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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Gabinete do Ministro Raimundo Carreiro

GRUPO I – CLASSE V – 2ª CÂMARA


TC 017.686/2003-8 (com 1 volume)
Natureza: Aposentadoria
Órgão: Núcleo Estadual do Ministério da Saúde/PE
Interessados: Suzete de Oliveira Moreira (CPF 081.639.444-04); Ailza
Brandão de Sá Alves (CPF 091.866.974-04); Antonio Alves de
Andrade (CPF 004.126.784-20); Antonio de Lima Magalhães (CPF
013.534.544-87); Carmelita Pinheiro da Silva (CPF 037.287.734-68);
Francildes Alves de Sousa (CPF 103.136.564-87); Helcias Pessoa de
Luna (CPF 014.781.764-15); Iracema Rosalina de Almeida (CPF
134.664.614-72); Josué Rodrigues de Lemos (CPF 079.653.204-44);
Laudicea Batista Maciel (CPF 103.935.444-00); Lucia Melo de Souza
(CPF 103.735.944-53); Luiza Ana da Paz (falecida); Lurildo Cleano
Ribeiro Saraiva (CPF 529.998.158-91); Luzinete Alves Gomes (CPF
073.351.994-68); Márcio Cabral da Cunha Cavalcanti (CPF
030.141.424-68); Maria das Graças Carvalho (CPF 138.254.884-20);
Maria Nazaré Silva (CPF 081.966.484-72); Marilane Roberta da Silva
Barros (CPF 079.526.944-72); Marinalva Barboza de Barros (CPF
102.149.764-91); Marinalva Francisca da Silva (CPF 642.074.204-
87); Marli de Souza Melo Alves da Silva (CPF 103.352.184-15);
Marta Diana Holanda da Silva (CPF 175.072.514-20); Regina Lucia
de Oliveira Correia de Souza (CPF 030.408.104-30); Sonia Maria
Nunes da Silva (CPF 012.580.872-00); Taciana Maria Santana de
Amorim (CPF 147.305.454-00); Terezinha Rocha de Siqueira (CPF
097.971.904-63); Yone da Silva Rodrigues (CPF 223.906.934-15).
Advogado constituído nos autos: não há

Sumário: PESSOAL. APOSENTADORIA. APRECIAÇÃO DE ATO


PREJUDICADA POR PERDA DE OBJETO. ILEGALIDADE DE
UM ATO. REGISTRO NEGADO. LEGALIDADE DOS DEMAIS.
REGISTROS CONCEDIDOS.
1. Considera-se prejudicada, por perda de objeto, a apreciação, para
fins de registro, de ato de concessão de aposentadoria de servidor
falecido.
2. Somente pode prosperar, para fins de inativação, após o advento da
Lei 3552/1959, o cômputo do tempo de serviço prestado como aluno-
aprendiz constante de certidão baseada em documentos que
comprovem o labor do então estudante na execução de encomendas
pela escola e que mencione o período trabalhado, bem como a
remuneração percebida.
3. A MP 301/2006, convertida na Lei nº 11.355/2006, regularizou o
pagamento da parcela relativa ao PCCS aos servidores enquadrados na
Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho.
4. As únicas gratificações isentas de proporcionalização são a
Gratificação Adicional por Tempo de Serviço, a Vantagem Pessoal
dos Quintos e a Vantagem consignada no art. 193 da Lei 8.112/1990.

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RELATÓRIO

Transcrevo a instrução de fls. 242/244, v. principal, lavrada no âmbito da Secretaria de


Fiscalização de Pessoal – SEFIP, nos termos do art. 1º, § 3º, inciso I, da Lei 8.443/92:

Em atenção ao despacho do Exmº Ministro-Relator (fl. 161), esta unidade


técnica efetuou a diligência sugerida pelo parquet especializado junto ao Tribunal (fls.
158/160), por intermédio do Ofício nº 2320/2007-TCU-Sefip (fl. 189).

