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E NOVAS
TECNOLOGIAS
PROF.a CYNTHIA RÚBIA
BRAGA GONTIJO
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
“
A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma
ação integrada de suas atividades educacionais, visando à
geração, sistematização e disseminação do conhecimento,
para formar profissionais empreendedores que promovam
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e
cultural da comunidade em que está inserida.
Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.
www.uca.edu.br
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emissão de conceitos.
EDUCAÇÃO E NOVAS
TECNOLOGIAS
PROF.A CYNTHIA RÚBIA
BRAGA GONTIJO
SUMÁRIO
AULA 01 VIAGEM PELA HISTÓRIA ATRAVÉS DAS 07
TECNOLOGIAS – DA SUA GÊNESE AOS TEMPOS
CONTEMPORÂNEOS
SUMÁRIO
AULA 12 USO DE COMPUTADORES E OUTROS RECURSOS 129
MULTIMÍDIA NA EDUCAÇÃO – SUGESTÕES DE
FERRAMENTAS
INTRODUÇÃO
Prezada, Prezado,
Me sinto honrada por participar com você desta disciplina “Educação e Novas
Tecnologias”, porque, assim como você, acredito no potencial das tecnologias de
informação e de comunicação (TDICs) para a ampliação das oportunidades educacionais
em nosso país.
Sabemos que a Educação 4.0/5.0 tem nos desafiado, cada vez mais, a rever práticas
e buscar alternativas formativas, tendo em vista o nosso compromisso pedagógico, e
com os nossos sonhos e projetos pessoais, acadêmico-profissionais, e institucionais
em geral.
Desejo fortemente que esta disciplina contribua com a ampliação de seus horizontes
ao te seduzir para estudos, aprofundamentos e experiências na área.
Nesta disciplina, você vai encontrar, e interagir, com diversas discussões acerca da
educação deste século XXI, especialmente às relacionadas à apropriação pertinente
das tecnologias e metodologias construtivistas e conectivistas. Nesse sentido, são
seus objetivos:
• Conhecer o percurso histórico e técnico das tecnologias.
• Identificar a inserção dos recursos midiáticos na educação, reconhecendo o
seu papel em processos ensino-aprendizagem.
• Reconhecer características da Educação 4.0 / 5.0, com destaque para os saberes
necessários à atuação dos profissionais da educação nesse contexto.
• Diferenciar modalidades educacionais presenciais, à distância (EaD), remotas
e híbridas.
• Reconhecer as dimensões e os recursos presentes em ambientes virtuais de
ensino-aprendizagem (AVAs).
• Analisar teorias de aprendizagem: behaviorismo, construtivismo, conectivismo,
andragogia, neuropedagogia, e teoria das Inteligências Múltiplas.
• Saber aplicar com propriedade os estilos de aprendizagem: método visual,
auditivo e cinestésico.
• Desenvolver competências e habilidades para o trabalho com Metodologias
Ativas.
• Desenvolver práticas educativas com base em Metodologias Ativas.
Perceba que temos uma longa jornada pela frente, a qual espero que se configure
como um importante contributo para você melhor lidar com os desafios inexoráveis
da denominada pós-modernidade ou hipermodernidade.
Afinal, em tempos contemporâneos, no século XXI, é difícil, ou quase impossível,
pensar a educação desconsiderando a presença das TICs, não é mesmo?
Então, preparado para a inovação?
Vamos juntos nesta jornada?
AULA 1
VIAGEM PELA HISTÓRIA
ATRAVÉS DAS TECNOLOGIAS
– DA SUA GÊNESE AOS
TEMPOS CONTEMPORÂNEOS
Atualmente, no século XXI, convivemos com várias tecnologias, não é mesmo? Você
já parou para observar, atentamente, e pensar sobre todas as tecnologias que estão ao
nosso redor, e com as quais lidamos, às vezes de forma íntima, às vezes nem tanto?
De fato, são muitas e variadas tecnologias que são produzidas e utilizadas para
objetivos específicos e, às vezes, até reinventadas para fins não projetados quando da
sua criação. Afinal, temos um potencial e uma capacidade infinitos para transformar
o que criamos em prol das nossas necessidades e dos nossos desejos, certo?
Pois é... considerando-se a presença massiva de tantas tecnologias na contemporaneidade,
é muito importante, especialmente como profissionais da educação, melhor compreender
o que são tecnologias; as suas origens e o seu aprimoramento; e as suas implicações
para o desenvolvimento societário, para o desenvolvimento da humanidade. Certamente,
com esses conhecimentos, teremos melhores condições de nos apropriar criticamente e
criativamente de tecnologias em nossos contextos ensino-aprendizagem.
Dessa maneira, esta aula do nosso primeiro encontro tratará da presença das
tecnologias no processo de desenvolvimento humano, desde a Antiguidade até o
momento contemporâneo.
Então, preparado para a nossa viagem?
Você já parou para pensar que o ser humano sempre teve que recorrer à determinados
instrumentos para desenvolver as suas atividades físicas e cognitivas? Nesses termos,
desde a sua origem na Terra, as pessoas criaram, e ainda criam, recursos para
transformar a natureza em função das suas necessidades.
Considerando-se que as nossas necessidades são múltiplas, os recursos foram
sendo aprimorados de forma a possibilitar aos homens a execução de novas tarefas;
a satisfação de novas necessidades e novos desejos; e, sobretudo, o desenvolvimento
cultural, conforme veremos.
Afinal, as nossas necessidades e os nossos desejos são muitos, não é mesmo?
Recorrendo à teoria clássica “Hierarquia de necessidades” do psicólogo e pesquisador
norte-americano Abraham Maslow, situamos, pelos menos, cinco campos de
necessidades humanas, conforme apresenta a figura seguinte.
Maslow (1943) foi muito assertivo em sua teoria; afinal, tal como na música “Comida”,
do grupo musical brasileiro Titãs, “[...] A gente não quer só comida. A gente quer
comida, diversão e arte [...]” (TITÃS, 1987, s/p).
Pois bem... em termos gerais, podemos considerar tecnologia como qualquer artefato,
qualquer objeto, criado pelos homens para tornar o seu trabalho mais leve e possível,
libertando-os da passividade frente à natureza. Assim sendo, criamos tecnologias,
por exemplo, para estender a nossa força física; para amplificar os nossos potenciais
sensoriais; aumentar a nossa capacidade comunicacional; e, conforme Lévy (2006),
desenvolver o nosso pensamento e a nossa inteligência sobre o mundo e a nossa
existência nele.
Assim sendo, o termo tecnologia, techné e logos (técnica e razão), não se limita
apenas ao instrumento criado para mediar a ação humana, mas corresponde também
ao conhecimento decorrente de um conjunto de técnicas específicas que auxiliam o
homem a estender sua ação no mundo. As tecnologias, ao mesmo tempo que são
criadas para atender às necessidades humanas, geram também novas formas de
produzir conhecimento.
Considere, pois, que a produção de instrumentos vem evoluindo, desde a fabricação e
uso de instrumentos de caça, por exemplo, até a produção de tecnologias sofisticadas,
tais como os programas para computador desenvolvidos no contexto da Web 4.0/5.0,
conforme veremos. Dessa forma, tal como afirma Chaves (2019, p. 17), “a tecnologia,
neste sentido, não é algo novo, na verdade, é quase tão velha quanto o próprio homem,
visto como homo creator”.
Perceba que quando começamos a criar, e utilizar, uma tecnologia, mudamos o
estado inicial das coisas, dos fenômenos, e iniciamos a cultura, ou melhor, as culturas.
Ao criarmos tecnologias, transformarmos o mundo, e nunca mais fomos os mesmos.
Portanto, a mudança da natureza por meio da ação concreta e simbólica dos homens, ou
seja, do seu trabalho, através das tecnologias inventadas/aprimoradas, nos possibilitou
a criação da História.
Vejamos, então, a origem de algumas produções tecnológicas e a sua evolução
nos períodos compreendidos entre a Antiguidade e a Idade Média.
Na denominada pré-história, período compreendido entre 2.5 milhões de anos atrás
a 3.500 a.C, iniciamos a produção de tecnologias, dentre as quais se destacam as
relacionadas às técnicas de agricultura, as quais além de ampliarem a diversificação
alimentícia, permitiram o abandono, ou pelo menos, a diminuição da cultura nômade.
Ao lado disso, construímos recursos, tais como tijolos e utensílios domésticos, para
a fixação dessas moradias. Começamos a “lançar mão” de peles de animais, por
exemplo, para nos cobrir, criando as primeiras roupas da história da humanidade.
Concebemos os primeiros barcos para deslocamentos e explorações (FAVA, 2016).
E, é claro, não podemos esquecer da descoberta do fogo, a qual nos permitiu
desenvolver, ainda mais, as nossas possibilidades existenciais. Veja só como que
com ferramentas produzidas a partir de pedras, madeiras, ossos, começamos a criar
o nosso mundo.
Você sabia que todas as letras que compõem o alfabeto ocidental tiveram por base
o alfabeto grego, o qual sofreu modificações até chegar ao que temos na atualidade
ocidental: A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, Y, X, Z?
Continuando a nossa viagem pela história, situamos na Idade Média, período
compreendido entre os séculos V e XV, a sofisticação de técnicas para a agricultura,
tais como a criação de moinhos d’água; a invenção da pólvora e dos fogos de artifício
pelos chineses (FAVA, 2016); as construções arquitetônicas mais complexas, com
destaque para a Românica, porque oriunda de Roma/Itália, e a Gótica. Esclarecemos
que, diferentemente do estilo Gótico, a arquitetura Românica caracterizava-se por
construções horizontalizadas, com paredes mais grossas e com pouca luz, cujo principal
objetivo era a defesa territorial. Ao contrário, no estilo Gótico prevalecia construções
verticalizadas, considerando-se que os seus adeptos entendiam que quanto mais altas
mais próximas estariam de Deus (GOMBRICH, 2012).
Em fins do século XIII, inicia-se uma das revoluções mais transcendentes da história:
a produção de papel , e, no século XV, a invenção da imprensa por Johann Gutenberg,
o que possibilitou a impressão em larga escala. Imagine só o quão revolucionária foi,
e ainda é, essa tecnologia.
Essa revolução foi logo constatada no campo educacional, pois sabe-se que as
obras, durante a Idade Média, eram restritas a poucos, dentre os privilegiados estavam
os nobres, sacerdotes, estudiosos diretamente ligados aos mosteiros.
Como uma boa cinéfila, “louca” por cinema”, de plantão, tenho para você mais
uma dica de um filme imperdível. Trata-se do “O Nome da Rosa”, inspirado na obra
do italiano Umberto Eco, um dos maiores filósofos e semiólogos do século XX,
início do XXI. Essa obra tem como eixo principal, em seu enredo, embates sobre
livros e textos científicos e filosóficos guardados na biblioteca de um mosteiro,
os quais não deveriam ser acessados pela população. A partir daí, a trama toma
rumos surpreendentes, dentre os quais intrigas entre os monges que lá viviam, e
até crimes contra a vida. Para assisti-lo, é só acessar https://www.youtube.com/
watch?v=GJG8r6o4eHU. E, é claro, preparar o coração e a mente, e separar a
pipoca.
Dando continuidade, lembro aqui Barbosa (2009) quando conta que, no contexto
educacional,
ANOTE ISSO
Bem..., fizemos uma breve viagem pela história, uma “ponte aérea”, através das
tecnologias nela inventadas/produzidas/aprimoradas. Confirmamos que somos seres
produtores de tecnologias, e vislumbramos como essas contribuíram, sobremaneira,
para o nosso desenvolvimento.
Chega a ser fantástico refletir sobre a produção e o uso das tecnologias, e como
essas tiveram, e têm, implicações em nossas vidas, não é?
Fato é que percebemos que as tecnologias atravessam a formação dos povos e
que, portanto, do seu sustentáculo educacional, tornando-se, neste momento, século
XXI, uma de suas bases pedagógicas, conforme veremos em nossa próxima aula.
Assim sendo, discutiremos, em nossa próxima aula, a presença das tecnologias,
com destaque para o computador, na educação.
