Nesse trabalho foi produzido uma resenha de duas leituras, a primeira é
a abro de David Graeber intitulada com “Dívida: os primeiros 5.ooo anos” tradução Rogério Bettoni. E a segunda leitura é do autor L. Randall Wray intitulada como “Trabalho e moeda hoje: a chave para o pleno emprego e a estabilidade dos preços”, tradução José Carlos de Assis. David Graeber faz um questionamento sobre a obrigação e a dívida propriamente dita em relação de que se deve algo a alguém, e nos mostra que não é só o dinheiro que torna a dívida possível, onde a coincidência do aparecimento da dívida ao mesmo tempo do aparecimento do dinheiro, e relata em sua obra que em tabulas mesopotâmicas já haviam registros de créditos e débitos, dessa forma a história do dinheiro se entrelaçava com a história da dívida. Primeiramente vem o escambo, depois o dinheiro. O autor dá vários exemplos de sistema de escambo para uma melhor compreensão desse assunto, que dá a explicação de troca de produtos e serviços, semelhante a troca de produtos por dinheiro em uma mercearia, onde o sistema de escambo requer uma dupla coincidência de desejos para que a troca aconteça. Porém esse sistema de escambo se torna ineficiente quando em aplicado em uma sociedade complexa com muitos bens, onde requer muito esforço para a utilização desse sistema. E o autor desafia o leitor a imaginar a dificuldade que a população teria se ainda fosse refém do sistema de escambo e de que forma poderia ter um acúmulo de bens perecíveis, as dificuldades seriam enormes. No comércio de longa distância o sistema de troca era com vase em metais preciosos, pois eram materiais duráveis, portáteis e divisíveis em porções, porém veio as fraudes na cunhagem que levou a desvalorização da moeda. Portanto era uma vez o escambo, um sistema complexo e difícil, então as pessoas inventaram o dinheiro e depois veio o desenvolvimento dos sistemas bancário e do crédito. Já Adam Smith em primeiro lugar se opôs sobre a ideia de que o dinheiro era criação do governo, esse pensamento ligado a filósofos liberais Smith argumenta que dinheiro e mercados não só existiam antes das instituições políticas , como eram os próprios fundamentos da sociedade humana, onde o governo só entraria em ação para garantir a estabilidade da moeda e Smith afirma que a economia é um campo da investigação com princípios e leis próprias. No entanto a várias divergência sobre a teoria do Escambo relatada por Adam Smith onde a obra antropológica escrita pro Caroline Humphrey, da Universidade de Cambridge, trás na sua conclusão que: “Nunca foi descrito nenhum exemplo puro e simples da economia de escambo, muitos menos de que o dinheiro tenha surgido do escambo; toda a etnografia existente sugere que esse tipo de economia nunca existiu”. Na verdade, o autor relata que há boas razões para acreditarmos que o escambo não é um fenômeno particularmente antigo, mas que só se difundiu de fato nos tempos modernos. Exemplos de Adam Smith sobre peixe, pregos e tabaco usados como dinheiro foram averiguados por pesquisadores que afirmam que a maior parte dos exemplos de Smith sobre pessoas envolvidas no escambo eram familiarizadas com uso do dinheiro e na verdade usavam dinheiro como unidades de contas. As pessoas naquela época improvisaram sistemas de credito porque o dinheiro de verdade (moedas de ouro e prata) estava escasso, os empregadores careciam de moedas para pagar seu empregados, era considerado aceitável que os empregados levassem embora alguns produtos que fabricaram ou algum sobra de material de trabalho, como madeira, tecidos, cordas, pregos e etc. então dessa forma os empregados iam às tabernas, abriam uma conta e, quando a ocasião permitia, levavam um saco de pregos para liquidar a dívida. O golpe mais surpreendente à versão convencional da história econômica foi o sistema mesopotâmico que foi documentado por meio de hieróglifos a 3500 a.C. onde os administradores dos templos já pareciam ter desenvolvido um sistema único e uniforme de contabilidade. L. Randall Wray inicia com uma análise do dinheiro e sua facilidade para trocas, onde ele relaciona o dinheiro ao Estado, que define dinheiro como aquilo que aceita nos guichês públicos de pagamento e principalmente em pagamentos de tributos, onde o estado tem um monopólio de emissão e influencia no céu valor. George Friedrich Knapp expôs uma teoria estatal da moeda similar, segundo Knapp, os metalistas tentam deduzir o sistema monetário sem a ideia de um Estado. Isso, acredita ele, é absurdo porque a moeda de um estado é aquela que é aceita nos guichês de pagamentos públicos. Knapp examinou o pesos de ouro, que era moeda de cunho cujo o peso e face determinava o valor, até chegar o papel-moeda, onde o Estado desempenhou o papel principal dessa transformação.
“dinheiro sempre significa um meio de pagamento cartal. Todas
os meios de pagamento são chamados dinheiro. A definição de dinheiro é doravante um meio de pagamento cartal” (ibid., p. 34-38).
O cartalismo determina na maioria das vezes o que deve ser aceito
como meio de pagamento. No mundo mais recentes muitos teóricos contribuíram para o desenvolvimento de uma abordagem de moeda endógena que está relacionada em muitos aspectos com a posição cartalista. Há dois preceitos fundamentais da visão de moeda endógena, a primeira é a oferta de moeda geralmente se expande para atender à demanda de moeda; e o segundo o banco central não tem controle direto, discricionário, sobre a quantidade de moeda. A maioria dos economistas nesse último século acabou por aceitar a visão de moeda “exógena” segundo a qual o banco central pode controlar diretamente a quantidade de moeda, e o estoque monetário pode ser assumido como fixo de tal forma que não corresponde a demanda por moeda. O déficits e moeda, déficit público é o denominação que se dá à ligação na qual o valor total das despesas públicas é maior que valor total das receitas públicas, visto nesta determinada relação os valores nominais, ou melhor, a inflação e a correção monetária do mesmo período considerado. Apesar da caracterização do déficit governamental em termos de diferenças entre as receitas e despesas de setor público seja de definição excessivamente simplificada e de fácil compreensão, pode ser melhor elaborada com a características de diversos componentes do processo orçamentário que são indispensáveis para uma mais objetiva determinação das causas do déficit, permitindo uma avaliação mais apurada da política fiscal.