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Design de Interiores

Ergonomia residencial
Vamos falar sobre ergonomia residencial. Já sabemos o que significa
residencial. No entanto, o termo ergonomia talvez seja novo para você.

Ergonomia é uma palavra que vem do latim. Ergon significa trabalho e


Nomos significa regras. Regras naturais para ser mais exato. Podemos dizer,
portanto, que ergonomia procura a melhor adequação e/ou adaptação possível de
um objeto na relação com os seres vivos em geral. Segundo Grandjean (1998),
trata-se de uma ciência interdisciplinar. Compreende a fisiologia e a psicologia do
trabalho humano, bem como a antropometria e a sociedade no trabalho. Seu
objetivo prático é a adaptação do posto de trabalho, dos instrumentos, das
máquinas, dos horários e do meio ambiente às exigências físicas do homem.
Unindo esses objetivos, é possível fazer com que a ergonomia facilite o trabalho e
propicie um aumento do rendimento do esforço humano. Portanto, ela é o estudo
da adaptação do trabalho ao homem. É a adequação do ambiente para que o
usuário pos¬sa desenvolver suas atividades da melhor maneira possível,
buscando o maior conforto possível.
Figura 1 – Estudo ergonômico de um closet (quarto de vestir)

Fonte: PANERO, 2002


Imagem do livro Dimensionamento Humano para Espaços Interiores em que observamos, em
planta baixa, um quarto de vestir, mais conhecido como closet. Na imagem, há bonecos
ergonômicos interagindo com o ambiente e aparecem as medidas que o espaço deve ter para
atender corretamente os usuários.

Quando estudamos um caso e pesquisamos uma solução para adequar um


ambiente aos seus usuários, estamos falando em ergonomia.

A ergonomia é aplicada em quase tudo que é fabricado, especialmente se


passou pela mão de um designer. A preocupação com ela é um fator extremo para
o trabalho desse profissional. Não basta ser bonito, tem que ser ergonômico, tem
que ser funcional.

Existem muitas aplicações para a ergonomia. Ela pode ser de uso geral,
como em produtos que tem contato direto com o corpo, como roupas, ferramentas,
acessórios, canetas ou até a direção de um veículo.
Figura 2 – Melhor postura em frente à direção de um veículo
Fonte: Acesso em 20/01/2016

Vista lateral da ilustração de um motorista dirigindo. Ele mantém uma angulação que varia de
100° a 110° de inclinação do assento.

Também temos a ergonomia gráfica, que é aplicada na comunicação. A


intenção é oferecer melhor leitura e compreensão de uma mensagem publicitária
ou a sinalização de uma fábrica, por exemplo.

Figura 3 – Totem de sinalização de uma empresa


Fonte: Acesso em 04/01/2016

Fotografia do totem de uma empresa, com a base azul cobalto e a placa central em branco. O
totem comunica, com uma seta azul apontando para a direita, a localização do setor jurídico. E
há uma seta apontando para a esquerda, que informa o lado da localização da diretoria.

Observe a imagem anterior. Quando se deparar com um totem de uma


empresa semelhante ao da figura, você saberá que o jurídico fica para a direita,
enquanto a diretoria está para a sua esquerda. Isso porque você, como ser
humano, sabe o que as setas significam simbolicamente falando. Sabe também o
que elas querem comunicar. Isso é ergonomia.

Usamos também a ergonomia em sistemas de produção para aumentar a


eficiência e diminuir riscos nos postos de trabalho.

Figura 4 – Imagem dos postos de trabalho da fábrica de equipamentos eletrônicos Positivo


Fonte: Acesso em 05/01/2015


Fotografia dos postos de trabalho da empresa de eletrônicos Positivo. Podemos observar, na
imagem, os funcionários trabalhando, sentados, com toucas para proteger a montagem dos
equipamentos da queda de fios de cabelo. Todos estão sentados em postura ereta, evitando
esforço na coluna.

E, claro, aplicamos a ergonomia em espaços e ambientes em geral. Nesse


último caso, falamos de edifícios, residências, parques, clubes, ginásios, estádios,
abrigos de ônibus, bancas de jornal, aeronaves, embarcações e muitos outros.

Um posto de trabalho não significa necessariamente um posto num escritório


ou então numa fábrica. Posto de trabalho significa que é um lugar onde indivíduos
executam uma tarefa. Uma cozinha, por exemplo, pode ser um posto de trabalho.
Figura 5 – Cozinha

Fonte: Acesso em 05/01/2015


A imagem mostra uma cozinha integrada com a sala de jantar.

Assim, ao estabelecer para quem será o projeto, você deve perguntar-se o


básico: quem usará o ambiente? Serão adultos, crianças, bebês, jovens, idosos,
deficientes físicos? Sabendo disso, já temos as influências do que será
determinante para a ergonomia do ambiente.

