Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Apresentação
O presente trabalho é referente a avaliação da disciplina Geotectônica e será também
um capítulo da minha tese intitulada “Formações ferríferas bandadas da região de São Tiago e
arredores (MG): mineralogia, petrografia, geoquímica e correlação com as grandes unidades da
borda meridional do Cráton do São Francisco”. A principal finalidade da proposta da tese é
contribuir para a inserção de BIFs dentro da evolução geológica da borda meridional do Cráton
do São Francisco, bem como contribuir com o conhecimento Cinturão Mineiro, comparando
características mineralógicas, petrográficas, texturais, assinatura química e idade dos corpos
estudados com as de outras formações ferríferas já descritas no sul do Cráton São Francisco.
Nas próximas páginas será apresentada uma revisão geral abordando as Formações Ferríferas
Bandadas (Banded Iron Formations -BIFs), esta revisão foi dividida da seguinte forma:
1-Introdução
1.1- Mineralogia
2-Classificação
3-Características Geoquímicas Gerais
3.1- Elementos Traços
3.2- Elementos Terras Raras
4-Ambiente Deposicional- Gênese
5-Bifs pelo mundo
6-Bifs Sul do Cráton do São Francisco
6.1- Greenstone Belt Pitangui
6.2- Greenstone Belt Rio das Velhas
6.3- Supergrupo Minas
6.4- Supergrupo Espinhaço
7-Bibliografia
1- Introdução
Atualmente, as formações ferríferas são caracterizadas como rochas sedimentares cujo
teor em ferro é igual ou superior a 15%. Dentre elas, discriminam-se duas classes básicas:
i) as de origem sedimentar química, que constituem as chamadas formações
ferríferas bandadas ("banded iron formations" ou "BIF´s")
ii) as de origem sedimentar detrítica ou granulares ("granular iron formations" ou
"GIF´s") (Klein 2005; Clout & Simonson 2005).
As BIFs foram depositadas como lamas químicas e possuem todas as fácies propostas por
James (1954,1966). Enquanto as formações ferríferas granulares GIFS apresentam texturas
detríticas preservadas e consistem em areias bem selecionadas, sendo formados por erosão e
redeposição intrabacinal de lamas químicas (Beukes e Klein, 1990). Nessas rochas só foram
observadas as fácies óxido e silicato (mais raro). São mais novas que 1.8 Ga. e apresentam um
bandamento irregular e várias estruturas sedimentares (Trendall 2002).
Como o foco do trabalho são as formações ferríferas bandadas (BIFS), estas serão melhor
detalhadas aqui. As BIF´s são caracterizadas como rochas ricas em ferro, em sua grande maioria
mais velhas que 2.0 Ga, que possuem um bandamento definido e que mesmo sofrendo um alto
grau de metamorfismo, normalmente, retém resquícios deste bandamento (Klein 2005). Em
geral, possuem uma continuidade estratigráfica lateral grande (Trendall 2002).
Até chegar à essa definição, várias discussões acerca da terminologia e nomenclatura das
rochas instauraram-se ao longo dos séculos XIX e XX. No sub- item 2 (Classificação) será
apresentado uma súmula desse histórico abordando as principais classificações propostas.
2 – Classificação
Segundo James (1954 e 1966) as rochas sedimentares ferríferas podem ser subdivididas
em fácies baseando-se no mineral portador de ferro na rocha (óxido, silicato, carbonato e
sulfeto). Por outro lado, Gross (1965) notou que a classificação proposta por James (op.cit.)
possuía um controle paleoambiental (em função da profundidade) e alterou para uma nova
classificação baseada em mais fatores; compreendendo desde os litotipos envolvidos até o
modelo tectosedimentológico. Dessa forma, as BIFs foram subdivididas em Algoma, Lago
Superior, Clinton e Minette. Posteriormente, em 1983, o mesmo autor retomou parte de sua
classificação anterior (1965) e caracterizou as formações ferríferas nos tipos Lago Superior,
Algoma e Rapitan, termos que são utilizados até os dias de hoje para classificar as BIFs.
