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EM ESTABELECIMENTOS
DE PRODUTOS DE ORIGEM
ANIMAL
DIRETRIZES DE ATUAÇÃO
SISTEMA CFMV/CRMVS
DIRETRIZES DE ATUAÇÃO
CFMV.GOV.BR
Dentre as áreas de responsabilidade técnica do médico-veterinário
ligadas à saúde pública encontram-se as empresas de alimentos,
RESPONSABILIDADE TÉCNICA particularmente, aquelas cujos produtos são de origem animal:
indústrias de carnes e derivados; de leite e derivados; de pescado e
EM ESTABELECIMENTOS DE derivados; de mel e derivados; de ovos e derivados; e, ainda, os
Início continua
Visando garantir a saúde dos consumidores, durante a fase Sua função será a de exercer a direção técnica sanitária, de modo
de produção todos esses produtos, são, obrigatoriamente, a assegurar o cumprimento das normativas expedidas pelos órgãos de
fiscalizados por um médico-veterinário lotado em um dos fiscalização, bem como garantir a qualidade, sanidade e segurança
seguintes órgãos de inspeção: Serviço de Inspeção Federal dos produtos fabricados ou comercializados.
(SIF), Serviço de Inspeção Estadual (SIE) ou Serviço de
Inspeção Municipal (SIM). Considerando alterações no arcabouço legal, que estabelece a
análise de risco como abordagem de ação dos órgãos
Nas fases subsequentes da cadeia produtiva dos alimentos de regulamentadores, e consequentemente de proposições de alterações
origem animal, tais como distribuição, armazenamento, no modelo atual de inspeção permanente nas plantas processadoras,
comercialização e preparo, a fiscalização também se faz com a introdução da inspeção baseada no risco, cada vez mais o
necessária, sendo executada pelos órgãos de Vigilância Sanitária, Responsável Técnico médico-veterinário se torna imprescindível. O RT
onde o profissional médico-veterinário está inserido. é o elemento garantidor da qualidade higiênico-sanitária e
tecnológica das matérias-primas, produtos e subprodutos de origem
Além da obrigação do Estado de fiscalizar os produtos de origem animal , tornando-se peça fundamental no controle da saúde animal e
animal, os estabelecimentos que exploram economicamente a na preservação da saúde do consumidor, bem como na redução dos
atividade de industrialização desses artigos devem contratar um impactos que podem ser causados ao meio ambiente por resíduos
profissional Responsável Técnico (RT). eliminados pelos estabelecimentos processadores de produtos de
origem animal. Essas são, por sinal, as bases do conceito universal de
saúde única.
Conselho Regional de Medicina
Início continua
Na atividade de industrialização de produtos de origem Essas categorias e os processos em que elas direta ou
animal, haverá simultaneamente responsabilidades indiretamente estejam envolvidas compõem o interesse da
específicas do estabelecimento e outras dos órgãos oficiais inspeção oficial e/ou da direção técnica
de fiscalização. sanitária/responsabilidade técnica dos estabelecimentos.
Portanto, devem ser objeto de avaliação criteriosa, contínua
O processo de produção, que vai desde o abate dos animais até e sistemática durante todo o processo produtivo.
a comercialização dos produtos finais de origem animal,
aplicando os modernos instrumentos de gerenciamento voltados A presente publicação visa harmonizar a atuação do profissional
para a qualidade, é visualizado como um macroprocesso. médico-veterinário RT nos estabelecimentos de produtos de
origem animal, servindo-lhe de guia para a atuação nesses locais.
Esse macroprocesso, do ponto de vista da inocuidade do produto, Vale ressaltar, porém, a necessidade da contínua atualização dos
é composto de vários processos, agrupados basicamente em profissionais quanto à legislação que regula essas atividades,
quatro grandes categorias: matéria-prima; instalações e pois, face à evolução tecnológica, científica e normativa,
equipamentos; pessoal; e metodologia de produção. Todos, direta diariamente surgem novas regras e exigências legais e técnicas.
ou indiretamente, estão envolvidos na qualidade higiênico-
sanitária do produto final.
Início
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
RESPONSABILIDADE
CIVIL DO RT
RESPONSABILIDADE
ADMINISTRATIVA,
INCLUSIVE ÉTICA, RESPONSABILIDADE
DO RT PENAL DO RT
RESPONSABILIDADE
TÉCNICA E OS
CONSELHOS FEDERAL E
REGIONAIS DE MEDICINA
VETERINÁRIA CONCEITOS
CONCEITOS
Início
Início
RESPONSABILIDADE TÉCNICA
E OS CONSELHOS FEDERAL E REGIONAIS DE MEDICINA VETERINÁRIA
O vínculo existente entre o profissional e o tomador de serviço é, no âmbito do
Sistema CFMV/CRMVs, formalizado mediante a anotação de responsabilidade
técnica (ART).
Para ter validade, a ART deve ser submetida à homologação pelo CRMV, que o faz se
atendidos os requisitos administrativos e/ou técnicos contidos na legislação do CFMV,
em especial a Resolução nº 1562/2023.