Saber também qual é a condição social de quem irá usufruir do local é


importante. Você pode adequar o que será gasto de acordo com poder aquisitivo
de quem está comprando o ambiente. Afinal, seu projeto deve estar adequado à
expectativa de quem está comprando sua ideia.

Quanto mais informações você tiver, melhor. Quais são os hábitos dos
proprietários? São diurnos, noturnos? Fazem eventos e recebem pessoas em
casa? São mais reclusos? Exigem cuidados especiais, temporários ou
permanentes?

Pode ser constrangedor apresentar um projeto para uma pessoa daltônica,


por exemplo: você enxerga verde e vermelho enquanto ela percebe apenas tons
acinzentados.
É importante também escolher o tipo de móveis para a altura e o peso dos
donos da casa. Certamente, os móveis para alguém que está acima do peso serão
diferentes. Você deve considerar e pensar muito bem ao fazer o seu projeto.

Para auxiliá-lo, existem padrões de ergonomia para cada ambiente


residencial. São padrões adotados pela indústria moveleira, que ajudam bastante
nessa tarefa de projetar. Antes de falarmos sobre esses padrões, vamos conhecer
alguns padrões de antropometria, ou seja, padrões das medidas humanas.

Antropometria
As medidas do corpo humano são fundamentais para a criação de um projeto
de mobiliário. Portanto, utilizando como base o livro A Arte de Projetar em
Arquitetura, do autor Ernst Neufert, vamos apresentar algumas medidas humanas,
que são base para qualquer projeto. Aliás, esse é um excelente livro para a sua
biblioteca particular. Vamos começar? Lembre-se de que essas medidas foram
publicadas em milímetros.

Dimensões do corpo humano

Ilustração 1
O corpo humano, nessa posição, ocupa 1375 mm de largura por no máximo
750 mm de altura.
Ilustração 2
O corpo humano ocupa 750 mm de largura por 875 mm de altura.

Ilustração 3
O corpo humano ocupa 625 mm de largura.

Ilustração 4
O corpo humano ocupa 875 mm de largura.
Ilustração 5
O corpo humano ocupa 625 mm de largura por 1000 mm (1 metro) de altura.

Ilustração 6
O corpo humano ocupa 700 mm de largura por 1125 mm de altura.

Ilustração 7
O corpo humano ocupa 875 mm de largura por 1375 mm de altura.
Ilustração 8
O corpo humano ocupa 625 mm de largura.

Ilustração 9
Ocupa 300 mm de largura.
Ilustração 10
Ocupa 875 mm de largura e, no máximo, 1750mm de altura. Atenção! Isso é
apenas uma média da altura. Procure considerar a altura do seu cliente.

Ilustração 11
875 mm de largura.
Ilustração 12
500 mm de largura, com o braço recolhido, e 1125 mm, com o braço
esticado.

Ilustração 13
Medida em cadeira de trabalho: a mesa ocupará uma altura de 750 a 800
mm. A largura ocupada pela pessoa sentada, com cadeira aproximada à mesa é
de 875 mm. A altura do assento da cadeira varia de 450 a 480 mm. A altura
aproximada que uma pessoa sentada ocupa é de 1350 mm.
Ilustração 14
Medida em cadeira de comer: a mesa ocupará uma altura de 750 mm do
chão. A largura ocupada pela pessoa sentada, com cadeira aproximada à mesa é
de 875 mm. A altura do assento da cadeira varia de 400 a 450 mm.

Ilustração 15
Medida em cadeira pequena para mesa de chá ou mesa de comer: a mesa
ocupará a altura de 700mm do chão. A largura ocupada pela pessoa sentada, com
cadeira aproximada à mesa varia de 900 a 1000 mm. A altura do assento da
cadeira varia de 375 a 400 mm.
Ilustração 16
Medidas em poltrona: a mesa ocupará uma altura de 625 mm do chão. A
largura ocupada pela pessoa sentada, com a poltrona, é de 1250 mm. A altura do
assento da poltrona varia de 230 a 330 mm.

Figura 6 – Antropometria

Fonte: NEUFERT, 2004

Dimensões e espaços necessários entre paredes

Obs.: Para pessoas em movimento, adicionar um valor de, no mínimo, 10%.

Ilustração 1
O espaço ocupado é de 375 mm.
Ilustração 2
O espaço necessário é de 425 mm.

Ilustração 3
O espaço ocupado é de 875 mm.

Ilustração 4
O espaço ocupado é de 1000 mm.

Ilustração 5
O espaço ocupado é de 1150 mm.

Ilustração 6
O espaço necessário é de 1700 mm.
Ilustração 7
O espaço ocupado é de 2250 mm.

