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PROCESSO Nº 0101029-03.2020.5.01.0079
Cediço que os artigos 846 e 847 da CLT determinam que a defesa deva ser
apresentada em audiência, após a primeira proposta conciliatória.
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Assim, considerando que a Resolução CSJT nº 136/2014, regulamentadora do
sistema PJE no âmbito da Justiça do Trabalho, determina a inserção da defesa e
documentos antes da audiência, deve ser assegurado que a parte contrária não tenha
acesso ao seu conteúdo antes do prazo previsto em lei.
Destarte, o sigilo da defesa deve ser preservado até o momento processual legal de
sua apresentação, onde o Conselho Superior de Justiça do Trabalho passou a estabelecer de
forma inequívoca que “o réu poderá atribuir sigilo à contestação e à reconvenção, bem
como aos documentos que as acompanham, devendo o magistrado retirar o sigilo caso
frustrada a tentativa conciliatória”.
De acordo com o que estabelece o inciso IV, do artigo 425, do Novo Código de
Processo Civil, os signatários desta petição declaram a autenticidade de todos os
documentos em cópia acostados aos autos pela primeira reclamada, inclusive aqueles que
porventura ainda poderão ser juntados.
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DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Deste modo, necessária a alteração do polo passivo da ora contestante Líder para
constar LÍDER TELECOM COMÉRCIO E SERVICOS EM
TELECOMUNICACOES LTDA., EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL.
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Neste sentido, determina o art. 6º da 11.101/05, que somente as demandas ilíquidas
devem prosseguir no juízo originário até a liquidação, senão vejamos:
Deste modo, verifica-se que nos presentes autos, o juízo universal não foi
comunicado da distribuição da presente demanda, o que é obrigatório e não faculdade, sob
pena de nulidade de todos os atos praticados.
I. DA PRELIMINAR
Entretanto, no caso em tela, ver-se-á com clareza que a segunda reclamada adotou
as medidas necessárias à fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas da
contratada, eliminando qualquer tipo de conduta culposa.
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A ora contestante, ciente de seus deveres, sempre cumpriu suas obrigações,
comprovando mensalmente o pagamento mensal dos empregados, recolhimentos de FGTS,
contribuições previdenciárias, entre outras obrigações exigidas contratualmente.
Alega o reclamante que foi admitido pela primeira reclamada em para exercer a
função de Oficial de Rede I pela empresa Líder Serviços de Instalação e Comério,
incorporada pela contestante em 01/06/2016. Aduz que percebia o salário de R$ 1516,22
(último vencimento), composto de R$ 1.166,32 de salário base e R$ 349,90 concernentes a
30% do adicional de periculosidade.
Afirma que não recebeu suas verbas rescisórias, trabalhava em sobrejornada com
diferença de valores a serem quitadas, bem como teria gozado férias extemporâneas,
requerendo a indenização por tal fato.
III. NO MÉRITO
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Passaremos a demonstrar a inconsistência e improcedência das alegações do
reclamante.
Concessa vênia, não pode ser deferido o pleito do reclamante, de vez que apesar de
ser fato incontroverso a existência de um contrato de prestação de serviços entre as
reclamadas, cumpre destacar que a ora contestante NÃO cumpre tais atividades em
caráter exclusivo, pois também mantém contratos com outras empresas para o
mesmo fim.
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Ademais, a ora contestante, ciente de seus deveres, sempre cumpriu suas
obrigações, comprovando mensalmente o pagamento mensal dos empregados,
recolhimentos de FGTS, contribuições previdenciárias, entre outras obrigações exigidas
contratualmente.
Em que pese o disposto no Enunciado 331, IV, do Colendo TST, que determina a
responsabilidade subsidiária do tomador de serviços quanto às obrigações inadimplidas
pelo prestador, não pode, data máxima vênia, o pedido de responsabilidade
solidária/subsidiária de condenação da segunda reclamada formulado prosperar no caso em
tela.
A primeira porque o contrato sempre foi cumprido a tempo e modo pelas partes; a
segunda porque não há que se falar em negligência no tocante à fiscalização quanto às
obrigações decorrentes do contrato de trabalho celebrado entre a ora contestante e seus
empregados.
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Em face do exposto, não se verifica o requisito mínimo necessário à condenação da
segunda reclamada, ainda que subsidiariamente, a eventual verba devida pela ora
contestante, razão pela qual deve ser julgado improcedente o pedido de responsabilidade
solidária/subsidiária.
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Quanto ao pedido de responsabilidade solidária, igualmente não pode prevalecer,
isso porquê o artigo 265, do Código Civil, estabelece que "a solidariedade não se
presume; resulta da lei ou da vontade das partes", vale dizer: só existe responsabilidade
quando a lei expressamente a determinar ou quando, por contrato, as partes a tiverem
pactuado.
Assim, tendo em vista que a Lei 13/429 passou a viger em 31/03/2017, necessária
se faz a aplicação imediata da referida lei ao presente caso.
