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Todas as palavras são potentes, pois realizam o seu fim: fazer sentido em algum lugar,

para alguém e, neste alguém, colidirão com outro mundo de palavras explícitas e
implícitas, com as quais se unirão e formarão novos conceitos e mecanismos
linguísticos.
Pode-se traçar um paralelo com exemplos mais cotidianos: a relação ensino-
aprendizagem presente entre alunos e professores (espectadores e emissores) nunca se
constrói partindo de uma parte vazia.
“Não há linguagem no vazio, seu grande objetivo é a interação, a comunicação com um
outro, dentro de um espaço social, [...]” – Pág. 5
Não se trata, aqui, da educação básica, responsável pelos primórdios do
desenvolvimento cognitivo do indivíduo; trata-se do processo moralizador tornado
possível apenas depois do atingimento capacitativo alternativo, isto é, a capacidade de
escolher. É isto que posiciona o aluno em determinadas etapas instrutivas da vida: seu
grau de instrução o torna apto ou não a decidir por si mesmo mediante a circunstância
que envolve outros além dele. Cabe, aqui, dizer um dos motivos da educação existir
como “atriz” moralizante: esta competência ética decisiva só se concretiza perante a
colocação deste sujeito como sujeito. Ao reconhecer-se como tal, confirma sua
igualdade capacitativa; ele o é assim como todos são e isto é o viés para fazer suas
escolhas refletindo sobre as consequências, em maior ou menor escala, boas ou ruins,
para seus semelhantes.
“As condições e formas de comunicação refletem a realização social em símbolos que
ultrapassam as particularidades do sujeito, que passa a ser visto em interação com o
outro.
O caráter dialógico das linguagens impõe uma visão muito além do ato comunicativo
superficial e imediato. Os significados embutidos em cada particularidade devem ser
recuperados pelo estudo histórico, social e cultural dos símbolos que permeiam o
cotidiano.” (p. 6)
Não se faz sozinho, faz-se diante do outro e, na sala de aula, absorve o que é exposto.
Trataremos, em especial, da exposição das Linguagens ao aluno, pois conseguimos
verificar a essencialidade delas e das áreas nas quais se ramifica para com a
estruturação, edificação e afirmação dele como um ser social, comunicador de sua
condição existencialista.
A análise, a interpretação e o confronto das questões contextuais não apenas do círculo
“fechado” no qual se encontra e com o qual convive, mas também de outros com os
quais cruza e concorre são algumas exigências no processo de formação curricular dos
jovens. Expostos(as) a várias áreas do conhecimento, condizentes ou não com seus
gostos desenvolvidos durante os primórdios de sua aprendizagem, confunde-se e perde-
se, perde a si, pois encontra-se em lugar nenhum ou em todos. Isso nos remete à
transdisciplinaridade dos conteúdos.
Gradualmente, notam que as divisórias antes demarcadoras dos capítulos no material de
ensino são apenas técnicas referenciais para que consigam delimitar suas próprias
preferências e guiar suas escolhas. O que passa a importar são liames disciplinares com
a desconstrução das barreiras que confinam o estudante numa única disciplina. Ora, é
notório que o entendimento mais próximo, e ainda muito distante, de ser completo surte,
somente, através do envolvimento com outras matérias além daquela na qual tenta se
aprofundar. Este paralelo não exige a transformação em outra área do conhecimento,
ainda mais complexa e, de certa forma, com infinitude em seus conceitos, temáticas,
teorias etc., que reúna as duas disciplinas. Os PCNEM recomendam expressamente que
o processo de ensino e aprendizagem privilegie a interdisciplinaridade.

“A perspectiva de desenvolver conteúdos educacionais com contexto e de


maneira interdisciplinar, envolvendo uma ou mais áreas, não precisa
necessariamente de uma reunião de disciplinas, mas pode ser realizada numa
mesma disciplina.” (p. 17).

Encontra-se os pontos de contato, estabelece-se ligações e, assim, identifica-se e