Figura 7 – Antropometria 2

Fonte: NEUFERT, 2004

A imagem mostra quatro figuras. À esquerda (1), há uma pessoa em pé, na posição lateral,
com os braços unidos ao corpo, limitada por duas paredes. A segunda imagem (2) é de uma
pessoa em pé, em posição frontal, limitada por duas paredes. Ao lado (3), uma pessoa em pé,
porém com as pernas bem afastadas e as mãos na cintura, limitada por duas paredes. E a
figura mais à direita (4) é de duas pessoas, uma em pé, na posição lateral, com os braços
unidos ao corpo e a outra, ao seu lado, em posição frontal, com as pernas levemente
afastadas. Na figura seguinte(5), há duas pessoas, em posição frontal, lado a lado, limitadas
por duas paredes. No centro da imagem, três pessoas (6), lado a lado, limitadas por duas
paredes. À direita, a imagem de quatro pessoas (7), lado a lado, em vista frontal, limitada por
duas paredes.

Dica: Circulações residenciais devem ter, no mínimo, 1,10 metros.

Dimensões e espaços ocupados em situações de uso


do ambiente

Ilustração 17
O espaço ocupado é de 1125 mm.
Ilustração 18
O espaço necessário é de 1300 mm.

Ilustração 19
O espaço total ocupado é de 1250 mm. A largura máxima da mesa para
permitir acesso ao usuário é de 875 mm. E a altura do item (prateleira ou armário)
superior à mesa deverá ser de, no máximo, 1300 mm do chão.
Ilustração 20
Espaço necessário de 875mm de largura. Para permitir o acesso, a bancada
deverá ter, no máximo, 300 mm. A altura máxima de acesso é 2000 mm (2
metros).

Ilustração 21
Largura máxima ocupada é de 625 mm. A altura para alcance será de 2250
mm (2,25 metros).

Ilustração 22
A largura ocupada é de 875 mm.
Ilustração 23
A pessoa ocupa um espaço de 1000 mm de largura.

Ilustração 24
Com os braços abertos, ocupa-se um espaço de 1750 mm.
Obs.: Lembre-se de que essas medidas são medidas médias, ou seja, retratam a
média, em antropometria, da população mundial. Isso significa que há variável e
que você deve prestar atenção. Talvez o seu cliente seja mais alto do que a média,
por exemplo.

Ilustração 21
A pessoa ocupa um espaço de 1250 mm.

Ilustração 22
A pessoa ocupa um espaço de 1500 mm.

Ilustração 23
A pessoa ocupa um espaço de 1625 mm.
Ilustração 24
Deitada, a pessoa ocupa 2000 mm.

Figura 9 – Antropometria 4

Fonte: NEUFERT, 2004

Ilustração 22

A pessoa ocupa um espaço de 1500 mm.

Dimensões humanas para acessibilidade de pessoas


com deficiência.
Observe a imagem a seguir:

Figura 10 – Dimensionamento 1
Fonte PANERO, 2010

Ela mostra o desenho de uma cadeira de rodas, em vista lateral, frontal e


frontal em posição de armazenamento. Em vista lateral, suas principais medidas
são 106,7cm de largura, 91,4cm de altura e 49,5cm de assento. Em vista frontal,
suas medidas são: largura de 63,5cm e altura de 73,7cm. E, em posição de
armazenamento, a cadeira mede 27,9cm de largura e altura de 73,7cm.

Observe agora o espaço que a cadeira de rodas ocupa para realizar a sua
manobra:

Figura 11 – Dimensionamento 2
Fonte PANERO, 2010

A imagem seguinte apresenta uma pessoa em cadeira de rodas e as suas


medidas de acesso e de alcance. Podemos utilizar essas referências para projetar
uma mesa de estudos ou de um escritório, por exemplo. Perceba as legendas
onde estão as medidas máximas para homens e mulheres.

Figura 12 – Dimensionamento 3
Fonte PANERO, 2010

Já a figura a seguir ilustra um cadeirante em vista frontal. Observe a


envergadura de um braço estendido e a pessoa com os dois braços abertos, em
envergadura média máxima.
Figura 13 – Dimensionamento 4
Fonte PANERO, 2010

No caso do uso de muletas ou andadores, estudos nos dizem que há a


necessidade das seguintes medidas:

Figura 14 – Dimensionamento 5
Fonte PANERO, 2010

Por fim, temos o estudo do espaço necessário para atender pessoas com
deficiência visual, que usam uma bengala para sua orientação, ou então, um cão
guia.

Figura 15 – Dimensionamento 6
Fonte PANERO, 2010

Planejamento espacial
Planejamento espacial consiste em explorar as potencialidades do espaço a
ser trabalhado, respeitando a ergonomia e a antropometria, buscando sempre um
desenho universal. Isso significa buscar projetar um ambiente que atenda todas as
pessoas.