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seja limitada ao período em que o reclamante comprovar efetivo labor em seu proveito,
restando patente que não há que se falar em responsabilidade da segunda reclamada.
Assim, no caso dos autos, não se pode afastar a aplicação do artigo 46, da Lei
8.541/92, e dos artigos 43 e 44, da Lei 8.212/91, além do inciso II, do artigo 195, da
Constituição Federal, que determinam expressamente as retenções previdenciárias e fiscais
de responsabilidade do reclamante, razão pela qual tem-se que, em caso de condenação,
deve ser observado que é do reclamante a responsabilidade pelo recolhimento
previdenciário previsto nos artigos 43 e 44, da Lei 8.212/91, com a nova redação dada pela
Lei 8.620/93.
Assim, o cálculo deve ser feito tomando-se todo o rendimento porventura recebido
e aplicando-se a tabela do mês de pagamento, sob pena, justamente, de violação de toda a
ordem e legislação tributária atinentes ao Imposto de Renda.
O desconto do imposto de renda, nos termos do aludido artigo 46, da Lei 8.541/92,
incide sobre os rendimentos do trabalho assalariado pagos em cumprimento da decisão
judicial.
Logo, o fato gerador surge no ato do pagamento ou, como explicita a Lei: “no
momento em que, por qualquer forma, o rendimento se torne disponível para o
beneficiário”.
Por tudo isso, devem ser observados os dispositivos legais acima citados, não
podendo a responsabilidade do reclamante relativo aos descontos dos encargos fiscais e
previdenciários, recaírem sobre as reclamadas.
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Assim sendo, não há que se falar em concessão de Justiça Gratuita, in casu, pois o
reclamante não é pobre no sentido legal, podendo arcar com os ônus decorrentes da ação.
Cediço que a CLT, após a publicação da Lei 13.467/2017, passou a prever em seu
art. 791-A o direito aos honorários sucumbenciais.
DA CORREÇÃO MONETÁRIA
PROCESSO Nº TST-RR-10260-88.2016.5.15.0146
ACÓRDÃO
(4ª Turma)
GMCB/cml
RECURSO DE REVISTA.
CRÉDITOS TRABALHISTAS. CORREÇÃO MONETÁRIA. ATUALIZAÇÃO
PELO IPCA-E. TAXA REFERENCIAL. APLICAÇÃO DO ARTIGO 39 DA
LEI Nº 8.177/91. PARCIAL PROVIMENTO.
Este colendo Tribunal Superior do Trabalho, em sua composição plena, nos
autos do processo n° TST-ArgInc-479-60.2011.5.04.0231, analisou a
constitucionalidade da diretriz insculpida no caput do artigo 39 da Lei n°
8.177/91, na parte em que determina a utilização da variação acumulada da TRD
para fins de atualização monetária, à luz da interpretação dada pelo Supremo
Tribunal Federal, no julgamento da ADI 4357-DF. Assim, prevaleceu o
entendimento do Tribunal Pleno desta Corte Superior nosentido de que o IPCA-
E como índice de correção monetária para atualização dos débitos trabalhistas
somente deve ser adotado a partir de 25/03/2015. Ocorre que, com a entrada em
vigor da Lei nº 13.467/2017, em 11/11/2017, foi acrescentado o § 7º ao artigo
879 da CLT, determinando que a atualização dos créditos decorrentes de
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condenação judicial deverá ser feita pela Taxa Referencial (TR). Nesse contexto,
de acordo com voto divergente proferido pelo Ministro Alexandre Luiz Ramos
nos autos do processo nº TST-RR-2493-67.2012.5.12.0034, esta colenda Turma
decidiu, por maioria, adotar o entendimento de que o IPCA-E somente deverá
ser adotado como índice de atualização dos débitos trabalhistas no interregno de
25.03.15 a 10.11.2017, devendo ser utilizado a TR como índice Ocorre que o
atual entendimento da 04ª Turma Recursal do TST é de que o índice de
atualização IPCA-E limita-se a data de vigência da reforma trabalhista
11/11/2017 (no termos do artigo 879, § 7º, da CLT). Recurso de revista de que se
conhece e a que se dá parcial provimento.
Desta forma, por ser o atual entendimento do TST, os critérios de atualização que
devem ser utilizados são: a TR até 24/03/2015, IPCA-E de 25/03/2015 a 10/11/2017 e TR
a partir de 11/11/2017.
Hão que ser observados os artigos 128 e 460 do CPC, devendo a r. sentença de
mérito, em caso de procedência de algum dos pedidos formulados, observar os estritos
limites impostos pela petição inicial.
Por fim requer que lhe seja deferida a produção de todos os meios de prova em
direito admitidas, em especial a prova documental, testemunhal, e o depoimento pessoal do
reclamante, sob pena de confissão, esperando que, ao final, todos os pedidos formulados na
petição inicial sejam julgados IMPROCEDENTES, de vez que, assim agindo, estará essa
Douta Vara, uma vez mais, fazendo o que dela sempre se espera e obtém, ou seja, Justiça!
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São Bernardo do Campo, 19 de maio de 2020.
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