O documento discute hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus. Ele descreve como essas doenças crônicas estão aumentando globalmente e no Brasil, causando muitas mortes. Também fornece diretrizes para o diagnóstico e tratamento dessas condições.
O documento discute hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus. Ele descreve como essas doenças crônicas estão aumentando globalmente e no Brasil, causando muitas mortes. Também fornece diretrizes para o diagnóstico e tratamento dessas condições.
O documento discute hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus. Ele descreve como essas doenças crônicas estão aumentando globalmente e no Brasil, causando muitas mortes. Também fornece diretrizes para o diagnóstico e tratamento dessas condições.
Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus Caroline Wuthstrack CRP 12/19343 Programa HAS e DM
Em 2010, o Ministério da Saúde divulgou as diretrizes
para a conformação da Rede de Atenção à Saúde (RAS) como uma forma de organizar o sistema de saúde nos âmbitos local e regional, considerando as diferentes densidades e complexidades tecnológicas em um território definido. Programa HAS e DM
Com o Plano de Ações Estratégicas para o
Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis, para o período de 2011 a 2022, foi proposta a formação da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas, organizada por meio de Linhas de Cuidado (LC) prioritárias (doenças renocardiovasculares, hipertensão arterial, insuficiência renal crônica, diabetes mellitus, obesidade, doenças respiratórias crônicas e câncer) permitindo, assim, tanto a organização dos serviços quanto a delimitação da LC, com o fluxo a ser percorrido pelos usuários. Programa HAS e DM
Coletivamente, câncer, DM, doenças pulmonares e
cardiovasculares matam 41 milhões de pessoas a cada ano, respondendo por 71% de todas as mortes no mundo. Desse número, 15 milhões de mortes ocorrem em pessoas com idades entre 30 e 70 anos (OMS, 2018).
No Brasil, de acordo com a pesquisa VIGITEL
(Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) realizada no ano de 2016, no período entre 2006 e 2016, aumentou o índice de doenças crônicas, em 61,8% para DM e 14,2% para hipertensão. Programa HAS e DM
Coletivamente, câncer, DM, doenças pulmonares e
cardiovasculares matam 41 milhões de pessoas a cada ano, respondendo por 71% de todas as mortes no mundo. Desse número, 15 milhões de mortes ocorrem em pessoas com idades entre 30 e 70 anos (OMS, 2018).
No Brasil, de acordo com a pesquisa VIGITEL
(Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) realizada no ano de 2016, no período entre 2006 e 2016, aumentou o índice de doenças crônicas, em 61,8% para DM e 14,2% para hipertensão. Hipertensão Arterial Sistêmica
Mundialmente, o número de adultos com HAS
aumentou de 594 milhões em 1975 para 1,13 bilhões em 2015, sendo 597 milhões de homens e 529 milhões de mulheres.
Esse aumento possivelmente foi devido ao
envelhecimento e aumento da população. Hoje, a doença arterial coronariana é a principal causa de morte em todo o mundo, com 17,3 milhões de óbitos por ano. Hipertensão Arterial Sistêmica
O Brasil figura no sexto lugar entre os países com
a mais alta taxa de morte por doenças cardíacas, infartos e HAS, entre homens e mulheres de 35 a 74 anos.
A Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH)
descreve que 77% das pessoas com o primeiro episódio de Acidente Vascular Encefália (AVE) têm HAS, e que ter HAS aumenta de 4 a 6 vezes o risco de AVE. Hipertensão Arterial Sistêmica
A HAS é uma condição clínica multifatorial
caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos.
O diagnóstico da HAS consiste na média
aritmética da PA maior ou igual a 140/90 mmHg verificada em pelo menos três dias diferentes com intervalo mínimo de uma semana entre as medidas. Hipertensão Arterial Sistêmica
A constatação de um valor elevado em apenas
um dia, mesmo que em mais do que uma medida, não é suficiente para estabelecer o diagnóstico de hipertensão.
Deve-se evitar verificar a PA em situações de
estresse físico (dor) e emocional (luto, ansiedade), pois um valor elevado, muitas vezes, é consequência dessas condições. Hipertensão Arterial Sistêmica Hipertensão Arterial Sistêmica - Em crianças e adolescentes
O Ministério da Saúde considera criança a pessoa
de 0 a 9 anos e o adolescente de 10 a 19 anos.
Estudos epidemiológicos brasileiros têm
demonstrado prevalência de HAS em crianças e adolescentes, entre 6% e 8%. Quanto mais jovem a pessoa e, mais altos os níveis da pressão arterial, maior a possibilidade de ser de causa secundária, principalmente as renais. Hipertensão Arterial Sistêmica - Em gestantes e adultos
Existem duas formas principais de HAS que
podem complicar a gravidez: hipertensão arterial crônica (preexistente) e hipertensão induzida pela gravidez (pré-eclâmpsia/eclâmpsia).
