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Luana Aiello Monteiro

A natureza em nós

O tema que escolhi para desenvolver o projeto é sobre a natureza. Procurei


retratar alguns animais, árvores, rios, e outros elementos que fazem parte do
contexto. Fiz uma série de quatro desenhos que se relacionam com as cores e
elementos visuais. Minha intenção poética foi transmitir a paz e harmonia que
existem nesse meio e mostrar que tudo está interligado. Escolhi esse tema pois
nasci e morei a maior parte da minha vida em Bonito-MS. A natureza transmite
muitas coisas boas, é um lugar calmo onde podemos esquecer dos problemas do
dia a dia e nos conectar com nós mesmos. Quis retratar um pouco do que sinto e a
beleza que existe. Gosto muito de nadar nos rios de águas cristalinas com várias
piraputangas, ouvir os pássaros cantarem, sentir o ar puro da natureza, visitar novos
lugares, fazer trilha, ver animais, entre outros. Com o passar dos anos o homem
vem degradando a natureza, através de: queimadas, desmatamento, poluição etc. E
isso tudo causa muitos impactos ambientais negativos que nos prejudicam pois tudo
está relacionado e esses recursos naturais são necessários para nossa
sobrevivência. Portanto, acho importante esse tema pois é algo que devemos
refletir, ter consciência, preservar e cuidar do nosso planeta.
Escolhi usar os seguintes materiais: aquarela, lápis de cor, caneta nanquim e
giz pastel oleoso. Achei interessante fazer uma mescla dos materiais, pois em cada
um existem muitas possibilidades. Sobre a etapa de desenho, tudo começou no
caderno de ideias e pensamentos sobre o assunto, desenhando de forma intuitiva. O
livro “Criatividade e Processos de Criação” da Fayga Ostrower foi muito bom para
uma maior compreensão do processo criativo, pois muitas vezes esperamos a
criatividade surgir sem a prática em si, “Intuitivos, esses processos se tornam conscientes na
medida em que são expressos, isto é, na medida em que lhes damos uma forma.” Após isso
passei o primeiro desenho para o papel A4 com lápis grafite bem leve, depois usei a
aquarela e fiz alguns detalhes com o lápis de cor. No segundo desenho usei uma
imagem de referência e coloquei outros elementos. O terceiro, das piraputangas,
decidi fazer algumas com o lápis de cor e outras com aquarela, o fundo também. No
último usei caneta nanquim, pintei e fiz detalhes com lápis de cor mas ainda estava
faltando algo, pensei em usar giz pastel oleoso e depois esfumar com o dedo, foi
uma experimentação nova que gostei bastante.
No geral, minha intenção foi criar desenhos com elementos da Arte Visionária,
que é a representação visual do que está além do véu da terceira dimensão, onde o
artista retrata através de sua arte o que se encontra oculto aos olhos físicos, suas
visões interiores ou das dimensões invisíveis. “Como processos intuitivos, os processos de
criação interligam-se intimamente com nosso ser sensível. Mesmo no âmbito conceitual ou
intelectual, a criação se articula principalmente através da sensibilidade.”, OSTROWER Fayga.
Alguns artistas que tenho empatia são: Clara Leff, Alex Grey, Van Gogh, Frida Kahlo,
Amanda Sage, Agnes Pelton, Hilma Af Klint, entre outros.

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