Por enquanto, ficamos por aqui, mas deixo, a título de reflexão, a seguinte mensagem
para você “É tão urgente quanto necessária à compreensão correta da tecnologia, a que
recusa entendê-la como obra diabólica ameaçando sempre os seres humanos ou a que
a perfila como constantemente a serviço de seu bem-estar (FREIRE, 2000, p. 101).
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 17
EDUCAÇÃO E NOVAS
TECNOLOGIAS
PROF.A CYNTHIA RÚBIA
BRAGA GONTIJO
AULA 2
MÍDIAS E COMPUTADORES
NA EDUCAÇÃO – COMO TUDO
COMEÇOU
ANOTE ISSO
Por esse enfoque, vincula-se o uso das tecnologias à resolução de todos os problemas
do sistema educacional, na medida em que esse uso é considerado como determinante
de resultados desejados e efetivos nos processos pedagógicos. Nesses termos, a
inserção das tecnologias nas escolas era pensada pelo viés puramente instrumental,
utilitarista e pragmático.
E é justamente nessa década, 70 do século XX, que tivemos o início, propriamente
dito, da inserção de computadores nas escolas. Esclarecemos que as primeiras
experiências de ensino auxiliadas pelo computador foram feitas usando terminais
ligados a telas para escrever. Com as telas para escrever, a interação homem-máquina
era muito limitada, bem diferente de hoje, não é mesmo?
ANOTE ISSO
Fica aqui uma dica de obra para você, trata-se do livro “Apocalípticos e Integrados”
de Umberto Eco, autor que vimos em nossa primeira aula. Lembra? A título
de introdução, os “apocalípticos” seriam aquelas pessoas que acreditam que as
tecnologias desumanizam o ensino e, portanto, o seu uso resultaria no pleno
repasse de conteúdos. Já os “integrados” seriam aquelas pessoas que idolatram o
uso de tecnologias na educação, pois acreditam que o seu mero uso é o suficiente
para a qualidade do ensino-aprendizagem.
Assim como Cysneiros (2008), entendemos que ambas ideias são equivocadas,
constituindo-se como mitos em torno da introdução e presença das tecnologias na
educação.
Afinal,
Assim sendo, vimos, nesta aula, que, apesar de leituras diferenciadas acerca das
tecnologias, a inserção de mídias, do computador etc na educação foi inevitável. Afinal,
ainda que lentamente, especialmente a escola não pôde ficar a reboque do seu tempo.
Contudo, percebemos que a simples inclusão desses recursos na educação não
é suficiente para provocar mudanças substantivas, em termos de qualidade, em
processos educativos. Ora, essas só podem ocorrer a partir de decisões e ações que
nenhuma máquina poderá fazer.
E entendemos aqui que essas mudanças demandam muitas decisões e ações, dentre
elas o desenvolvimento/aprimoramento de determinadas capacidades, em termos de
competências e habilidades, por parte dos educadores. Assunto que abordaremos em
nossa próxima aula.
AULA 3
SABERES NECESSÁRIOS AOS
EDUCADORES NO CONTEXTO DA
EDUCAÇÃO 4.0
Entendemos que, neste contexto da Educação 4.0, não se trata mais de usar
as tecnologias na educação a qualquer preço, mas de acompanhar, consciente e
deliberadamente, uma mudança da civilização, colocando a descoberto, profundamente,
as formas institucionais, as mentalidades e a cultura dos sistemas educativos
tradicionais, notadamente os papéis dos profissionais da educação e dos estudantes.
Isso significa que a questão fundamental não é se a escola, ou demais instituições
formativas, devem ou não trabalhar com as TICs, mas como deve fazê-la, isto é, de
que modo elas poderão contribuir, efetivamente, para a inovação e o desenvolvimento
da atividade educativa.
Seria, pois, um erro, tratar dessas tecnologias apenas como fator de modernização
da educação, sem levar em conta que as tecnologias aplicadas à educação devem
Que tal assistir à uma entrevista com Manuel Castells no programa televisivo Roda
Viva? O sociólogo espanhol Manuel Castells é autor da trilogia “A Sociedade em
Rede”, dentre tantas outras obras. Essa trilogia é uma das obras mais lúcidas e
assertivas sobre o mundo “informacional” que se anuncia e se fortalece no século
XX. Vale muito a pena!
com seus sentimentos, suas crenças, seus conhecimentos. Assim, é fundamental dar
espaço nessa formação
Título: Imagem do print da tela resultante de pesquisa sobre conteúdos relativos à educação, publicados no buscador Google, em um período de 24 horas,
no Brasil.
Fonte: extraída pela autora de https://www.google.com.br/search?q=educa%C3%A7%C3%A3o&sxsrf=AOaemvK_yzfCp7N2VEDBZbTKXvnFrQQK0w:16337982487
34&source=lnt&tbs=qdr:d&sa=X&ved=2ahUKEwjP6__h5L3zAhXYqZUCHXzXBskQpwV6BAgBEDM&biw=1242&bih=545&dpr=1.1.
É preciso, pois, saber extrair o valor das informações para construir significados
a partir delas e para melhor intermediar esses junto aos estudantes, não é mesmo?
ANOTE ISSO
Nesse sentido, sugiro que você participe de redes educacionais, grupos de trabalho
(newsgroups) em plataformas variadas, círculos de aprendizagem em comunidades
da sua área e cursos de curta ou longa duração em universidades online, pois
esses espaços têm demonstrado um grande potencial em relação à formação/
capacitação de profissionais da educação. Nunca deixe de acompanhar o que
está acontecendo, pois as mudanças na área são velozes. Para tanto, explore, por
exemplo, o site da Rede Nacional Ciência para a Educação (Rede CpE) através do
link: http://cienciaparaeducacao.org/ .
Níveis de Desenvolvimento
Envolve os
Integra as
estudantes em
Reconhece a Diferencia tecnologias tecnologias digitais
atividades com
importância educacionais e a sua ao currículo para
o apoio das
das tecnologias importância em contextos a personalização
tecnologias e
educacionais pedagógicos específicos. do ensino e da
em atividades de
aprendizagem.
autoria.
Competências e
Capacidades
Habilidades
Sugiro que, neste momento, você elabore uma lista das competências e habilidades,
apresentadas no “quadro 2”, que você já desenvolveu e/ou está desenvolvendo. Vamos
abordá-las, em termos práticos, ao longo da nossa disciplina, ok? Também abordaremos
competências e habilidades específicas essenciais requeridas à atores, tais como
professores e tutores, nos termos de Behar (2013), certo?
ANOTE ISSO
Título: Imagem de uma tela de computador, com pessoas explorando alguns dos seus recursos.
Fonte: https://www.istockphoto.com/br/vetor/%C3%B0%C3%B1%C3%B01-2%C3%B03-4%C3%B0-1-2%C3%B1%C3%B0%CE%BC-rgb-gm1274867768-375682065
Primeiramente vamos saber o que são hard skills para então diferenciar as expressões
e o que elas englobam, ok? As hard skills são as suas competências e habilidades
técnicas, tecnológicas e teóricas construídas ao longo da sua formação, em cursos de
graduação, pós-graduação, extensão etc. Essas competências e habilidades construídas
são chanceladas por uma instituição através de um diploma ou um certificado. Produtos
esses que apresentamos em nossos currículos Vitae, Lattes, em nosso perfil no LinkedIn,
para recrutadores em processos seletivos, por exemplo.
Já as soft skills são o conjunto de competências e habilidades que direcionam, ou
mesmo sustentam, o seu comportamento. Por exemplo: você está em uma reunião
de trabalho e um colega apresenta uma abordagem sobre o assunto tratado, a qual
você não concorda. Caso você o escute com respeito, se coloque no lugar dele e
reconheça que os assuntos podem ser abordados sob diferentes perspectivas, você
tem umas das importantes soft skills: a empatia.
Dentre as inúmeras soft skills que o mundo do trabalho, e porquê também não
dizer o mundo da vida, tem exigido de nós, pelo menos 10 delas têm se destacado:
comunicação, resiliência, liderança, empatia, colaboração, criatividade, proatividade,
ética, pensamento crítico e positivo. Quais você, ainda, acrescentaria? Quais dessas
você tem melhor desenvolvidas? Bora aprimorá-las?
Bem... são tantas as exigências e tantos os requisitos para o trabalho dos profissionais
da educação, neste contexto, que muitas vezes nos assustamos, não é mesmo? Como
você se sente diante disso?
Muitas vezes nos sentimos frágeis, com medo e até mesmo incapacitados diante
de tantas demandas... Me sinto assim por vezes. Contudo, este é um caminho que
nos parece sem volta e, portanto, precisamos continuar caminhando. Para tanto, além
do desenvolvimento de competências e habilidades, temos que nos fortalecer como
profissionais da educação, nas categorias das quais fazemos parte e como sociedade
em geral. Afinal, não estamos aqui à toa, não é verdade?
Nesse sentido, vimos, nesta aula, alguns aspectos, em termos de competências
e habilidades, a serem desenvolvidos/aprimorados pelos profissionais da educação.
Enfim... os avanços tecnológicos e os seus processos nos desafiam cada vez mais,
pois agregam novas exigências às nossas pedagogias, especialmente considerando-
se as diversas modalidades educacionais presentes no contexto da Educação 4.0.
Assunto para a nossa próxima aula.
É hora, pois, de transformarmos paradigmas educativos circunscritos à ideia de
que a educação é mera transmissão da informação, e assumirmos o nosso papel
histórico na educação: contribuir com um outro mundo possível por meio do uso
crítico e criativo das tecnologias.
Vamos nessa!
AULA 4
MODALIDADES DE ENSINO-
APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO
CONTEMPORÂNEA
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª
↨ ↨ ↨ ↨ ↨ ↨
Atual (Pós
primeira
1890-1960 1960-1980 1980-1990 Pós 1990 Século XXI
década do
século XXI)
→ →
Título: Linha do tempo das gerações de EaD, no Brasil.
→ → →
Fonte: elaborada pela autora, com fundamentação em Machado e Moraes (2015).
Observe, nessa linha do tempo, que o recorte temporal de cada geração diminui,
sinalizando para o fato de que as gerações têm se encurtado em função dos meios
nelas utilizados. Por exemplo: se na 1ª geração temos um intervalo temporal de, em
média, 70 anos; já na 3ª geração temos de 10 anos.
Nesses termos, considerando-se os principais meios utilizados nessas gerações,
também, podemos organizá-las conforme quadro 1.
Geração Principais meios utilizados Período
2ª - Transmissão por rádio e TV Rádio, TV, fitas de áudio, fitas VHS, 1960-1980
conferências por telefone.
Sugiro que você leia “Um estudo de caso da EaD no Brasil”, no qual você encontrará
exemplos práticos acerca da implementação dessa modalidade educação no
país. Para tanto, acesse: http://www.esud2014.nute.ufsc.br/anais-esud2014/files/
pdf/128187.pdf.
Cabe aqui destacar que a EaD tem mudado bastante desde a sua implementação no
Brasil no final do século XIX e, no contexto da denominada Educação 4.0, circunscreve-se
em modelos que buscam a alternância entre modalidades, e a sua complementaridade,
no sentido de potencializar contribuições diversas. Aqui situamos o ensino híbrido
(blended learning). O seu pressuposto inicial é superar a dicotomia entre educação
presencial e EaD, tendo em vista que ambas modalidades podem contribuir com
itinerários formativos dos diversos parceiros de aprendizagem (discentes, docentes,
comunidades, sociedade).
O ensino híbrido considera possibilidades diversas no processo de ensino
aprendizagem, se desenvolvendo tanto em espaços físicos em momentos presenciais
e em espaços virtuais on-line em que alunos e professores estão logados ao mesmo
tempo, como em uma aula ao vivo, também chamado de momento síncrono, ou em
um momento em que o aluno realiza suas atividades no ambiente virtual sem estar
em contato com outros indivíduos, também chamado de assíncrono.
De acordo com Monteiro e Moreira (2018, citado por MILL, 2018, p. 86),
Em uma revisão das tendências do ensino híbrido, Monteiro e Moreira (2018, citado
por MILL, 2018, p. 88) identificaram as seguintes vantagens:
atribuídas todas as funções docentes, tal como na educação presencial. Nos contextos
dessas modalidades ensino-aprendizagem, passa a existir um compartilhamento maior
de funções entre diversos profissionais (professor-conteudista, professor-formador,
designer educacional, tutor à distância, tutor presencial) relacionadas às dimensões
mais tecnológicas e/ou mais pedagógicas aí requeridas (BEHAR, 2013).