A presença de hipertensão arterial crônica
aumenta o risco de pré-eclâmpsia sobreposta. Com relação à aferição de PA, na gestante deve ser efetuada com a mesma técnica e equipamentos recomendada para adultos. Hipertensão Arterial Sistêmica - Em idosos
Em decorrência de características próprias do
envelhecimento, a pessoa idosa pode apresentar com maior frequência, o hiato auscultatório, quando, ocorre o desaparecimento dos sons e o seu reaparecimento em níveis pressóricos mais baixos, o que subestima a verdadeira PAS ou superestima a PAD.
Por isso deve-se auscultar até o total
desaparecimento dos sons. Hipertensão Arterial Sistêmica
De acordo com a Sociedade Brasileira de
Cardiologia (SBC), a promoção da saúde, as estratégias envolvidas no controle e redução dos fatores de risco devem abordar os diferentes níveis de atenção à saúde por meio da prevenção primária, secundária e terciária.
Todo adulto com 18 anos ou mais de idade,
quando vier à unidade de saúde para consulta, atividades educativas, procedimentos, entre outros, e não tiver registro no prontuário de pelo menos uma verificação da PA nos últimos dois anos, deverá ter sua PA avaliada e registrada. Hipertensão Arterial Sistêmica
As equipes de saúde devem organizar uma lista
de pacientes com hipertensão que necessitam de acompanhamento regular e mais intensivo. Nestas listas devem constar: nome, cartão SUS, endereço completo, telefone, nome do ACS, acompanhamento de exames e consultas especializadas, plano de cuidado, lista de medicamentos.
Esta lista deve ser periodicamente avaliada na
reunião da equipe para acompanhamento e discussão da situação do usuário. Hipertensão Arterial Sistêmica Hipertensão Arterial Sistêmica - Plano de Cuidados
No controle da HAS e de outros fatores de risco
para doenças cardiovasculares como obesidade e dislipidemia, o tratamento não medicamentoso é fundamental.
Ele envolve mudanças no estilo de vida, que
devem ser incorporadas no cotidiano das pessoas com HAS. Hipertensão Arterial Sistêmica - Plano de Cuidados
A redução no uso de bebidas alcoólicas é uma das
modificações necessárias. O álcool é fator de risco reconhecido para HAS e pode dificultar o controle da doença.
O uso de anticoncepcionais hormonais orais
também é um fator a ser modificado, sua substituição por outros métodos contraceptivos promove a redução da PA em mulheres com HAS. Hipertensão Arterial Sistêmica - Plano de Cuidados
As pessoas com HAS que fumam devem ser
apoiadas no abandono desse hábito. O tabagismo aumenta o risco de complicações cardiovasculares secundárias em pessoas com HAS e aumenta a progressão da insuficiência renal.
O tabagismo é a maior causa isolada e evitável de
doença e morte, sendo responsável por 25% das mortes por doenças coronarianas, 25% das mortes por doenças cerebrovasculares. A prevalência de DM aumenta com a avançar da Diabetes Mellitus idade e, ainda apresenta distinção entre os grupos étnicos de diferentes países. O Brasil ocupa o ranking de 4º lugar dentre os países, com maior número de adultos com DM e o 3º lugar no número de crianças com DM tipo 1 (0 – 14 anos) .
Entre 2010 e 2016, o DM já vitimou 11.595 pessoas
em Santa Catarina, de acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). O número de óbitos por DM entre 2012 e 2016 foi 1.689 mortes por ano em média, ou seja, 4,6 mortes diárias. Diabetes Mellitus O DM é diagnosticado por um grupo de distúrbios metabólicos, que resultam em níveis elevados de glicose no sangue.
É uma doença crônica grave, que ocorre quando
o pâncreas não produz insulina suficiente, ou quando o corpo não usa eficazmente a insulina que produz.
Existem três tipos principais de DM: DM tipo 1,
DM tipo 2, DM gestacional e outros tipos pouco diagnosticados. O DM tipo 1 aparece geralmente na infância ou Diabetes Mellitus adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também.
A incidência de DM tipo 1 mostra taxa de 0,5 por
100 mil pessoas com menos de 15 anos de idade no Brasil. A incidência de DM tipo 1 vem aumentando, particularmente na população infantil com menos de 5 anos de idade.