Em seu Ofício nº 1430/DICON/NEMS/PE, encaminhado em resposta ao


expediente desta Sefip, a Sra. Chefe da Divisão de Convênios e Gestão do Núcleo Estadual
do Ministério da Saúde/PE esclareceu, à fl. 162, que:

“Os ex-servidores de que tratam os autos optaram pela Carreira da


Previdência, da Saúde e do Trabalho instituída pela Lei n.º 11.355/2006, com redução
dada pela MP 341/2006, baseado na folha de pagamento de fevereiro/2006, conforme
espelhos anexos, a exceção da servidora LUIZA ANA DA PAZ, por já se encontrar
falecida à época.”
(grifado)

Verifica-se das fichas financeiras dos interessados Márcio Cabral da


Cunha Cavalcanti (fls. 71/75) e Regina Lúcia de Oliveira Correia de Souza (fls. 111/115)
que os vencimentos básicos percebidos no mês de setembro de 2007 são aqueles
estabelecidos nas tabelas do Anexo IV da Lei nº 11.355/2006 (fls. 218 e 233). Porém, as
parcelas do “PCCS” não foram convertidas em VPNI e não houve a devida redução nos
termos do art. 2º, § 4º, da Lei 11.355/2006, com redação dada pela Lei nº 11.490/2007.

Com relação aos atos de Josué Rodrigues de Lemos (fls. 41/45) e


Marinalva Barbosa de Barros (fls. 91/95), embora optantes, ainda não foram
efetivamente enquadrados na nova carreira, conforme as fichas financeiras de fls. 206 e
225, referentes ao mês de setembro de 2007.

Com relação a esta matéria, é importante rememorar que o Plenário deste Tribunal ao
proferir o Acórdão 2131/2006, nos autos do processo TC-001.296/2005-8, firmou o
entendimento de que a MP 301/2006, convertida na Lei nº 11.355/2006, regularizou o
pagamento da parcela relativa ao PCCS aos servidores enquadrados na recém-criada
Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho, e autorizou, em caráter excepcional,
por medida de racionalidade administrativa e economia processual, que a discutida
parcela fosse considerada legal por relação, mesmo na hipótese de pareceres divergentes
e/ou propostas de ilegalidade. Isto, desde que, evidentemente, os atos não encerrem
matéria controversa de outra ordem que venha maculá-los.

Vale recordar a respeito da parcela “PCCS” que houve, inicialmente, por parte de
diversos órgãos, implementação irregular no enquadramento dos servidores à novas
carreiras, que consistia no pagamento dos novos vencimentos estabelecidos no Anexo IV
da Lei nº 11.355/2006 sem observância das devidas reduções proporcionais previstas.
Nesta situação encontram-se, ainda, os citados servidores Márcio Cabral da Cunha
Cavalcanti (fls. 71/75) e Regina Lúcia de Oliveira Correia de Souza (fls. 111/115).

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Contudo, a nova análise dos presentes atos concessórios, à luz da novel


legislação, revela que os procedimentos de pagamento evoluíram e, atualmente, a parcela
consignada a título de “PCCS” vem sendo gradualmente convertida em vantagem pessoal
nominalmente identificada, com a referida redução proporcional, de conformidade com a
lei.

As informações levantadas por consulta ao Sistema Siape da Rede Serpro corroboram este
fato ao demonstrar que o Núcleo Estadual do Ministério da Saúde/PE, do total de 27
(vinte e sete) aposentadorias ora em análise, já implementou e/ou regularizou 23 (vinte e
três) enquadramentos de servidores à nova carreira, restando apenas as 4 (quatro)
aposentadorias acima indicadas. Vê-se que, apesar da deficiência de pessoal relatada pela
origem nos autos do TC-015.881/2005-0, que o processo de enquadramento está em
andamento e que em breve deve estar concluído (fls. 190/241).

