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GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI

CAMPUS CLÓVIS MOURO – CCM

DISCIPLINA DE EPISTEMOLOGIA DA GEOGRAFIA

PROFESSOR: JOÃO PAULO CENTELHAS

2º BLOCO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA-NOTURNO

ACADÊMICO FRANCISCO ALLAN LIMA VIEIRA

Resenha

Nesse trabalho foi produzido uma resenha de duas leituras, a primeira é


a abro de David Graeber intitulada com “Dívida: os primeiros 5.ooo anos”
tradução Rogério Bettoni. E a segunda leitura é do autor L. Randall Wray
intitulada como “Trabalho e moeda hoje: a chave para o pleno emprego e a
estabilidade dos preços”, tradução José Carlos de Assis.
David Graeber faz um questionamento sobre a obrigação e a dívida
propriamente dita em relação de que se deve algo a alguém, e nos mostra que
não é só o dinheiro que torna a dívida possível, onde a coincidência do
aparecimento da dívida ao mesmo tempo do aparecimento do dinheiro, e relata
em sua obra que em tabulas mesopotâmicas já haviam registros de créditos e
débitos, dessa forma a história do dinheiro se entrelaçava com a história da
dívida.
Primeiramente vem o escambo, depois o dinheiro. O autor dá vários
exemplos de sistema de escambo para uma melhor compreensão desse
assunto, que dá a explicação de troca de produtos e serviços, semelhante a
troca de produtos por dinheiro em uma mercearia, onde o sistema de escambo
requer uma dupla coincidência de desejos para que a troca aconteça. Porém
esse sistema de escambo se torna ineficiente quando em aplicado em uma
sociedade complexa com muitos bens, onde requer muito esforço para a
utilização desse sistema. E o autor desafia o leitor a imaginar a dificuldade que
a população teria se ainda fosse refém do sistema de escambo e de que forma
poderia ter um acúmulo de bens perecíveis, as dificuldades seriam enormes.
No comércio de longa distância o sistema de troca era com vase em
metais preciosos, pois eram materiais duráveis, portáteis e divisíveis em
porções, porém veio as fraudes na cunhagem que levou a desvalorização da
moeda. Portanto era uma vez o escambo, um sistema complexo e difícil, então
as pessoas inventaram o dinheiro e depois veio o desenvolvimento dos
sistemas bancário e do crédito. Já Adam Smith em primeiro lugar se opôs
sobre a ideia de que o dinheiro era criação do governo, esse pensamento
ligado a filósofos liberais Smith argumenta que dinheiro e mercados não só
existiam antes das instituições políticas , como eram os próprios fundamentos
da sociedade humana, onde o governo só entraria em ação para garantir a
estabilidade da moeda e Smith afirma que a economia é um campo da
investigação com princípios e leis próprias.
No entanto a várias divergência sobre a teoria do Escambo relatada por
Adam Smith onde a obra antropológica escrita pro Caroline Humphrey, da
Universidade de Cambridge, trás na sua conclusão que: “Nunca foi descrito
nenhum exemplo puro e simples da economia de escambo, muitos menos de
que o dinheiro tenha surgido do escambo; toda a etnografia existente sugere
que esse tipo de economia nunca existiu”. Na verdade, o autor relata que há
boas razões para acreditarmos que o escambo não é um fenômeno
particularmente antigo, mas que só se difundiu de fato nos tempos modernos.
Exemplos de Adam Smith sobre peixe, pregos e tabaco usados como dinheiro
foram averiguados por pesquisadores que afirmam que a maior parte dos
exemplos de Smith sobre pessoas envolvidas no escambo eram familiarizadas
com uso do dinheiro e na verdade usavam dinheiro como unidades de contas.
As pessoas naquela época improvisaram sistemas de credito porque o dinheiro
de verdade (moedas de ouro e prata) estava escasso, os empregadores
careciam de moedas para pagar seu empregados, era considerado aceitável
que os empregados levassem embora alguns produtos que fabricaram ou
algum sobra de material de trabalho, como madeira, tecidos, cordas, pregos e
etc. então dessa forma os empregados iam às tabernas, abriam uma conta e,
quando a ocasião permitia, levavam um saco de pregos para liquidar a dívida.
O golpe mais surpreendente à versão convencional da história econômica foi o
sistema mesopotâmico que foi documentado por meio de hieróglifos a 3500
a.C. onde os administradores dos templos já pareciam ter desenvolvido um
sistema único e uniforme de contabilidade.
L. Randall Wray inicia com uma análise do dinheiro e sua facilidade para
trocas, onde ele relaciona o dinheiro ao Estado, que define dinheiro como
aquilo que aceita nos guichês públicos de pagamento e principalmente em
pagamentos de tributos, onde o estado tem um monopólio de emissão e
influencia no céu valor. George Friedrich Knapp expôs uma teoria estatal da
moeda similar, segundo Knapp, os metalistas tentam deduzir o sistema
monetário sem a ideia de um Estado. Isso, acredita ele, é absurdo porque a
moeda de um estado é aquela que é aceita nos guichês de pagamentos
públicos. Knapp examinou o pesos de ouro, que era moeda de cunho cujo o
peso e face determinava o valor, até chegar o papel-moeda, onde o Estado
desempenhou o papel principal dessa transformação.

“dinheiro sempre significa um meio de pagamento cartal. Todas


os meios de pagamento são chamados dinheiro. A definição de
dinheiro é doravante um meio de pagamento cartal” (ibid., p.
34-38).

O cartalismo determina na maioria das vezes o que deve ser aceito


como meio de pagamento.
No mundo mais recentes muitos teóricos contribuíram para o
desenvolvimento de uma abordagem de moeda endógena que está
relacionada em muitos aspectos com a posição cartalista. Há dois preceitos
fundamentais da visão de moeda endógena, a primeira é a oferta de moeda
geralmente se expande para atender à demanda de moeda; e o segundo o
banco central não tem controle direto, discricionário, sobre a quantidade de
moeda. A maioria dos economistas nesse último século acabou por aceitar a
visão de moeda “exógena” segundo a qual o banco central pode controlar
diretamente a quantidade de moeda, e o estoque monetário pode ser assumido
como fixo de tal forma que não corresponde a demanda por moeda.
O déficits e moeda, déficit público é o denominação que se dá à ligação
na qual o valor total das despesas públicas é maior que valor total das receitas
públicas, visto nesta determinada relação os valores nominais, ou melhor, a
inflação e a correção monetária do mesmo período considerado.
Apesar da caracterização do déficit governamental em termos de
diferenças entre as receitas e despesas de setor público seja de definição
excessivamente simplificada e de fácil compreensão, pode ser melhor
elaborada com a características de diversos componentes do processo
orçamentário que são indispensáveis para uma mais objetiva determinação das
causas do déficit, permitindo uma avaliação mais apurada da política fiscal.

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