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MOXICO
APROVADO PELO CONSELHO DE MINISTROS AOS 17 DE MAIO DE 2017
DECRETO PRESIDENCIAL Nº132/2017,19 DE JULHO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS E EMPRESARIAIS
CURSO: CONTABILIDADE E FINANÇAS
GRUPO Nº
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OBJECTIVOS
I. Objetivo Geral: Conhecer os processos de mudanças nas organizações e as tecnicas de
intervenção na existencia de factores de resistencia no processo.
II. Objetivos Específicos:
Para que se possa atingir o objetivo geral, faz-se necessário alcançar os seguintes objetivos
específicos:
a) Descrever as diferentes definições abordadas pela literatura ao longo do tempo para o tema
mudança organizacional e intervenção Organizacional;
b) Identificar a percepção gerencial diante da necessidade e do desafio da mudança;
c) Identificar os aspectos relevantes no processo de gestão da mudança organizacional.
d) Conhecer as razões que levam as organizações a optarem pela mudança;
e) Abordar sobre os processos de intervenção e suas fases.
Nossa pesquisa Justifica-se na relevância prática e teórica que o tema traz, pois diz respeito à
alternativa que o estudo oferece no campo das mudanças organizacionais para pensar em formas
de operacionalizar os processos de mudanças organizacionais mostrando que uma mudança
organizacional pode gerar impactos nas relações interpessoais dos membros da organização, além
de afetar diretamente na eficiência e eficácia das empresas.
Estruturalmente, nosso trabalho é constituído por dois capítulos extremamente relacionados,
sendo o primeiro, inerente as mudanças organizacionais e o segundo às intervenções
organizacionais diante o processo de mudança. Nossa pesquisa é de abordagem teórica, fomentada
com citações de grandes pensadores.
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Capítulo I. MUDANÇA ORGANIZACIONAL
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ambiente externo, como as sociais, as econômicas, as políticas e as tecnológicas (HANDY, 1990;
HERZOG, 1991; NAISBITT; ABURDENE,1986).
Segundo Herzog (1991), a mudança organizacional refere-se às alterações fundamentais no
comportamento humano, nos padrões de trabalho e nos valores em resposta a modificação ou em
antecipação às alterações estratégicas, de recurso ou de tecnologia.
Nesse contexto o processo de mudança ocorre em meio a um campo dinâmico de forças que actuam
fundamentalmente em dois sentidos:
1) as forças positivas, ou seja, de apoio e suporte à mudança; e,
2) as forças negativas, que actuam como oposição e resistência à mudança organizacional.
Sintetizando as diferentes perspectivas de mudança organizacional, WOOD JR. (2004) define-a
como qualquer transformação de natureza estratégica, estrutural, tecnológica, cultural, humana,
capaz de gerar impacto em partes ou no conjunto da organização.
Em outras palavras, podemos dizer que a mudança organizacional acontece quando uma empresa
altera seus processos internos para atingir certos propósitos. Ainda, que serve para revisar e
modicar estruturas, seja de gerenciamento ou processos de negócios.
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1.3 TIPOS DE MUDANÇAS
1.3.1 Revolucionária
Modificações intensas e profundas, que representam um giro de 360º em uma empresa, são
chamadas revolucionárias. Para tanto, impactam a gestão e os recursos humanos. Além de retirem
na maneira como a organização se posiciona no mercado.
Trata-se de uma mudança mais ousada e impactante. Entretanto, geralmente acontece quando os
gestores não encontram outro caminho para que os negócios deem certo. Mas, apesar de drástica,
a mudança organizacional do tipo revolucionária traz consigo um lado positivo: a partir dela, a
empresa será totalmente diferente.
Em geral, as mudanças revolucionárias ocorrem em companhias que estão no mercado há muitos
anos e carecem de renovação. Depois da aplicação desse modelo, a sensação geral será de uma
empresa totalmente nova — novos modelos de gestão, colaboradores, propósitos e mercados de
atuação.