Itens a serem considerados no planejamento espacial:

1. dimensões;

2. mobiliário e acessórios;

3. circulações;

4. materiais;

5. revestimentos;

6. necessidades;

7. fatores externos.
Cada ambiente tem as suas características e necessidades. Dessa forma,
separamos aqui os ambientes principais de uma residência.

Cozinha
A cozinha reflete o estilo de vida de uma família. Atualmente, em função da
violência das grandes cidades, as pessoas estão recebendo mais em suas casas.
Cozinhar tornou-se um carinho que se dá àquela visita e, consequentemente,
enquanto estão cozinhando, as pessoas gostam de estar conversando e
interagindo com suas visitas. Esse comportamento mudou o layout das
residências atuais, onde a cozinha é um ambiente integrado com a sala (quase
que em sua maioria) através de um passa prato, ou totalmente aberta.

Figura 16 – Render de uma cozinha residencial

Coifas e depuradores

Com a cozinha aberta para os outros ambientes sociais, é necessária a


utilização de eletrodomésticos que restrinjam o cheiro de frituras e outros
cozimentos. Para quem possui escapamento, é possível a instalação de uma
coifa. Se não há o escapamento pronto, é necessário construir. A tendência entre
os eletrodomésticos é o inox, ou cores como preto, vermelho e amarelo
(eletroportáteis).

Figura 17 – Coifa em aço inox. Fonte: Acesso em: 04/01/2016

Os depuradores também seguem a linha de mate¬riais, bem mais modernos


do que os primeiros que chega¬ram ao mercado. É uma solução para aqueles
usuários que não possuem escapamento em casa e precisam livrar-se dos odores.
As coifas atuais possuem design diferenciado e seus materiais principais são o
inox e o vidro.
Figura 18 – Depurador em aço inox
Fonte: Acesso em: 04/01/2016

Ventilação

Deve apresentar boa circulação de ar e ter um bom sistema de exaustão


para evitar o superaquecimento do ambiente e a dispersão de odores indesejáveis
pela casa.

Distribuição dos espaços

A cozinha é o ambiente mais propício a acidentes em uma residência e o


mais perigoso. O dimensionamento do espaço é feito em função do número de
pessoas que a utilizarão.
Devemos analisar, por exemplo, se essa cozinha atenderá crianças. Alturas
de bancada e distribuições devem ser pensadas para que nenhuma criança
machuque-se. A estação de trabalho, ou seja, a distância entre pia, geladeira e
fogão, deve respeitar, se possível, a seguinte composição:

Figura 19 – Cozinha em layout “U”, com distribuição em triângulo. Fonte: Acesso em:
04/01/2016
Figura 20 – Triângulo de distribuição de uma cozinha

A soma dos lados desse triângulo deve ter, no máximo, 6,50m. O respeito a
esse layout tornará a cozinha mais dinâmica no que diz respeito ao preparo das
refeições. Claro que, atualmente, observamos que as cozinhas estão em um
formato de corredor, bem estreitas.
Figura 21 – Cozinha corredor

Fonte: Acesso em: 06/01/2015


Cozinha em formato retangular, estreita, fotografada do fundo e mirando a porta que dá para a
sala de jantar da residência. Na parede da esquerda, temos uma geladeira, a pia, um armário
aéreo com micro-ondas e outros objetos e o fogão. Do lado direito, está fixada uma bancada
bem estreita, com uma gaveta baixa para utensílios e um armário aéreo.

Observe a imagem acima. Como não foi possível fazer uma distribuição em
triângulo, devido à falta de espaço, a geladeira foi posicionada logo na entrada da
cozinha, permitindo o armazenamento dos alimentos assim que se chega do
supermercado. Do lado da geladeira, porém com um pedaço de tampo livre
(Procure deixar no mínimo 60cm livre entre a pia e a geladeira), está a pia. E ao
lado da pia, também com uma separação de tampo livre para preparo dos
alimentos, está o fogão. Assim, há um espaço entre os três elementos. Isso é
muito importante para mantermos a funcionalidade do ambiente. E a solução da
pequena bancada, oposta à pia, foi muito bacana, pois é mais uma área de
preparo dos alimentos. E também serve como base para os eletroportáteis, como
cafeteira ou torradeira.

Dimensões de uma cozinha:

1. Altura bancada inferior = 80 a 90cm (contando com o chão).

2. Profundidade da bancada = 55 a 60cm.

3. Distância entre armários inferior e aéreo = 50 a 60cm.

4. Altura do armário aéreo = variável.

5. Profundidade do armário aéreo = 35 a 40cm.

6. Altura do exaustor ou coifa = no mínimo, 65cm do fogo.

7. Pia (cuba): distância em relação às paredes do canto = mínimo 60cm.

1. Deixe o forno elétrico de mesa com tampo de granito (para não


estragar a lâmina) e respiro lateral de 10cm.

