Custos para Fins Decisórios

Elaborado por:
Sidney Leone
O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor(a)
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Custos para Fins Decisórios

Módulo 2 - Custeio por Absorção uma análise sob

a perspectiva da Contabilidade Financeira.

• Gastos, Custos, Despesas e Investimentos,

• Classificações dos Gastos,

• Custeio por Absorção,

• CPP; CPA e CPV.

Balanço Patrimonial Demonstrativo de

Resultado do Exercício
Produtos ou
Custos Serviços Despesas
Elaborados

Incorridos
Investimentos
(Dispendidos e não incorridos)

Gastos
Fonte: BRUNI, Adriano Leal; (2018)

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 Algumas das terminologias mais usuais:

gastos: sacrifício financeiro que a entidade arca para a
obtenção de um produto, serviço ou a geração de uma
despesa;
investimento: gasto ativado em função de sua vida útil ou de
benefícios atribuíveis a futuros períodos;
custos: gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção
de outros bens ou serviços;
despesas: bem ou serviço consumido direta ou indiretamente
para a obtenção de receitas;
desembolso: pagamento do bem ou serviço;
perda: bem ou serviço consumido de forma anormal...

Fonte: BRUNI, Adriano Leal; (2018)

SEPARAÇÃO ENTRE CUSTOS E DESPESAS

SALÁRIOS DA FÁBRICA - CUSTOS DE PRODUÇÃO

MATÉRIA PRIMA CONSUMIDA - CUSTOS DE PRODUÇÃO
SALÁRIOS DA ADMINISTRAÇÃO - DESPESAS ADMINISTR.
DEPRECIAÇÃO DA FÁBRICA - CUSTOS DE PRODUÇÃO
SEGUROS DA FÁBRICA - CUSTOS DE PRODUÇÃO
COMISSÃO DE VENDEDORES - DESPESAS DE VENDAS
HONORÁRIOS DA DIRETORIA - DESPESAS ADMINISTR...

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SEPARAÇÃO ENTRE CUSTOS E DESPESAS

MATERIAIS DIVERSOS - FÁBRICA - CUSTO DE PRODUÇÃO

ENERGIA ELETRICA FÁBRICA - CUSTO DE PRODUÇÃO
MANUTENÇÃO FÁBRICA - CUSTO DE PRODUÇÃO
DESPESAS DE ENTREGA - DESPESAS DE VENDA
CORREIOS, TELEFONE E INTERNET - DESPESAS ADMINISTR
MATERIAL CONSUMO-ESCRITÓRIO - DESPESAS ASMINISTR
DESPESAS FINANCEIRAS - DESPESAS FINANCEIRAS...

Classificação dos Gastos

Despesas
MD MOD CIP
Materiais Diretos Mão-de-Obra Direta Custos Indiretos
Gastos não
Matéria-Prima Mensurada e identifi- Custos que não são
associados
Embalagem cada de forma direta MD nem MOD
à produção

Custo de transformação
Custo direto

Custo total, contábil ou fabril

Gastos totais ou custo integral

Fonte: BRUNI, Adriano Leal; (2018)

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CUSTEIO POR ABSORÇÃO:

Regulamento do Imposto de Renda - Decreto 9.580

de 22/11/2018
Subseção III do custo do bem ou serviço:
Artigos 300 a 310. Relata o custo de aquisição dos estoques,
custo de produção e critérios de avaliação dos estoques.
NBC TG 16 (R2) – Estoques de 24/11/2017.

CUSTEIO POR ABSORÇÃO:

Custos Indiretos Custos Diretos Despesas

Centro de
Custos Aux. 1
Centro de
Custos Aux. 2
Centro de
Custos Prod. 1
Centro de
Custos Prod. 2

Base: Volume Produtos

CPV Resultados

Receitas

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CUSTEIO POR ABSORÇÃO:

 Tudo o quê consumimos na produção, precisa ser

“ABSORVIDO” pelos ESTOQUES originando a expressão
“CUSTEIO POR ABSORÇÃO” .
 Os gastos produtivos que não são identificados, se faz
necessário do uso de critérios de rateio ou seja a alocação
aos produtos são subjetivas, provocando algumas
distorções

Dividindo os indiretos ...