Início DISPOSIÇÕES
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
PRELIMINARES
RESPONSABILIDADE De acordo com a Lei nº 5.517, de 23 de outubro de 1968, que
“Dispõe sobre o exercício da profissão de médico-veterinário e
ADMINISTRATIVA, cria os Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária”
e o Decreto nº 64.704, de 17 de junho de 1969, que “Aprova o
INCLUSIVE ÉTICA, DO RT Regulamento do exercício da profissão de médico-veterinário e
dos Conselhos de Medicina Veterinária”, no Sistema
O médico-veterinário, ao exercer a responsabilidade técnica, deve ter
CFMV/CRMVs o profissional está sujeito a responder sob o
a consciência de que é a face da Medicina Veterinária e a interface
ponto de vista administrativo pecuniário (autos de infração e
técnica entre os tomadores de serviço, o Poder Público e a sociedade,
autos de multa) e ético-disciplinar.
bem como que a respectiva atuação contribui para a promoção da
saúde e do bem-estar dos homens e animais, preservação do meio
A responsabilidade administrativa compreende, também, aquela
ambiente e proteção da sociedade como um todo.
perante os órgãos/entidades federais, estaduais, distritais e
municipais, tais como Vigilância Sanitária (Visa), Agência Nacional
A atuação do responsável técnico, sempre em conformidade com as
de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério da Saúde (MS), Ministério
normas e regras estabelecidas na legislação específica e no Código
e Secretarias do Meio Ambiente, Ministério da Agricultura e Pecuária
de Ética Profissional, assegura a qualidade dos produtos e serviços
(MAPA), Secretarias de Agricultura e Procon, bem como todos os
ofertados pelos tomadores de serviço e instituições nos níveis
demais que regulamentem e/ou fiscalizem as diversas interfaces da
estratégico, técnico, tático e operacional, e, inclusive, contribuiu para
atividade do tomador de serviço.
o aumento da lucratividade dos tomadores de serviço da iniciativa
privada.
Vale esclarecer que as responsabilidades administrativas podem
ocorrer concomitantemente na esfera do Sistema CFMV/CRMVs e
Para tanto, compete ao RT denunciar qualquer forma de coação,
nos demais órgãos/entidades públicos que disciplinem as atividades
conflitos de interesse ou outras formas de ingerência indevida sobre a
do RT ou do tomador de serviço.
respectiva atividade que o prejudiquem ou impeçam de assumir ou
executar plenamente, com autonomia técnica, as funções.
Início DISPOSIÇÕES
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
PRELIMINARES
RESPONSABILIDADE CIVIL
DO RT
A responsabilidade civil guarda relação com a atuação
imprudente, negligente ou imperita do médico-veterinário ou
pelo desrespeito à legislação e outros pactos firmados.
Anotação de responsabilidade técnica (ART): Responsabilidade técnica de estabelecimento: Responsabilidade técnica de serviço ou setor:
ato formal que indica, representa e delimita o aquela na qual o profissional se responsabiliza aquela na qual o profissional se responsabiliza por
serviço prestado e a relação técnica existente tecnicamente por todas as atividades e serviços serviço específico ou por determinado setor de
entre o tomador de serviço e o profissional, bem desenvolvidos em estabelecimento sujeito a registro estabelecimento.
como faz prova de que os tomadores têm a seu ou cadastro no CRMV e relativos à Medicina
serviço profissional habilitado na forma da lei. Veterinária ou à Zootecnia. Responsabilidade técnica de suplência: aquela na
qual, por exigência legal ou contratual, um
Homologação de anotação de Responsabilidade técnica de eventos: aquela na profissional substitui outro por tempo determinado e
responsabilidade técnica: ato administrativo qual o profissional se responsabiliza tecnicamente fixo, devendo a ART do substituído estar vigente.
exarado pelo CRMV caracterizador da por evento em que há exposição ou permanência
regularidade formal da relação técnica existente de animais por período determinado. Responsável técnico (RT): profissional inscrito no
entre o tomador de serviço e o profissional à luz Sistema CFMV/CRMVs que, no exercício da medicina
da legislação de regência da atividade Responsabilidade técnica para finalidade veterinária ou zootecnia, atua de modo a instituir
profissional. específica de emissão de documento: aquela protocolos, orientar prestadores ou tomadores de
na qual o profissional, diante de necessidade de serviços e empregados e garantir que os serviços
Laudo informativo: documento obrigatoriamente comprovação perante algum órgão ou entidade, prestados e/ou produtos sejam oferecidos em
elaborado pelo responsável técnico, a ser se identifica como autor e se responsabiliza pelo conformidade aos requisitos técnicos e
encaminhado ao CRMV e que descreve o conteúdo de documento por ele expedido em razão regulamentares existentes.
descumprimento às orientações feitas em Termo de sua atividade, tais como projetos, laudos,
de Constatação e Recomendação. perícias, pareceres, levantamentos ou quaisquer Responsabilidade solidária: na hipótese de mais
outros em que haja necessidade de homologação de uma pessoa, física ou jurídica, ser responsável por
Livro ou sistema de registros e ocorrências: de ART. determinado dano, o titular do direito violado pode
documento obrigatório de uso do responsável exigir de um, de quaisquer ou de todos os
técnico no qual são registradas as informações Responsabilidade técnica de proprietário: responsáveis a reparação do dano ou prejuízo.
relacionadas ao serviço prestado, tais como aquela na qual o profissional se responsabiliza
treinamentos, conformidades, desconformidades e tecnicamente por estabelecimento do qual seja
orientações técnicas. proprietário.
DISPOSIÇÕES
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
PRELIMINARES
Início
ASPECTOS GERAIS
DA DA COBRANÇA
CAPACITAÇÃO DE HONORÁRIOS
Início
DA CAPACITAÇÃO
Embora a graduação e formação do médico-veterinário seja generalista, ou seja,
que permita a ele, uma vez inscrito no Sistema CFMV/CRMVs, exercer a
profissão em todas as áreas de atuação, é necessária a contínua capacitação
técnica complementar e que se relacione à atividade desenvolvida pelo tomador
de serviço.