Algoma – rochas arqueanas, mais velhas que 2.6 Ga., ocorrem associadas a gereenstone
belst (rochas vulcânicas máficas, piroclásticas félsicas e fluxos riolíticos, grauvacas, xistos,
ardósias, metaturbiditos) depositadas em ambiente de mar profundo. Exemplos são
Michipicoten (Canadá), Vermillion District (EUA), Super Grupo Rio das velhas (Brasil), Ntern
Complex (Camarão – África), North Arcot District (India), Anben, Jidong e Lvliang entre outros.
Lago Superior – rochas paleoproterozóicas (> 1.8 Ga) depositadas em plataformas
continentais marinhas e também em bacias de rifte, associadas à sedimentação clástica com boa
maturidade. Labrador (Canadá), Lago Superior (EUA), Formação Cauê (Brasil), Hamerley
(Austrália) e Krivoy Rog (Rússia), Tongwane Formation (South Africa), Bailadila (Índia).
Rapitan – de idade neoproterozóica a paleozóica e estariam associadas a sedimentação
glaciogênica. Exemplos desses depósitos são encontrados em Macaúbas e Urucum (Brasil),
Rapitam (Canadá) e Damara (Namíbia).
Embora está classificação seja amplamente utilizada, alguns autores a consideram
inapropriada, devido à multiplicidade de associações litológicas e depósitos que não se adequam
a uma das duas categorias principais, mostrando características transicionais ou ambíguas
(Kimberley, 1989), e ao fato de que as diferenças entre os modelos não necessariamente
implicam em diferenças nos seus mecanismos de geração, podendo corresponder somente a
diferentes posições no ambiente sedimentar (Gole & Klein, 1981).
Por fim, em 2005 Klein definiu que BIFs de idade entre 1.8 e 3.8 Ga. possuem composição
química similar sendo ricas em Fe total (20-40%) e SiO2 (43-56%), com teores de CaO e MgO
entre 1,75-9,% e 1,2 -6,7% respectivamente. Teores de Al2O3 são baixos variando de 0,09 a 1,8%.
Segundo a literatura atual, a deposição das formações ferríferas bandadas está relacionada à
evolução atmosférica e biológica, assim como aos padrões de ciclos tectônicos globais (Klein,
2005; Bekker et al., 2010). As condições básicas para deposição das BIFs são bem conhecidas,
sendo necessária a precipitação de ferro a partir de uma coluna d’água contendo níveis
micromolares de ferro ferroso (Bekker et al. (2010)). Para isso, segundo Bekker et al. (2010), são
necessários três fatores principais: i) atmosfera redutora ou com baixo potencial de oxidação; ii)
baixas concentrações de sulfeto e sulfato e iii) alto fluxo de ferro hidrotermal.
No entanto, os processos específicos que levam a essa deposição são pouco entendidos, sendo
provável que as formações ferríferas tenham se formado a partir de diferentes mecanismos ao
longo do tempo geológico, como:
1- Modelo clássico: sugerido por Cloud (1965), afirma que o oxigênio livre de origem
fotossintética induz a oxidação do Fe2+ livre nos oceanos, proveniente de centros hidrotermais.
