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Quando surge como crime, surge num contexto muito familiar (em cônjuge)
2000 Torna-se num crime publico, mostra-se cada vez mais que este crime é
mais penoso e mais denunciado (é mais simbólico como um crime). É um crime que
afeta muito a sociedade
2007 Aparece a 1º vez como violência doméstica, não conta apenas com o facto
de serem pessoas casadas em casa; namorados; união de facto; ex-companheiros em
relações homossexuais (...)
Foram desenvolvidas muitas políticas, como cada vez mais casas de abrigo para
vítimas e apoios sociais (políticas importantes, mas não suficientes)
Surge a sociologia na família, não se pode analisar uma situação de violência sem
uma análise social/sociológica
Em todas estas explicações (mais nas biológicas) há uma certa culpabilização das
mulheres, mas não da parte da vítima, ou seja, a educação destes homens pela parte
das mães.
1970: (Susan Brownmeller; Diane Russel) Não temos que estar a associar a violação
à raça, etnia... a violação existe porque a sociedade contribui para a assimetria do
homem e da mulher
Ondas feministas:
Vagas onde este movimento esteve mais presente (3 momentos) – No mundo
ocidental:
1º vaga: luta pelo sufrágio universal: lutam pelos direitos de voto e para
serem consideradas cidadãs. Lutam
também pela integração no mercado de
trabalho
2º vaga: Originada pela 2º guerra mundial ainda no âmbito da integração
no mundo do trabalho
Novas reivindicações:
Ideias de um pós-feminismo (“4ºvaga”) será que ainda faz sentido esta luta?
Tipos de feminismo:
Feminismo radical (mais contestado) Dá origem a uma hierarquia
- Uma corrente do feminismo que oferece menos consenso e também e também é a mais
criticada. Criticado por acharem que as defensoras deste tipo de feminismo se querem
sobrepor à hegemonia masculina
- A corrente feminista que apresenta um discurso mais fácil que pode não ir ao encontro
das reais necessidades da mulher
- Feminismo de estado: considera que o estado pode ajudar nesta luta pela igualdade
- A questão da pobreza, mão de obra mais barata, e coisas como as tarefas domesticas
têm ainda muito a “face” da mulher marcada
Feminismos negros:
- As mulheres negras, para além da procura da igualdade de género, têm ainda uma luta
acrescida, a luta pela igualdade das mesmas perante as mulheres brancas de classe
média
- O ocidente tem que “dar” ouvidos aos países não ocidentais e não assumir à priori o
que realmente se vive no “Sul”. Deixar de nos centrarmos só em nós e ouvir realmente
as outras mulheres que não a mulher branca de classe média
Feminismo pós-estrutural: (pós-moderno)
- Sujeito (mulher) – seja um sujeito que não encaixe apenas em dicotomia, mas
um sujeito que se vá construindo (a nível social e politico). O sujeito deve ser algo
fluido e plural. Até mesmo a ideia de género é desconstruída
Períodos de guerras:
Durante: Há uma “nova ordem”, uns certos direitos. Mas tudo de forma temporária. É
muito mais difícil as mulheres lutarem pelos seus direitos. A pobreza tem um posto
muito marcadamente feminino – quando surge uma crise as mulheres são as primeiras a
ser despedidas.
Interseccionalidade
Não é um novo pensamento
Surgiu no final de 1980 e inicio de 1990 a partir das “race critical studies”, um
movimento académico nascido na academia jurídica comprometida com a
problematização do suposto daltonismo da lei, da sua neutralidade e da sua objetividade
Nota:
Capitalismo
A discriminação de
género não é isolada
Heteropatriarcado Imperialismo/racismo
Multidimensionalidade (1989)
Heterogéneo
Eixos de discriminação emergentes:
Feminist disability
- Classe
Defende que não se deve universalizar a ideia
- Género de corpo “perfeito”
- Etnia
Identidades
Feminismo Digital: Existe uma quebra com a hegemonia de um “sistema estruturado”
infundido com a pompa e circunstância do patriarcado, aquele que por muito muito
tempo marginalizou corpos identificados como femininos e que continua a ofender as
nossas sensibilidades
Sinto-me masculino ou
feminino sem ter em conta
o género biológico
Trans: Pessoas que se identificam com um género que não (exclusivamente) aquele que
lhe foi atribuído à nascença. Isto pode significar alguém reconhecido como do género
masculino à nascença, mas que se identifica com o feminino ou vice-versa, ou que se
identifica com as duas ou com nenhuma das categorias binarias de género comummente
aceites
Cisgénero: abarca as pessoas para as quais coincidem o sexo atribuído à nascença e a
identificação de género. Em 1979, surge o conceito de, ???, um conceito mais
globalizante que abarca todas as identidades consideradas “desviantes”
Orientação sexual:
Surge relacionada com a identidade de género. Tem vindo a ganhar mais visibilidade
Heterossexuais, Homossexuais, Bissexuais, Assexuais
Logo na década de 70 (na frança): - Surge nos feminismos a ideia de o corpo ser a
chave de expressão e identidade
- A ideia de corpo é muito “moldada” à sociedade
em que no inserimos. A ideia de corpo bonito e
saudável não é a mesma construção que antes
existia.
- Publicidade incita a objetificação do corpo.
“os corpos articulam discursos sem necessariamente falarem porque são codificados
com e como signos, articulando códigos sociais”
Rosi Braidotti (2000) define o corpo como “uma construção cultural, uma interface,
um limiar de energias heterogéneas e descontinuas, uma superfície onde se cruzam e se
inscrevem múltiplos códigos (de raça, classe, sexo, idade, etc.)”