ASPECTOS GERAIS
Início
DA CARGA HORÁRIA, DOS Na hipótese de definição inicial de determinada carga horária e,
posteriormente, identificação pelo profissional de insuficiência, deve
Nesse sentido, o responsável técnico deve ter uma postura colaborativa, de modo a:
RELACIONAMENTO
RELACIONAMENTO
Início COMOS
COM OSORGÃOS
ORGÃOSII II ASPECTOS GERAIS
GERAIS
DO RELACIONAMENTO COM OS
ÓRGÃOS E ENTIDADES PÚBLICAS II
No exercício da responsabilidade técnica, os incidentes (técnicos ou operacionais) são intrínsecos aos processos e à rotina dos
tomadores de serviços. Ao atuar para garantir a qualidade dos produtos e serviços oferecidos à sociedade, o RT, em conjunto com
seus gestores, alinha-se à missão, visão e valores da organização, contribuindo nas tomadas de decisões. Para tanto, os seguintes
itens devem ser considerados:
NORMAS E
REQUISITOS GESTÃO DE
PESSOAS
INSTALAÇÕES E
EQUIPAMENTOS GESTÃO
AMBIENTAL
GESTÃO DE
MATÉRIA PRIMA
Início
BASE LEGAL PROFISSIONAL
Das atividades básicas e privativas do médico-veterinário - Lei nº 5.517, de 23 de outubro de 1968
Ao dispor sobre o exercício da profissão de médico-veterinário e criar os Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária, a Lei nº 5.517,
de 23 de outubro de 1968, estabeleceu as atividades e funções de competência privativa do médico-veterinário. No âmbito dos
estabelecimentos que trabalham com produtos de origem animal, o Art. 5º da lei define que as atividades privativas estão previstas nas alíneas:
alínea e) a direção técnica sanitária dos estabelecimentos industriais e, sempre que possível, dos comerciais ou de finalidades recreativas,
desportivas ou de proteção onde estejam, permanentemente, em exposição, em serviço ou para qualquer outro fim animais ou produtos de sua
origem.
Nesse sentido, a denominação “direção técnica sanitária” é similar e equivalente à “responsabilidade técnica”.
alínea f) a inspeção e fiscalização, sob o ponto de vista sanitário, higiênico e tecnológico, dos matadouros, frigoríficos, das fábricas de
conservas de carne e de pescado, fábricas de banha e gorduras em que se empregam produtos de origem animal, usinas e fábricas de
lacticínios, entrepostos de carne, leite, peixe, ovos, mel, cera e demais derivados da indústria pecuária e, de um modo geral, quando possível, de
todos os produtos de origem animal nos locais de produção, manipulação, armazenagem e comercialização.
Registro
O RT, quando do registro da empresa no órgão de inspeção oficial,
A Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, que dispõe sobre a inspeção deve orientar o contratante, de acordo com o caso, quanto à
industrial e sanitária dos produtos de origem animal, normatiza: obrigatoriedade ou necessidade de uma análise
técnica/higiênico/sanitária prévia de plantas, memoriais e projetos
- Todo estabelecimento que realize o comércio interestadual ou de instalações de empresas alimentícias, bem como de todos os
internacional de produtos de origem animal deve estar registrado no procedimentos que busquem assegurar a qualidade e inocuidade
Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) ou dos produtos, conforme a legislação vigente.
relacionado no serviço de inspeção de produtos de origem animal na
unidade da Federação.
As casas atacadistas que façam comércio interestadual ou O médico-veterinário Responsável Técnico deve observar os
internacional, com produtos procedentes de estabelecimentos sujeitos requisitos gerais necessários para a aprovação das instalações
à fiscalização do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), não industriais, de acordo com o que está previsto nas seguintes normas:
estão sujeitas a registro. Devem, porém, ser relacionadas no órgão
competente do ministério, para efeito de reinspeção dos produtos de a. Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de
origem animal importados, sem prejuízo da fiscalização sanitária Origem Animal (Riispoa) - Decreto nº 9.013/2017, que regulamenta a
desses estabelecimentos. Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, e a Lei nº 7.889, de 23 de
novembro de 1989, que dispõem sobre a inspeção industrial e
A competência pelo registro e pela fiscalização desses sanitária de produtos de origem animal;
estabelecimentos cabe aos órgãos de saúde pública dos
estados, do Distrito Federal e dos territórios.
O responsável técnico deve considerar que todos os produtos Caso o estabelecimento seja registrado em serviços oficiais
somente poderão ser fabricados após o prévio registro no sistema estaduais ou municipais, deverão ser observadas exigências dos
Plataforma de Gestão Agropecuária- PGA/SIGSIF: organismos responsáveis pela inspeção dos produtos de origem
animal daqueles serviços, conforme o âmbito de comércio
- Contendo as informações previstas na Portaria Mapa nº 558, de 30 pretendido pelo interessado, nos termos da Lei nº 7.889, de 23 de
de março de 2022, que Aprova os procedimentos para registro, novembro de 1989. (Art. 4º)
alteração, auditoria e cancelamento de registro de produtos de
origem animal comestíveis, fabricados por estabelecimentos Outro aspecto importante é que o RT deve orientar e garantir que a
registrados no Departamento de Inspeção de Produtos de Origem rotulagem utilizada nos produtos, antes do início da sua fabricação,
Animal, da Secretaria de Defesa Agropecuária, e por seja registrada no órgão fiscalizador e atenda à legislação vigente,
estabelecimentos estrangeiros habilitados a exportar para o Brasil; e verificando que os dizeres dos rótulos observem fielmente o que está
registrado.
- Atendendo ao disposto na Instrução Normativa Mapa nº 22, de 24
de novembro de 2005, que aprova o “Regulamento técnico para
rotulagem de produto de origem animal embalado” e no Riispoa (Art.
