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UNIVERSIDADE VALE DO RIO VERDE - UninCor UNIVERSIDADE VALE DO RIO VERDE - UninCor
CAMPUS DE TRÊS CORAÇÕES CAMPUS DE TRÊS CORAÇÕES
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
DISCIPLINA: TECNOLOGIA, INSPEÇÃO E HIGIENE CARNES E DISCIPLINA: TECNOLOGIA E INSPEÇÃO DE CARNES E
DERIVADOS DERIVADOS
PROFESSOR: MIRIAM DE ANDRADE PEREIRA PROFESSOR: MIRIAM DE ANDRADE PEREIRA

TECNOLOGIA, INSPEÇÃO E Módulo VI


HIGIENE DE CARNES E Legislação
DERIVADOS

Introdução Introdução
Art. 276. Para os fins deste Decreto,
Carne como alimento carnes são as massas musculares e
os demais tecidos que as
acompanham, incluída ou não a
base óssea correspondente,
procedentes das diferentes espécies
animais, julgadas aptas para o
consumo pela inspeção veterinária
oficial.
Art. 277. Para os fins deste Decreto,
carcaças são as massas musculares
A carne representa todos os tecidos comestíveis dos animais RIISPOA
e os ossos do animal abatido,
de açougue, englobando músculos, com ou sem base óssea, CAPÍTULO II
tecnicamente preparado,
gorduras e vísceras, podendo os mesmo ser in natura ou DOS PADRÕES DE IDENTIDADE E
QUALIDADE DE CARNES E DERIVADOS
desprovido de cabeça, órgãos e
processados. Seção I
vísceras torácicas e abdominais,
respeitadas as particularidades de
Das matérias-primas
cada espécie.

Introdução Introdução
TÍTULO II CAPÍTULO I
DA CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS ESTABELECIMENTOS DE CARNES E DERIVADOS
Art. 17. Os estabelecimentos de carnes e derivados são
Art. 16. Os estabelecimentos de produtos de
classificados em:
origem animal que realizem comércio
I - abatedouro frigorífico; e
interestadual e internacional, sob inspeção
II - unidade de beneficiamento de carne e produtos
federal, são classificados em:
cárneos.
I - de carnes e derivados;

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Introdução Introdução
CAPÍTULO I CAPÍTULO I
DOS ESTABELECIMENTOS DE CARNES E DERIVADOS DOS ESTABELECIMENTOS DE CARNES E DERIVADOS
Art. 17. Os estabelecimentos de carnes e derivados são Art. 17. Os estabelecimentos de carnes e derivados são
classificados em: classificados em:
II - unidade de beneficiamento de carne e produtos
I - abatedouro frigorífico; e cárneos.
§ 1º Para os fins deste Decreto, entende-se por abatedouro frigorífico o § 2º Para os fins deste Decreto, entende-se por unidade de beneficiamento de
estabelecimento destinado ao abate dos animais produtores de carne, à carne e produtos cárneos o estabelecimento destinado à recepção, à
recepção, à manipulação, ao acondicionamento, à rotulagem, à manipulação, ao acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à expedição
armazenagem e à expedição dos produtos oriundos do abate, dotado de de carne e produtos cárneos, podendo realizar industrialização de produtos
instalações de frio industrial, podendo realizar o recebimento, a comestíveis e o recebimento, a manipulação, a industrialização, o
manipulação, a industrialização, o acondicionamento, a rotulagem, a acondicionamento, a rotulagem, a armazenagem e a expedição de produtos não
comestíveis.
armazenagem e a expedição de produtos comestíveis e não comestíveis.
Art. 18. A fabricação de gelatina e produtos colagênicos será realizada nos
estabelecimentos classificados como unidade de beneficiamento de carne e
produtos cárneos.

Inspeção Inspeção
“Frigomato”

Inspeção Inspeção
“Frigomato” “Frigomato”

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Inspeção Inspeção
“Frigomato” “Frigomato”

Inspeção Inspeção
“Frigomato” “Frigomato”

Inspeção Inspeção
“Frigomato” “Frigomato”

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Vamos assistir o vídeo? Inspeção


“Frigomato”

Qual é o destino da carne


clandestina?
R = inutilizada com produtos
químicos e destinada ao
aterro sanitário ou forno
crematório.

Inspeção Inspeção
“Frigomato” “Frigomato”
Da tipificação da conduta como crime de infração de medida sanitária preventiva

Inicialmente vislumbra-se a possibilidade de tipificação da referida conduta no crime


intitulado “Infração de medida sanitária preventiva”, previsto no art.268 do Código Penal,
in verbis:

“Art. 268 - Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou


propagação de doença contagiosa:

Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa.

Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se o agente é funcionário da saúde


pública ou exerce a profissão de médico, farmacêutico, dentista ou enfermeiro.”

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CAPÍTULO VI TÍTULO IV
DOS ESTABELECIMENTOS DE ARMAZENAGEM DAS CONDIÇÕES GERAIS DOS ESTABELECIMENTOS
CAPÍTULO I
Art. 23. Os estabelecimentos de armazenagem são classificados em:
DAS INSTALAÇÕES E DOS EQUIPAMENTOS
I - entreposto de produtos de origem animal; e
II - casa atacadista. Art. 43. Os estabelecimentos de carnes e derivados, respeitadas as particularidades tecnológicas
cabíveis, também devem dispor de:
§ 1º Entende-se por entreposto de produtos de origem animal o estabelecimento destinado
exclusivamente à recepção, à armazenagem e à expedição de produtos de origem animal, I - instalações e equipamentos para recepção e acomodação dos animais, com vistas ao
comestíveis ou não comestíveis, que necessitem ou não de conservação pelo emprego de atendimento dos preceitos de bem-estar animal, localizados a uma distância que não
frio industrial, dotado de instalações específicas para realização de reinspeção. comprometa a inocuidade dos produtos;
§ 2º Entende-se por casa atacadista o estabelecimento registrado no órgão regulador da II - instalações específicas para exame e isolamento de animais doentes ou com suspeita de
doença;
saúde que receba e armazene produtos de origem animal procedentes do comércio III - instalação específica para necropsia com forno crematório anexo, autoclave ou outro
interestadual ou internacional prontos para comercialização, acondicionados e rotulados, equipamento equivalente, destinado à destruição dos animais mortos e de seus resíduos;
para efeito de reinspeção. IV - instalações e equipamentos para higienização e desinfecção de veículos transportadores de
animais; e
§ 3º Nos estabelecimentos citados nos § 1º e § 2º, não serão permitidos quaisquer
V - instalações e equipamentos apropriados para recebimento, processamento, armazenamento
trabalhos de manipulação, de fracionamento ou de reembalagem. e expedição de produtos não comestíveis, quando necessário.
§ 4º Não se enquadram na classificação de entreposto de produtos de origem animal os Parágrafo único. No caso de estabelecimentos que abatem mais de uma espécie, as dependências
portos, os aeroportos, os postos de fronteira, as aduanas especiais, os recintos especiais devem ser construídas de modo a atender às exigências técnicas específicas para cada espécie,
sem prejuízo dos diferentes fluxos operacionais.
para despacho aduaneiro de exportação e os terminais de contêineres.

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CAPÍTULO I CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E
DERIVADOS DERIVADOS
Art. 84. Nos estabelecimentos sob inspeção federal, é Seção I
permitido o abate de bovídeos, equídeos, suídeos, ovinos, Da inspeção ante mortem
caprinos, aves domésticas e lagomorfos e de animais exóticos, Art. 85. O recebimento de animais para abate em qualquer
animais silvestres e pescado, atendido o disposto neste dependência do estabelecimento deve ser feita com prévio
Decreto e em normas complementares. conhecimento do SIF.
§ 1º O abate de diferentes espécies em um mesmo estabelecimento
pode ser realizado em instalações e equipamentos específicos para a Art. 86. Por ocasião do recebimento e do desembarque dos
correspondente finalidade. animais, o estabelecimento deve verificar os documentos de
§ 2º O abate de que trata o § 1º pode ser realizado desde que seja trânsito previstos em normas específicas, com vistas a
evidenciada a completa segregação entre as diferentes espécies e seus assegurar a procedência dos animais.
respectivos produtos durante todas as etapas do processo operacional, Parágrafo único. É vedado o abate de animais
respeitadas as particularidades de cada espécie, inclusive quanto à desacompanhados de documentos de trânsito.
higienização das instalações e dos equipamentos.

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CAPÍTULO I CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS Seção I
Seção I Da inspeção ante mortem
Art. 89. O estabelecimento deve apresentar, previamente ao abate, a programação de
Da inspeção ante mortem abate e a documentação referente à identificação, ao manejo e à procedência dos lotes e as
Art. 87. Os animais, respeitadas as particularidades de cada espécie, devem demais informações previstas em legislação específica para a verificação das condições
físicas e sanitárias dos animais pelo SIF.
ser desembarcados e alojados em instalações apropriadas e exclusivas, onde § 1º Nos casos de suspeita de uso de substâncias proibidas ou de falta de informações
aguardarão avaliação pelo SIF. sobre o cumprimento do prazo de carência de produtos de uso veterinário, o SIF poderá
apreender os lotes de animais ou os produtos, proceder à coleta de amostras e adotar
Parágrafo único. Os animais que chegarem em veículos transportadores outros procedimentos que respaldem a decisão acerca de sua destinação.
lacrados por determinações sanitárias só poderão ser desembarcados na § 2º Sempre que o SIF julgar necessário, os documentos com informações de interesse
sobre o lote devem ser disponibilizados com, no mínimo, vinte e quatro horas de
presença de um representante competente do SIF. antecedência.
Art. 88. O estabelecimento é obrigado a adotar medidas para evitar maus Art. 90. É obrigatória a realização do exame ante mortem dos animais destinados ao abate
por servidor competente do SIF.
tratos aos animais e aplicar ações que visem à proteção e ao bem-estar
§ 1º O exame de que trata o caput compreende a avaliação documental, do
animal, desde o embarque na origem até o momento do abate comportamento e do aspecto do animal e dos sintomas de doenças de interesse para as
áreas de saúde animal e de saúde pública, atendido o disposto neste Decreto e em normas
complementares.

