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A Experimentação e sua importância no desenvolvimento da Química no Brasil

A EXPERIMENTAÇÃO E SUA IMPORTÂNCIA NO DESENVOLVIMENTO


DA QUÍMICA NO BRASIL

EXPERIMENTATION AND ITS IMPORTANCE IN CHEMISTRY


DEVELOPMENT IN BRAZIL

LA EXPERIMENTACIÓN Y SU IMPORTANCIA EN EL DESARROLLO


QUÍMICO EM BRASIL

1
Andre da Silva PORTELA

Maria do Socorro Evangelista GARRETO 2

RESUMO: Este trabalho teve como principal objetivo analisar fatos históricos sobre a
experimentação no Brasil, sendo que a experimentação tem sido considerada um recurso
didático importante para o ensino de química, deixando assim de usar só aulas teóricas e
começando a integrar essas aulas com a pratica por meio da experimentação. Esta
análise qualitativa e bibliográfica, teve por principal objetivo fazer uma breve discussão
sobre a experimentação no ensino de química brasileiro, apontando suas melhorias, o
que tornou tão importante no processo de formação e porque foi tão essencial no
desenvolvimento na química. A partir de incentivos de tornar o ensino de química com
mais características cientificas, foi notado que a experimentação se desenvolveu
consideravelmente no processo de ensino e aprendizagem, passando a ser uma das
melhores estratégias para o aprendizado, tornando assim uma importante aliada do
professor de química. Esse levantamento de materiais bibliográficos em referencia a
experimentação, foi de grande importância por demonstrar a transcendência do ensino
de química, unindo a teoria a pratica, esclarecendo assim a sua evolução ao decorrer do
tempo no ensino aprendizado.
Palavras-chave: Desenvolvimento da Química. Experimentação. Ensino de Química.

ABSTRACT: This work had as main objective to analyze historical facts about
experimentation in Brazil, and experimentation has been considered an important
didactic resource for teaching chemistry, thus stopping using only theoretical classes
and starting to integrate these classes with practice through experimentation. This
qualitative and bibliographic analysis, had as main objective to make a brief discussion
about the experimentation in the teaching of Brazilian chemistry, pointing out its
improvements, what made it so important in the formation process and why it was so
essential in the development in chemistry. From incentives to make teaching chemistry
with more scientific characteristics, it was noted that experimentation has developed
considerably in the teaching and learning process, becoming one of the best strategies
for learning, thus making it an important ally of the chemistry teacher . This survey of
bibliographic materials in reference to experimentation, was of great importance for
demonstrating the transcendence of teaching chemistry, uniting theory to practice, thus
clarifying its evolution over time in teaching learning.

Keywords: Development of Chemistry. Experimentation. Chemistry teaching.


.

1
Graduando. Universidade Federal do Maranhão, São Bernardo, Maranhão, Brasil. ORCID, adasilvaportela@gmail.com
2
Docente. Universidade Federal do Maranhão, São Bernardo, Maranhão, Brasil. ORCID, maria.garreto@ufma.br

EDUCA – Revista Multidisciplinar em Educação, Porto Velho, v. xx, p. xx-xx, mês/mês, Ano. e-ISSN: 2359-2087
DOI: 10.26568/2359-2087.ANNO.IDID 1
Andre da Silva PORTELA, Edilson da Silva LIRA, Edmilson da Lima ALVES ,Francisco das Chagas Crispim RAMOS JUNIOR,
Karla Augusta Silva ARAÚJO, Maria Jainara Costa SOUZA, Maria do Socorro Evangelista GARRETO