443) para estabelecimentos registrados no Serviço de Inspeção
Federal (SIF).
O processo de rotulagem e desenvolvimento dos diversos produtos alimentícios constituem parte do escopo da
responsabilidade técnica, inclusive no aspecto das informações disponibilizadas ao consumidor final e em atenção, quando
existirem, aos respectivos Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade (RTIQ) dos produtos elaborados pela empresa.
No caso de produtos não regulamentados, deve-se observar as diretrizes do Dipoa acessíveis no Riispoa (Arts. 427 a 434 - Do
registro de produtos, da embalagem, da rotulagem e dos carimbos de inspeção)
Conhecer e manter-se atualizado em relação aos aspectos legais Orientar e garantir que o estabelecimento e seus fornecedores
a que está sujeito o estabelecimento, especialmente, quanto aos atendam às normas de saúde animal e saúde pública, inclusive, em
regulamentos e às normas expedidas pelos serviços oficiais de relação ao pleno atendimento aos acordos internacionais com os
fiscalização em relação aos colaboradores. países importadores.
Trabalhar em consonância com os serviços oficiais de inspeção, Orientar e garantir que os produtos observem as especificações da
visando à produção de alimento de boa qualidade. empresa e aos padrões regulamentares quando da sua elaboração,
isto é, garantir o cumprimento das composições centesimal, os
Comunicar aos órgãos de controle oficiais irregularidades das memoriais descritivos de fabricação e rotulagem, quando da
quais tiver conhecimento para que sejam tomadas as devidas elaboração/embalagem de um produto, atentando para as
providências. atualizações de procedimentos tecnológicos.
Manter perene canal de comunicação com a inspeção oficial, para Orientar sobre os cuidados que a empresa deve observar no
que eventuais alterações relativas às sistemáticas e aos transporte distribuição e na comercialização dos produtos.
procedimentos de inspeção possam ser absorvidos e
implementados pelos estabelecimentos. Orientar quanto à necessidade de se manter a higiene e os hábitos
higiênicos dos funcionários, especialmente, dos manipuladores que
Assegurar os padrões das embalagens e do armazenamento para entram em contato direto ou indireto com os produtos de origem
a conservação do produto final. animal, os quais devem ter controlada e avaliada a sua saúde.
Acesse Gestão de Pessoas.
DIRETRIZES GERAIS PARA
NORMAS E
Início REQUISITOS VIII
ESTABELECIMENTOS
DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL
NORMAS E REQUISITOS VIII
O RT, em se tratando de estabelecimentos sob SIF, em geral, deverá ainda orientar os responsáveis pelo estabelecimento para que:
Disponibilizem instalações, equipamentos e materiais julgados Forneçam o material, os utensílios e as substâncias específicas para
indispensáveis aos trabalhos de inspeção e fiscalização. os trabalhos de coleta, acondicionamento e inviolabilidade para
remeter as amostras fiscais aos laboratórios.
Forneçam os dados estatísticos de interesse do SIF, alimentando o
sistema informatizado do Mapa até o décimo dia útil de cada mês Arquem com o custo das análises fiscais para atendimento de
subsequente ao transcorrido e sempre que solicitado. requisitos específicos de exportação ou de importação de produtos
de origem animal.
Mantenham atualizados os dados cadastrais de interesse do SIF.
Mantenham locais apropriados para recepção e guarda de
Mantenham atualizados o projeto aprovado, para os matérias-primas e de produtos sujeitos à reinspeção e para
estabelecimentos a que se refere o § 1º, ou a documentação sequestro de matérias-primas e de produtos suspeitos ou destinados
depositada, para os estabelecimentos a que se refere o § 2º, de ao aproveitamento condicional.
acordo com o art. 28 do Riispoa.
Forneçam as substâncias para a desnaturação ou
Quando se tratar de estabelecimento sob inspeção em caráter descaracterização visual permanente de produtos condenados,
permanente, comuniquem ao SIF a realização de atividades de quando não houver instalações para sua transformação imediata.
abate e o horário de início e de provável conclusão, com
antecedência de, no mínimo, 72 horas. Disponham de controle de temperaturas das matérias-primas, dos
produtos, do ambiente e do processo tecnológico empregado,
conforme estabelecido em normas complementares.
DIRETRIZES GERAIS PARA
NORMAS E
Início REQUISITOS IX
ESTABELECIMENTOS
DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL
NORMAS E REQUISITOS IX
Mantenham registros auditáveis da recepção de animais, matérias- Realizem os tratamentos de aproveitamento condicional, de
primas e insumos, especificando procedência, quantidade e destinação industrial ou a inutilização de produtos de origem
qualidade, controles do processo de fabricação, produtos fabricados, animal, em observância aos critérios de destinação estabelecidos
estoque, expedição e destino. no Riispoa e/ou em normas complementares editadas pelo Mapa, e
manter registros auditáveis de sua realização
Mantenham equipe regularmente treinada e habilitada para execução
das atividades do estabelecimento. Acesse Gestão de Pessoas. Mantenham as instalações, os equipamentos e os utensílios em
condições de manutenção adequadas para a finalidade a que se
Garantam o acesso de representantes do SIF a todas as instalações destinam. Acesse Instalações e Equipamentos.
do estabelecimento para a realização dos trabalhos de inspeção,
fiscalização, supervisão, auditoria, coleta de amostras, verificação Disponibilizem, nos estabelecimentos sob caráter de inspeção
de documentos e a outros procedimentos inerentes à inspeção e à periódica, local reservado para uso do SIF durante as fiscalizações.
fiscalização industrial e sanitária previstos neste decreto e em normas
complementares. Comuniquem ao SIF, com antecedência mínima de cinco dias úteis,
a pretensão de realizar atividades de abate em dias adicionais à
Disponham de programa de recolhimento dos produtos elaborados sua regularidade operacional, com vistas à avaliação da
pelo estabelecimento e eventualmente expedidos, nos casos de: autorização, quando se tratar de estabelecimento sob caráter de
constatação de não conformidade que possa incorrer em risco inspeção permanente.