Dessa forma, também, exige-se desses profissionais, nesses contextos, um conjunto
de competências que se circunscreva a quatro campos de formação, nos termos da
próxima figura.
Modalidades educacionais
Presencial
O processo pedagógico considera recursos da cultura digital, mas também da produção cultural
de matriz impressa, ocorrendo em espaços físicos em momentos presenciais e em espaços
virtuais on line (síncronos) e/ou off line (assíncronos).
Remoto
O Ensino Remoto Emergencial (ERE) é uma transferência dos processos e das práticas da
educação presencial para a EaD, em que todos os conteúdos produzidos na modalidade
convencional são disponibilizados em um ambiente online ou encaminhados para os alunos
via outros dispositivos, e o seu acompanhamento é realizado por um professor em tempo real
(síncrono).
Quadro 3 Especificação das modalidades educacionais
Fonte: elaborado pela autora.
Ao lado disso, observamos algumas características a elas inerentes, alguns dos seus
potenciais e desafios no contexto da Educação 4.0.
Percebemos, pois, que existem contribuições significativas das diversas modalidades
abordadas para a educação, mas que são necessários conhecimentos técnicos e
tecnológicos, gerenciais e de mediação, e prudência para colocá-los em ação, tal como
destacamos em nossa última aula.
Cabe aqui ressaltar que, a Educação 4.0, em tudo que ela engloba e expande, nos
desafia permanentemente a buscar alternativas conscientes e comprometidas com
uma educação que sejam sempre sementes para o amanhã.
Nesse sentido, trataremos, em nosso próximo encontro, dos denominados ambientes
virtuais de aprendizagem (AVAs), com destaque para plataformas virtuais gratuitas.
Te espero lá!
AULA 5
AMBIENTES VIRTUAIS DE
APRENDIZAGEM: DIMENSÕES,
RECURSOS E EXEMPLOS
ANOTE ISSO
Repositório de conteúdos Espaço para arquivos PDF, PPT, vídeos, podcast, html etc.
Glossário.
Biblioteca.
Chat.
Wiki.
Mural.
Calendário.
Blogs.
Exercícios.
Avaliação da Provas.
aprendizagem
Enquetes.
Quizes.
Webfólio.
Ferramenta Especificação
Permite discussões interativas em forma de texto entre duas ou mais
Chat pessoas simultaneamente, e envio de mensagens de um usuário para
todos os demais conectados ou apenas para um usuário em particular.
Permite que os usuários se comuniquem simultaneamente através de
Videoconferência/
áudio e vídeo. Essa ferramenta requer a utilização de dispositivos como
audioconferência
câmera de vídeo e microfone, e uma conexão de rede de alta velocidade.
Permitem que usuários (jogadores) joguem ao mesmo tempo, ainda, que
Games interativos
geograficamente distantes.
Murais interativos Permite a criação colaborativa de conteúdos diversos.
Quadro 2 Especificação de exemplos de ferramentas de comunicação síncronas em AVAs
Fonte: elaborado pela autora, com apoio de Gara e Mesquita (2014).
Título: Imagem de uma tela de mural criado através da ferramenta Padlet, disponível para download em https://padlet.com/?ref=chromeapp.
Fonte: extraída pela autora.
Ferramenta Especificação
E-mail Permite troca de mensagens escritas entre pessoas que possuem uma conta
de correio eletrônico (e-mail), e o envio de arquivos em formatos de texto,
imagem, áudio e vídeo.
Fórum de discussão Possui as mesmas características do correio eletrônico. Porém, as mensagens
não são enviadas para as caixas postais, são armazenadas hierarquicamente
(de acordo com as linhas de discussão) no servidor, facilitando o registro e
o acompanhamento pelos usuários dos vários assuntos ali presentes. Aqui
todos os usuários conseguem visualizar as participações no fórum, desde que
tenha sido configurado dessa forma, é possível também configurar para que
um moderador libere ou não as participações.
Mural ou quadro virtual Permite a disponibilização de informes diversos.
Webfólio ou portfólio Permite que o estudante registre as suas atividades em formatos diversos
virtual (texto/hipertexto, imagens, bloco de notas, mídias/hipermídias) como se fosse
uma espécie de diário de campo ou de bordo.
Wiki Permite que os estudantes produzam um texto de forma colaborativa.
Webquest Possibilita que o estudante desenvolva pesquisas na Internet, considerando-se
uma sequência orientada de atividades.
Quadro 3 Especificação de exemplos de ferramentas de comunicação assíncronas em AVAs
Fonte: elaborado pela autora, com apoio de Gara e Mesquita (2014).
Moodle https://moodle.org
Amadeus https://softwarepublico.gov.br/social/amadeus
Canvas https://www.canva.com/pt_br/aprenda/sala-de-aula-virtual/
Quadro 4 Lista de sites para acesso às plataformas virtuais indicadas
Fonte: elaborado pela autora.
Ressaltamos que todas elas são bastante intuitivas, ou seja, mesmo sem
conhecimentos tecnológicos específicos é possível utilizá-las de maneira assertiva.
Observamos, ainda, que todas essas plataformas podem ser acessadas em um
smartphone. Para tanto, é só buscá-las em sua loja de app.
Título: Imagem da tela inicial de templates do Canvas, disponível para download em https://www.canva.com/pt_br/modelos/.
Fonte: extraída pela autora.
Bem... dentre os AVAs aqui sugeridos, precisamos falar um pouco do Moodle (Modular
Object-Oriented Dynamic Learning Environment), sigla que na versão em português do
Brasil quer dizer “Ambiente Modular de Aprendizagem Dinâmica Orientada a Objetos”,
pois, certamente, é um dos AVAs mais utilizados no mundo, e o mais utilizado no
Brasil, especialmente por instituições públicas. Veja um pouco da sua trajetória no
infográfico seguinte.
Tal como esclarece Sabbatini (2021, s/p), quando acessamos a primeira página do
Moodle, em geral, encontramos:
Em geral, identificamos esses mesmos recursos básicos nos demais AVAs, ok?
E conforme já anunciado, em breve, teremos a oportunidade de criar um esboço de
uma trilha de aprendizagem, considerando-se alguns desses recursos, em um AVA.
Eu não vejo a hora, e você?
Enquanto isso, que tal se ligar na próxima dica?
Assista o vídeo tutorial “Como usar o Moodle”, no qual você irá encontrar
informações muito importantes, e apresentadas de forma muito didática, as quais,
certamente, irão te ajudar a melhor utilizar esse AVA. Para tanto, acesse: https://
www.youtube.com/watch?v=3Ru5c4RIpFs.
E vamos começar!
Bem... terminamos o nosso encontro de hoje por aqui, no qual tratamos de AVAs/
LMS, destacando as suas dimensões, ferramentas mais comuns, e apresentando
alguns dos seus exemplos, também, mais comuns. Ratifico a importância de você
analisar, com cuidado, o quadro em anexo, pois ele, certamente, irá contribuir com as
suas aprendizagens na área.
Considerando-se que vimos, até aqui, um pouco da história das tecnologias e suas
contribuições para o desenvolvimento societário/educacional das civilizações, da
inserção de recursos midiáticos e tecnológicos na educação brasileira, de saberes
importantes aos educadores 4.0, das modalidades educacionais e, agora, dos AVAs,
iremos, a partir da próxima aula, focar a nossa disciplina em processos ensino-
aprendizagem intermediados por TICs, tanto na EaD quanto na educação presencial.
Para tanto, vamos começar pela discussão sobre teorias de aprendizagens, assunto
da nossa próxima aula, pois elas são necessárias para projetarmos o nosso percurso
formativo na área, certo?
Então... te aguardo!
AULA 6
TEORIAS DE APRENDIZAGEM
NA ERA DIGITAL E
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
Tal como vimos na segunda aula da nossa disciplina quando conversamos sobre
a introdução de tecnologias na educação brasileira, no século XX, a psicologia do
norteamericano Burrhus Frederic Skinner influenciou, e ainda influencia, fortemente
os processos pedagógicos. Vamos relembrar que essa teoria baseia-se na ideia de
que a aprendizagem é mudança de comportamento manifesto. Ela considera que as
mudanças no comportamento são o resultado de uma resposta individual a eventos
(estímulos) que ocorrem no meio e que o reforço é o elemento-chave para que elas
aconteçam. Se a resposta ao estímulo for positiva, ou seja, for o que se espera, o
reforçador deve, também, ser positivo. Se a resposta ao estímulo for negativa, ou
seja, não for o que se espera, o reforçador deve, também, ser negativo. Por exemplo:
peço para uma criança guardar os brinquedos e ela o faz; o meu reforçador será um
prêmio: um beijo, um chocolate, qualquer sinal de aprovação. Caso ela não guarde, devo
sancioná-la por meio de qualquer sinal de desaprovação ou até mesmo um castigo.
ANOTE ISSO
Dessa forma, o indivíduo assume o lugar de sujeito, aquele que age sobre o objeto
e aí constrói o seu conhecimento. Essa conclusão de Piaget é um marco que rompe,
radicalmente, com as teorias que pressupõem que o indivíduo conhece quando assume
o lugar de receptor passivo de informações, de conteúdos, tal como o behaviorismo.
Com base nessas contraposições sobre o sujeito que aprende, criou-se um paralelo
entre as pedagogias historicamente construídas, a partir das então denominadas
tradicionais, e as pedagogias construtivistas. Vamos analisar esse paralelo? Para tanto,
analise o quadro 1.
Elemento/
Tradicional Construtivista
Tendência
Centram-se na transmissão-
São definidos a partir das necessidades
aquisição de conhecimentos,
de aprendizagem significativa dos
com base no seguinte enfoque:
Procedimentos estudantes, e encaminhados com base no
o professor ensina e o aluno
compromisso e na corresponsabilidade
aprende, sem espaços para
entre educandos e educadores.
discussão critica.
Distribuído numa
rede, social,
Caixa preta – enfoque Social, sentido
Como ocorre a tecnologicamente
no comportamento construído por cada
aprendizagem? potenciado,
observável. aprendente (pessoal).
reconhecer e
interpretar padrões.
Engajamento
Quais os fatores Natureza da
(engagement),
que influenciam na recompensa, punição, Diversidade da rede.
participação, social,
aprendizagem? estímulos.
cultural.
A memória é o
inculcar (hardwiring)
Padrões adaptativos,
de experiências Conhecimento prévio
Qual é o papel da representativos do
repetidas — onde remisturado para o
memória? estado atual, existente
a recompensa e a contexto atual.
nas redes.
punição são mais
influentes.
Aprendizagem
Que tipos de
complexa, núcleo que
aprendizagem são Aprendizagem
Aprendizagem social. muda rapidamente,
melhor explicados por baseada em tarefas.
diversas fontes de
esta teoria?
conhecimento.
Quadro 2 Teorias da Aprendizagem, segundo Siemens
Fonte: Siemens (2006, p. 36).
É importante que você saiba que essas concepções convivem no século XXI. E que,
ainda que os educadores mais conscientes e progressistas sejam mais construtivistas
e conectivistas, o behaviorismo, também, pode contribuir em algum momento da
proposta metodológica que você irá criar, ok? Afinal, exercícios de memorização e de
revisão, ainda, valem a pena, certo?
ANOTE ISSO
Optamos por tratar da andragogia pelo seu reconhecimento na construção de
pedagogias para adultos na EaD, mas não podemos nunca deixar de lembrar da
pedagogia freiriana. Paulo Freire, educador e filósofo brasileiro, propôs em sua
teoria para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), criada a partir da década de 50
do século XX, uma aprendizagem ativa, pois considerava que o sujeito só apreende
o mundo através da sua ação sobre ele. Para Freire, a educação é uma ação em
comunhão, em que o sujeito ao se transformar, transforma o mundo. A construção
do conhecimento é, pois, um processo que engloba tese-antítese-síntese, ou seja,
uma dialética, sempre contínua.