1.3.2 Evolucionária
1.3.3 Transformacional
A mudança organizacional entra em ação durante uma crise na empresa ou quando há necessidade
de um novo posicionamento no mercado. Assim, ao implantá-la, ela provoca alterações
significativas nos processos da organização, reestruturando-a internamente para executar novas
estratégias.
Por afetar todos os setores da empresa, englobando as lideranças, colaboradores e produtos, a
mudança transformacional costuma ser mais dificilmente assimilada pelos recursos humanos.
Outro fator que causa estranheza quando implantamos essa mudança é que ela não propõe
acréscimos, somente modificações e transformações. Como resultado, a mudança organizacional
transformacional costuma acarretar desligamentos, transferências e novas contratações.
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1.3.4 Incremental
A mudança incremental se caracteriza por somar, acrescentar ou agregar algo à empresa. Ela
representa uma busca por melhorias dos processos já existentes para proporcionar o crescimento e
o sucesso da organização.
É uma mudança constante, cumulativa e evolutiva. Podem ser pequenos avanços que ocorrem
cotidianamente em toda organização, cujo acúmulo pode propiciar uma mudança significativa na
organização. Envolvendo várias reestruturações de características da empresa.
Trata-se da mudança mais utilizada e de fácil implementação, pois acontece natural e
constantemente. Exemplos práticos desse modelo são melhorias no controle de ponto,
implantação de rotinas administrativas, utilização de novos sistemas e o desenvolvimento de
projetos.
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1.5 AS 6 PRINCIPAIS ETAPAS DE UMA MUDANÇA
ORGANIZACIONAL
Após entender sobre os tipos de mudança, é importante saber como se preparar (e preparar a
empresa) para elas, uma vez que as transformações serão constantes e a resiliência é fundamental
para manter-se competitivo.
Em primeiro lugar, é importante lembrar que diferentes empresas exigem diferentes ações,
tomadas de decisão e estratégias.
Ou seja, será necessário ambientar o passo-a-passo à realidade da companhia:
Etapa 1: Planejamento estratégico
Ter estratégias e ações básicas predefinidas. Isso será fundamental no processo de mudança, pois
vai representar o alicerce que a gestão precisa para orientar os esforços de transformação.
Etapa 2: Definição de objetivo
É necessário ter uma visão clara e objetiva do que a mudança organizacional busca e quais
objetivos vai atender. Não adianta mirar em várias metas e não acertar nenhuma.
Etapa 3: Acção
Após a definição do objectivo da mudança, nesta etapa começam a ser executadas todas as acções
necessárias para a transformação da organização.
Etapa 4: Dar tempo ao tempo
Apesar de estarmos em um mundo de constantes transformações, é fundamental dar o tempo
necessário para que as transformações aconteçam de maneira fluida. Adiantar processos ou pular
etapas pode parecer tentador, mas não vai ajudar.
Etapa 5: Ficar alerta
Depois que a mudança organizacional for implementada com sucesso, precisa-se estar sempre
atento às novas necessidades e desafios. Esse precisa ser um movimento constante.
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6) Benchmarking; e,
7) Modelo 7 "S"
O modelo 7"S" pela sua inter-relação com as políticas de capital humano, merece o melhor
destaque. As denominadas 7"S" são elementos inerentes ao trabalho de uma organização que
interconectados, servem para dar um sentido integrador à organização.
1) Estrutura (Struture);
2) Habilidades (Skills);
3) Estratégia (Strategy);
4) Valores compartilhados (Shared Values);
5) Staff;
6) Sistemas (Systems);
7) Estilo (Style).
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❖ funções, propósitos e acções planeadas com antecipação que respondam às
mudanças do entorno, dos clientes e dos competidores;
❖ identificação e perfil dos competidores;
❖ identificação das funções críticas que devem ser bem desempenhadas para conduzir
ao sucesso do proposto;
❖ identificação dos Factores Críticos de Êxito (FCE);
❖ medição da chave para determinar o êxito da estratégia.
