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Papa Bento XVI

Discurso durante Congresso do Partido Popular Europeu

No que se refere à Igreja Católica, o interesse principal das suas intervenções no campo
público é a tutela e a promoção da dignidade da pessoa e, por conseguinte, ela chama
conscientemente a uma particular atenção aos princípios que não são negociáveis. Entre
eles, hoje emergem os seguintes:

1. tutela da vida em todas as suas fases, desde o primeiro momento da concepção até à
morte natural;
2. reconhecimento e promoção da estrutura natural da família, como união entre um
homem e uma mulher baseada no matrimônio, e a sua defesa das tentativas de a tornar
juridicamente equivalente a formas de uniões que, na realidade, a danificam e
contribuem para a sua desestabilização, obscurecendo o seu caráter particular e o seu
papel social insubstituível;
3. tutela do direito dos pais de educar os próprios filhos.

Estes princípios não são verdades de fé mesmo se recebem ulterior luz e confirmação da fé.
Eles estão inscritos na natureza humana e, portanto, são comuns a toda a humanidade.
A ação da Igreja de os promover não assume, por conseguinte, um caráter confessional, mas
dirige-se a todas as pessoas, prescindindo da sua filiação religiosa. Ao contrário, esta ação é
tanto mais necessária quanto mais estes princípios forem negados ou mal compreendidos
porque isto constitui uma ofensa contra a verdade da pessoa humana, uma grave ferida
infligida à própria justiça.”
30 de março de 2006
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[Os três princípios são inegociáveis, porque inscritos na natureza e no mais profundo do
coração humano. Portanto, toda pessoa de bem, seja ela quem for, deve:
a. defender e cuidar a vida e rejeitar o aborto, a eutanásia e toda forma direta de
destruir à vida;
b. defender e promover o matrimônio entre um homem e uma mulher, rejeitando
outras maneiras de se conceber um casamento e a formação inicial de uma família;
c. defender e exigir o direito dos pais sobre a educação de seus filhos, rejeitando toda
a intromissão indevida do estado e de organizações, que por sede de poder e domínio, fazem
de tudo para retirar o poder benéfico de um pai e de uma mãe sobre os seus filhos.

Em conclusão: NÃO SE DEVE VOTAR, SOB PENA DE COMETER UM GRAVÍSSIMO


MAL, EM CANDIDATOS A QUALQUER CARGO PÚBLICO QUE NEGOCIAM E
DESPREZAM A VIDA HUMANA SAGRADA, O MATRIMÔNIO TAL COMO DEUS O
INSTITUIU E O DIREITO NATURAL DOS PAIS DE MOSTRAR O CAMINHO DO BEM
PARA OS SEUS FILHOS.]

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