à saúde
adulteração
Forneçam ao SIF, sempre que requisitado, a escala de trabalho do Orientem que, em caso de substituições de RTs, o SIF deverá ser
estabelecimento, contendo a natureza das atividades a serem comunicado da troca.
realizadas e os horários de início e de provável conclusão, quando
se tratar de estabelecimento sob inspeção em caráter periódico Orientem que os estabelecimentos sob SIF não podem receber
ou, quando se tratar de estabelecimento sob inspeção em caráter produto de origem animal destinado ao consumo humano que não
permanente, para as demais atividades, exceto de abate. esteja claramente identificado como fabricado em outro
estabelecimento sob SIF.
Estrutura Física
Monitorar diariamente, conforme cronograma constante do PAC Quanto à higiene industrial e operacional, os responsáveis
específico, o cloro residual livre e o pH dos pontos de coleta, dentre pelas empresas devem ser orientados da necessidade de
outros parâmetros de potabilidade constantes da legislação desenvolver e implementar procedimentos de limpeza e
vigente. sanitização de instalações, equipamentos e utensílios antes do
início das operações (pré-operacional) e durante as operações
(operacional), de acordo com a natureza do processo de
fabricação, bem como avaliar a higienização dos reservatórios de
água de abastecimento.
Quanto ao controle integrado de pragas, orientar os - Instrução Normativa nº 16, de 23 de junho de 2015, que
responsáveis pela empresa sobre: estabelece, em todo o território nacional, as normas específicas
de inspeção e a fiscalização sanitária de produtos de origem
As adequadas condições de limpeza e organização animal, referente às agroindústrias de pequeno porte; e
das áreas externas, evitando o abrigo e atração de
pragas; e - Instrução Normativa nº 05, de 14 de fevereiro de 2017, os
requisitos para avaliação de equivalência ao Sistema Unificado
Se as instalações e os equipamentos impedem e/ou de Atenção à Sanidade Agropecuária relativos à estrutura física,
dificultam o acesso, a presença e a proliferação de dependências e equipamentos de estabelecimento agroindustrial
pragas na área do estabelecimento e complexo de pequeno porte de produtos de origem animal.
industrial, verificando in loco as barreiras físicas
existentes para esse fim.
Nesse contexto, as empresas devem ser orientadas pelo RT sobre a necessidade de sua prévia seleção, considerando as possíveis implicações
das matérias-primas, ingredientes e embalagens na segurança sanitária e qualidade dos produtos, evitando acarretar prejuízos ao consumidor
e à própria organização. Assim, o RT deverá orientar para:
1. A necessidade de definição de procedimentos que especifiquem os critérios utilizados para a seleção, o recebimento e armazenamento
das matérias-primas, dos ingredientes, das embalagens e de todo o material utilizado na higienização, em especial nos seguintes aspectos:
Que os estabelecimentos Que os procedimentos da Que sejam definidos os Que sejam avaliadas a resistência e
busquem, obrigatoriamente, empresa definam o destino procedimentos quanto ao selagem ou recravação das embalagens
a aprovação e/ou o registro a ser dado às matérias- recebimento,à identificação, utilizadas em produtos esterilizados,
nos órgãos competentes. primas, aos ingredientes e ao armazenamento e ao consoante o que estabelece a legislação
às embalagens reprovados controle do uso das matérias- específica.
no controle efetuado. primas destinadas ao
aproveitamento condicional.
2. Orientar os responsáveis pelos estabelecimentos sobre a sua responsabilidade em garantir a identidade, qualidade e rastreabilidade dos
produtos, desde sua obtenção na produção primária até a recepção no estabelecimento, incluído o transporte.
4. Orientar sobre a aquisição de matéria-prima, aditivos, conservantes e embalagens legalmente aprovadas, bem como o seu uso correto e
legal.
5. Ter conhecimento sobre a origem, o mecanismo de ação, a validade e o poder residual dos desinfetantes e demais produtos químicos
utilizados.
Boas Práticas de Fabricação (ou, como atualmente são Procedimentos descritos, desenvolvidos, implantados, monitorados e
designadas, Boas Práticas de Higiene) verificados com vistas a estabelecer a forma rotineira pela qual o
estabelecimento evita a contaminação direta ou cruzada do produto e
Adoção das condições e dos procedimentos definidos no preserva sua qualidade e integridade, por meio da higiene antes,
Regulamento Técnico das Condições Higiênico-Sanitárias e de durante e depois das operações.
Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/
Industrializadores de Alimentos (Portaria nº 368, de 4 de setembro As Boas Práticas de Fabricação (BPF) e os Procedimentos Padrão de
de 1997). Condições e procedimentos higiênico-sanitários e Higienização Operacional (PPHO) são PPRs para a implementação do
operacionais sistematizados, aplicados em todo o fluxo de sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC).
produção, com o objetivo de garantir a inocuidade, identidade, Sendo assim, compõem a etapa inicial na adoção de sistemas de
qualidade e integridade dos produtos de origem animal. garantia de qualidade na indústria de alimentos.
Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) Análise de risco com os componentes: avaliação de risco,
gerenciamento de risco e comunicação de risco
Sistemática de avaliação e controle que identifica, avalia e
controla perigos que são significativos para a inocuidade dos A análise de risco identifica um problema potencial, avalia a
produtos de origem animal. probabilidade da sua ocorrência, estima o seu impacto e sugere as
medidas para solucioná-lo. É um processo formado por três
A compreensão de que o Sistema APPCC constitui uma ferramenta componentes: gerenciamento de risco, avaliação de risco e
de controle do processo específico, e não do ambiente no qual o comunicação de risco (Códex, Procedural Manual. 13th, 2003), para a
processo se desenvolve, é fundamental para a sua concepção, coleta e avaliação sistemática e transparente de informações
implementação e validação. Assim considerando, o PPR gerencia científicas relevantes sobre um perigo e a definição da melhor opção
os perigos concernentes à unidade fabril, enquanto o APPCC de gerenciá-lo.
gerencia os perigos relativos às matérias-primas, aos ingredientes
e às etapas do processo.
Isso visa assegurar a inocuidade, identidade, qualidade e A empresa necessita validar todos os procedimentos previstos
integridade dos seus produtos, desde a obtenção e recepção da nos PACs descritos, de acordo com o que tenha sido
matéria-prima, dos ingredientes e dos insumos, até a expedição, preconcebido entre ela e o RT.
cabendo ao RT médico-veterinário orientar sobre a necessidade de
o estabelecimento desenvolver e implementar os Programas de Quanto ao bem-estar animal, a empresa deve ser orientada quanto à
Autocontrole, participando de sua elaboração. necessidade de incluí-lo nos elementos de controle dos PACs, quando
aplicável, inclusive, às BPF, ao PPHO e à APPCC, ou a outra ferramenta
equivalente reconhecida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária
(Mapa) ou pelos órgãos oficiais de controle regionais, atendendo,
assim, ao artigo 74 do Riispoa.
Rastreabilidade e recolhimento
Orientar sobre a obrigatoriedade de descrever os
procedimentos de rastreabilidade dos produtos de origem
animal, da matéria-prima e dos ingredientes que lhe deram
origem, em todas as etapas da produção e distribuição.
Descrever o plano de recolhimento de produtos, de acordo
com a Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa – RDC nº
655 de 24 de março de 2022, estabelecendo minimamente:
Atenção: o desenvolvimento dos produtos alimentícios e o processo de rotulagem constituem parte do escopo da responsabilidade técnica,
inclusive o aspecto das informações disponibilizadas ao consumidor, atentando essas, quando existirem, aos respectivos RTIQs dos produtos
produzidos pela empresa.
SEGURANÇA
SEGURANÇA
OCUPACIONAL
OCUPACIONAL
Início continua
DIMENSIONAMENTO E
QUALIFICAÇÃO DA EQUIPE
Observar que os médicos-veterinários, Exigir a imunização para doenças que possam Orientar a elaboração de escalas de rodízio nas
colaboradores e estagiários utilizem uniformes estar relacionadas à atividade laboral, atividades consideradas mais estressantes,
adequados para cada ambiente, os quais guardando as comprovações. evitando possíveis transtornos relacionados à
devem estar limpos, ser regularmente lavados e atividade laboral.
trocados quando houver fluxo entre ambientes Monitorar a equipe sobre o cumprimento das
com possíveis fontes de contaminação. normas de segurança e saúde dos Sugerir que a empresa adote programa para
colaboradores, fazendo os registros legais. identificação e prevenção de transtornos mentais
Orientar sobre a capacitação da equipe relacionados à atividade laboral.
quanto às normas de segurança e saúde dos Fazer cumprir todas as normas de segurança do
colaboradores e ao uso de Equipamentos de trabalhador e certificar-se de que todos os EPIs
Proteção Individual (EPI) e Coletiva (EPC), estejam em plenas condições de uso e
mantendo registro dos temas abordados, dos disponíveis ao pessoal treinado para a sua
profissionais participantes, da carga horária, utilização.
das listas de presença e das datas das
capacitações. Orientar sobre a necessidade de processos de
gestão da aquisição, disponibilização e
Supervisionar, de acordo com as atividades confirmação do recebimento dos EPIs e EPCs
realizadas, a utilização dos EPIs e EPCs. pelos colaboradores.
O licenciamento ambiental e o estudo de licenciamento ambiental define quais são os De acordo com a Resolução nº 001/1986
impacto ambiental são figuras distintas, empreendimentos sujeitos ao licenciamento. do Conama, entende-se por impacto
embora caminhem juntas. Vários tipos de ambiental qualquer alteração das
atividades devem ser licenciadas, porém, só as Já a Resolução nº 001/1986 do Conama propriedades físicas, químicas e
que possam causar significativa degradação define quais são os empreendimentos que biológicas do meio ambiente, causada
do meio ambiente precisam realizar o estudo podem causar significativa degradação do por qualquer forma de matéria ou energia
de impacto ambiental (EIA), que detalha as meio ambiente, devendo então realizar o resultante das atividades humanas que,
questões socioambientais do empreendimento, estudo de impacto ambiental. direta ou indiretamente, afetam:
e o relatório de impacto ambiental (Rima). Os
empreendimentos passíveis de licenciamento Ambas as listas são exemplificativas, a saúde, a segurança e o bem-estar da
cuja eventual degradação ambiental não seja cabendo ao órgão ambiental licenciador população;
significativa podem apresentar outros tipos de avaliar cada atividade quanto à proporção as atividades sociais e econômicas;
estudos mais simplificados. de seus impactos para determinar a a biota;
necessidade de licenciamento e de as condições estéticas e sanitárias do
A Resolução nº 237/1997 do Conama, que execução do estudo de impacto ambiental. meio ambiente; e
dispõe sobre a revisão e complementação dos a qualidade dos recursos ambientais.