Em uma coluna d’água estratificada em relação ao oxigênio, as águas profundas anóxicas ricas
em ferro são levadas por ressurgências para as águas rasas ricas em oxigênio, onde ocorre a
oxidação e precipitação da BIF;
2- Oxidação metabólica do Fe2+: o ferro é precipitado diretamente de reações fotossintéticas
liberando ferro como produto, como a fotoferrotropia e a oxidação aerofílica do ferro (Garrels
& Perry, 1974; Edwards et al., 2003);
3- Oxidação induzida por radiação ultravioleta (UV): Acredita-se que quando a atmosfera ainda
era predominantemente anóxica, a camada de ozônio não existia. Logo, a radiação UV que
chegava a Terra era consideravelmente mais intensa do que nos tempos atuais, o que pode ter
levado à quebra das moléculas de água dos oceanos, liberando oxigênio na atmosfera. Este
oxigênio, em contato com o ferro livre dissolvido nos oceanos, levou a sua oxidação e
consequente precipitação, gerando as BIFs (Braterman et al., 1983; Anbar & Holland, 1992);
4- Oxidação em fluídos hidrotermais (separação de fases): Durante o expelimento de fluídos
hidrotermais em centros vulcânicos de espalhamento do assoalho oceânico, ocorre a separação
de fases do fluído em fase líquida e vapor. Esta separação aumenta o potencial de oxidação do
líquido, que também se torna mais alcalino, levando a precipitação dos elementos dissolvidos
contidos nele, inclusive o ferro. Este mecanismo ocorre somente em formações do tipo Algoma
e pode ocorrer associado a depósitos de sulfeto maciço vulcanogênico (VMS) (Foustoukos &
Bekker, 2008);
5- Fluxo de detritos: Krapez et al. (2003) e Lascelles (2007) sugerem a geração de formações
ferríferas a partir de fluxos de detritos gerados pela força da gravidade em fumarolas
hidrotermais, onde o ferro teria sido previamente depositado devido a sua baixa solubilidade.
Lascelles (2007) acredita que os precipitados originais seriam compostos por um material
silicático, que durante a diagênese se separaria nas camadas de óxidos e hidróxidos de ferro e
nas camadas de sílica, sendo a sílica totalmente diagenética.
5– BIFs no mundo
Figura 1: Distribuição de diferentes depósitos de Formações Ferríferas Bandadas. Fonte: Modificado de Alkimin, 2017
Figura 2: Distribuição das BIFs ao longo do tempo geológico com pico de deposição em 2,5 G.a., esse pico marca o
Grande Evento de Oxidação da Terra (fonte da figura: Klein, 2005).
1.66 G.a.
1.99 G.a.
Figura 6: Coluna Estratigráfica dos grupos Serra da Serpentina e Serra de São José
(Supergrupo Espinhaço).
7- Bibliografia:
Alkimin A.R., 2014 Investigação geoquímica e estratigráfica da Formação Ferrífera Cauê na porção centro-
oriental do Quadrilátero Ferrífero, MG. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP. 206p.
Alkmim F.F., Marshak S. 1998. Transamazonian Orogeny in the Southern São Francisco Craton, Minas Gerais,
Brazil: evidence for Paleoproterozoic collision and collapse in the Quadrilátero Ferrífero. Precambrian Res, 90: 29–58.
Amorim L.Q. & Alkmim F.F. 2011. New ore types from the Cauê banded iron-formation, Quadrilátero
Ferrífero, Minas Gerais, Brazil – Responses to the growing demand. Iron ore conference. Perth, WA, 13p.
Babinski, M., Chemale Jr., Van-Schmus, W.R., 1995. Cronoestratigrafia do Supergrupo
Minas e provável correlação de suas formações ferríferas com similares da África do Sul e Austrália. Geochim. Bras.
9, 33-46.
Baltazar O.F., Zucchetti M. 2007. Lithofacies associations and structural evolution of the Archean Rio das
Velhas greenstone belt, Quadrilátero Ferrífero, Brazil: a review of the regional setting of gold deposits. Ore Geol. Rev,
32: 471–499.
Bau M., Dulski P. 1996. Distribution of yttrium and rare-earth elements in the Penge and Kuruman iron-
formations, Transvaal Supergroup, South Africa. Precambrian Res., 79: 37–55.
Bau M., Möller P. 1993. Rare earth element systematics of the chemically precipitated component in early
Precambrian iron formations and the evolution of the terrestrial atmosphere– hydrosphere–lithosphere system.
Geochim. Cosmochim Acta, 57: 2239–2249.
Bekker A., Holland H.D., Wang P.L., Rumble III D., Stein H.J., Hannah J.L., Coetzee L.L., Beukes N.J. 2004.
Dating the rise of atmospheric oxygen. Nature, 427: 117–120.