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CAPÍTULO I CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção I
Seção I
Da inspeção ante mortem
Da inspeção ante mortem Art. 91. Na inspeção ante mortem, quando forem identificados animais suspeitos de zoonoses ou
Art. 90. É obrigatória a realização do exame ante mortem dos animais destinados enfermidades infectocontagiosas, ou animais que apresentem reação inconclusiva ou positiva em testes
ao abate por servidor competente do SIF. diagnósticos para essas enfermidades, o abate deve ser realizado em separado dos demais animais,
§ 2º Qualquer caso suspeito implica a identificação e o isolamento dos animais adotadas as medidas profiláticas cabíveis.
envolvidos. Quando necessário, se procederá ao isolamento de todo o lote. Parágrafo único. No caso de suspeita de doenças não previstas neste Decreto ou em normas
complementares, o abate deve ser realizado também em separado, para melhor estudo das lesões e
§ 3º Os casos suspeitos serão submetidos à avaliação por Auditor Fiscal Federal verificações complementares.
Agropecuário, com formação em Medicina Veterinária, que pode compreender Art. 92. Quando houver suspeita de doenças infectocontagiosas de notificação imediata determinada
exame clínico, necropsia ou outros procedimentos com o fim de diagnosticar e pelo serviço oficial de saúde animal, além das medidas já estabelecidas, cabe ao SIF:
determinar a destinação, aplicando-se ações de saúde animal quando o caso I - notificar o serviço oficial de saúde animal, primeiramente na área de jurisdição do estabelecimento;
exigir. II - isolar os animais suspeitos e manter o lote sob observação enquanto não houver definição das
§ 4º O exame ante mortem deve ser realizado no menor intervalo de tempo medidas epidemiológicas de saúde animal a serem adotadas; e
possível após a chegada dos animais no estabelecimento de abate. III - determinar a imediata desinfecção dos locais, dos equipamentos e dos utensílios que possam ter
§ 5º Dentre as espécies de abate de pescado, somente os anfíbios e os répteis entrado em contato com os resíduos dos animais ou qualquer outro material que possa ter sido
contaminado, atendidas as recomendações estabelecidas pelo serviço oficial de saúde animal.
devem ser submetidos à inspeção ante mortem.

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CAPÍTULO I CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção I Seção I
Da inspeção ante mortem Da inspeção ante mortem
Art. 93. Quando no exame ante mortem forem constatados casos isolados de doenças não Art. 96. Os animais de abate que apresentem hipotermia ou hipertermia podem ser condenados,
contagiosas que permitam o aproveitamento condicional ou impliquem a condenação total levando-se em consideração as condições climáticas, de transporte e os demais sinais clínicos
do animal, este deve ser abatido por último ou em instalações específicas para este fim. apresentados, conforme dispõem normas complementares.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica aos animais pecilotérmicos.
Art. 94. Os suídeos que apresentem casos agudos de erisipela, com eritema cutâneo difuso,
Art. 97. A existência de animais mortos ou impossibilitados de locomoção em veículos transportadores
devem ser abatidos em separado.
que estejam nas instalações para recepção e acomodação de animais ou em qualquer dependência do
Art. 95. As fêmeas em gestação adiantada ou com sinais de parto recente, não portadoras estabelecimento deve ser imediatamente levada ao conhecimento do SIF, para que sejam
de doença infectocontagiosa, podem ser retiradas do estabelecimento para melhor providenciados a necropsia ou o abate de emergência e sejam adotadas as medidas que se façam
aproveitamento, observados os procedimentos definidos pelo serviço de saúde animal. necessárias, respeitadas as particularidades de cada espécie.
Parágrafo único. As fêmeas com sinais de parto recente ou aborto somente poderão ser § 1º O lote de animais no qual se verifique qualquer caso de morte natural só deve ser abatido depois
abatidas após no mínimo dez dias, contados da data do parto, desde que não sejam do resultado da necropsia.
portadoras de doença infectocontagiosa, caso em que serão avaliadas de acordo com este § 2º No caso de abate de aves, a realização da necropsia será compulsória sempre que a mortalidade
registrada nas informações sanitárias da origem do lote de animais for superior àquela estabelecida nas
Decreto e com as normas complementares.
normas complementares ou quando houver suspeita clínica de enfermidades, a critério do Auditor
Fiscal Federal Agropecuário, com formação em Medicina Veterinária.

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CAPÍTULO I CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção I DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Da inspeção ante mortem Seção I
Art. 98. As carcaças de animais que tenham morte acidental nas dependências do
estabelecimento, desde que imediatamente sangrados, podem ser destinadas ao aproveitamento Da inspeção ante mortem
condicional após exame post mortem, a critério do Auditor Fiscal Federal Agropecuário, com
formação em Medicina Veterinária.
Art. 100. As necropsias, independentemente de sua motivação,
Art. 99. Quando o SIF autorizar o transporte de animais mortos ou agonizantes para o local onde devem ser realizadas em local específico e os animais e seus
será realizada a necropsia, deve ser utilizado veículo ou contentor apropriado, impermeável e resíduos serão destruídos conforme disposto neste Decreto.
que permita desinfecção logo após seu uso.
§ 1º No caso de animais mortos com suspeita de doença infectocontagiosa, deve ser feito o Art. 101. O SIF levará ao conhecimento do serviço oficial de
tamponamento das aberturas naturais do animal antes do transporte, de modo a ser evitada a
disseminação das secreções e excreções.
saúde animal o resultado das necropsias que evidenciarem
§ 2º Confirmada a suspeita, o animal morto e os seus resíduos devem ser incinerados ou doenças infectocontagiosas e remeterá, quando necessário,
autoclavados em equipamento próprio, que permita a destruição do agente. material para diagnóstico, conforme legislação de saúde animal.
§ 3º Concluídos os trabalhos de necropsias, o veículo ou contentor utilizado no transporte, o piso
da dependência e todos os equipamentos e utensílios que entraram em contato com o animal
devem ser lavados e desinfetados.

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CAPÍTULO I CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção II Seção II
Do abate dos animais Do abate dos animais
Art. 102. Nenhum animal pode ser abatido sem autorização do SIF. Subseção I
Art. 103. É proibido o abate de animais que não tenham permanecido em descanso, Do abate de emergência
jejum e dieta hídrica, respeitadas as particularidades de cada espécie e as situações Art. 105. Os animais que chegam ao estabelecimento em condições precárias de
emergenciais que comprometem o bem-estar animal. saúde, impossibilitados ou não de atingirem a dependência de abate por seus próprios
Parágrafo único. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estabelecerá meios, e os que foram excluídos do abate normal após exame ante mortem, devem
parâmetros referentes ao descanso, ao jejum e à dieta hídrica dos animais em normas ser submetidos ao abate de emergência. Parágrafo único. As situações de que trata o
complementares. caput compreendem animais doentes, com sinais de doenças infectocontagiosas de
Art. 104. É proibido o abate de suídeos não castrados ou que mostrem sinais de notificação imediata, agonizantes, contundidos, com fraturas, hemorragia, hipotermia
castração recente. ou hipertermia, impossibilitados de locomoção, com sinais clínicos neurológicos e
Parágrafo único. Poderá ser permitido o abate de suídeos castrados por meio de outras condições previstas em normas complementares.
métodos não cirúrgicos, desde que o processo seja aprovado pelo órgão competente Art. 106. É proibido o abate de emergência na ausência de Auditor Fiscal Federal
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Agropecuário, com formação em Medicina Veterinária.

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CAPÍTULO I CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção II Seção II
Do abate dos animais Do abate dos animais
Subseção I Subseção I
Do abate de emergência Do abate de emergência
Art. 107. O SIF deve coletar material dos animais destinados ao abate de emergência Art. 109. Nos casos de dúvida no diagnóstico de processo septicêmico, o SIF deve
que apresentem sinais clínicos neurológicos e enviar aos laboratórios oficiais para fins realizar coleta de material para análise laboratorial, principalmente quando houver
de diagnóstico, conforme legislação de saúde animal. inflamação dos intestinos, do úbere, do útero, das articulações, dos pulmões, da
Art. 108. Animais com sinais clínicos de paralisia decorrente de alterações metabólicas pleura, do peritônio ou das lesões supuradas e gangrenosas.
ou patológicas devem ser destinados ao abate de emergência. Art. 110. São considerados impróprios para consumo humano os animais que,
Parágrafo único. No caso de paralisia decorrente de alterações metabólicas, é abatidos de emergência, se enquadrem nos casos de condenação previstos neste
permitido retirar os animais do estabelecimento para tratamento, observados os Decreto ou em normas complementares.
procedimentos definidos pela legislação de saúde animal. Art. 111. As carcaças de animais abatidos de emergência que não foram condenadas
podem ser destinadas ao aproveitamento condicional ou, não havendo qualquer
comprometimento sanitário, serão liberadas, conforme previsto neste Decreto ou em
normas complementares.

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CAPÍTULO I CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção II Seção II
Do abate dos animais Do abate dos animais
Subseção II Subseção II
Do abate normal Do abate normal
Art. 112. Só é permitido o abate de animais com o emprego de métodos humanitários, Art. 113. Antes de chegar à dependência de abate, os animais devem passar por
utilizando-se de prévia insensibilização, baseada em princípios científicos, seguida de banho de aspersão com água suficiente para promover a limpeza e a remoção de
imediata sangria. sujidades, respeitadas as particularidades de cada espécie.
§ 1º Os métodos empregados para cada espécie animal serão estabelecidos em Art. 114. A sangria deve ser a mais completa possível e realizada com o animal
normas complementares. suspenso pelos membros posteriores ou com o emprego de outro método aprovado
§ 2º É facultado o abate de animais de acordo com preceitos religiosos, desde que pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal.
seus produtos sejam destinados total ou parcialmente ao consumo por comunidade Parágrafo único. Nenhuma manipulação pode ser iniciada antes que o sangue tenha
religiosa que os requeira ou ao comércio internacional com países que façam essa escoado o máximo possível, respeitado o período mínimo de sangria previsto em
exigência. normas complementares.

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CAPÍTULO I CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção II Seção II
Do abate dos animais Do abate dos animais
Subseção II Subseção II
Do abate normal Do abate normal
Art. 116. Sempre que for entregue para o consumo com pele, é obrigatória a depilação Art. 117. Sempre que julgar necessário ou quando forem identificadas deficiências no curso
completa de toda a carcaça de suídeos pela prévia escaldagem em água quente ou do abate, o SIF determinará a interrupção do abate ou a redução de sua velocidade.
processo similar aprovado pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal. Art. 118. A evisceração deve ser realizada em local que permita pronto exame das vísceras,
§ 1º A operação depilatória pode ser completada manualmente ou com a utilização de de forma que não ocorram contaminações.
equipamento apropriado e as carcaças devem ser lavadas após a execução do processo. § 1º Caso ocorra retardamento da evisceração, as carcaças e vísceras serão julgadas de
§ 2º É proibido o chamuscamento de suídeos sem escaldagem e depilação prévias. acordo com o disposto em normas complementares.
§ 3º É obrigatória a renovação contínua da água nos sistemas de escaldagem dos suídeos. § 2º O SIF deve aplicar as medidas estabelecidas na Seção III, do Capítulo I, do Título V, no
§ 4º Pode ser autorizado o emprego de coadjuvantes de tecnologia na água de escaldagem, caso de contaminação das carcaças e dos órgãos no momento da evisceração.
conforme critérios definidos pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem
Animal.