procedimentos e critérios utilizados para o
Visando atender adequadamente aos requisitos Garantir a aplicação da legislação ambiental, em todas as suas
ambientais, o RT deve mapear quais são os processos esferas, evitando os riscos de poluição do ambiente decorrentes
desenvolvidos no estabelecimento em que assumirá a das atividades do estabelecimento.
responsabilidade para identificar as interfaces com as
questões ambientais, tomando as seguintes providências:
ABATEDOURO FRIGORÍFICO
UNIDADE DE BENEFICIAMENTO DE
CARNE E PRODUTOS CÁRNEOS
GESTÃODA
GESTÃO DA GESTÃO
GESTÃO DE
DE SEGURANÇA
SEGURANÇA EE
MATÉRIA-PRIMA
MATÉRIA-PRIMA QUALIDADE
QUALIDADE EE IDENTIDADE
IDENTIDADE
DA GESTÃO AMBIENTAL
GESTÃO AMBIENTAL
CAPACITAÇÃO
INTRODUÇÃO
Início
INTRODUÇÃO
A inspeção de carnes e de produtos derivados é regida pela Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, e pela Lei nº 7.889, de 23 de
novembro de 1989, as quais dispõem sobre a inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal e foram regulamentadas pelo
Decreto nº 9.013, de 29 de março de 2017, e suas atualizações, intitulado Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de
Origem Animal (Riispoa), além da Lei nº 14.515, de 29 de dezembro de 2022.
De acordo com o Riispoa, entende-se por abatedouro frigorífico o estabelecimento destinado ao abate dos animais
produtores de carne, à recepção, à manipulação, ao acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à expedição
dos produtos oriundos do abate, dotado de instalações de frio industrial, que pode realizar o recebimento, a
manipulação, a industrialização, o acondicionamento, a rotulagem, a armazenagem e a expedição de produtos
comestíveis.
Orientar as empresas quanto aos procedimentos para Observação: conforme estabelece o Riispoa, o pessoal
aprovação e registro dos estabelecimentos de abate de para apoio administrativo e para auxiliar na execução
animais de produção ou ditos “de açougue”. dos trabalhos de inspeção post mortem para
atendimento às exigências específicas de mercados
Informar que o abate de diferentes espécies em um mesmo importadores poderá ser contratado por intermédio de
estabelecimento pode ser realizado, desde que seja pessoa jurídica credenciada pelo Ministério da
evidenciada a completa segregação entre as diferentes Agricultura e Pecuária (Mapa), nos termos do disposto
espécies e seus respectivos produtos durante todas as etapas nas normas complementares.
do processo operacional, respeitadas as particularidades de
cada espécie, inclusive quanto à higienização das instalações
e dos equipamentos.
Diante das portarias do Mapa: - Portaria SDA nº 740, de 24 de janeiro de 2023 - Altera o
prazo estabelecido no Art. 59 da Portaria SDA nº 365, de 16 de
- Instrução Normativa nº 56, de 6 de novembro de 2008 - julho de 2021, que aprova o Regulamento Técnico de Manejo Pré-
Estabelece os procedimentos gerais de Recomendações de Boas Abate e Abate Humanitário e os métodos de insensibilização
Práticas de Bem-Estar para Animais de Produção e de Interesse autorizados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.
Econômico (Rebem), abrangendo os sistemas de produção e o
transporte; a. Orientar que sejam descritos pelo estabelecimento de abate
os procedimentos adotados referentes a transporte,
- Portaria nº 365 de 16 de julho de 2021 - Aprova o desembarque, lotação, descanso, condução,
Regulamento Técnico de Manejo Pré-Abate e Abate Humanitário imobilização/contenção, insensibilização, sangria, escaldagem
e os métodos de insensibilização autorizados pelo Mapa; /esfola; e
- Portaria SDA nº 631, de 27 de julho de 2022 - Altera o prazo b. Orientar para que os trabalhos diários sejam acompanhados e
estabelecido no Art. 59 da Portaria nº 365, de 16 de julho de 2021, haja a garantia de que se pratiquem no estabelecimento os
que aprova o Regulamento Técnico de Manejo Pré-Abate e Abate procedimentos estabelecidos nas normas acima de forma
Humanitário e os métodos de insensibilização autorizados pelo integral.
Mapa; e
No âmbito do Departamento de Inspeção dos Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Sanitária do Mapa, duas cadeias específicas
de estabelecimentos de abate já estão aderindo à inspeção com base no risco (avaliação de risco, gerenciamento de risco e comunicação de
risco):
Os principais impactos ambientais gerados por abatedouros e matadouros estão relacionados ao consumo de água e energia, à geração de
efluentes líquidos com alta carga de poluição orgânica, à emanação de odores, à geração de resíduos sólidos e ao ruído advindo de máquinas e
animais.
O abate de animais gera dois tipos de efluentes, as chamadas linhas vermelhas e linhas verdes, que devem ser segregados durante a
operação de um abatedouro, pois possuem características bem distintas:
Os responsáveis pelo estabelecimento devem ser orientados A utilização da Portaria Mapa nº 393, de 9
sobre a obrigatoriedade do registro e do relacionamento do de setembro de 2021, como referência para os
estabelecimento de carnes e derivados sob inspeção federal, procedimentos de registro, reforma e
pois esse é um procedimento administrativo prévio ao início das ampliação, alteração cadastral e cancelamento
suas atividades. Nele, se verifica e se reconhece a observância de registro.
dos requisitos legalmente estabelecidos, de forma a assegurar a
execução das atividades de inspeção e garantir a inocuidade do Os estabelecimentos de carnes e produtos
produto e a saúde do consumidor. cárneos em geral podem possuir a
particularidade de compartilhar diversos fluxos
Para os estabelecimentos registrados nos serviços de produtivos, dependendo da sua demanda de
inspeção oficiais estaduais e municipais, o RT deverá atentar mercado por diferentes produtos elaborados.
para dois principais pontos: se a legislação federal se aplica a Para estabelecimentos registrados/relacionados
estabelecimentos sob inspeção estadual ou municipal e o que no SIF/Dipoa, o layout poderá ser alterado, de
ditam a legislação e as normas complementares desses serviços acordo com os fluxogramas previamente
de inspeção. aprovados pelo Departamento.
