque 7 respostas possíveis ao problema. Depois,
descarte duas, marcando a caixa em vermelho e entre as cinco restantes, marque de azul 3 que seriam mais viáveis
Ciclo Político
Implementação
 Por a decisão em prática.
 Criar burocracias

 Fundos / Recursos humanos / Regras / Estabelecer as ações necessárias / Tencnologias

 Conjunto de ações destinadas a atingir os objetivos estabelecidos pela política.

 Regulamentação.

 Por em prática a política.

 Estruturação e Execução.

Servidores públicos assalariados / Burocratas


Ciclo Político
Monitoramento

 Supervisão sistemática da execução de uma atividade, buscando oferecer informações para


possíveis correções ao longo do processo para que os objetivos sejam alcançados;

 Processo sistemático e contínuo de acompanhamento de uma política, programa ou projeto,


baseado em um conjunto restrito – mas significativo e periódico – de informações, que permite
uma rápida avaliação situacional e uma identificação de fragilidades na execução, com o objetivo
de subsidiar a intervenção oportuna e a correção tempestiva para o atingimento de seus
resultados e impactos (JANNUZZI, 2014, p. 32).
Ciclo Político
Avaliação
 Mensuração e análise dos efeitos produzidos na sociedade a fim de aferir se os objetivos
propostos foram alcançados ou não.

 A avaliação figura como mecanismo de orientação dos gestores públicos no delineamento de


políticas de modo a disporem de maior consistência, obtenção de resultados e otimização dos
recursos públicos, ou seja, aprimoramento das tomadas de decisão na alocação dos recursos
públicos. Todavia, também serve como parâmetro para responsabilização dos gestores
públicos por decisões e ações (accountability) do executivo frente o parlamento, agências
reguladoras e sociedade civil (RAMOS; SCHABBACH, 2012).

 Foco no aprimoramento do desenho e da gestão.

 Foco na transparência da ação governamental.

 Motivação da moralidade política e social


Ciclo Político
Monitoramento e Avaliação

EFICIÊNCIA Pautado sobretudo no controle orçamentário, afere o que foi previsto e o que foi
realizado em cada etapa.
Recursos previstos x recursos utilizados
Comparação com o que foi planejado ou iniciativas similares.
EFICÁCIA Acompanhamento da realização das metas propostas.
Verificação se as metas planejadas foram alcançadas.
EFETIVIDADE Avaliações parciais ao término das etapas de um programa.
Mais recomendada, verifica as mudanças decorrentes da ação.
Vinculação das mudanças empreendias (aumento do número de usuários) as ações
empreendidas (mudanças do tipo de atividade ofertada)
Múltiplos fluxos

Geral Governamental Decisório


Múltiplos fluxos

“A convergência de três processos ou três fluxos relativamente


independentes explica os motivos pelos quais certos problemas vão a
agenda de decisão, enquanto outros, apensar de reconhecidos, não
provam, necessariamente, uma ação efetiva do governo” (KINGDON,
2015, p. 221).

“[...]. A probabilidade que um item tem de tornar-se prioritário numa


agenda de decisões aumenta significativamente se todos os três
elementos – problema, proposta de políticas públicas e receptividade
na esfera política – estiverem ligados em um único pacote ” (KINGDON,
2015, p. 234).
Múltiplos fluxos
Reconhecimento Formulação de Processo político
do problema soluções
FLUXO DE PROBLEMAS FLUXO DE SOLUÇÕES FLUXO POLÍTICO
Indicadores Viabilidade técnica Humor nacional
Crises Aceitação pela Forças políticas
Eventos focalizadores comunidade organizadas
Feedback de ações Custos toleráveis Mudanças no governo

JANELA DE
OPORTUNIDADES
Convergência de fluxos

Empreendedores de Políticos eleitos


políticas Funcionários públicos
Lobistas
Acesso de uma questão Acadêmicos
à agenda Jornalistas
Múltiplos fluxos
Reconhecimento Formulação de Processo político
do problema soluções
FLUXO DE PROBLEMAS FLUXO DE SOLUÇÕES FLUXO POLÍTICO
Indicadores Viabilidade técnica Humor nacional
Crises Aceitação pela Forças políticas
Eventos focalizadores comunidade organizadas
Feedback de ações Custos toleráveis Mudanças no governo

JANELA DE
OPORTUNIDADES
Convergência de fluxos
Múltiplos fluxos
Reconhecimento Formulação de Processo político
do problema soluções
FLUXO DE PROBLEMAS FLUXO DE SOLUÇÕES FLUXO POLÍTICO
Indicadores Viabilidade técnica Humor nacional
Crises Aceitação pela Forças políticas
Eventos focalizadores comunidade organizadas
Feedback de ações Custos toleráveis Mudanças no governo

JANELA DE
OPORTUNIDADES
Convergência de fluxos
Múltiplos fluxos
Reconhecimento Formulação de Processo político
do problema soluções
FLUXO DE PROBLEMAS FLUXO DE SOLUÇÕES FLUXO POLÍTICO
Indicadores Viabilidade técnica Humor nacional
Crises Aceitação pela Forças políticas
Eventos focalizadores comunidade organizadas
Feedback de ações Custos toleráveis Mudanças no governo

JANELA DE
OPORTUNIDADES
Convergência de fluxos

Empreendedores de
políticas
Múltiplos fluxos
Ciclo Político
“O sucesso alcançado em um dos processos não implica em sucesso todos os outros. Um item pode
Ocupar um lugar de destaque na agenda, por exemplo., sem que obtenha aprovação no Legislativo; a
sua aprovação também não garante necessariamente a sua implementação de acordo com o provisto
na legislação” (KINGDON, 2015, p. 221)

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