RESUMEN: Este trabajo tuvo como objetivo principal analizar hechos históricos
sobre la experimentación en Brasil, y la experimentación ha sido considerada un
recurso didáctico importante para la enseñanza de la química, dejando así de usar solo
clases teóricas y comenzando a integrar estas clases con la práctica a través de
experimentación. Este análisis cualitativo y bibliográfico, tuvo como objetivo principal
hacer una breve discusión sobre la experimentación en la enseñanza de la química
brasileña, señalando sus mejoras, qué la hizo tan importante en el proceso de
formación y por qué fue tan esencial en el desarrollo de la química. A partir de
incentivos para hacer la enseñanza de la química con características más científicas, se
observó que la experimentación se ha desarrollado considerablemente en el proceso de
enseñanza y aprendizaje, convirtiéndose en una de las mejores estrategias de
aprendizaje, convirtiéndose así en un importante aliado del docente de química. Este
relevamiento de materiales bibliográficos en referencia a la experimentación, fue de
gran importancia para demostrar la trascendencia de la enseñanza de la química,
uniendo la teoría con la práctica, aclarando así su evolución en el tiempo en la
enseñanza del aprendizaje.
Palabras clave: Desarrollo de la Química. Experimentación. Enseñanza de la química.

Introdução

A partir do século XVII, podemos notar que a experimentação teve um papel


importante no desenvolvimento na racionalização, indução e dedução, rompendo assim
a ideia de que a natureza e o ser humano tinham uma relação com o divino, dando assim
origem a várias teorias que observamos até os dias atuais. A química tem relação com a
física, matemática e a biologia formando o conjunto das ciências naturais e tem sido
muito importante para o progresso tecnológico, na utilização dos conceitos e
procedimentos que permitem não só obter novas substancias como também ter bons
hábitos para conservação sustentável do meio ambiente.
Na metade do século XIX, a exploração da matéria de borracha conseguiu elevar
a ocupação da Amazônia e ocorreu a expansão da cafeicultura. Foram também
construídas as estradas de ferro, que seriam as primeiras junto com a implementação das
linhas de navegação a vapor. Ainda no século XIX, o empenho do D. Pedro II (1825-
1891) em patrocinar a inovação no que diz respeito ao desenvolvimento das tecnologias.
Sua inspiração pela química o levava para vários debates como aulas, laboratórios e
contribuiu muito para o progresso da química no Brasil.
A experimentação começou a dá seus primeiros passos na década de 60, devido
ao estudo norte-americano que foi realizado nessa década, que apontou a
experimentação como uma das grandes vantagens para o ensino aprendizado dos alunos,

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assim comparado as outras metodologias que não alcançavam de forma objetiva esse
conhecimento. Assim concluiu que a única vantagem da experimentação é de atingir
alguns objetivos, que outros métodos não alcançariam, mostrando assim sua grande
eficácia no aprendizado dos alunos para melhor compreensão dos assuntos estudados.
(YAGER, 1969).
As aulas experimentais começaram a ganhar força no Brasil devido as altas
influencias de trabalhos desenvolvidos em universidades que mostraram a importância
do desenvolvimento do conhecimento cientifico através de aulas experimentais que
mostraram a sua grande eficácia nos conteúdos que eram ministrados pelos docentes da
instituição (GALIAZZI, 2001). O ensino de Química ganhou forças devido a
investimentos em pesquisas que impulsionaram e deram mais motivação de adequar
essa metodologia em escolas, com o objetivo de formar cidadãos mais preparados para
meio cientifico.
A partir da década de 1980, devido as exigências no mercado de trabalho, que
tinha a educação como seu principal aliado na capacitação de futuros profissionais a
experimentação começou a ganhar força nas escolas. O artigo 205 da constituição
Federal de 1988 é uma prova de como a educação estava a cada dia sendo prioridade do
governo brasileiro, pois seu principal objetivo era atender o mercado, devido os avanços
tecnológicos na área de ciências.
A experimentação como uma das bases para o ensino de química no Brasil vem
crescendo gradativamente para auxílio no ensino aprendizado da disciplina sendo
utilizada não somente para facilitar o entendimento e a compreensão do aluno, mas
como construção do conhecimento científico na área da química, de modo que um dos
principais objetivos é fazer com que o aluno relacione a teoria com a prática e assim
elucidar conhecimentos tornando-se como a base do ensino de química.
A experimentação pode funcionar como uma estratégia educativa, como
integração de teoria e prática e, com ênfase na interatividade e superação. Ambas as
características podem ter um impacto quando exigidas de forma em conjunto. As
práticas experimentais tem uma grande importância dentro do ambiente escolar, pois
torna as aulas de química bem mais interessante, criando no aluno o interesse de
conhecer como aplicar o conhecimento teórico em prática.
Segundo Freire (1997), para compreender a teoria é preciso experienciá-la, ou
seja, para que o aluno venha a compreender o que é repassado em sala de aula é
necessário criar práticas que possam explicar tal teoria. Nesse contexto, a