O ato de Maria das Graças Carvalho (fls. 76/80) apresenta irregularidade


quanto ao tempo de serviço para fins de aposentadoria, conforme relatório de fls. 154/157.

Ante o exposto e de conformidade com o preceituado no artigo 71, incisos


III e IX, da Constituição Federal de 1988, c/c os artigos 1º, inciso V, e 39, inciso II, da Lei
nº 8.443/1992, c/c os arts. 1º, inciso VIII e 260, §§ 1º e 2º, do Regimento Interno/TCU,
proponho considerar:

1. ilegal, para fins de registro, o ato de Maria das Graças Carvalho (fls.
76/80), com as seguintes determinações:
1.1. dispensar a reposição dos valores indevidamente recebidos, com
fundamento no Enunciado nº 249 da Súmula de Jurisprudência do Tribunal; e
1.2. dar ciência do inteiro teor do acórdão a ser proferido à interessada;
2. legais, em caráter excepcional, os demais atos constantes dos autos, com as
seguintes determinações:
2.1. com relação aos servidores Márcio Cabral da Cunha Cavalcanti (fls.
71/75), Regina Lúcia de Oliveira Correia de Souza (fls. 111/115), Josué Rodrigues de
Lemos (fls. 41/45) e Marinalva Barbosa de Barros (fls. 91/95):
2.1.1. efetuar o enquadramento à nova Carreira da Previdência, da Saúde e do
Trabalho destes optantes, nos termos da Lei nº 11.355/2006; e
2.1.2. promover o ressarcimento, a partir da edição da Lei nº 11.355/2006, dos
valores eventualmente pagos em desconformidade com o que preceitua o art. 2º, § 4º, do
citado diploma legal, com redação dada pela Lei nº 11.490/2007.

Eis a manifestação do Ministério Público (fls. 245, v. principal):

O Ministério Público aquiesce à proposição apresentada pela unidade


técnica, ilegalidade do ato de fls. 76/80 e legalidade dos demais atos, com as
determinações consignadas às fls. 243/4.

Adicionalmente, destaca que os atos de fls. 1/5, 6/10, 11/5, 16/20, 26/30,
31/5, 36/40, 41/5, 46/50, 61/5, 66/70, 71/5, 76/80, 81/5, 91/5, 101/5, 106/10, 111/5,
116/20, 121/5 e 131/5 tratam de aposentadorias com proventos proporcionais, contudo,
as Gratificações de Desempenho de Atividade da Seguridade Social e do Trabalho –
GDASST (instituída pela Lei 10.483/2002) e a Específica da Seguridade Social e do
Trabalho - GESST (instituída pela Lei 10.971/2004) estão sendo pagas, atualmente, aos

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servidores em valores integrais, conforme demonstram as fichas financeiras incluídas nos


autos às fls.190/241.

Consoante jurisprudência deste Tribunal, as únicas gratificações isentas de


proporcionalização são a Gratificação Adicional por Tempo de Serviço, a Vantagem
Pessoal dos Quintos e a Vantagem consignada no art. 193 da Lei 8.112/1990 (Decisões
175/1992 - 2ª Câmara, 593/1994 - Plenário, 326/1994 - 2ª Câmara, 41/1995 - 2ª Câmara).

Assim sendo, o Ministério Público sugere orientar o Núcleo Estadual do


Ministério da Saúde em Pernambuco para que reveja o pagamento atual da Gratificação
de Desempenho de Atividade da Seguridade Social e do Trabalho – GDASST e da
Gratificação Específica da Seguridade Social e do Trabalho -GESST, em valores integrais
nas aposentadorias proporcionais a fim de fazer incidir a proporcionalidade em relação
ao tempo de serviço sobre as citadas vantagens.

É o Relatório.

VOTO

Preliminarmente, destaco que, nos termos do art. 7º da Resolução/TCU 206/2007, a


apreciação do ato de concessão de aposentadoria de Luiza Ana da Paz resta prejudicado, por perda de
objeto, em função do seu falecimento.

