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DE CRIAÇÃO
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Sumário
INTRODUÇÃO 3
CONCLUSÃO 32
REFERENCIAS 33
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NOSSA HISTÓRIA
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INTRODUÇÃO
Carl Gustav Jung nasceu na Suíça em 1875. Criado numa atmosfera religiosa
que não compreendia e que custava a sustentar, Jung interessou-se pelo mundo dos
sonhos, da fantasia, da religião e dos mitos. Alguns estudos dizem que a proximidade
com o divino é algo que Jung atribuiu a uma espécie de herança materna, enquanto
que a fé no sentido do ritual cego e inquestionado teria sido algo herdado de seu pai.
A partir de seus estudos, Jung desenvolveu o que mais tarde ficaria conhecido
como “Psicologia Analítica” que investiga sonhos, desenhos e outros materiais como
vias de expressão do inconsciente.
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Biografia de Carl Gustav Jung
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Formação
Jung e Freud
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Identificou conteúdos psíquicos reprimidos para o qual denominou de “complexo”,
estudo esse muito explorado por Freud.
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Psicologia Analítica
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Teoria dos arquétipos
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Fundamentos da Psicologia Junguiana - Estruturas
Especializadas
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INCONSCIENTE COLETIVO OU PSIQUE OBJETIVA – possui
estrutura aparentemente universal na humanidade.
Além desses três níveis da Psique, Jung considerava outro pertencente a ela:
ESTRUTURAS DE IDENTIDADE;
ESTRUTURAS DE RELAÇÃO, ou RELACIONAMENTO.
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ESTRUTURAS ESPECIALIZADAS DE IDENTIDADE
EGO E SOMBRA
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existência; e registros de nossa memória – certa ideia de já ter existido e acúmulo de
longa série de recordações.
Alguns, quiçá muitos, destes aspectos rejeitados, mas que impulsionam o ser
humano para a criatividade e busca de soluções, quando os recursos conscientes se
esgotaram , poderão voltar e ser úteis, uma vez que não serão mais prejudiciais à
nossa adaptação. Até, poderão mudar o rumo de nossa história.
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ESTRUTURAS ESPECIALIZADAS DE RELAÇÃO PERSONA
O nome vem da antiga máscara usada no teatro grego, pelos atores para
representar. Para a psicologia junguiana, Persona tem o mesmo sentido, ou seja: é a
máscara ou fachada aparente do indivíduo exibida de maneira a facilitar a
comunicação com o seu mundo externo, com a sociedade onde vive e de acordo com
os papéis dele exigidos. O objetivo principal é o de ser aceito pelos grupos sociais a
que pertence.
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A Persona auxilia a convivência em sociedade. Também, transmite certa
sensação de segurança, na medida em que cada um desempenha exatamente o
papel dele esperado, da melhor forma possível. A Persona serve, ainda, como
proteção contra nossas características internas, que julgamos como desabonadoras
e, portanto, queremos esconder.
ANIMA E ANIMUS
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O arquétipo da Anima, constitui o lado feminino na Psique do homem, e o
arquétipo do Animus constitui o lado masculino na Psique da mulher. Ambos os sexos
possuem aspectos do sexo oposto, não só biologicamente, através dos hormônios e
genes, como também, psicologicamente através de sentimentos e atitudes.
Cada mulher, por sua vez, desenvolveu seu arquétipo de Animus através das
experiências com o homem durante toda a evolução da humanidade.
A Anima, quando em estado inconsciente pode fazer com que o homem, numa
possessão extrema, tenha comportamento tipicamente feminino, como alterações
repentinas de humor, falta de controle emocional.
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O Animus e a Anima, se devidamente reconhecidos e integrados ao Ego,
contribuirão para a maturidade do psiquismo.
Anima e Animus são responsáveis pelas qualidades das relações com pessoas
do sexo oposto. Enquanto inconscientes, o contato com estes arquétipos são feitos
em forma de projeções.
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Os Mitos: Fontes Simbólicas da Psicologia Analítica de
C.G. Jung
O símbolo pode ser definido como “sinal, signo ou marca num sistema de
relações significativas, cujas aplicações e operações são governadas por leis e
convenções […]”
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primitivo não enxerga o mundo de forma diferente do moderno. Segundo ele, a
diferença entre ambos são suas hipóteses, isto é, a forma como compreendem os
eventos da natureza.
Desta forma, Jung conclui que, para o homem moderno, os eventos podem ser
explicados por meio da percepção de relações causais. Entretanto, o homem
primitivo, que possui uma visão “mágica” do mundo, explica estes mesmos eventos
por meio de termos não-perceptíveis, isto é, sobrenaturais.
Como percebemos, o homem arcaico dava sentido ao mundo por meio dos
mitos. Com o advento da modernidade o homem perdeu a capacidade de produzir
símbolos, passando esta a ter uma relevância psíquica, uma vez que o inconsciente
mantém essa capacidade. Sendo assim, a relação entre os mitos arcaicos e os
símbolos do inconsciente é de grande importância para o trabalho analítico, pois
permite interpretar os símbolos tanto em seu aspecto histórico universal como no
sentido psicológico.
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mítica das imagens arcaicas, herança psicológica que conecta a humanidade como
um todo.
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O estudo dos mitos na Psicologia Analítica
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A Psicologia Analítica de C.G. Jung foi a psicologia que mais contribuiu para o
estudo do material simbólico da humanidade. Jung fez várias viagens, conheceu
várias culturas e com isso pôde vislumbrar uma conexão universal entre os homens,
uma herança psicológica construída ao longo da evolução humana.
