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Amostragem e amostra
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Amostragem
Amostragem Amostra
Processo pelo qual é seleccionada uma fracção de algo maior que se pretende Estatística
estudar, precisamente, através dessa fracção Conjunto de elementos seleccionados de uma população
A amostragem pode resultar de: Exemplo: conjunto de obras seleccionadas para estudo ou análise
Impossibilidade de estudo da população ou universo (a totalidade daquilo que se quer Química analítica
estudar)
Porção de material seleccionado de uma porção maior
Racionalização do trabalho (diminuição dos recursos dispendidos)
Exemplo: fragmentos analisados de uma obra
A fracção seleccionada é a amostra
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Aspectos a ter em conta a respeito da amostragem Tipos gerais de amostragem, segundo o processo de selecção
Os resultados obtidos com as amostras são extrapolados para a população ou para Amostragem não intencional
a totalidade do material Amostragem feita pela história e pelas circunstâncias, sem que tenha havido qualquer
A correcção da amostragem condiciona a utilidade das análises selecção efectuada no contexto do estudo
Selecção feita sem intenção
A amostra deve ser representativa
Exemplos:
A composição da amostra deve ser semelhante à composição média do material a analisar • Obras ou objectos que chegaram ao presente
• Fragmento que acidentalmente se destaca de uma obra e é aproveitado para análise
A amostragem é uma fonte de erros muito importante
Amostragem informal
Amostragem realizada com base em critérios de diferente natureza aplicados de forma
empírica, onde se contam factores de natureza pessoal, sem o suporte de tratamento
estatístico rigoroso
A arqueologia é a disciplina que dispõe da teoria e da prática que permitem Selecção feita com intenção, mas de forma subjectiva
recuperar os padrões de comportamento humanos não observáveis, a partir
Exemplo:
de marcas indirectas em más amostras.
• Conjunto de obras de um autor seleccionadas para estudo com base em critérios pessoais
David Clarke
Amostragem estratificada
• Amostragem sistemática
Em qualquer um dos passos pode ser utilizado qualquer processo de selecção
• As amostras são recolhidas de uma forma regular e sistemática
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Escalas de amostragem num estudo laboratorial
A selecção das obras coloca-se sempre que é indispensável o estudo de conjuntos Disponibilidade das obras depende de:
de obras: Localização das obras (bem imóvel / em exposição / em reserva)
Caracterização de autor, de estilo, época, cultura, etc. Tamanho das obras
Datação através de métodos indirectos Valor das obras
Estudos relacionados com a autenticidade Estado de conservação
A necessidade da selecção das obras resulta do número limitado de obras que é Realização de intervenção de conservação
possível estudar
Tempo e custos associados ao estudo
(In)disponibilidade das obras
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Selecção das zonas a estudar de cada obra
Tipo de amostragem das obras: A selecção é indispensável no caso de obras materialmente heterogéneas
Claude Monet
Water Lilies, c. 1920
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A quantidade do material recolhido (“amostra”) depende de:
Incerteza pretendida
Heterogeneidade
Tamanho das partículas que estão na origem da heterogeneidade
Métodos de análise a usar
1796
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Selecção dos locais a analisar sem recolha de material Uso do material recolhido (amostra bruta)
Selecção do local que pode ser mais representativo Idealmente, quando a análise química implica a destruição da porção analisada, a
análise é realizada numa pequena fracção (sub-amostra) do material recolhido
Locais sem problemas de alteração ou de (amostra bruta)
intervenção
Se a amostra bruta for heterogénea e não interessar ter resolução espacial, em
Locais que evitem influência de diversos materiais primeiro lugar deve ser triturada e homogeneizada
Sempre que possível, mesmo em obras heterogéneas,
os materiais devem ser analisados separadamente Para que a sub-amostra usada numa análise seja representativa da amostra bruta
recolhida, devem ser seguidos determinados procedimentos
A selecção pode ser feita num fragmento recolhido A selecção deve ser feita de acordo com uma das técnicas de amostragem estabelecidas
da obra (amostragem formal)
Caso 1
Os problemas da amostragem – A autoria de uma pintura
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Dúvida acerca da autoria de uma pintura
supostamente de José Campas
(1888-1971)
Caso 2
Os problemas da amostragem – A datação do Sudário de Turim
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P. E. Damon et al.,
"Radiocarbon dating of the
Shroud of Turin", Nature,
337(6208), 1989, pp. 611-
615.
1989
D. A. Kouznetsov, A. A. Ivanov, P. R.
Veletsky, "Effects of fires and
biofractionation of carbon isotopes on
results of radiocarbon dating of old
textiles: The Shroud of Turin", Journal
of Archaeological Science, 23(1),
1996, pp. 109-121
D. A. Kouznetsov, A. A. Ivanov, P. R.
Veletsky, "A Re-evaluation of the
Radiocarbon Date of the Shroud of
Turin Based on Biofractionation of
Carbon Isotopes and a Fire-Simulating
The results of radiocarbon measurements at Arizona, Oxford and Zurich yield a Model", in M. V. Orna (ed.),
calibrated calendar age range with at least 95% confidence for the linen of the Archaeological Chemistry. Organic,
Shroud of Turin of AD 1260 - 1390 (rounded down/up to nearest 10 yr). These Inorganic, and Biochemical Analysis,
results therefore provide conclusive evidence that the linen of the Shroud of Turin is Washington, American Chemical
mediaeval. Society, 1996, pp. 229-247
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Raymond N. Rogers, "Studies
on the radiocarbon sample
from the shroud of Turin",
Thermochimica Acta, 425(1-2),
2005, pp. 189-194
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Análise invasiva / não invasiva
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