No tocante ao ato de Maria das Graças Carvalho (fls. 76/80), foi computado o período de 4
anos e 5 meses como aluna-aprendiz. Esta Corte de Contas, no Acórdão 2024/2005 – Plenário, em
determinação feita à Secretaria Federal de Controle Interno para orientação às escolas federais de ensino
profissionalizante, deixou assente que somente pode prosperar, para fins de inativação, após o advento da
Lei 3552/1959, o cômputo do tempo de serviço prestado como aluno-aprendiz constante de certidão
baseada em documentos que comprovem o labor do então estudante na execução de encomendas pela
escola e que mencione o período trabalhado, bem como a remuneração percebida.

Além disso, o mencionado decisum traz as seguintes ressalvas:

a) a simples percepção de auxílio financeiro ou em bens não é suficiente para caracterizar a


condição de aluno-aprendiz, vez que esses auxílios podem resultar de concessão de bolsas de estudo ou de
subsídios diversos concedidos aos alunos;

b) as certidões emitidas devem considerar apenas os períodos nos quais os alunos


efetivamente laboraram, não sendo admitido o cômputo do período de férias escolares;

c) não se admite a existência de aluno-aprendiz para as séries iniciais anteriormente à


edição da Lei 3552/1959, a teor do art. 4º do Decreto-Lei 8590/1946.

Entretanto, a certidão fornecida pelo órgão de origem, em atendimento à diligência deste


Tribunal (fls. 144/145 e 148), que sustenta a contagem do tempo de serviço de aluna-aprendiz no ato de
aposentadoria de Maria das Graças Carvalho, não menciona o valor da remuneração recebida nem
especifica o período trabalhado.

Assim sendo, acolho os pareceres da Sefip e do Ministério Público que propugnam pela
ilegalidade do ato de fls. 76/80.

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Quanto aos demais atos de concessão de aposentadoria, alinho-me à Unidade Técnica e ao


Ministério Público, para considerá-los legais, à luz do Acórdão 2131/2006 que firmou entendimento no
sentido de que a MP 301/2006, convertida na Lei nº 11.355/2006, regularizou o pagamento da parcela
relativa ao Plano de Classificação de Cargos e Salários - PCCS aos servidores enquadrados na Carreira da
Previdência, da Saúde e do Trabalho.

Nada obstante, considero pertinentes as determinações endereçadas ao Núcleo Estadual do


Ministério da Saúde/PE, propostas pela Sefip (fls. 243/244, v. principal), em relação aos atos de Márcio
Cabral da Cunha Cavalcanti (fls. 71/75), Regina Lúcia de Oliveira Correia de Souza (fls. 111/115), Josué
Rodrigues de Lemos (fls. 41/45) e Marinalva Barbosa de Barros (fls. 91/95), tendo em vista que só
restavam essas regularizações a fazer entre as 27 aqui analisadas.

Por fim, em consonância com a jurisprudência desta Corte de Contas que considera como
únicas gratificações isentas de proporcionalização a Gratificação Adicional por Tempo de Serviço, a
Vantagem Pessoal dos Quintos e a Vantagem consignada no art. 193 da Lei 8.112/1990, incorporo a
sugestão do Parquet quanto a expedir orientação ao Núcleo Estadual do Ministério da Saúde/PE para que
reveja o pagamento atual da Gratificação de Desempenho de Atividade da Seguridade Social e do
Trabalho – GDASST e da Gratificação Específica da Seguridade Social e do Trabalho - GESST, em
valores integrais nas aposentadorias proporcionais a fim de fazer incidir a proporcionalidade em relação
ao tempo de serviço sobre as citadas vantagens, tendo em vista a situação demonstrada nas fichas
financeiras de fls. 190/241, v. principal, relativas aos atos de fls. 1/5, 6/10, 11/15, 16/20, 26/30, 31/35,
36/40, 41/45, 46/50, 61/65, 66/70, 71/75, 76/80, 81/85, 91/95, 101/105, 106/110, 111/115, 116/20,
121/125 e 131/135.