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CAPÍTULO I CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção II Seção II
Do abate dos animais Do abate dos animais
Subseção II Subseção II
Do abate normal Do abate normal
Art. 119. Deve ser mantida a correspondência entre as carcaças, as partes das carcaças e suas Art. 121. Todas as carcaças, as partes das carcaças, os órgãos e as vísceras devem ser
respectivas vísceras até o término do exame post mortem pelo SIF, observado o disposto em norma previamente resfriados ou congelados, dependendo da especificação do produto,
complementar.
antes de serem armazenados em câmaras frigoríficas onde já se encontrem outras
§ 1º É vedada a realização de operações de toalete antes do término do exame post mortem.
matérias-primas.
§ 2º É de responsabilidade do estabelecimento a manutenção da correlação entre a carcaça e as
vísceras e o sincronismo entre estas nas linhas de inspeção. Art. 122. As carcaças ou as partes das carcaças, quando submetidas a processo de
Art. 120. É permitida a insuflação como método auxiliar no processo tecnológico da esfola e desossa das resfriamento pelo ar, devem ser penduradas em câmaras frigoríficas, respeitadas as
espécies de abate, desde que previamente aprovada pelo Departamento de Inspeção de Produtos de particularidades de cada espécie, e dispostas de modo que haja suficiente espaço
Origem Animal. entre cada peça e entre elas e as paredes, as colunas e os pisos.
§ 1º O ar utilizado na insuflação deve ser submetido a um processo de purificação de forma que garanta
Parágrafo único. É proibido depositar carcaças e produtos diretamente sobre o piso.
a sua qualidade física, química e microbiológica final.
§ 2º É permitida a insuflação dos pulmões para atender às exigências de abate segundo
preceitos religiosos.

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CAPÍTULO I Os materiais específicos de Risco, chamados de MER, são todos os órgãos, partes ou
tecidos animais considerados de risco para encefalopatias espongiformes
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS transmissíveis, portanto, de extrema importância à saúde pública.
Seção II
Do abate dos animais Considerando esse tema e considerando a sua abordagem legal no Regulamento de
Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA, 2017), é
Subseção II correto afirmar que:
Do abate normal
Art. 123. O SIF deve verificar o cumprimento dos procedimentos de desinfecção de A) É obrigatória a remoção, a segregação e a inutilização dos MER's de todos os
dependências e equipamentos na ocorrência de doenças infectocontagiosas, para evitar mamíferos destinados ao abate.
contaminações cruzadas. B) O SIF deve ter local apropriado e específico, disponibilizado pelos estabelecimentos
para realizar a operação de remoção dos MER's antes do resfriamento das
Art. 124. É obrigatória a remoção, a segregação e a inutilização dos Materiais Especificados cascaças.
de Risco - MER para encefalopatias espongiformes transmissíveis de todos os ruminantes C) As especificações dos órgãos, das partes ou dos tecidos animais classificados como
destinados ao abate. MER será realizada pela legislação de saúde animal.
§ 1º Os procedimentos de que trata o caput devem ser realizados pelos estabelecimentos, D) Os procedimentos de remoção, segregação, e inutilização dos MERs devem ser
observado o disposto em normas complementares. realizados pelo Auditor-Fiscal Federal Agropecuário com formação em Medicina
Veterinária.
§ 2º A especificação dos órgãos, das partes ou dos tecidos animais classificados como MER
será realizada pela legislação de saúde animal.
E) Após avaliação criteriosa realizada por Auditor-Fiscal Federal Agropecuário com
formação em Medicina Veterinária, se liberados, os MERs podem ser utilizados
§ 3º É vedado o uso dos MER para alimentação humana ou animal, sob qualquer forma. para alimentação animal.

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CAPÍTULO I CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem Dos aspectos gerais da inspeção post mortem
Art. 125. Nos procedimentos de inspeção post mortem, o Auditor Fiscal Art. 127. Todos os órgãos e as partes das carcaças devem ser examinados na
Federal Agropecuário, com formação em Medicina Veterinária, pode ser dependência de abate, imediatamente depois de removidos das carcaças,
assistido por Agentes de Inspeção Sanitária e Industrial de Produtos de assegurada sempre a correspondência entre eles.
Origem Animal e auxiliares de inspeção devidamente capacitados. Art. 128. As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos que apresentem
Parágrafo único. A equipe de inspeção deve ser suficiente para a execução lesões ou anormalidades que não tenham implicações para a carcaça e para
das atividades, conforme estabelecido em normas complementares. os demais órgãos podem ser condenados ou liberados nas linhas de inspeção,
Art. 126. A inspeção post mortem consiste no exame da carcaça, das partes observado o disposto em normas complementares.
da carcaça, das cavidades, dos órgãos, dos tecidos e dos linfonodos, realizado
por visualização, palpação, olfação e incisão, quando necessário, e demais
procedimentos definidos em normas complementares específicas para cada
espécie animal.

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CAPÍTULO I CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem Seção III
Art. 129. Toda carcaça, partes das carcaças e dos órgãos, examinados nas linhas de inspeção, que
apresentem lesões ou anormalidades que possam ter implicações para a carcaça e para os
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem
demais órgãos devem ser desviados para o Departamento de Inspeção Final para que sejam Art. 130. São proibidas a remoção, a raspagem ou qualquer prática que possa
examinados, julgados e tenham a devida destinação. mascarar lesões das carcaças ou dos órgãos, antes do exame pelo SIF.
§ 1º O julgamento e o destino das carcaças, das partes das carcaças e dos órgãos são atribuições
do Auditor Fiscal Federal Agropecuário, com formação em Medicina Veterinária.
Art. 131. As carcaças julgadas em condições de consumo devem receber as
§ 2º Quando se tratar de doenças infectocontagiosas, o destino dado aos órgãos será similar marcas oficiais previstas neste Decreto, sob supervisão do SIF.
àquele dado à respectiva carcaça. Parágrafo único. Será dispensada a aplicação do carimbo a tinta nos quartos
§ 3º As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos condenados devem ficar retidos pelo SIF e das carcaças de bovídeos e suídeos em estabelecimentos que realizam o
serem removidos do Departamento de Inspeção Final por meio de tubulações abate e a desossa na mesma unidade industrial, observados os
específicas, carrinhos especiais ou outros recipientes apropriados e identificados para este fim. procedimentos definidos em normas complementares.
§ 4º O material condenado deve ser desnaturado ou apreendido pelo SIF quando não possa ser
processado no dia do abate ou nos casos em que for transportado para transformação em outro
estabelecimento.

RIISPOA 2017 RIISPOA 2017


CAPÍTULO I CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem Dos aspectos gerais da inspeção post mortem
Art. 132. O SIF, nos estabelecimentos de abate disponibilizará, sempre que Art. 132. O SIF, nos estabelecimentos de abate disponibilizará, sempre que
requerido pelos proprietários dos animais abatidos, laudo em que constem as requerido pelos proprietários dos animais abatidos, laudo em que constem as
eventuais enfermidades ou patologias diagnosticadas nas carcaças durante a eventuais enfermidades ou patologias diagnosticadas nas carcaças durante a
inspeção sanitária e suas destinações. inspeção sanitária e suas destinações.
Art. 133. Durante os procedimentos de inspeção ante mortem e post mortem, Art. 133. Durante os procedimentos de inspeção ante mortem e post mortem,
o julgamento dos casos não previstos neste Decreto fica a critério do SIF, que o julgamento dos casos não previstos neste Decreto fica a critério do SIF, que
deve direcionar suas ações principalmente para a preservação da inocuidade deve direcionar suas ações principalmente para a preservação da inocuidade
do produto, da saúde pública e da saúde animal. do produto, da saúde pública e da saúde animal.
Parágrafo único. O SIF coletará material, sempre que necessário, e Parágrafo único. O SIF coletará material, sempre que necessário, e
encaminhará para análise laboratorial para confirmação diagnóstica. encaminhará para análise laboratorial para confirmação diagnóstica.

Vamos assistir ao vídeo? RIISPOA 2017


CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem
Art. 134. As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos que apresentem abscessos
múltiplos ou disseminados com repercussão no estado geral da carcaça devem ser
condenadas, observando-se, ainda, o que segue:
I - devem ser condenados carcaças, partes das carcaças ou órgãos que sejam
contaminados acidentalmente com material purulento;
II - devem ser condenadas as carcaças com alterações gerais como caquexia, anemia
ou icterícia decorrentes de processo purulento;

https://www.youtube.com/watch?v=QWayMc6pUcU

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Art. 134. As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos que


RIISPOA 2017 apresentem abscessos múltiplos ou disseminados com
repercussão no estado geral da carcaça devem ser
CAPÍTULO I condenadas, observando-se, ainda, o que segue:
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
• Abscessos:
Seção III - acumulação de pus numa cavidade formada acidentalmente nos tecidos
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem orgânicos, ou mesmo em órgão cavitário, em consequência de inflamação.

Art. 134. As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos que apresentem abscessos
múltiplos ou disseminados com repercussão no estado geral da carcaça devem ser
condenadas, observando-se, ainda, o que segue:
III - devem ser destinadas ao aproveitamento condicional pelo uso do calor as carcaças que
apresentem abscessos múltiplos em órgãos ou em partes, sem repercussão no seu estado geral,
depois de removidas e condenadas as áreas atingidas;
IV - podem ser liberadas as carcaças que apresentem abscessos múltiplos em um único órgão ou
parte da carcaça, com exceção dos pulmões, sem repercussão nos linfonodos ou no seu estado
geral, depois de removidas e condenadas as áreas atingidas; e
V - podem ser liberadas as carcaças que apresentem abscessos localizados, depois de removidos
e condenados os órgãos e as áreas atingidas.

Art. 134. As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos que


apresentem abscessos múltiplos ou disseminados com RIISPOA 2017
repercussão no estado geral da carcaça devem ser
condenadas, observando-se, ainda, o que segue: CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
• Abscessos:
- acumulação de pus numa cavidade formada acidentalmente nos tecidos Seção III
orgânicos, ou mesmo em órgão cavitário, em consequência de inflamação. Dos aspectos gerais da inspeção post mortem
Art. 135. As carcaças devem ser condenadas quando apresentarem lesões
generalizadas ou localizadas de actinomicose ou actinobacilose nos locais de
eleição, com repercussão no seu estado geral, observando-se ainda o que
segue:
I - quando as lesões são localizadas e afetam os pulmões, mas sem repercussão no
estado geral da carcaça, permite-se o aproveitamento condicional desta para
esterilização pelo calor, depois de removidos e condenados os órgãos atingidos;
II - quando a lesão é discreta e limitada à língua afetando ou não os linfonodos
correspondentes, permite-se o aproveitamento condicional da carne de cabeça para
esterilização pelo calor, depois de removidos e condenados a língua e seus linfonodos;

Art. 135. As carcaças devem ser condenadas quando


RIISPOA 2017 apresentarem lesões generalizadas ou localizadas de
actinomicose ou actinobacilose nos locais de eleição, com
repercussão no seu estado geral, observando-se ainda o que
CAPÍTULO I segue
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
• Actinomicose:
Seção III - A actinomicose é uma doença infectocontagiosa, caracterizada pelo
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem aparecimento de lesões granulomatosa e supurativa na região da maxila ou
mandíbula.
Art. 135. As carcaças devem ser condenadas quando apresentarem lesões
generalizadas ou localizadas de actinomicose ou actinobacilose nos locais de - Etiologia: causada pela bactéria Actinomyces bovis, que pertence a família
eleição, com repercussão no seu estado geral, observando-se ainda o que Actinomycetaceae e ordem Actinomycetal.
segue: - Características do agente etiológico:
III - quando as lesões são localizadas, sem comprometimento dos linfonodos e Anaeróbia
de outros órgãos, e a carcaça encontrar-se em bom estado geral, esta pode Bacilo Gram positivo
ser liberada para o consumo, depois de removidas e condenadas as áreas Não capsulado
atingidas; e Não esporogênio
IV - devem ser condenadas as cabeças com lesões de actinomicose, exceto Imóvel
quando a lesão óssea for discreta e estritamente localizada, sem supuração
Bovino com actinomicose
ou trajetos fistulosos. Fonte: https://www.comprerural.com/perda-de-dentes-emagrecimento-progressivo-e-emaciacao-saiba-tudo-sobre-a-actinomicose-em-bovinos/

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Art. 135. As carcaças devem ser condenadas quando Art. 135. As carcaças devem ser condenadas quando
apresentarem lesões generalizadas ou localizadas de apresentarem lesões generalizadas ou localizadas de
actinomicose ou actinobacilose nos locais de eleição, com actinomicose ou actinobacilose nos locais de eleição, com
repercussão no seu estado geral, observando-se ainda o que repercussão no seu estado geral, observando-se ainda o que
segue segue
• Actinomicose: • Actinobacilose:
- A contaminação ocorre pela invasão do microrganismo na mucosa da
mandíbula devido a trauma, abrasões ou lesões dentaria, este afeta o osso da - A actinobacilose conhecida como ‘‘língua de pau’’, é uma doença infecciosa
mandíbula, ocasionando osteomielite piogranulomatosa. O animal acometido caracterizada por reação inflamatória piogranulomatosa.
pode apresentam dor a mastigação e/ou ruminação, resultando em perda de - Etiologia: causado pela bactéria Actinobacillus lignieresii.
peso.