analisa-se as semelhanças para julgar se são verdadeiras ou falsas. O ponto comum entre
as áreas é mais facilmente visualizado após uma detalhada discussão sobre as
convergências e divergências que envolvem perspectivas científicas ou interpretativas,
por exemplo, pois aparentemente, descritas assim, nada tendem em comum.
“Especificamente na relação com a Matemática, seria próprio do ensino da língua o
exercício de analisar a transcrição de um problema real, de sentido financeiro,
tecnológico ou social, originalmente formulado em linguagem cotidiana, para a
linguagem algébrica.
[...]
A Literatura, particularmente, além de sua específica constituição estética, é um campo
riquíssimo para investigações históricas realizadas pelos estudantes, estimulados e
orientados pelo professor, permitindo reencontrar o mundo sob a ótica do escritor de
cada época e contexto cultural [...]" (p. 19).
E por falar do campo literário, coloquemos nossa atenção agora nas manifestações em
língua das “Rezas sobre os desertos e as areias, [...]”, do olhar passado atento em horas
sem conto (BILAC, Olavo, Profissão de fé), do véu desatado pela lua em horas mortas
(OLIVEIRA, Alberto de, Poesias) ou das asas soltas pelas pombas no azul da
adolescência (CORREIA, Raimundo, soneto As pombas) e avancemos da apresentação
à problemática, objetivando logo o que pretendemos com nossa abordagem dos
Parâmetros Curriculares Nacionais na área de literatura em relação à reformulação do
Ensino Médio no Brasil. Faremos as seguintes perguntas:
As instituições, ao proporcionar os graus instrutivos, têm seguido os parâmetros e
alcançado os objetivos propostos pelas normatizações curriculares quanto às
Linguagens? E mesmo que cumpra com estes requisitos, a outra metade do caminho tem
sido percorrida pelo recebimento das informações? Afinal, como o(a) aluno(a) recebe
essa informação e deve ser incentivado a abraçá-la também é indispensável. Enxergar o
aluno como uma “esponja” é uma idealização? Isto acaba por criar uma expectativa que,
caso não seja cumprida devido a fatores familiares, individuais, tendenciosos, culturais,
políticos, econômicos e sociais, com este último tangendo todos os anteriores, frustra
tanto quem espera quanto quem não cumpre?
Para responder essas e outras questões, que talvez surjam com o esclarecimento das
primeiras, demonstraremos com o Livro Texto de Língua Portuguesa do 2º ano do
Ensino Médio: 1° semestre – 1. ed. – 2º capítulo – São Paulo: SOMOS Sistemas de
Ensino, 2017, um dentre os diversos sistemas de ensino que estruturam suas grades
curriculares segundo os parâmetros propostos mais recentes, pois devemos lembrar
algumas mudanças ocorridas nas versões da base homologada pelas diretrizes nacionais
de educação devido a conturbações nos interesses políticos de determinadas épocas.
O aluno é multicultural, pois tende a isso com sua capacidade inata de absorção do
mundo ao seu redor, mas deve ser incentivado a isso. Veremos que o material em
questão desempenha sim a função esquemática na apresentação dos contextos
históricos, influências, alteridades, características principais, autores, estilos entre outros
aspectos literários, já que recairemos sobre alguns movimentos específicos ocorridos do
século XIX ao XX, entretanto, aderindo a uma perspectiva mais crítica, é muito sucinto,
simplista e enxuto ao propor enunciados, e não sugeri-los, isso pois parece encurtar o
processo estudantil de desenvolver interpretações ao deparar-se com a multiplicidade de
sentidos na leitura dos textos e das obras.
O comportamento e a adequação do capítulo serão discorridos de forma a esclarecer
quais partes correspondem às propostas educativas, mas também onde não cumprem
com o reforço de algumas práticas escolares na internalização do conteúdo.
● Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como
meios de organização cognitiva da realidade pela constituição de
significados, expressão, comunicação e informação.
Se o autor está inserido num amplo círculo, contornado por determinadas formas de
linguagem e por todos os fatores que a moldam, revelara-se de forma semelhante. A
linha que contorna esse círculo é tênue e, portanto, suscetível a quaisquer outros
significados que possa assumir além do que já fora concebido no espaço e no tempo
nos quais esse autor se formou.
“Na interação verbal, os sinais e suas combinações socialmente partilháveis
organizam os dados perceptivos, em sistemas simbólicos, por atributos e
intencionalidade” (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS - ENSINO
MÉDIO. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, 2016, Pág. 5), atributos esses
convencionados historicamente até que fossem concebidos e adequados à intenção
do enunciador.
Mas, abordando uma manifestação literária específica, a e sobre a qual será exposta
e discutida, torna-se mais nítida a contextualização dele caso o ensino vincule o
aluno ao caráter inter e intrassubjetivo da linguagem, tendo em vista que suas cargas
semântica, lexical e gramatical têm partes também em campos implícitos. O aluno
deverá organizar uma realidade legitimada no contexto social de décadas, séculos
ou até milênios atrás.
“O exame do caráter histórico e contextual de determinada manifestação da
