O documento relata a experiência do autor em três palestras realizadas na SECITEC sobre temáticas relacionadas à educação infantil e juventudes urbanas. A primeira palestra abordou o sono de bebês, a segunda criticou uma educação infantil homogeneizadora e a terceira discutiu linguagens e formas de resistência da juventude urbana.
O documento relata a experiência do autor em três palestras realizadas na SECITEC sobre temáticas relacionadas à educação infantil e juventudes urbanas. A primeira palestra abordou o sono de bebês, a segunda criticou uma educação infantil homogeneizadora e a terceira discutiu linguagens e formas de resistência da juventude urbana.
O documento relata a experiência do autor em três palestras realizadas na SECITEC sobre temáticas relacionadas à educação infantil e juventudes urbanas. A primeira palestra abordou o sono de bebês, a segunda criticou uma educação infantil homogeneizadora e a terceira discutiu linguagens e formas de resistência da juventude urbana.
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Campus Goiânia Oeste Departamento de Áreas Acadêmicas Curso de Licenciatura em Pedagógica Discente: Joel Souza Correia Viana Professoras: Jacqueline Iglesias Na SECITEC é um momento formativo, permitindo a circulação de conhecimentos entre discentes, docentes e a comunidade acadêmica. Experiência proveitosa para promover a formação e a reflexão humana em diferentes temáticas. Nesse sentido, eu pude participar de três palestras dialógicas no noturno, gostaria de ter tido a oportunidade de me ater a outros momentos. No entanto, as demandas diárias não me permitiram. Assim, pude participar das mesas redondas; “O sono do bebê: Do desenvolvimento à rotina”, no dia 19/10/2022 às 19hrs00min; “A educação infantil e currículo: A superação de uma educação homogeneizadora” no dia 20/10/2022 às 19hrs00min; por fim, “Juventudes Urbanas: Linguagens, cultura popular e formas de resistências” no dia 21/10/2022 às 19hrs00min. O termo experiência é algo interessante, presente na proposta deste relato me faz refletir algumas questões. Em cada um destes momentos formativos me encontrava presente no mundo de forma distinta. Nossa condição presente interfere diretamente na experiência que teremos nos espaços que nos fazemos presente. Nesse sentido, no primeiro dia não estava me sentindo muito bem. Estava cansado e senti o dia inteiro um mal estar no corpo e dores de cabeça. Tomei logo três medicamentos para amenizar os sintomas. A princípio, foi ótimo, alívio instantâneo. Logo mais, senti muita angústia medicamentosa. No entanto, a temática “O sono do bebê: Do desenvolvimento à rotina” me é convidativa, tendo em vista a participação em algumas maternidades. Assim, consegui me envolver intelectualmente com algumas provocações propostas, tinha certa noção acerca do que era falado. Mas o senso comum se distingue de certa forma do conhecimento acadêmico por sua estrutura e organização sistemática. Assim, pude me apropriar de algumas coisas, umas delas é que a criança ao nascer não tem o hormônios que induzem o sono regulados, por isso que nos primeiros meses dormem com frequência e em horários indefinidos. A maturação do bebê com o decorrer do tempo irá regular os hormônios do sono. Outra informação interessante, e que já tinha certo nível de consciência, é de que o bebê não distingue que já está fora do útero. Apenas a longo prazo é que sua percepção irá distinguir isto. Nesse sentido, tudo que remete aos momentos uterinos são relevantes para acalmar o bebê, isso gera uma sensação de familiaridade e segurança, permitindo que o bebê fique mais calmo e tranquilo para o sono. Portanto, sons, condições aconchegantes e o escuro são favoráveis para o seu sono. E da pertinência do sono para a continuidade do desenvolvimento do bebê, por isso que em geral, eles dormem mais do que comumente consideramos “normal”. Outro aspecto pertinente e circula frequentemente entre as pessoas, é de não deixar o bebê dormir durante o dia, para que vire a noite dormindo. Isto é um equívoco, se o bebê não dormir durante o dia, irá produzir altas taxas de cortisol e o deixava irritado, com isso o sono da noite será diretamente influenciado, quem dorme estressado? Enfim, foi um momento interessante. No segundo dia o diálogo seria remoto, utilizando as ferramentas tecnológicas para proporcionar a reflexão. Foi uma correria, meu expediente terminou às 19h00min, momento que iniciava a exposição. Já saí ligeiro do serviço, o que já é recorrente, tendo em vista que minhas aulas