Pois bem... a andragogia foi criada pelo norte americano Malcolm Knowles na
década de 70 do século XX, tendo como princípios básicos a aplicabilidade, autonomia,
autodiretividade, interatividade, reflexão e o respeito na educação de adultos. Knowles
acreditava que os adultos aprendiam diferentemente das crianças por já possuírem toda
uma história de vida, e vislumbrarem objetivos educativos diferenciados, especialmente
profissionais. Dessa forma, ele propôs uma metodologia focada nas vivências e
experiências do adulto aprendente (INSTITUTO DE DESIGN INSTRUCIONAL, 2021),
considerando-se o exposto na figura seguinte.
Título: Imagem de um cérebro humano e algumas de suas possíveis relações neurológicas (sinapses).
Fonte: https://www.istockphoto.com/br/foto/intelig%C3%AAncia-artificial-gm1187825196-335704976
conjunto delas, em algum âmbito. Para ele, “todos somos tão diferentes em grande
parte porque possuímos diferentes combinações de inteligências” (GARDNER, 1995,
p. 19) e isso nos faz únicos e especiais.
De acordo com esse autor, existem, pelo menos, sete inteligências, nos termos da
próxima figura.
Título: Sugestões de estratégias didáticas, com base na Teoria das Inteligências Múltiplas
Fonte: elaborada pela autora.
É muito importante que você saiba que, ainda que o sujeito tenha um potencial maior
em determinada inteligência, não significa que ele não possa desenvolver determinados
conhecimentos, e determinadas competências e habilidades, que requerem inteligências
que ele não têm muito aprimoradas. Por exemplo: eu nunca serei o Pelé no futebol,
mas posso aprender a jogar futebol. Eu nunca serei Albert Einstein na física, mas posso
aprender física. Eu nunca serei Beethoven na música, mas posso aprender música.
Dessa maneira, apostamos que o uso de estratégias didáticas diferenciadas é
necessário para alunos diversos, em sintonia com uma didática para a inclusão, ou
didática inclusiva. Nesse sentido, “reconhecer a não homogeneidade nas turmas implica
também em compreender que há formas diferentes de aprender, portanto uma mesma
metodologia e os mesmos recursos didáticos não atendem a necessidade de todos
os discentes” (PIMENTELI, 2018, p. 73).
Portanto, se há diferentes formas de aprender, eis que é necessário diferentes
formas de ensinar. Mas isso é assunto para outro momento.
Por hora, nossa aula está chegando ao fim. Espero que as teorias aqui apresentadas
tenham contribuído com a ampliação do seu olhar sobre o sujeito que aprende. Afinal,
tal como temos destacado, só podemos projetar itinerários formativos adequados e
assertivos, se soubermos como os estudantes aprendem ou podem aprender. E esse
é um universo múltiplo e diverso, o qual demanda de nós um envolvimento cuidadoso
e apaixonado.
Lembre-se, pois, que a educação é um encontro, presencial ou virtual, em que
estamos lidando com pessoas com projetos e sonhos diversos, todos eles legítimos.
E que você assumiu o compromisso de participar. Portanto, leve muito a sério.
E para dar sequência em nossa disciplina, na próxima aula, bastante em sintonia
com esta, abordaremos os estilos de aprendizagem, segundo o Método VAC – Visual,
Auditivo e Cinestésico – e, nesse contexto, os sistemas ou ambientes de ensino-
aprendizagem adaptativos na Web (AdaptWeb).
Até já.
AULA 7
ESTILOS DE
APRENDIZAGEM, SEGUNDO
O MÉTODO VAC, E SISTEMAS
ADAPTATIVOS NA WEB
Estilo Características
ANOTE ISSO
Ataca fisicamente
Delibera e planeja bem
Fala sobre os o problema; ação;
antes; organiza os
Capacidade para problemas; testa impulsividade;
pensamentos e tem
resolver problemas as soluções geralmente escolhe
boa visão de soluções e
verbalmente. soluções que envolvem
alternativas.
muitas atividades.
Cabe aqui destacar que não existe um estilo de aprendizagem mais bacana do que
outro, pois cada um tem a sua maneira própria para aprender de forma mais efetiva,
cada um tem o seu “jeitinho”, não é mesmo? Importante é reconhecer essa diversidade
de estilos de aprendizagem e buscar lidar com eles, com vistas ao desenvolvimento
pleno dos estudantes.
Relembre, por exemplo, alguma situação de aprendizagem, seja na escola ou
fora dela, em que os estímulos do ambiente e das pessoas não se adequaram, de
forma eficiente, ao seu estilo de aprendizagem predominante. Considerando os seus
conhecimentos atuais na área, você proporia uma nova dinâmica para a situação?
Á título de reflexão, pense nas duas situações que se apresentam:
Situação 1 – Márcia não tem muitos conhecimentos sobre a teoria Conectivista. Ela
está em sua casa à noite, tentando realizar exercícios sobre a teoria, mas infelizmente, não
está indo bem. Ela decide acessar o ambiente virtual de aprendizagem (AVA) do seu curso,
e verifica que vários colegas, também, estão on-line. Para o seu conforto, tem uma banda
de Internet com alta velocidade; e seu estilo predominante de aprendizagem é auditivo.
Situação 2 – Fernando, também, não tem conhecimentos sobre a teoria Conectivista.
Ele está em seu trabalho, na hora do seu almoço, também, tentando realizar os
exercícios sobre a teoria. Fernando decide acessar o AVA do seu curso, e verifica que
vários colegas, também, estão on-line. Contudo, a sua conexão é de baixa velocidade;
e seu estilo predominante de aprendizagem é visual.
Quais ferramentas do AVA você proporia para Márcia e Fernando utilizarem para
ajudá-los com as tarefas e por quê? Lembre-se dos quadros acerca de recursos em
AVAs que vimos em nossa aula 5.
É preciso, ainda, ressaltar que o fato de uma pessoa ter um determinado estilo de
aprendizagem predominante não quer dizer que não deva ser estimulada para devolver
os demais, ok?
Assim sendo, se identificarmos alunos que são mais auditivos, podemos orientá-los
na criação de uma playlist, por exemplo, mas também devemos desenvolver atividades,
tais como a organização de um blog com a playlist e com imagens ou vídeos que têm
a ver com a seleção de músicas realizadas. Dessa forma, estaremos contribuindo para
que os alunos aprimorem os seus sentidos de forma geral, e as suas aprendizagens
também, certo?
Vamos agora, conforme anunciado, conversar um pouco sobre os sistemas
adaptativos ou ambientes de ensino-aprendizagem adaptativos na Web (AdaptWeb).
Você sabia que em AVAs podemos planejar, gerenciar e intermediar o processo
ensino-aprendizagem dos estudantes, considerando os seus estilos prioritários de
aprendizagem? Pois é, isso é possível através do que chamamos de AdaptWeb.
Quando falamos de ambientes de ensino-aprendizagem adaptativos na Web
queremos dizer que esses são criados, gerenciados e experimentados, considerando-se
as diversas possibilidades tecnológicas lá presentes para personalizar os processos
pedagógicos, tendo em vista os estilos prioritários de aprendizagem dos estudantes.
Os sistemas adaptativos são uma personalização do processo de ensino-
aprendizagem, pois reconhecem os estilos predominantes de aprendizagem de cada
estudante, o seu ritmo e tempo de aprendizagem. Daí, é possível projetar itinerários
formativos personalizados para cada estudante (microadaptabilidade) ou grupo
de estudantes (macroadaptabilidade), tendo em vista a promoção da(s) sua(s)
aprendizagem(ns).
Mas como será que isso é possível? Bem... isso é possível através de softwares
adaptados ao AVA, os quais são capazes de mapear as potencialidades e, também,
as dificuldades de aprendizagem dos estudantes. Esse mapeamento ocorre através
de questionários, mapas mentais ou cognitivos, relatórios de participação e de provas,
dentre outras estratégias (MACHADO & MORAES, 2015). Em síntese, essa adaptação
é possível através da criação de um modelo do usuário, onde, para cada um, serão
armazenadas as suas informações pessoais, tais como preferências, background,
histórico navegacional, conhecimentos.
ANOTE ISSO
Pois bem... com esse mapeamento é possível projetar uma Aprendizagem Adaptativa
(Adaptive Learning) por meio de atividades variadas voltadas aos alunos, conforme
eles avançam no seu processo de construção do conhecimento sobre determinado
tema, por exemplo. Observe o ciclo básico do modelo AdaptWeb na figura seguinte.
Título: Teclado com letras ampliadas para pessoas com deficiência visual / baixa visão
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:MAGic_Large_Print_Keyboard.jpg
deficiência. Por exemplo: pode ser um recurso de mobilidade, tais como andadores,
cadeiras de rodas adaptadas, ou de comunicação, tais como softwares específicos
para ajudar pessoas com deficiência visual e/ou auditiva.
Á título de curiosidade, provavelmente existiram iniciativas com relação à criação
de dispositivos para auxiliar pessoas com deficiência ao longo da história, mas,
considerando-se os registros históricos, esse processo de produção inicia-se em 1808.
Naquele momento o italiano Pellegrino Turri criou uma máquina de escrever para uma
amiga com deficiência visual. Por volta de 1870, Alexander Graham Bell, no contexto de
suas tentativas para ensinar pessoas surdas a falar, cria o telefone. Em 1890, fundou
uma organização que receberia o nome de Associação Graham Bell para Surdos e
Deficientes Auditivos, na cidade de Washington/Estados Unidos da América do Norte
(EUA). Em um dos laboratórios dessa organização, foi criado, em 1917, um microfone
condensador que traduziu ondas sonoras em ondas elétricas. Em 1920, foi criado um
amplificador de tubo de vácuo. Em 1936, produziu-se uma máquina falante artificial
ou “ codificador de voz “ e um transistor. Na década de 50, foi produzido o primeiro
dispositivo de reconhecimento de voz. Todos dispositivos destinados a pessoas com
deficiência auditiva (GALVÃO FILHO & DELGADO GARCIA, 2012).
Contudo, é no contexto do pós Segunda Grande Guerra Mundial e do pós Guerra
do Vietnã que esse tipo de tecnologia ganha destaque, tendo em vista veteranos
com deficiências que delas retornaram. Essa situação apresentou-se dramática para
os EUA, os quais assumiram uma consciência sobre os direitos das pessoas com
deficiências. Na década de 90 do século XX inicia-se a promulgação de leis nos EUA,
com vistas ao reconhecimento desses direitos, e é nessa conjuntura que emerge a
expressão Tecnologias Assistivas (GALVÃO FILHO & DELGADO GARCIA, 2012).
No Brasil, também, reconhecemos os direitos de pessoas com deficiências nessa
época. Contudo, é somente em 2011 que o país apresenta um marco histórico, com
vistas à inclusão dessas pessoas via Tecnologias Assistivas (GALVÃO FILHO & DELGADO
GARCIA, 2012).
Na segunda década do século XXI, Tecnologias Assistivas têm suporte da Inteligência
Artificial (IA), Robótica, Mecatrônica, Bioengenharia, dentre outras. Avanços históricos,
pois, são perceptíveis nesse campo. Vale a pena acompanhar, não é mesmo?
Especialmente para verificar tudo aquilo que podemos utilizar na educação, tendo
em vista aquilo que mais queremos que é a inclusão.
AULA 8
MÉTODOS E TÉCNICAS DE
ENSINO-APRENDIZAGEM
TRADICIONAIS E
CONSTRUTIVISTAS
Em nossas últimas duas aulas, tratamos de teorias e estilos de aprendizagem. Com esse
arcabouço pedagógico, podemos agora abordar métodos e técnicas de ensino-aprendizagem.
Afinal, todos os métodos e todas as técnicas são sustentadas por determinadas tendências
pedagógicas, ainda que não reconheçamos ao certo quais são.
Por isso, é muito importante que a gente conheça as teorias e os estilos de aprendizagem
para termos melhores condições de escolher os métodos e as técnicas que mais se alinham
à nossa visão sobre educação e tudo que ela pode conformar ou expandir, certo?
Portanto, dando continuidade as nossas tratativas, na aula de hoje, iremos discutir sobre
métodos e técnicas de ensino-aprendizagem, com destaque para as “Metodologias Ativas”,
intermediadas por tecnologias.
Comecemos então...
