O documento discute a evolução do estudo da população na Geografia, desde perspectivas biológicas iniciais até abordagens que consideram fatores econômicos, sociais e políticos. A Geografia Humana Clássica analisou características dos povos e como satisfaziam suas necessidades, enquanto a Geografia moderna usou estatísticas e modelos para o estudo, porém levando a discussões desconectadas da realidade. O texto defende que o estudo da população deve considerar contradições e relações de
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Título original
Reflexão sobre população à luz do pensamento geográfico
O documento discute a evolução do estudo da população na Geografia, desde perspectivas biológicas iniciais até abordagens que consideram fatores econômicos, sociais e políticos. A Geografia Humana Clássica analisou características dos povos e como satisfaziam suas necessidades, enquanto a Geografia moderna usou estatísticas e modelos para o estudo, porém levando a discussões desconectadas da realidade. O texto defende que o estudo da população deve considerar contradições e relações de
O documento discute a evolução do estudo da população na Geografia, desde perspectivas biológicas iniciais até abordagens que consideram fatores econômicos, sociais e políticos. A Geografia Humana Clássica analisou características dos povos e como satisfaziam suas necessidades, enquanto a Geografia moderna usou estatísticas e modelos para o estudo, porém levando a discussões desconectadas da realidade. O texto defende que o estudo da população deve considerar contradições e relações de
Resumo: “Reflexão sobre população à luz do pensamento geográfico”. Mormul,
Najla Mehanna; Rocha, Márcio Mendes.
Com a preocupação do homem em conhecer a história da humanidade,
são analisados os processos de sobrevivência, economia e política, buscando desenvolvimento das ciências em geral e da Geografia. O conhecimento geográfico começa a ser produzido no final do século XVIII com curiosidades, relatos de viagem, relatórios estatísticos e catálogos, obtidos nas grandes navegações. Com esse processo de desenvolvimento da Geografia é dado inicio a sistematização do conhecimento geográfico e que da relevância as relações de produção capitalistas. A burguesia passa a utiliza a Geografia como ferramenta de fortalecimento para o seu poder, contribuindo para expansão imperialista da Alemanha no século XIX. Devido o status cientifico, a Geografia passou por mudanças atreladas aos processos no mundo moderno, buscando, um melhor entendimento do espaço e das relações humanas. A obra de Friedrich Ratzel foi uma contribuição de grande importância no processo da sistematização da Geografia moderna, produzindo várias dialéticas sobre os problemas humanos. As analises iniciais da Geografia em relação a população, tinham perspectivas biológicas, de tal forma, que as analises humanas se assemelhariam a análise de uma colônia de fungos, não sendo levado em consideração os fatores econômicos, sociais, políticos, catástrofes naturais e o indivíduo em sua existência. As variáveis analisadas nessa época, eram o crescimento, fertilidade, mortalidade e migração. Já a Geografia Humana Clássica aborda as características dos povos, analisando a forma como as pessoas satisfazia suas necessidades de subsistência, como valores sociais e culturais, desenvolvimento de seus hábitos e ferramentas de organização. A defasagem desses dados disfarça frequentemente os contrates regionais, assim, havendo mudanças nos métodos de estudos e análises das dinâmicas demográficas. As constantes modificações da organização espacial, inviabilizou as características disjuntivas e reducionistas, dos paradigmas tradicionais. A nova Geografia utilizou de técnicas estatísticas, matemáticas, geométrica e modelos normativos para o estudo sobre população, no entanto, essa nova Geografia levou a novas discursões sobre a população e os conceitos numéricos que não destacavam a realidade dos fenômenos. A obra salienta que para o estudo da População é necessário mergulhar no contexto das contradições, e de todas a camadas das relações produzidas pelos fenômenos, buscando o entendimento e explicações na raiz dos problemas e como compreende-los. A dinâmica dos capitalismos está fortemente ligada a população e seus fenômenos, destacando a apropriação do trabalho excedente e a mais-valia. A superpopulação é problematizada e discutida na obra, em conjunto com elevada concentração populacionais nas cidades, ampliando e aprofundando as várias formas de exploração do trabalho, de tal forma, que a Geografia humana abordara esses vários aspectos, relevante para o estudo e analises de novo processos e fenômenos.