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A construção de um Corpo sem órgãos

Autores: Deleuze e Guattari

Em nosso último encontro, discutindo o corpo sem órgãos, noção que Deleuze e
Guattari tiram das experiências estético-subjetivas de Artaud, busquei pensar a
importância da construção de um corpo sensível para o artista, educador e clínico. No
Imagem-tempo, Deleuze nos diz: “O corpo não é mais obstáculo que separa o
pensamento de si mesmo, aquilo que deve superar para conseguir pensar. É, ao
contrário, aquilo que ele mergulha ou deve mergulhar, para atingir o impensado, isto é a
vida.”

O que seria um corpo aqui?

Corpo como dobra que faz mundo, interage com ele: Corpo > mundo se dissolve, sem
separação. Ao fazer corpo se faz mundo, não permite uma autonomia em relação ao
mundo.

Um corpo que produz nas dobras, como forma produtiva dentro da encomia, uma
produção como forma de vida, como pensamento, como afeto, fluxos desejantes, entre
outros. Não deixa de conectar com sua força desejante.

“Quanto que nós temos abertura para nossos devires?”

Um encontro são dois corpos em produção, não há estabilidade de nenhum dos corpos
quando há a conexão;

O desejo é uma possiblidade de entrar numa relação de diferenciação, a força desejante


é produtiva. A depressão faz com que o indivíduo perde essa força de desejo e o corpo
perde a produtividade. O corpo deixa de ter conexão com o fora.

“Como cuidar de um corpo para que ele tenha a abertura, a percepção das
dobras? Como um corpo pode ser atravessado por uma dobra?”

O sintoma é como evitar certas dobras: não consigo sair na rua, tenho fobias, o
imaginário torna o mundo assustador, são sintomas de separação.

Inalienação de Dimensão ética e estética: sendo a estética trata-se de um problema


sensível

Manifesto contra sexual, Beatriz Preciado


O que é a contra sexualidade?

“Em primeiro lugar: uma análise crítica da diferença de gênero e de sexo, produto do
contrato social heterocentrado, cujas performatividades normativas foram inscritas nos
corpos como verdades biológicas. Em segundo lugar: a contra sexualidade aponta para a
substituição desse contrato social que denominamos Natureza por um contrato contra
sexual. No âmbito do contrato contra sexual, os corpos se reconhecem a si mesmos não
como homens ou mulheres, e sim como corpos falantes, e reconhecem os outros corpos
como falantes.”

Crítica a Hiper centralidade dos órgãos: um exemplo, órgão sexual > corpo erotizado >
como sendo o orgasmo o fim do corpo erotizado; órgão dos olhos > sendo o único de
percepção

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