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mais profunda de si mesmo. Para tanto o analista deve ter um conhecimento amplo
acerca da origem e do sentido dos símbolos, para assim, fazer analogias entre os
mitos arcaicos e o material onírico do paciente.
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O Homem e a Questão Simbólica
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Deste modo, enquanto o homem arcaico está inserido física e psiquicamente
no seu mundo, o homem moderno acredita estar apartado da natureza. O homem
moderno enxerga o mundo de maneira objetiva, negando sua realidade psíquica, ou
seja, negando as projeções arcaicas do inconsciente.
Nas sociedades tribais os mitos são vivos, pois cumprem sua função de dar
sentido ao mundo como nos explica:
Sobre a importância do mito como guia e auxilio para lidar com os conflitos,
escreve:
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capacidade. Deste modo, ligação entre os mitos arcaicos e os símbolos do
inconsciente é de grande valor para o trabalho analítico, uma vez que permite
interpretar os símbolos tanto em seu aspecto histórico–universal como no sentido
psicológico, como veremos na relação simbólica entre a saga do herói e o
desenvolvimento egóico.
“Na luta travada pelo homem primitivo para alcançar a consciência, este
conflito se exprime pela disputa entre o herói arquetípico e os poderes cósmicos do
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mal, personificado por dragões e outros monstros. No decorrer do desenvolvimento
da consciência individual, a figura do herói é o meio simbólico através do qual o ego
emergente vence a inércia do inconsciente, liberando o homem amadurecido do
desejo regressivo de uma volta ao estado de bem-aventurança da infância, em um
mundo dominado por sua mãe.” (Henderson, p. 118, 1977).
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ego é o centro de consciência.” (JUNG, C.W. Vol. XXII, § 44, apud SHARP, 1997, p.
142)
Desse modo, o verdadeiro contato com o self seria obtido através do processo
de individuação, que é único para cada ser humano. O processo de individuação tem
como objetivo desenvolver a personalidade individual, o potencial que cada um tem
dentro de si, a fim de conseguir discernir as mensagens vindas do self que o guiarão
à auto realização.
Assim, o ego frágil sente-se pressionado pelo mundo externo e busca meios
de lidar com isso agindo defensivamente, se desvirtuando do processo de
individuação, apegando-se a apoios coletivos. Pode recolher-se num estado
exageradamente introvertido, retirando-se para o mundo da fantasia, como perigo de
ser inundado pelo inconsciente, ou pode perder o senso de interior por um
ajustamento exageradamente extrovertido, cedendo às pressões ambientais no seu
agir. (Weinrib, 1993).
Jung sugere em sua teoria uma relação simbólica entre o arquétipo materno e
o inconsciente, pois, como a mãe é fonte da vida física, também o inconsciente é a
fonte da vida psicológica. Portanto, a mãe e o inconsciente podem ser vistos como
símbolos femininos equivalentes. O impulso de retorno à mãe pode ser visto como
um impulso de volta ao inconsciente. Sob certas circunstâncias, isso pode ser
regressivo, levando à neurose e à psicose; doença psicológica ou morte. Em outras
circunstâncias, ou seja, no processo de individuação, a regressão pode ser
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temporária e em prol da renovação psicológica e do renascimento simbólico (“recuar
para saltar melhor”).
“Parece que o processo de cura mobiliza essas forças para alcançar os seus
objetivos. É que as representações míticas, com seu simbolismo característico,
atingem as profundezas da alma humana, os subterrâneos da história, aonde a razão,
a vontade e a boa intenção nunca chegam. Isso porque elas também provêm
daquelas profundezas e falam uma linguagem, que, na verdade, a razão
contemporânea não entende, mas mobilizam e põem a vibrar no íntimo do homem. A
regressão que poderia assustar-nos à primeira vista é, portanto, muito mais um
‘reculer pour mieux sauter’, um concentrar e integrar forças, que no decorrer da
evolução vão constituir uma nova ordem.” (Jung, C.G. , 2007, p. 13).
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O Mito de Perseu: Uma Visão Mítica Acerca do Desenvolvimento do
Ego.
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Neste mito, Perseu é incumbido de trazer para o rei Polidectes, seu padrasto,
a cabeça de Medusa, ser monstruoso com cabelos de serpente. Esta, por transformar
em pedra todos que a olham, representa o arquétipo da mãe devoradora e sua
influência regressiva que aprisiona seus filhos.
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A Medusa representa a mãe terrível, devoradora, que paralisa seus filhos,
permanecendo em estado caótico e inconsciente. Desse modo, a luta contra a
Medusa nos alude ao processo de integração do ego, através da saída do estado
urobórico, onde não há diferenciação entre a consciência e o inconsciente. A
petrificação da Medusa nos remete aos estados psicóticos de extrema regressão
presentes nas formas graves de esquizofrenia (estupor catatônico). (Boechat,W.,
2008).
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CONCLUSÃO
Deste modo, o estudo dos mitos e dos símbolos do inconsciente é, para Jung,
a chave que abre a porta que nos dá acesso a um conhecimento profundo do ser
humano, que vai além do sensível e/ou palpável e do racional, que possibilita o religar
do homem consigo mesmo e com a humanidade como um todo.
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REFERENCIAS
JUNG, C. G.: SEU MITO EM NOSSA ÉPOCA. 6A EDIÇÃO. EDITORA CULTRIX . SÃO
P AULO, 1997.
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[COORDENAÇÃO EDITORIAL] C ARRIE LEE ROTHGEB, NATIONAL CLEARINGHOUSE
FOR MENTAL, HEALTH
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