Historicamente, a função reprodutiva tem sido a mais constante
de entre todas as funções da família. Atualmente, com as modernas técnicas de procriação assistida e devido a novos Função reprodutiva comportamentos sociais, a família deixa de ter a exclusividade da reprodução humana e a continuidade da nossa espécie já não depende apenas da existência de uma família.
Com a evolução das sociedades, a sexualidade deixa também de
ser encarada como uma necessidade que só pode ser satisfeita no âmbito da relação conjugal. Esta mudança de mentalidades, associada ao desenvolvimento de métodos contracetivos mais Função sexual eficazes e a uma maior informação disponível, permitiu dissociar a função sexual da função de reprodução, fazendo também com que deixasse de ser necessário constituir uma família para poder satisfazer as necessidades sexuais.
A função de socialização, tradicionalmente assumida pelo grupo
familiar, é cada vez menos exclusiva da família, verificando-se, atualmente, uma tendência crescente de partilha desta Função de socialização responsabilidade com outras instituições e grupos. A escola, os das crianças grupos de atividades extracurriculares nos quais as crianças participam, a televisão e mais recentemente a Internet têm desempenhado um papel considerável na transmissão de valores fundamentais e na educação de crianças e jovens.
Com a industrialização, a família deixa de representar a unidade
de produção económica por excelência, para se assumir, progressivamente, como uma unidade de consumo. Neste novo Função económica contexto, a função económica da família é reconfigurada e passa a estar presente nas estratégias familiares já não numa lógica de produção (como no período pré-industrial), mas numa lógica de gestão dos recursos disponíveis.