Bekker, A., Slack, J.F., Planavsky, N., Krapez, B., Hoffman, A., Konhauser, K.O., Rouxel, O.J. 2010. Iron
formation: The sedimentary product of a complex interplay among mantle, tectonic, oceanic, and biospheric
processes. Economic Geology, v. 105, p. 467-508.
Bender M., Broecker W., Gornitz V., Middle U., Kay R., Sun S., Biscaye P. 1971. Geochemistry of three cores
from the East Pacific Rise. Earth and Planetary Science Letters, 12: 425-433.
Bolhar R., Kamber B.S., Moorbath S., Fedo C.M.,Whitehouse M.J. 2004.Characterization of early Archaean
chemical sediments by trace elemento signatures. Earth Planet. Sci. Lett., 222: 43–60.
Bonnichsen B. 1969. Metamorphic pyroxenes and anphiboles in the Biwabik Iron Formation, Dunka River
area, Minnesota. Mineral. Soc. Am., Spec. Pap., 2:217-241.
Brando Soares M., Corrêa Neto A.V., Zeh A., Cabral A.R., Pereira L.F., Prado M.G.B., Almeida A.M., Manduca
L.G., Silva P.H.M., Mabub R.O.A., Schlita T.M. 2017. Geology of the Pitangui greenstone belt, Minas Gerais, Brazil:
Stratigraphy, geochronology and BIF geochemistry. Precambrian Res., 291: 17-41.
Butler P. Jr. 1969. Mineral compositions and equilibria in the metamorphosed iron-formation of the Gagnon
region, Quebec, Canada. Journal of Petrology, 10: 56-101.
Cabral A.R., Lehmann B., Gomes A.A.S., Pašava, J. 2016. Episodic negative anomalies of cerium at the
depositional onset of the 2.65-Ga Itabira iron formation, Quadrilátero Ferrífero of Minas Gerais, Brazil. Precambrian
Res., 276: 101– 109.
Chemale Jr. F., Dussin I.A., Alkmim F.F., Martins M.S., Queiroga G., Armstrong R., Santos M.N. 2012.
Unravelling a Proterozoic basin history through detrital zircon geochronology: The case of the Espinhaço Supergroup,
Minas Gerais, Brazil. Gondwana Res., 22: 200–206.
Clout, J.M.F.; Simonsom, B.M. 2005. Precambrian Iron Formations and Iron Formation-Hosted Iron Ore
Deposits. Economic Geology, 100th anniversary volume, p. 643-679.
Dahl P. S. 1979. Comparative geothermometry based on major-element and oxygen isotope distributions in
Precambrian metamorphic rocks from southwestern Montana. Am. Mineral., 64: 1280-1293.
Danielson A., Moller P. and Dulski P. 1992. The europium anomalies in banded iron formations and the
thermal history of the ocean crust. Chemical Geology, 97: 89-100.
Derry L. A. & Jacobsen S. B. 1990. The chemical evolution of Precambrian seawater: Evidence from REEs in
banded iron formations. Geochimica et Cosmochimica Acta, 54: 2965–2977.
Dorr J.V.N. 1969. Physiographyc, sratigraphic and structural development of the Quadrilátero Ferrífero,
Minas Gerais, Brazil. US Government Printing Office.
Edwards, K. J., Rogers, D. R., Wirsen, C. O. & McCollo,, T. M. 2003. Isolation and characterization of novel
psychrophilic, neutrophilic, Fe-oxidizing, chemolitho autotrophic alpha- and, gamma-Proteobacteria from the deep
sea. Appl. Environ. Microbiol, v. 69, p. 2906–2913.
Eichler J. 1976. Origin of the Precambrian banded iron-formations. In: K.H. Wolf (ed.). Handbook of
stratabound and stratiform ore deposits. Amsterdan. Elsenvier Scientific Publishing Company, p. 157-201.
Elderfield H. & Sholkovitz E. R. 1987. Rare earth elements in the pore waters of reducing nearshore
sediments.Earth and Planetary Science Letters, 82: 280-288.
Faria L. R. 2017. Litogeoquímica e estratigrafia de rochas metavulcânicas do alvo São Francisco, Greenstone
Belt Pitangui, Minas Gerais. Tese de conclusão de curso, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio de
Janeiro, 102 p.