linguagem pode permitir o entendimento das razões do uso, da valoração, da
representatividade, dos interesses sociais colocados em jogo, das escolhas de
atribuição de sentidos, ou seja, a consciência do poder constitutivo da linguagem.”
(p.
Como se pretende simbolizar o mundo é responsabilidade do autor, pois trará em
prosa ou poesia, com rimas ou versos brancos, sequenciados ou soltos, com
extensas descrições ou na simplicidade das poucas e essenciais palavras a
hirearquia, os conflitos locais ou em dimensões nacionais, as conturbações políticas,
as condições estáveis ou precárias de determinados grupos em ascensão ou
abaixamento social contidos na época da produção. Contudo, é de responsabilidade
do professor levantar semelhanças com a atualidade para que a simpatia seja
desenvolvida, até que as relações sejam feitas independentemente – “O professor
deixa de ser uma ilha ao interagir com os colegas, em busca de um projeto
coletivo.” (p. 65).
ao serem feitas as relações com o presente e o devir, estimulará o desejo de
conservá-las e/ou transformá-las a partir dos conhecimentos dos quais quem segue
estudos na área já é provido.
“Destaca-se que a linguagem, na escola, passa a ser objeto de reflexão e análise,
permitindo ao aluno a superação e/ou a transformação dos significados veiculados.”
(p.
Aplicação no conteúdo
Ao apresentar as características impessoais e técnicas do parnasianismo, o conteúdo nos
propõe uma arte que simboliza sensorialmente, isto é, o apreensivo é alcançado com a
visão, principalmente. O que se vê pode ser relatado com mais veracidade do que do
que um "arroubo sentimental" (Pág. 107).
A poesia não mais deveria servir de suporte às exclamações exageradas de emoção que
extrapolavam, por vezes, os limites do entendimento, pois dizia-se poesia puramente
interpretativa na qual o "sentir" só seria possível na inserção contextual mais
semelhante possível à ficção da obra.
Esta mudança no paradigma literário consistiu, além de outras valorizações, na
restauração do cultivo da Beleza, pois optou-se pela afirmação de princípios estéticos
acima de opiniões. Dentro do cenário escolar, esta relação comparativa entre um
movimento literário e o posterior pode suscitar, além das questões e respostas literais
para reforçar o que foi ensinado, uma mudança paradigmática na produção individual
do aluno; com o concretismo presente na descrição de objetos, vistos, postos, presentes
no mundo, ele pode se sentir mais próximo a uma linguagem, antes, aparentemente tão
distante de sua realidade.
"[...]
Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto relevo
Faz de uma flor." (BILAC, Olavo, Profissão de fé, pág. 108)
A construção deste paralelismo com o caráter do "ourives", através da produção de um
objeto, simboliza o desejo material de ser do autor e constitui o significado poético, os
quais poderão ser atribuídos à realidade do aluno, em outro tempo e espaço nos quais o
Descritivismo, o Rigor formal, A impessoalidade ainda são presentes; fazer surtir o
questionamento do "Por quê" de tal escolha estética aproxima-o da significação com o
olhar do autor, ampliando seus modos de simbolizar e expressar-se. Contudo,
percebemos que tais propostas não são explicitamente sugeridas pelo material em
questão; ele apoia sua análise nas características mais visíveis do poema, falando sobre
o uso vocabular para o atingimento da funcionalidade estética autora, e não para
conferir sentidos contextuais mais próximos do aluno.
De fato, as produções literárias tanto parnasianas quanto de outros movimentos
merecem seu lugar isolado, não distante de tudo que as sucedeu, pois mostram-se
motivadas por isso, mas num lugar que lhes dê um valor próprio. Dessa maneira, cabe
ao capítulo destinado a elas ser específico e objetivo com a subjetividade de Bilac
comentando:
“O desejo de perfeição formal se mostra na própria estrutura do poema, em quartetos
em que se intercalam versos de oito e de quatro sílabas poéticas perfeitamente
rimados.” (Pág. 108).
Mas também é de sua responsabilidade incentivar a produção criativa, adequando-se a
essas técnicas e apenas inspirando-se na composição poética. Proponhamos:
“Agora é a sua vez! Fazendo uso dos conhecimentos adquiridos até aqui em sala de aula
e fora dela, produza um poema com a mesma forma do referido, atentando-se ao rigor
formal, variando apenas seu conteúdo: busque objetos do seu cotidiano e trabalhe na
descrição deles. Utilize seu repertório!”.
O caráter instrutivo da questão atravessa o plano das palavras postas em papel e atinge
o do aluno, paralelizando-se duas realidades – uma ficcional e outra real.
Se é capaz de explicitar os objetivos do escritor, atentando-se à racionalidade presente
na descrição e valorização das peças joalheiras saídas “[...] da oficina / Sem nenhum
defeito”, tão finas e bem elaboradas quanto as estrofes do poema, e materializando-se
com o “Azul-celeste” ou pelo “[...] lavor que possa lembrar de um vaso / De Berrecil”
(BILAC, Olavo, Profissão de fé, Pág. 108), também é capaz de pautar o encontro entre
obras contextualizadas no passado e a atualidade, conservadora delas como fonte
'inspiradora', pois tem suas próprias novidades.

● Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas


manifestações específicas.
A imposição de uma única resposta, um único ponto de vista acaba por retrair a
capacidade criativa do aluno quando ele entra em contato com a multiplicidade de
sentidos que podem fazer surtir a leitura de um único verso poético, por exemplo. O
subjetivismo é de fato muito importante para o reconhecimento do desempenho das
faculdades – é dessa forma que as capacidades são testadas e levam-nos a definir
estudantes competentes –, mas deve ser orientado por vozes mais experientes aptas
a rearticular pensamentos e preparar o território para escolhas individuais.
Sendo assim, a perspectiva não deve correr solta apoiando-se em qualquer
interpretação que possa lhes ocorrer. Mais do que isso, terão uma liberdade
fundamentada em datações, nas inspirações e influências externas ao movimento
literário com as quais teve contato.
Ao apropriar-se do discurso, o aluno toma frente crítica no que lhe é apresentado e
traz à tona indagações como essas; seu “achismo” se aproxima cada vez mais do
objetivismo, com opinião mais fluente, convicta e concreta na divulgação de seus
saberes discutíveis. O papel do corpo docente é sim questionar, assim como os
educandos, mas as questões devem visar a geração de outras, ou seja, o tom
educador deve ser provocativo, desencadeador de discussões no levantamento de
detalhes intrigantes, já vistos ou não e, se não, nos quais não tenha se depositado
atenção.