- Características do agente etiológico:


- Bacilo
- Gram-negativo
- Imóvel
- Aeróbio e anaeróbio facultativo

Mandíbula esquerda acometida com actinomicose. Mandíbula esquerda acometida com actinomicose.
Fonte:http://www.fmv.ulisboa.pt/atlas/digest/paginas_pt/digest_030.htm Fonte:http://www.fmv.ulisboa.pt/atlas/digest/paginas_pt/digest_030.htm

Art. 135. As carcaças devem ser condenadas quando


apresentarem lesões generalizadas ou localizadas de
actinomicose ou actinobacilose nos locais de eleição, com
RIISPOA 2017
repercussão no seu estado geral, observando-se ainda o que
segue CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
• Actinobacilose:
- O microrganismo invade a mucosa oral causando lesões que incham e Seção III
endurecem a língua. Os animais acometidos apresentam edema de língua, Dos aspectos gerais da inspeção post mortem
sialorreia, disfagia e protusão da língua.
- A forma típica da patologia está relacionada a ingestão de alimentos grosseiros, Art. 136. As carcaças de animais acometidos de afecções extensas do tecido pulmonar,
duros e fibrosos e a forma atípica está associada a lacerações, injeções em processo agudo ou crônico, purulento, necrótico, gangrenoso, fibrinoso, associado
intravenosas, linfadenite disseminada e procedimentos cirúrgicos. ou não a outras complicações e com repercussão no estado geral da carcaça devem
ser condenadas.
§ 1º A carcaça de animais acometidos de afecções pulmonares, em processo agudo ou em fase de resolução,
abrangido o tecido pulmonar e a pleura, com exsudato e com repercussão na cadeia linfática regional, mas sem
repercussão no estado geral da carcaça, deve ser destinada ao aproveitamento condicional pelo uso do calor.
§ 2º Nos casos de aderências pleurais sem qualquer tipo de exsudato, resultantes de processos patológicos
resolvidos e sem repercussão na cadeia linfática regional, a carcaça pode ser liberada para o consumo, após a
remoção das áreas atingidas.
§ 3º Os pulmões que apresentem lesões patológicas de origem inflamatória, infecciosa, parasitária, traumática
ou pré-agônica devem ser condenados, sem prejuízo do exame das características gerais da carcaça.
Lesões de actinobacilose no linfonodo Lesões de actinobacilose na língua Lesões ulcerativas de
retrofaríngeo de um bovino. de um bovino. actinobacilose na língua

Art. 136. As carcaças de animais acometidos de afecções Art. 136 . As carcaças de animais acometidos de afecções
extensas do tecido pulmonar, em processo agudo ou crônico, extensas do tecido pulmonar, em processo agudo ou crônico,
purulento, necrótico, gangrenoso, fibrinoso, associado ou não purulento, necrótico, gangrenoso, fibrinoso, associado ou não
a outras complicações e com repercussão no estado geral da a outras complicações e com repercussão no estado geral da
carcaça devem ser condenadas. carcaça devem ser condenadas.
• As pneumonias são provocadas pela reação inflamatória decorrente da • Etiologia: tuberculose,
penetração de um agente infeccioso no trato respiratório inferior; complexo respiratório bovino (Pasteurella Haemolýtica), Bactéria
• Os agentes virais associados a doenças do trato respiratório em confinamentos Gram negativa, Oportunista, Encontrada 95% dos bovinos, Rápida
incluem rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR), parainfluenza-3 (PI3), vírus da multiplicação nos pulmões.
diarreia viral bovina (BVD), vírus respiratório sincicial bovino (BRSV), e corona
vírus entérico de bovinos;
• Etiologia: viral, tumores, edema e enfisema pulmonar agudo.

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Art. 137. As carcaças de animais que apresentem septicemia,


RIISPOA 2017 piemia, toxemia ou indícios de viremia, cujo consumo possa
causar infecção ou intoxicação alimentar devem ser
CAPÍTULO I condenadas.
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem
Art. 109. Nos casos de dúvida no diagnóstico de
Art. 137. As carcaças de animais que apresentem septicemia, piemia, toxemia ou processo septicêmico, o SIF deve realizar coleta
indícios de viremia, cujo consumo possa causar infecção ou intoxicação alimentar de material para análise laboratorial,
devem ser condenadas. principalmente quando houver inflamação dos
Parágrafo único. Incluem-se, mas não se limitam às afecções de que trata o caput, os quadros intestinos, do úbere, do útero, das articulações,
clínicos de: dos pulmões, da pleura, do peritônio ou das
I - inflamação aguda da pleura, do peritônio, do pericárdio e das meninges; lesões supuradas e gangrenosas.
II - gangrena, gastrite e enterite hemorrágica ou crônica;
III - metrite;
IV - poliartrite;
V - flebite umbilical;
VI - hipertrofia do baço;
VII - hipertrofia generalizada dos nódulos linfáticos; e
VIII - rubefação difusa do couro

Art. 137. As carcaças de animais que apresentem septicemia, Art. 137. As carcaças de animais que apresentem septicemia,
piemia, toxemia ou indícios de viremia, cujo consumo possa piemia, toxemia ou indícios de viremia, cujo consumo possa
causar infecção ou intoxicação alimentar devem ser causar infecção ou intoxicação alimentar devem ser
condenadas. condenadas.

• Pleurite • Pericardite aguda


- Inflamação das pleuras pulmonares (parietal e visceral) seca ou com aumento - é uma síndrome caracterizada por inflamação do pericárdio.
do líquido pleural (derrame pleural). Caso este esteja infectado, é conhecido - As pericardites têm como principais causas as infecções, o infarto do
como empiema (pleurisia) : miocárdio, a insuficiência cardíaca, a uremia, as neoplasias e doenças
- Etiologia: Pneumonia, tuberculose, tumores pulmonares, lúpus, embolia sistêmicas e metabólicas
pulmonar, infecções por vírus ou fungos, doenças do tecido conjuntivo - Etiologia: – Vírus – Bactérias – Fungos – Helmintos – Protozoários ou algumas
(doenças reumáticas), metástases pleurais, traumatismo torácico ou por reação doenças: – Neoplasias – Cistos – Medicamentosa – Doenças do tecido
a medicamentos conjuntivo.

Art. 137. As carcaças de animais que apresentem septicemia, Art. 137. As carcaças de animais que apresentem septicemia,
piemia, toxemia ou indícios de viremia, cujo consumo possa piemia, toxemia ou indícios de viremia, cujo consumo possa
causar infecção ou intoxicação alimentar devem ser causar infecção ou intoxicação alimentar devem ser
condenadas. condenadas.

• Peritonite: • Meningite
- é uma síndrome caracterizada por inflamação do peritônio ou da cavidade - Viral (Herpes virus bovino 5)
abdominal - Bacteriana
- Etiologia:
Bacteriana
Pancreatite e colecistite

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Art. 137. As carcaças de animais que apresentem septicemia, Art. 137. As carcaças de animais que apresentem septicemia,
piemia, toxemia ou indícios de viremia, cujo consumo possa piemia, toxemia ou indícios de viremia, cujo consumo possa
causar infecção ou intoxicação alimentar devem ser causar infecção ou intoxicação alimentar devem ser
condenadas. condenadas.

• Gangrena: morte e putrefação dos tecidos de qualquer parte do • Gastrite: inflamação aguda ou crônica da mucosa do estômago.
organismo.

Art. 137. As carcaças de animais que apresentem septicemia, Art. 137. As carcaças de animais que apresentem septicemia,
piemia, toxemia ou indícios de viremia, cujo consumo possa piemia, toxemia ou indícios de viremia, cujo consumo possa
causar infecção ou intoxicação alimentar devem ser causar infecção ou intoxicação alimentar devem ser
condenadas. condenadas.

• Enterite: é uma inflamação da mucosa do intestino delgado. • Metrite: é uma inflamação da camada interna da parede uterina,
• Etiologia: Tuberculose, Clostridiose, Paratuberculose, Salmonella e E. Coli. decorrente de contaminações bacterianas ou lesões provocadas no útero
das vacas.
• Etiologia: brucelose, leptospirose, campilobacteriose e tricomoníase. Mas
frequentemente, endometrite resulta de infecções inespecíficas.

Art. 137. As carcaças de animais que apresentem septicemia, Art. 137. As carcaças de animais que apresentem septicemia,
piemia, toxemia ou indícios de viremia, cujo consumo possa piemia, toxemia ou indícios de viremia, cujo consumo possa
causar infecção ou intoxicação alimentar devem ser causar infecção ou intoxicação alimentar devem ser
condenadas. condenadas.

• Poliartrite: inflamação das articulações • Flebite Umbilical (onfalopatias infecciosas)


• Etiologia: Staphylococcus spp., Streptococcus spp., Actinomyces pyogenes, • É definida como o processo inflamatório que acomete a veia umbilical.
Escherichia coli e Proteus spp. Representa, aproximadamente, 30% das infecções umbilicais em bezerros.

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Art. 137. As carcaças de animais que apresentem septicemia, Art. 137. As carcaças de animais que apresentem septicemia,
piemia, toxemia ou indícios de viremia, cujo consumo possa piemia, toxemia ou indícios de viremia, cujo consumo possa
causar infecção ou intoxicação alimentar devem ser causar infecção ou intoxicação alimentar devem ser
condenadas. condenadas.