Essa variedade é sempre tratada com insulina,
medicamentos, planejamento alimentar e atividade física, para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue. Diabetes Mellitus o DM tipo 2 aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz; ou não produz insulina suficiente para controlar a glicemia.
Cerca de 90% das pessoas com DM têm o tipo 2.
Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar.
Dependendo da gravidade, ele pode ser
controlado com atividade física e planejamento alimentar. Diabetes Mellitus
Durante a gravidez, a mulher passa por
mudanças no equilíbrio hormonal.
A placenta, por exemplo, é uma fonte importante
de hormônios que reduzem a ação da insulina, responsável pela captação e utilização da glicose pelo corpo. Diabetes Mellitus Em algumas mulheres, entretanto, este processo não ocorre e elas desenvolvem um quadro de Diabetes Mellitus Gestacional (DMG), caracterizado pelo aumento do nível de glicose no sangue.
Quando o bebê é exposto a grandes quantidades
de glicose ainda no ambiente intrauterino, há maior risco de crescimento excessivo (macrossomia fetal) e, consequentemente, partos traumáticos, hipoglicemia neonatal e até de obesidade e DM na vida adulta. Diabetes Mellitus - Sintomas Poliúria: A produção de urina em excesso, acontece quando se faz mais de 3 litros de xixi em 24 horas.
Polidipsia: Quando uma pessoa tem sede
excessiva e por causa disso acaba ingerindo quantidade exagerada de água e outros líquidos.
Perda inexplicada de peso.
Polifagia: Comer em excesso devido a fome
excessiva ou apetite elevado. Diabetes Mellitus - Sintomas
Fadiga, fraqueza e letargia (Um estado de
cansaço que envolve diminuição da energia, da capacidade mental e da motivação.);
Visão turva (ou melhora temporária da visão
para perto);
Prurido vulvar ou cutâneo, balanopostite:
Inflamação da Vulva ou da Glande. Para o diagnóstico de DM alguns critérios e Diabetes Mellitus - exames laboratoriais são necessários:
Diagnóstico Glicemia ao acaso (coletada em qualquer horário
do dia) acima de 200 mg/dL associada aos sintomas clássicos de DM.
Glicemia de jejum maior ou igual a 126 mg/dL ou
resultado da glicemia de 2 horas após receber 75 gramas de glicose (conhecido como teste de tolerância oral à glicose ou curva glicêmica) maior ou igual a 200 mg/dL também são critérios.
Entretanto, para fechar o diagnóstico, é
necessária a confirmação através da repetição do teste em outro dia. Diabetes Mellitus
Os fatores de risco são os componentes que
podem levar à doença ou contribuir para o risco de adoecimento e manutenção dos agravos de saúde.
A alimentação inadequada, a inatividade física, o
uso de tabaco e o uso nocivo de álcool aumentam o risco de morte. Diabetes Mellitus
Em relação ao DMG, que traz riscos tanto para a
mãe quanto para o feto e o neonato, geralmente é diagnosticado no segundo ou terceiro trimestres da gestação.
Pode ser transitório ou persistir após o parto,
sendo também, para a mãe, um importante fator de risco para o DM tipo 2 posteriormente. Vários fatores de risco estão associados ao desenvolvimento de DMG. Diabetes Mellitus Diabetes Mellitus - Complicações O Pé Diabético está entre as complicações mais frequentes do DM e suas consequências podem ser dramáticas para a vida da pessoa, desde feridas crônicas e infecções até amputações de membros inferiores, que são as mais graves e de maior impacto socioeconômico (BRASIL, 2013, 2016).
Dados da Pesquisa Nacional de Saúde apontam
que 5% das pessoas com diagnóstico de DM há menos de dez anos e 5,8% das pessoas com diagnóstico de DM há mais de dez anos apresentam feridas nos pés. Diabetes Mellitus A amputação de membros ocorre em 0,7% e 2,4% dessas pessoas, respectivamente, um percentual bastante significativo, considerando a amputação uma complicação irreversível com implicações físicas, mentais e sociais extremas (BRASIL, 2016).
O rastreamento do pé diabético deve ser
realizado em todas as pessoas com DM tipo 2 no momento do diagnóstico, pelo médico ou pelo enfermeiro. É recomendado que toda pessoa com DM realize o exame dos pés anualmente, identificando fatores de risco para úlcera e amputação. IMPORTANTE!
O Governo Federal criou o Programa Farmácia
Popular do Brasil para ampliar o acesso aos medicamentos para as doenças mais comuns entre os cidadãos. O Programa possui uma rede própria de Farmácias Populares e a parceria com farmácias e drogarias da rede privada, chamada de “Aqui tem Farmácia Popular”.