Já a técnica de ensino tem a ver com o fazer, com a sequência didática dos conteúdos
e das atividades propostas / o conjunto de ações a serem realizadas no processo ensino-
aprendizagem, com as ferramentas utilizadas para colocar um método de ensino em ação.
Por exemplo: Aula expositiva, Seminário, Estudo de um texto, Jogo, Sarau Virtual, Portfólio etc.
Importante aqui pontuar que os métodos e as técnicas de ensino compõem as metodologias
de ensino, pois sustentados em estudos e pesquisas na área, em uma lógica pedagógica, ok?
Nesse sentido, os métodos e as técnicas de ensino se ancoram em teorias de aprendizagem,
em tendências pedagógicas. Tendo por base as nossas discussões sobre teorias de
aprendizagem, as quais vimos na penúltima aula, essas se situam em uma perspectiva
mais tradicional ou mais construtivista, tal como você pode observar no quadro 1.
Tipos Definição
ANOTE ISSO
ANOTE ISSO
Existem diversos sites na Web em que você pode encontrar listas de objetivos, nos
termos da Taxonomia de Bloom, para utilizar em seu planejamento. Lembre-se
sempre de consultá-las para definir o verbo, a ação, que melhor se adequa a sua
proposta e, também, para não ficar repetindo os verbos.
Não deixe de assistir o vídeo “Sala de Aula Invertida para o ensino remoto ou
presencial”, produzido pelo EduCanvas, acessando https://www.youtube.com/
watch?v=eJ464S5MJEc.
Gamificação
A gamificação, muito em voga na atualidade, diz respeito ao uso de dinâmicas de
jogos para motivar pessoas a resolver situações-problema e contribuir com as suas
aprendizagens sobre os mais diferentes temas. Gamificar não é sinônimo de jogar, mas
de um processo que envolve: 1) Desafio; 2) Competição/ colaboração; 3) Feedback
instantâneo; 4) Fases; e 5) Premiação (ALVES, 2014), nos termos da figura seguinte.
Pois veja que podemos utilizar essa lógica em muitas das atividades pedagógicas,
certo?
Com relação ao uso de jogos propriamente ditos, é importante que o professor, ou
qualquer outro profissional da educação, ao escolher o jogo, ou aceitar a sugestão
dos alunos para a decisão de trabalhar ou não com um jogo, considere, em geral,
além dos assuntos nele propostos, o(a)s: 1) seu estilo de narrativa; 2) regras nele
presentes; 3) dinâmica de controle da jornada possível para os jogadores; 4) caminhos
de descoberta e exploração presentes; 5) há existência ou não de interação; 6) tempo,
mínimo, necessário para a sua exploração; 7) feedbacks no processo.
Observo aqui que, em breve, trataremos do uso de softwares na educação.
Você sabia que pode criar jogos e histórias em quadrinhos no Powerpoint? Pois é.
Assista o vídeo “Como criar jogos / quiz com Powerpoint?”, acessando o link: https://
www.youtube.com/watch?v=5AB6cU4eDCo e bora colocar a sua história em ação.
Storytelling
Você já ouviu falar de contação de histórias? Brincadeiras à parte... basicamente
o Storytelling é a contação de histórias, aquela mesma que conhecemos tão bem.
Contudo, essa Metodologia Ativa tem se tornado, cada vez mais, uma aliada dos
professores que visam contribuir com o protagonismo do aluno através de técnicas
de criação narrativa (XAVIER, 2015).
Durante a criação da história, os estudantes podem, e devem, deixar as suas ideias
fluírem, mas é bastante significativo orientá-los a responder às seguintes questões:
Para quem contará a história, ou seja, qual é o seu público-alvo? O que será contado,
ou seja, qual é a história? Qual a finalidade desta história, ou seja, por que contar essa
história? Qual recurso será utilizado para contar a história (softwares específicos para
criação de contação de histórias; mídias sociais, tais como o TikTok; blogs; Powerpoint)?
Como você irá contar a história, ou seja, qual será a sua narrativa?
Deixo aqui uma dica muito bacana para você: o vídeo “5 passos para aplicar
Metodologias Ativas - Ensino Híbrido ou blended learning”, produzido pelo Mercado
EaD. Para assisti-lo, acesse https://www.youtube.com/watch?v=DsySTIu1rjw.
AULA 9
CRIAÇÃO DE TRILHAS
DE APRENDIZAGENS
um princípio e um fim conhecidos tanto pelos professores como pelos alunos”. Portanto,
projete essa sequência em módulos ou unidades de aprendizagem – organização de
temas/conteúdos/atividades de forma interrelacionada por uma ideia dominante, a
qual deverá aparecer no título da sequência. Também é interessante que as unidades
sejam, ainda, subdivididas em séries/seções. Caso a sua trilha seja agrupada, projete
a sequência didática em módulos de aprendizagem independentes, mas lembre-se
que: linear ou agrupada, a trilha deve traduzir uma coerência interna.
Ao lado disso, considere que as pessoas são múltiplas, tal como discutimos em
nossa penúltima aula, “aula 7”, e, portanto, apresentam potenciais de aprendizagens
diferenciados. Tendo em vista que existem aprendizagens diferenciadas, há soluções
de aprendizagem diversas para alcançá-las, assim como o exemplo apresentado no
quadro 1.
Sobre esse último ponto, é importante observar que muitos profissionais da educação
se frustram quando projetam a utilização de determinadas tecnologias e se deparam
com a impossibilidade de implementá-las pelos mais diversos motivos. Mas o seu
curso não terá a qualidade comprometida por conta disso, certo? Sempre busque
alternativas viáveis. Para tanto, conheça, em profundidade, o seu lócus de atuação.
Em termos pontuais, considere:
• que os alunos devem receber certa quantidade de informação de cada vez
(lembre-se da importância da divisão – módulo-unidade-série);
• que o aluno deverá ter condições de refletir sobre os conteúdos apresentados
e relacioná-los ao seu cotidiano;
• a apresentação dos objetivos gerais do módulo e das unidades, e dos objetivos
específicos de cada série;
• a introdução em relação ao conteúdo abordado;
• a orientação em relação ao desenvolvimento das atividades previstas;
• que as atividades devem ser distribuídas ao longo do texto;
• a indicação de leituras complementares/de aprofundamento;
• a presença de bibliografia comentada;
• a importância da utilização de diversas mídias (filmes, músicas, jogos, dentre
outros);
• a importância de se utilizar marcadores textuais (uma seta, um desenho, dentre
outros, que sinalizem o texto);
• a importância de se utilizar chamadas (textos em quadros, balões, dentre outros,
que chamem a atenção do interlocutor);
• a importância de se utilizar imagens diversas (uma figura, um quadro, dentre
outros, que ilustre e complete o conteúdo abordado) (MUNHOZ; 2016, MACHADO
& MORAES, 2015).
EXPERIÊNCIA DE APRENDIZAGEM X
(apresentação do período de duração da disciplina, por exemplo)
Ambientação
TRILHA DE APRENDIZAGEM
(apresentação do período de duração da disciplina e de cada módulo, por exemplo)
Não deixe de assistir o vídeo “Como montar uma trilha na plataforma Edulivre”, pois
ele é um guia que apresenta de forma muito prática e didática todo o processo
de elaboração de trilhas, ok? Para tanto, acesse https://www.youtube.com/
watch?v=LFxBH88ozz0 e mãos à obra!
Olá cursista!
Vamos elaborar juntos um glossário, tal como um dicionário? Para tanto, peço
que você escolha dois termos importantes tratados em nossa disciplina. Acesse os
textos, as videoaulas, os podcasts e outros materiais complementares aqui no AVA
para acessar a sua memória.
Escolhidos os dois termos, é hora de postar os seus conceitos no Glossário. Lembre-
se que os termos devem ser apresentados em ordem alfabética. Caso você faça
alguma citação, não deixe de referenciá-la, nos termos da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT).
Fique à vontade para inserir mais de dois termos (verbetes), anexar arquivos, editar
verbetes já criados por você, e inclusive, comentá-los.
E o que será avaliado: a inclusão por você de, pelo menos, dois verbetes, com a
apresentação fundamentada de seus conceitos, os quais, ainda, não foram apresentados
por seus colegas, ok?
Para dar um pontapé inicial, incluí aqui o meu...
Mensagem enviada aos estudantes ou postada em um fórum criado para orientação
da atividade.
Olá pessoal!
A partir de agora iniciaremos uma atividade denominada Wiki. Você conhece? Wiki
é uma ferramenta que permite a construção colaborativa de textos na Internet.
Para realizarmos a nossa atividade, o tutor organizará a turma em equipes de 3 a
5 participantes. Cada equipe será direcionada para empreender a sua escrita virtual
sobre a temática “Psicologia do desenvolvimento infantil”. Pesquisem bastante sobre
o assunto para melhor fundamentar a sua escrita, ok? É muito importante que o texto
siga um modelo dissertativo e analítico, e que demonstre clareza, coerência e coesão.
Todos os membros da equipe devem participar ativamente da escrita do texto.
E o que será avaliado: a contribuição de todos (lembrem-se que a ferramenta permite
que saibamos quem e quando editou o texto); a organização lógica do texto, em termos
de clareza, coerência e coesão; e a sua fundamentação teórica.
Apresentação da definição do período que a ferramenta estará apta para edição.
Vamos juntos!
Caro cursista,
Vamos iniciar mais uma atividade virtual da nossa disciplina. A proposta agora é
que você crie um portfólio virtual (webfólio), o qual designa uma espécie de diário,
no qual você deve registrar reflexões, análises, comentários sobre a nossa disciplina.
Para tanto, você pode postar textos acadêmicos e/ou literários, vídeos, inserir imagens,
criar uma playlist, dentre outras possibilidades. Fique à vontade para escolher o que
melhor traduza a sua leitura da disciplina. Mas é muito importante que você não se
esqueça de colocar no seu portfólio todas as atividades realizadas ao longo da nossa
disciplina, ok? E que, também, inclua textos de sua autoria.
E o que será avaliado: a relação entre o material produzido e a disciplina/temática
abordada.
Apresentação da definição do período que a ferramenta estará apta para edição.
Então, mãos à obra!
Mensagem enviada aos estudantes ou postada em um fórum criado para orientação
da atividade.
Á título de sugestão, apresento para você alguns exemplos de ferramentas gratuitas
para criação de portfólios virtuais no quadro 5.
Ferramenta Link
WordPress https://wordpress.com/pt-br/
Freshgrade https://freshgrade.com/
Weebly https://www.weebly.com/br
Título: Imagem de uma tela de portfólio virtual, em elaboração, criado através da ferramenta Adobe Portfólio.
Fonte: extraída pela autora.
Caso você deseje criar um portfólio nas áreas de arte e cultura, vale muito a pena
utilizar o espaço “Google Arts & Culture”, pois ele disponibiliza ferramentas para a
criação de mostras virtuais.
Título: Imagem da tela para criação de galerias virtuais através do “Google Arts & Culture.
Fonte: https://artsandculture.google.com/
• Autoavaliação - tipo de avaliação que permite que o estudante elabore uma reflexão
sobre o seu comprometimento com a atividade/disciplina e o seu desenvolvimento
na mesma. A autoavaliação pode contemplar questões objetivas (fechadas de
múltipla escolha) e/ou dissertativas (abertas). É muito importante que o estudante
compreenda o papel da autoavaliação no aprimoramento do seu senso crítico e
julgamento coerente consigo mesmo. Nesse sentido, antes de aplicar a autoavaliação
é preciso fazer um trabalho formativo preparatório com o estudante para não
desperdiçar uma ferramenta tão importante como essa, certo?