• Hipertrofia do baço • hipertrofia generalizada dos nódulos linfáticos


• Etiologia: linfoma, leucose (retrovirus)

Art. 137. As carcaças de animais que apresentem septicemia,


piemia, toxemia ou indícios de viremia, cujo consumo possa RIISPOA 2017
causar infecção ou intoxicação alimentar devem ser
condenadas. CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
• Rubefação difusa do couro
- congestão cutânea Seção III
- Vermelhidão da pele produzida por inflamação Dos aspectos gerais da inspeção post mortem
Art. 138. As carcaças e os órgãos de animais com sorologia positiva para brucelose
devem ser condenadas, quando estes estiverem em estado febril no exame ante
mortem.
§ 1º Os animais reagentes positivos a testes diagnósticos para brucelose devem ser abatidos
separadamente e suas carcaças e órgãos devem ser encaminhados obrigatoriamente ao Departamento
de Inspeção Final.
§ 2º Os animais reagentes positivos a teste diagnósticos para brucelose que apresentem lesões
localizadas devem ter suas carcaças destinadas ao aproveitamento condicional pelo uso do calor, depois
de removidas e condenadas as áreas atingidas, incluindo o úbere, o trato genital e o sangue.
§ 3º Os animais reagentes positivos a teste diagnósticos para brucelose, na ausência de lesões
indicativas, podem ter suas carcaças liberadas para consumo em natureza, devendo ser condenados o
úbere, o trato genital e o sangue.

Art. 138. As carcaças e os órgãos de animais com sorologia Art. 138. As carcaças e os órgãos de animais com sorologia
positiva para brucelose devem ser condenadas, quando estes positiva para brucelose devem ser condenadas, quando estes
estiverem em estado febril no exame ante mortem. estiverem em estado febril no exame ante mortem.

• Bactérias do gênero Brucella, • Bactérias do gênero Brucella,


• Acomete o homem e diferentes espécies animais, - cocobacilos
• Brucella abortus, Brucella ovis, Brucella suis, Brucella melitensis - gram-negativos
• Compromete especialmente o sistema reprodutivo, caracterizando-se, - não capsulados,
principalmente pela ocorrência de abortos no terço final da gestação. - sem capacidade de locomoção e de formar esporos,
- parasitas intracelulares facultativos.

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Art. 139. As carcaças e os órgãos de animais em estado


RIISPOA 2017 de caquexia devem ser condenados.

CAPÍTULO I Caquexia:
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
É uma síndrome de desnutrição complexa e multifatorial que acomete órgãos
Seção III e massa muscular onde se caracteriza pela:
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem
• Anorexia
• Perda de peso
Art. 139. As carcaças e os órgãos de animais em estado de caquexia devem • Perda e atrofia da massa celular e muscular
ser condenados. • Anemia
• Alterações no metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas
• Fadiga
• Fraqueza
• Perda de apetite

Art. 139. As carcaças e os órgãos de animais em estado


de caquexia devem ser condenados. RIISPOA 2017
Caquexia: CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
• As principais causas da caquexia são doenças crônicas, infecciosas,
Seção III
parasitarias e metabólicas.
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem
- Tuberculose
Art. 140. As carcaças de animais acometidos de carbúnculo hemático devem
- Tristeza Parasitaria ser condenadas, incluídos peles, chifres, cascos, pelos, órgãos, conteúdo
- Eurytrema intestinal, sangue e gordura, impondo-se a imediata execução das seguintes
- Neoplasias medidas:
I - não podem ser evisceradas as carcaças de animais com suspeita de carbúnculo hemático;
- Tripanosomose
II - quando o reconhecimento ocorrer depois da evisceração, impõe-se imediatamente a
- entre outros. desinfecção de todos os locais que possam ter tido contato com resíduos do animal, tais como
áreas de sangria, pisos, paredes, plataformas, facas, serras, ganchos, equipamentos em geral,
uniformes dos funcionários e qualquer outro material que possa ter sido contaminado;
III - uma vez constatada a presença de carbúnculo, o abate deve ser interrompido e a desinfecção
deve ser iniciada imediatamente;

RIISPOA 2017 RIISPOA 2017


CAPÍTULO I CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem Dos aspectos gerais da inspeção post mortem
Art. 140. As carcaças de animais acometidos de carbúnculo hemático devem Art. 140. As carcaças de animais acometidos de carbúnculo hemático devem
ser condenadas, incluídos peles, chifres, cascos, pelos, órgãos, conteúdo ser condenadas, incluídos peles, chifres, cascos, pelos, órgãos, conteúdo
intestinal, sangue e gordura, impondo-se a imediata execução das seguintes intestinal, sangue e gordura, impondo-se a imediata execução das seguintes
medidas: medidas:
IV - recomenda-se, para desinfecção, o emprego de solução de hidróxido de sódio a 5% (cinco por VI - todas as carcaças, as partes das carcaças, inclusive pele, cascos, chifres, órgãos e seu
cento), hipoclorito de sódio a 1% (um por cento) ou outro produto com eficácia comprovada; conteúdo que entrem em contato com animais ou material infeccioso devem ser condenados; e
V - devem ser tomadas as precauções necessárias em relação aos funcionários que entraram em VII - a água do tanque de escaldagem de suínos por onde tenha passado animal carbunculoso
contato com o material carbunculoso, aplicando-se as regras de higiene e antissepsia pessoal com deve ser desinfetada e imediatamente removida para a rede de efluentes industriais.
produtos de eficácia comprovada, devendo ser encaminhados ao serviço médico como medida
de precaução;

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Art. 140. As carcaças de animais acometidos de carbúnculo


hemático devem ser condenadas, incluídos peles, chifres,
cascos, pelos, órgãos, conteúdo intestinal, sangue e gordura, RIISPOA 2017
impondo-se a imediata execução das seguintes medidas:
CAPÍTULO I
• O Carbúnculo Hemático é causado pelo Bacillus anthracis, DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
- uma bactéria gram-positiva, Seção III
- encapsulada,
- imóvel e
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem
- com tendência de formação de esporos.
- os esporos podem se espalhar através de água de rios, insectos, animais Art. 141. As carcaças e os órgãos de animais acometidos de
selvagens e aves. carbúnculo sintomático devem ser condenados.

Art. 141. As carcaças e os órgãos de animais acometidos Art. 141. As carcaças e os órgãos de animais acometidos
de carbúnculo sintomático devem ser condenados. de carbúnculo sintomático devem ser condenados.

• Carbúnculo sintomático: • Carbúnculo sintomático:

- Doença infecciosa causada pelo Clostridium chouvoei, bacilo,


Gram-positivo, anaeróbio, que esporula. Conhecido como
manqueira;
- Possui caráter necrosante, gangrenoso e septicêmico;
- Tem apresentação aguda levando a morte em 12-36 horas;
- Os esporos do agente causam infecção através de feridas;
- Acomete geralmente bovinos de 6 meses a 2 anos de idade;
- A principal característica é uma miosite hemorrágica com
presença de gás;
- Lesões mais localizadas na musculatura dos membros;
- Após a morte, necropsia deve ser realizada o mais rápido
possível para evitar a multiplicação de outros clostrídios.

Art. 141. As carcaças e os órgãos de animais acometidos Art. 141. As carcaças e os órgãos de animais acometidos
de carbúnculo sintomático devem ser condenados. de carbúnculo sintomático devem ser condenados.

• Carbúnculo sintomático: • Carbúnculo sintomático:

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Art. 142. As carcaças de animais devem ser condenadas


RIISPOA 2017 quando apresentarem alterações musculares acentuadas e
difusas e quando existir degenerescência do miocárdio, do
fígado, dos rins ou reação do sistema linfático, acompanhada
CAPÍTULO I de alterações musculares.
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem

Art. 142. As carcaças de animais devem ser condenadas quando


apresentarem alterações musculares acentuadas e difusas e quando existir
degenerescência do miocárdio, do fígado, dos rins ou reação do sistema
linfático, acompanhada de alterações musculares.
§ 1º Devem ser condenadas as carcaças cujas carnes se apresentem flácidas,
edematosas, de coloração pálida, sanguinolenta ou com exsudação.
§ 2º A critério do SIF, podem ser destinadas à salga, ao tratamento pelo calor
ou à condenação as carcaças com alterações por estresse ou fadiga dos
animais.

Art. 142. As carcaças de animais devem ser condenadas


quando apresentarem alterações musculares acentuadas e
difusas e quando existir degenerescência do miocárdio, do
RIISPOA 2017
fígado, dos rins ou reação do sistema linfático, acompanhada
de alterações musculares. CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem

Art. 143. As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos com aspecto


repugnante, congestos, com coloração anormal ou com degenerações devem
ser condenados.
Parágrafo único. São também condenadas as carcaças em processo
putrefativo, que exalem odores medicamentosos, urinários, sexuais,
excrementícios ou outros considerados anormais.

Art. 143. As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos com Art. 143. As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos com
aspecto repugnante, congestos, com coloração anormal ou aspecto repugnante, congestos, com coloração anormal ou
com degenerações devem ser condenados. com degenerações devem ser condenados.

• Aspecto repugnante • Congestos

- Fator de maior condenação. - Aumento local de volume de sangue


- Se trata das carcaças com má nos vasos de determinadas partes do
aparência, coloração anormal e que corpo
exalam odores fortes. - Ocorre em casos de timpanismo,
- O fígado é o órgão mais susceptível a obstrução intestinal, entre outras
esse aspecto. doenças
- A teleangectasia é uma das doenças
que causam esse aspecto repugnante
nas carnes.

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Art. 143. As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos com Art. 143. As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos com
aspecto repugnante, congestos, com coloração anormal ou aspecto repugnante, congestos, com coloração anormal ou
com degenerações devem ser condenados. com degenerações devem ser condenados.

• Coloração anormal • Degenerações

- A cor da carne varia de acordo com sua concentração de oxigênio e sua - Perda ou alteração da qualidade
mioglobina que estão presentes na superfície muscular - Pode ocorrer em casos de necrose, por exemplo
- Alguns fatores podem influenciar nessa diferenciação de cor, como: o
nível de estresse em que o animal é submetido na fase de pré abate,
idade e alimentação

Art. 144. As carcaças e os órgãos sanguinolentos ou


RIISPOA 2017 hemorrágicos, em decorrência de doenças ou afecções de
caráter sistêmico, devem ser condenados.
CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS • Doença sistémica é uma doença que
Seção III afeta uma série
de órgãos ou tecidos ou que afeta
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem o corpo como um todo.
• Por exemplo, a Tuberculose.
Art. 144. As carcaças e os órgãos sanguinolentos ou hemorrágicos, em • A tuberculose bovina é uma doença
decorrência de doenças ou afecções de caráter sistêmico, devem ser infectocontagiosa e sistêmica,
causada pela bactéria
condenados.
Mycobacterium bovis, da
Parágrafo único. A critério do SIF devem ser condenados ou destinados ao família Mycobacteriaceae.
tratamento pelo calor as carcaças e os órgãos de animais mal sangrados. • Tem suas lesões em características
com aspecto nodular
principalmente em pulmões e
linfonodos.

Art. 145. Os fígados com cirrose atrófica ou hipertrófica


RIISPOA 2017 devem ser condenados.