Segundo o Custeio por Absorção é preciso alocar
todos os custos aos estoques

Inclusive os indiretos aos

Estoques.
Rateio: divisão dos gastos indiretos e alocação
aos produtos ou serviços.

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Entendendo a …
Base de rateio
Critério externo para efetuar
a divisão ou aplicar a
regra de três
Exemplo comum: MOD
Quanto mais trabalhoso
um produto é, será maior o
consumo de CIPs.

Custos
indiretos:
Dois produtos: A e B
$700,00 Critério de rateio MOD

Produto A B Soma
MD $ 250,00 450,00 700,00
MOD $ 300,00 200,00 500,00
Considerando $500,00 = 100%
MOD % 60% 40% 100%
Aplicando uma regra de três
CIP $ 420,00 280,00 700,00
Custo $ 970,00 930,00 1.900,00

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Possíveis bases de rateio

 Mão-de-obra direta
 Custos diretos ou primários

 Quantidades produzidas

 Horas homem

 Horas máquina

Revisão sumária do Custeio por Absorção

ANALISANDO A DOCUMENTAÇÃO E O REGISTRO CONTÁBIL

DA EMPRESA EM “X/1” OBSERVA-SE O SEGUINTE:

Volume normal de produção mensal = 500 unidades

Produção em “X1” = 500 unidades

Vendas em “X1” = 250 unidades

Preço de venda por unidade = $ 100

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Revisão sumária do Custeio por Absorção

ANALISANDO A DOCUMENTAÇÃO E O REGISTRO CONTÁBIL

DA EMPRESA EM “X/2” OBSERVA-SE O SEGUINTE:

Volume normal de produção mensal = 500 unidades

Produção em “X2” = 325 unidades

Vendas em “X2” = 550 unidades

Preço de venda por unidade = $ 100

Revisão sumária do Custeio por Absorção

DRE da Empresa Virtual
Período X1 X2
Vendas $ 25.000 $ 55.000
Custo de a Produção
Estoque Inicial - $ -18.750
Matérias Primas $ -10.000 $ -6.500
Mão de Obra direta $ -10.000 $ -6.500
Custos gerais de produção $ -17.500 $ -16.625
Total dos Custos Gerais Produção $ -37.500 $ -48.375
Estoque Final do Mês $ 18.750 $ 1.875
Custo dos Produtos Vendidos (CPV) $ -18.750 $ -46.500
Lucro Bruto $ 6.250 $ 8.500
Despesas Comerciais Administrativas $ -6.000 $ -8.400
Lucro Antes do I. de Renda $ 250 $ 100

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Revisão sumária do Custeio por Absorção

Os custos incorridos no período X1:
Matérias Primas ($20 por unidade X 500) $ 10.000
Mão de Obra Direta ($20 por unidade X 500) $ 10.000
Custos Gerais de Produção
Fixos ($30 por unidade X 500) $ 15.000
Variável ($5 por unidade X 500) $ 2.500 $ 17.500
Custo Total $ 37.500
Custo Unitário MP ($10.000/500) $ 20
Custo Unitário MOD ($10.000/500) $ 20
Custo Unitário CIF ($17.500/500) $ 35
Custo Unitário Total ($37.500/500) $ 75
Despesas Comerciais e Administrativas:
Fixos $ 4.000
Variável ($8 por unidade X 250) $ 2.000 $ 6.000

Revisão sumária do Custeio por Absorção

Os custos incorridos no período X2:

Matérias Primas ($20 por unidade X 325) $ 6.500

Mão de Obra Direta ($20 por unidade X 325) $ 6.500
Custos Gerais de Produção
Fixos ($30 por unidade X 500) $ 15.000
Variável ($5 por unidade X 325) $ 1.625 $ 16.625
Custo Total $ 29.625
Custo Unitário MP ($6.500/325) $ 20
Custo Unitário MOD ($6.500/325) $ 20
Custo Unitário CIF ($16.625/325) $ 51,15
Custo Unitário Total ($29.625/325) $ 91,15
Despesas Comerciais e Administrativas:
Fixos $ 4.000
Variável ($8 por unidade X 550) $ 4.400 $ 8.400