Aplicação no conteúdo
As escolhas individuais vão sendo guiadas com o esclarecimento de algumas
características dos poemas. Alguns entendimentos e relações com o mundo exterior
podem estar ocultas àqueles com conhecimentos de mundo e enciclopédico
menores. Muitas vezes, aliás, a força motora com carga informativa pode não ser
suficiente na leitura, pois existe na relação autora-leitora significados pré-
estabelecidos que estão além da cognição do aluno. O autor tem um estilo próprio e
quer dizer exatamente o que quis dizer quando escreveu.
Percebamos:
"[...]
Rezas sobre os desertos e as areias,
Sobre as florestas e a amplidão marinha;
E, ajoelhadas, rodeiam-te as aldeias,
Mudas servas aos pés de uma rainha." – BILAC, Olavo, A montanha em SOMOS
Sistemas de Ensino (1º ed.), Livro Texto de Língua Portuguesa do 2º ano do Ensino
Médio, p. 110.
O caráter natural do cenário é explícito e, ao ter de responder uma questão sobre as
características do poema, essa seria a resposta mais provável de ser a primeira. Mas,
ao atentarmos à escolha dos adjetivos, notamos que todos fazem menção à
superioridade/grandiosidade e inferioridade/pequenez: "amplidão", "ajoelhadas",
"mudas servas" e "rainha". Tais usos implica o outro caráter do soneto: "[...]
devoção à natureza", à sua grandeza que provoca um sentimento de rebaixamento.
A exaltação dos fenômenos é um recurso artístico impessoal, pois, apesar de nos
remeter ao ponto de vista do autor sobre algo, é observável, clara, lógica e evidente.
Se isso provoca reações emotivas no autor, não coube a ele, não cabe ao parnasiano,
demonstrar, se é que a devoção já não se revela como uma emoção.
Além disso, tratemos do que é ou pode ser implícito. A resposta é: tudo que fuja da
forma e caia no plano da significação, isso porque cada palavra combinada com
outra provoca reações diferentes dependendo de quem é o leitor: profundo
conhecedor da literatura brasileira? O aluno que perdeu a maioria das aulas ou
aquele cujas anotações nunca tardam?
Nenhuma interpretação é mais merecedora de atenção do que outra, não se fora
explorada ao máximo suas possibilidades interpretativas e esforçou-se para o maior
alcance reflexivo.
Por esses motivos, o incentivo ao confronto dos pontos de vista visando conhecer
mais os alunos e com o que cada um pode colaborar cria uma zona de intimidade e
conforto onde diferenças são bem-vindas. O material em questão peca nesse sentido
ou, pelo menos, deixa nas mãos do educando o papel de ir além das páginas, da
descrição técnica para chegar na discussão dos saberes.
A caixa abaixo do soneto é tão descritiva quanto o soneto que descreve como tal,
não expandindo-se ao exercício de ir além dele. O capítulo, posteriormente, não traz
algum exercício de fixação ou de análise para o desenvolvimento daquela liberdade
fundamentada. É sucinto, objetivo e impessoal e, assim, rompe com o tom
convidativo tão essencial no diálogo com o aluno para guiá-lo, ao ser falado em
sala, a escolhas individuais competentes.
● Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens,
relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função,
organização das manifestações, de acordo com as condições de produção e
recepção.
É claro que a apreensão não se completará com uma proposta isolada de fatores
externos à obra referida. O diálogo de um texto, de seus recursos expressivos, com
outros textos é como uma ponte que liga o leitor às atribuições de sentido mais
próximas da veracidade. Além disso, o gênero do texto quando escolhido pelo autor,
de acordo com a pretensão estética discursiva dele ao selecionar um conjunto de
características “relativamente estáveis”, já traduz parte de sua pretensão.
“Os gêneros estão sempre ligados a algum tema e a um estilo, com uma composição
própria, e com eles operamos de modo inevitável e incontornável, desde que
usemos a língua [...]”. - http://www.filologia.org.br/xcnlf/3/09.htm
Os gêneros discursivos não são criados, a cada vez, pelos falantes, porém são
transmitidos social e historicamente (MARCUSCHI, 2002a). Inclui-se aqui o texto
literário.
“Não obstante, os falantes contribuem, de forma dinâmica, tanto para sua
preservação como para sua permanente transformação e renovação.” -
http://www.filologia.org.br/xcnlf/3/09.htm.
Ao receber o texto, o aluno o analisará e relacionará, construindo a zona da
intertextualidade e, a partir dela, tornará-se capaz de construir a própria zona onde,
a partir de todo seu conhecimento, poderá recriar aquele texto trazendo-o para perto
da sua realidade histórico-social e adequando-o a ela.
Aplicação no conteúdo
A biografia possui um conjunto de características bem comuns independentemente
de onde apareça ou de quem fale. Ao relatar as experiências e feitos de alguém,
contextualiza o autor, caso o seja, e argumenta o conteúdo produzido, já que
apresenta quais elementos sociais o circulavam e, possivelmente, influenciaram-no;
trata-se da "colheita", da absorção de tudo que o meio em que vivia podia lhe dar. E,
por isso, o estudo ou a mera atenção da/à trajetória de Alberto de Oliveira seria tão
importante para a maior apreensão de suas obras.
De fato, provas de concursos, vestibulares não se empenham em cobrar informações
tão específicas sobre a escolaridade, a vida amorosa de autores no geral, e têm razão
ao deixar que esse descritivismo seja percebido na obra em si, depósito de
referências, inspirações, epifanias ou outras provocações emotivas que possam ter
abalado o autor. O material analisado não falha em caracterizar as produções
literárias de acordo com o contexto “Belle Époque”, marcado por ideologias
francesas e suas respectivas elegância e sofisticação, simultaneamente a “uma série
de reformas urbanas [...]” ocorridas no Brasil que desfavoreceram a inserção das
camadas da população, tornadas mais pobres devido à favelização (Pág. 106); não
falha em apresentar o termo “Parnaso” com suas origens antológicas e incentivar a
correlação histórica com a manifestação de “Le Parnasse Comtemporain” (O
Parnaso Comtemporâneo). A ligação “[...] ao sol, ao dia, às Artes, à Medicina, à
Razão e ao equilíbrio das formas [...]” já assimila um conjunto de regras e, por isso,
situa o aluno no tema e deixa-o pré-definido.
Entretanto, voltando à questão biográfica, a formação acadêmica do autor, por
exemplo, tanto não deve como não pode ser deixada de lado como fator estruturador
de seus conhecimentos, os quais se misturam nas obras, de uma área para outra.
Com "Vasos, taças, paisagens naturais, túmulos [...]" (Pág. 110) a caixa de diálogo
destinada à descrição do autor não traz informações biográficas; dá relevância
apenas ao que ele deposita em sua obra.
A necessidade de agilidade por se tratar de um material aparentemente revisor
justifica as várias informações não dadas, mas não compensa esta carência com uma
indicação de pesquisa. Mais uma vez, é provável que se espere do aluno esta ação
intuitiva, pois outrora a exigência por pesquisas fora do ambiente escolar deve ter
sido maior e, consequentemente, a prática fora supostamente automatizada.
Contudo, incentivos constantes reforçam outra necessidade: possibilitar quantas
vezes for possível o encontro entre duas condições - de quem produz e de quem
recebe; ao receber, sentidos se colidirão e deverão ser postos em seus lugares e
épocas para que se determine quais são autorizados, ou seja, quais se aproximam
mais ou condizem com o porquê de um muro espreitar "[...] a sombra, e vela /
Entre os beijos e lágrimas da lua." (OLIVEIRA, Alberto de, Poesias em SOMOS
Sistemas de Ensino (1º ed.), Livro Texto de Língua Portuguesa do 2º ano do Ensino
Médio, p. 110)

● Respeitar e preservar as diferentes manifestações da linguagem utilizadas


por diferentes grupos sociais, em suas esferas de socialização; usufruir do
patrimônio nacional e internacional, com suas diferentes visões de mundo;
e construir categorias de diferenciação, apreciação e criação.
Por expressar quem as produz, as manifestações da linguagem traduzem o universal
e o particular, pois o primeiro é absorvido pelo sujeito de maneira a substancializar
o segundo. São nelas, portanto, em que são registradas as vivências de cada povo e
onde se encontra os princípios fundamentais do surgimento, desenvolvimento,
perduração e transformação culturais das esferas sociais. A literatura é um método
preservativo e conservador das identidades e ideologias deixadas para trás, mas que
perduram e não deixam ser esquecidos grupos minoritários apagados quando outros
estavam em ascensão. Eles ganharam a permissão de fazerem parte das grades
curriculares nacionais como constituintes inclusivos e fizeram com que o
reconhecimento do outro fosse reforçado na superação da exclusão e do
desmerecimento.