Estilo - O carácter observável da equipa de alta direcção e suas interacções com as organizações:
❖ modelo de comportamento observado;
❖ acções que demonstram um compromisso colectivo para garantir os princípios e valores.
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1.6.2 Vantagens do Modelo 7S
No retraimento pessoal, a resistência não é tão clara, pois o retraimento configura uma forma de
acção em que o participante diminui seu rítmo de trabalho. A baixa produtividade, que visa atrasar
e prejudicar o projecto, poderá ser confundida com inabilidade ou dificuldade de aprendizado. A
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gerência, nesse caso, precisa estar atenta na análise do comportamento para a identificação da
resistência.
O indivíduo que apresenta esse tipo de resistência segue, em geral, as normas e os procedimentos,
mas exprime constante protesto e dificulta a aprendizagem, inconscientemente. Não colabora com
o processo, apesar de não sabotá-lo diretamente.
1.7.1.4 Indiferença
Similar à resistência passiva, na indiferença o indivíduo tem reacção apática e perda de interesse
pelo trabalho. Faz somente o que lhe é ordenado, mas sem protestar.
Essa é a reacção esperada pelo gestor que implementa uma idéia ou acção. Nesse estágio, a
colaboração é entusiástica e o apoio é incondicional. Ocorre quando o indivíduo ou o grupo
acredita e confia na acção.
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1.8 A RESISTÊNCIA COMO OPORTUNIDADE
Para aprofundar no enfoque positivo, é necessário insistir nas duas premissas básicas que
constituem o núcleo de êxito para manejar a resistência criativamente:
a) As pessoas sempre irão resistir, consciente ou inconscientemente, ao que não favoreça
seus próprios interesses;
b) A resistência deve ser reconhecida e tratada com respeito. Enfocada a partir desta óptica,
a resistência se converte em uma oportunidade, em um activo crescente da organização e
serve para o desenvolvimento e não para limitar ou danificar as relações entre o que dá
ordens e o que resiste.
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1.10 ESTRATÉGIA PARA OBTER EFICÁCIA NAS MUDANÇAS
Nas mudanças, as pessoas e os grupos necessitam desenvolver um sentido de pertença e
propriedade, e envolver-se activamente no planeamento das mudanças, ou terá apenas um
acordo passivo, Schwartz, A. (2000):
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1.10.4 Fornecer capacitação em novos valores e comportamentos
Escolher pessoas para falar acerca das mudanças e ajudar para que se compreenda que as
mudanças são irreversíveis, e que elas podem influenciar.
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1.10.8 Desenvolver novas normas grupais e nova declaração de missão
É essencial para o êxito da transição, fornecer um sentido de direcção, com evidente imagem
de quão bem se ajusta a organização e as equipes.
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1.11 AS PRINCIPAIS FONTES DE RESISTÊNCIA À MUDANÇA.
Figura 1 Fontes individuais de resistência à mudança.
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1.11.1 Fontes individuais
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Ameaça à especialização – As mudanças nos padrões organizacionais podem ameaçar a
exclusividade de alguns grupos especializados.
Ameaça às relações de poder estabelecidas – Qualquer redistribuição de autoridade para tomada
de decisões pode ameaçar as relações de poder já estabelecidas dentro da organização.
Ameaça às distribuições estabelecidas de recursos – Os grupos que controlam os recursos
geralmente encaram a mudança como uma ameaça, pois tendem a estar satisfeitos com o status
quo da organização.
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Capítulo II. INTERVENÇÃO ORGANIZACIONAL
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2.3 FASES DE INTERVENÇÃO ORGANIZACIONAL
Tomando como referência o Modelo de Mudança Organizacional de Kurt Lewin, um processo de
intervenção organizacional caracteriza-se por 4 fases:
Esta fase caracteriza-se por identificar o problema e seleccionar a solução para esse problema.
Para identificar ou localizar o problema, podemos recorrer a vários modelos conceptuais de
diagnóstico de problemas.