também se iniciam no mesmo horário, nada fora do comum. Nesse segundo momento a temática era sobre “A educação infantil e currículo: A superação de uma educação homogeneizadora”. Curioso, acho que me envolvi mais neste dia, pois me lembro das palestrantes. Na verdade já as conheço, deve ser por isso, pois sou péssimo em lembrar nomes. Esse diálogo foi fomentado pelas professoras Telma e Daniela. Bom, é vasto o que foi apontado por elas e pertinente tendo em vista o sucateamento da educação em todas suas etapas e modalidades. Nesse sentido, o diálogo trouxe aspectos políticos, sociais, econômicos, das experiências dos professores e alunos e conceitos que permeiam a educação infantil. Nesse dia, tivemos mais uma oportunidade de entender as contradições presentes na dimensão educacional. Sempre permeada por tensões e disputas. Nesse sentido, as professoras discorreram sobre, as crianças como sujeitos de direito, produtos e produtoras de culturas e que devem ser contempladas na dimensão educacional tendo em vista seus contextos sociais. Não tem como se pensar nessas crianças enquanto idealizada. Elas estão no mundo e são atravessadas por ele. Nesse sentido, se há fome, violência, miséria, abuso psicológico e físico e todas as contradições presente na sociedade brasileira também atravessam as diversas infâncias. Não cabe minimalismos acerca destas realidade, existe a necessidade de compreensão, pesquisas e reflexões acerca da educação infantil e suas contradições. Um ponto histórico que podemos destacar é a LDB. Em estudos, me deparei com a perspectiva de B. Charlot de que a função do pesquisador é analisar as contradições presentes na sociedade. Em uma das falas da Profª Daniela, ela comenta que a LDB é um marco histórico, e o que ela queria explicitar não é que esse marco históricos diz respeito a materialização da oferta e qualidade do ensino. De um dispositivo legal que garanta a oferta do ensino público e de qualidade, embora seja necessário. Mas, um aspecto importante que a LDB viabiliza após sua promulgação é a possibilidade de análise das contradições que permeiam a educação infantil. Entre a legislação e a materialidade social há um abismo. E por meio dos deveres da Federação, dos estados e municípios expresso na lei é possível maiores campos de atuação política reivindicando que se cumpra o direito à educação. Ótima noite, inerente ao cansaço, neste dia pude ter uma experiência agregadora de saberes e conhecimentos. O último dia, sexta-feira, dia que geralmente estou “zumbizado”, o dia que a semana inteira cobra o preço da correria, foi um dia que não lembrei disto. O que me recordo da experiência são só acontecimentos positivos. Se houve cansaço, ele foi devidamente superado pelo momento formativo. Neste dia tivemos a mesa redonda “Juventudes Urbanas: Linguagens, cultura popular e formas de resistências”. Esse momento foi presencial e bastante instigante. Acredito que ele foi elaborado e pensado pelo professor Constantino e pela professora Janaina. Neste dia, um palestrante foi convidado para falar sobre “Break” e dois discentes apresentaram seu trabalho final do PCC de Movimentos sociais. Me foi marcante a exposição do palestrante. Ele é uma pessoa envolvida na vida e cultura cotidiana do “Break”. Uma pessoa com formação na/da vida. O interessante foi perceber em sua exposição que ele fala sobre, cultura, Juventudes, economia, capitalismo, educação não formal e afins. Me deparar com essas temáticas com outra estrutura de pensamento e da linguagem, permite novas conexões e perspectivas, pois o palestrante trouxe uma fala muito próxima da materialidade, de como essas temáticas se apresentam no cotidiano da população marginal. E isso é enriquecedor. Em sua fala ele trouxe sobre, a violência policial, o capitalismo se apropriando do “Break” e tornando-o um produto, a relação entre a juventude com essa arte e como ela permite a (trans)formação da identidade de sujeitos sociais. Como a arte é potencializadora da humanidade e da formação humana. Uma noite inusitada. Já meus colegas, trouxeram também outras formas de comunicação que permitem a reflexão. Essas formas de expressões são elaboradas pela juventude urbana, a arte sendo utilizada como ferramenta para viabilizar a ação política. Nesse sentido, temos o “Islam resistência” onde sujeitos podem expressar suas inquietações por meios de jograis que explicitam várias questões sociais. E o grafite, como manifestação artística e simbólica. Enfim, foram momentos instigantes e eu só tenho a agradecer.