Aplicação no conteúdo

● Utilizar-se das linguagens como meio de expressão, informação e


comunicação em situações intersubjetivas, que exijam graus de
distanciamento e reflexão sobre os contextos e estatutos de interlocutores; e
saber colocar-se como protagonista no processo de produção/recepção.
A análise pré-conceitual do espaço destinado a produção verbal ou não verbal exige
um transcendentalismo do concretismo linguístico, como se o aluno saísse de si para
ver a si e o que o cerca e influi sobre ele. Dessa forma, ele fará melhor uso das
ferramentas inteligíveis das quais é provido e, talvez, não saiba.
Deve ser sustentado com recursos expressivos e ensinado a utilizá-los nos devidos
locais de produção para que atinja seus objetivos comunicacionais e saiba escolhê-
los, “porque tiveram a oportunidade de aprender a escolher. Para a maioria, a
aprendizagem dessas disposições na escola é fundamental” – (Pág. 10)
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/14_24.pdf. Por isso, o espaço de produção
se torna limitado, tendo contornadas suas extremidades com as características
tipológicas próprias do que se pretende pedir ao aluno. Vale dizer que os textos em
poesia quase sempre carregam mais liberdade do que os acadêmicos, por exemplo,
mesmo quando esses últimos falam a respeito dos primeiros, devido a normatização
estilística que percorre os exercícios dos vestibulares, concursos, provas
disciplinares específicas de uma instituição de ensino ou até “simples” exercícios de
fixação na finalização de um módulo durante o bimestre.
Após a análise reflexiva de todas estas etapas, a elaboração do próprio texto se
realizará com mais fluência e será recebida por uma rede autorizada. – Pág. 10
(http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/14_24.pdf)

Aplicação no conteúdo

● Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora


de significação e integradora da organização de mundo e da própria
identidade.
O aluno se torna competente não ao excluir alguns usos da língua e dar
importância apenas a outros. Pelo contrário, deve priorizar uns baseando-se em
sua inserção esporádica ou ocasional que exigirá dele estruturas linguísticas
específicas que condicionam a legitimidade do discurso, ou seja, qualquer
discurso tem a possibilidade de cumprir sua intenção comunicativa desde que
esteja integrada ao valor referencial daquele momento, onde e quando a locução
ocorrerá dominando-se um código específico.
Ao codificar elementos, também simboliza seu mundo, usufruindo de estratégias
figurativas para conseguir produzir o efeito desejado, por exemplo. Não falamos
apenas da organização textual, mas também do conteúdo pelo qual o corpo do
texto é composto: fantástico, místico, dogmático, estatístico etc.

Aplicação no conteúdo

● Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) como instrumento de


acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais.
Língua, cultura, e consequentemente, identidade, caminham lado a lado. Estes fatores
não intrinsecamente estão acorrentados uns aos outros, mas geralmente, se constroem de
forma mútua. A língua está presente na cultura e na identidade de quem a fala, assim
como a cultura se reflete na língua. Quando aprendemos uma língua estrangeira
estamos, simultaneamente, mergulhando em aspectos culturais, sociais e históricos que
levaram ao surgimento de dialetos, expressões, gírias, ditados e mais; assim como é
inevitável que toquemos o campo do idioma enquanto adquirimos conhecimento sobre
uma cultura. Torna-se importante conhecermos um para assim compreendermos mais
profundamente o outro. O mesmo, obviamente, aplica-se não apenas para línguas e
sociedades distintas, mas para diferentes camadas de uma única sociedade; diferentes
regiões e grupos sociais apresentam distinções em suas formas de comunicação. A
linguagem é, em sua essência, uma manifestação social para o estabelecimento de trocas
comunicacionais, desde as mais básicas e essenciais até às menos relevantes, realizadas
pelo único propósito de socialização.

● Entender os princípios das tecnologias da comunicação e da informação,


associá-las aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão
suporte e aos problemas que se propõem a solucionar.
A partir do primeiro instante em que o homem passou a viver em sociedade, surgiu
consequentemente a necessidade de se comunicar uns com os outros, e desde então,
evoluímos para as formas mais dinâmicas e eficazes de trocas de informações que
qualquer um poderia imaginar no passado. Deste modo, deparamos-nos com uma nova
forma de comunicação: a rede ou internet, que associa o desenvolvimento e o
conhecimento tecnológico às diferentes linguagens. Os alunos de hoje já crescem
informatizados, o que torna imprescindível para educação que professores e demais
profissionais se qualifiquem quanto ao processo de inserir as tecnologias da informação
e da comunicação (TICs) ao processo de ensino. Essas tecnologias são o resultado da
fusão de três vertentes técnicas: a informática, as telecomunicações e as mídias
eletrônicas. Elas criaram no meio educacional um encantamento em relação aos
conceitos de espaço e distância, como as redes eletrônicas e o telefone celular, que nos
proporcionam ter em nossas mãos o que antes estava a quilômetros de distância. O
computador interligado à internet extrapolou todos os limites da evolução tecnológica
ocorrida até então, pois rompeu com as características tradicionais dos meios de
comunicação em massa inventados até o momento. Essas tecnologias já se enraizaram
em nossa sociedade, e torna-se impossível negar a importância e o impacto que as
mesmas trazem, pois através dessa ferramenta, a comunicação flui sem que haja
barreiras.