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Revisão sumária do Custeio por Absorção

Análise completa diferença no lucro
ANO DE X1 ANO DE X2
qtd valor unit valor total qtd valor unit valor total
Venda 250 R$ 100,00 R$ 25.000,00 550 R$ 100,00 R$ 55.000,00
Custo produção
EI 0 R$ 0,00 R$ 0,00 250 R$ 75,00 R$ 18.750,00
MP 500 R$ 20,00 R$ 10.000,00 325 R$ 20,00 R$ 6.500,00
MOD 500 R$ 20,00 R$ 10.000,00 325 R$ 20,00 R$ 6.500,00
CIP fixo 500 R$ 30,00 R$ 15.000,00 500 R$ 30,00 R$ 15.000,00
CIP variável 500 R$ 5,00 R$ 2.500,00 325 R$ 5,00 R$ 1.625,00
Total custos produção 500 R$ 75,00 R$ 37.500,00 325 R$ 91,15 R$ 29.625,00
EF R$ 18.750,00 R$ 1.875,00
MP 250 R$ 20,00 R$ 5.000,00 25 R$ 20,00 R$ 500,00
MOD 250 R$ 20,00 R$ 5.000,00 25 R$ 20,00 R$ 500,00
CIP fixo 250 R$ 30,00 R$ 7.500,00 25 R$ 30,00 R$ 750,00
CIP variável 250 R$ 5,00 R$ 1.250,00 25 R$ 5,00 R$ 125,00
CPV R$ 18.750,00 R$ 46.500,00
Lucro Bruto R$ 6.250,00 R$ 8.500,00
Desp Adm
fixas R$ 4.000,00 R$ 4.000,00
variáveis 250 R$ 8,00 R$ 2.000,00 550 R$ 8,00 R$ 4.400,00
LAIR R$ 250,00 R$ 100,00

Revisão sumária do Custeio por Absorção

NOTE QUE, APESAR DO VOLUME DE VENDAS TER SIDO

MAIS DO QUE O DOBRO (DE 250 PARA 550 UNIDADES), O
LUCRO DO PERÍODO X1 DECLINOU (DE $250 PARA $100) NO
PERÍODO X2, O QUE É MUITO DIFÍCIL EXPLICAR PARA OS
GESTORES…

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Concluímos então que o Custeio por Absorção é:

 Obrigatório
 Sujeito às normas brasileira de
contabilidade e imposições legais
 Posterior auditoria
 Atende à vontade do Leão
 Contabilidade para fins “EXTERNOS”

CRÍTICAS AO CUSTEIO POR ABSORÇÃO:

 EXISTÊNCIA DE DÚVIDAS SOBRE ESTE

CUSTEIO PARA FINS DE ANÁLISE GERENCIAIS
DEVIDO A SUBJETIVIDADE NA ALOCAÇÃO DOS
CUSTOS INDIRETOS.

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FLUXO DOS CUSTOS

CPP = MAT + MOD + CIP

CPA = EIP Elab + CPP – EFP Elab

CPV = EIPAC + CPA - EFPAC

MARTINS, Eliseu. CONTABILIDADE DE CUSTOS. São Paulo, Ed. Atlas, 2003.

CASO PRÁTICO
A empresa HRamos apresentou os seguintes dados referentes ao
mês de junho/21:
• Estoque inicial igual a zero.
•Produção do mês de maio/21 igual a 500 unidades com venda de 400
unidades.
•Compra de matéria prima R$ 7.500,00 em 20/05/21 na condição FOB
(custos de transportem seguros etc por conta do comprador, assim
que se inicia o transporte), sendo que a mercadoria chegou a fábrica
no dia 05/06/21. ①
•MOD R$ 10.000,00.
•Custo indireto de produção de R$ 2.000,00.