CAPÍTULO I • Cirrose atrófica: caracterizada pela


retração do fígado, podendo ser
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS reduzido a metade de seu tamanho
Seção III normal. A superfície do órgão
apresenta gibosidades marcantes. Ao
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem corte, o tecido hepático apresenta
consistência endurecida.
Art. 145. Os fígados com cirrose atrófica ou hipertrófica devem ser
condenados. • Cirrose hipertrófica: caracteriza-se
pelo aumento de volume do fígado,
Parágrafo único. Podem ser liberadas as carcaças no caso do caput , desde
o que está em contradição com sua
que não estejam comprometidas
superfície de aspecto nodular, sendo
uma consequência do aumento do
tecido conjuntivo inter-lobular, além
da própria deposição de gordura
nesse órgão.

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07/12/2021

Art. 146. Os órgãos com alterações como congestão, infartos,


degeneração gordurosa, angiectasia, hemorragias ou
RIISPOA 2017 coloração anormal, relacionados ou não a processos
patológicos sistêmicos devem ser condenados.
CAPÍTULO III
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS Órgãos com alterações como congestão
Seção III
• Conhecido também como hiperemia passiva;
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem
• Aumento de sangue em um determinado
órgão;
Art. 146. Os órgãos com alterações como congestão, infartos, degeneração • É causado por deficiência no escoamento de
gordurosa, angiectasia, hemorragias ou coloração anormal, relacionados ou sangue, causando acúmulo de sangue
não a processos patológicos sistêmicos devem ser condenados.
venoso;
 Hiperemia fisiológica: digestão, exercícios
físicos, emoções;
 Hiperemia patológica: proveniente de uma
inflamação.

Art. 146. Os órgãos com alterações como congestão, infartos, Art. 146. Os órgãos com alterações como congestão, infartos,
degeneração gordurosa, angiectasia, hemorragias ou degeneração gordurosa, angiectasia, hemorragias ou
coloração anormal, relacionados ou não a processos coloração anormal, relacionados ou não a processos
patológicos sistêmicos devem ser condenados. patológicos sistêmicos devem ser condenados.

Órgãos com alterações como infarto Órgãos com alterações como degeneração gordurosa
• Acúmulo intracelular de gordura;
• Consequência máxima da falta de oxigenação em determinado órgão, • Ocorre em várias doenças;
ou parte dele;
• Órgãos mais afetados: fígado e miocárdio
• Causa lesões bem demarcadas e hemorragias na superfície do órgão;
• Intoxicações por plantas podem causar infarto.

Art. 146. Os órgãos com alterações como congestão, infartos, Art. 146. Os órgãos com alterações como congestão, infartos,
degeneração gordurosa, angiectasia, hemorragias ou degeneração gordurosa, angiectasia, hemorragias ou
coloração anormal, relacionados ou não a processos coloração anormal, relacionados ou não a processos
patológicos sistêmicos devem ser condenados. patológicos sistêmicos devem ser condenados.

Órgãos com alterações como angiectasia Órgãos com alterações como hemorragias
• Dilatação de um vaso sanguíneo ou linfático por varizes ou aneurisma • Saída de sangue para fora do sistema circulatório;
• As angiectasias são a principal causa de hemorragia digestiva. • Ocorre em algumas doenças, como hematúria enzoótica

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07/12/2021

Art. 146. Os órgãos com alterações como congestão, infartos,


degeneração gordurosa, angiectasia, hemorragias ou
coloração anormal, relacionados ou não a processos RIISPOA 2017
patológicos sistêmicos devem ser condenados.
CAPÍTULO I
Órgãos com alterações como coloração anormal DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem

Art. 147. As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos que apresentem área
extensa de contaminação por conteúdo gastrintestinal, urina, leite, bile, pus ou
outra contaminação de qualquer natureza devem ser condenados quando não for
possível a remoção completa da área contaminada.
§ 1º Nos casos em que não seja possível delimitar perfeitamente as áreas
contaminadas, mesmo após a sua remoção, as carcaças, as partes das carcaças, os
órgãos ou as vísceras devem ser destinados à esterilização pelo calor.
§ 2º Quando for possível a remoção completa da contaminação, as carcaças, as
partes das carcaças, os órgãos ou as vísceras podem ser liberados.
§ 3º Poderá ser permitida a retirada da contaminação sem a remoção completa
da área contaminada, conforme estabelecido em normas complementares.

Art. 147. As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos que


apresentem área extensa de contaminação por conteúdo
gastrintestinal, urina, leite, bile, pus ou outra contaminação de
qualquer natureza devem ser condenados quando não for possível a
RIISPOA 2017
remoção completa da área contaminada.
CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem

Art. 148. As carcaças de animais que apresentem contusão generalizada ou


múltiplas fraturas devem ser condenadas.
§ 1º As carcaças que apresentem lesões extensas, sem que tenham sido
totalmente comprometidas, devem ser destinadas ao tratamento pelo calor
depois de removidas e condenadas as áreas atingidas.
§ 2º As carcaças que apresentem contusão, fratura ou luxação localizada
podem ser liberadas depois de removidas e condenadas as áreas atingidas.

Art. 148. As carcaças de animais que apresentem contusão


generalizada ou múltiplas fraturas devem ser condenadas. RIISPOA 2017
CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem

Art. 149. As carcaças que apresentem edema generalizado no exame post


mortem devem ser condenadas.
Parágrafo único. Nos casos discretos e localizados, as partes das carcaças e
dos órgãos que apresentem infiltrações edematosas devem ser removidas e
condenadas.

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07/12/2021

Art. 149. As carcaças que apresentem edema generalizado no


exame post mortem devem ser condenadas. RIISPOA 2017
CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem

Art. 150. As carcaças e os órgãos de animais parasitados por


Oesophagostomum sp (esofagostomose) devem ser condenados quando
houver caquexia.
Parágrafo único. Os intestinos ou suas partes que apresentem nódulos em
pequeno número podem ser liberados.

Art. 150. As carcaças e os órgãos de animais parasitados por Art. 150. As carcaças e os órgãos de animais parasitados por
Oesophagostomum sp (esofagostomose) devem ser condenados Oesophagostomum sp (esofagostomose) devem ser condenados
quando houver caquexia. quando houver caquexia.

• A esofagostomose é uma parasitose do gênero Oesophagostomum (filo • Os esofagostomíneos são


Nemathelminthes, classe Nematoda, superfamília Strongyloidea) infectam denominados vermes nodulares
ovinos, bovinos, caprinos e suínos. porque as larvas parasitas tendem a
• Classicamente, as larvas parasitas formam nódulos no intestino destes ficar encapsuladas por uma reação
animais e são por isso comumente denominados vermes nodulares. inflamatória um tanto exacerbada
• Os vermes adultos parasitam principalmente o intestino grosso de por parte de hospedeiros
bovinos, mas as larvas migram e produzem nódulos na parede do intestino previamente sensibilizados.
delgado.
• Com o tempo os nódulos caseificam-
se e calcificam-se.

• Em uma reinfecção, esta reação é


mais acentuada, os nódulos atingem
2cm de diâmetro contendo pus
eosinofílico esverdeado.

Art. 151. Os pâncreas infectados por parasitas do gênero


RIISPOA 2017 Eurytrema, causadores de euritrematose devem ser condenados

CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS • Eurytrema são parasitos trematodeos, encontrados nos ductos
Seção III pancreáticos e ocasionalmente em ductos biliares e intestino delgado dos
ruminantes entre outras espécies.
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem • De grande importância econômica devido às perdas causadas pela
inaptidão do órgão afetado, ocasionando redução da produção de leite e
• Art. 151. Os pâncreas infectados por parasitas do gênero Eurytrema, carne, perda de peso, interferência na fertilidade, favorecimento de
causadores de euritrematose devem ser condenados infecções secundárias e até mesmo morte de animais
• Eurytrema pancreaticum e E. coelomaticum são os de mais importância
para a Medicina Veterinária.

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RIISPOA 2017 Art. 152. As carcaças e os órgãos de animais parasitados por


Fasciola hepática devem ser condenados quando houver
caquexia ou icterícia.
CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
• A Fasciola hepática, é um platelminto da classe Trematoda.
Seção III • Possuem o corpo em forma de folha e pode chegar a 3 cm de
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem comprimento.
• Os hospedeiros definitivos são ruminantes, coelhos, equinos e o homem.
Art. 152. As carcaças e os órgãos de animais parasitados por Fasciola hepática
• O seu ciclo evolutivo só se completa na presença de água e de um
devem ser condenados quando houver caquexia ou icterícia.
hospedeiro intermediário, um caramujo aquático do gênero Lymnea.
Parágrafo único. Quando a lesão for circunscrita ou limitada ao fígado, sem
repercussão no estado geral da carcaça, este órgão deve ser condenado e a
carcaça poderá ser liberada.

Art. 152. As carcaças e os órgãos de animais parasitados por Art. 152. As carcaças e os órgãos de animais parasitados por
Fasciola hepática devem ser condenados quando houver Fasciola hepática devem ser condenados quando houver
caquexia ou icterícia. caquexia ou icterícia.

• A Fasciola hepática, é um platelminto da classe Trematoda.

Art. 152. As carcaças e os órgãos de animais parasitados por Art. 152. As carcaças e os órgãos de animais parasitados por
Fasciola hepática devem ser condenados quando houver Fasciola hepática devem ser condenados quando houver
caquexia ou icterícia. caquexia ou icterícia.

• A Fasciola hepática, é um platelminto da classe Trematoda.

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RIISPOA 2017 RIISPOA 2017


CAPÍTULO I CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem Dos aspectos gerais da inspeção post mortem
Art. 153. Os fetos procedentes do abate de fêmeas gestantes Art. 154. As línguas que apresentem glossite devem ser
devem ser condenados. condenadas.
-

Art. 154. As línguas que apresentem glossite devem ser


condenadas. RIISPOA 2017
CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem

Art. 155. As carcaças e os órgãos de animais que apresentem


cisto hidático devem ser condenados quando houver caquexia.
Parágrafo único. Os órgãos que apresentem lesões periféricas,
calcificadas e circunscritas podem ser liberados depois de
removidas e condenadas as áreas atingidas.

Art. 155. As carcaças e os órgãos de animais que apresentem Art. 155. As carcaças e os órgãos de animais que apresentem
cisto hidático devem ser condenados quando houver cisto hidático devem ser condenados quando houver
caquexia. caquexia.
• Equinococose: • Equinococose:
- Platelminto Echinococcus granulosus e Echinococcus vogeli,
- Hospedeiro definitivo os canídeos (cão, raposa e lobo);
bovinos, ovinos, caprinos, equinos, suínos e roedores são os
hospedeiros intermediários;
- e o homem, hospedeiro acidental.

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Art. 155. As carcaças e os órgãos de animais que apresentem


cisto hidático devem ser condenados quando houver RIISPOA 2017
caquexia.
• Equinococose: CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem

Art. 156. As carcaças e os órgãos de animais que apresentem icterícia devem


ser condenados.
Parágrafo único. As carcaças de animais que apresentem gordura de cor
amarela decorrente de fatores nutricionais ou características raciais podem
ser liberadas

Art. 156. As carcaças e os órgãos de animais que


apresentem icterícia devem ser condenados. RIISPOA 2017
CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem

Art. 157. As carcaças de animais em que for evidenciada intoxicação em


virtude de tratamento por substância medicamentosa ou ingestão acidental
de produtos tóxicos devem ser condenadas.
Parágrafo único. Pode ser dado à carcaça aproveitamento condicional ou
determinada sua liberação para o consumo, a critério do SIF, quando a lesão
for restrita aos órgãos e sugestiva de intoxicação por plantas tóxicas.