Se a área de baixo risco (por exemplo: recepção, preparo, Se existe separação entre o armazenamento de embalagens
processamento, adição de aditivos e/ou cura, tratamento primárias e secundárias, seja as de uso diário dentro da fábrica,
térmico, embalagem secundária, armazenamento e expedição) e seja no armazenamento geral.
a área de alto risco (por exemplo: resfriamento, congelamento
individual, fatiamento, embalagem primária, desfiamento de Sobre os meios para retirada contínua dos resíduos das
carne cozida pronta ao consumo) estão separadas fisicamente, mesas ou máquinas de processamento para o exterior das salas
de modo a excluir qualquer possibilidade de contrafluxo, de manipulação de comestíveis, empregando esteiras rolantes,
ventilação inadequada e contaminação dos produtos. transportadores helicoidais, calhas com água ou outro método
adequado.
Separação física entre a seção utilizada para tratamento
térmico e as demais, de modo a evitar pontos de contaminação Se existe laboratório ou área específica para a realização
cruzada, contrafluxo e problemas ocasionados por ventilação de análises, dotada de equipamentos necessários, como para a
inadequada e presença de condensação. realização de avaliações sensoriais, entre outras avaliações
pertinentes aos produtos processados.
A presença de local adequado para higienização,
desinfecção/esterilização e armazenamento de utensílios de uso
diário, evitando a contaminação cruzada entre os que são
utilizados nas áreas de baixo e de alto risco.
No caso de produtos não regulamentados deve-se observar O uso de maltodextrina só é permitido em produtos
as diretrizes do Dipoa regulamentadas pelo Riispoa: TÍTULO VII - regulamentados caso o respectivo RTIQ apresente autorização
DO REGISTRO DE PRODUTOS, DA EMBALAGEM, DA ROTULAGEM expressa do seu uso. Isso inclui o uso de maltodextrina de
E DOS CARIMBOS DE INSPEÇÃO, CAPÍTULO I - DO REGISTRO DE maneira indireta (em mixes de condimentos e aditivos),
PRODUTOS (Arts. 427 a 434). conforme Ofício nº 131/2020/Dipoa/SDA/Mapa, de 28 de abril
de 2020 (SEI nº 10590040).
Os aditivos permitidos para produtos cárneos são os
previstos na RDC Anvisa/MS nº 778, de 1º de março de 2023, e A Resolução - CISA/MA/MS nº 10, de 31 de julho de 1984,
na Instrução Normativa Anvisa nº 211, de 1º de março de 2023. dispõe sobre instruções para a conservação nas fases de
transporte, comercialização e consumo dos alimentos perecíveis,
Quanto à utilização de nitratos e nitritos em níveis acima dos industrializados ou beneficiados, acondicionados em
limites previstos na RDC Anvisa/MS nº 778, de 1º de março de embalagens. Esta resolução pode ser utilizada quando não há
2023, e na Instrução Normativa ANVISA nº 211, de 1º de março de determinação em norma mais específica para a temperatura de
2023, é aceitável, desde que a empresa esclareça no processo conservação dos produtos.
de fabricação que, devido ao processamento do produto, esses
conservantes estarão dentro do limite máximo previsto na
legislação imediatamente após o término do seu processamento.
A premissa dos programas de autocontrole fundamenta‑se na responsabilidade dos estabelecimentos em garantir a qualidade
higiênico‑sanitária e tecnológica dos seus produtos, por intermédio de um Sistema de Controle de Qualidade capaz de se antecipar à
materialização dos perigos à saúde pública e de outros atributos de qualidade, gerando registros e informações, de forma que o sistema
possa ser continuamente verificado pelo SIF.
Os estabelecimentos devem dispor de programas de ATENÇÃO: Não obstante a maioria dos estados e municípios
autocontrole desenvolvidos, implantados, mantidos, monitorados brasileiros, particularmente os que integram o Sistema
e verificados por eles mesmos, contendo registros sistematizados Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal
e auditáveis que comprovem o atendimento aos requisitos (Sisbia-POA), já adotem em suas legislações ou venham
higiênico-sanitários e tecnológicos estabelecidos neste Decreto adequando-as para a obrigatoriedade de que sejam
e em normas complementares, com vistas a assegurar a desenvolvidos, implantados, mantidos, monitorados e
inocuidade, a identidade, a qualidade e a integridade dos seus verificados os programas de autocontrole pelos
produtos, desde a obtenção e a recepção da matéria-prima, dos estabelecimentos produtores, o RT deverá verificar a
ingredientes e dos insumos, até a expedição destes. legislação do órgão fiscalizador onde o estabelecimento
está registrado quanto à citada obrigatoriedade.
Obs: Os programas de autocontrole definidos pelo Riispoa e que
são obrigatórios para o funcionamento dos estabelecimentos
registrados no SIF/Dipoa, são os constantes em GESTÃO DE
QUALIDADE, SEGURANÇA E IDENTIDADE.
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REALIZAÇÃO:
CFMV
Conselho Federal de Medicina Veterinária
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