• Mapa Mental, Cognitivo ou Conceitual - ferramenta que permite a criação de
esquemas hierárquicos entre conceitos, proposições e relações entre eles, tal como
vimos em nossa penúltima aula, “aula 7”. É uma atividade bastante interessante
para que o estudante organize, memorize e analise conteúdos trabalhados em
uma disciplina, por exemplo. Para utilizá-lo, é preciso que você o ensine a criá-lo
através de programas específicos ou até mesmo em uma folha de papel. Para tanto,
pode realizar com a turma um workshop, uma oficina de treinamento, sobre essa
ferramenta, ok? A avaliação deve considerar os conceitos apresentados pelo aluno,
a ligação entre eles, as ligações cruzadas, os níveis hierárquicos, exemplos, dentre
outros. A título de sugestão, sugiro os apps MindMeister, Canva ou Venngage para
a elaboração dos seus mapas
• Questionário - tipo de avaliação de múltipla escolha, com resposta única, ou de
itens discursivos, com respostas abertas. As questões abertas ou fechadas devem
apresentar um enunciado contextualizado, o qual pode ser uma situação-problema,
e um comando/instrução, ou seja, o que o aluno deverá fazer. No caso das questões
fechadas é preciso, ainda, apresentar alternativas: uma indubitavelmente correta
ANOTE ISSO
Título: Imagem de uma tela de formulário / questionário, em elaboração, criado através da ferramenta Google Docs, disponível em: https://docs.
google.com/forms/u/0/
Fonte: extraída pela autora.
ANOTE ISSO
Na aula de hoje, discutimos sobre o que são trilhas de aprendizagem, os seus tipos
e precisamos algumas ferramentas para a sua elaboração.
Certamente, existem muitas possibilidades tecnológicas a serem conhecidas e
exploradas no universo da Educação 4.0. Nesse sentido, sugiro que você continue no
seu processo de descobertas na área, indo ao encontro desse universo.
Contudo, ainda, temos muito o que conversar sobre essas possibilidades. Assim, em
nosso próximo encontro, focaremos no uso do computador e de recursos multimídias
variados na educação.
Até lá!
AULA 10
USO DO COMPUTADOR E DE
OUTROS RECURSOS MULTIMÍDIAS
NA EDUCAÇÃO – DEFINIÇÃO DE
SOFTWARES EDUCATIVOS
Na educação temos cada vez mais utilizado esses programas, os quais podemos
organizar, genericamente, em aplicativos e educativos. Você sabia que existe diferença
entre essas duas categorias de softwares em contextos educacionais?
Então, softwares aplicativos, tais como Microsoft Word, Microsoft Excel, Microsoft
PowerPoint, Visual Class etc, podem ser inseridos nos contextos de ensino-aprendizagem
e/ou escolares em geral, apesar de não terem sido projetados para fins pedagógicos
e/ou educativos. Já os softwares educativos, tais como Plickers, G Suite for Education,
Simplifica, são programas criados para fins pedagógicos, ou seja, para contribuírem
com as aprendizagens dos alunos acerca de um determinado conteúdo, por exemplo
(LIMA ET AL. 2015; NETA & SILVA, 2014).
Título: Print de tela do programa de edição de imagens Paint, exemplo de software aplicativo.
Fonte: extraída pela autora.
Para tanto, entendemos que torna-se essencial uma avaliação criteriosa que subsidie
a justificativa do uso de SEs, assunto para a nossa próxima aula.
Afinal, a utilização de softwares na educação não deve se sustentar na compreensão
de que esses são apenas mais uma tecnologia nas “mãos do professor”, mas um recurso
privilegiado que pode contribuir para a construção de uma nova prática educacional
que tenha como suporte maneiras de pensar e agir mais flexíveis, contextualizadas,
que tenham conexidade, conectividade e interatividade.
AULA 11
AVALIAÇÃO DE
SOFTWARES EDUCATIVOS
– TENDÊNCIAS ATUAIS
para que algo possa ser avaliado. Moreira et al. (2001, p.124) conceituam critérios
“como referenciais por meio dos quais procedemos à avaliação de nós mesmos e de
tudo aquilo com que interagimos, seja contexto, objeto ou pessoa.”
No caso da avaliação de um software educativo (SE), essa deve acontecer, se
possível, desde o planejamento inicial de produção desse sistema, ou seja, antes
mesmo da sua criação. Nesses termos, Moreira et al. (2001, p. 120) considera que
Entende-se, pois, que a qualidade a ser atribuída ou não ao programa tem a ver
com o seu contexto de uso, ok?
Contudo, nem sempre, ou quase nunca, é possível participarmos efetivamente do
planejamento de produção do software, não é mesmo?
Nesse sentido, e considerando-se a multiplicidade de programas disponíveis no
mercado e em repositórios virtuais educacionais, por exemplo, é preciso selecionar
aqueles que mais se adequarão às nossas necessidades. E aqui torna-se essencial
pensarmos em alguns critérios de análise.
ANOTE ISSO
ANOTE ISSO
FORMULÁRIO
Nome do software:
Público-alvo:
( ) Outros
Objetivo do software:
DIMENSÃO TÉCNICA
ESCALA DE AVALIAÇÃO
1 2 3 4 5 6
CATEGORIA SELECIONADA Excelente
Fraco
DIMENSÃO PEDAGÓGICA
ESCALA DE AVALIAÇÃO
1 2 3 4 5 6 Excelente
CATEGORIA AVALIADA
Fraco
ANÁLISE
A soma do número de pontos atribuídos ao software poderá ser utilizada para
classificá-lo conforme as categorias seguintes:
18-36 Este software contém pouca informação relevante com abordagem pedagógica
limitada, bem como apresenta problemas de design e de navegação. Este
programa pode ser uma alternativa apenas no caso de não haver outros
recursos disponíveis. Ë aconselhável que o uso do software pelo estudante seja
bem orientado.
37-54 Embora exista informação útil neste programa, há também algumas limitações
quanto à abordagem pedagógica, ao design e à navegação. Sua contribuição
mais efetiva para os objetivos de aprendizagem estará numa orientação para
toda a classe na qual a sua exploração será guiada e os estudantes serão
envolvidos no trabalho.
55-72 O programa contém informação que tem aspectos relevantes, mas há também
poucas limitações quanto ao design e à navegação e mesmo quanto à
abordagem pedagógica. Uma orientação mais estruturada poderá ajudar os
estudantes a alcançar os objetivos de aprendizagem, trabalhando de forma
autônoma ou em pequenos grupos.
91-108 O software está bem planejado, conta com uma abordagem pedagógica bem
apropriada e com design e navegação propícios. Efetivamente pode contribuir
para o alcance de objetivos de aprendizagem. Pode ser usado com orientações
gerais do professor e parece apropriado para exploração livre pelos estudantes,
trabalhando de forma autônoma ou em pequenos grupos.
AULA 12
USO DE COMPUTADORES
E OUTROS RECURSOS
MULTIMÍDIA NA EDUCAÇÃO –
SUGESTÕES DE FERRAMENTAS
Nas últimas aulas, tratamos sobre softwares na educação (SEs), dialogando com
definições, tipos, finalidades e critérios de análise para o seu uso apropriado em
contextos educativos.
A proposta é que, na aula de hoje, foquemos em exemplos de recursos tecnológicos
para que, nas duas próximas aulas, possamos discorrer acerca de planos de aulas e
projetos de ensino intermediados por essas tecnologias, combinado?
Continuemos, então, o nosso caminho rumo ao aprimoramento dos nossos
conhecimentos na área. Lembrando, sempre, que as inovações só fazem sentido quando
guiadas com criatividade e criticidade, tal como requer uma educação conscientizadora.
Para iniciar a nossa conversa, quero assinalar que, apesar do encantamento que,
por vezes, as tecnologias, especialmente os recursos multimídia, provocam em nós, é
preciso atuar com pertinência ao escolher e usá-las em nossas atividades pedagógicas.
Afinal, tal como já sabemos o uso do computador ou qualquer outro recurso tecnológico
e midiático não provoca mudanças substantivas na educação. Essa só ocorrerá se os
utilizarmos no contexto de uma pedagogia construtivista e conectivista, por exemplo.
Contudo, também, precisamos lembrar que a formação para o uso das tecnologias,
com destaque para o computador e a Internet, é um direito dos alunos. Nesses termos,
a lei n. 9.394 que define as diretrizes e bases da educação nacional (LDB 9394/96)
Assista o vídeo “Paulo Freire e tecnologias na educação”, o qual traz discussões que
tangenciam conceitos da obra freiriana ao uso de tecnologias em processos ensino-
aprendizagem.
Para tanto, é muito importante que você, inicialmente, verifique o domínio tecnológico
dos alunos e, caso constate que há discentes com pouca, ou nenhuma, intimidade
com as tecnologias, propicie situações para que eles se familiarizem com recursos
disponíveis em computadores, por exemplo. Afinal, apesar da narrativa de que
vivemos em uma sociedade totalmente informatizada e hipermidiática, não são todas
as pessoas que têm pleno acesso aos seus recursos tecnológicos. Contudo, não
estamos aqui sugerindo um trabalho pedagógico focado na leitura de manuais para
a sua operacionalização, mas na tríade – cultura digital, pensamento computacional,
tecnologia digital – requerida para os atores educacionais no contexto da Educação
4.0, tal como vimos em nossa terceira aula.
Saiba que é válido trabalhar com ferramentas para elaboração de textos, tais como
Microsoft Word, OpenOffice, LibreOficce, Google Docs; para elaboração de planilhas,
tais como Microsoft Excel, LibreOffice, Planilhas Google, Gnumérico; para apresentação,
tais como Microsoft PowerPoint, LibreOffice Impress, Canva, Prezi; dentre outras. E,
também, programas para produção, edição e compartilhamento de vídeos, tais como
Windows Movie Maker, OpenShot e OBS Studio; além de recursos disponíveis em
celulares, é claro. Ferramentas que denominamos como softwares aplicativos.
Esses, dentre tantos outros recursos, apesar de não terem sido produzidos para fins
pedagógicos, podem ser utilizados na educação, certo? Dentre tantas possibilidades
para a produção e compartilhamento de vídeos e áudios, por exemplo, é preciso destacar
as redes sociais, especialmente aquelas em que podemos utilizar via smartphone,
tais como o TikTok.
Esclarecemos que redes como o TikTok logo caíram nas graças das pessoas,
especialmente de crianças e jovens, em escala planetária. Essas redes permitem
que as pessoas acessem conteúdos lá publicados, vídeos curtos, com cerca de 15 a
60 segundos em média. E, também, postem vídeos autorais. Tudo de forma gratuita.
Os vídeos nelas postados tratam dos mais diferentes assuntos, produzidos, em geral,
com muito humor e criatividade. Possivelmente por isso fazem tanto sucesso com as
crianças e os jovens, tendo em vista que dialogam de forma muito direta e assertiva
com as suas linguagens.
Nesse sentido, essas redes podem contribuir, e muito, com a educação. Como? Por
exemplo: podemos pedir para que os alunos realizem algum tipo de experimento químico
(que tal uma receita de bolo?) ou físico (que tal o ciclo da água?), gravem e postem o seu
conteúdo em alguma dessas redes. Podemos,
ainda, organizar um sarau virtual, em que os
estudantes possam compartilhar vídeos com
apresentações variadas. As possibilidades são
inúmeras. Contudo, lembre-se que essas redes
não são indicadas para menores de 13 anos,
e que se forem trabalhar com adolescentes, é
necessário orientá-los a criar um perfil privado.
Ressaltamos, ainda, que o uso dessas redes
na educação é potente não só por dialogar
com os estudantes, mas por contribuir
com a construção de diversas habilidades
e competências, tais como: planejamento;
organização de cenário, figurino, narrativa
e áudio; desenvolvimento de expressões
corporais e emocionais; ampliação da
linguagem; dentre outras.
Enfim... que tal experimentar essas redes
em suas práticas educacionais? Afinal,
também, temos o compromisso de ajudar
muitos estudantes a ressignificarem o uso
que fazem dessas redes, entre outros recursos
tecnológicos e midiáticos, certo?
Título: Imagem de meninas gravando um vídeo.
Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/foto/adulto-encantador-cativante-lindo-6003075/
Além dos recursos supracitados, vale a pena conhecer e explorar ferramentas para
a manipulação visual, tais como Microsoft Paint ou Br Office Draw, pois são bastante
intuitivos e passíveis de se trabalhar diferentes desenhos e figuras. Que tal fazer uma
selfie (possibilidade de autorretrato contemporâneo) e editá-la com os alunos? Que
tal transferi-la, após a edição, para o PowerPoint e introduzir recursos de animação
na mesma?
Você pode encontrar recursos, tais como os pontuados aqui, em diversos repositórios
virtuais educacionais, ok? Nesses termos, veja a lista, com algumas sugestões, que
organizei para você.