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experimentação pode funcionar como uma estratégia educativa, como integração de


teoria e prática e, com ênfase na interatividade e superação. Ambas as características
podem ter um impacto quando exigidas de forma em conjunto.
As práticas experimentais tem uma grande importância dentro do ambiente
escolar, pois torna as aulas de química bem mais interessante, criando no aluno o
interesse de conhecer como aplicar o conhecimento teórico em prática. Isso mostra que
a experimentação na química pode abrir um leque de possibilidades, visando
compreender fenômenos e relacionar o que se aprende em sala de aula e o que é preciso
levar como aprendizagem para a vida.
Despertar o interesse do aluno, formar o discente com o conhecimento científico
adquirido, promover investigação e indagações que venham a permitir o conhecimento
prévio do aluno que enriquece tal formação é também um dos propósitos da
experimentação enxertada dentro do ambiente escolar.
Nessa perspectiva, perceber que as aulas experimentais tem uma grande
importância no desenvolvimento do processo de aprendizagem e torna-se uma poderosa
aliada na assimilação dos conteúdos de química faz com que professores adotem a
prática experimental como estratégia educativa.
Portanto, a experimentação é de suma importância no ensino de química, pois as
práticas experimentais vem englobar a integração de teoria e prática, além de se utilizar
de um método de ensino aprendizado que transforme as dificuldades em níveis que os
alunos podem se superar com a compreensão do conteúdo, contribuindo de forma
significativa para a construção do conhecimento científico como a aplicação desses
conhecimentos no cotidiano.

Metodologia
A análise foi realizada com a investigação de materiais teóricos sobre o assunto,
como cinco livros, treze artigos e duas tese, gerando uma análise qualitativa e
bibliográfica sobre a experimentação e sua importância no desenvolvimento da química
do Brasil.
Foram traçados objetivos específicos que favorecessem no desenvolvimento do
trabalho e dessem um foco maior na pesquisa, tornando-a mais corroborativa. Para o
delineamento da introdução das atividades experimentais nas escolas, foram analisados
diferentes textos acadêmicos que propuseram discussões sobre o tema. Avaliou-se
também os que apontavam os benefícios que essa prática trouxe para o enriquecimento

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da Química. E comparou-se os resultados dos artigos que foram aplicados em escolas,


possibilitando a obtenção de um panorama mais detalhado das vantagens aos processos
de ensino e aprendizagem englobados nessa prática.

Resultados e Discussão

A experimentação teve um grande passo com o desenvolvimento da


Iatroquímica, entre o período do fim da Idade Média e no início da Era Moderna, na
qual Boyle trouxe grandes contribuições para essa aplicação, com seus estudos sobre os
gases. Afonso-Goldfarb (2001, p.14) diz que para o químico Boyle, experimentar é pôr-
se “fora” da natureza, contemplar, observar, calcular, medir, quantificar, encontrar leis
constantes dos movimentos, analisar e sintetizar num mundo concebido sob o modelo
da máquina e como manipulável de fato e de direito. O que não tardou para que a
alquimia fosse reconstruída e reformulada em Química
Notou-se que a experimentação no ensino de química teve seus primeiros
passos nos anos 60, onde houve intensas mudanças no desenvolvimento dessa
disciplina, como transpor ao ensino de Química à formação de cientistas, que pudessem
desenvolver seu conhecimento a partir de experimentos trabalhados em laboratório. Os
projetos instrucionais norte-americanos e ingleses, Biological Sciences Curriculum
Study (BSCS – Versão Azul e Versão Verde), o Chemical Educational Material Study
(CHEMS) e o Phisycal Science Study Committee (PSSC) desenvolvidos no início
desses anos, deram o impulso para que essa nova forma de aplicar o conhecimento fosse
importada em vários países, dos quais o Brasil foi adepto (Baratiere et al. 2008).
A Partir da década de 60, os programas de educação científica
passaram a ser influenciados por uma cultura de pesquisa nessa área
(Schnetzler e Aragão, 1995; Krasilchik, 1987), recebendo influência
da psicologia cognitiva e da epistemologia estruturalista, entre outras
áreas do conhecimento. As atividades de ensino deixaram de ser
encaradas como transposições diretas do trabalho de cientistas e o
desenvolvimento cognitivo do ser humano foi tomado como um
parâmetros essencial para a proposição de estratégias de ensino
(Giordan, 1999).

