LIÇÃO 01 1. ANÁLISES SOBRE MILAGRES.
Algumas apreciações, conceitos e
MILAGRES: UM PROPÓSITO DIVINO
TEXTO BASE: Jo 2.1-12
HINOS SUGERIDOS: 06, 453 e 467 (HC)
VERSÍCULO CHAVE: Jo 2.11
REFLEXÃO: Os milagres de Jesus são revelações da Sua divindade e do
Seu poder sobre todas as coisas.
OBJETIVOS:
• Definir o que é milagre sob a ótica divina.
• Mostrar o propósito de Cristo no operar milagres.
INTRODUÇÃO
Este simpósio de doutrina tem como objetivo exaltar a pessoa bendita
de nosso Senhor Jesus Cristo, através da análise de Seus milagres, operados
em Seu ministério terreno. Ainda que no Antigo Testamento há relatos de
fatos sobrenaturais, críveis e milagrosos, foi Jesus que inaugurou um tempo
de milagres na terra. Os discípulos, os cristãos primitivos, os apóstolos e a
igreja deste tempo, são testemunhas do poder inerente à Sua pessoa divina.
Milagres são reais, são autênticos, são possíveis pela autoridade de Jesus
Cristo, nosso amado e eterno Salvador. O tema deste simpósio
veio para estimular a sua fé, fazê-lo crer, esperar e viver milagres. Os sinais
iniciados em Caná da Galileia (Jo 2.11) ainda estão acontecendo hoje: “E
estes sinais seguirão aos que creem” (Mc 16.17). Em meio ao ceticismo, ao
materialismo e ao ateísmo que se alastra na terra, creia na Palavra, abrace as
promessas, busque o sobrenatural: é tempo de milagres!
definições são necessários ao estudo do assunto.
1.1. Definindo milagre. É a intervenção divina sobre as leis naturais, de
modo sobrenatural. São ações extraordinárias que revelam a superioridade de
Jesus sobre todas as coisas (Mt 28.18; Lc 1.37). Em Atos 2.22 encontramos
três palavras gregas que descrevem com precisão as obras milagrosas de
Jesus:
a) Milagres (gr. dunamis: força, capacidade). Descreve o poder inerente à
natureza de Jesus para a realização de milagres (Mt 11.20; Mc 6.5). Ele tem
o poder necessário para realizar o impossível.
b) Prodígios (gr. teras: maravilha, portento, assombro). Se refere ao caráter
extraordinário do milagre (Jo 4.48; At 14.3).
c) Sinais (gr. semeion: sinal, marca, símbolo). Revela que os milagres de
Jesus são exclusividade Dele, são a Sua marca, Sua distinção. Só ele opera
esses sinais, que revelam a Sua grandeza, superioridade e singularidade (Mc
4.41; Lc 6.19; Cl 1.19).
1.2. Os milagres de Jesus profetizados (Is 35.4,5; 53.4,5; 61.1). Se
compararmos essas profecias com Mt 11.4,5; Lc 4.17-21; 7.22, vamos
entender que o tempo de milagres sob a regência de Jesus é uma promessa
divina. Deus realiza milagres porque proclamou que iria fazer, é a Sua palavra
empenhada, (Is 55.10,11). Não se pode extinguir os milagres!
1.3. Devemos viver sob a expectativa de milagres. Não podemos nos deixar
seduzir pelas facilidades e recursos deste mundo contemporâneo, a ponto de
perder a esperança, o afã, a busca pelos milagres. Quando Jesus encontrou
dois discípulos entristecidos no caminho de Emaús, perguntou-lhes: “Que
palavras trocais entre vós?” (Lc 24.17). Eles responderam algo maravilhoso:
“...as que dizem respeito a Jesus Nazareno, que foi varão profeta, poderoso
em obras diante de Deus e de todo o povo” (Lc 24.19). Eles comentavam
sobre os milagres que haviam testemunhado! Que estamos comentando no
caminho? Ainda falamos dos milagres? Jesus nos motiva, nestes últimos dias,
a orar, a pregar, a cantar, a falar, a anelar, a pensar, a esperar, a crer, a
proclamar, a buscar, a sonhar, a compartilhar, a estimular a fé e a esperança
nos Seus milagres. Aleluia!
2. “JESUS PRINCIPIOU ASSIM OS SEUS SINAIS...” (Jo 2.11). Cremos
pela Palavra de Deus que Jesus sempre existiu (Jo 1.1-3; Cl 1.15-17; Hb
13.8). Portanto, sempre esteve atuando, regendo, governando sobre tudo. Não
houve um tempo em que Ele deixou de agir, reger e controlar todas as coisas.