Art. 157. As carcaças de animais em que for evidenciada


intoxicação em virtude de tratamento por substância
medicamentosa ou ingestão acidental de produtos tóxicos RIISPOA 2017
devem ser condenadas.
CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem

Art. 158. Os corações com lesões de miocardite, endocardite e pericardite


devem ser condenados.
§ 1º As carcaças de animais com lesões cardíacas devem ser condenadas ou
destinadas ao tratamento pelo calor, sempre que houver repercussão no seu
estado geral, a critério do SIF.
§ 2º As carcaças de animais com lesões cardíacas podem ser liberadas, desde
que não tenham sido comprometidas, a critério do SIF

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Art. 158. Os corações com lesões de miocardite,


endocardite e pericardite devem ser condenados. RIISPOA 2017
CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem

Art. 159. Os rins com lesões como nefrites, nefroses, pielonefrites,


uronefroses, cistos urinários ou outras infecções devem ser condenados,
devendo-se ainda verificar se estas lesões estão ou não relacionadas a
doenças infectocontagiosas ou parasitárias e se acarretaram alterações na
carcaça.
Parágrafo único. A carcaça e os rins podem ser liberados para o consumo
quando suas lesões não estiverem relacionadas a doenças infectocontagiosas,
dependendo da extensão das lesões, depois de removidas e condenadas as
áreas atingidas do órgão.

Art. 159. Os rins com lesões como nefrites, nefroses, Art. 159. Os rins com lesões como nefrites, nefroses,
pielonefrites, uronefroses, cistos urinários ou outras infecções pielonefrites, uronefroses, cistos urinários ou outras infecções
devem ser condenados, devendo-se ainda verificar se estas devem ser condenados, devendo-se ainda verificar se estas
lesões estão ou não relacionadas a doenças lesões estão ou não relacionadas a doenças
infectocontagiosas ou parasitárias e se acarretaram alterações infectocontagiosas ou parasitárias e se acarretaram alterações
na carcaça. na carcaça.
- Nefrite: (do grego - nephrós - rim + itis - inflamação, pelo latim nephrite),
consiste na inflamação dos rins.
- Nefrose: A síndrome nefrótica costuma ser causada por danos aos pequenos
vasos sanguíneos nos rins que filtram os resíduos e o excesso de água do
sangue. Normalmente, um problema de saúde subjacente contribui para isso
- Pielonefrite: é uma doença inflamatória infecciosa causada por bactérias que
atingem o parênquima renal e o bacinete, a porção do rim dilatada em forma
de funil.
- Uronefrose: Dilatação do bacinete e dos cálices renais por consequência de
entupimento do trato urinário; hidronefrose.
- Cistos urinários: Pequenas bolhas cheias de líquido nos néfrons, as unidades
filtrantes

Nefrite intersticial em bovino

RIISPOA 2017 RIISPOA 2017


CAPÍTULO I CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem Dos aspectos gerais da inspeção post mortem

Art. 160. As carcaças que apresentem lesões inespecíficas generalizadas em Art. 161. As carcaças e os órgãos de animais magros livres de qualquer
linfonodos de distintas regiões, com comprometimento do seu estado geral, processo patológico podem ser destinados ao aproveitamento condicional, a
devem ser condenadas. critério do SIF.
§ 1º No caso de lesões inespecíficas progressivas de linfonodos, sem repercussão no
estado geral da carcaça, condena-se a área de drenagem destes linfonodos, com o
aproveitamento condicional da carcaça para esterilização pelo calor.
§ 2º No caso de lesões inespecíficas discretas e circunscritas de linfonodos, sem
repercussão no estado geral da carcaça, a área de drenagem deste linfonodo deve ser
condenada, liberando-se o restante da carcaça, depois de removidas e condenadas as
áreas atingidas.

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RIISPOA 2017 RIISPOA 2017


CAPÍTULO I CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem Dos aspectos gerais da inspeção post mortem

Art. 162. As carcaças e os órgãos de animais que apresentem mastite devem Art. 162. As carcaças e os órgãos de animais que apresentem mastite devem
ser destinados à esterilização pelo calor, sempre que houver ser destinados à esterilização pelo calor, sempre que houver
comprometimento sistêmico. comprometimento sistêmico.
§ 1º As carcaças e os órgãos de animais que apresentem mastite, quando não houver § 3º As glândulas mamárias que apresentem mastite ou sinais de lactação e
comprometimento sistêmico, depois de removida e condenada a glândula mamária, as de animais reagentes à brucelose devem ser condenadas.
podem ser liberados.
§ 4º O aproveitamento da glândula mamária para fins alimentícios pode ser
§ 2º As glândulas mamárias devem ser removidas intactas, de forma a não permitir a
permitido, depois de liberada a carcaça.
contaminação da carcaça por leite, pus ou outro contaminante, respeitadas as
particularidades de cada espécie e a correlação das glândulas com a carcaça.

Art. 162. As carcaças e os órgãos de animais que apresentem


mastite devem ser destinados à esterilização pelo calor,
RIISPOA 2017
sempre que houver comprometimento sistêmico.
CAPÍTULO I
- Mastite: inflamação da glândula mamária. DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
- Ambiental e contagiosa. Seção III
- Clínica e Subclínica
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem
- Grau I, Grau II e Grau III
- Crônica.
Art. 163. As partes das carcaças, os órgãos e as vísceras invadidos por larvas
(miíases) devem ser condenados.

Art. 163. As partes das carcaças, os órgãos e as vísceras RIISPOA 2017


invadidos por larvas (miíases) devem ser condenados.
CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
- Miíase é definida como a infestação por larvas histiófagas de Seção III
dípteros (moscas) em hospedeiros vertebrados, que Dos aspectos gerais da inspeção post mortem
encontram em tecidos vitalizados (biontófagas) ou necróticos,
(necrobiontófagas) fonte nutricional para seu
Art. 164. Os fígados com necrobacilose nodular devem ser condenados.
desenvolvimento e reserva energética para a fase de pupa.
Parágrafo único. Quando a lesão coexistir com outras alterações que levem ao
comprometimento da carcaça, esta e os órgãos também devem ser
condenados.

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Art. 164. Os fígados com necrobacilose nodular devem Art. 164. Os fígados com necrobacilose nodular devem
ser condenados. ser condenados.

- Necrobacilose: é um termo utilizado em medicina humana e - Fusobacterium necrophorum


veterinária, que engloba varias doenças que têm como agente
etiológico Fusobacterium necrophorum bactéria associada a bactéria Gram-negativa,
lesões necróticas de vários tipos, em animais domésticos,
selvagens e em humanos . não formadora de esporos,
- F. necrophorum é um microorganismo ubiquitário e faz parte imóvel,
da microbiota normal da cavidade oral, trato gastrointestinal anaeróbio, mas aerotolerante.
(particularmente do rúmen de bovinos).
- Causa infeções oportunistas, sendo a maioria das lesões
necróticas e abcessos, encontra-se frequentemente associado Morfologicamente é um bacilo pleomórfico (apresenta
a outras bactérias patogénicas, principalmente, Trueperella diferentes formas e tamanhos), variando entre a forma de
piyogenes, Dichelobacter nodosus e Bacteroides sp. bastonete a bacilos longos e filiformes

Art. 164. Os fígados com necrobacilose nodular devem RIISPOA 2017


ser condenados.
CAPÍTULO I
- Fusobacterium necrophorum DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem

Art. 165. As carcaças de animais com neoplasias extensas que apresentem


repercussão no seu estado geral, com ou sem metástase, devem ser
condenadas.
§ 1º As carcaças e os órgãos de animais com linfoma maligno devem ser
condenados.
§ 2º Deve ser condenado todo órgão ou parte de carcaça atingidos pela
neoplasia.

RIISPOA 2017 Art. 165. As carcaças de animais com neoplasias extensas que
apresentem repercussão no seu estado geral, com ou sem
metástase, devem ser condenadas.
CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS - Neoplasias: processo patológico que resulta no desenvolvimento de um
neoplasma; neoformação. É uma multiplicação anormal de células de um
Seção III tecido
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem

Art. 165. As carcaças de animais com neoplasias extensas que apresentem


repercussão no seu estado geral, com ou sem metástase, devem ser
condenadas.
§ 3º Quando se tratar de lesões neoplásicas extensas, mas localizadas e sem
comprometimento do estado geral, a carcaça e os órgãos devem ser destinados à
esterilização pelo calor depois de removidas e condenadas as partes e os órgãos
comprometidos.
§ 4º Quando se tratar de lesões neoplásicas discretas e localizadas, e sem
comprometimento do estado geral, a carcaça pode ser liberada para o consumo
depois de removidas e condenadas as partes e os órgãos comprometidos.

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Art. 165. As carcaças de animais com neoplasias extensas que Art. 165. As carcaças de animais com neoplasias extensas que
apresentem repercussão no seu estado geral, com ou sem apresentem repercussão no seu estado geral, com ou sem
metástase, devem ser condenadas. metástase, devem ser condenadas.

- Neoplasias: processo patológico que resulta no desenvolvimento de um - Neoplasias: processo patológico que resulta no desenvolvimento de um
neoplasma; neoformação. É uma multiplicação anormal de células de um neoplasma; neoformação. É uma multiplicação anormal de células de um
tecido tecido

RIISPOA 2017 RIISPOA 2017


CAPÍTULO I CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem Dos aspectos gerais da inspeção post mortem

Art. 166. Os órgãos e as partes que apresentem parasitoses não Art. 167. As carcaças de animais que apresentem sinais de parto recente ou
transmissíveis ao homem devem ser condenados, podendo a carcaça ser de aborto, desde que não haja evidência de infecção, devem ser destinadas
liberada, desde que não tenha sido comprometida. ao aproveitamento condicional pelo uso do calor, devendo ser condenados o
trato genital, o úbere e o sangue destes animais.

Art. 167. As carcaças de animais que apresentem sinais de


parto recente ou de aborto, desde que não haja evidência de
infecção, devem ser destinadas ao aproveitamento
RIISPOA 2017
condicional pelo uso do calor, devendo ser condenados o trato
genital, o úbere e o sangue destes animais. CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem

Art. 168. As carcaças com infecção intensa por Sarcocystis spp (sarcocistose)
devem ser condenadas.
§ 1º Entende-se por infecção intensa a presença de cistos em incisões
praticadas em várias partes da musculatura.
§ 2º Entende-se por infecção leve a presença de cistos localizados em um
único ponto da carcaça ou do órgão, devendo a carcaça ser destinada ao
cozimento, após remoção da área atingida.

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Art. 168. As carcaças com infecção intensa por Art. 168. As carcaças com infecção intensa por
Sarcocystis spp (sarcocistose) devem ser condenadas. Sarcocystis spp (sarcocistose) devem ser condenadas.