2. Deixe uma bancada livre ao lado da geladeira.

3. Faça a altura das prateleiras da despensa em três medidas


diferentes: 20cm ,25cm e 40cm. A profundidade deve ter, no mínimo,
40cm.

Materiais

Tampos – Utilize granito, pois a porosidade desse material é menor que 6%.
Mármore não deve ser utilizado em hipótese alguma, pois tem absorção de 12% e
isso representa um material que manchará com muita facilidade. Caso o cliente
insista nesse material, procure avisar sobre a situação.
Há também o silestone, um material feito basicamente de quartzo. É uma
superfície não porosa e altamente resistente a manchas de café, vinho, limão,
azeite de oliva, vinagre, maquiagem e muitos outros produtos de uso diário. A
diferença das superfícies sólidas ou laminados é que silestone é resistente ao
calor. Aguenta a exposição ao calor sem manchar, sempre que não haja nenhuma
exposição abusiva de suas características.

É desaconselhável colocar sobre o tampo de silestone recipientes recém-


tirados do fogão, forno e micro-ondas que foram expostos ao calor durante um
grande período de tempo. É preciso utilizar algum suporte anticalor para proteger
a superfície. silestone está disponível em mais de 70 cores e tipos, assegurando
que existem cores que ficam bem com a maioria dos estilos e texturas. Porém, é
um material bem mais caro que as pedras naturais.

Chapas para o mobiliário – No mercado, o mobiliário tem sido fabricado em


dois tipos de materiais, mdf e mdp.

MDF: Medium Density Fiberboard. Chapa de fibra de média densidade, feita


de eucalipto ou pinus reflorestados, revestida em uma ou duas faces com
laminado melamínico de baixa pressão.

MDP: Medium Density Particleboard. Chapa de partículas de madeira, feita


com eucalipto reflorestado, revestida em uma ou duas faces com laminado
melamínico de baixa pressão.

O MDF é o carro chefe de muitas empresas de móveis planejados ou


modulados que se utilizam do slogan "100% MDF" como qualidade para a venda.

Porém, o MDF, por ser feito de fibra da madeira e não de partículas, suporta
menos o peso. Dessa forma, se exagerarmos o peso em uma prateleira grande de
MDF, em que só há sustentação lateral e nada no meio, ela acabará envergando.
Portanto, a proposta de MDP nas caixas e MDF nas portas não são ruins, pois o
MDP, por ser de partículas de madeira, consegue resistir melhor ao peso,
enquanto o MDF resiste melhor ao impacto de uma porta batendo, por exemplo.
Texturas:

Escolha texturas um pouco mais lisas para facilitar a limpeza.

Dormitório
Os dormitórios que surgiram na construção civil atual são extremamente
reduzidos. As salas, ou “livings dois ambientes”, como têm sido chamadas agora,
ganharam mais espaço.
Isso abriu um nicho de mercado para as empresas de
móveis sob medida ou planejados. Os usuários necessitam de espaço em seus
ambientes e somente esse tipo de mobiliário permite um bom aproveitamento de
espaço.

Dimensões de um dormitório

Profundidade dos armários: 50 A 60 cm (profundidade ideal para caber um


cabide de 57cm) para porta de abrir e 57 a 62cm para porta de correr.

Isso evita amarrotar peças grandes colocadas em cabide.


Figura 22 - Render de armário para dormitório ou repartições de closet
1. Prateleiras: altura mínima = 25cm a 30cm.

2. Gavetas: altura mínima = 15cm a 20cm.

3. Calceiro: altura mínima = 90cm.

4. Cabideiro alto = 1,80m a 2,10m.

5. Cabideiro baixo = 0,80 m a 1,15m.

6.

7. Compartimento para calçados = de 12 cm a 20cm.

8.
1. Montante de alumínio – O interessante desse tipo de solução é que
possibilita a mobilidade de altura dos módulos do closet. Podem receber
porta de correr, pedido que tem sido bem frequente entre os clientes.

Figura 23 – Montante de alumínio para closet. Fonte: Acesso em:


04/01/2016

2. Porta com espelho – Exatamente devido à redução de espaços, a


utilização de espelhos na porta proporciona a sensação de amplitude e
economia de espaço.
Figura 24 – Armário de dormitório com porta de espelho

Fonte: Acesso em: 04/01/2016

Com relação ao ambiente, ele precisa ser uma atmosfera aconchegante e


acolhedora. Cada tipo de quarto tem necessidades diferentes (casal, solteiro,
crianças e bebês). Vamos falar agora sobre os diferentes tipos de dormitórios, pois
cada um deles tem um tipo de dimensionamento:

Quarto casal

Distância entre a cama e a porta: 90 a 110cm

Armário: no mínimo, 2m de comprimento.