● Entender o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na


sua vida, nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento
e na vida social.
Atualmente, o mundo dispõe de muitas inovações tecnológicas para se utilizar em sala
de aula, local de trabalho, espaços familiares e outros, o que condiz com uma sociedade
pautada na informação e no conhecimento, pois através desses meios temos a
possibilidade virtual de ter acesso a todo tipo de informação independente do lugar em
que nos encontramos e do momento, esse desenvolvimento tecnológico trouxe enormes
benefícios em termos de avanço científico, educacional, comunicação, lazer,
processamento de dados e conhecimento. Usar tecnologia implica no aumento da
atividade humana em todas as esferas, principalmente na produtiva, pois, segundo
Marx, “a tecnologia revela o modo de proceder do homem para com a natureza, o
processo imediato de produção de sua vida social e as concepções mentais que delas
decorrem”.

● Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no


trabalho e em outros contextos relevantes para a sua vida.
Os avanços tecnológicos estão sendo utilizados em praticamente todos os ramos do
conhecimento. As descobertas são extremamente rápidas e estão à nossa disposição
com um simples clique ou toque, em tal velocidade jamais antes imaginada. Desde que
nos deparamos com a internet, uma série de funções inauguradas por este advento veio
tornar mais fácil a vida das pessoas; não só a comunicação se tornou mais ágil e
simples, como se tornou um meio facilitador de atividades realizadas no nosso dia a dia,
pois através desta tecnologia é possível fazer praticamente tudo sem que sequer
tenhamos a necessidade de sair de casa. O fato da internet estar, por exemplo, levando
cada dia mais as pessoas a lerem e a usarem mais a escrita tem desenvolvido nos
internautas uma habilidade no manuseio e na criação de formas específicas de lidar com
a língua. Comparando as gerações passadas, o advento da internet tem possibilitado aos
jovens o contato com os mais variados gêneros discursivos e manifestações de
linguagem. Com toda essa disponibilidades é preciso formar cidadãos capazes de
selecionar o que há de essencial nos milhões de informações contidas na rede, de forma
a enriquecer o conhecimento e as habilidades humanas.
Apresentação do Capítulo:
Foi selecionado o Capítulo 2 do Livro-Texto de Língua Portuguesa da 2ª série do ensino
médio para análise. O título do capítulo é “Estética da Belle Époque” e nele é
discorrido o contexto histórico das escolas literárias parnasianas, simbolistas e também,
no mundo das artes plásticas, o impressionismo. Em uma breve introdução é
apresentado que este período foi de grande otimismo marcado pelo desenvolvimento
tecnológico e artístico na França entre a década de 1870, e logo adiante a eclosão da
Primeira Guerra Mundial. Também é visto o contexto no Brasil, que no início do século
XX, a capital do país, que no momento era o Rio de Janeiro, passava por muitas
reformas urbanas replicando a estética européia, assim afastando a camada mais pobre
da sociedade, o que contribuiu para um processo de favelização nas periferias da cidade.
A luta da elite por um “bom gosto” estético e cultural era uma maneira que os
brasileiros mostravam que alcançaram um novo estágio de desenvolvimento, e esse
refinamento nos moldes europeus teve relação direta com a produção poética: o
Parnasianismo.
Assim o capítulo segue com uma explicação detalhada sobre o contexto geral do
Parnasianismo na França, sendo um movimento contrário ao Romantismo, a arte agora
era vista como uma maneira de assimilar um conjunto de regras que validam o
conhecimento, acompanhando o movimento Realista. Explica-se sua filiação clássica
com a Antiguidade Grega, onde a arte era um cultivo da beleza, domínio da técnica
perfeita e aprimoramento da forma. A arte pela arte.
O livro segue falando sobre a Impessoalidade e Técnica utilizada pelos parnasianos e
em um bloco destacado é mostrado a imagem do quadro “O grito do Ipiranga” ou
“Independência ou morte”, de Pedro Américo, retratando que a Academia Imperial
Brasileira produziu muitas obras associadas ao imaginário oficial da nacionalidade
brasileira, o pintor captura a cena do famoso grito de D. Pedro com grande virtuosismo
técnico.
Como características gerais do Parnasianismo, o livro destaca fatores como arte pela
arte; rigor formal; impessoalidade; descritivismo; preciosismo vocabular; temas
clássicos. E essa perfeição técnica é mostrada pelo brasileiro Olavo Bilac, que resumiu