Mas, sua vinda a esta terra veio inaugurar uma dispensação de milagres, um
tempo de coisas sobrenaturais. O evangelista João, que inicia seu evangelho
mostrando essa era de sinais e maravilhas, termina dizendo: “Há, porém,
ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e, se cada uma das quais fosse
escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se
escrevessem” (Jo 21.25). O próprio Jesus falou-nos que essas manifestações
acompanhariam os crentes: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que
crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas,
porque eu vou para meu Pai” (Jo 14.12). Os milagres não cessaram, estão em
plena evidência. Eles são testemunhos irrefutáveis da ação de Jesus na Igreja
(Mc 16.20; At 4.21,22).
2.1. A amplitude dos milagres de Jesus. Não é possível descrever todos os
milagres operados pelo Senhor Jesus (Jo 20.30,31). Todavia, os cerca de
trinta e cinco narrados nos Evangelhos foram “escritos para que creiais que
Jesus é o Cristo, o Filho de Deus” (Jo 20.31). Eles mostram, de maneira
indiscutível, o poder de Cristo sobre todas as coisas. Não há circunstâncias,
distâncias ou graus de dificuldades para o Seu agir.
a) Poder revelado em Suas Palavras. Em diversas ocasiões, Jesus
reivindicou Sua autoridade, declarando ser capaz de realizar milagres:
• Na cura do cego em Jericó (Mc 10.51).
• Ao decidir ressuscitar a Lázaro (Jo 11.11).
• Curando o homem no tanque de Betesda: “Queres ficar são?” (Jo 5.6).
b) Poder demonstrado em Suas ações. Ele expulsou demônios (Mt
12.22,23), curou cegos (Mt 20.34; Jo 9.6,7), mudos (Mt 12.22), paralíticos
(Jo 5.2-9), leprosos (Mc 1.40-45), acalmou tempestades (Mc 4.37-39), andou
sobre o mar (Mc 6.48-51) e ressuscitou mortos (Jo 11.43-45). Assim,
podemos crer no poder absoluto, abrangente e ilimitado de Jesus: “É me dado
todo o poder no céu e na terra” (Mt 28.18). Que precisas?
3. OS PROPÓSITOS DOS MILAGRES DE JESUS (Jo 2.11). Ele
certamente operou sinais com alguns propósitos específicos: testificar que era
o Messias prometido (Mt 11.4,5), provar que havia sido enviado pelo Pai (Jo
11.40-42), legitimar o Seu ministério terreno (Mc 1.27,28), revelar a Sua
divindade (Mc 2.5-12; 3.10-12) e conduzir os homens a Deus (Mc 2.12; Jo
20.30,31). Todavia, vamos analisar os dois propósitos apresentados pelo
evangelista João no primeiro milagre operado por Jesus.
3.1. Manifestar a Sua glória (Jo 2.11b). O vocábulo grego gr. doxa,
traduzido por glória, é o prestígio, a opinião positiva a respeito de alguém que
resulta em louvor e honra: “E de todos se apoderou o temor, e glorificavam
a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o
seu povo” (Lc 7.16). O milagre muda o conceito das pessoas em relação a
Jesus (Jo 9.11,17, 25, 33, 38).
a) O milagre promove o seu autor. Quando o sobrenatural acontece, é Jesus
que é reverenciado, glorificado, reconhecido. Nenhum milagre é para ofuscar
a Cristo e enaltecer pessoas ou grupos (At 3.12.16). Ore por milagres para
que Jesus seja reconhecido e honrado através da sua vida.
b) O milagre revela a essência do Senhor. Os prodígios operados por Jesus
estabelecem a diferença entre Ele e qualquer outro que reivindicar autoridade
divina. Quem pode dizer ao vento e ao mar: “cala-te, aquieta-te” (Mc 4.39)?
Quem pode dizer ao defunto: “levanta-te” (Lc 7.14)? Quem pode desafiar os
homens dizendo: “Qual é mais fácil? dizer ao paralítico: estão perdoados os
teus pecados; ou dizer-lhe: levanta-te, e toma o teu leito e anda” (Lc 2.9)?
Milagres revelam um Cristo poderoso, único, imparável, irresistível,
onipotente e soberano.
3.2. Despertar a fé: “e os seus discípulos creram Nele” (Jo 2.11c). A
recomendação de Jesus para nós, nesses dias, continua a mesma de 2000
anos: “Se tu podes crer; tudo é possível ao que crê” (Mc 9.23).
CONCLUSÃO
Jesus continua operando maravilhas em sua Igreja, nas famílias e em
cada vida particularmente. Milagres são reais. Creiamos!