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O desenvolvimento da diabetes de tipo 2 é causado pela combinação de factores genéticos com o estilo
de vida. Enquanto alguns desses factores de risco podem ser controlados pelo próprio, como a dieta
alimentar e a obesidade, há outros que são impossíveis de controlar, como a predisposição genética, o
envelhecimento e o género feminino. A privação de sono tem também sido associada à diabetes de tipo
2, que se acredita dever-se às implicações no metabolismo. A situação nutricional da mãe durante o
desenvolvimento do feto pode também ter alguma influência, tendo sido proposto como mecanismo de
actuação a alteração da metilação do ADN . (1)
.Melmed, Shlomo; Polonsky, Kenneth S.; Larsen, P. Reed; Kronenberg, Henry M. (eds.). Williams
textbook of endocrinology. 12th ed. Philadelphia: Elsevier/Saunders. pp. 1371–1435.
Estilo de vida
Há uma série de fatores relacionados com o estilo de vida que são relevantes no desenvolvimento da
diabetes do tipo 2, entre eles a obesidade (definida por um índice de massa corporal superior a 30), a
falta de exercício físico, uma dieta desequilibrada, o stress e a urbanidade. Mesmo os que não são
obesos apresentam frequentemente um índice cintura/quadril elevado. Os fatores dietéticos
influenciam também o risco de vir a desenvolver diabetes do tipo 2. O consumo excessivo de bebidas
açucaradas está associado ao aumento do risco. (1)
Genéticas
A maioria dos casos de diabetes envolve vários genes, e cada um desses genes representa uma pequena
contribuição para a probabilidade de um indivíduo poder vir a ser um diabético do tipo 2. Se um gémeo
idêntico tem diabetes, a probabilidade de o outro vir a desenvolver a doença ao longo da vida é superior
a 90%, enquanto que para gémeos falsos é de apenas 25 a 50%. (2)
Condições médicas
Existem uma série de medicamentos e de outros problemas de saúde que podem provocar a
predisposição para a diabetes. Entre estes medicamentos estão os glicocorticóides, a tiazida, os
bloqueadores beta, os antipsicóticos atípicos e as estatinas. Indivíduos que tenham tido diabetes
gestacional apresentam maior risco de vir a desenvolver diabetes do tipo 2. (2)
Em África
Segundo a IDF 24 milhões de adultos (20-79) viviam com diabetes na Região de África em 2021. Estima-
se que este número aumente para 33 milhões até 2030 e 55 milhões até 2045.
52 2milhões de adultos (20-79) na Região africana têm Tolerância à Glicose Deficiente (IGT), o que os
coloca em alto risco de desenvolver diabetes tipo 2. Estima-se que estes números atinjam 71 milhões
até 2030 e 117 milhões até 2045.
13 milhões de adultos que vivem com diabetes na Região da África siberiana e os mesmos não são
diagnosticados, - 54% do número total de adultos com diabetes na região.
A diabetes é responsável por 416.000 mortes na Região da IDF África em 2021. A IDF destaca que os
países com maior índice de DM2 são: Camarões (11.7%), África do sul (11.3%), República democrática
de Tanzânia (10.3%), Sierra Leoa Zâmbia (8.6%) Marrocos (7.7%).
International Diabetes federation (IDF). Diabetes Atlas: Diabetes in Africa. 10th Edition; 2021
Em Moçambique.
Em Moçambique a prevalência da diabetes na população com idade superior a 20 anos de idade foi
estimada em 3,1% em 2003, projectando-se um aumento para 3,6% em 2025. Em 2018, na população
adulta dos 25 aos 64 anos de idade, em Moçambique, a prevalência de diabetes foi de 3,8% e o excesso
de peso de 30,1% e de 10,2% para o meio Urbano e Rural, respectivamnte. A obesidade como factor de
risco mais importante para a diabetes do Tipo 2 já é significativa sendo a prevalência de 11,5% no meio
rurbano e de 2,6% para o meio rural. Segundo a IDF Actualmente a prevalência de DM2 em adultos de
idade 20-79 é de 14, 317.6 equivalente à 2.4%.
De acordo com a Associação Moçambicana dos Diabéticos, AMODIA, pelo menos 3 pessoas, membros
da agremiação, morrem todos os meses, por diabetes.
Jornal VOA. Francisco Júnior. Moçambique: Aumento da incidência de diabetes é desafio para saúde
pública. novembro 17, 2015.
13 bilhões de dólares foram gastos em cuidados de saúde para pessoas com diabetes em 2021 - 1% da
despesa global total com a diabetes