• Doença parasitária causada por um protozoário


• Pode afetar humanos em casos de ingestão de carne contaminada
• A visualização desses protozoários é nítida durante a inspeção

Art. 169. As carcaças de animais com infestação generalizada


RIISPOA 2017 por sarna, com comprometimento do seu estado geral devem
ser condenadas.
CAPÍTULO I • Sarna: Sarcoptes scabiei, Demodex phylloides,
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem

Art. 169. As carcaças de animais com infestação generalizada por sarna, com
comprometimento do seu estado geral devem ser condenadas.
Parágrafo único. A carcaça pode ser liberada quando a infestação for discreta
e ainda limitada, depois de removidas e condenadas as áreas atingidas.

Art. 169. As carcaças de animais com infestação generalizada


por sarna, com comprometimento do seu estado geral devem RIISPOA 2017
ser condenadas.
• Sarna: Sarcoptes scabiei, Demodex phylloides, CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem

Art. 170. Os fígados que apresentem lesão generalizada de telangiectasia


maculosa devem ser condenados.
Parágrafo único. Os fígados que apresentem lesões discretas podem ser
liberados depois de removidas e condenadas as áreas atingidas.

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Art. 170. Os fígados que apresentem lesão generalizada


de telangiectasia maculosa devem ser condenados.

• Telangiectasia maculosa:
- É um distúrbio circulatório do fígado, também conhecido como
angiomatose;
- Consiste na dilatação de certo grupo de vasos sinusóides, em qualquer
parte do lóbulo hepático;
- A olho nu, fígado apresenta manchas violáceas deprimidas e de contornos
irregulares:
- Sua etiopatogênia é obscura.

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CAPÍTULO I CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem Dos aspectos gerais da inspeção post mortem

Art.171. As carcaças de animais portadores de tuberculose devem ser Art.171. As carcaças de animais portadores de tuberculose devem ser
condenada quando: condenada quando:
I - no exame ante mortem o animal esteja febril; VI - apresentem lesões múltiplas, agudas e ativamente progressivas,
II - sejam acompanhadas de caquexia; identificadas pela inflamação aguda nas proximidades das lesões, necrose de
III - apresentem lesões tuberculósicas nos músculos, nos ossos, nas liquefação ou presença de tubérculos jovens;
articulações ou nos linfonodos que drenam a linfa destas partes; VII - apresentem linfonodos hipertrofiados, edemaciados, com caseificação de
V - apresentem lesões miliares ou perláceas de parênquimas ou serosas; aspecto raiado ou estrelado em mais de um local de eleição; ou
VIII - existam lesões caseosas ou calcificadas generalizadas, e sempre que
houver evidência de entrada do bacilo na circulação sistêmica.

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CAPÍTULO I CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem Dos aspectos gerais da inspeção post mortem

Art.171. As carcaças de animais portadores de tuberculose devem ser Art.171. As carcaças de animais portadores de tuberculose devem ser
condenada quando: condenada quando:
§ 1º As lesões de tuberculose são consideradas generalizadas quando, além § 2º Depois de removidas e condenadas as áreas atingidas, as carcaças
das lesões dos aparelhos respiratório, digestório e de seus linfonodos podem ser destinadas à esterilização pelo calor quando:
correspondentes, forem encontrados tubérculos numerosos distribuídos em I - os órgãos apresentem lesões caseosas discretas, localizadas ou encapsuladas, limitadas a
ambos os pulmões ou encontradas lesões no baço, nos rins, no útero, no linfonodos do mesmo órgão;
ovário, nos testículos, nas cápsulas suprarrenais, no cérebro e na medula II - os linfonodos da carcaça ou da cabeça apresentem lesões caseosas discretas,localizadas
espinhal ou nas suas membranas. ou encapsuladas; e
III - existam lesões concomitantes em linfonodos e em órgãos pertencentes à mesma
cavidade.

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Art.171. As carcaças de animais portadores de


RIISPOA 2017 tuberculose devem ser condenada quando:

CAPÍTULO I • A tuberculose é uma enfermidade de evolução lenta, que acomete


principalmente bovinos e bubalinos (Mycobacterium bovis).
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
• É considerada uma zoonose, portanto possui grande importância
Seção III para a saúde pública.
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem • Etiologia: causada por bactérias do gênero Mycobacterium.
• As micobactérias são:
Art.171. As carcaças de animais portadores de tuberculose devem ser - bastonetes
condenada quando: - curtos
§ 3º Carcaças de animais reagentes positivos a teste de diagnóstico para tuberculose - aeróbicos
devem ser destinadas à esterilização pelo calor, desde que não se enquadrem nas - imóveis
condições previstas nos incisos I a VIII do caput.
- não capsulados
§ 4º A carcaça que apresente apenas uma lesão tuberculósica discreta, localizada e
completamente calcificada em um único órgão ou linfonodo pode ser liberada, depois - não flagelados.
de condenadas as áreas atingidas.
§ 5º As partes das carcaças e os órgãos que se contaminarem com material
tuberculoso, por contato acidental de qualquer natureza, devem ser condenados.

Art.171. As carcaças de animais portadores de Art.171. As carcaças de animais portadores de


tuberculose devem ser condenada quando: tuberculose devem ser condenada quando:

• Contaminação:
• Animais: respiração, fezes, urina, contato direto com animais
doentes, ingestão de pastagem, água e alimentos
contaminados.
• Homem: contato com animais doentes, consumo de leite cru
ou mal fervido e de carne e derivados malcozidos.
• A principal característica dessa patologia é o desenvolvimento
de lesões nodulares em qualquer órgão ou tecido.
• Sinais clínicos, ocorre em estágio avançado:
- Caquexia
- Dificuldade respiratória
- Tosse seca, curta e repetitiva
- Fraqueza geral levando a morte

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CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem

Art. 172. Nos casos de aproveitamento condicional a que se refere este


Decreto, os produtos devem ser submetidos, a critério do SIF, a um dos
seguintes tratamentos:
I - pelo frio, em temperatura não superior a -10ºC (dez graus Celsius negativos) por
dez dias;
II - pelo sal, em salmoura com no mínimo 24ºBe (vinte e quatro graus Baumé), em
peças de no máximo 3,5cm (três e meio centímetros) de espessura, por no mínimo
vinte e um dias; ou

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CAPÍTULO I CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Seção III Seção III
Dos aspectos gerais da inspeção post mortem Dos aspectos gerais da inspeção post mortem

Art. 172. Nos casos de aproveitamento condicional a que se refere este Art. 172. Nos casos de aproveitamento condicional a que se refere este
Decreto, os produtos devem ser submetidos, a critério do SIF, a um dos Decreto, os produtos devem ser submetidos, a critério do SIF, a um dos
seguintes tratamentos: seguintes tratamentos:
III - pelo calor, por meio de: § 1º A aplicação de qualquer um dos tratamentos condicionais citados no caput deve garantir a inativação ou a
destruição do agente envolvido.
a) cozimento em temperatura de 76,6ºC (setenta e seis inteiros e seis décimos de graus Celsius)
§ 2º Podem ser utilizados processos diferentes dos propostos no caput, desde que se atinja ao final as mesmas
por no mínimo trinta minutos; garantias, com embasamento técnico-científico e aprovação do Departamento de Inspeção de Produtos de
b) fusão pelo calor em temperatura mínima de 121ºC (cento e vinte e um graus Celsius); ou Origem Animal.
c) esterilização pelo calor úmido, com um valor de F0 igual ou maior que três minutos ou a § 3º Na inexistência de equipamento ou instalações específicas para aplicação do tratamento condicional
redução de doze ciclos logarítmicos (12 log10) de Clostridium botulinum, seguido de resfriamento determinado pelo SIF, deve ser adotado sempre um critério mais rigoroso, no próprio estabelecimento ou em
outro que possua condições tecnológicas para esse fim, desde que haja efetivo controle de sua rastreabilidade
imediato.
e comprovação da aplicação do tratamento condicional determinado.

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CAPÍTULO I CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS
Subseção I Subseção I
Da inspeção post mortem de bovídeos Da inspeção post mortem de bovídeos

Art. 185. As carcaças com infecção intensa por Cysticercus bovis (cisticercose Art. 185. As carcaças com infecção intensa por Cysticercus bovis (cisticercose
bovina) devem ser condenadas. bovina) devem ser condenadas.
§ 1º Entende-se por infecção intensa quando são encontrados, pelo menos, § 2º Quando forem encontrados mais de um cisto, viável ou calcificado, e menos do
oito cistos, viáveis ou calcificados, assim distribuídos: que o fixado para infecção intensa, considerando a pesquisa em todos os locais de
eleição examinados na linha de inspeção e na carcaça correspondente, esta deve ser
I - dois ou mais cistos localizados, simultaneamente, em pelo menos dois locais de
destinada ao aproveitamento condicional pelo uso do calor, após remoção e
eleição examinados na linha de inspeção (músculos da mastigação, língua, coração,
condenação das áreas atingidas.
diafragma e seus pilares, esôfago e fígado), totalizando pelo menos quatro cistos; e
§ 3º Quando for encontrado um cisto viável, considerando a pesquisa em todos os
II - quatro ou mais cistos localizados no quarto dianteiro (músculos do pescoço, do
locais de eleição examinados na linha de inspeção e na carcaça correspondente, esta
peito e da paleta) ou no quarto traseiro (músculos do coxão, da alcatra e do lombo),
deve ser destinada ao tratamento condicional pelo frio ou pela salga, após a remoção
após pesquisa no DIF, mediante incisões múltiplas e profundas.
e a condenação da área atingida.

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Art. 185. As carcaças com infecção intensa por Cysticercus


RIISPOA 2017 bovis (cisticercose bovina) devem ser condenadas.

CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNES E DERIVADOS • Cisticercose
Subseção I - Platelminto, Cestôdeo.
Da inspeção post mortem de bovídeos - Cistos de Cisticercus bovis na musculatura e em alguns órgãos
dos bovinos.
Art. 185. As carcaças com infecção intensa por Cysticercus bovis (cisticercose - Presença de larvas parasitárias de tênia.
bovina) devem ser condenadas.
§ 4º Quando for encontrado um único cisto já calcificado, considerando todos os locais
- Este parasita faz parte de uma fase do ciclo da Taenia
de eleição examinados, rotineiramente, na linha de inspeção e na carcaça saginata (solitária), verme chato, medindo de 4 a 6 metros
correspondente, esta pode ser destinada ao consumo humano direto sem restrições, sendo encontrado no intestino de seres humanos parasitados.
após a remoção e a condenação da área atingida.
- Para que as duas parasitoses ocorram é necessário que o ciclo
§ 5º O diafragma e seus pilares, o esôfago e o fígado, bem como outras partes
passíveis de infecção, devem receber o mesmo destino dado à carcaça. se complete nas duas fazes, a teníase humana e a cisticercose
§ 6º Os procedimentos para pesquisa de cisticercos nos locais de eleição examinados bovina.
rotineiramente devem atender ao disposto nas normas complementares.

Art. 185. As carcaças com infecção intensa por Cysticercus Art. 185. As carcaças com infecção intensa por Cysticercus
bovis (cisticercose bovina) devem ser condenadas. bovis (cisticercose bovina) devem ser condenadas.

• Cisticercose • Cisticercose

DÚVIDAS?

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