Em face do exposto, Voto por que seja adotado o Acórdão que ora submeto à consideração
deste Colegiado.

TCU, Sala das Sessões, em 6 de maio de 2008.

RAIMUNDO CARREIRO
Ministro-Relator

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ACÓRDÃO Nº 1185/2008- TCU - 2ª CÂMARA

1. Processo TC 017.686/2003-8 (com 1 volume)


2. Grupo I, Classe de Assunto V – Aposentadoria
3. Interessados: Suzete de Oliveira Moreira (CPF 081.639.444-04); Ailza Brandão de Sá Alves (CPF
091.866.974-04); Antonio Alves de Andrade (CPF 004.126.784-20); Antonio de Lima Magalhães (CPF
013.534.544-87); Carmelita Pinheiro da Silva (CPF 037.287.734-68); Francildes Alves de Sousa (CPF
103.136.564-87); Helcias Pessoa de Luna (CPF 014.781.764-15); Iracema Rosalina de Almeida (CPF
134.664.614-72); Josué Rodrigues de Lemos (CPF 079.653.204-44); Laudicea Batista Maciel (CPF
103.935.444-00); Lúcia Melo de Souza (CPF 103.735.944-53); Luiza Ana da Paz (falecida); Lurildo
Cleano Ribeiro Saraiva (CPF 529.998.158-91); Luzinete Alves Gomes (CPF 073.351.994-68); Márcio
Cabral da Cunha Cavalcanti (CPF 030.141.424-68); Maria das Graças Carvalho (CPF 138.254.884-20);
Maria Nazaré Silva (CPF 081.966.484-72); Marilane Roberta da Silva Barros (CPF 079.526.944-72);
Marinalva Barboza de Barros (CPF 102.149.764-91); Marinalva Francisca da Silva (CPF 642.074.204-
87); Marli de Souza Melo Alves da Silva (CPF 103.352.184-15); Marta Diana Holanda da Silva (CPF
175.072.514-20); Regina Lúcia de Oliveira Correia de Souza (CPF 030.408.104-30); Sonia Maria Nunes
da Silva (CPF 012.580.872-00); Taciana Maria Santana de Amorim (CPF 147.305.454-00); Terezinha
Rocha de Siqueira (CPF 097.971.904-63); Yone da Silva Rodrigues (CPF 223.906.934-15).
4. Órgão: Núcleo Estadual do Ministério da Saúde/PE
5. Relator: Ministro Raimundo Carreiro
6. Representante do Ministério Público: Procurador Júlio Marcelo de Oliveira
7. Unidade Técnica: Sefip
8. Advogado constituído nos autos: não há

