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Resumo

Com toda a leitura dos documentos encontrados e utilizados como referências na


elaboração do trabalho, foi proporcionada a imersão em um campo de análises
reflexivas sobre o processo educativo como uma etapa que nunca termina na vida dos
estudantes, termo esse, aqui, tomado para designar aqueles(as) que aprendem, em
quaisquer áreas, em quaisquer tempos e espaços, a complexidade e a ramificação do
conhecimento, aprendem a conhecer o mundo e suas relações.
A partir disso, nosso grupo se aproximou dos parâmetros curriculares que regularizam e
orientam o ensino de Língua Portuguesa no Brasil, inserida na área de Linguagens,
Códigos e suas Tecnologias, que também se normatizam a partir deles, traçando um
paralelo com a trajetória estudantil de vários jovens que se constituiu, até então, por
grandes faltas, as quais, caso a proposta dos objetivos curriculares das instituições para
com seus alunos fossem antecipadamente apresentada, seriam preenchidas ao objetivar,
ao argumentar, a passagem por todos os graus instrutivos que devem compor o currículo
dos cidadãos.
Além disso, a análise recaiu sobre as composições enunciativas específicas de cada
tema incluído no capítulo do livro escolhido para averiguação e constatação do
seguimento normativo, isto é, do comportamento do sistema de ensino ao organizar seu
material didático. Isso nos levou a abordagem ramificada, e ainda não completa, de
exemplos, com trechos e versos poéticos extraídos dos textos.
Todo o feito, portanto, poderá trazer a tona outras reflexões, além das já contidas,
cruzando com a visão de quem avaliará ou, apenas, lerá despretensiosamente, revelando
a intrínseca relação entre autor(a) e leitor(a), emissor(a) e ouvinte, professor(a) e
aluno(a).
Para a realização desta Atividade Prática Supervisionada, na temática didática dos
PCNEM (Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio), analisamos a
conformidade do material escolhido – Livro Texto de Língua Portuguesa do 2º ano do
Ensino Médio: 1° semestre, 1. ed., 2º capítulo – São Paulo: SOMOS Sistemas de
Ensino, 2017 – com as propostas que visam um melhor desempenho no ensino de
Literatura Brasileira, especificamente com vista aos poemas como manifestação de
determinado(s) movimento(s) literário(s). Os de que tratamos foram: Parnasianismo,
Impressionismo, Neoimpressionismo e Simbolismo, os quais incluem alguns subtópicos
pré-definidos para a contextualização temporal e espacial de cada um. Todos se
encontram dentro de um único capítulo composto por dez páginas e, ao todo, contam
com seis poemas, os quais utilizamos como exemplificação da aplicação, ou não, de
forma crítica, espelhando-nos na Resenha do Guia Nacional do Livro Didático, além da
primeira referência.
Ao optarmos por um material didático com capítulos sucintos e breves, pretendemos
incitar o quão fluídos podem ser/tornar-se os últimos anos do Ensino Médio no Brasil,
com vigência a maior apresentação de conteúdos possível antes de o período dos
exames nacionais chegar, isto porque, como vivemos e concluímos, o processo
educativo tem seu fim pautado principalmente na aprovação do aluno com notas acima
da média nacional, caso vise a universidades em outros estados, nos vestibulares que
movimentam vários jovens todos os anos.
A necessidade de apreensão e desenvolvimento cognitivo em seus respectivos ápices, os
quais variam de aluno para aluno, faz-se ainda mais presente no “final” da formação
escolar – colocado entre aspas pois não se finaliza, apenas transfere-se para outro grau
de instrução – e acaba por justificar o longo e seletivo processo da educação; de fato, e
lamentavelmente, também pudemos verificar como ela é praticamente tratada pelos
sistemas, órgãos, pelas instituições e associações de ensino: uma forma de selecionar os
“melhores”; um filtro capaz de reter apenas os resíduos que não se ‘refinam’.
As etapas do trabalho foram divididas em:
Consulta em mais de três materiais didáticos para decidirmos qual era menos
estruturado e conteudista quanto à ramificação de um único tema em tópicos e
subtópicos, visando uma brecha através da qual desenvolveríamos nosso senso crítico
sobre a conformidade com os parâmetros devido à abrangência dos textos explicativos
consequentemente reduzida e, simultaneamente, reduzindo as chances de cumprirem
todos eles;
Consentimento das participantes quanto à escolha do material;
Atribuição de cada etapa do trabalho a uma participante, de acordo com suas respectivas
habilidade e disponibilidade;
Pesquisa dos parâmetros nos sites de editoras e no portal do MEC para a CONAES
(Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior) recomendados pela professora
Sueli Sales da disciplina vinculada neste semestre, além de outros encontrados citados
nas referências;
Pesquisa sobre os movimentos literários, tratados em outras fontes além do livro
utilizado, como método comparativo de contextualização, definição, exemplificação e
atrelamento a momentos mais atuais de manifestação textual, em prosa ou poesia;
Redação dos parágrafos, citando, transcrevendo, parafraseando e concebendo frases e
textos referenciados;
Organização dos parágrafos em introdução, desenvolvimento e conclusão, de forma a
cumprir com o gênero textual informativo e sua estrutura, pelos quais a resenha crítica é
composta;
Elaboração das Referências;
Revisão editorial do corpo textual;
Revisão do formato e das normas de configuração textuais;
Elaboração do relatório.
No final dessas etapas e após apreendermos o conteúdo lido, adaptado e redigido,
percebemos o montante que se acumula e transborda, do qual nos aproximamos um
pouco mais pela reflexão de como a área das linguagens se faz presente em todas as
nossas produções, verbais ou não verbais, literárias ou não, pois mesmo não as sendo
diretamente, disseram e dizem respeito a épocas e lugares definidos pelas relações
sociais. Como seres sociais, cultivamos internamente a capacidade de interagir com o
meio e com nossos semelhantes, criando, dessa maneira, cadeias cognitivas que só
tendem a se expandir ao entrarem em contato umas com as outras, isto é, ao lidar com o
outro e com suas produções, fertilizamos nossas ideologias, identificando-nos ou não
com as outras, mas entendendo que, outrora, fizeram sentido e, se já não se encaixam no
paradigma atual, relevam-nos a historicidade e a evolução ideológicas essenciais para
que chegássemos em nosso modelo cultural.
Colocar-nos no lugar de quem transmite seus conhecimentos, após adquirir experiência
e sabedoria com a prática dos métodos de ensino, inicialmente teóricos, postulados e
propostos por grandes estudiosos da educação, proporcionou-nos perspectiva nunca
antes refletida: a de um(a) aluno(a) que enxerga objetivos identitários, e não somente e
meramente que anteveem resultados contáveis, acima de uma média geral, em áreas de
conhecimento que acabam por rotular ideias, circundá-las, delimitando o alcance de
suas dimensões intelectuais, pois é por esta situação que muitos jovens são submetidos a
coexistir durante os últimos anos do Ensino Médio. Um todo acumulado pelo
incompleto atingimento de todas as competências, as quais são apresentadas ao(à)
aluno(a) apenas quando ingressa na educação superior, supondo-se que chegue até lá
com as condições econômicas que o(a) titule como “privilegiado(a)”, é o que se
encontra no final dos processos educativos pré-vestibulares; a imposição, e já não mais
a proposição, de uma carga conteudista inalcançável, ao ver dos(as) vestibulandos(as)
que passaram de uma etapa para outra tendo exigidas capacidades e habilidades sempre
além das que possui. Quando consegue alcançar determinado estágio, as expectativas
são elevadas a outro mais adiante e, assim, projetando seus pensamentos sempre a frente
do que é, preocupa-se com o que será e não vive seu aprendizado.
Como consequência, constrói-se uma geração frustrada que não se encontra em si
mesma e nem em lugar algum pela carência de cidadania, tudo que tange as relações
sociais e deveria fazer parte, por direito, da integralização curricular escolar, ou melhor
dizendo, deveria transpor o plano teórico para o efetivo, deixando de fazer parte de
documentos, currículos digitais ou impressos, para fazer parte da realidade ensino
aprendida.
Sendo assim, ao serem apontados e reconhecidos os objetivos educativos, serão também
atingidas as metas para com quem está diante de uma imersão histórico-científica
didática em todas as manifestações simbólicas exatas ou humanas. Ao unir seu contexto
com outros além das páginas, o(a) aluno(a) absorve um mundo, outrora, vivido e
aproxima-se dele simulando discursos, quaisquer manifestações concretas ou sensoriais
de forma semelhante a que fora concebida em espaços, épocas, com interesses e por
condições culturais diferentes, mas que, essencialmente, na igualdade capacitativa do
desenvolvimento cognitivo do ser humano, cruzam-se com esses seus mesmos aspectos.
Referências
FERNÁNDEZ, Isabel Gretel M. Eres et al. PARÂMETROS CURRICULARES
NACIONAIS (ENSINO MÉDIO). Parte II - Linguagens, Códigos e suas Tecnologias,
2016. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/14_24.pdf. Acesso
em: 15 abr. 2022.

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