Quer mais dicas? Então, acesse os sites “300 softwares educacionais livres” através
do link http://blog.brasilacademico.com/2015/02/300-softwares-educacionais-livres.
html e “Software Livre na Educação” através do link https://softwarelivrenaeducacao.
wordpress.com/softwares-livres-educacionais/.
Por fim, quero destacar um recurso que tenho utilizado e que tem sido bastante
exitoso que é o Google Jamboard. O Google Jamboard é um quadro branco inteligente e
colaborativo, o qual você pode utilizar para realizar diversas tarefas de forma presencial
ou on-line. Que tal explorá-lo através do link: https://edu.google.com/intl/ALL_br/
products/jamboard/.
Para terminar a nossa aula de hoje, quero lembrar a você a importância do laboratório
de informática na escola ou em qualquer outro espaço educativo. Dessa forma, além de
buscarmos negociar junto aos gestores condições adequadas para a sua infra-estrutura
e a aquisição de equipamentos e softwares pertinentes às atividades educativas nele
AULA 13
PLANOS DE AULAS COM TICS
Se atente para esta fábula criada por Mager (1972, p. 89) para refletirmos sobre a
relação objetivos e estratégias:
Outro ponto que quero destacar é a avaliação, pois ela é um guia para todo e
qualquer processo pedagógico, tal como já discutimos, não é mesmo?
A avaliação, especialmente a formativa, em qualquer espaço educativo, em qualquer
nível de ensino e mesmo na educação corporativa, é essencial para saber se o aluno
está ou não se desenvolvendo, e como podemos criar estratégias mais adequadas
para trabalhar com ele.
Nesse sentido, ressalto a ferramenta avaliativa denominada portfólio. O portfólio, tal
como vimos, é uma atividade na qual você e/ou os estudantes registram aprendizagens,
reflexões, análises, comentários sobre estudos e pesquisas sobre um determinado
assunto, através da inserção/colagem de textos/desenhos, imagens, dentre outros,
em um caderno, pasta ou qualquer outro suporte. Caso ele seja feito de forma digital,
poderão ser inseridos, ainda, vídeos, músicas, links de notícias variadas etc. Nesse
caso, chamamos de portfólio virtual ou webfólio. Com ele, você terá boas condições
de acompanhar o envolvimento, a participação e o progresso do aluno, ok?
Afinal, como disse o gato para a Alice no país das maravilhas: “se você não sabe
para onde quer ir, qualquer caminho serve”.
Vale aqui um grande parênteses: estamos aqui falando de objetivos de aprendizagem
e não de ensino. Por exemplo: apresentar ou mostrar um gráfico tem mais a ver com
um objetivo de ensino. Já construir ou analisar um gráfico tem mais a ver com um
objetivo de aprendizagem. Certo?
Então, após a definição dos objetivos de aprendizagem, ou seja, daquilo que eu quero
que o aluno aprenda, partimos para a elucidação das evidências de aprendizagem, ou
seja, como eu vou saber que ele aprendeu. Observe que aqui se insere as questões
relativas à avaliação. Pergunte-se: quais as evidências poderão indicar que os resultados
foram alcançados? Como o estudante vai me mostrar o que aprendeu?
Por fim, definimos os conteúdos e as atividades a serem trabalhados com os
estudantes. Precisamos aqui responder: quais serão as experiências de ensino-
aprendizagem, em termos de conteúdos e atividades, mais significativas para se
alcançar os resultados almejados?
Nesses termos, analise o quadro 2 que apresenta a lógica do Planejamento Reverso.
Os estudantes saberão...
Os estudantes serão capazes de...
Em princípio, alguns podem até se assustar com a proposta, pois ela é reversa à
forma que estão acostumados a trabalhar. Contudo, quando atentamos para a sua
sequência, constatamos que ela faz total sentido. Daí é uma questão de tempo para
incorporarmos essa nova lógica. Mas para tanto, precisamos colocá-la em ação. Bora
tentar?
Considerando as nossas discussões até aqui, vamos pensar, especificamente, em
nossos planos de aulas?
Libâneo (2008, p. 241) apresenta uma proposta bem didática acerca das etapas
para a produção de um plano de aula, as quais estão em bastante sintonia com a
lógica do Planejamento Reverso.
ANOTE ISSO
Sugiro que você pesquise sobre planos e projetos de ensino, assunto da
nossa próxima aula, nos estudos de José Carlos Libâneo, referência da área,
disponibilizados na Web.
Esclareço que existem diversos modelos de planos de aulas, algumas escolas utilizam
modelos próprios, mas todos têm basicamente as mesmas informações acerca da
aula planejada. Observe o plano de aula seguinte projetado para a Educação Infantil,
para ser utilizado na educação presencial, podendo ser adaptado para o ensino remoto.
PLANO DE AULA
Nome da escola Escola Estadual Criança Feliz
Turma Educação Infantil
Professor(a) Cynthia Rúbia Braga Gontijo
Campos de Experiências O eu, o outro e o nós.
Corpo, gesto e movimentos.
Escuta, fala, pensamento e imaginação.
Tema Representando o meu personagem favorito – Parte 1
Tempo de aula 4-5 horas aula (h/a)
Data xx/xx/xxxx
Objetivos/Habilidades Exercitar a criatividade e imaginação.
➔ Desenvolver a expressividade por meio de linguagens audiovisuais.
Recursos/Materiais Smartphone
Duração 8 horas aula (h/a)
Desenvolvimento/Procedimentos Metodológicos
Sequência didática
Passo 1
Apresentar a proposta da aula para os alunos.
Pedir para os alunos contarem a estória de um livro, animação ou desenho que gostem muito, e
indicarem qual personagem mais gostam.
Passo 2
Explicar que eles terão um desafio: contar a história do seu personagem, do seu “super herói”, favorito
e gravar a apresentação, a qual deverá durar até 5min.
Passo 3
Organizar a turma e auxiliar os alunos na preparação e gravação dos vídeos.
Passo 4
Agendar uma data para a mostra dos vídeos, e convidar a família, via WhatsApp por exemplo, para
participar da apresentação dos vídeos.
Avaliação
Participação, atenção, colaboração e envolvimento com a tarefa.
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Educação é a base. Disponível
em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf. Acesso em: 02 nov. 2021.
Quadro 4 Exemplo de um plano de aula para a Educação Infantil
PLANO DE AULA
Nome da escola Escola Estadual Criança Feliz
Turma Educação Infantil
Professor(a) Cynthia Rúbia Braga Gontijo
Campos de Experiências O eu, o outro e o nós.
Corpo, gesto e movimentos.
Escuta, fala, pensamento e imaginação.
Tema Representando o meu personagem favorito – Parte 2
Duração 5 horas aula (h/a)
Data xx/xx/xxxx
Objetivos/Habilidades Exercitar a criatividade e imaginação.
Desenvolver a expressividade por meio de linguagens audiovisuais.
Recursos/Materiais Computador com projetor.
Desenvolvimento/Procedimentos Metodológicos
Sequência didática
Passo 1
Relembrar à turma e aos seus familiares a proposta da atividade.
Estabelecer combinados com os alunos acerca da organização das apresentações, deixar claro que
cada um deverá ficar em silêncio para não prejudicar com ruídos a qualidade da exibição do vídeo do
colega.
Passo 2
Iniciar a sequência de apresentações dos vídeos.
Passo 3
Pedir para os alunos, a cada grupo de três apresentações, comentarem como foi produzir o vídeo, o
que acharam mais interessante e desafiador.
Passo 4
Encerrar a mostra de apresentações com agradecimentos a todos, e parabéns aos alunos pelo êxito
na atividade.
Avaliação
Participação, atenção, colaboração e envolvimento com a tarefa.
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Educação é a base. Disponível
em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf. Acesso em: 02 nov. 2021.
Quadro 5 Continuidade da atividade
Fonte: elaborado pela autora.
Existem diversos sites na Internet em que você pode encontrar sugestões práticas
de planos de aulas bastante interessantes, incluindo aí ideias para avaliações
diagnósticas, formativas e somativas, dentre os quais eu destaco o da Nova Escola
e do Portal do Professor do Ministério da Educação (MEC). Vale a pena pesquisar e
se inspirar.
ANOTE ISSO
Bem... esses exemplos são alguns dos inúmeros, infinitos, que podemos pensar
para uma atividade educativa com tecnologias, seja no contexto de planos de aulas,
seja em contextos de projetos de ensino, não é mesmo?
E por falar em projetos de ensino, vamos conversar sobre eles na próxima aula?
AULA 14
PROJETOS DE ENSINO COM TICS
14.2 PROJETOS DE ENSINO: contribuições para uma formação integral dos alunos
no contexto da Educação 4.0
Destaca-se, ainda, tal como Valente (2003), que os projetos de ensino têm um
grande potencial para atender os quatro pilares na educação – Aprender a conhecer,
Aprender a fazer, Aprender a viver juntos e Aprender a Ser, propostos pela Comissão
Internacional sobre Educação para o Século XXI da Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Inclusive, a Unesco sugere, em seu
referencial para a educação, o desenvolvimento de projetos, com vistas à contemplação
desses pilares (DELORS, 2003).
Não deixe de assistir o vídeo “Os quatro pilares da educação”, no qual o professor
Celso Antunes fala sobre o desenvolvimento desses pilares no contexto da sala de
aula. Para tanto, acesse https://www.youtube.com/watch?v=IQF8mVF3j84.
Na educação, é cada vez mais necessário um trabalho que tenha como pilar a
interdisciplinaridade, tendo em vista que, historicamente, as escolas trabalham as
suas disciplinas, e os seus conteúdos, de forma estanque e fragmentada.
Contudo, em projetos de ensino interdisciplinares, imagine...
Percebe-se, pois, que atualmente, no século XXI, temos, cada vez mais, tecnologias
educacionais para contribuir com o desenvolvimento dessas ações, certo?
Afinal, considerando-se o contexto da Educação 4.0, como desenvolver um projeto
sem “lançar mão” dessas tecnologias?
Certamente as tecnologias de informação e de comunicação (TICs) têm muito a
contribuir com o processo de buscar e descobertas dos alunos, especialmente em
uma perspectiva interdisciplinar, não é mesmo?
Pois bem, no processo de planejamento do seu projeto, lembre-se, sempre, que ele
somente se justificará se contribuir com a promoção de habilidades e competências
nos alunos. Essa promoção ocorrerá intermediada por ações didáticas, com vistas
a respostas/soluções de situações-problema. Assim, definido o tema, a questão, a
partir de uma situação determinada, tal como uma experiência vivida, um assunto
de interesse ou mesmo uma provocação de um aluno e/ou professor, é hora de
definir quais as habilidades e competências poderão ser desenvolvidas com o tema
/ a questão acordado(a), e elaborar o seu projeto.
Existem diversos modelos de projetos, os quais, basicamente, contemplam as seguintes
informações:
• título;
• indicação da pessoa responsável pelo projeto, com indicação da sua disciplina,
ou equipe responsável, com indicação das respectivas disciplinas envolvidas;
ANOTE ISSO
Não se esqueça que o projeto deve estar em sintonia com os documentos
regulatórios e orientadores da área e da instituição no qual será desenvolvido. No
caso de escolas, deve estar em sintonia com o seu projeto político-pedagógico
(PPP).
RECURSOS:
• Vídeo “As emoções básicas para crianças”.
• Jogos digitais (a serem definidos).
• Emoticons com as carinhas de alegria, tristeza, raiva, surpresa, nojo ou medo, disponíveis na
Internet.
• Cartolinas ou similares, tesoura, cola, pincéis de cores variadas.
• Caderno ou bloquinho para produção do “Álbum de Emoções”. Caso os alunos tivessem uma
idade mais avançada, aqui já poderíamos utilizar de ferramentas para a elaboração de portfólio
virtuais / webfólios, as quais conhecemos em aulas anteriores.
• Laboratório de informática.
AVALIAÇÃO:
Os alunos deverão ser avaliados durante todo o projeto, sendo levado em conta a motivação dos
mesmos, interesses, concentração, autonomia, disposição para o trabalho em equipe etc.