o gosto parnasiano pela sofisticação e pelo detalhismo associando a atividade do poeta
ao trabalho de um joalheiro. Assim entramos em contato com algumas de suas obras:
“Profissão de fé”; “A montanha” e “Beijo eterno”.
O parnasianismo se instalou no Brasil na década de 1880, mas alguns anos antes já
haviam autores realizando obras contrárias às ideias românticas subjetivas, firmando
suas obras mais aderentes à “realidade”. Destacam-se os conhecidos como “tríade
parnasiana”: Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia.
É acentuado um ponto importante sobre as duas faces da poesia bilaquiana, pois nem
todas suas poesias são inteiramente parnasianas. Existem traços neorromânticos,
sentimentais e patriotas em relação à natureza brasileira, bem como a exaltação de
personagens históricos.
Logo destacam-se mais um pouco sobre Alberto de Oliveira e Raimundo Correia,
discutindo a representação da visualidade focalizada na beleza da arte por si mesma,
sem nenhuma outra funcionalidade. Neste trecho, apresentaram-se os poemas “O
muro”, de Alberto de Oliveira, e “As pombas”, de Raimundo Correia, ambos sonetos
perfeitos.
Concluindo então a ideia de perfecionismo, o livro conclui que “A Belle Époque nem
sempre foi assim tão bela”. Neste fragmento do texto é explorado o pensamento dos
acontecimentos sociais, com todas essas reformas urbanas a vida dos trabalhadores foi
dificultada. Este período de muito Positivismo que elevava a ciência como posição de
única e total fez com que, decorrendo o tempo, a elegância da “Belle Époque” fosse
questionada por ser fruto de um sistema econômico - o capitalismo - baseado na
exploração da classe trabalhadora por um conjunto reduzido de privilegiados e
burgueses. Durante a metade do século XIX, muitos artistas começaram a criticar o
modelo parnasiano marcado pela excessiva preocupação material e pela
superficialidade. Eles foram chamados de decadentistas, mas logo depois substituídos
pelos Simbolistas, a próxima escola literária estudada no capítulo. Eles não se
identificavam com a estreiteza do cientificismo positivista e desejavam se abrir ao
mundo do sonho e do desconhecido.
No decorrer do capítulo são apresentadas diversas características que marcam o
simbolismo, como o s mistérios que envolvem as obras, a musicalidade que se opõem
ao mundo sensível (enganos e frustrações) e ao mundo inteligível (verdade absoluta), as
significações utilizadas nos poemas vindas dos símbolos hermericos (imagens que são
difíceis de serem descritas por meio das palavras, assim criavam novas formas de
descrevê-las), não se preocupavam com a sentido das palavras, mas sim, em como elas
se sairiam sonoramente nos poemas e faziam uso da sinestesia (uso dos 5 sentidos –
olfato, tato, paladar, audição e visão).
Como no parnasianismo, os simbolistas não se importavam com problemas do mundo
real, eram até conhecidos por se “isolarem em Torres de Marfim”, pois evitavam se
envolver em questões sociais. Mantiveram alguns modelos estéticos consagrados,
inovando em formas poéticas como a prosa poética, textos curtos, sugestivos e
metafóricos. Desta maneira, tornou- se uma das pioneiras da fase do século XX, o
modernismo.
Para exemplificar as características do Simbolismo são utilizados os poemas de Cruz e
Sousa “Antífona” e “Siderações” que ressaltam a religião de uma forma menos
fervorosa como observada nas outras escolas literárias, a valorização do branco, o uso
da sinestesia e a morte.
O impressionismo foi um movimento artístico que se iniciou na França, os artistas não
estavam satisfeitos com os rumos que a pintura estava seguindo, principalmente após o
surgimento das câmeras fotográficas, que de certa forma, tomaram o lugar das
pinturas. Para se reinventarem, começaram a retratar a natureza em seus quadros na sua
forma mais natural possível, utilizando traços leves e menos precisos. A princípio não
teve muito destaque, mas após alguns anos, a arte impressionista foi ganhando
reconhecimento e destaque entre a elite da época. Nomes como Édiuard Manet, Claude
Monet, Auguste Renoir e Edgar Degas eram destaques do movimento.
Para exemplificar o que foi o Impressionismo foram utilizadas as obras de Claude
Monet “Impressões, sol ao nascer”, Paul Cézanne “O lago de Annecy” e Vincent Van
Gogh “Noite estrelada”.
 FERNÁNDEZ, Isabel Gretel M. Eres et al. PARÂMETROS CURRICULARES
NACIONAIS (ENSINO MÉDIO). Parte II - Linguagens, Códigos e suas Tecnologias.
2016. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/14_24.pdf. Acesso
em: 15 abr. 2022

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