Foustokoulos, D. I. & Bekker, A. 2008. Hydrothermal Fe(II) oxidation during phase separation: relevance to
the origin of Algoma-type BIFs. Geochimica et Cosmochimica Acta, v. 72, p. 280.
Floran R. J. & Papike J. J. 1978. Mineralogy and petrology of the Gunflint Iron Formation, Minnesota-
Ontario: Correlation of compositional and assemblage variations at low to moderate grade. Journal of Petrology, 19:
215-288.
Frei, R.; Dahl, P. S.; Duke, E. F.; Frei, K. M.; Hansem, T. R.; Frandssom, M. M.; Jensem, L. A. 2008. Trace
element and isotopic characterization of Neoarchean and Paleoproterozoic iron formations in the Black Hills (South
Dakota, USA): assessment of chemical change during 2.9–1.9 Ga deposition bracketing the 2.4–2.2 Ga first rise of
atmospheric oxygen. Precambrian Res., v. 162, n. 3-4, p. 441-474.
French B.M. 1968. Progressive contact metamorphism of the Biwabik Iron Formation, Mesabi Range,
Minnesota. Minn., Geol.Surv. Bull., 45: 103p.
Garrels, R. M. & Perry, E. A. J. 1974. Cycling of carbon, sulfur, and oxygen through geologic time. In The Sea,
New York.
Gole M. J. & Klein C. 1981. Banded iron-formations through much of the Precambrian time. J. Geology,
89:169-183.
Gross, G.A. 1983. Tectonic systems and the deposition of iron-formation. Precambrian Research, v. 20, p.
171-187.
Gross, G.A. 1973. The depositional environments of principal types of Precambrian iron-formations. In:
Genesis of Precambrian Iron and Manganese Deposits. UNESCO Earth Sci. Ser, v. 9, p. 15-21.
Gross, G.A. 1965. Geology of iron deposits in Canada, vol. 1 - General geology and evaluation of iron
deposits. Economic Geology, v. 22, p. 181.
Hartmann, A., Endo, I., Suita, M.T.F., Santos, J.O.S., Frantz, C.J., Carneiro, M.A., McNaughton, N.J., Barley,
M.E. 2006. Provenance and age delimitation of Quadrilátero Ferrífero.
Haase C. S. 1982. Metamorphic petrology of the Negaunee Iron Formation, Marquette district, northern
Michigan: Mineralogy, metamorphic reactions and phase equilibria. Economical Geology, 77: 60-81.
Holland, H.D. 2006.The oxygenation of the atmosphere and oceans. Phil.Trans. R. Soc., v. 361.
James, H.L. 1954.Sedimentary facies of iron-formation. Economic Geology,v. 49, p. 235-293.
James, H.L. 1966 Data of geochemistry of iron-rich sedimentary rocks. U.S. Geological Survey. 6ed.
Kimberley, M.M. 1989. Nomenclature for iron formations. Ore Geology Reviews, v. 5, p. 1-12.
Klein C. 1966. Mineralogy and petrology of the metamorphosed Wabush Iron Formation, southwestern
Labrador. Journal of Petrology, 7: 240-305.
Klein, C. 2005. Some Precambrian banded iron-formations (BIFs) from around the world: Their age, geologic
setting, mineralogy, metamorphism, geochemistry, and origin. American Mineralogist, v. 90, p. 1473-1499.
Konhauser, K.O., Pecoits, E., Lalonde, S. V., Papineau, D., Nisbet, E.G., Barley, M.E., Arndt, N.T., Zahnle, K.,
Kamber, B.S. 2009. Oceanic nickel depletion and a methanogen famine before the Great Oxidation Event. Nature,
458: 750–753.
Krapez, B., Barley, M. E., Pickard, A. L. 2003. Hydrothermal and resedimented origins of the precursor
sediments to banded iron formation: sedimentological evidence from the Early Palaeoproterozoic Brockman
Supersequence of Western Australia. Sedimentology, v. 50, p. 979-1011.