9. Acórdão:
VISTOS, relatados e discutidos estes autos de apreciação dos atos de concessão de aposentadoria a
ex-servidores do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde/PE,
ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão da 2ª Câmara, com
fundamento nos arts. 71, III, da Constituição Federal; 1º, V e 39, II, da Lei nº 8.443, de 16 de julho de
1992, 1º, VIII e 259, II, do RI/TCU, diante das razões expostas pelo Relator, em:
9.1. considerar prejudicada, por perda de objeto, a apreciação, para fins de registro, do ato de
aposentadoria de Luiza Ana da Paz, em virtude de seu falecimento, nos termos do art. 7º da
Resolução/TCU 206/2007;
9.2. considerar legais os atos de Suzete de Oliveira Moreira, Ailza Brandão de Sá Alves, Antonio
Alves de Andrade, Antonio de Lima Magalhães, Carmelita Pinheiro da Silva, Francildes Alves de Sousa,
Helcias Pessoa de Luna, Iracema Rosalina de Almeida, Josué Rodrigues de Lemos, Laudicea Batista
Maciel, Lúcia Melo de Souza, Luiza Ana da Paz, Lurildo Cleano Ribeiro Saraiva, Luzinete Alves Gomes,
Márcio Cabral da Cunha Cavalcanti, Maria Nazaré Silva, Marinalva Barboza de Barros, Marinalva
Francisca da Silva, Marli de Souza Melo Alves da Silva, Marta Diana Holanda da Silva, Regina Lúcia de
Oliveira Correia de Souza, Sonia Maria Nunes da Silva, Taciana Maria Santana de Amorim, Terezinha
Rocha de Siqueira e Yone da Silva Rodrigues, concedendo-lhes os respectivos registros;
9.3. considerar ilegal o ato de fls. 76/80, em favor de Maria das Graças Carvalho, negando-lhe o
registro;
9.4. dispensar a Sra. Maria das Graças Carvalho da reposição dos valores indevidamente percebidos,
de boa-fé, com fundamento na Súmula/TCU 249;
9.5. determinar ao Núcleo Estadual do Ministério da Saúde/PE que:
9.5.1. com relação aos servidores Márcio Cabral da Cunha Cavalcanti (fls. 71/75), Regina Lúcia de
Oliveira Correia de Souza (fls. 111/115), Josué Rodrigues de Lemos (fls. 41/45) e Marinalva Barbosa de
Barros (fls. 91/95):

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9.5.1.1. efetuar o enquadramento à nova Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho destes


optantes, nos termos da Lei nº 11.355/2006;
9.5.1.2. promover o ressarcimento aos servidores, a partir da edição da Lei nº 11.355/2006, dos
valores eventualmente pagos a menor, em desconformidade com o que preceitua o art. 2º, § 4º, do citado
diploma legal, com redação dada pela Lei nº 11.490/2007; e
9.5.2. faça cessar, com fundamento nos arts. 71, inciso IX, da Constituição Federal e 262 do
Regimento Interno desta Corte, no prazo de 15 (quinze) dias, os pagamentos decorrentes do ato
impugnado, contados a partir da ciência desta deliberação, sob pena de responsabilidade solidária da
autoridade administrativa omissa;
9.5.3. expeça comunicação à Sra. Maria das Graças Carvalho acerca da deliberação do Tribunal,
alertando-a que o efeito suspensivo proveniente da interposição de eventuais recursos não a exime da
devolução dos valores percebidos indevidamente após a respectiva notificação;
9.6. esclarecer ao Núcleo Estadual do Ministério da Saúde/PE que a concessão considerada ilegal
poderá prosperar mediante a emissão e encaminhamento a este Tribunal de novo ato concessório, via
sistema Sisac, escoimado da(s) irregularidade(s) verificada(s), nos termos do art. 262, § 2º, do Regimento
Interno;
9.7. orientar o Núcleo Estadual do Ministério da Saúde/PE para que reveja o pagamento atual da
Gratificação de Desempenho de Atividade da Seguridade Social e do Trabalho – GDASST e da
Gratificação Específica da Seguridade Social e do Trabalho - GESST, em valores integrais nas
aposentadorias proporcionais a fim de fazer incidir a proporcionalidade em relação ao tempo de serviço
sobre as citadas vantagens; e
9.8. determinar à Sefip que monitore as ações mencionadas nos itens 9.5 e 9.7 supra.

10. Ata n° 14/2008 – 2ª Câmara


11. Data da Sessão: 6/5/2008 – Extraordinária
12. Código eletrônico para localização na página do TCU na Internet: AC-1185-14/08-2
13. Especificação do quórum:
13.1. Ministro presente: Raimundo Carreiro (Relator).
13.2. Auditores convocados: Marcos Bemquerer Costa (na Presidência) e André Luís de Carvalho.

MARCOS BEMQUERER COSTA RAIMUNDO CARREIRO


na Presidência Relator

Fui presente:

MARIA ALZIRA FERREIRA


Subprocuradora-Geral

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