O Modelo de Diagnóstico de Weisbord (1976) é um dos exemplos. Constituído por 6 componentes:
a) Objectivos,
b) Estrutura,
c) Relações,
d) Recompensas,
e) Sistemas de Apoio e
f) Liderança.
É um modelo de base de análise que permite inventariar os problemas detectados, determinar o
seu custo e urgência e estabelecer uma ordem de prioridade ou preferência.
Para ajudar no diagnóstico do problema, podemos também recorrer a vários métodos para recolha
de informação, como por exemplo as entrevistas, os questionários, as observações no "terreno",
outros documentos (também designada por métodos não-intrusivos).
Uma vez diagnosticado o problema e identificada a solução (a identificação da(s) solução(ões) é
coincidente com o momento do diagnóstico), dá-se início à verdadeira gestão da mudança - a fase
de descongelamento.
Esta fase caracteriza-se por um conjunto de esforços de mudança para "sair" do estado actual para
passar para estado desejado da organização. Dito de outra forma, destruir os aspectos de resistência
à mudança (forças negativas) e aumentar as forças impulsionadoras para se atingir a solução
delineada na fase do diagnóstico.
Assim, o processo de descongelamento é constituído por:
a) Vender o Diagnóstico - Consiste em conseguir apresentar os problemas, as causas e as
soluções encontradas, mobilizando todos os colaboradores da empresa para inverter esta
situação.
b) Compreender o Movimento - Consiste em apresentar o papel dos colaboradores no
processo de mudança.
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c) Preparar para as Consequências - Consiste em preparar os colaboradores para algumas
consequências previsíveis da mudança, particularmente aquelas que estão directamente
ligadas com eles.
Esta fase caracteriza-se pela implementação do plano de mudança definido na fase de diagnóstico.
Se os pilares da mudança foram eficazmente construídos durante o descongelamento, o movimento
real (implementação de um plano de mudança) deve processar-se normalmente.
Isto porque os colaboradores já compreendem porque é que a mudança é necessária ou pelo menos
já não apresentam tanta resistência e qual o seu papel. Caso contrário, a mudança não tem efeito.
Nesta fase, é fundamental que a gestão garanta que os canais de comunicação da organização se
mantenham abertos e ativos para uma melhor implementação da mudança. Uma vez implementada
integralmente a mudança, é necessário passar à fase de recongelamento.
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CONCLUSÃO
Por natureza, nós seres humanos necessitamos do melhoramento de vida, entretanto o homem cria
instituições que necessitam de um maior índice de organização.
Depois de múltiplas pesquisas sobre mudanças e intervenção organizacional chegamos a conclusão
de que, para que haja melhor mudança de uma determinada instituição, é necessário um
planejamento estratégico de uma mudança que ajude na evolução organizacional de uma empresa.
Pudemos também constatar que a organização pode sofrer mudanças vantajosas e desvantajosas
através de fenómenos como: tecnológicos, políticas internas e externas, competividade no mercado
e fenómenos naturais.
Quando notificada a resistência da mudança, surge a necessidade de uma intervenção com a
finalidade de equilibrar o processo de mudança na existência de resistência ou desistência.
Geralmente a intervenção vem do líder, fazendo um diagnostico completo de positividade e
negatividade do processo.
Em suma, temos a dizer que mudanças são relevantes, para situar a organização ou individuo, em
uma realidade mais adequada.
As diversas mudanças no ambiente (ex. um país de economia fechada “abre” a economia;
modificam-se preços internacionais; aparece uma nova tecnologia; o consumidor muda de gosto;
etc.) e os motivos internos a organização (ex. a empresa precisa recuperar rentabilidade; a empresa
precisa alcançar maior flexibilidade para enfrentar uma estratégia diferente ou muda de
proprietário; etc.) implicam na realização de reestruturações organizacionais. Essa demanda às
reestruturações transformou o tema administração da mudança em uma preocupação importante.
Principalmente, porque, é preciso realizar a mudança mantendo a estabilidade razoável para que a
organização continue a operar (BIASCA, 1995)
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