Lascelles, D.F. 2007. Black smokers and density currents: A uniformitarian model for the genesis of banded
iron-formations. Ore Geology Reviews, v. 32, p. 381-411.
Lepp H. & Goldish S. S. 1964. Origin of Precambrian iron formations. Economic Geology, 59: 1025-1060.
Machado, N., Noce, C., Ladeira, E., Belo de Oliveira, O. 1992. U-Pb geochronology of Archean magmatism
and Proteozoic metamorphism in the Quadrilatero Ferrifero. southern São Francisco craton, Brazil. Geological Society
of America Bulletin, 104: 721-727.
Morey G. B., Papike J. J., Smith R. W., Weiblen P. W. 1972. Observations on the contact metamorphism of
the Biwabik Iron-Formation, East Mesabi District, Minnesota. Geol. Soc. Am. Mem., 135: 225-264.
Murray R. W., Buchholtz ten Brink M. R., Gerlach D. C., Russ G. P., Jones D. L. 1991. Rare earth, major and
trace elements in chert from the Franciscan Complex and Monterey Group, California: Assessing REE sources to fine-
grained marine sediments. Geochimica et Cosmochimica Acta, 55: 1875-1895.
Olivarez A. M. & Owen R. M. 1991. The europium anomaly of seawater: Implications for fluvial versus
hydrothermal REE inputs to the oceans. Chemical Geology, 92: 317–328
Planavsky, N., Bekker, A., Rouxel., O.L., Kamber, B., Hofman, A., Knudsen, A., Lyons, T.W. 2010. Rare earth
element and yttrium compositions of Archean and Paleoproterozoic Fe formations revisited: New perspectives on the
significance and mechanisms of deposition. Geochimica et Cosmochimica Acta, v. 74, p.6387-6405.
Pufahl P. K. & Hiatt E. E. 2012. Oxygenation of the Earth’s atmosphere-ocean system: A review of physical
and chemical sedimentologic responses. Marine and Petroleum Geology, 32: 1-20.
Rolim, V.K. 2016. As formações ferríferas da região de Conceição do Mato Dentro – MG. Tese de Doutorado.
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 243p.
Romano, R., Lana, C., Alkmim, F.F., Stevens, G., Armstrong, R., 2013. Stabilization of the southern portion of
the São Francisco Craton, SE Brazil, through a long-lived period of potassic magmatism. Precambrian Res. 224, 143-
159.
Santos, N. F. O.; Ferreira, C.; Brando Soares, M.; Santos, K. N. S.; Faria, L. R.; Corrêa Neto, A. V.; Silva, P.H.M.;
Mabub, R. O. A. 2019. Evidências de Eventos de Oxigenação a partir da Geoquímica de Formações Ferríferas Bandadas
do Greenstone Belt Pitangui (Meso-Neoarqueano), porção sul do Cráton São Francisco. Geochimica Brasiliensis 28
33(1): 28 – 49.
Toyoda K., Nakamura Y., Masuda A. 1990. Rare earth elements of Pacific pelagic sediments. Geochimica
etCosmochimica Acta, 54: 1093-1103.
Trendall A. F. 2002. The significance of iron-formation in the Precambrian stratigraphic record: International
Association of Sedimentologists Special Publication 33, p. 33–66.
Young, G.M. 2013. Precambrian supercontinents, glaciations, atmospheric oxygenation, metazoan evolution
and an impact that may have changed the second half of Earth history. Geoscience Frontiers, 4:247-261.
Zhang J. & Nozaki Y. 1996. Rare Earth elements and yttrium in seawater: ICPS-MS determinations in the East
Caroline, Coral Sea, and South Fiji basins of western South Pacific Ocean. Geochimica et Cosmochimica Acta, 60(23):
4631-4644.
Zucchetti, M., Baltazar, O.F. 2000. Projeto Rio das Velhas - Texto explicativo do mapa geológico integrado,
escala 1:100.000. 2nd ed. Departamento Nacional de Produção Mineral/CPRM-Serviço Geológico do Brasil, Belo
Horizonte, Brazil, 121 p.