Espaço para circulação: de 50 a 90cm.

Tamanho de colchão:
A altura da cama,
Casal comum em sua média, é a
138cmx188cm mesma altura de
uma cadeira.

A altura da cama,
Casal Queen
em sua média, é a
size
mesma altura de
158cmx198cm
uma cadeira.

A altura da cama,
Casal King
em sua média, é a
size
mesma de uma
193cmx203cm
cadeira.

Fonte: Acesso em 23/12/2015

Quarto solteiro para 2 filhos

A distância entre as camas deve ser de 60cm para garantir uma boa
circulação.

Tamanho de colchão

A altura da cama,
Solteiro comum em sua média, é a
0,78cmx1,88cm
mesma altura de
uma cadeira.

Já a fabricação de camas está interligada à fabricação de


colchões. No Brasil, temos como medida padrão para
solteiros, 88cmX188cm, sendo a altura da cama, em sua
média, a mesma altura de uma cadeira.
Fonte: https://www.icamas.com.br/medidas. Acesso em 23/12/2015.

Quarto de bebê

Cômoda: 100 a 110cm e 40 a 55cm de profundidade.

Berço: de 60 a 80cm de profundidade por 140 a 160 de comprimento.

Utilize um ponto de luz indireta. Ela ajuda a não assustar o bebê com a
iluminação e é útil até para ninar.

Utilize uma poltrona para amamentação: é importante que a mãe e o bebê


tenham um espaço confortável.

Figura 25 – Quarto de bebê


Fonte: Acesso em: 04/01/2016

Banheiro e lavabos
É importante prever armários para guardar produtos de higiene pessoal e
toalhas. Se o espaço for maior, defina o local para tulhas de roupa suja. Lembre-se
de que a definição do tipo de torneira e de cuba altera o projeto do mobiliário
(parede ou bancada). O tipo de cuba utilizada também altera o tampo a ser
colocado, pois elas podem ser de embutir, sobrepor ou apoio. Atualmente, também
existem as cubas de semi-encaixe. Vamos conhecer as diferentes opções de
cubas?

1. Cuba de embutir:

Figura 26 – Cuba de embutir branca


Fonte: Acesso em: 04/01/2016

A altura máxima que uma bancada de banheiro deve ter varia entre
80 e 85cm. Como esse tipo de cuba é fixada por baixo, ela não
influenciará na altura do tampo.

2. Cuba de sobrepor::

Figura 27 – Cuba de sobrepor


Fonte: Acesso em: 04/01/2016

Esse tipo de cuba fica com uma espécie de borda e seu corpo fica
para baixo do nível do tampo. Procure cuidar para respeitar a altura
máxima de acesso à pia de 80 a 85cm. Por exemplo, se a borda dessa
cuba for mais saliente e alta em relação ao tampo, você deverá
considerá-la em relação à altura total máxima de 85cm.

3. Cuba de apoio:

Já faz algum tempo que ela é o tipo de cuba preferido dos clientes,
utilizada não só em banheiros, mas também em lavabos. Assim como
nas cubas de sobrepor, devemos cuidar com relação à altura máxima
para acesso à pia. Ela deve ser de 85cm no máximo. Por exemplo:
se seu cliente definiu uma cuba de apoio que mede 15cm de altura,
você deverá fixar o tampo em 70cm em relação ao chão, para que a
altura final seja de 85cm, entendeu?

Figura 28 – Cuba de apoio branca


Fonte: Acesso em: 04/01/2016

4. Cuba de semi-encaixe:

Outra cuba muito solicitada em projetos é a cuba de semi-encaixe.


Isso porque ela ocupa muito pouco espaço. Podemos fazer um
tampo menos profundo e encaixá-la.

Figura 29 – Cuba de semi-encaixe branca


Fonte: Acesso em: 05/01/2016


Figura 30 – Cuba de semi-encaixe branca instalada


Fonte: Acesso em: 05/01/2016

Em termos de circulação e acesso e das funções realizadas no


banheiro, devemos respeitar as seguintes medidas:

Figura 31 – Planta baixa de um banheiro

1. Entrada do banheiro – A porta deverá ter, no mínimo, 60cm.


Lembre-se de que essa medida não atende às necessidades de um
desenho universal.

2. Circulação – É ideal que seja em torno de 80cm para permitir uma


boa movimentação. Caso seja necessário, diminua a profundidade da
bancada, optando por soluções como as cubas de semi-encaixe, ou
até pias menores.
3. Lateral do vaso sanitário – Se possível, procure projetar uma
distância lateral de, aproximadamente, 30cm. Isso mantém o
conforto, principalmente se estamos falando de um projeto que
atenda a um desenho universal.