Devemos lembrar aqui da importância das avaliações diagnóstica e formativa, as quais já abordamos
em nossas aulas.
CRONOGRAMA:
Agora, que tal se inspirar com projetos na prática? Para tanto, conheça as
experiências de dois professores de ciências, acessando https://porvir.org/projeto-
escolar-leva-saneamento-a-comunidade-ribeirinha-amazonas/ e https://porvir.org/
microscopico-de-papel-aumenta-interesse-pela-ciencia/.
AULA 15
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
DIDÁTICOS PARA A EAD
Título: Possível relação entre estímulo (mão estendida) e motivação (pessoa decidida a subir os degraus de uma escada).
Fonte: https://thumbs.dreamstime.com/b/motiva%C3%A7%C3%A3o-e-carreira-pessoal-do-desenvolvimento-78417081.jpg
A Teoria Motivacional tem como foco como e por que o comportamento humano
é ativado e direcionado a algo, ou seja, o que, realmente, é capaz de motivar o sujeito
numa certa direção. Essa teoria aponta que existem dois tipos de motivação: a intrínseca
e a extrínseca. A primeira refere-se ao desejo de uma pessoa fazer algo pela simples
satisfação em fazê-lo, tal como cozinhar pelo desejo de cozinhar. A motivação intrínseca,
certamente, envolve redes socioemocionais e cognitivas complexas que fogem a
tentativa de localizá-las e compreendê-las (KELLER, 1987). Se bem que nem seria
tão necessário, pois nem tudo que fazemos precisa de uma explicação racionalizada,
não é verdade?
Já a motivação extrínseca engloba o desejo por reconhecimento, prestígio,
recompensas, prêmios, tal como alguém que estuda para se inserir no mercado de
trabalho ou nele se ascender (KELLER, 1987).
A motivação extrínseca é um campo a ser melhor conhecido e praticado pelos
profissionais da educação, pois essa está intimamente ligada ao desenvolvimento de
atividades pelos estudantes.
Keller (1987) criou um processo denominado de Motivação ARCS, o qual baseia-se
em quatro princípios para que as pessoas se sintam mais motivadas: 1) Atenção; 2)
Relevância; 3) Confiança; e 4) Satisfação.
A Atenção relaciona-se ao desenvolvimento de ações que estimulem o interesse do
estudante, por meio de atividades que despertem a sua percepção, tal como desafios,
curiosidades e dinâmicas variadas. Aqui a criatividade deve “correr solta”.
A Relevância tem a ver com as linguagens utilizadas pelo profissional da educação,
as quais devem ser familiares ao público-alvo. Aqui destaca-se a transposição de
Antes da produção do seu material, mas também durante, sugiro que você empreenda
uma curadoria de conteúdos digitais. Afinal, é uma verdadeira “loucura” o que temos
hoje disponível de informações, especialmente na Internet, não é mesmo? O tal Big
Data que já abordamos.
Você sabia que a curadoria de conteúdos digitais envolve determinadas etapas que
se articulam? Vamos conhecê-las?
1) Busca – em que você selecionará os conteúdos a serem utilizados na produção
do seu material, tendo por base fontes confiáveis, tais como sites; tutoriais; plataformas
de streaming, espaços virtuais em que são disponibilizados vídeos, animações, músicas
etc em telas variadas, ou seja, já amplamente reconhecidas e validadas pelos usuários
e autoridades pertinentes.
2) Validação – em que você irá verificar a disponibilidade do conteúdo, ou seja, se
ele é de livre acesso, sem empecilhos relativos à direitos autorais de uso.
Fonte: https://drive.google.com/
ANOTE ISSO
Bem, com os seus materiais, textos, vídeos, imagens, podcasts, quadros, tabelas,
dentre outros, já organizados para o início da produção do seu material didático, é
hora de colocar as “mãos na massa”.
Apesar de as instituições, em geral, terem um guia de produção de materiais
didáticos para autores, esses seguirão uma organização, uma sequência didática
bastante similar, que é:
Nesse sentido, observe, com esse olhar, como os conteúdos das nossas aulas
estão sequenciados e apresentados, combinado?
Em termos específicos, assinalamos que, na EaD, para que o conteúdo promova
uma aprendizagem significativa é necessário que ele passe por modificações
nos seus aspectos estruturais, de formato e de linguagem, o que chamamos de
transposição didática e de linguagem (RICARDO, 2013). Chegamos até a conversar
um pouco sobre isso em nossa aula sobre elaboração de trilhas de aprendizagem;
lembra?
Em relação a isso, procure elaborar o seu material, tendo por base os seguintes
objetivos:
• produzir uma linguagem direta, dialógica e assertiva;
• elaborar conteúdos / atividades que encorajam os alunos a pensar e criticar, e não
aceitar passivamente as informações e os conteúdos que lhes são apresentados;
• utilizar estratégias didáticas que visem desenvolver a autonomia do aluno;
• formular conteúdos / atividades apropriadas em cada unidade de estudos para
encorajar a aprendizagem significativa do aluno;
• diversificar materiais e estratégias para auxiliar o aprendiz no seu processo de
aprendizagem;
• orientar o aluno de forma clara sobre a realização das atividades previstas;
• elaborar atividades que promovam interação entre o aluno e outros atores
educacionais;
• oferecer oportunidade para aprendizagem colaborativa através de ferramentas
como fóruns, wikis, chats, dentre outras;
• incluir atividades que promovam a autoavaliação do aluno.
Também é muito importante que você se atente para determinados cuidados que
temos que ter no processo de produção desse material, tais como:
Procure usar palavras concretas, mais significativas!
Preocupe-se com a adequação do texto que está escrevendo ao público que o lerá!
Procure usar palavras que sejam mais familiares ao aluno!
Explique e, se possível, exemplifique os termos técnicos, principalmente aqueles
que não são comuns ou de uso cotidiano!
Use sempre parágrafos e sentenças curtas!
Use frases e parágrafos que enunciem ideias com princípio, meio e fim!
Atente-se para a credibilidade do texto!
Evite negações por excesso numa mesma frase!
Evite o uso da voz passiva, usando verbos ativos e diretos!
Reduza a quantidade de texto, mas não de informação e problematização!
Utilize imagens ou elementos multimídia, por exemplo, devidamente legendados,
para emitir informações!
Em relação ao uso de recursos multimídia, é muito importante que você “lance
mão” deles no processo de produção do seu material, mas tomando muito cuidado
com o seu uso, tendo em vista questões de direitos autorais e de imagens (RICARDO,
2013). Então, explore e utilize os diversos bancos de Recursos Educacionais Abertos
(REAs), os quais já abordamos em outras aulas, pois esses estão sob domínio público.
Existem, também, bancos de imagens, áudios, vídeos, gratuitos que você pode
utilizar. Considerando o levantamento feito por Pedrolongo (2021), indicamos:
• Unsplash, Reshot, Libreshot, Foodiesfeed, Morguefile e Image Base para fotos.
• Videezy e Coverr para vídeos.
• Freepik, Stockvault e Rawpixel para fotos e ilustrações.
• Pexels para fotos e vídeos.
• Biblioteca de Áudio do YouTube para músicas e efeitos sonoros.
• Pixabay para fotos, ilustrações, vídeos e músicas.
• Mixkit para vídeos, músicas, efeitos sonoros e templates.
Em geral, o material didático para a EaD se enquadra em obra sob encomenda, mas
justamente essa que tem a sua produção/veiculação em expansão, não é normatizada
pela Lei.
Contudo, existem alguns pontos da Lei que incidem sobre a sua produção, que são:
• a reprodução total de uma determinada obra (um livro, uma letra de música, um
poema, um vídeo, uma imagem, dentre outras) requer a autorização expressa
do(s) seu(s) autor(es), ainda que seja para fins didáticos e sem intuito de lucro.
• A reprodução de pequenos trechos é aceita quando para uso privado do copista,
desde que feita por esse, sem intuito de lucro.
• A reprodução de pequenos trechos, em média 10% da obra, é aceita quando
citada a sua fonte completa (BRASIL, 1998) – nome do autor, nome da obra,
cidade de publicação, nome da editora, ano de publicação, nos termos Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Com relação a sua veiculação, via um site, por exemplo, esse tipo de material é
chamado de material multimídia. Nesse caso, o desenvolvedor – professor conteudista
/ autor, por exemplo – cede os seus direitos patrimoniais para o contratante – aquele
que encomenda, certo?
Terminamos esta nossa aula por aqui, torcendo para que os conteúdos nela
abordados tenham contribuído com a sua compreensão acerca do papel do material
didático na EaD e, ainda, lhe possibilitado pensar estratégias para a sua criação.
Agora, é hora de você praticar.
CONCLUSÃO
Prezada, Prezado,
Encerramos por aqui a nossa disciplina “Educação e Novas Tecnologias”, em que
discutimos um pouco sobre a história das tecnologias e da sua presença na educação,
tendências pedagógicas contemporâneas, aparatos conceituais e instrumentais para
o uso pertinente das tecnologias de informação e comunicação (TICs) nas diversas
modalidades educacionais, as TICs no contexto das hibridizações contemporâneas,
dentre outros assuntos. Ufa! Muitas tratativas, as quais sugiro que você encare como
convites para a construção de uma educação integral, e para a continuidade das suas
reflexões na área.
Tal como iniciamos a nossa jornada, destaco, nos termos do poeta: “[...] A gente
não quer só comida. A gente quer comida, diversão e arte [...]”.
Lembra?
Bem... saiba que cada texto foi escrito, cada palavra foi escolhida, com muito
profissionalismo e respeito a você. Dessa forma, gostaria que todo o material produzido
para você colabore com o aprimoramento das suas habilidades e competências para
o desenvolvimento de uma educação intermediada pelas TICs. E, ainda mais, gere a
necessidade de novos voos.
Eu, por aqui, fico torcendo que você voe cada vez mais alto, com saber e sabor,
e intermedeie o voo de todos os alunos que passarem pelo seu caminho. Afinal, tal
como disse Rubem Alves, “Há escolas e demais espaços formativos que são gaiolas.
Há escolas que são asas ... Existem para dar aos pássaros coragem para voar. [...] O
que elas amam são os pássaros em voo.” (Grifos nossos)
Cabe a esta disciplina “Educação e Novas Tecnologias”, por meio de alguns subsídios,
te ajudar a ajudar pássaros a voar.
Me despeço, desejando, fortemente, que seja um até breve!
Então, Até a próxima!
ELEMENTOS COMPLEMENTARES
LIVRO
Título: [Produção de conteúdos educacionais]
Autor: [Andrea Filatro e Sabrina Cairo]
Editora: [Saraíva]
Sinopse: [Esta obra trata de aspectos tecnológicos,
pedagógicos, comunicacionais e organizacionais
acerca da produção de conteúdos/recursos
educacionais. Com uma linguagem bastante
didática, as autoras apresentam aportes teóricos
robustos na área, e exemplos práticos sobre
elaboração de textos, áudios, vídeos, dentre outros
recursos.]
FILME
Título: [Piratas da Informática]
Ano: [2005]
Sinopse: [O filme “Piratas da Informática” discorre sobre
a efervescência tecnológica na década de 70 do século
XX na Califórnia / Vale do Silício, nos EUA, através das
trajetórias de Steve Jobs, fundador da empresa Apple, e
de Bill Gates, fundador da empresa Microsoft. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=vSeiYLv4-so.]
WEB
REFERÊNCIAS
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 05 out. 2021.
cieb.net.br/wp-content/uploads/2020/12/6-Ensino-Personalizado-com-Tecnologia.pdf.
Acesso em: 05 out. 2021.
FAVA, R. Educação para o século XXII: a era do indivíduo digital. São Paulo: Saraiva,
2016.
KLIX, T. O homem que inverteu a sala de aula antes da tecnologia. Porvir. Disponível
em: https://porvir.org/homem-inverteu-sala-de- -aula-antes-da-tecnologia/. Acesso em:
19 out. 2021.
MOORE, M.; KEARSLEY, G. Educação a Distância, uma visão integrada. São Paulo:
Thompson Learning, 2008.
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São Paulo, v. 22, n. 23, 2014, p. 72-80, 2014. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.
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Acesso em: 29 out. 2021.
PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas
Sul, 2000.
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2015.