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Trabalho Processo Civil

Embargo de Terceiros

Os embargos de terceiro, portanto, são um remédio legal para


assegurar direitos de terceiros contra a constrição de um bem que
não tem ligação com as partes da demanda. O terceiro embargante,
poderá opor os embargos de terceiro a qualquer momento durante o
processo de conhecimento, desde que não transite em julgado a
sentença que contenha a restrição do bem indevidamente apontado.

Já em fase executória, é possível entrar com os embargos até no


momento do cumprimento de sentença, em até cinco dias após a
adjudicação, alienação ou arrematação, mas sempre antes que a
respectiva carta seja assinada. Torna-se imprescindível que o
embargante comprove sua legitimidade como terceiro e apresente
uma prova sumária de seu domínio sobre o bem. Os embargos de
terceiro são uma possibilidade legal de um terceiro intervir em um
processo judicial para assegurar seus direitos de domínio contra a
constrição de um bem que não tem ligação com as partes que
integram a lide principal. O STJ se posicionou sobre o tema
reafirmando o entendimento que os embargos de terceiro não são a
via processual adequada para a defesa dos ocupantes de um imóvel
impugnar ordem de despejo em ação da qual não fizeram parte,
ajuizada contra o suposto locatário. Os embargos de terceiro são o
meio processual adequado para o exercício da pretensão de quem
teve um bem constrito ou sob o risco de ser constrito por decisão
judicial, sem ter participado (como parte ou terceiro) do processo.
Em outras palavras, é uma ação proposta por aquele que não é
parte no processo alheio, com o objetivo de excluir um ou alguns de
seus bens (sobre os quais exerce a posse) da constrição judicial.

Por fim, a sentença que defere os embargos é de natureza


declaratória, já que declara o direito e posse do terceiro. Seu efeito
específico, no entanto, é desvincular o bem do ato judicial constritivo,
razão pela qual a declaração autoriza a reintegração ou manutenção
de posse. Por se tratar de ação que se limita a atacar o ato de
turbação ou esbulho contido na medida judicial impugnada, não há
que se falar em coisa julgada em torno do domínio disputado pelo
embargante. Qualquer discussão mais ampla sobre o tema terá lugar
em ação ordinária.

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