4. Vaso sanitário – Vasos (ou bacias sanitárias) podem ser de caixa


acoplada, de caixa superior e até de hidra. E cada tipo ocupa um
espaço diferente. A escolha do tipo de bacia também é um fator
importante para a boa circulação no banheiro.

5. A porta de acesso de um box – Deve ter, no mínimo, 60cm de


largura. Porém, lembre-se de que essa medida não atende a um
desenho universal.

6. A largura mínima de um box – Deve ser de, no mínimo, 80cm para


propiciar conforto durante o banho.

Hall
É a primeira impressão da residência. O hall apresenta a atmosfera do
ambiente e mostra o nosso cuidado com a casa. Deve transmitir a mensagem de
boas-vindas.
Figura 32 – Hall residencial
Fonte: Acesso em: 05/01/2016

O que é importante ter no hall:

1. Aparador ou mesa – Para suporte de pastas, celular, chaves, cartas,


bloco de papel, caneta, etc. A altura máxima deve ser de 800mm e a
profundidade máxima, de 300 a 400mm.

2. Gavetas ou portas – Ajudam na organização e evitam o acúmulo de


pó e sujeira.
3. Espelhos – Além de transmitirem a sensação de maior amplitude no
ambiente, ajudam a economizar tempo para aquela última olhada no
visual antes de sair. Pode ser único, com ou sem moldura, ou
diversos espelhos médios.

4. Tomada – Acima do aparador, é interessante que se tenha uma


tomada, para deixar o celular recarregando, por exemplo, ou para
uma luminária de mesa.

5. Assentos extras – Abaixo do aparador, é possível inserir assentos


extras para o ambiente, como puffs, para o caso de visitas extras.

6. Tapetes – Ajudam a criar a atmosfera do ambiente. Use proteção


antiderrapante por baixo.

7. Casacos e sapatos – Podem estar perto da entrada. Há famílias que


posicionam sapatos para uso interno e deixam no hall os de uso
externo. Nesses casos, melhor ter um assento para uma troca
confortável de pares.

8. Obras de arte – Centralizadas ao aparador, compõem um centro de


interesse charmoso e sofisticado.

Salas
Na construção civil atual, a sala ganhou um novo nome: living dois
ambientes. Trata-se de uma sala onde existe a integração da sala de estar, home
theater e jantar. Para a obtenção de um bom resultado de projeto, seguem
algumas dicas importantes:

1. Verifique quantas pessoas utilizam a sala e com que frequência.

2. Organize uma circulação livre de tropeços, com boa iluminação e


ventilação.

3. Neutralize o pano de fundo.

4. Escolha sofás com assentos fixos, porém leves de movimentar ao


limpar o ambiente.
5. Não exagere no número de almofadas. Não misture muitas texturas,
cores e padronagens.

6. Utilize poltronas grandes ou pequenas, fixas ou com rodízios, pois


são peças-chave flexíveis.

7. Planeje estantes para livros, revistas, cd, dvd, bluray, álbuns de


família, esculturas, adornos e objetos de arte.

8. Utilize mesa de centro ou lateral com gavetas ou modelos de


encaixe. Não use adornos ou arranjos altos na mesa de centro.
Organize livros e revistas em pilhas pequenas, distribuídas por
assunto. Garanta mesas de apoio onde quer que as pessoas sentem.

9. Evite padronagens fortes no tapete se os estofados já forem


estampados.

10. Lembre-se de que o puff pode ser apoio para os pés, assento
adicional, divisor de ambientes ou até baú.

11. Contabilize os espaços vazios como volumes, tanto quanto a área


mobiliada.

12. Planeje espaços mínimos para circulações com 65 cm de largura.

13. Verifique: sofás mais ergonômicos têm, do piso ao assento, 45 cm de


altura e 100 cm de profundidade como encosto.

14. Em ambientes compactos, peças versáteis com rodízio são ótimas


soluções.

15. Para colocação de cortinas, ultrapasse, no mínimo, 10 cm nas


laterais das janelas. Atenção: o ideal será seguir até o chão.

16. Para espaço livre entre cortina e sofá, utilize o ideal de 20 cm.

Dimensões de uma sala de estar:

Sofás:
Figura 33 – Medidas ergonômicas para um sofá e tabela com variáveis
Fonte: PANERO

Observe a imagem acima. São as medidas ergonômicas para o conforto de


usuários de um sofá. Utilizamos como base o livro Dimensionamento humano para
espaços interiores, do PANERO. Esse livro apresenta uma excelente base para
projetarmos espaços internos. Para entender a imagem, é simples. Observe que,
no primeiro sofá, de dois lugares, temos dois homens sentados. A letra G está
indicando que o assento do sofá deverá ter entre 101,6 e 116,8cm para que esses
homens sentem de forma confortável. Já para duas mulheres, a letra H indica na
tabela que o assento de cada uma delas deverá ter, no mínimo, 66cm.
Interessante, não?