Determine o valor do Custo do Produto Vendido e o valor do Estoque

final de produtos acabados.

①: Conforme a Norma Brasileira de Contabilidade

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Resposta
CPP = MAT + MOD + CIP
(R$ 0 + R$ 7.500 – R$ 0) + R$ 10.000,00 + R$ 2.000,00
CPP = R$ 19.500,00
CPA = EIP Elab + CPP – EFP Elab
R$ 0 + R$ 19.500,00 – R$ 0
CPA = R$ 19.500,00
CPV = EI P AC + CPA – EF P AC
R$ 0 + R$ 19.500,00 – (R$ 19.500,00 x 20%)
R$ 0 + R$ 19.500,00 – R$ 3.900,00
CPV = R$ 15.600

Desvalorização dos Estoques/Impairment

“Suponhamos que uma empresa de manufatura tenha em estoque
uma matéria-prima contabilizada ao custo histórico de $50. Ela
estima que, para gerar uma unidade de seu produto acabado, além
daquele material serão necessários custos de transformação no
total de $48 ($33 de mão de obra e $15 de energia elétrica). Por
simplificação, admita-se que não haja outros custos nem despesas.
Outros dados:
a) O preço de venda líquido do produto acabado é estimado em
$90.
b) O Valor de Realização Líquido na venda da matéria-prima é
estimado em $45.”

MARTINS, Eliseu. CONTABILIDADE DE CUSTOS. São Paulo, Ed. Atlas, 2018.

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Solução

“Para realizar o teste de impairment, temos que comparar o valor

contábil do estoque ($50) com o seu valor recuperável; como vimos, este
será o maior entre:
a) Valor de uso, por meio da sua transformação em produto acabado.
Deduzindo-se do preço de venda líquido estimado ($90) o custo de
transformação ($48), chega-se ao valor de uso do material, que é $42.
b) Valor de Realização Líquido na venda da matéria-prima: $45.
O valor recuperável do estoque é o maior dos dois: $45.
Portanto, deve-se fazer o ajuste, reduzindo-se o valor contábil do
estoque em $5 por meio do seguinte lançamento:
Débito: Perdas com Estoques (conta de resultado)
Crédito: Redução do Custo dos Estoques ao Valor Recuperável (conta
do ativo)”
MARTINS, Eliseu. CONTABILIDADE DE CUSTOS. São Paulo, Ed. Atlas, 2018.

BIBLIOGRAFIA:
BRUNI, Adriano L.. A ADMINISTRAÇÃO DE CUSTOS, PREÇOS E LUCROS. São Paulo, Ed. Atlas, 2018.

BRUNI, Adriano L. et al. GESTÃO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS. São Paulo, Ed. Atlas, 2012, 6a.
Edição.

CREPALDI, Silvio A.. et al. CONTABILIDADE DE CUSTOS. São Paulo, Ed. Atlas, 2018, 6ª Edição.

HORNGREEN, Charles T. et al. CONTABILIDADE DE CUSTOS (2 Volumes). Rio de Janeiro, Pearson

Learning/Prentice Hall, 2004, 11a. Edição.

LEONE, George S. CURSO DE CONTABILIDADE DE CUSTOS. São Paulo, Ed. Atlas, 2012, 3a. Edição.

MARTINS, Eliseu. CONTABILIDADE DE CUSTOS. São Paulo, Ed. Atlas, 2018, 11ª Edição.

MEGLIORINI, Evandir. CUSTOS ANÁLISE E GESTÃO. São Paulo, Ed. Pearson, 2012, 3ª Edição.

NBC TG 16 (R2) – Estoques, disponível em www.cfc.org.br. 24/11/17.

PAMPLONA, Edson. ABC / ABM CUSTEIO E GESTÃO BASEADOS EM ATIVIDADES, ENEGEP, 2003.

RIR/2018 – Regulamento do Imposto de Renda – Decreto 9.580

YANASE, João. CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS. São Paulo, Ed. Trevisan, 2019.

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