Teoria Queer
- Desafia a critica do corpo
Pensemos no corpo não só biologicamente, mas como uma construção cultural Entra a ideia da
intersseccionalização
O corpo não pode ser pensado como uma
Têm de ser pensado não
política localizada, temos de nos colocar
como algo universalizante,
a nós mesmos no centro, pensar no corpo
mas sim algo fluido
como algo nosso, individualizante
Teoria Crip:
- A objeção ou repulsa que o corpo deficiente provoca nos “normais”, afeta a
relação com o outro e com o próprio corpo naquele que se sente diferente, [...] que se
soma à exigência de encaixar o outro dentro de padrões hegemónicos antropométricos,
fisiométricos e psicométrico, sendo até exterminado ou segregado, apartado do convívio
com os “perfeitos, belos e saudáveis” i
Por uma lado devemos desconstruir os papeis de género que se cruzam com os
códigos impostos socialmente.
Famílias
Abordam-se as famílias aquando se trata de violência que ocorre no espaço privado
(está sempre relacionada com a esfera publica)
É a família, a entidade que transmite valores, crenças, que dificilmente vão ser alterados
pela socialização secundária
- Uma mulher divorciada não podia refazer a sua vida (era mal vista pela sociedade)
Diferentes tipos de família:
- Famílias conservadoras:
- Subjugação/subjeção da mulher
- Assimetrias de papeis muito vincados
- Dessexualização da mulher do casal
- A mulher era reduzida ao trabalho doméstico
- Intermédias:
- Típicas de classe média
- Maior presença em Portugal
- Liberais:
- Realização pessoal
- A família é um coletivo com espaço para a autorrealização
- Consiste muito uma ideia de companheirismo (em que um ajuda os outros na
realização dos seus objetivos)
- Podem existir na mesma assimetrias de papeis de género
- Novas Famílias:
-Apresenta modelos de família considerados atípicos
Criadas por motivos diversos como:
- O movimento LGBT Tudo isto vem
- Famílias poliamorosas contribuir para a
- Divórcios – famílias monoparentais alteração da visão
- União de facto (sem nunca chegarem a casar) do que é a família
- Famílias sem filhos (criticadas pela sociedade)
- Famílias restruturadas (2º casamento, filhos de pais diferentes)
Novos movimentos
LGBTQIAP+: Esta sigla nasce de outra (GLS), este é um movimento politico e social
de inclusão de pessoas de diversas orientações sexuais e identidades de género, o
conceito mudou muito e passou a incluir pessoas não heterossexuais e não cisgénero.
Assim, a sigla cresceu e incorporou diversas letras – todas elas igualmente importantes,
mas várias desconhecidas.
L lésbicas: Mulheres cis ou transgénero que possuem uma relação homoafetiva com
outra mulher.
G gays: Homens cis ou transgénero que possuem uma relação homoafetiva com
outro homem
Q queer: É um termo “guarda-chuva” para minorias sexuais e de género que não são
heterossexuais ou cis. Termo normalmente utilizado por quem está na fase de
questionamento
Epistemologias feministas
No inicio da sociologia ou se ignorava as diferenças e violências de género ou
perpetuava-se as mesmas
Século XIX
August conte a mulher devia manter o seu papel doméstico e devia ser
sustentada pelo homem. A mulher tinha um papel importante
Visão muito Spencer Ideias semelhante a Conte; apresentava uma visão mais organicista
estereotipada da sociedade – as mulheres eram absolutamente fundamentais para a organização da
da mulher vida social, mas deviam guardar-se para a gestação (reprodução e educação dos filhos)
Era algo tão roteiro que, Betty freman veio dizer que a sociologia tem um papel
transformador da vida social, mas o que está a acontecer é que ela não está, nos seu
estudos científicos, a melhorar a vida das mulheres, pelo contrario a sociologia estava a
legitimar as condições precárias da vida da mulher
Legitimava cientificamente os
estereótipos de género
Todas estas criticas devem estar sempre presentes (mais ou menos vincadas)
Um outro atributo que devia ser mais notório são os feminismo pós-coloniais
Perspetivas de género
Género: É um construção social e cultural sobre o sexo biológico e prende-se com as
expectativas sociais em termos do comportamento tido como apropriado aos membro de
cada sexo. Por género não se entendem os atributos físicos em termos dos quais os
homens e as mulheres diferem, mas os traços formados socialmente de masculinidade e
feminilidade.
Estereótipos de género:
Crenças generalizadas sobre características e o comportamento das mulheres e
dos homens sejam elas compartilhadas ou individuais:
- “Os homens são fortes”
- “As mulheres são sensíveis”
- “O azul é para meninos”
- “O rosa é para meninas”
Construção de ideias de masculinidade:
A masculinidade homogénea É a forma dominante de masculinidade na
hierarquia de género. Na maioria das sociedades ocidentais dos nossos dias, a
masculinidade hegemónica encontra-se associada ao ser-se branco, à
heterossexualidade, ao casamento e à rudeza física. A masculinidade Hegemónica é
normativa, uma vez que “incorpora a forma mais honrada de ser um homem, ela exige
que todos os outros homens se posicionem em relação a ela e legitima ideologicamente
a subordinação global das mulheres aos homens”.
A vida das mulheres portuguesas é bastante complicada, trabalham a tempo inteiro, têm
ainda a família, o trabalho em casa; muitas mulheres trabalham em “dupla jornada”
Um dos fatores que condiciona e que contribui para este tipo de segregação é a questão
do tempo o tempo que dedicam ao trabalho pago e não pago