Sala de estar de canto:

Figura 34 – Medidas ergonômicas de uma sala de estar de canto, composta por duas
poltronas e tabela com variáveis
Fonte: PANERO

Espaços livres em salas de estar:


Figura 35 – Medidas ergonômicas dos espaços livres de uma sala de estar e tabela com
variáveis
Fonte: PANERO

Estantes:
Figura 36 – Medidas ergonômicas de acesso a estantes e gavetas inferiores ao lado de tabela
com as dimensões variáveis
Fonte: PANERO

Sala de jantar
A maioria das cadeiras é
fabricada com a mesma altura do
assento. Isso porque atende ao
que chamamos de altura do sulco
poplíteo. Segundo Panero (2010),
essa altura média nos homens é
de 49cm, enquanto para as
mulheres a altura média é de
39,4cm. A indústria fabrica,
portanto, com uma altura média
de 45cm. Claro que existem
variações, mas são pequenas.

Da mesma forma, a largura e a


profundidade são fabricadas sob
padrões. Uma cadeira de jantar
dificilmente terá muito mais que
45x45cm.

O mesmo ocorre com as mesas.


A indústria moveleira fabrica
mesas com uma altura do tampo
entre 72 a 75 centímetros e a
base do tampo é estabelecida em
65 centímetros na média.

Quando falamos de dimensões


em vista superior, uma mesa de
jantar para duas pessoas tem o
tamanho médio de 60cmX75cm,
sendo que as cadeiras ficam
dispostas no eixo Y do conjunto.

Uma mesa para quatro pessoas


tem dimensões que variam entre
75cmX75cm e 90cmX90cm.
Uma mesa para quatro pessoas
tem uma média de dimensões de
105cmX150cm, com uma cadeira
em cada ponta e as outras quatro
distribuídas duas a duas, em cada
lado da mesa.

Uma mesa para 6 a 8 pessoas


tem dimensões de
120cmX120cm, com as cadeiras
distribuídas duas a duas, nas
laterais.

Observe atentamente as medidas.


Em 150cm, temos dois lugares
confortáveis.
Em 175cm, temos três lugares em
distância mínima.
Em 200cm, temos três lugares
confortáveis
Em 215cm, temos quatro lugares
em distância mínima.
Em 245cm, temos quatro lugares
confortáveis.

Para mesas de grandes


dimensões, destine, portanto:
- No mínimo, 55cm por pessoa;
- 60cm por pessoa para distância
normal;
- 70cm por pessoa para distância
luxo.

Home Theater:
O ambiente de home theater normalmente é um espaço para unir a família e
assistir a um filme ou ao seu programa favorito, não é verdade? Portanto, precisa
ser um lugar confortável. Com relação aos sofás, siga as medidas que informamos
no item Sofás. Mas com relação à distribuição das caixas acústicas e a distância
da TV em relação ao usuário, a ergonomia deve ser seguida à risca para que você
possa obter o melhor do seu equipamento de áudio e vídeo.

Figura 37 – Sala com home theater

Fonte: Acesso em: 05/01/2016

Quanto à distância da televisão em relação ao usuário, você deverá respeitar


a seguinte tabela, de acordo com o tamanho do equipamento:
Tabela 1 – Distância entre televisão e espectador
Fonte: Acesso em: 06/01/2016

Além da distância da televisão em relação ao usuário, para obtermos um


melhor aproveitamento do som do equipamento, é muito importante seguirmos a
seguinte distribuição das caixas acústicas:
Figura 38 – Distribuição das caixas acústicas em relação ao usuário
Fonte: Acesso em: 06/01/2016

A caixa central deve ficar logo abaixo da televisão. As quatro caixas, duas
frontais e duas traseiras, devem ficar posicionadas formando um X em relação ao
usuário. Isso fará com que a propagação do som seja envolvente. A caixa
subwoofer é responsável pelas frequências mais baixas de som e pelos sons mais
graves. O subwoofer é fácil de ser distinguido: é a caixa maior do equipamento de
home theater. Como essa caixa costuma vibrar ao reproduzir os sons, é ideal que
ela seja posicionada na parte mais baixa do rack de home theater, ou até no chão,
sempre em frente ao usuário.

Referências bibliográficas
GRADNJEAN, Etienne. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao
homem. Porto Alegre: Artes médicas sul, 1998.
PANERO, J.; ZELNIK, M. Dimensionamento humano para espaços interiores.
Barcelona:

Editorial Gustavo Gili, 2002.

NEUFERT, Ernst. Arte de Projetar em Arquitetura. São Paulo, 2004.

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