O ensino deixou de ser focado apenas no repasse de informações, sendo


atribuído a este posteriormente o desenvolvimento cognitivo obtido a partir
experimentações, que levassem indivíduo a se desenvolver cientificamente.
Outro acontecimento marcante estava na proposta curricular do Estado de São
Paulo 1988 que, segundo Nascimento e Marcondes (2016), defendia três pilares para a

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fundamentação do ensino de química que seriam, a experimentação, o cotidiano e a


história da ciência, onde relacionava o ensino de química ao contexto de suas aplicações
e implicações sociais.
O ensino de Química deverá visar a aprendizagem dos conceitos,
princípios, teorias e leis desta ciência; à compreensão da natureza e
processo de produção desse conhecimento, bem como a análise crítica
da sua aplicação na sociedade, numa trajetória que envolva
transmissão/assimilação ativa/reavaliação crítica do conhecimento.
Assim, foram propostos os seguintes princípios orientadores: a
experimentação como um dos momentos de reelaboração do
conhecimento; o tratamento do conhecimento científico sob uma
perspectiva histórica e a análise crítica da aplicação do conhecimento
químico na sociedade (SÃO PAULO, 1988, p. 9).

A partir daí a experimentação difundiu-se consideravelmente no processo de


ensino, passando a ser uma das melhores estratégias para o desenvolvimento da
aprendizagem, que instiga a adesão ao conhecimento científico.
Ela trouxe novos ares no desenvolvimento da Química associando a teoria à
prática, em que o aluno não apenas decore tal conceito, busque os caminhos práticos de
sua fundamentação. A experiência, como essência de um conhecimento do sujeito, dá
suporte ao teórico no momento de definir verdades, de definir um veredito sobre
determinado conceito ou teoria, o que não quer dizer que esta verdade seja definitiva,
mas sim possível de ser testada e refutada ou revista por outros (POPPER, 2007 apud
LIMA; TEIXEIRA, 2005, p.4).
Outro ponto importante é a abrangência científica trazida pelas atividades
experimentais que de acordo com Hodson (1992) são atividades nas quais os estudantes
utilizam os processos e métodos da Ciência para investigar fenômenos e resolver
problemas como meios de aumentar e desenvolver seus conhecimentos. E ele ainda
ressalta que elas fornecem um elemento integrador poderoso para o currículo, onde
Ao mesmo tempo, os estudantes adquirem uma compreensão mais
profunda da atividade científica, e as investigações tornam-se um
método tanto para aprender Ciência como aprender sobre a Ciência.
(HODSON, 1992, p. 549).

A experimentação é uma importante aliada do professor de Química uma vez


que ela pode ser utilizada em diferentes disciplinas e conteúdos. A experimentação
também assume um papel muito importante pois através dela os alunos podem
relacionar os assuntos estudo com dia a dia.
Assim como Giordan (1999), observou a importância experimentação pode
despertar o interesse dos alunos através do seu caráter motivador e lúdico, ela também

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poder ser utilizada para ajudar na compressão de alunos que tenham alguma dificuldade
em trabalhar com as aulas chamadas de métodos tradicionais.
Ao analisar diferentes matérias no que diz respeito a experimentação no ensino
de química é contrastado por muitos autores como Guimarães (2009), Hudson (1992),
Giordan (1999), Rezende (2010), Lima (2010) mesmo que o professore tenha interesse
em tal metodologia de ensino, as escolas na sua maioria não disponibilizam de
laboratórios ou mesmo equipamentos necessários, deste modo muito se contentam
apenas com o que tem.
A falta de laboratórios equipados e preparados para receber os alunos para
realizar uma atividade experimental, ou mesmo apenas para o próprio professor
demostrar um simples experimento é um problema na maioria das escolas, pois as
mesma não disponibiliza de tal estrutura. Sugando Lima (2004) a maioria dos
professores concorda sobre a importância e o papel da experimentação no ensino de
química, entretanto, para a maioria não é possível a prática, assim para a autora todas as
escolas deveriam ter um laboratório para tentar tornar as aulas mais dinâmicas
principalmente para apresentar e contextualizar as disciplinas da área das ciências da
natureza como química, físicas e Biologia.
Outros autores também ressaltam que a prática em laboratório é fundamental
para a aprendizagem dos alunos, nesse sentido Freire (1997) completa explicando que
além da teoria é necessária a prática da mesma, além disso, ela pode ser utilizada como
meio de avaliação dos alunos.
Ao utilizar a experimentação como meio de avaliação, Melo (2019) explica ser
importante lembrar que alguns alunos têm dificuldades na aprendizagem, assim a
experimentação pode ser uma ótima forma de sanar algumas dificuldades apresentadas
pelos discentes.
A avaliação por meio da experimentação pode ser ricamente
explorada nos aspectos conceituais (se os alunos compreenderam os
conceitos ou conseguem resolver problemas por meio de
experimentos), procedimentais (se os alunos são capazes de efetuar
procedimentos) e atitudinais (como os alunos se relacionam nos
grupos) (FONSECA, 2016, p. 296 ).

Assim observa-se por meio desse e de outros autores as diversas possibilidades


da utilização da experimentação como método de ensino para ser utilizada, não somente
para contextualizar um determinado conteúdo, mas também a função de ser grande uma
ferramenta pedagógica capaz de ajudar aqueles alunos que apresentam uma maior
dificuldade na aprendizagem que outros.

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Outo problema recorrente na aprendizagem por meio da experimentação é falta


de locais apropriados, no entanto, em uma visão mais perto da realidade dos alunos
Rezende (2010) explica que mesmo sem ter um grande laboratório na escola, o uso de
matérias alternativos podem ser uma alternativa viável para trabalhar e explicar
determinados conteúdos uma vez que podem ser facilmente encontrados na própria
escola, na casa dos alunos, ou mesmo em comércios próximos.
Matérias de custo benefício e de fácil execução ajudam no desenvolvimento de
trabalho relacionados a experimentação no ensino, pois nem todas as escolas
disponibilizam um laboratório equipado e bem preparado para essas atividades.
Rezende (2010) ainda reforça que não basta ter os recursos necessários e sim que o
professor seja um educador que procure outros meios de ensino para tentar mudar para a
melhor formar possível as práticas docentes.

Considerações finais

Partindo das observações realizada nesse estudo, constata-se que a


experimentação é de suma importância no desenvolvimento da química nas escolas
brasileiras. Pois a mesma promove melhores condições de ensino para os alunos do
país. No entanto para a química ser a química que temos hoje foi preciso passar por uma
série de estudos, onde era discutido uma melhor forma de ser repassar a química como
disciplina escolar.
Diante do exposto percebe-se que a introdução da experimentação no ensino de
química deu se nos anos 60. Uma vez que a química como disciplina ao longo de sua
história passou várias mudanças. Dentre essas mudanças está a inserção de laboratórios
nas aulas de química, que conciliava a teoria e a pratica, reforçando a ideia de que se
obtinha melhores resultados quando utilizava esses dois meios de estudo. E foi partir
desses anos que a experimentação passou a ser presente no ensino de química.
Esse assunto desde muito tempo é discutido por grandes estudiosos, onde os
mesmos evidenciaram que a experimentação é algo que deve ser trabalhado como
ferramenta importante no ensino aprendizagem dos alunos pois facilita de forma
significativa a compreensão deles em relação a disciplina de química. Como foi
observado durante o desenvolvimento desse trabalho.
De acordo com o que foi visto conclui-se que a inserção da experimentação
no ensino de química possui vários benefícios, porém ainda enfrenta diversos desafios.

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Tais como a falta de estrutura da escola, empenho do docente em querer mudar seu
método de ensino, sair do tradicional para o prático. Mesmo que a escola não possua
uma estrutura adequada para uso de experimentos em sala de aula o docente pode
buscar meios alternativos juntos com os alunos.

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